BR112020001842A2

BR112020001842A2 - núcleo de mola bolsa e processo para produção do mesmo

Info

Publication number: BR112020001842A2
Application number: BR112020001842-2A
Authority: BR
Inventors: Sabine Grothaus
Original assignee: Agro Holding Gmbh
Priority date: 2017-08-07
Filing date: 2018-07-25
Publication date: 2020-07-28
Also published as: CN110996726A; BR112020001842B1; EP3664666B1; DE102017117833A1; MX2020001420A; AU2018314396B2; WO2019029988A1; EP3664666C0; CA3071041C; CA3071041A1; US11653770B2; US20200367662A1; EP3664666A1; CO2020001477A2; AU2018314396A1

Abstract

A presente invenção refere-se a um núcleo de molas de bolsa com uma pluralidade de molas (4, 5), várias das quais formam um cordão de molas (1) que fica em uma respectiva bolsa flexível, formada preferivelmente de material têxtil, disposto em fileira (1) e vários cordões de bolsa (1) que formam juntos uma superfície de deitar, lado a lado, estão ligados entre si. Os núcleos (4, 5) de pelo menos uma região da superfície de deitar são diferentes em seu comportamento de molejo em relação às molas (4, 5) das regiões adjacentes. O dito núcleo de molas de bolsa está configurado de tal modo que pelo menos uma parte dos cordões de mola (1) individuais consiste em cordões de molas parciais (2, 3) com distintos comportamentos de molejo, as molas (4, 5) inseridas em bolsa dos cordões de molas parciais (2, 3) são iguais, pelo menos alguns dos cordões de molas parciais (2, 3) adjacentes de cordões de molas (1) que ficam lado a lado são de diferentes comprimentos e os cordões de molas parciais (2, 3) adjacentes de cordões de molas (1) que ficam lado a lado estão ligados entre si.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para “NÚCLEO DE MOLA BOLSA E PROCESSO PARA PRODUÇÃO DO MESMO”.

[1] A presente invenção refere-se a um núcleo de mola bolsa de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1 e a um processo para pro- dução de um núcleo de mola bolsa.

[2] Tais núcleos de mola são usados em muitos campos de apli- cação. São usadas principalmente na produção de colchões ou estofos de móveis.

[3] Particularmente para alcançar uma estabilidade de aresta suficiente, a qual é desejada quanto o acolchoado ou o colchão é utili- zado, por exemplo, sentar, é conhecido prover o núcleo de mola de um reforço de borda que passa por cima ou por baixo, o qual consiste em um material circular ou plano, preferivelmente de metal.

[4] Tal núcleo de mola é conhecido, por exemplo, do documento WO 96/35355 A1. Entretanto, esse núcleo de mola não é enrolável e desenrolável, de modo que ele não satisfaz as exigências impostas em relação a uma fabricação otimizada.

[5] Para o acabamento do produto final colchão ou parte de es- tofo, usualmente os núcleos de mola têm que ser transportados do local de produção para o acabamento de colchões, sendo que os respectivos locais de fabricação podem ficar muito afastados uma da outra no es- paço.

[6] Como os núcleos de mola, em virtude de sua natureza, na posição de uso assumem um volume relativamente grande com pe- queno peso ao mesmo tempo, os custos de transporte desses núcleos de mola são desproporcionalmente altos.

[7] Para alcançar um zoneamento distinto em seu comporta- mento de molejo, também para o reforço de borda mencionado, sem uma armação metálica extensa, são usados cordões de mola cujas mo- las são mais duras do que as molas dos cordões de mola adjacentes.

Isto é alcançado através de diversos critérios, por exemplo, através de diferentes diâmetros de arame ou através de alterações no número de voltas. Também uma escolha de distintas propriedades de material pode justificar um comportamento de mola alterado de maneira correspon- dente, do mesmo modo que um ajuste das molas individuais.

[8] Na produção mecânica de cordões de mola, cordões de mola sempre só podem ser equipadas com molas iguais. Para unir cordões de molas em um núcleo de mola com molas parcialmente diferentes, sendo que, de acordo com o tipo genérico, cordões de mola adjacentes são ligados entre si, usa-se atualmente uma armação descrita anterior- mente, a qual envolve o núcleo em toda a circunferência. Nesse caso os cordões de mola, das quais pelo menos uma parte se compõe, por assim dizer, de cordões de mola individuais que se distinguem em seu comportamento de molejo, estendem-se na direção longitudinal de um núcleo de mola alongado retangular. Ou seja, somando-se os cordões de mola parciais de um cordão de molas elas resultam na haste total do núcleo de mola.

[9] À parte o fato de que na fixação dos cordões de mola parciais por meio de uma armação metálica resulta em problemas descritos nesse sentido, não é possível uma produção mecânica completa do nú- cleo de mola e, portanto, não é possível uma automatização, uma vez que a armação metálica extensa tem que ser fixada manualmente após a junção e ligação dos cordões de mola adjacentes.

