BR112020009748A2

BR112020009748A2 - transportador de maceração sem fim

Info

Publication number: BR112020009748A2
Application number: BR112020009748-9A
Authority: BR
Inventors: Alan Lewis Fitzmaurice
Original assignee: Alan Lewis Fitzmaurice
Priority date: 2017-11-17
Filing date: 2018-11-16
Publication date: 2020-11-03
Also published as: US20200353476A1; AU2018367922B2; AU2018367922A1; US20230249193A1; WO2019095001A1; US11618035B2; US11980895B2

Abstract

Em um conjunto de transportador de maceração (10) um defletor de caldo (50) deflete o caldo em torno de um curso de retorno de um transportador para uma calha (51). Preferencialmente, o defletor de caldo e a calha são configurados como placas de aço inoxidável em forma de V opostas que se estendem axialmente. O conjunto (10) alimenta um primeiro moinho (11) de um tandem de moinhos, e a saída do moinho (11) é distribuída em outro transportador e levada para o moinho seguinte no tandem. O líquido de maceração com baixo pol é retornado para o transportador por meio de linhas de retorno para as respectivas barragens de distribuição (16) e (17). O conjunto de transportador (10) inclui uma extremidade de entrada (20) e uma extremidade de saída (21), todas apoiadas em uma estrutura de apoio (22), de forma que o conjunto fique inclinado da extremidade de entrada (20) para a extremidade de saída (22). Um transportador de placa sem fim (25) compreende placas perfuradas interconectadas (26) adaptadas para pivotar uma com relação à outra de uma maneira tipo corrente.

Description

TRANSPORTADOR DE MACERAÇÃO SEM FIM CAMPO TÉCNICO

[0001] ESTA INVENÇÃO se refere a um transportador e, em particular, mas não limitando, a um transportador que tem capacidade de drenagem para uso na maceração de cana-de-açúcar em uma usina de processamento de cana-de-açúcar. O transportador poderia ser usado em outras circunstâncias em que a drenagem é desejável.

FUNDAMENTOS

[0002] Os tandens de moagem de cana-de-açúcar empregam moinhos em que líquido com baixo pol extraído a jusante é reciclado para o moinho anterior. Este líquido com baixo pol é aplicado à cana picada a montante dos moinhos anteriores. Água é normalmente aplicada imediatamente antes do último moinho. Embora a maioria do caldo seja coletada no primeiro moinho, o caldo residual é coletado ao longo do tandem em quantidades cada vez menores e, devido ao ciclo fechado, com a adição de uma pequena quantidade de água, a saída para o processo é por meio de um coletor no primeiro moinho ou adjacente a ele.

[0003] A presente invenção se refere à maceração de cana-de- açúcar parcialmente processada antes da entrada em um moinho. A cana está em um estado triturado, tendo sido picada, cortada, ou também pode ter sido processada em um moinho anterior, o objetivo neste caso sendo macerar a cana parcialmente processada e melhorar, assim, a eficiência de remoção do caldo restante.

[0004] O processamento da cana-de-açúcar é uma técnica muito bem desenvolvida. O processo geral basicamente envolve a produção de sólidos por extração, purificação e evaporação do caldo. A eficiência geral depende dos sólidos dissolvidos coletados no primeiro estágio. Esse primeiro estágio foi o assunto de muita atenção durante muitos anos. O processamento da cana-de-açúcar poderia ser descrito como uma “técnica coroada’’ no sentido de que os processos básicos de maceração para melhorar o rendimento são muito bem conhecidos e acredita-se que as eficiências possíveis atingiram um pico. Embora esses processos sejam bem conhecidos e muito eficientes como em muitas indústrias, pequenos incrementos na eficiência melhorada podem resultar em grande economia ao longo do tempo. A presente invenção surge neste ambiente em que o que pode de outra forma ser visto como um pequeno avanço, em retrospectiva, de fato surge onde o pensamento predominante é que nenhum avanço é possível, que todas as possibilidades para o desenvolvimento foram experimentadas, e que todo o escopo da invenção foi esgotado.

