BR112019028097A2 - terapia combinada para tratar distúrbios do ciclo de ureia - Google Patents

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Juan C. Marini
Sandesh Chakravarthy Sreenath Nagamani
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Baylor College Of Medicine
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Abstract

A presente invenção refere-se a certas formulações para métodos de tratamento de distúrbios do ciclo da ureia. Os métodos abrangem composições que incluem benzoato e fenilbutirato que podem estar em certas doses e têm certas proporções dos componentes. O benzoato e o fenilbutirato podem atuar sinergicamente no tratamento dos distúrbios do ciclo da ureia, em modalidades particulares.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "TERA-
PIA COMBINADA PARA TRATAR DISTÚRBIOS DO CICLO DE UREIA". REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDOS RELACIONADOS
[001] Este pedido reivindica prioridade ao Pedido Provisório de Patente de Número de Série 62/526 054, depositado em 28 de junho de 2017, que é aqui incorporado por referência em sua totalidade. DECLARAÇÃO REFERENTE A PESQUISA OU DESENVOLVIMEN-
TO PATROCINADOS PELO GOVERNO FEDERAL
[002] Esta invenção foi feita com o apoio do governo sob o acor- do de cooperação 58-3092-5-001 e R03 HD078447, respectivamente concedidos pelo Serviço de Pesquisa Agrícola do USDA (United Sta- tes Department of Agriculture - Departamento de Agricultura dos Esta- dos Unidos) e de Institutos Nacionais de Recursos de Pesquisa. O go- verno tem certos direitos na invenção.
CAMPO TÉCNICO
[003] Modalidades da divulgação incluem pelo menos os campos de biologia celular, biologia molecular, fisiologia e medicina.
ANTECEDENTES
[004] O ciclo da ureia é a principal via em seres humanos para o descarte de nitrogênio residual derivado da quebra de proteínas ali- mentares e endógenas. O ciclo da ureia que compreende cinco enzi- mas catalíticas (CPS1; OTC; ASS1; ASL; e ARG1), uma enzima de síntese de cofatores (NAGS) e dois transportadores (SLC25A15 e SLC25A13) facilita a transferência de nitrogênio residual de amônia e aspartato para ureia (FIG 2) A deficiência de uma dessas enzimas ou transportadores causa distúrbios do ciclo da ureia (Urea cycle disor- ders - UCDs), um grupo de erros inatos do metabolismo, caracteriza- dos por uma menor capacidade de descarte de nitrogênio e acúmulo de amônia (hiperamonemia) nos tecidos e no sangue (Brusilow e Hor-
wich, 2009). Hiperamonemia pode ter sérias consequências e, se gra- ve, pode resultar em incapacidade intelectual, déficits neurocognitivos e até em coma e morte (Msall et al., 1984; Maestri et al., 1999). Assim, o foco principal do tratamento para UCDs é a prevenção e tratamento da hiperamonemia.
[005] Medicamentos eliminadores de nitrogênio, que utilizam ca- minhos alternativos para eliminar o nitrogênio, tornaram-se um padrão de atendimento para prevenção e tratamento da hiperamonemia em UCDs (Ah Mew et al., 1993; Batshaw et al., 2001). Para o gerencia- mento a longo prazo, formulações orais de benzoato e fenilbutirato são as terapias alternativas utilizadas. Benzoato se combina com glicina para formar ácido hipúrico (hippuric acid - HA). Fenilbutirato, um pro- fármaco, é convertido em fenilacetato (phenylacetate - PAA) por β- oxidação; PAA se conjuga com glutamina para formar fenilacetilgluta- mina (phenylacetylglutamine - PAGN) (FIG. 3). Como a glutamina tem dois átomos de nitrogênio em comparação com um na glicina, pelo menos em teoria, em uma base mol por mol, a eficácia do fenilbutirato na eliminação de nitrogênio deve ser duas vezes maior que a do ben- zoato. No entanto, a eficácia in vivo depende da absorção do medica- mento, conversão em metabólito ativo e eficácia da conjugação com aminoácidos. Estima-se que a conversão de benzoato em HA fique na faixa de 65% a praticamente 100% (Mitch e Brusilow, 1982; Simell et al., 1986). Da mesma forma, a conversão de fenilbutirato em PAGN fica na faixa de 50% a mais de 90% (Simell et al., 1986; Lee et al., 2010). Assim, não se sabe se a eficácia de fenilbutirato na eliminação de nitrogênio é realmente melhor que a do benzoato.
[006] Até agora, a eficácia comparativa in vivo de fenilbutirato e benzoato na excreção de nitrogênio em humanos não foi sistematica- mente estudada. De fato, faltavam estudos farmacocinéticos detalha- dos de qualquer um dos medicamentos em indivíduos com UCDs até que estudos cinéticos básicos foram realizados com fenilbutirato de sódio (Lee et al., 2010). Além disso, faltam até dados pré-clínicos, pois não primatas conjugam glicina com fenilacetato e, portanto, não são modelos úteis para avaliar a capacidade de eliminação de nitrogênio desses medicamentos (James et al., 1972; Jones, 1982). Apesar da falta de evidência, a vantagem teórica do fenilbutirato em relação ao benzoato é provavelmente uma das razões para o uso preferencial do fenilbutirato nos Estados Unidos. Essa abordagem aumenta a carga econômica da terapia, pois o fenilbutirato é muito mais caro que o benzoato (Cederbaum et al., 2010). Uma comparação direta entre os medicamentos, bem como a exploração da utilidade da terapia combi- nada com os dois medicamentos, seria de grande valia na elaboração de estratégias de gerenciamento de custo-benefício para UCDs.
[007] A presente divulgação fornece uma solução para uma ne- cessidade há muito tempo sentida de tratamento eficaz para UCDs
BREVE SUMÁRIO
[008] Modalidades da divulgação fornecem métodos e composi- ções para o tratamento de um ou mais UCDs e/ou para prevenção de hiperamonemia em um ou mais UCDs. Em modalidades particulares, os métodos e composições abrangem composições para o tratamento de UCDs que possuem mais de um composto, e os múltiplos compos- tos podem ou não atuar sinergicamente ou podem ou não atuar de maneira aditiva, inclusive in vivo. As composições podem compreen- der, consistir ou consistir essencialmente em ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exem- plo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) e ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio), em modalidades específicas. Em certas modalidades, a quantidade de fenilbutirato de sódio e benzoato de só- dio em uma composição é de uma certa quantidade, como não mais que um certo nível, como 200 mg/kg/dia cada.
[009] Em uma modalidade, existe um método de tratamento de um indivíduo para um ou mais distúrbios do ciclo da ureia, compreen- dendo: administrar uma quantidade terapeuticamente eficaz de benzo- ato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol, em que o benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol são, cada um, administrados em não mais que 200mg/kg/dia. O dis- túrbio do ciclo da ureia pode abranger uma ou mais das seguintes do- enças: deficiência de N-acetilglutamato sintase (deficiência de NAGS), deficiência de carbamoil-fosfato sintase 1 (deficiência de CPS1), defi- ciência de ornitina transcarbamilase (deficiência de OTC), deficiência de ornitina translocase (ORNT1), Citrulinemia tipo I (deficiência de ASS1), acidúria argininosuccínica (deficiência de Argininosuccinato Liase (ASL)), deficiência de arginase (hiperargininemia, deficiência de ARG1) e/ou deficiência de citrina.
[0010] Em alguns casos, o benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol são administrados ao indivíduo por via oral. O benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol podem ser administrados ao indivíduo diariamente, semanal- mente, várias vezes na semana, quinzenalmente ou mensalmente e/ou podem ser administrados ao indivíduo com ou sem alimento e/ou bebida. Em casos específicos, o benzoato de sódio é administrado em uma dosagem de 20-200 mg/kg/dia e/ou o fenilbutirato de sódio ou fe- nilbutirato de glicerol é administrado em uma dosagem de 20-200 mg/kg/dia. A quantidade de fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol administrada pode ser maior em uma base mol:mol do que a quantidade de benzoato de sódio administrada.
[0011] O benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol podem ser administrados como uma composição única con- tendo tanto benzoato de sódio como fenilbutirato de sódio. O benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol podem ser administrados como composições separadas. Em modalidades especí- ficas, a razão de fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol para benzoato de sódio na composição é 1:1 ou mais em uma base mol:mol. A quantidade de fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de gli- cerol administrada pode ser menor em uma base mol: mol do que a quantidade de benzoato de sódio administrada. A razão de fenilbutira- to de sódio ou fenilbutirato de glicerol para benzoato de sódio na com- posição pode ser de 1: 1 ou menos em uma base mol: mol, em moda- lidades específicas.
[0012] Em algumas modalidades, há um método de tratamento de um indivíduo com um distúrbio médico ou efeito colateral de fármaco associados à retenção de nitrogênio, compreendendo: administrar uma quantidade terapeuticamente eficaz de benzoato de sódio e fenilbutira- to de sódio ou fenilbutirato de glicerol, em que o benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol são, cada um, adminis- trados a não mais que 200 mg/kg/dia. O distúrbio no indivíduo pode compreender encefalopatia hepática (hepatic encephalopathy - HE), distúrbios metabólicos, bypass vascular do fígado, atresia biliar e/ou insuficiência hepática aguda. Em certas modalidades, o fármaco asso- ciado à retenção de nitrogênio no indivíduo é ácido valproico, ciclofos- famida e/ou ácido 5-pentanoico. O indivíduo pode ser tratado com um fármaco ou terapia adicional, como aquele(a) que utiliza precursores de PAA, suplementação de um aminoácido deficiente, glutamato de carbamila e/ou cloridrato de arginina. O aminoácido deficiente pode ser arginina e/ou citrulina. Em certas modalidades, a terapia compre- ende hemodiálise com oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) acionada por bomba, hemofiltração intermitente, hemodiálise intermitente, terapia de substituição renal contínua e/ou diálise perito- neal. Um distúrbio no indivíduo pode ser identificado por histórico fami-
liar, exame físico, ensaio bioquímico (por exemplo, um que compreen- da a determinação da concentração plasmática de amônia, análise quantitativa de aminoácidos no plasma (de citrulina, arginina e/ou orni- tina), determinação da concentração urinária de ácido orótico e/ou análise de aminoácidos na urina) e/ou teste genético molecular (teste monogênico em série, painel multigênico, sequenciamento de exoma e/ou sequenciamento de genoma, por exemplo).