[10] De modo geral o estado da técnica parece extremamente in- satisfatório, particularmente em relação a uma otimização de custos sempre desejada.

[11] O objetivo da invenção é aperfeiçoar um núcleo de molas de bolsa do tipo genérico e um processo para produção de tal núcleo de mo- las de bolsa de tal modo, que seja possível uma fabricação automática mecânica do núcleo de molas e se alcance uma otimização de custos.

[12] Este objetivo é alcançado através de um núcleo de molas com as características da reivindicação 1 e através de um processo para produção do núcleo de molas.

[13] A invenção proporciona agora uma possibilidade de criar quaisquer zoneamentos distintos do núcleo de molas, ou produzindo-se cordões de mola com molas iguais mecanicamente, de acordo com a exigência, ou unindo cordões de mola parciais com respectivas distintas características de mola das molas individuais, as quais são unidas então em outras etapas processuais de tal modo, que resultam cordões de mola com distintos comportamentos de molejo distintos em certas regi- ões. Nesse caso as molas individuais de um cordão de molas parcial são iguais em sua característica de molejo.

[14] De maneira conhecida em si essa característica de molejo pode ser influenciada, por exemplo, através da escolha de material do arame de mola, do diâmetro de arame e da forma de mola, esta última, por exemplo, como configuração afilada, cilíndrica ou em forma de tam- bor.

[15] Tanto em relação aos custos de produção quanto em relação ao manuseio e à liberdade de configuração o novo núcleo de molas de bolsa oferece nítidas vantagens em relação a um núcleo de acordo com o estado da técnica.

[16] Como mencionado, a produção do novo núcleo de molas de bolsa pode ocorrer de maneira totalmente automática, isto é, mecanica- mente no que se refere tanto à produção dos cordões de mola parciais, cuja união para formar um núcleo de molas de bolsa completo, quanto à ligação mútua de molas adjacentes, diferentes em sua característica de molejo, inseridas na bolsa.

[17] Além disso, uma produção individual de núcleos de molas de bolsa é possível, dependendo da necessidade do futuro usuário. Isto inclui levar em consideração o comportamento de molejo de distintas zonas. Ou seja, por exemplo, é possível um reforço de borda de um lado, de vários lados ou em toda a circunferência com característica de molejo correspondentemente mais dura. Igualmente zonas preferidas dentro da superfície onde se deita são adaptáveis individualmente e, em virtude da produção automatizada, neutras em relação aos custos quando da produção do núcleo de molas de bolsa.

[18] Através da omissão de uma armação metálica circunferen- cial configura-se também o processamento posterior do núcleo de mo- las de bolsa para formar um colchão ou outro estofo usável de outra maneira sem problemas, particularmente em relação ao transporte do local de fabricação do núcleo de molas de bolsa até a operação a ser transformada. Isso, sobretudo porque o núcleo de molas de bolsa é en- rolável e assim precisa de apenas pouco espaço de transporte, o que ainda contribui para uma otimização de custos.

[19] Em princípio, através da invenção, de acordo com a qual cor- dões de mola parciais de cordões de molas adjacentes têm comprimen- tos diferentes e estes cordões de mola parciais adjacentes estão ligadas entre si, fica criada uma dentadura da qual resulta uma ligação sólida de todos os cordões de mola, embora as cordões de mola individuais não sejam conectáveis entre si, pelo menos não mecanicamente, como isto é possível na ligação de várias cordões de mola adjacentes, com um diferente comportamento de molejo do cordão de molas.

[20] De maneira conhecida em si, a ligação dos cordões de mola parciais de modo adjacente paralelamente pode ocorrer através de co- lagem ou soldagem, o que igualmente ocorre de modo mecânico como a produção dos cordões de mola parciais.

[21] O processo para produção mecânica de um núcleo de molas de bolsa, de acordo com a invenção, está configurado de tal modo, que inicialmente pelo menos uma parte das cordões de mola é produzida em diferentes comprimentos com distintos comportamentos de molejo,

depois cordões de mola parciais adjacentes são ligadas entre si, sendo que as cordões de mola parciais se sobrepõem com sua extremidade livre, por assim dizer, com diferentes características de molejo e são igualmente ligadas entre si nessa região de sobreposição.

[22] Outras características vantajosas da invenção resultam das reivindicações dependentes.

[23] Modalidades da invenção são descritos a seguir com o auxí- lio dos desenhos anexos. São mostrados:

[24] Figura 1: uma ilustração esquemática de um recorte de um núcleo de molas de bolsa de acordo com a invenção em vista em pers- pectiva,

[25] Figura 2: uma ilustração esquemática de um recorte de outro modalidade de um núcleo de molas de bolsa de acordo com a invenção em vista superior.

[26] Nas figuras está ilustrado um respectivo recorte na região de um canto de um núcleo de molas de bolsa, com uma pluralidade de molas 4, 5 inseridas, várias das quais formam um cordão de molas 1 disposto em fileira, sendo que as molas 4, 5 ficam em uma bolsa flexível, formada preferivelmente de material têxtil. Essas bolsas estão ligadas ente si através de nervuras 6.