SUMÁRIO

[0005] Com o exposto anteriormente em mente, a presente invenção reside em um amplo aspecto em um transportador de maceração sem fim, havendo um arranjo na parte inferior abaixo do transportador que utiliza um defletor de caldo para defletir o caldo de um curso de retorno do transportador. Normalmente há uma calha para o caldo abaixo do defletor, defletor e calha esses que são configurados como placas de aço inoxidável em forma de V opostas e que se estendem axialmente, com o defletor sobrepondo e defletindo o caldo de volta para o curso de retorno do transportador. O defletor normalmente tem uma região apical que é redonda para inibir o acúmulo de fibras nesta região. Preferencialmente, o transportador compreende um arranjo tipo corrente de placas de fluxo transpassante conectadas a pivô dispostas para formar uma superfície substancialmente contígua através de placas adjacentes ao longo de uma superfície de contato superior do transportador para inibir o entupimento do transportador.

[0006] É preferível que toda placa no transportador tenha fluxo transpassante, mas este não precisa ser o caso. O fluxo transpassante é preferencialmente obtido por furos distribuídos através de cada placa. Os furos podem ser fendas, furos redondos ou de qualquer outro formato. Os furos são normalmente distribuídos através de uma região central da placa com regiões de borda periférica sendo sem furos. Os furos podem ser aleatoriamente distribuídos ou uniformemente distribuídos. Em uma forma, os furos são geralmente definidos em uma linha com alguns dos furos ao longo da linha sendo deslocados. Os furos podem ter em um padrão repetido. Em outra forma, os furos formam um padrão em ziguezague. Em outra forma, os furos são em um padrão poligonal sobreposto. Normalmente, as placas são todas idênticas e a ligação das respectivas correntes de acionamento tendo elos de corrente especialmente projetados, cada elo de corrente tendo uma fixação à placa e cada placa tendo uma fixação ao elo de corrente correspondente em cada extremidade. Preferencialmente, as placas adjacentes compartilham superfícies deslizantes pivôs que se estendem entre os elos de corrente opostos. Preferencialmente, cada placa tem bordas formadas para acomodar o deslizamento mútuo como em um canal, ranhura ou recesso em uma parte inferior da placa. Em uma modalidade preferida, as placas são de perfil assimétrico tendo uma borda dianteira e uma borda traseira. Preferencialmente, a borda dianteira é oculta sobre a borda traseira da placa adjacente. Cada borda é preferencialmente parte de uma curva, cada curva em cada borda da cada placa sendo de diâmetro ligeiramente diferente. A borda é preferencialmente uma borda prensada.

[0007] Em outro aspecto, a invenção provê, em uma usina de processamento de cana-de-açúcar, um transportador sem fim como descrito anteriormente localizado em uma calha do transportador que tem as respectivas paredes laterais opostas, as paredes laterais se sobrepondo às bordas marginais do transportador ao longo da calha.

[0008] As extremidades opostas da calha compreendem uma entrada da calha em uma extremidade e uma saída da calha na outra extremidade, o transportador tendo uma extremidade de entrada do transportador adjacente à extremidade de entrada da calha e uma saída adjacente à saída da calha, os respectivos pares de rodas de corrente nas extremidades opostas do transportador sendo adaptadas para engatar aos elos de corrente, um par de rodas de corrente compreendendo um conjunto de acionamento e o outro par de rodas de corrente compreendendo um conjunto inativo, um acionamento conectado ao conjunto de acionamento, a entrada para o transportador e a entrada para a calha sendo localizadas abaixo da saída para que o transportador e a calha fiquem inclinados, o acionamento sendo localizado adjacente à saída. O arranjo da parte inferior abaixo do transportador preferencialmente inclui um defletor de caldo, o defletor sendo disposto para defletir o caldo em torno de um curso de retorno do transportador acima da calha. A placa e a calha são preferencialmente configuradas como placas de aço inoxidável em forma de V opostas e que se estendem axialmente, com o defletor sobrepondo e defletindo caldo do curso de retorno do transportador. O defletor normalmente tem uma região apical que é redonda para inibir o acúmulo de fibras nesta região.