[0013] Em uma modalidade, existe um método de tratamento de um indivíduo para um ou mais distúrbios do ciclo da ureia, compreen- dendo: administrar uma quantidade terapeuticamente eficaz de benzo- ato de sódio e fenilbutirato de sódio, em que o benzoato de sódio e o fenilbutirato de sódio são, cada um, administrados em não mais que 400 mg/kg/dia.
[0014] Em uma certa modalidade, há uma composição compreen- dendo benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol. A quantidade de benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol pode ser de pelo menos 2 g cada. A composi- ção pode ser um sólido, líquido ou gel. A composição pode estar na forma de uma solução, suspensão, emulsão, comprimido, pílula, cáp- sula, filme, formulação de liberação sustentada, composição bucal, pastilha (troche), elixir, xarope, wafer ou combinação dos mesmos. Em casos específicos, a razão de fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol para benzoato de sódio na composição é de 1: 1 ou mais em uma base mol:mol. A razão de fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol para benzoato de sódio na composição pode ser de 1:1 ou menos em uma base mol:mol.
[0015] Modalidades da divulgação incluem kits que compreendem qualquer composição aqui abrangida. Em casos específicos, o kit inclui (a) uma composição contendo fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol e (b) uma composição contendo benzoato de sódio.
[0016] O texto precedente descreveu de maneira bastante ampla os recursos e vantagens técnicas da presente divulgação, de modo que a descrição detalhada a seguir pudesse ser melhor compreendida. Características e vantagens adicionais que constituem o assunto das presentes reivindicações serão descritas a seguir. Deve ser apreciado por aqueles especialistas na técnica que a concepção e modalidades específicas divulgadas podem ser prontamente utilizadas como base para modificar ou projetar outras estruturas para realizar os mesmos objetivos dos presentes projetos. Também deve ser percebido por aqueles especialistas na técnica que essas construções equivalentes não se afastam do espírito e do escopo, conforme estabelecido nas reivindicações anexas. As novas características que, se acredita, se- rem características dos projetos divulgados neste documento, tanto quanto à organização, como ao método de operação, juntamente com outros objetos e vantagens serão melhor compreendidas a partir da descrição a seguir, quando consideradas em conexão com as figuras anexas. Deve ser expressamente entendido, no entanto, que cada uma das figuras é fornecida apenas para fins de ilustração e descrição e não se destina a ser uma definição dos limites da presente divulga- ção.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0017] Para uma compreensão mais completa da presente divul- gação, é feita, agora, referência às seguintes descrições, tomadas em conjunto com os desenhos anexos.
[0018] A FIG. 1 é um esquema que descreve um exemplo de um projeto e procedimentos de estudo. Todos os indivíduos foram cruza- dos para receber os três medicamentos do estudo, isto é, fenilbutirato, benzoato e combinação de fenilbutirato e benzoato na metade da do- se. (H&P - histórico e exame físico; Laboratórios de segurança - he- mograma completo, painel metabólico abrangente, amônia plasmática e exame de urina; laboratórios de segurança nos braços de estudo 2 e 3 foram repetidos apenas se anormalidades foram observadas nos la- boratórios de segurança a partir do dia 4 do braço de estudo anterior ou se o período de lavagem foi superior a 28 dias do braço de trata- mento anterior)
[0019] A FIG. 2 é uma representação esquemática do ciclo da ureia. NAGS - N-acetilglutamato sintase; CPS1 - carbamoil-fosfato sin- tase 1; OTC - ornitina transcarbamilase; ASS1 - argininosuccinato sin- tase 1; ASL - argininosuccinato liase; ARG1- arginase 1; citrino, trans- portador de aspartato/glutamato mitocondrial; ORNT1, transportador de ornitina mitocondrial.
[0020] A FIG. 3 mostra caminhos alternativos para o descarte de nitrogênio. Com um bloqueio na ureogênese, excreção de conjugados de aminoácidos pode servir como um mecanismo alternativo para des- carte de nitrogênio. Benzoato e fenilacetato podem ser conjugados com glicina e glutamina, respectivamente, para gerar ácido hipúrico e fenilacetilglutamina. Os átomos de nitrogênio eliminados por esses medicamentos são representados por círculos cinzentos. Enquanto uma molécula de benzoato elimina um átomo de nitrogênio, uma mo- lécula de fenilacetato (ou seu precursor, fenilbutirato) elimina dois átomos de nitrogênio.
[0021] A FIG. 4 mostra concentrações plasmáticas de fenilbutirato, benzoato e seus produtos de conjugação. Níveis médios e erros pa- drão de média são representados.
[0022] As FIGS. 5A-5C mostram excreção de nitrogênio como um conjugado de fármaco. 5A Excreção de produtos de conjugação de fenilbutirato (PAGN) e benzoato (HA) em 24 horas. Note que o nitro- gênio total excretado como um conjugado de fármaco nos braços NaPB e MIX (NaPB+NaBZ) é maior do que no braço NaBZ; no entan- to, não há diferença entre os braços NaPB e MIX. 5B A porcentagem de fenilbutirato recuperado como produto conjugado foi maior quando uma dose mais baixa foi usada no braço MIX em comparação ao bra- ço NaPB. Tendências semelhantes são aparentes para conversão de benzoato em HA. 5C. A eficácia da conjugação, isto é, mg de nitrogê- nio excretado por unidade de fármaco utilizada foi maior nos braços NAPB e MIX em comparação com o braço NaBZ. * P <0,05.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0023] Neste contexto, a especificação "um", "uma" pode significar um(a) ou mais. Neste contexto, na(s) reivindicação(ões), quando usa- da(s) em conjunto com a palavra "compreendendo", as palavras "um" ou "uma" pode(m) significar um(a) ou mais de um(a). Neste contexto "outro" pode significar pelo menos um segundo ou mais. Em modali- dades específicas, os aspectos da invenção podem "consistir essenci- almente em" ou "consistir em" uma ou mais sequências da invenção, por exemplo. Algumas modalidades da invenção podem consistir em ou consistir essencialmente em um ou mais elementos, etapas de mé- todo e/ou métodos da invenção. Está contemplado que qualquer mé- todo ou composição aqui descrito(a) possa ser implementado(a) com relação a qualquer outro método ou composição aqui descrito(a).
[0024] A presente divulgação refere-se a métodos e composições referentes ao tratamento de distúrbios do ciclo da ureia com terapia combinada que emprega pelo menos ácido benzoico ou um sal ou pro- fármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzo- ato de sódio) e/ou pelo menos ácido fenilbutírico ou um sal ou profár- maco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbuti- rato de sódio ou fenilbutirato de glicerol). A terapia combinada utiliza concentrações particulares, em pelo menos alguns aspectos. Em mo- dalidades particulares, a combinação de ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco far-
maceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) permite níveis reduzidos de pelo me- nos um dos compostos para métodos de tratamento e na composição.
[0025] Terapia de via alternativa com benzoato e fenilbutirato tor- nou-se um padrão de tratamento no gerenciamento de distúrbios do ciclo da ureia. Embora esses medicamentos sejam amplamente utili- zados, até o momento, estudos farmacocinéticos detalhados e eficácia na excreção de nitrogênio não foram sistematicamente estudados. A presente divulgação fornece um estudo cruzado randomizado de três braços para avaliar a farmacocinética de fenilbutirato e benzoato e a eficácia comparativa de fenilbutirato, benzoato e uma combinação dos dois medicamentos (braço MIX) na excreção de nitrogênio. Com o uso de isótopos estáveis, foram avaliados os efeitos dos medicamentos na produção de ureia e descarte de nitrogênio derivado da dieta. Tmax foi semelhante para ambos, fenilbutirato e benzoato (~ 1,5 h). Tmax para fenilacetilglutamina foi maior que para ácido hipúrico (3,7 vs. 2,2 h; P <0,008). A eficácia de conjugação (~65%) foi semelhante para fenilbu- tirato e benzoato quando administrados como tratamentos únicos (P = 0,59); no entanto, surpreendentemente, a eficácia da conjugação de fenilbutirato e benzoato foi maior com a dose mais baixa administrada no braço MIX em comparação com o braço fenilbutirato (P <0,044) e o braço benzoato. Tratamentos com fenilbutirato e MIX foram mais efi- cazes na conjugação e excreção de nitrogênio que com o benzoato. A excreção de nitrogênio como um conjugado de fármaco foi semelhante entre os braços de fenilbutirato e MIX (30,7 vs. 29,8 mmol/24 h; P = QQ). O uso de terapia combinada aumentou o mg de nitrogênio excre- tado por USD de 3,7 com fenilbutirato para 7,1 para a combinação de benzoato e fenilbutirato. Não houve diferenças entre os braços de tra- tamento em relação à produção de ureia, excreção urinária de nitrogê- nio de ureia ou excreção total de nitrogênio, embora se esperasse que o braço fenilbutirato resultasse em maiores níveis de excreção total de nitrogênio que o braço MIX, pois, como observado acima, o fenilbutira- to se conjuga à glutamina, que possui dois nitrogênios, enquanto o benzoato, se conjuga à glicina, que possui apenas um nitrogênio. As- sim, prevê-se que o braço MIX que inclui 50% da dose de fenilbutirato no braço de fenilbutirato e 50% da dose de benzoato no braço de ben- zoato resulte em 75% da excreção total de nitrogênio do braço de fe- nilbutirato. Fenilbutirato foi mais eficaz que benzoato na conjugação e disposição do nitrogênio. Terapia combinada com fenilbutirato e ben- zoato reduz significativamente o custo do tratamento sem comprome- ter a quantidade de nitrogênio conjugado. Em modalidades da divulga- ção, terapia combinada com fenilbutirato e benzoato em distúrbios do ciclo da ureia é útil para reduzir o custo do tratamento sem comprome- ter a capacidade de excreção de nitrogênio em comparação à monote- rapia com uma dose mais alta de fenilbutirato. I. Composições da Divulgação
[0026] Modalidades da divulgação incluem composições que com- preendem ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbu- tírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol). O áci- do benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exem- plo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) podem ou não ser formulados na mesma entidade de composição, dado que o ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exem- plo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) podem ou não ser administrados a um indivíduo na mesma composição. No entanto, em modalidades particulares, o ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico de sódio ou um sal ou profármaco farma- ceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) estão compreendidos na mesma composi- ção.
