BR112020002441A2 - dispositivo de cânula microcirúrgico autoiluminante - Google Patents
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Abstract
A presente invenção refere-se a dispositivos de cânula que são autoiluminantes para facilitar a visualização dos dispositivos de cânula durante um procedimento cirúrgico. A característica autoiluminante pode ser fornecida por fósforos incorporados no dispositivo de cânula, por exemplo, no concentrador ou elemento de vedação do dispositivo de cânula. O dispositivo de cânula pode emitir luz de uma cor específica selecionada para corresponder a um tamanho do dispositivo de cânula.
Description
Relatório Descritivo da Patente de Invenção para “DISPO- SITIVO DE CÂNULA MICROCIRÚRGICO AUTOILUMINANTE”.
[0001] Este pedido reivindica o benefício de prioridade do Pedido de Patente Provisório no de Série 62/542.902 intitulado “Self-Illuminating Microsurgical Cannula Device”, depositado em 9 de agosto de 2017, cu- jos inventores são Joshua Anderson, James Y. Chon, Mark Harrison Farley e Paul R. Hallen, incorporado ao presente documento em sua totalidade a título de referência como se estivesse total e completa- mente apresentado aqui.
[0002] A presente divulgação refere-se a cânulas para facilitar a in- serção de instrumentos durante procedimentos microcirúrgicos e méto- dos de uso relacionados.
[0003] Vários tipos diferentes de condições médicas oftálmicas po- dem ser tratados com procedimentos microcirúrgicos que envolvem a inserção de instrumentos microcirúrgicos no olho humano. Por exemplo, procedimentos vítreo-retinianos podem ser realizados para tratar condi- ções tais como degeneração macular relacionada à idade (AMD), reti- nopatia diabética, hemorragia vítrea diabética, buraco macular, desco- lamento de retinia, membrana epirretiniana, retinite por citomegalovírus (CMV), e muitas outras condições oftálmicas. Procedimentos de vitrec- tomia envolvem remover todo ou parte do humor vítreo do olho. Em tais procedimentos vítreo-retinianos, instrumentos são tipicamente inseridos no olho através da pars plana na câmara posterior do olho. Outros pro- cedimentos microcirúrgicos oftálmicos podem envolver a inserção de instrumentos no olho em outros locais.
[0004] Com respeito a cirurgia de segmento posterior, os instrumen- tos que podem ser usados incluem, por exemplo, uma sonda de corte vítrea, uma sonda a laser, ou um fragmentador ultrassônico para cortar ou fragmentar o tecido. Cada instrumento pode ser conectado a um con- sole de controle por uma linha de pressão de ar longa (pneumática) e/ou cabo de alimentação, cabo óptico, ou tubos flexíveis para fornecer um fluido de infusão ao sítio cirúrgico ou para retirar ou aspirar fluido e te- cido cortado-fragmentado do sítio. As funções de corte, infusão, e aspi- ração dos instrumentos podem ser controladas pelo console que não apenas fornece energia para os instrumentos cirúrgicos (por exemplo, uma lâmina de corte de movimento vaivém ou rotativa ou uma ultrasso- nicamente vibrada), mas também pode controlar o fluxo de fluido de in- fusão e fornecer uma fonte de vácuo (em relação à atmosfera) para a aspiração de fluido e tecido cortado/fragmentado. As funções do con- sole podem ser controladas manualmente pelo cirurgião, por exemplo, através do uso de um interruptor de pedal ou controle proporcional.
[0005] Em procedimentos microcirúrgicos oftálmicos, um cirurgião pode ser requerido a inserir e retirar um instrumento múltiplas vezes, ou a inserir e retirar instrumentos múltiplos. Se os instrumentos diretamente contatam um sítio de incisão, a inserção, manipulação, e retirada dos instrumentos podem causar trauma ao olho. De modo a minimizar a ne- cessidade de fabricar incisões múltiplas, a fornecer inserção e retirada simples de instrumentos, a reduzir a possibilidade de trauma no sítio de incisão, e a promover cura, um cirurgião pode inserir uma ou mais câ- nulas no olho, cada cânula servindo como um caminho de entrada ou porta de entrada para instrumentos no olho. Uma cânula típica é um tubo pequeno com um concentrador conectado. O tubo é inserido no olho, e o concentrador age como uma trava limitando o avanço do tubo no olho e impedindo o tubo de entrar completamente no olho. O con- centrador pode ser suturado ao olho para manter a cânula no lugar. A cânula permite que o cirurgião insira um ou mais instrumentos microci- rúrgicos através do tubo no olho. Exemplos de cânulas são divulgados na Patente dos EUA No 8.343.106 e Patente dos EUA No 8.679.064, as divulgações das quais são por meio desta incorporadas por referência aqui.