[0009] Em outro aspecto independente, é provido, em uma usina de processamento de cana-de-açúcar, um transportador de maceração tendo uma superfície de fluxo transpassante e uma calha de coleta abaixo do transportador de maceração, uma instalação de lavagem de calha de coleta compreendendo uma entrada de lavagem adaptada para fornecer líquido de lavagem à calha de coleta para lavar quaisquer materiais fibrosos que se acumulam na calha. Preferencialmente, o transportador e calha de coleta são inclinados com a horizontal e a instalação de lavagem inclui uma entrada adjacente a uma região superior da calha. Preferencialmente, o líquido fornecido à instalação de lavagem é o líquido reciclado de moinhos a jusante em um tandem de moinhos

[00010] Em outro aspecto é provido em combinação, em uma usina de processamento de cana-de-açúcar, um transportador de maceração tendo uma superfície de fluxo transpassante acima de uma calha de coleta abaixo do transportador de maceração, uma instalação de lavagem de calha de coleta compreendendo uma entrada de lavagem adaptada para fornecer líquido de lavagem à calha de coleta para lavar quaisquer materiais fibrosos que se acumulam na calha, a superfície de fluxo transpassante compreendendo placas articuladas em um transportador e tendo furos nas placas para a passagem de líquido pelas placas. A lavagem pode empregar um líquido bombeado sob pressão e incluindo bocais de saída em locais espaçados ao longo e/ou sobre a calha de coleta.

[00011] Ainda em um aspecto adicional é provido, em uma usina de processamento de cana-de-açúcar, um transportador de maceração sem fim perfurado tendo um curso de avanço e um curso de retorno, o curso de avanço tendo uma superfície de transporte externa, a superfície de transporte externa sendo substancialmente plana ao longo do transportador e compreendendo placas sobrepostas relativamente estreitas, o transportador sendo dividido ao longo de seu comprimento pelas placas que se sobrepõe em suas junções, em que ao longo do curso de avanço as junções apresentam bordas sobrepostas que se curvam para baixo de placas adjacentes, as respectivas correntes anexadas às extremidades opostas das placas, cada placa tendo um elo de corrente correspondente, um acionamento de corrente na extremidade do curso de avanço e uma polia na extremidade do curso de retorno, acionando as correntes em consonância para, desta forma, acionar o transportador. Preferencialmente, cada placa tem uma borda dianteira e uma borda traseira tal que, no curso de avanço, a borda dianteira fique localizada na borda traseira de uma placa adjacente. Normalmente, a junção das placas adjacentes provê uma seção pequena levantada que complementa as bordas dianteira e traseira sobrepostas curvadas para baixo. O arranjo da parte inferior abaixo do transportador pode empregar um defletor de caldo e calha para o caldo que são configurados como placas de aço inoxidável em forma de V opostas e que se estendem axialmente, com o defletor sobrepondo e defletindo caldo do curso de retorno do transportador. O defletor normalmente tem uma região apical que é redonda para inibir o acúmulo de fibras nesta região.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[00012] Para que as presentes melhorias possam ser mais rapidamente entendidas e colocadas em prática, será feita agora referência aos desenhos anexos que ilustram as modalidades preferidas da invenção e em que:- a figura 1 é uma vista lateral esquemática de um transportador de maceração de acordo com a presente invenção; a figura 2 é uma vista de cima de uma extremidade de entrada; a figura 3 é uma vista de cima de uma extremidade de saída; a figura 4 é uma vista do topo de parte de um transportador sem fim de acordo com a invenção; a figura 5 é um desenho que ilustra a conexão pivô de duas placas adjacentes no transportador; a figura 6 é uma seção através de A-A da Figura 5; as figuras 7 e 8 são respectivas vistas plana e de extremidade de uma placa do transportador típica; a figura 9 é um desenho que mostra um aspecto adicional da invenção; e a figura 10 é uma seção através de 10-10 da figura 9.