[0027] Em modalidades específicas, cada um entre ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profár- maco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbuti- rato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) é administrado em não mais do que 20, 25, 50, 75, 100, 125, 150, 175, 200, 250, 300, 400, 450, 500, 550 ou 600 mg/kg/dia, e em modalidades específicas, a composi- ção compreende, consiste ou consiste em essencialmente de cada um de ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente acei- tável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) em uma fai- xa de 20-200, 20- 175, 20-150, 20-125, 20-100, 20-75, 20-50, 20-25, 40-200, 40-175, 40-150, 40-125, 40-100, 40-80, 40-75, 40-50, 50-200, 50-175, 50-150, 50-125, 50-100, 50-75, 50-60, 60-200, 60-175, 60- 150, 60- 125, 60-100, 60-75, 80-200, 80-175, 80-150, 80-125, 80-120, 80-100, 80-90, 100-200, 100-175, 100-150, 100-140, 100-125, 120- 200, 120-175, 120-160, 120-150, 140-200, 140-180, 140- 175, 140- 150, 160-200, 160-175 ou 180-200 mg/kg/dia por fármaco, apenas como exemplos. Em algumas modalidades, cada um de ácido benzoi- co ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fe-
nilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) é administrado em cer- ca de 1 g a 20 g por dia (por exemplo, 1 a 5 g por dia, 2 a 7 g por dia, 5 a 10 g por dia, 7 a 15 g por dia ou 10 a 20 g por dia). Em modalida- des alternativas, a composição compreende, consiste em, ou consiste essencialmente em cada um de ácido benzoico ou um sal ou profár- maco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceutica- mente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fe- nilbutirato de glicerol) a não mais que 400 mg/kg/dia, e em modalida- des específicas, a composição compreende, consiste em, ou consiste essencialmente em cada um de ácido benzoico ou um sal ou profár- maco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceutica- mente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fe- nilbutirato de glicerol) em uma faixa de 20-600 mg/kg/dia.
O ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exem- plo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) podem estar na faixa de 20-600, 20-300 , 20-200, 20-100, 50-400, 50-300, 50-200, 50- 100, 100-400, 100-300, 100-200, 200-400, 200-400, 300-500 ou 400- 600 mg/kg/dia, por exemplo.
Em algumas modalidades, o ácido ben- zoico ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e/ou ácido fenilbutírico ou sal ou pro- fármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbu- tirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) podem ser fornecidos como um pó seco, incluindo 1 -5 g por colher de chá de ingrediente ativo (por exemplo, 1-2 g por colher de chá, 1,5-3 g por colher de chá, 2-4 g por colher de chá ou 3-5 g por colher de chá). Em algumas modalidades, o ácido benzoico ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e/ou ácido fenilbutírico ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exem- plo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) podem ser forne- cidos como uma solução ou suspensão líquida incluindo 0,5-5 g/mL de ingrediente ativo (por exemplo, 0,5-1,5 g/mL, 1-2 g/mL, 1,5-3 g/mL, 2-4 g/mL ou 3-5 g/mL).
[0028] Em algumas modalidades, o ácido benzoico ou sal ou pro- fármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzo- ato de sódio) e/ou ácido fenilbutírico ou sal ou profármaco farmaceuti- camente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) podem ser fornecidos como uma dose unitária para consumo oral, por exemplo, um comprimido, incluindo 50-1000 mg de ingrediente ativo (por exemplo, 50-250 mg, 100-500 mg, 200- 750 mg ou 500-1000 mg). Em alguns aspectos da divulgação, a com- posição compreende, consiste em, ou consiste essencialmente em uma dose de ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceutica- mente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) que não são inferiores a uma certa quantidade. Em aspectos específi- cos, o ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbu- tírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) são administrados em nada menos que 150, 160 , 170, 175, 180, 185, 190, 195 ou 200 mg/kg/dia.
[0029] Independentemente do fato de o ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exem- plo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) e o ácido benzoi- co ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo
(por exemplo, benzoato de sódio) estarem na mesma composição, a quantidade de ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuti- camente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) administrado a um indivíduo em uma dose po- de ou não ser maior que a quantidade de ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) administrado ao indivíduo em uma dose. Em al- guns casos, a quantidade é igual ou substancialmente igual. Quando o ácido fenilbutírico ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glice- rol) e o ácido benzoico ou sal ou profármaco farmaceuticamente acei- tável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) estão em composi- ções separadas, eles podem ou não ser administrados a um indivíduo substancialmente ao mesmo tempo. Quando fornecido separadamen- te, o ácido fenilbutírico ou sal ou profármaco farmaceuticamente acei- tável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) pode ser administrado antes, ao mesmo tempo ou depois do ácido benzoico ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio).
[0030] Como dosagem, incluindo quando estão na mesma compo- sição, a razão de ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farma- ceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) para ácido benzoico ou um sal ou profár- maco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) pode ser qualquer quantidade adequada. Em modalidades específicas, a razão de ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) para ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) na composição é ou é cerca de 1:1; 1,25:1; 1,5:1;
1,75:1; 2:1; 2,25:1; 2,5:1; 2,75:1; 3:1; 3,25:1; 3,5:1; 3,75:1; 4:1 (por exemplo, de 1:1-2:1, 1,5:1-3:1, 2:1-4:1) em uma base mol:mol; e assim por diante. Em alguns casos, na composição, a quantidade de ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) é menor que o ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceutica- mente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio). Como exemplos, uma razão de fenilbutirato de sódio para benzoato de sódio é ou é cerca de 1:1; 1:1,25; 1:1,5; 1:1,75; 1:2; 1:2,25; 1:2,5; 1:2,75; 1:3; 1:3,25; 1:3,5; 1:3,75; 1:4 ou é 1:>4,0 (por exemplo, 1:1-1:2, 1:1,5- 1:3, 1:2-1:4) em uma base mol:mol.
[0031] A composição de ácido fenilbutírico ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) e ácido benzoico ou sal ou profárma- co farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) em aspectos particulares pode estar na forma de um sólido, lí- quido ou gel à temperatura ambiente. A forma da composição pode ser de qualquer tipo, incluindo pelo menos uma solução, suspensão, emulsão, comprimido, pílula, cápsula, filme, formulação de liberação sustentada, composição bucal, pastilha (troche), elixir, xarope, wafer ou combinação das mesmas, por exemplo. II. Métodos da Divulgação
[0032] Os métodos da divulgação fornecem tratamento de um ou mais UCDs de qualquer tipo com uma composição que compreende ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol). A concen- tração do ácido benzoico ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e/ou ácido fe-
nilbutírico ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mes- mo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) po- de estar em um nível específico em pelo menos alguns casos. A com- posição pode ser administrada por uma via específica. Qualquer indi- víduo de qualquer raça ou gênero ou idade (bebê, criança, adolescen- te, adulto) pode ser tratado com métodos e composições da divulga- ção, mas em modalidades específicas o indivíduo pode ser uma crian- ça.
[0033] Qualquer distúrbio do ciclo da ureia pode ser tratado com métodos e/ou composições da divulgação, incluindo deficiência de N- acetilglutamato sintase (deficiência de NAGS), deficiência de carba- moil-fosfato sintase 1 (deficiência de CPS1), deficiência de ornitina transcarbamilase (deficiência de OTC), deficiência de ornitina translo- case (ORNT1), citrulinemia do tipo I (deficiência de ASS1), acidúria argininosuccínica (deficiência de ASL), deficiência de arginase (hipe- rargininemia, deficiência de ARG1) ou deficiência de citrina, como exemplos. Um indivíduo com um distúrbio do ciclo da ureia pode rece- ber uma composição da divulgação com ou sem outra terapia. A admi- nistração pode ser por qualquer via adequada para o indivíduo, mas em modalidades específicas a composição é administrada através do canal alimentar, incluindo pelo menos por via oral, ou por supositório ou por gastrostomia ou outras formas de dispositivos de alimentação entérica. Por qualquer via de administração, a composição pode ser administrada ao indivíduo uma ou várias vezes. Quando várias admi- nistrações são dadas ao indivíduo, a frequência pode ser de qualquer tipo adequado, incluindo uma vez por dia, mais de uma vez por dia, uma vez a cada dois dias, várias vezes por semana, uma vez por se- mana, quinzenalmente, mensalmente e assim por diante. Sabendo que o fenilbutirato de sódio tem um sabor desagradável, em alguns casos, a composição é formulada para melhorar a adesão do paciente,
por exemplo, para ter sabor. As composições podem ou não ser admi- nistradas ao indivíduo com ou sem alimento e/ou bebida.