[0006] É tipicamente desejável usar a cânula de menor tamanho adequada para os instrumentos a serem usados, de modo a minimizar o tamanho da incisão no olho. Dependendo do tamanho da incisão, a incisão pode ser pequena o bastante para tornar um ferimento resul- tante substancialmente autocurativo, eliminando desse modo a neces- sidade de utilizar procedimentos adicionais para fechar a incisão, tais como suturas.
[0007] Cânulas múltiplas podem ser inseridas quando, por exemplo, for desejado usar instrumentos múltiplos simultaneamente. Em alguns exemplos, pode ser desejável usar cânulas de diferentes tamanhos si- multaneamente, por exemplo quando for desejado usar instrumentos de diferentes tamanhos simultaneamente.
[0008] Para ajudar a identificar quais instrumentos acompanham qual cânula, as cânulas, no passado, foram codificadas por cor, com a cor indicando o tamanho associado com a cânula. Por exemplo, uma cânula de calibre 23 pode ter um concentrador com uma primeira cor (por exemplo, laranja), uma cânula de calibre 25 pode ter um concen- trador com uma segunda cor (por exemplo, azul ou azul-petróleo), e uma cânula de calibre 27 pode ter um concentrador com uma terceira cor (por exemplo, roxo). Deste modo, depois que as cânulas estão no lugar no olho, quando o cirurgião deseja inserir um instrumento de um tamanho particular no olho, o cirurgião pode identificar os tamanhos das cânulas por sua cor de modo a determinar a cânula apropriada em que deve inserir o instrumento.
[0009] A presente divulgação é dirigida a cânulas melhoradas para facilitar a inserção de instrumentos durante procedimentos microcirúrgi- cos.
[0010] Durante procedimentos cirúrgicos oftálmicos, a iluminação ambiente é frequentemente fraca. Pode ser difícil ver as cânulas que foram inseridas no olho, e pode ser difícil distinguir entre as diferentes cores de cânula. No passado, durante trocas de instrumentos, os cirur- giões frequentemente precisavam ligar a iluminação do microscópio para fornecer contraste visual suficiente para guiar a inserção do instru- mento.
[0011] Em uma modalidade exemplificativa de acordo com a pre- sente divulgação, um dispositivo de cânula é fornecido para ser autoilu- minante. A autoiluminação pode ser fornecida por fósforos no disposi- tivo de cânula, tal como um pigmento fosforescente usado na fabricação do dispositivo de cânula. O dispositivo de cânula compreende um tubo de cânula e um concentrador e opcionalmente um elemento de veda- ção. Os fósforos ou pigmento fosforescente podem ser fornecidos em um ou mais do concentrador, tubo, ou elemento de vedação. Os fósforos ou pigmento fosforescente podem corresponder a uma codificação por cor do dispositivo de cânula associado com um tamanho do tubo de cânula.
[0012] Em um método exemplificativo, um primeiro dispositivo de cânula é fornecido com uma característica autoiluminante tal como fós- foros ou um pigmento fosforescente no concentrador, tubo, ou elemento de vedação do primeiro dispositivo de cânula. Os fósforos ou pigmento fosforescente podem corresponder a uma codificação por cor do pri- meiro dispositivo de cânula associado com um tamanho do primeiro dis- positivo de cânula. O primeiro dispositivo de cânula é inserido em um olho com o tubo fornecendo uma passagem para um ou mais instrumen- tos no olho. Um segundo dispositivo de cânula pode ser fornecido com uma característica autoiluminante tal como fósforos ou um pigmento fos- forescente no concentrador, tubo, ou elemento de vedação do segundo dispositivo de cânula. Os fósforos ou um pigmento fosforescente podem corresponder a uma codificação por cor do segundo dispositivo de câ- nula associado com um tamanho do segundo dispositivo de cânula, em que o tamanho do tubo do segundo dispositivo de cânula é diferente do tamanho do tubo do primeiro dispositivo de cânula, e a cor do segundo dispositivo de cânula é diferente da cor do primeiro dispositivo de câ- nula. O segundo dispositivo de cânula é inserido em um olho com o tubo fornecendo uma passagem para um ou mais instrumentos no olho.