MÉTODO DE REALIZAÇÃO

[00013] Referindo-se aos desenhos e inicialmente à figura 1, é ilustrado um conjunto de transportador de maceração 10 alimentando um primeiro moinho 11 de um tandem de moinhos, os moinhos a jusante no tandem não sendo mostrados, ressaltando que a saída do moinho 11 é distribuída em outro transportador e levada para o moinho seguinte no tandem. O líquido de maceração com baixo pol retorna para o transportador por meio das linhas de retorno 12, 13, 14 e 15 para as respectivas barragens de distribuição 16 e 17. As barragens 16 e 17 incluem extravasamentos 18 e 19 que se estendem através do transportador.

[00014] O conjunto de transportador 10 inclui uma extremidade de entrada 20 e uma extremidade de saída 21, todas apoiadas em uma estrutura de apoio 22 de forma que o conjunto fique inclinado da extremidade de entrada 20 para a extremidade de saída 22.

[00015] Referindo-se agora às figuras 1, 2 e 3, a figura 2 ilustra a extremidade de entrada 20 e a figura 3 ilustra a extremidade de saída 21. Conforme pode ser visto, a estrutura apoia as respectivas paredes laterais 23 de uma calha do transportador 24 entre as quais se desloca um transportador de placa sem fim 25.

[00016] O transportador de placa sem fim 25 compreende placas perfuradas interconectadas 26 adaptadas para pivotar uma em relação à outra de uma maneira tipo corrente para que o transportador de placa sem fim 25 efetivamente funcione como um transportador de correia tendo placas rígidas interconectadas de maneira pivô. De maneira a acionar o transportador de placa sem fim 25, as placas 26 são transportadas pelas respectivas correntes 27 e 28 formando um arranjo de elos de corrente conectado nas extremidades opostas 29 e 30 das placas individuais 26. Os pares de rodas de corrente 31 e 32 acionam o transportador com o conjunto de roda de corrente 32 sendo o conjunto acionado e a roda de corrente 31 sendo o conjunto inativo. A cana triturada ou cortada é levada ao longo do transportador 25 na calha 24 até que chegue à saída 33, onde ela é descarregada no primeiro moinho 11 com a ajuda da roda guarnecida com pontas salientes

34.

[00017] Será compreendido nas figuras 2 e 3 que o transportador de placa sem fim 25 parece substancialmente como correia com pequenas nervuras espaçadas que surgem da sobreposição das bordas curvas 45 e 46 (veja a figura 8) das placas 26 ao longo de seu comprimento formadas na junção 34 das placas adjacentes 36. Também será compreendido que a superfície do transportador de placa sem fim parece uniformemente bastante perfurada por toda a superfície do transportador. Serão descritos detalhes adicionais do transportador em relação às figuras 4 a 6.

[00018] Voltando agora à figura 1, o conjunto de transportador 10 inclui uma calha de coleta 35 que se estende no comprimento do transportador até uma saída das conexões em 36 para lavar o líquido de retorno do interior da calha de coleta 35 dos moinhos mais abaixo no conjunto é aplicado na calha de coleta na outra extremidade do mesmo por meio da tubulação mostrada geralmente em 37, para que o líquido dos moinhos a jusante possam ser distribuídos na calha para lavar a calha e, assim, inibir a probabilidade de qualquer acúmulo de fibras ou bloqueios.