[0034] Em modalidades particulares, uma composição compreen- dendo ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbu- tírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) são administrados em não mais de 20, 25, 50, 75, 100, 125, 150, 175, 200, 250, 300, 350, 400, 450, 500, 550 ou 600 mg/kg/dia por fármaco e em modalidades específicas , a composição é administrada ao indivíduo em uma faixa de 20-200, 20-100, 40-80, 60-100, 80-120, 100-140, 120-160, 140-180, 160-200 ou 180-200 mg/kg/dia por fármaco, mera- mente como exemplos. Em certos métodos, o ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exem- plo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) são administrados como tratamento de distúrbio do ciclo da ureia em não menos de150, 160, 170, 175, 180, 185, 190, 195 ou 200 mg/kg/dia por fármaco. Em modalidades clínicas particulares, um indivíduo com um distúrbio do ciclo da ureia é tratado com uma ou mais doses de uma combinação terapeuticamente eficaz de ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbu- tírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) para melhorar pelo menos um sintoma do distúrbio do ciclo da ureia. Uma segunda dose ou dose subsequente de ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco far- maceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) pode ou não ter a mesma quantidade de ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente acei- tável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e/ou ácido fenilbutí- rico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) em comparação com uma dose(s) anterior(es).
[0035] Em algumas modalidades, existem métodos de tratamento de um indivíduo com um distúrbio médico ou efeito colateral de fárma- co associados à retenção de nitrogênio (ácido valproico, ciclofosfamida e/ou ácido 5-pentanoico, por exemplo). O distúrbio médico pode ser de qualquer tipo, mas em modalidades específicas o distúrbio no indiví- duo compreende encefalopatia hepática (hepatic encephalopathy - HE), doença renal terminal (end-stage renal disease - ESRD), câncer, distúrbios neurodegenerativos como Doença de Huntington, esclerose lateral amiotrófica (amyotrophic lateral sclerosis - ALS ), atrofia muscu- lar espinhal (spinal muscular atrophy - SMA), distúrbios metabólicos, doença das células falciformes, infecção pelo vírus herpes simplex, bypass vascular do fígado, atresia biliar e/ou insuficiência hepática aguda. Exemplos de distúrbios metabólicos incluem doença da urina de xarope de bordo (maple syrup urine disease - MSUD), fenilcetonú- ria e/ou acidemia glutárica tipo 1. O indivíduo pode ou não ser tratado com um fármaco ou terapia adicional, como precursores de PAA, su- plementação de um aminoácido deficiente (arginina e/ou citrulina, por exemplo), glutamato de carbamila e/ou cloridrato de arginina, por exemplo. A terapia pode ou não compreender hemodiálise por com oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) acionada por bom- ba, hemofiltração intermitente, hemodiálise intermitente, terapia de substituição renal contínua e/ou diálise peritoneal. Em modalidades particulares, o distúrbio no indivíduo é identificado por histórico famili- ar, exame físico, ensaios bioquímicos (determinação da concentração plasmática de amônia, análise quantitativa de aminoácidos no plasma (de citrulina, arginina e/ou ornitina, por exemplo), determinação da concentração urinária de ácido orótico e/ou análise de aminoácidos na urina) e/ou teste genético molecular (por exemplo, que compreenda teste monogênico em série, painel multigênico, sequenciamento de exoma e/ou sequenciamento de genoma). Em modalidades específi- cas, uma quantidade terapeuticamente eficaz da(s) composição(ões) é administrada através do canal alimentar, e a composição compreende, consiste em, ou consiste essencialmente em ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco far- maceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol). Em casos específicos, o ácido ben- zoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mes- mo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fe- nilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) são administrados em não mais do que 200, 300, 400, 500 ou 600 mg/kg/dia e ácido benzoi- co ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fe- nilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) podem agir sinergica- mente no indivíduo.
[0036] O gerenciamento dietético, como restrição de proteínas, pode fazer parte do tratamento do indivíduo. Suplementos orais de lac- tulose, Neosporina, multivitaminas, cálcio e/ou antioxidantes podem ser utilizados adicional ou alternativamente.
[0037] Em algumas modalidades, os métodos da divulgação abrangem métodos para prevenir um ou mais distúrbios do ciclo da ureia, como impedir a ocorrência de um ou mais distúrbios do ciclo da ureia, atrasar o início de um ou mais distúrbios do ciclo da ureia, redu- zir a gravidade de um ou mais distúrbios do ciclo da ureia, etc. Em al- guns casos, a(s) composição(ões) da divulgação é(são) fornecida(s) a um indivíduo em risco para um ou mais distúrbios do ciclo da ureia, como um indivíduo com teste positivo para uma predisposição genéti- ca a um ou mais distúrbios do ciclo da ureia, um histórico familiar de um ou mais distúrbios do ciclo da ureia (por exemplo, presentes em um irmão mais velho) etc. III. Preparações farmacêuticas
[0038] Composições farmacêuticas da presente divulgação com- preendem uma quantidade eficaz de uma ou mais composições com- preendendo, consistindo em, ou consistindo essencialmente em ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exem- plo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) dissolvido ou dis- perso em um veículo farmaceuticamente aceitável. As frases "farma- cêutico ou farmacologicamente aceitável" refere-se a entidades e composições moleculares que não produzem uma reação adversa, alérgica ou outra reação indesejável quando administradas a um ani- mal, como, por exemplo, um ser humano, conforme apropriado. A pre- paração de uma composição farmacêutica que contém pelo menos uma composição compreendendo, consistindo em, ou consistindo es- sencialmente em ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuti- camente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e áci- do fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glice- rol) será conhecida pelos especialistas na técnica à luz da presente divulgação, como exemplificado por Remington (Remington: The Sci- ence and Practice of Pharmacy, (22ª ed.) ed. LV Allen, Jr. , 2013,
Pharmaceutical Press, Philadelphia, PA) aqui incorporado por referên- cia. Além disso, para administração a animais (por exemplo, humanos, cães, gatos, cavalos etc.), deve ser entendido que as preparações po- dem atender aos padrões de esterilidade, pirogenicidade, segurança geral e pureza, conforme exigido pelo FDA Office of Biological Stan- dards (Escritório de Normas Biológicas da FDA) ou outra agência re- guladora.
[0039] Neste contexto, "veículo farmaceuticamente aceitável" inclui todo e qualquer solvente, meio de dispersão, revestimentos, tensoati- vos, antioxidantes, conservantes (por exemplo, agentes antibacteria- nos, agentes antifúngicos), agentes isotônicos, agentes retardadores de absorção, sais, conservantes, fármacos, estabilizadores de fárma- cos, géis, ligantes, excipientes, agentes de desintegração, lubrifican- tes, adoçantes, aromatizantes, corantes, tais como materiais e combi- nações dos mesmos, como seria do conhecimento dos especialistas na técnica (ver, por exemplo, Remington's Pharmaceutical Sciences, 18 Ed. Mack Printing Company, 1990, pp. 1289-1329, aqui incorporado por referência). Exceto no caso em que qualquer veículo convencional seja incompatível com o ingrediente ativo, seu uso nas composições terapêuticas ou farmacêuticas é contemplado.
[0040] A composição compreendendo, consistindo em, ou consis- tindo essencialmente em ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamen- te aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbuti- rato de glicerol) (ou composições separadas de ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exem- plo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol)) podem compreender diferentes tipos de veículos, dependendo se deve ser administrado na forma sólida, líquida ou em aerossol e se precisa ser estéril para vias de administra- ção como injeção. As composições presentemente divulgadas podem ser administradas por via intravenosa, intradérmica, intra-arterial, in- traperitoneal, intralesional, intracraniana, intra-articular, intraprostática, intrapleural, intratraqueal, intranasal, intravítrea, intravaginal, intrarre- tal, tópica, intratumoral, intramuscular, intraperitoneal, subcutânea, subconjuntival, intravesicular, mucosal, intrapericardial, intraumbilical, intraocular, oral, tópica, local, inalação (por exemplo, inalação em ae- rossol), injeção, infusão, infusão contínua, perfusão localizada, ba- nhando as células-alvo diretamente, via cateter, via lavagem, em cre- mes, em composições lipídicas ( por exemplo, lipossomas) ou por ou- tro método ou qualquer combinação dos anteriores, como seria do co- nhecimento dos especialistas na matéria (ver, por exemplo, Reming- ton).
[0041] A quantidade de dosagem real de uma composição da pre- sente divulgação administrada a um paciente animal pode ser deter- minada por fatores físicos e fisiológicos, como peso corporal, gravida- de da condição, tipo de doença a ser tratada, intervenções terapêuti- cas anteriores ou simultâneas, idiopatia do paciente e via de adminis- tração. O médico responsável pela administração determinará, em qualquer caso, a concentração do(s) ingrediente(s) ativo(s) em uma composição(ões) e dose(s) apropriada(s) para o paciente particular.
[0042] Em certas modalidades, as composições farmacêuticas po- dem conter, por exemplo, pelo menos cerca de 0,1% de um composto ativo. Em outras modalidades, o composto ativo pode constituir entre cerca de 2% e cerca de 75% do peso da unidade, ou entre cerca de 25% e cerca de 60%, por exemplo, e qualquer faixa derivável dessa. Em outros exemplos não limitativos, uma dose pode também conter de cerca de 1 micrograma/kg/peso corporal, cerca de 5 microgra-
mas/kg/peso corporal, cerca de 10 microgramas/kg/peso corporal, cer- ca de 50 microgramas/kg/peso corporal, cerca de 100 microgra- mas/kg/peso corporal, cerca de 200 microgramas/kg/peso corporal, cerca de 350 microgramas/ kg/peso corporal, cerca de 500 microgra- mas/kg/peso corporal, cerca de 1 miligrama/kg/peso corporal, cerca de 5 miligramas/kg/peso corporal, cerca de 10 miligramas/kg/peso corpo- ral, cerca de 50 miligramas/kg/peso corporal, cerca de 100 miligra- mas/kg/peso corporal, cerca de 200 miligramas/kg/peso corporal, cer- ca de 350 miligramas/kg/peso corporal, cerca de 500 miligra- mas/kg/peso corporal, cerca de 500 miligramas/kg/peso corporal, a cerca de 1000 mg/kg/peso corporal ou mais por administração, e qual- quer faixa derivada dessa. Em exemplos não limitativos de uma faixa derivável dos números listados aqui, uma faixa de cerca de 5 mg/kg/peso corporal a cerca de 100 mg/kg/peso corporal, cerca de 5 microgramas/kg/peso corporal a cerca de 500 miligramas/kg/peso cor- poral, etc., pode ser administrada com base nos números descritos acima.