[0013] A descrição geral precedente e a descrição detalhada se- guinte são exemplificativas e explanatórias em natureza e são intencio- nadas a fornecer um entendimento da presente divulgação sem limitar o escopo da presente divulgação. A esse respeito, aspectos, caracterís- ticas, e vantagens adicionais da presente divulgação estarão evidentes a uma pessoa habilitada na técnica a partir dos desenhos anexos e da descrição detalhada seguinte.
[0014] Os desenhos anexos ilustram implementações dos dispositi- vos e métodos divulgados aqui e, junto com a descrição, servem para explicar os princípios da presente divulgação.
[0015] A Figura 1 ilustra um tubo de cânula e uma sobretampa ou concentrador autoiluminantes, codificados por cor, de acordo com uma modalidade.
[0016] A Figura 2A ilustra um dispositivo de cânula compreendendo o tubo de cânula e concentrador da Figura 1 montados juntos.
[0017] A Figura 2B ilustra um dispositivo de cânula similar ao dispo- sitivo de cânula na Figura 2A, mas com um tubo de cânula de tamanho diferente e codificação por cor diferente.
[0018] A Figura 2C ilustra um dispositivo de cânula similar aos dispositi- vos de cânula nas Figuras 2A e 2B, mas com um tubo de cânula de tamanho diferente e codificação por cor diferente.
[0019] A Figura 3A ilustra um dispositivo de cânula similar ao dispositivo de cânula da Figura 2A, mas com a codificação por cor autoiluminante no selo elastomérico.
[0020] A Figura 3B ilustra um dispositivo de cânula similar ao dispo- sitivo de cânula na Figura 3A, mas com um tubo de cânula de tamanho diferente e codificação por cor diferente.
[0021] A Figura 3C ilustra um dispositivo de cânula similar aos dis- positivos de cânula nas Figuras 3A e 3B, mas com um tubo de cânula de tamanho diferente e codificação por cor diferente.
[0022] A Figura 4 ilustra o dispositivo de cânula da Figura 2A em um insersor de trocarte.
[0023] A Figura 5 ilustra um fluxograma de uma modalidade de um método para usar uma cânula autoiluminante.
[0024] Os desenhos anexos podem ser mais bem entendidos por referência à descrição detalhada seguinte.
[0025] Para os propósitos de promover um entendimento dos prin- cípios da presente divulgação, referência será agora feita às implemen- tações ilustradas nos desenhos, e linguagem específica será usada para descrever as mesmas. Não obstante, será entendido que nenhuma limitação do escopo da divulgação é intencionada. Quaisquer alterações e modificações adicionais aos dispositivos, instrumentos, métodos des- critos, e qualquer aplicação adicional dos princípios da presente divul- gação são completamente consideradas como normalmente ocorreria a uma pessoa habilitada na técnica à qual a divulgação relaciona-se. Em particular, é completamente considerado que as características, compo- nentes e/ou etapas descritos com respeito a uma implementação podem ser combinados com as características, componentes e/ou etapas des- critos com respeito a outras implementações da presente divulgação. Para simplicidade, em alguns exemplos os mesmos números de refe- rência são usados por todos os desenhos para referir-se às mesmas partes ou semelhantes.
[0026] A Figura 1 ilustra uma modalidade de uma cânula de trocarte 101 e uma sobretampa ou concentrador 103. A cânula 101 pode ser configurada para inserção em um olho para facilitar a inserção e remo- ção dos instrumentos durante a cirurgia. A cânula 101 pode incluir um tubo ou haste 105 capaz de se estender no olho (por exemplo, através de uma esclera, conjuntiva, etc.). Em algumas modalidades, a cânula 101 pode ser fabricada separadamente do concentrador 103 e depois conectada ao concentrador 103. Por exemplo, a cânula 101 pode incluir uma ou mais abas 107 configuradas para encaixar intervalos correspon- dentes 109 no concentrador 103 (por exemplo, a cânula 101 ilustrada na Figura 1 inclui quatro abas 107 para encaixar quatro intervalos cor- respondentes 109 no concentrador 103). Outras conexões também são consideradas. Por exemplo, a cânula 101 pode incluir os intervalos, e o concentrador 103 pode incluir as abas. Em algumas modalidades, a câ- nula 101 pode ser conectada ao concentrador 103 através do adesivo, ligação térmica, etc. Em outras modalidades, a cânula 101 pode ser fa- bricada em uma peça com o concentrador 103.