[00019] Referindo-se agora às figuras 4 a 6, é ilustrada uma modalidade exemplar de um transportador de placa sem fim 37 do tipo geral ilustrado nas figuras 1 a 3 onde quatro placas 26 são conectadas às placas do elo de corrente 38 por meio de flanges conectores de ângulo de 90 graus 39, seu elo de corrente 40 é ainda composto de uma placa externa 41 e os respectivos pinos pivôs 42 e espaçadores de rolo 43 que conectam as placas sobrepostas em cada elo que juntos formam elos das placas 44.

[00020] Conforme pode ser visto nas figuras 4 a 6, as correntes em cada extremidade das placas formam o mecanismo motor primário para o transportador e as placas 26 não contribuem de nenhuma maneira com a força motriz, mas são simplesmente para transportar a cana cortada e fornecer um padrão de perfurações mostrado em 44 para os fins de drenagem através do transportador na calha 35.

[00021] As placas 26 são idênticas e se sobrepõem ao longo de suas bordas 45 e 46 e essas bordas são prensadas em uma configuração curva, como mostrado na figura 8, com uma borda dianteira e uma borda traseira, com a borda 45 apoiada dentro da borda 46 sendo de diâmetro ligeiramente diferente. O resultado final deste arranjo é que a borda traseira é a borda exposta na superfície do transportador e a borda 45 é a oculta. As bordas prensadas 45 e 46 também servem para fornecer resistência adicional às placas 26 formando nervuras ao longo de seu comprimento.

[00022] Em termos de tamanho e dimensões, a placa 26 nesta modalidade tem 1,7 m de comprimento, com as perfurações sendo furos 47 tendo 20 mm de diâmetro e a 60 mm centraliza ao longo do comprimento da placa 26 e, conforme pode ser visto na modalidade ilustrada, os furos 47 estão em duas linhas com os furos alternados sendo deslocados, como mostrado. Os furos de fixação 48 são fornecidos em cada extremidade para prender a placa 26 à placa de elo de corrente 38.

[00023] Referindo-se agora às figuras 9 e 10, é ilustrado na figura 9 um esquema geral semelhante às modalidades anteriores, mas que mostra o arranjo da parte inferior abaixo do transportador. Neste caso, um defletor de caldo 50 e calha para o caldo 51 são configurados como placas de aço inoxidável em forma de V opostas e que se estendem axialmente, com o defletor sobrepondo e defletindo o caldo no curso de retorno do transportador. O defletor 50 tem uma região apical 52 que é redonda para inibir o acúmulo de fibras nesta região.

[00024] A presente invenção extrai o caldo de cana alto pol da cana picada, antes do primeiro moinho, em um tandem de moinhos em uma usina de açúcar. O resultado de se fazer isso é que a extração total do caldo da cana-de-açúcar é aumentada para um dado número de moinhos, ou mantida com menos moinhos no tandem.

[00025] No processo preferido, a cana é picada o mais fino possível em um dispositivo de trituração, por exemplo, um triturador de cana, após a trituração, a maioria do caldo que estava nas células do caldo de cana foi liberado e está agora livre para ser levado das fibras da cana. A lavagem é feita de uma maneira que não aumenta a carga térmica na usina. O transportador é posicionado entre o triturador de cana e o alimentador por pressão (ou outro alimentador, ou moinho) normalmente a uma inclinação de baixo do triturador até acima do alimentador por pressão.

[00026] Assim, conforme é preferido, o conjunto, transportador e processo compreendem o seguinte.

[00027] Um transportador de corrente, duas correntes contínuas mais as lâminas entre as correntes com rodas dentadas do acionamento na extremidade de distribuição, e rodas dentadas de retorno na extremidade oposta. A largura das correntes e das lâminas é normalmente igual à largura do primeiro moinho no tandem de moinhos

[00028] A cana picada fica no topo das lâminas entre as duas correntes. Há lados verticais para localizar a cana picada acima das lâminas. Há uma tremonha ou calha de distribuição inclinada para alimentar cana picada nas lâminas na extremidade de entrada de alimentação do transportador em 53, do triturador. Pode haver um retrocesso giratório na extremidade de saída da alimentação em 54 para evitar qualquer estrangulamento no topo de uma tremonha vertical estreita 55. O retrocesso giratório pode não ser necessário para tremonhas verticais com grande abertura.