[0043] Em qualquer caso, a composição pode conter vários antio- xidantes para retardar a oxidação de um ou mais componentes. Além disso, a prevenção da ação de microrganismos pode ser provocada por conservantes, como vários agentes antibacterianos e antifúngicos, incluindo, entre outros, parabenos (por exemplo, metilparabenos, pro- pilparabenos), clorobutanol, fenol, ácido sórbico, timerosal ou combi- nações dos mesmos.
[0044] A(s) composição(ões) pode(m) ser formulada(s) em uma composição na forma neutra ou salina. Sais farmaceuticamente acei- táveis incluem sais derivados de bases inorgânicas, como, por exem- plo, hidróxidos de sódio, potássio, amônio, cálcio ou férricos; ou bases orgânicas como isopropilamina, trimetilamina, histidina ou procaína.
[0045] Em modalidades em que a composição está na forma líqui-
da, um veículo pode ser um solvente ou meio de dispersão incluindo, mas não limitados a, água, etanol, poliol (por exemplo, glicerol, propi- leno glicol, polietileno glicol líquido, etc.), lipídios (por exemplo, triglice- rídeos, óleos vegetais, lipossomas) e suas combinações. A fluidez adequada pode ser mantida, por exemplo, pelo uso de um revestimen- to, como lecitina; pela manutenção do tamanho de partícula necessá- rio por dispersão em veículos como, por exemplo, poliol líquido ou lipí- dios; com o uso de tensaoativos como, por exemplo, hidroxipropilcelu- lose; ou combinações destes métodos. Em muitos casos, será preferí- vel incluir agentes isotônicos, como, por exemplo, açúcares, cloreto de sódio ou combinações dos mesmos.
[0046] Em outras modalidades, pode-se usar colírios, soluções ou sprays nasais, aerossóis ou inalantes na presente invenção. Tais composições são geralmente projetadas para serem compatíveis com o tipo de tecido alvo. Em um exemplo não limitativo, soluções nasais são geralmente soluções aquosas projetadas para serem administra- das às passagens nasais em gotas ou sprays. As soluções nasais são preparadas de modo a serem semelhantes em muitos aspectos às se- creções nasais, para que a ação ciliar normal seja mantida. Assim, em modalidades preferidas, as soluções nasais aquosas são geralmente isotônicas ou ligeiramente tamponadas para manter um pH de cerca de 5,5 a cerca de 6,5. Além disso, conservantes antimicrobianos, se- melhantes aos usados em preparações oftalmológicas, fármacos ou estabilizantes de fármacos apropriados, se necessário, podem ser in- cluídos na formulação. Por exemplo, várias preparações nasais co- merciais são conhecidas e incluem fármacos como antibióticos ou anti- histamínicos.
[0047] Em certas modalidades, a composição compreendendo, consistindo ou consistindo essencialmente em ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exem-
plo, benzoato de sódio) e ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol) é preparada para administração por vias como ingestão oral. Nessas modalidades, a composição sólida pode consistir em, por exemplo, soluções, suspensões, emulsões, comprimidos, pílulas, cápsulas (por exemplo, cápsulas de gelatina com revestimento duro ou mole), formulações de liberação sustentada, composições bucais, pastilhas (troches), elixires, suspensões, xaro- pes, wafers ou combinações dos mesmos. Composições orais podem ser incorporadas diretamente aos alimentos da dieta. Veículos preferi- dos para administração oral incluem diluentes inertes, veículos comes- tíveis assimiláveis ou combinações dos mesmos. Em outros aspectos da invenção, a composição oral pode ser preparada como um xarope ou elixir, e pode compreender, por exemplo, pelo menos um agente ativo, um adoçante, um conservante, um agente aromatizante, um co- rante, um conservante ou combinações dos mesmos.
[0048] Em certas modalidades, uma composição oral pode com- preender um ou mais ligantes, excipientes, agentes de desintegração, lubrificantes, agentes aromatizantes e combinações dos mesmos. Em certas modalidades, uma composição pode conter um ou mais dos se- guintes itens: um ligante, como, por exemplo, goma tragacanto, acá- cia, amido de milho, gelatina ou combinações dos mesmos; um excipi- ente, tal como, por exemplo, fosfato dicálcico, manitol, lactose, amido, estearato de magnésio, sacarina sódica, celulose, carbonato de mag- nésio ou combinações dos mesmos; um agente desintegrante, tal co- mo, por exemplo, amido de milho, amido de batata, ácido algínico ou combinações dos mesmos; um lubrificante, como, por exemplo, estea- rato de magnésio; um agente adoçante, como, por exemplo, sacarose, lactose, sacarina ou combinações dos mesmos; um agente aromati- zante, como, por exemplo, hortelã-pimenta, óleo de wintergreen, aro-
ma de cereja, aroma de laranja, etc .; ou combinações dos anteriores. Quando a forma unitária de dosagem é uma cápsula, ela pode conter, além dos materiais do tipo acima, veículos como um veículo líquido. Vários outros materiais podem estar presentes como revestimentos ou para modificar a forma física da unidade de dosagem. Por exemplo, comprimidos, pílulas ou cápsulas podem ser revestidos com goma- laca, açúcar ou ambos.
[0049] Formulações adicionais que são adequadas para outros modos de administração incluem supositórios. Supositórios são formas de dosagem sólidas de vários pesos e formas, geralmente medica- mentosas, para inserção no reto, vagina ou uretra. Após a inserção, os supositórios amolecem, derretem ou dissolvem nos fluidos da cavida- de. Em geral, para supositórios, veículos tradicionais podem incluir, por exemplo, polialquileno glicóis, triglicerídeos ou combinações dos mesmos. Em certas modalidades, os supositórios podem ser formados a partir de misturas contendo, por exemplo, o ingrediente ativo na faixa de cerca de 0,5% a cerca de 10%, e preferivelmente de cerca de 1% a cerca de 2%.
[0050] Soluções injetáveis estéreis são preparadas incorporando os compostos ativos na quantidade necessária no solvente apropriado com vários dos outros ingredientes enumerados acima, conforme ne- cessário, seguido de esterilização por filtração. Geralmente, são pre- paradas dispersões incorporando os vários ingredientes ativos esterili- zados em um veículo estéril que contém o meio de dispersão básico e/ou os outros ingredientes. No caso de pós estéreis para preparação de soluções, suspensões ou emulsões injetáveis estéreis, os métodos preferidos de preparação são as técnicas de secagem a vácuo ou liofi- lização que produzem um pó do ingrediente ativo mais qualquer ingre- diente adicional desejado de um produto previamente esterilizado a partir de um meio líquido filtrado do mesmo. O meio líquido deve ser adequadamente tamponado, se necessário, e o diluente líquido primei- ro tornado isotônico antes da injeção, com solução salina ou glicose suficiente. A preparação de composições altamente concentradas para injeção direta também é contemplada, onde o uso de DMSO como solvente é previsto para resultar em penetração extremamente rápida, fornecendo altas concentrações dos agentes ativos em uma pequena área.
[0051] A composição deve ser estável nas condições de fabrica- ção e armazenamento e preservada contra a ação contaminante de microrganismos, como bactérias e fungos. Será apreciado que a con- taminação por endotoxinas deve ser mantida minimamente em um ní- vel seguro, por exemplo, inferior a 0,5 ng/mg de proteína.
[0052] Em modalidades particulares, absorção prolongada de uma composição injetável pode ser provocada pelo uso nas composições de agentes que retardam a absorção, como, por exemplo, monoestea- rato de alumínio, gelatina ou combinações dos mesmos. Kits
[0053] Qualquer uma das composições aqui descritas pode estar compreendida em um kit. Em um exemplo não limitativo, uma compo- sição compreendendo, consistindo em, ou consistindo essencialmente em benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio (ou composições sepa- radas de benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio) pode ser compre- endida em um kit. Os kits compreenderão assim, em meios contenedo- res adequados, uma ou mais composições. Em algumas modalidades, o kit inclui (a) uma composição que inclui ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou butirato de glicerol) e (b) uma composição que inclui ácido benzoico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio).
[0054] Os componentes dos kits podem ser embalados em meio aquoso ou na forma liofilizada. Os meios contenedores dos kits inclui- rão geralmente pelo menos um pequeno frasco, tubo de ensaio, fras- co, garrafa, seringa ou outro meio contenedor, no qual um componente pode ser colocado e, de preferência, adequadamente aliquotado. On- de houver mais de um componente no kit, o kit também conterá geral- mente um segundo, terceiro ou outro recipiente adicional no qual os componentes adicionais podem ser colocados separadamente. No en- tanto, várias combinações de componentes podem estar contidas em um frasco. Os kits da presente divulgação também incluem tipicamen- te um meio para conter a composição e quaisquer outros recipientes de reagente confinados para venda comercial. Esses recipientes po- dem incluir recipientes de plástico moldados por injeção ou sopro nos quais os frascos desejados estão contidos.
[0055] Quando os componentes do kit são fornecidos em uma e/ou mais soluções líquidas, a solução líquida é uma solução aquosa, sendo particularmente preferida uma solução aquosa estéril. As com- posições também podem ser formuladas em uma composição serin- gável. Nesse caso, o meio contenedor pode ser, ele próprio, uma se- ringa, pipeta e/ou outro aparelho semelhante, a partir do qual a formu- lação pode ser aplicada a uma área infectada do corpo, injetada em um animal e/ou até aplicada e/ou misturada com os outros componen- tes do kit. Em algumas modalidades, o kit inclui pelo menos dois reci- pientes, um recipiente incluindo ácido fenilbutírico ou um sal ou pro- fármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbu- tirato de sódio ou butirato de glicerol) como uma solução líquida e um recipiente incluindo ácido benzoico ou um sal ou profármaco farma- ceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) como uma solução líquida. Em algumas modalidades, o kit inclui pelo menos dois recipientes, um recipiente incluindo ácido fenilbutírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou butirato de glicerol) como uma solu- ção líquida e um recipiente incluindo ácido benzoico ou um sal ou pro- fármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, benzo- ato de sódio) como um pó seco.