[0027] Em algumas modalidades, um elemento de vedação 111 pode ser acoplado ao concentrador 103 ou pode, de outro modo, ser arranjado para vedar seletivamente fora da passagem através da cânula 101 (por exemplo, o elemento de vedação 111 pode ser disposto pelo menos parcialmente entre a haste 105 e o concentrador 109). O elemento de veda- ção 111 pode ser fabricado de um elastômero (por exemplo, silicone). Como mostrado na Figura 1, uma superfície do elemento de vedação 111 pode ser exposta no concentrador 103. Em algumas modalidades, a superfície ex- posta do elemento de vedação 111 pode incluir uma ou mais fendas 113 para permitir a passagem de ferramentas ou instrumentos cirúrgicos na cânula
101. Em uma condição relaxada do elemento de vedação 111, isto é, na ausência de um instrumento cirúrgico (ou ventilação ou outro elemento),
a fenda 113 do elemento de vedação 111 é fechada para inibir o fluxo de fluido através do elemento de vedação 111 e desse modo vedar a passagem de fluido através da cânula 101. Um instrumento cirúrgico (ou ventilação ou outro elemento) pode ser passado através da fenda 113.
[0028] Em algumas modalidades, o elemento de vedação 111 pode ser conectado ao concentrador 103 para inibir a rotação do elemento de vedação 111 em relação ao concentrador 103. Por exemplo, o elemento de vedação 111 pode ser sobremoldado em uma depressão e um ou mais furos no concentrador 103. Em algumas modalidades, o elemento de vedação 111 pode incluir uma pastilha de silício que é formada se- paradamente do concentrador 103 e inserida entre o concentrador 103 e a cânula 101 durante a montagem do concentrador 103 sobre a cânula
101. Em um tal caso, o elemento de vedação 111 pode ser conectado ao concentrador 103 e cânula 101 através de um ajuste de fricção. Ou- tras conexões também são consideradas (por exemplo, adesivo).
[0029] A Figura 2A ilustra uma modalidade de uma porta de entrada ou dispositivo de cânula compreendendo a cânula 101 afixada ao con- centrador 103 (por exemplo, depois do encaixe das abas 107 em inter- valos respectivos 109). Em algumas modalidades, a interface aba/inter- valo pode impedir a rotação do concentrador 103 em relação à cânula 101 (por exemplo, durante a inserção da cânula 101 no olho). Em algumas modalidades, as abas 107 podem ser configuradas para segurar permanen- temente o concentrador 103 à cânula 101 (tal que o concentrador 103 pode não ser removido da cânula 101 sem destruir parte da cânula 101 e/ou con- centrador 103). Por exemplo, as abas 107 (e cânula 101) podem ser fabri- cadas de aço inoxidável, e o concentrador 103 pode ser fabricado de plás- tico (por exemplo, policarbonato). Outros materiais também são considera- dos. A ação de segurar permanente entre o concentrador 103 e a cânula 101 pode impedir a remoção inadvertida do concentrador 103 a partir da cânula 101 durante a cirurgia (por exemplo, cirurgia vítreo-retiniana).
[0030] Como pode ser observado na Figura 2A, dispositivos de câ- nula como mostrado na Figura 2A e como de outro modo divulgado aqui de acordo com outras modalidades compreendem um pequeno tubo com um concentrador na extremidade proximal do tubo. O tubo é inse- rido no olho, e o concentrador age como uma trava limitando o avanço do tubo no olho e impedindo o tubo de entrar completamente no olho. O concentrador pode ser suturado ao olho para manter a cânula no lugar.
[0031] Dispositivos de cânula como mostrado na Figura 2A e como de outro modo divulgado aqui de acordo com outras modalidades po- dem ser fornecidos em tamanhos diferentes, tendo tamanhos diferentes de tubos para acomodar instrumentos de tamanhos diferentes. Exem- plos de tamanhos de cânula adequados para procedimentos cirúrgicos oftálmicos incluem, por exemplo, calibre 20, calibre 23, calibre 25, cali- bre 27, e outros. A cânula 101 na Figura 2A pode ser, por exemplo, uma cânula de calibre 23.