[00029] Duas barragens de extravasamento 56 e 57 são localizadas acima do transportador, adjacente e imediatamente a jusante da extremidade de entrada de alimentação. Uma para dar cobertura completa da largura sobre a cana picada, para o caldo do alimentador por pressão (ou outro alimentador, ou moinho). Preferencialmente, caldo do alimentador por pressão. A segunda barragem é para o caldo do moinho nº 2.

[00030] As lâminas têm muitos furos para permitir que o caldo passe através delas, mas evita que as fibras também passem através delas junto com o caldo. Furos com 20 mm de diâmetro funcionam muito bem sem bloqueios ou permitindo que as fibras passem através deles. Debaixo das lâminas do topo, há um defletor em forma de V invertido 50 com o topo curvado em 52 para evitar que as fibras fiquem na superfície curvada, conforme ficariam em um topo de forma pontiaguda. Essa estrutura inclinada pega todo o caldo que sai das lâminas do topo e o direciona para baixo, caindo tanto sobre as correntes inferiores quanto lâminas, mas não permitindo o contato com as correntes inferiores e lâminas. O caldo é direcionado para a calha de caldo inferior 51, onde ele flui para baixo na calha inclinada para uma saída 58 na extremidade inferior da calha. Uma bomba de alta capacidade 59 é conectada nesta saída. A bomba distribui o caldo do transportador de maceração para uma peneira giratória de caldo (não mostrada) onde qualquer fibra é separada do caldo. O caldo do moinho nº 1 também é distribuído nessa peneira giratória de caldo pelo mesmo motivo. O caldo peneirado do transportador de maceração e moinho nº 1 é então bombeado para fora do processo ao longo da linha 60.

[00031] A cana picada passa para baixo através da tremonha vertical 55 para alimentador por pressão do moinho nº 1 em 61 e, então, no moinho nº 1 em 62. O caldo extraído pelo alimentador por pressão flui sobre uma calha 63 atrás do rolo do alimentador por pressão do topo, e fora do rolo do alimentador por pressão da base em uma calha 64 nos rolos do alimentador por pressão, ter os dois fluxos separados permite que ou o fluxo ou ambos os fluxos sejam bombeados para a primeira barragem 56 acima do transportador de maceração ao longo da linha 65. Em virtude de o caldo na parte superior da cana picada no transportador de maceração ter a maior parte do caldo baixo brix que a parte inferior da cana picada, ele seria o fluxo de caldo preferido para ser bombeado para a primeira barragem. Esse caldo flui para fora do rolo do alimentador por pressão do topo. Entretanto, um fluxo muito maior do caldo combinado de ambos os rolos do alimentador por pressão provavelmente terá um maior efeito de lavagem do caldo de cana através das lâminas do topo. Em qualquer caso, seria desejável ter duas bombas, no caso um fluxo simples foi preferido, ou ambos os fluxos foram preferidos. Em virtude de a maior parte do caldo de cana ser lavada da cana picada, o brix do caldo do moinho nº 2 (o moinho seguinte no tandem, que não é mostrado) é, agora, muito inferior. E esse caldo é extraído pelo alimentador por pressão do pré-moinho, então bombeado para a segunda barragem como caldo baixo brix ao longo da linha 66. Quanto melhor o efeito da lavagem do transportador, menor o brix desse caldo, e maior a extração pol desse transportador de maceração.

[00032] Em virtude do brix muito reduzido da cana que entra no primeiro moinho, será possível reduzir o número de (caro para manter e operar) moinhos no conjunto.