[0056] No entanto, os componentes do kit podem ser fornecidos como pó(s) seco(s). Quando reagentes e/ou componentes são forne- cidos como um pó seco, o pó pode ser reconstituído pela adição de um solvente adequado. Prevê-se que o solvente possa também ser fornecido em outro meio contenedor. Em algumas modalidades, o kit inclui pelo menos dois recipientes, um recipiente incluindo ácido fenil- butírico ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, fenilbutirato de sódio ou butirato de glicerol) co- mo um pó seco e um recipiente incluindo ácido benzoico ou um sal ou farmaceuticamente aceitável ou profármaco do mesmo (por exemplo, benzoato de sódio) como um pó seco. Exemplos
[0057] Os exemplos a seguir são incluídos para demonstrar moda- lidades preferidas da invenção. Deve ser apreciado por aqueles espe- cialistas na técnica que as técnicas divulgadas nos exemplos a seguir representam técnicas que o inventor verificou que funcionam bem na prática da invenção e, portanto, podem ser consideradas como modos preferidos para sua prática. No entanto, os especialistas na técnica devem, à luz da presente divulgação, avaliar que muitas mudanças podem ser feitas nas modalidades específicas que são divulgadas e ainda obter um resultado semelhante sem se afastar do espírito e es- copo da invenção. EXEMPLO 1
EXEMPLOS DE MATERIAIS E MÉTODOS
[0058] Consentimento informado foi obtido de todos os participan- tes. Voluntários adultos saudáveis (idade ≥18 anos) foram recrutados.
Foram excluídos do estudo indivíduos com: 1) histórico de intolerância à proteína na dieta; 2) histórico de doenças hepáticas; 3) incapacidade de seguir a dieta prescrita ou sofrer infusões isotópicas; 4) histórico documentado de hiperamonemia (definida como amônia plasmática > 100 μmol/L), 5) anormalidade clínica ou laboratorial de Grau 3 ou su- perior, de acordo com os Critérios de Terminologia Comuns para Eventos Adversos v.4.0 (Common Terminology Criteria for Adverse Events - CTCAE) e 6) qualquer(quaisquer) condiç(ão)(ões) não cober- ta(s) pelo CTCAE, mas, que na opinião dos investigadores, constituía uma condição grave. Mulheres grávidas ou lactantes não foram inscri- tas. Projeto de estudo
[0059] Este foi um estudo cruzado randomizado de três braços. Cada braço foi completado em um período de quatro dias, com um pe- ríodo de lavagem de pelo menos 7 dias entre quaisquer dois braços de tratamento (FIG. 1). A sequência de tratamento foi randomizada de maneira não cega. O tratamento e doses dos medicamentos utilizados foram os seguintes: 1) braço NaPB: fenilbutirato 7,15 g • m-2 da área superficial corporal (body surface area - BSA)•dia-1; dose máxima, 20 g•dia-1, 2) braço NaBz: benzoato 5,5 g•m-2 de BSA•dia-1; dose máxima, 12 g•dia-1 e 3) braço MIX: fenilbutirato e benzoato, 3,575 e 2,75 g•m-2 de BSA•dia-1, respectivamente (metade da dose usada nos braços NaPB e NaBz). Os tratamentos foram projetados para fornecer quanti- dade isomolar de fármacos e a dose diária total foi administrada em três doses igualmente divididas. As doses de medicamentos utilizados no estudo são representativas das doses típicas utilizadas no gerenci- amento das UCDs de adultos (Haberle et al., 2012).
[0060] No dia 1 do braço de estudo 1, foram realizadas revisão detalhada do histórico médico e exame físico. Foram realizados he- mograma completo, painel metabólico abrangente, amônia plasmática e exame de urina (medições laboratoriais de segurança). O teste de gravidez na urina foi realizado em todas as mulheres.
Refeições pre- paradas no CNRC para fornecer 0,8 g•kg-1•dia-1 de proteína e 32 kcal•kg-1•dia-1 foram fornecidas nos próximos três dias.
A ingestão pa- dronizada de proteínas e calorias permitiu comparar a excreção de ni- trogênio entre os três braços.
Os indivíduos foram randomizados para uma sequência de tratamento predeterminada e a primeira dose do medicamento apropriado foi administrada sob supervisão.
Os sujeitos tomaram o medicamento do estudo com as refeições por três dias (08:00 café da manhã; 13:00 almoço; 19:00 jantar) (FIG. 1). Foi esco- lhido um período de tratamento de três dias para permitir adaptações metabólicas à medicação em estudo, já que mostramos anteriormente, que pelo menos para o fenilbutirato, a farmacocinética difere quando indivíduos estão em tratamento com o fármaco há 3 dias em compara- ção com uma dose única em indivíduos sem tratamento prévio. (Dar- maun et al., 1998; Marini et al., 2011b). No dia 3, os indivíduos omiti- ram a dose de 19:00 do medicamento para evitar interferência na aná- lise no dia 4 dos conjugados de metabólitos do dia anterior.
No dia 4, foi obtida amostra de sangue em jejum para a determinação das con- centrações plasmáticas de aminoácidos e ureia, enriquecimentos iso- tópicos de base, perfil metabólico básico, hemograma completo e con- centrações plasmáticas de fenilbutirato, benzoato, PAGN e HA.
Urina foi coletada para medições de ureia, fenilbutirato, benzoato, PAGN e HA.
Às 0 horas, a refeição de teste contendo metade da dose diária de proteína (0,4 g•kg-1) foi fornecida por um substituto comercial de refei- ção líquido (Garantir Plus, Abbott, Abbot Park, IL) e espirulina marcada 15 com N (40 mg•kg-1; ISOTEC, Miamisburg, OH). Espirulina é uma fon- te natural de proteína de cianobactérias que contém ~ 50% de proteína verdadeira e todos os aminoácidos essenciais (Becker, 2007). Foi es- timada uma dose de 40 mg•kg-1 de espirulina marcada com 15 N, resul-
tando em enriquecimento dietético de ~5 mol % em excesso. A refei- ção da manhã, que foi ingerida em ~10 minutos, foi seguida por uma dose do medicamento do estudo e uma dose intravenosa em bolo de traçador de ureia, [13C18O]ureia (6 mmol/sujeito; ISOTEC, Miamisburg, OH). Amostras de sangue para determinar concentrações e enrique- cimentos isotópicos dos fármacos e seus produtos conjugados, bem como aminoácidos e ureia foram coletadas a cada 30 minutos durante as primeiras quatro horas e depois a cada hora entre as horas 4 e 8 (FIG. 1). Urina foi coletada em quatro períodos de duas horas, durante o período de oito horas de admissão. Os indivíduos foram, então, dis- pensados; a coleta de urina continuou em casa pelas próximas 16 ho- ras, durante um período total de 24 horas de coleta. Os procedimentos para os braços 2 e 3 do estudo foram idênticos aos realizados no bra- ço 1. Análise de amostra
[0061] Fármacos e seus produtos conjugados no plasma e na uri- na, bem como ureia e aminoácidos foram determinados por espectro- metria de massa e quantificados com base na diluição de padrões in- ternos marcados. O nitrogênio urinário total foi determinado pelo mé- todo micro-Kjeldahl.
[0062] Fenilbutirato, PAA e benzoato plasmático e urinário foram determinados, assim como seus derivados pentafluorobenzila por NCI- GC-MS; . Os ácidos [2H5] benzoico (99,2% D) e [2H11] 4-fenilbutírico (isótopos C/D/N, Quebec, Canadá) foram utilizados como padrões in- ternos. PAGN e HA não derivatizados foram medidos por HESI LC- MS/MS; [2H5] PAGN e [2H5] HA (isótopos C/D/N, Quebec, Canadá) fo- ram utilizados como padrões internos.
[0063] Concentrações e enriquecimentos de aminoácidos no plasma foram determinados por HESI LC-MS/MS. Uma mistura de aminoácidos U-[13C15N] isenta de células foi usada como padrão inter-
no. O nitrogênio urinário total foi determinado pelo método micro- Kjeldahl.
[0064] Enriquecimento e concentração de ureia no plasma e na urina foram medidos usando EI GC-MS como publicado anteriormente (Beylot et al., 1994). Cálculos
[0065] Parâmetros farmacocinéticos, tempo até concentração de pico dos fármacos e seus produtos conjugados (Tmax), concentração de pico (Cmax) e área sob a curva 8 h após a ingestão dos fármacos (AUC0-8) foram determinados usando metodologia publicada anterior- mente (Urso et al. 2002). A produção de ureia foi determinada por aná- lise não compartimental, após ajuste de um modelo biexponencial aos dados de enriquecimento de ureia [13C18O] (Matthews e Downey, 1984; Marini et al., 2006).
[0066] A quantidade total de nitrogênio conjugado por fármacos foi calculada multiplicando o peso da urina de 24 horas, a concentração do metabólito de interesse, pelo conteúdo de nitrogênio do metabólito. PAGN e HA foram detectados na urina dos indivíduos durante os bra- ços de tratamento nos quais eles não estavam recebendo fenilbutirato ou benzoato, respectivamente. Consequentemente, estes valores de base foram subtraídos dos valores obtidos durante o tratamento com fenilbutirato e benzoato. A quantidade total de nitrogênio conjugado foi expressa como fração da refeição de teste, dividindo pelo conteúdo total de nitrogênio da refeição de teste. A conjugação do nitrogênio da 15 dieta foi calculada como a quantidade de N conjugado multiplicando a quantidade total de nitrogênio conjugado pelo respectivo enriqueci- 15 mento N. Para PAGN, a marcação do grupo amino e amido foi con- siderada.