[0032] Para ajudar a identificar o tamanho da cânula, e a auxiliar em determinar quais instrumentos acompanham a cânula, o dispositivo de cânula pode ser codificado por cor, com a cor indicando o tamanho as- sociado com a cânula. Por exemplo, uma cânula de calibre 23 pode ter uma primeira cor, uma cânula de calibre 25 pode ter uma segunda cor, e uma cânula de calibre 27 pode ter uma terceira cor. A codificação por cor pode ser em qualquer parte visível do dispositivo de cânula, inclu- indo o concentrador, elemento de vedação e/ou tubo. Com a codificação por cor, depois que as cânulas estão no lugar no olho, o cirurgião pode identificar os tamanhos da cânula por sua cor de modo a determinar a cânula apropriada na qual inserir um instrumento.
[0033] Com dispositivos anteriores, com iluminação fraca no ambi- ente do procedimento cirúrgico, pode ser difícil para o cirurgião ver os dis- positivos de cânula e/ou sua cor. Isto pode necessitar da ligação de uma luz do microscópio ou outra luz para que o cirurgião veja os dispositivos de cânula para trocas de instrumentos, o que pode ser indesejável. Por exemplo, isto pode fazer com que os olhos do cirurgião precisem se ajustar à luz mais brilhante e depois reajustar quando a luz do micros- cópio ou outra luz for desligada, levando tempo durante o procedimento.
[0034] De acordo com modalidades exemplificativas aqui descritas, o dispositivo de cânula pode ser autoiluminante (por exemplo, pelo me- nos parcialmente fabricado de um material autoiluminante). O material autoiluminante pode ser um material que, por exemplo, contém um pig- mento fosforescente. A autoiluminação pode ajudar o cirurgião a ver o local do dispositivo de cânula e pode ajudar o cirurgião a ver qualquer codificação por cor e desse modo identificar o tamanho do dispositivo de cânula.
[0035] Na modalidade exemplificativa da Figura 2A, o concentrador 103 pode ser autoiluminante, por exemplo por ser fosforescente. O pig- mento usado para a codificação por cor do concentrador 103 pode ser um pigmento fosforescente. O dispositivo de cânula da Figura 2A é co- dificado por cor com uma primeira cor (por exemplo, laranja) para indicar o tamanho da cânula, por exemplo, calibre 23.
[0036] A Figura 2B ilustra um dispositivo de cânula similar ao dispo- sitivo de cânula na Figura 2A, mas com um tubo de cânula de tamanho diferente e codificação por cor diferente. Na modalidade exemplificativa da Figura 2B, o concentrador 103 também é autoiluminante, por exem- plo por ser fosforescente. Como com a Figura 2A, o pigmento usado para a codificação por cor do concentrador 103 pode ser um pigmento fosforescente. O dispositivo de cânula da Figura 2B é codificado por cor com uma segunda cor (por exemplo, azul ou azul-petróleo) para indicar o tamanho da cânula, por exemplo, calibre 25.
[0037] A Figura 2C ilustra um dispositivo de cânula similar aos dis- positivos de cânula nas Figuras 2A e 2B, mas com um tubo de cânula de tamanho diferente e codificação por cor diferente. Na modalidade exemplificativa da Figura 2C, o concentrador 103 também é autoilumi- nante, por exemplo por ser fosforescente. Como com as Figuras 2A e 2B, o pigmento usado para codificação por cor do concentrador 103 pode ser um pigmento fosforescente. O dispositivo de cânula da Figura 2C é codificado por cor com uma terceira cor (por exemplo, roxo) para indicar o tamanho da cânula, por exemplo, calibre 27.
[0038] As Figuras 3A, 3B, e 3C ilustram dispositivos de cânula simi- lares aos dispositivos de cânula das Figuras 2A, 2B, e 2C, mas com a codificação por cor autoiluminante no elemento de vedação elastomé- rico 111. Em cada uma das Figuras 3A, 3B, e 3C, o elemento de veda- ção 111 é autoiluminante por ser fosforescente. O pigmento usado para codificação por cor do elemento de vedação 111 pode ser um pigmento fosforescente. O dispositivo de cânula da Figura 3A é codificado por cor com uma primeira cor (por exemplo, laranja) para indicar o tamanho da cânula, por exemplo, calibre 23. O dispositivo de cânula da Figura 3B é codificado por cor com uma segunda cor (por exemplo, azul ou azul- petróleo) para indicar o tamanho da cânula, por exemplo, calibre 25. O dispositivo de cânula da Figura 2C é codificado por cor com uma terceira cor (por exemplo, roxo) para indicar o tamanho da cânula, por exemplo, calibre 27.