[00033] A velocidade do transportador de maceração pode variar para alterar a altura da cana picada acima das lâminas. Normalmente em uma faixa de 200 mm de altura a 500 mm de altura. O maior comprimento da cana picada aumenta o tempo de drenagem para o caldo que passa através do tapete de fibras. Entretanto, esta vazão é muito grande.

[00034] O transportador de maceração não afeta a umidade do bagaço que sai do tandem de moinhos e, desta forma, não afeta a operação da fibra da caldeira que queima a cana para toda a energia necessária para operar a usina.

[00035] Os fluxos do caldo podem variar de cerca de 100% no peso da fibra a acima de 400% no peso da fibra. Assim, a capacidade de bombeamento das bombas de recirculação que bombeiam o caldo do alimentador por pressão tem que combinar com essa vazão.

[00036] Embora o exposto tenha sido dado a título de exemplo ilustrativo, muitas variações e modificações serão evidentes para os versados na técnica sem fugir do âmbito e escopo geral da invenção, conforme apresentado nas reivindicações anexas.

Claims

- REIVINDICAÇÕES -

1. TRANSPORTADOR DE MACERAÇÃO SEM FIM, caracterizado por haver um arranjo da parte inferior abaixo do transportador que utiliza um defletor de caldo para defletir o caldo em torno de um curso de retorno do transportador.

2. Transportador de maceração sem fim de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por haver uma calha para o caldo abaixo do defletor, defletor e calha estes que são configurados como placas de aço inoxidável em forma de V opostas e que se estendem axialmente, com o defletor sobrepondo e defletindo caldo em torno do curso de retorno do transportador.

3. Transportador de maceração sem fim, de acordo com a reivindicação 1 ou reivindicação 2, caracterizado por o defletor ter uma região apical que se estende axialmente que é redonda para inibir o acúmulo de fibras nesta região.

4. Transportador de maceração sem fim, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por o transportador compreender um arranjo tipo corrente de placas de fluxo transpassante conectadas a pivô dispostas para formar uma superfície substancialmente contígua em torno de placas adjacentes ao longo de uma superfície de contato superior do transportador para inibir o entupimento do transportador.

5. Transportador de maceração sem fim de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por o transportador ter placas de fluxo transpassante tendo furos distribuídos através de uma região central da placa com regiões de borda periférica sendo sem furos.

6. Transportador de maceração sem fim, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por as placas ligarem as respectivas correntes de acionamento tendo elos de corrente, cada elo de corrente tendo um acessório de placa e cada placa tendo um acessório de elo de corrente correspondente em cada extremidade, placas adjacentes compartilham superfícies deslizantes pivôs que se estendem entre os elos de corrente opostos, cada placa tendo bordas formadas para acomodar o deslizamento mútuo em uma parte inferior das placas, cada placa tendo uma borda dianteira e uma borda traseira, a borda dianteira de cada placa sendo oculta na borda traseira da placa adjacente.

7. Transportador de maceração sem fim, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por as placas ligarem as respectivas correntes de acionamento tendo elos de corrente, cada elo de corrente tendo um acessório de placa e cada placa tendo um acessório de elo de corrente correspondente em cada extremidade, placas adjacentes compartilham superfícies deslizantes pivôs que se estendem entre elos de corrente opostos, cada placa tendo bordas formadas para acomodar o deslizamento mútuo em uma parte inferior das placas, cada placa tendo uma borda dianteira e uma borda traseira, a borda dianteira de cada placa sendo oculta sob a borda traseira da placa adjacente, cada borda sendo parte de uma curva, as respectivas curvas em cada placa sendo de diâmetro pouco diferente uma da outra.

8. Transportador de maceração sem fim, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por uma calha do transportador ter as respectivas paredes laterais opostas se estendendo ao longo do transportador, as paredes laterais se sobrepondo às bordas marginais do transportador ao longo da calha.