[0067] A eficácia da conjugação do fármaco, a relação técnica en- tre o fármaco e seus efeitos (Mackenzie e Dixon, 1995), foi determina-
da dividindo-se a quantidade de nitrogênio conjugado pela quantidade de fármaco fornecida (em base molar e de grama). Análise Estatística
[0068] Foram analisados dados usando o procedimento misto proc de SAS (v. 9.4; SAS Institute, Cary, NC) com o indivíduo como variável aleatória; assim comparações foram feitas dentro do indivíduo. Se um efeito estatisticamente significativo para um braço de tratamento espe- cífico foi observado (P <0,05), o procedimento post hoc de Tukey foi realizado para comparações múltiplas em pares. Os dados são ex- pressos como média ± SEM. EXEMPLO 2
COMPARAÇÃO DA EFICÁCIA DE FENILBUTIRATO E BENZOATO NA EXCREÇÃO DE NITROGÊNIO E UREOGÊNESE EM VOLUNTÁ-
RIOS SAUDÁVEIS Resultados
[0069] Sete indivíduos (5 homens, 2 mulheres) foram inscritos. As características demográficas e as sequências de tratamento estão descritas na Tabela 1A. Tabela 1A: Indivíduos inscritos na sequência de teste e tratamen- to Indivíduo Idade em Sexo Ht Wt BSA Sequência de tratamento anos em cm em kg em m2 1 52 M 177,1 76,2 1,933 NaPB → MIX → NaBz 2 28 M 177,4 74,5 1,917 MIX → NaBz → NaPB 3 26 M 171,4 65,2 1,766 NaPB → MIX → NaBz 4 58 M 188,8 93,2 2,205 NaBz → MIX → NaPB 5 33 F 163,5 59,5 1,642 MIX → NaPB → NaBz 6 27 M 171,3 74,5 1,869 NaBz → MIX → NaPB 7 23 F 161,7 93,5 1,974 NaPB → MIX → NaBz
[0070] NaPB - braço de fenilbutirato; NaBz - braço de benzoato; MIX - combinação de fenilbutirato e benzoato. Farmacocinética de fenilbutirato, benzoato e seus produtos con- jugados
[0071] Após uma adaptação de 3 dias ao tratamento, farmacociné- ticas foram determinadas após uma dose única de fármaco no dia 4
(Tabela 1B, FIG.). Tmax para fenilbutirato e benzoato não foram dife- rentes, independentemente de os fármacos terem sido administrados isoladamente ou em associação (P> 0,28). Tmax para PAA foi maior que Tmax para fenilbutirato (P <0,001) tendendo a ser maior no braço NaPB em comparação com o braço MIX (P = 0,086). Como esperado, Cmax e AUC0-8 foram maiores quando os fármacos foram administra- dos isoladamente em comparação à metade da dose no braço MIX. Cmax e AUC0-8 de fenilbutirato e PAA foram ~ 2-3 vezes maiores quando os indivíduos estavam no braço NaPB do que no braço MIX. Cmax e AUC0-8 de benzoato foram ~ 4-5 vezes maiores quando os in- divíduos estavam no braço NaBz do que no braço MIX.
[0072] Para os produtos de conjugação, Tmax para PAGN foi mai- or que para HA (P <0,01). Para PAGN, não foi observada diferença na Tmax entre os braços NaPB e MIX (P = 0,104); no entanto, Tmax de hipurato foi maior no braço NaBz do que no braço MIX (P <0,008). Como esperado, Cmax e AUC0-8 para PAGN e HA foram maiores quando fenilbutirato e benzoato foram administrados apenas nos bra- ços NaPB e NaBz em comparação ao braço MIX (P <0,014) (Tabela 1B, FIG. 4). Um padrão semelhante foi detectado para a conjugação 15 dos fármacos com glutamina e glicina marcadas com N, resultante da ingestão da refeição de teste marcada com 15N. Tabela 1B: Farmacocinética de fenilbutirato, benzoato e seus pro- dutos conjugados Parâmetros PK/PD Braço NaPB Braço MIX Braço NaBz P< Fármacos
PB Cmax (μmol/L) 726,8 (61,3) 333,5 (75,8) 0,001 Tmax (h) 1,5b (0,4) 1,5b (0,2) 1,0 AUC0-8 (μmol/L) 1802,6 (215,9) 662,1 (105,3) 0,001
PAA Cmax (μmol/L) 211 (18) 83,3 (10,8) 0,001 Tmax (h) 3,2a (0,3) 2,7a (0,3) 0,086 AUC0-8 (μmol/L) 817,7 (83) 248,9 (37,9) 0,001 Bz Cmax (μmol/L) 39,7 (14,4) 217,2 (65,1) 0,016 Tmax (h) 1,4b (0,2) 1,6b (0,4) 0,28 AUC0-8 (μmol/L) 72,9 (9,6) 301,7 (77,8) 0,021 Produtos conjugados
PAGN
Parâmetros PK/PD Braço NaPB Braço MIX Braço NaBz P< Fármacos
PB Cmax (μmol/L) 207,9 (15,6) 120,6 (10,4) 0,001 Tmax (h) 3,7a (0,2) 3,2a (0,2) 0,104 AUC0-8 (μmol/L) 1004,4 (71,7) 489,5 (36) 0,001
HA Cmax (μmol/L) 155 (20,2) 218 (23,4) 0,014 Tmax (h) 1, 5b (0,2) 2,2b (0,3) 0,008 AUC0-8 (μmol/L) 392,3 (35,6) 641,2 (70,3) 0,002 Produtos 15N Conjugados 2-[15N] PAGN Cmax (μmol/L) 1,44 (0,35) 0,88 (0,22) 0,010 Tmax (h) 3,93a (0,07) 3,86a (0,21) 0,76 AUC0-8 (μmol/L) 5,59 (1,78) 3,25 (0,87) 0,061 5-[15N] PAGN Cmax (μmol/L) 2,95 (0,71) 1,93 (0,44) 0,026 Tmax (h) 4,07a (0,28) 3,50a (0,31) 0,066 AUC0-8 (μmol/L) 12,30 (3,08) 6,95 (1,69) 0,015 2&5-[15N] PAGN Cmax (μmol/L) 0,67 (0,09) 0,46 (0,07) 0,060 Tmax (h) 3,64a (0,14) 3,14a (0,39) 0,234 AUC0-8 (μmol/L) 2,75 (0,38) 1,52 (0,20) 0,006 [15N] HA Cmax (μmol/L) 2,48 (0,49) 3,12 (0,43) 0,026 Tmax (h) 1,71b (0,24) 2,29b (0,31) 0,047 AUC0-8 (μmol/L) 5,82 (0,88) 8,27 (1,11) 0,002
[0073] Valores Tmax representam a média e (erro padrão da mé- dia). PK/PD - farmacocinética/farmacodinâmica; Cmax - concentração plasmática máxima; Tmax - tempo para atingir a Cmax; AUC0-8 - área sob a curva do tempo 0 (pré-dose) até 8h; PB - fenilbutirato; PAA - fe- nilacetato; Bz - benzoato; PAGN - fenilacetilglutamina; Ácido HA- hipúrico a
[0074] Valores dentro de uma seção diferem P <0,05 Tmax de Fenilbutirato vs bz e conjugados Excreção urinária de fenilbutirato, benzoato e seus produtos con- jugados
[0075] A excreção urinária de fenilbutirato, PAA e benzoato foi desprezível (Tabela 2). A urina continha uma média de 0,8 mmol/d de PAGN e 2,1 mmol/d de HA, mesmo quando fenilbutirato e benzoato, respectivamente, não foram administrados. Após ajuste para esses valores de base, foi determinada a eficácia da conjugação, isto é, a porcentagem da dose de fenilbutirato recuperada como PAGN e a por-
centagem da dose de benzoato recuperada como HA na urina de 24 horas.
A eficácia da conjugação (~ 65%) foi semelhante para fenilbuti- rato e benzoato quando administrados como único tratamento (P = 0,59); no entanto, a eficácia da conjugação de fenilbutirato foi maior com dose mais baixa administrada no braço MIX em comparação com o braço NaPB (P <0,044). Tendência semelhante foi observada para benzoato (P = 0,058). Foi observado um efeito de tratamento (P <0,004) para a quantidade total de nitrogênio excretado como produtos conjugados.
Os tratamentos NaPB e MIX foram mais eficazes em con- jugar e excretar nitrogênio do que o tratamento NaBZ (Tabela 2; FIG. 5). A eficácia da conjugação e excreção de nitrogênio foi maior para os braços NaPB e MIX em comparação com o braço NaBZ, independen- temente de ter sido expressa em uma base molar (P <0,004) ou por grama (P = 0,032) (Tabela 2; FIG. 5). No entanto, a excreção de nitro- gênio como um conjugado de fármaco foi semelhante entre os braços NaPB e MIX, aludindo ao fato de que a terapia combinatória pode ser tão eficaz quanto a terapia com NaPB.
Isso é surpreendente, já que, em uma base molar, o braço MIX deve resultar em apenas 75% da excreção de nitrogênio do braço NaPB porque o NaPB conjuga gluta- mina que possui dois átomos de nitrogênio, enquanto o benzoato con- juga glicina, que possui apenas um nitrogênio.
Além disso, do ponto de vista da utilização de recursos, isso reduziria o custo da terapia pela metade.
Com custos médios estimados de fenilbutirato (US$ 24,7/g) e benzoato (US $ 0,03/g), o uso da terapia combinatória aumentaria os mg de nitrogênio excretados por US$ de 3,7 com fenilbutirato para 7,1 com uma combinação de benzoato e fenilbutirato.
Para tratamento com benzoato, 2445,4 mg de nitrogênio foram excretados por USD.
Finalmente, não houve diferença de tratamento (P=0,19) para excre- ção de 15N nos produtos conjugados de fenilbutirato e benzoato.