[0039] A característica de autoiluminação pode ser incorporada em qualquer parte visível do dispositivo de cânula, incluindo o concentrador, elemento de vedação e/ou tubo. A autoiluminação fornece um efeito de “brilha no escuro” por meio do qual o dispositivo de cânula é visível no ambiente do de iluminação fraca ou escuro. Esta característica pode facilitar a visualização in situ dos dispositivos de cânula sem iluminação ativa, facilidade de inserção do instrumento nos dispositivos de cânula e/ou verificação da codificação por cor dos dispositivos de cânula para verificar o tamanho do calibre.
[0040] Em modalidades exemplificativas, em que a característica de autoiluminação é fornecida por todo ou parte do dispositivo de cânula sendo fosforescente, a fosforescência pode ser excitada ao seu estado operacional luminoso sob iluminação do microscópio durante a inserção cirúrgica normal do dispositivo de cânula no olho. Alternativamente, uma luz separada pode ser usada para tornar o dispositivo de cânula mais fosforescente. Depois da ativação pelo microscópio ou de outro modo, a fosforescência do dispositivo de cânula emite uma luz suave, visível depois da iluminação do microscópio ou que outra iluminação é desli- gada. A luz fosforescente pode ser a luz colorida específica de calibre indicando o tamanho da cânula.
[0041] Com a característica de autoiluminação, a eficiência cirúrgica é promovida sem custo ou complexidade significativos. A característica alivia a necessidade de ligar a iluminação do microscópio durante o pro- cedimento de modo que o cirurgião veja os dispositivos de cânula no lugar.
[0042] A(s) porção(ões) desejada(s) dos dispositivos de cânula pode(m) ser feita(s) fosforescente(s) incorporando-se fósforos adequa- dos no material usado para fabricação para tornar o material autoilumi- nante. Por exemplo, os fósforos podem ser misturados no plástico usado para fabricar o concentrador e/ou no elastômero (por exemplo, silicone) usado para fabricar o elemento de vedação. Exemplos de fós- foros incluem sulfeto de zinco e aluminato de estrôncio. Os fósforos po- dem ser energizados por luz normal, tal como a luz de um microscópio ou em um ambiente, e o brilho resultante pode durar o suficiente para a duração do procedimento cirúrgico. Os fósforos absorvem luz quando energizados e liberam a energia armazenada ao brilho quando as luzes são desligadas ou são fracas. Fósforos podem ser selecionados para fornecer uma cor desejada de luz visível depois de serem ativados. O uso de pigmentos fosforescentes e/ou dopantes pode ser escolhido para fornecer a iluminação desejada.
[0043] A Figura 4 ilustra uma modalidade de um dispositivo de câ- nula autoiluminante em um insersor de trocarte 501. Em algumas mo- dalidades, o insersor de trocarte 501 pode incluir uma lâmina de trocarte 503 conectada a um punho 505. Em algumas modalidades, o punho 505 pode ser fabricado de plástico, e a lâmina 503 pode ser fabricada de aço inoxidável. Outros materiais também são considerados. A lâmina de trocarte 503 pode se estender além da extremidade da haste 105 do dispositivo de cânula e pode incluir uma ou mais bordas afiadas para perfurar um olho (por exemplo, perfurar um furo através da esclera e no corpo vítreo) para inserção da cânula 101. Em algumas modalidades, uma guia 507 pode se ajustar no intervalo de guia 115 do dispositivo de cânula para inibir a rotação do dispositivo de cânula em relação ao pu- nho 505 durante a inserção do dispositivo de cânula no olho. Em algu- mas modalidades, a guia 507 pode encaixar de maneira liberável no intervalo de guia 115 tal que quando o insersor de trocarte 501 é retirado do dispositivo de cânula, a guia 507 não puxa o dispositivo de cânula para fora do olho. Por exemplo, a guia 507 pode encaixar através de fricção no intervalo de guia 115 com uma força de fricção que é menos do que uma força de fricção exercida pelo olho nos lados externos da cânula 101 quando a cânula 101 estiver no olho.