[27] Vários cordões de mola 1, os quais estão dispostos lado a lado e, por exemplo, ligados entre si através de colagem ou através de soldagem, formam uma superfície de deitar, sendo que os cordões de mola 1 correspondem ao comprimento da superfície de deitar retangular.

[28] No exemplo mostrado os cordões de mola 1 individuais, que ficam paralelamente lado a lado, são formados através de respectivos cordões de mola parciais 2, 3, cujo comportamento de molejo é distingo, o que está ilustrado nas figuras através de distintas espessuras de tra- ços das molas 4,5 inseridas.

[29] De acordo com a invenção, os cordões de mola parciais 2, 3 são de diferentes comprimentos, nos exemplos em torno de uma mola 4, 5.

[30] Como o comprimento dos cordões de mola 1 individuais é igual, resulta, na região de ligação dos cordões de mola parciais 2, 3, uma dentadura, isto é, de acordo com o exemplo da figura 2, um cordão de mola parcial 3 mais curto está disposto entre dois cordões de mola parciais 3 mais longos, de modo que o cordão de mola parcial 3 que completa o cordão de mola 1 está projeta-se entre os dois cordões de mola parciais 3 mais longos e, do mesmo modo que o cordão de mola parcial 3 mais curto, está ligado aos cordões de mola parciais 3 mais longos que ficam em ambos os lados. Além disso todos os cordões de mola 1 que ficam lado a lado estão ligados entre si na região de barriga de suas molas 4, 5 individuais ou em suas bolsas.

[31] Na variante da invenção mostrada na figura 2 o cordão de mola 1 inferior no plano de desenho, que forma uma borda externa da superfície de deitar está provido de molas 5 iguais e forma assim um reforço de borda, do mesmo modo que a fileira desdobrada das molas 5 que ficam lado a lado, a qual resulta da respectiva última mola 5 dos cordões de mola 1 que ficam lado a lado, sendo que esse reforço de borda pode ser circunferencial.

[32] As molas 5 representadas nas figuras com maior espessura de traço são mais duras em sua característica de molejo do que as mo- las 4 visíveis com menor espessura de traço.

[33] A disposição dos cordões de mola parciais 2, 3, dependendo do comportamento de molejo desejado de regiões correspondentes do núcleo de molas, é de escolha livre e depende apenas dos desejos do cliente.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Núcleos de molas de bolsa com uma pluralidade de molas (4, 5), várias das quais formam um cordão de molas (1) que fica em uma respectiva bolsa flexível, preferivelmente formada de material têxtil, dis- posto em uma fileira, e vários cordões de mola (1) que formam e em comum uma superfície de deitar comum, lado a lado, estão ligados entre si, em que as molas (4, 5) pelo menos de uma região da superfície de deitar são diferentes em seu comportamento de molejo em relação às molas (4, 5) das regiões adjacentes, caracterizado pelo fato de que: - pelo menos uma parte dos cordões de mola (1) individuais consiste em cordões de mola parciais (2, 3) com distinto comportamento de molejo, - as molas (4, 5) inseridas em bolsas dos respectivos cordões de mola parciais (2, 3) são iguais, - pelo menos alguns dos cordões de mola parciais (2, 3) ad- jacentes de cordões de molas (1) lado a lado são de diferentes compri- mentos, - os cordões de molas parciais (2, 3) adjacentes de cordões de molas (11) lado a lado estão ligados entre si.

2. Núcleo de molas de bolsa de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que, entre dois cordões de molas parciais (2, 3) de dois cordões de molas (1), está disposto um cordão de molas parciais (2, 3) de outro cordão de molas (1), o qual é distingo em seu comprimento e em relação aos cordões de molas parciais (2, 3) adja- centes dos dois lados.

3. Núcleo de molas de bolsa de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os cordões de molas parciais (2, 3) de cordões de mola (1) adjacentes sobrepõem-se na região de pelo menos uma mola (4, 5) inserida em bolsa.

4. Núcleo de molas de bolsa de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que os cor- dões de mola (1) correspondem, em seu comprimento, ao comprimento do núcleo de molas de bolsa configurado como retângulo.

5. Núcleo de molas de bolsa de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que os cor- dões de mola (1) adjacentes estão ligados entre si na região das molas (4, 5) inseridas em bolsa.

6. Núcleo de molas de bolsa de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que os cor- dões de molas (1) adjacentes estão ligados entre si através de colagem ou soldagem.

7. Processo para produção mecânica de um núcleo de molas de bolsa como definido na reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que inicialmente são produzidos os cordões de mola parciais (2, 3) que ficam lado a lado, depois esses cordões de molas parciais (2, 3) que ficam lado a lado são ligados entre si, em seguida os cordões de molas parciais (2, 3) são unidos na região de seus distintos comprimentos com distintos comportamentos de molejo e ligados entre si.