9. Transportador de maceração sem fim, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por uma calha do transportador ter as respectivas paredes laterais opostas se estende ao longo do transportador, as extremidades opostas da calha compreendendo uma entrada da calha em uma extremidade e uma saída da calha na outra extremidade, o transportador tendo uma extremidade de entrada do transportador adjacente à extremidade de entrada da calha e uma saída adjacente à saída da calha, os respectivos pares de rodas de corrente nas extremidades opostas do transportador sendo adaptadas para engatar os elos de corrente, um par de rodas de corrente compreendendo um conjunto de acionamento e o outro par de rodas de corrente compreendendo um conjunto inativo, um acionamento conectado ao conjunto de acionamento, a entrada do transportador e a entrada da calha sendo localizadas abaixo da saída, de maneira tal que o transportador e a calha sejam inclinados, o acionamento sendo localizado adjacente à saída.

10. Transportador de maceração sem fim, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por uma calha de coleta ser localizada abaixo do transportador, uma instalação de lavagem de calha de coleta compreendendo uma entrada de lavagem adaptada para fornecer líquido de lavagem à calha de coleta para lavar quaisquer materiais fibrosos que se acumulam na calha.

11. Transportador de maceração sem fim, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado por uma calha de coleta ser localizada abaixo do transportador, um defletor de caldo acima da calha, o transportador tendo um curso de avanço e um curso de retorno, o curso de avanço tendo uma superfície de transporte externa, a superfície de transporte externa sendo substancialmente plana ao longo do transportador e compreendendo as placas sobrepostas relativamente estreitas, o transportador sendo dividido ao longo de seu comprimento pelas placas que se sobrepõe nas suas junções, onde ao longo do curso de avanço as junções apresentam bordas sobrepostas que se curvam para baixo das placas adjacentes, as respectivas correntes anexadas às extremidades opostas das placas, cada placa tendo um elo de corrente correspondente, um acionamento de corrente na extremidade do curso de avanço e uma polia na extremidade do curso de retorno, acionando as correntes em conjunto para, assim, acionar o transportador, cada placa tendo uma borda dianteira e uma borda traseira, de maneira tal que, no curso de avanço, a borda dianteira seja localizada abaixo da borda traseira de uma placa adjacente, a junção das placas adjacentes fornecendo uma seção pequena levantada que complementa as bordas dianteira e traseira sobrepostas curvas para baixo.

12. Transportador de maceração sem fim, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser inclinado com a horizontal e ter barragens de retorno axialmente espaçadas que retornam o líquido de maceração para uma extremidade inferior do transportador, em que uma calha de coleta é localizada abaixo do transportador, um arranjo da parte inferior abaixo do transportador inclui o defletor de caldo entre o transportador e a calha, o defletor sendo disposto para defletir o caldo em torno do curso de retorno do transportador acima da calha.

13. Transportador de maceração sem fim, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser inclinado para a horizontal e ter barragens de retorno axialmente espaçadas que retornam o líquido de maceração para uma extremidade inferior do transportador, em que uma calha de coleta é localizada abaixo do transportador, um arranjo da parte inferior abaixo do transportador incluindo um defletor de caldo, o defletor sendo disposto para defletir o caldo em torno de um curso de retorno do transportador acima da calha, o defletor tendo lados e uma região apical que é redonda para inibir o acúmulo de fibras nesta região do defletor.

14. Transportador de maceração sem fim, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser inclinado para a horizontal e ter barragens de retorno axialmente espaçadas que retornam o líquido de maceração para uma extremidade inferior do transportador, havendo uma calha para o caldo abaixo do defletor, em que o defletor e a calha são configurados como placas de aço inoxidável em forma de V opostas e que se estendem axialmente, com o defletor sobrepondo e defletindo caldo junto do curso de retorno do transportador, caracterizado por o transportador compreende um arranjo tipo corrente de placas de fluxo transpassante conectadas a pivô dispostas para formar uma superfície substancialmente contígua através de placas adjacentes ao longo de uma superfície de contato superior do transportador para inibir o entupimento do transportador.