[0044] A Figura 5 ilustra um fluxograma de uma modalidade de um método para usar uma cânula autoiluminante. Os elementos fornecidos no fluxograma são ilustrativos apenas. Vários elementos fornecidos po- dem ser omitidos, elementos adicionais podem ser adicionados e/ou vá- rios elementos podem ser realizados em uma ordem diferente do que fornecido abaixo.
[0045] Em 501, um dispositivo de cânula com um tubo configurado para entrada de um instrumento cirúrgico e um concentrador em uma extremidade proximal do tubo pode ser usado. O dispositivo de cânula pode incluir um material autoiluminante (por exemplo, fósforos) que emite luz que facilita a visualização do dispositivo de cânula. Por exem- plo, o concentrador pode incluir um material autoiluminante. Em algu- mas modalidades, o dispositivo de cânula pode incluir um elemento de vedação configurado para vedar uma passagem através do tubo quando o elemento de vedação está em uma condição relaxada. Em algumas modalidades, o elemento de vedação pode incluir um material autoilu- minante.
[0046] Em 503, o dispositivo de cânula pode ser inserido em um local desejado para a entrada cirúrgica de um instrumento cirúrgico.
[0047] Em 505, o dispositivo de cânula pode ser iluminado para ati- var os fósforos em uma condição ativada. Os fósforos, quando em uma condição ativada, podem emitir uma luz codificada por cor correspon- dendo a um tamanho do dispositivo de cânula.
[0048] Em algumas modalidades, em 507, um segundo dispositivo de cânula pode ser usado (onde o dispositivo de cânula previamente mencionado é um primeiro dispositivo de cânula). O segundo dispositivo de cânula pode incluir um tubo configurado para a entrada de um se- gundo instrumento cirúrgico com um concentrador em uma extremidade proximal do tubo. O segundo dispositivo de cânula também pode ser autoiluminante. Em algumas modalidades, o primeiro e segundo dispo- sitivo de cânula pode ser de tamanhos diferentes.
[0049] Em 509, o segundo dispositivo de cânula pode ser inserido em um local desejado para a entrada cirúrgica do segundo instrumento cirúrgico.
[0050] Em 511, depois de inserir o segundo dispositivo de cânula, o segundo dispositivo de cânula pode emitir luz que facilita a visualização do segundo dispositivo de cânula. Em algumas modalidades, o primeiro dispo- sitivo de cânula pode emitir uma luz de uma primeira cor correspondendo a um tamanho do primeiro dispositivo de cânula e o segundo dispositivo de cânula pode emitir uma luz de uma segunda cor correspondendo a um tamanho do segundo dispositivo de cânula. Em algumas modalidades, a segunda cor pode ser diferente da primeira cor.
[0051] Pessoas de habilidade comum na técnica avaliarão que as implementações abrangidas pela presente divulgação não são limitadas às implementações exemplificativas particulares descritas acima. A esse respeito, embora implementações ilustrativas tenham sido mostra- das e descritas, uma faixa ampla de modificação, mudança, e substitui- ção é considerada na divulgação precedente. É entendido que tais vari- ações podem ser feitas ao precedente sem divergir do escopo da pre- sente divulgação. Consequentemente, é apropriado que as reivindica- ções anexas sejam interpretadas amplamente e em uma maneira com- patível com a presente divulgação.
Claims (15)
1. Dispositivo de cânula para um procedimento cirúrgico, ca- racterizado pelo fato de que compreende: um tubo configurado para a entrada de um instrumento cirúr- gico, e um concentrador em uma extremidade proximal do tubo, em que o dispositivo de cânula compreende um material au- toiluminante.
2. Dispositivo de cânula, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o concentrador compreende um material autoiluminante.
3. Dispositivo de cânula, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende ainda um elemento de ve- dação configurado para vedar uma passagem através do tubo quando o elemento de vedação está em uma condição relaxada, em que o ele- mento de vedação compreende um material autoiluminante.
4. Dispositivo de cânula, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de cânula compreende fós- foros que tornam o dispositivo de cânula autoiluminante.
5. Dispositivo de cânula, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que os fósforos, quando em uma condição ativada, emitem uma luz codificada por cor correspondendo a um tama- nho do dispositivo de cânula.
6. Dispositivo de cânula, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que os fósforos são incorporados no concen- trador.
7. Dispositivo de cânula, de acordo com a reivindicação 4, ca- racterizado pelo fato de que compreende ainda um elemento de vedação configurado para vedar uma passagem através do tubo quando o ele- mento de vedação está em uma condição relaxada, em que os fósforos são incorporados no elemento de vedação.
8. Conjunto de dispositivos de cânula para um procedimento cirúrgico, caracterizado pelo fato de que compreende: um primeiro dispositivo de cânula compreendendo um pri- meiro tubo configurado para a entrada de um instrumento cirúrgico, e um primeiro concentrador em uma extremidade proximal do primeiro tubo; um segundo dispositivo de cânula compreendendo um se- gundo tubo configurado para a entrada de um instrumento cirúrgico, e um segundo concentrador em uma extremidade proximal do segundo tubo, em que o primeiro tubo tem um tamanho diferente do se- gundo tubo; em que o primeiro dispositivo de cânula é autoiluminante, configurado para emitir uma luz de uma primeira cor correspondendo a um tamanho do primeiro dispositivo de cânula; e em que o segundo dispositivo de cânula é autoiluminante, configurado para emitir uma luz de uma segunda cor correspondendo a um tamanho do segundo dispositivo de cânula, em que a segunda cor é diferente da primeira cor.
9. Conjunto de dispositivos de cânula, de acordo com a rei- vindicação 8, caracterizado pelo fato de que o primeiro dispositivo de cânula compreende fósforos que tornam o dispositivo de cânula autoi- luminante.
10. Conjunto de dispositivos de cânula, de acordo com a rei- vindicação 9, caracterizado pelo fato de que os fósforos são incorpora- dos no primeiro concentrador.
11. Conjunto de dispositivos de cânula, de acordo com a rei- vindicação 9, caracterizado pelo fato de que o primeiro dispositivo de cânula compreende ainda um elemento de vedação configurado para vedar uma passagem através do primeiro tubo quando o elemento de vedação está em uma condição relaxada, em que os fósforos são incor- porados no elemento de vedação.
12. Método para facilitar um procedimento cirúrgico, caracte- rizado pelo fato de que compreende: usar um dispositivo de cânula compreendendo um tubo con- figurado para a entrada de um instrumento cirúrgico e um concentrador em uma extremidade proximal do tubo, em que o dispositivo de cânula compreende um material autoiluminante; e inserir o dispositivo de cânula em um local desejado para a entrada cirúrgica de um instrumento cirúrgico; em que o dispositivo de cânula emite luz que facilita a visua- lização do dispositivo de cânula.
13. Método, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de cânula compreende ainda um elemento de vedação configurado para vedar uma passagem através do tubo quando o elemento de vedação está em uma condição relaxada, em que o elemento de vedação compreende um material autoiluminante.
14. Método, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de cânula com- preende fósforos que tornam o dispositivo de cânula autoiluminante; compreendendo ainda iluminar o dispositivo de cânula para ativar os fósforos em uma condição ativada, em que os fósforos, quando em uma condição ativada, emitem uma luz codificada por cor corres- pondendo a um tamanho do dispositivo de cânula.
15. Método, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de cânula é um primeiro dispositivo de cânula, o tubo é um primeiro tubo, e o concentrador é um primeiro con- centrador, e em que o método compreende ainda: usar um segundo dispositivo de cânula compreendendo um segundo tubo configurado para a entrada de um segundo instrumento cirúrgico e um segundo concentrador em uma extremidade proximal do segundo tubo, em que o segundo dispositivo de cânula é autoilumi- nante; inserir o segundo dispositivo de cânula em um local desejado para a entrada cirúrgica do segundo instrumento cirúrgico; em que depois de inserir o segundo dispositivo de cânula, o segundo dispositivo de cânula emite luz que facilita a visualização do segundo dispositivo de cânula; em que o primeiro tubo tem um tamanho diferente do se- gundo tubo; em que o primeiro dispositivo de cânula é configurado para emitir uma luz de uma primeira cor correspondendo a um tamanho do primeiro dispositivo de cânula; e em que o segundo dispositivo de cânula é configurado para emitir uma luz de uma segunda cor correspondendo a um tamanho do segundo dispositivo de cânula, em que a segunda cor é diferente da primeira cor.
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