Tabela 2: Excreção urinária de fenilbutirato, benzoato e seus pro- dutos conjugados Braço NaPB Braço MIX Braço NaBz P< Fármacos
PB μmol/24 h 32,3 (6,1) 4,1 (1,4) 0,003 % de dose 0,13 (0,03) 0,03 (0,01) 0,009
PAA μmol/24 h 40,3 (10,5) 7,9 (1,4) 0,014 % of dose 0,16 (0,04) 0,06 (0,01) 0,017 Bz μmol/24 h 7,2 (0,9) 6,5 (1,5) 0,59 % of dose 0,06 (0,01) 0,02 (0,01) 0,001 Produtos conjugados
PAGN mmol/24 h 15,3 (2,3) 9,3 (0,8) % of dose 61,5 (8,5) 74,4 (5,4) 0,044
HA mmol/24 h 10,5 (1,7) 16,4 (3,1) 0,033 % of dose 83,8 (12,0) 66,1 (11,6) 0,058 Total N mmol/24 h 30,7a (4,5) 29,0a (3,3) 16,4b (3,1) 0,004 g N/24 h 0,43a (0,06) 0,41a (0,05) 0,23b (0,04) 0,004 % dieta deteste 8,74 a (1,19) 8,20 a (0,69) 4,65 b (0,79) 0,004 Produtos conjugados 15N 2-[15N] PAGN, μmol/24 h 43,9 (10,2) 37,1 (7,2) 0,59 5-[15N] PAGN, μmol/24 h 142,0(22,7) 101,1 (11,1) 0,15 2&5-[15N] PAGN, μmol/24 h 38,9 (6,2) 26,7 (4,4) 0,063 HA, μmol/24 h 164,0 (30,1) 253,9 (55,7) 0,060 Total 15N 0,26 (0,04) 0,36 (0,06) 0,25 (0,06) 0,19 mg N/24 h 3,95 (0,64) 5,34 (0,83) 3,79 (0,84) 0,19 % dieta de teste 1,62 (0,27) 2,14 (0,24) 1,51 (0,31) 0,19 Eficácia de conjugação mg N/mmol de fármaco 17,2a (2,4) 16,3a (1,6) 9,25b (1,6) 0,004 mg N/g de fármaco 92,5ab (12,8) 98,6a (9,4) 64,2b (11,3) 0,032 Eficiência de conjugação 3,7 C (0,5) 7,1 b (0,7) 2445,4 a (429,7)
[0076] Para três comparações de grupo, valores sem um sobres- crito comum em uma linha diferem P <0,05
[0077] Efeito de benzoato e fenilbutirato em aminoácidos plasmáticos
[0078] Não houve efeito de tratamento (P> 0,13) em AUC0-8 de glu- tamina e glicina. Um efeito de tratamento, no entanto, foi detectado para AUC0-8 de leucina (P <0,01), com uma redução na resposta à in- clusão de fenilbutirato no tratamento (P = 0,032). Isto não foi evidente para os outros aminoácidos de cadeia ramificada e outros aminoácidos analisados. A exceção foi o triptofano, que apresentou um forte efeito de tratamento (P <0,001), com uma redução na AUC0-8 em resposta a fenilbutirato (P <0,001). A ingestão da refeição de teste marcada com 15 15 N resultou no enriquecimento de N de todos os aminoácidos plas- máticos que atingiram o pico em torno de 3-4 h (dados não mostra- dos). Ainda foram observados enriquecimentos substanciais de ami- noácidos 15N 8 h após a refeição de teste (dados não mostrados). Efeito de fenilbutirato e benzoato no metabolismo da ureia e na excreção urinária total de nitrogênio
[0079] Não houve nenhum efeito de tratamento na concentração plasmática de ureia (P = 0,16) e na produção de ureia (P = 0,80) em nenhum dos três braços de tratamento (Tabela 3). Da mesma forma, não houve nenhum efeito de tratamento na excreção de nitrogênio to- tal (P = 0,67) ou de nitrogênio de ureia (P = 0,74). A excreção total de nitrogênio urinário representou ~67% do nitrogênio da dieta e o nitro- gênio de ureia urinário representou ~65,5% do nitrogênio urinário total. Da mesma forma, não houve nenhum efeito de tratamento na excre- 15 ção de N de ureia (P = 0,94); em média, a excreção de ureia repre- sentou ~15% do nitrogênio da refeição em teste (Tabela 3). Tabela 3: Metabolismo da ureia e excreção urinária total de nitro- gênio NaPB MIX NaBz P< Ingestão de N, g/d 9,81 (0,56) 9,81 (0,56) 9,81 (0,56) - PUN, AUC0-8 (µmol/L) 23,6 (2,2) 26,3 (2,3) 25,5 (3,1) 0,16 Produção de ureia, µmolkg-1h-1 192 (14) 200 (15) 197 (26) 0,80 N urinário, g/d 6,47 (0,54) 6,81 (0,63) 6,38 (0,56) 0,67 % N excretado da ingestão diária 65,6 (3,6) 70,5 (6,5) 65,1 (4,6) 0,48 N de Ureia urinário, g/d 4,16 (0,64) 4,69 (0,69) 4,20 (0,58) 0,74 N de Ureia N como uma % do N total urinário 63,6 (6,7) 67,7 (5,6) 65,1 (5,3) 0,88 15 N de ureia urinário, g/d 37,0 (4,9) 38,0 (3,8) 36,3 (5,0) 0,94 15 N como % da refeição de teste 15,2 (2,1) 15,5 (1,1) 14,7 (1,8) 0,93
[0080] Nitrogênio no plasma e urinário (plasma urinary nitrogen - PUN)
Significado de Certas Modalidades
[0081] No início dos anos 80, Saul Brusilow e Mark Batshaw fize- ram a descoberta acidental da utilidade do benzoato e do fenilacetato na obtenção de caminhos alternativos para o descarte de nitrogênio (Brusilow et al., 1979; Brusilow et al., 1980; Batshaw et al., 1982). Atu- almente, o fenilbutirato e o benzoato são amplamente utilizados no ge- renciamento a longo prazo das UCDs. Enquanto o benzoato está dis- ponível como um composto genérico e é amplamente utilizado como conservante de alimentos, a produção de fenilbutirato é mais restrita e atualmente não há formas genéricas disponíveis nos EUA. Nas últimas duas décadas, medicamentos que eliminam nitrogênio tornaram-se um padrão de tratamento no tratamento de indivíduos com UCDs e seu uso, pelo menos em parte, contribuiu para o aumento da sobrevida dos pacientes (Batshaw et al., 2001; Enns , 2010). No entanto, o custo do tratamento e o acesso aos medicamentos estão longe do ideal (Cederbaum et al., 2010). Em pacientes que podem receber medica- mentos, o aumento no número de comprimidos e efeitos colaterais as- sociados a doses mais altas de medicamentos e o custo do tratamento podem afetar a adesão (Shchelochkov et al., 2016). Assim, compreen- der a eficácia comparativa dos medicamentos eliminadores de nitrogê- nio e explorar a terapia combinatória seria um primeiro passo impor- tante na criação de regimes de tratamento eficazes e acessíveis para o tratamento de UCDs.
[0082] Neste estudo, demonstramos que a eficácia do fenilbutirato para conjugar e excretar nitrogênio foi maior que a do benzoato. No entanto, como esperado, nenhum dos fármacos se conjugou comple- tamente com seus aminoácidos alvo e a eficácia da conjugação do fármaco com seu aminoácido na dose mais alta de cada fármaco foi de ~65%. Curiosamente, a eficácia da conjugação foi maior quando doses mais baixas de fenilbutirato e benzoato foram usadas no braço
MIX. Uma razão provável para essa observação foi a falta de lineari- dade na farmacocinética dos fármacos. Sob a hipótese de cinética de primeira ordem, dobrar a dose dos fármacos deveria resultar em dupli- cação da Cmax e da AUC; no entanto, Cmax de fenilbutirato, PAA e benzoato e AUC foram significativamente maiores do que o esperado quando fenilbutirato e benzoato foram administrados como tratamen- tos únicos, em comparação à metade dessas doses no braço MIX. Além disso, como o fenilbutirato e o benzoato conjugam diferentes aminoácidos, a maior eficácia da conjugação com o tratamento MIX pode ser devida à disponibilidade de aminoácidos do substrato. Uma descoberta importante deste estudo é que a terapia combinada usan- do benzoato e fenilbutirato pode ser tão eficaz quanto uma dose mais alta de fenilbutirato. Devido ao seu baixo custo, a inclusão de benzoato no braço MIX reduziu pela metade o custo por unidade de nitrogênio conjugado e excretado sem reduzir a eficácia do tratamento quando comparado ao braço NaPB.
[0083] O influxo de aminoácidos na dieta atinge um pico aproxi- madamente 3-4 h após uma refeição (Gaudichon et al., 1999; Bos et al., 2003), o que concorda com a nossa observação usando a refeição 15 de teste rotulada com N. Como os fármacos foram fornecidos com a refeição de teste, a maior eficácia do fenilbutirato também pode ser devida, pelo menos em parte, a uma correspondência mais próxima entre sua farmacocinética e a cinética da digestão, absorção e meta- bolismo de proteínas e aminoácidos. No entanto, não foi possível de- 15 tectar diferenças na conjugação e excreção de N entre os fármacos ou entre os tratamentos. Comparável aos nossos estudos anteriores em indivíduos controle que receberam fenilbutirato, não houve diferen- 15 ças de tratamento na produção de ureia, nitrogênio de ureia N e ex- creção urinária total de nitrogênio (Marini et al., 2011a). Como o ben- zoato está amplamente presente nos alimentos como conservante,
não foi surpreendente encontrar HA na urina de indivíduos que não receberam benzoato. No entanto, PAGN também estava presente na urina de indivíduos que não receberam fenilbutirato. É provável que PAA endógeno, gerado por uma via menor de eliminação de fenilala- nina, tenha sido responsável pelo aparecimento desse metabólito na urina. Independentemente, os níveis de base desses dois metabólitos precisam ser considerados ao determinar a eficiência da conjugação de fármacos em estudos futuros.
[0084] Uma limitação deste estudo é que ele foi realizado em indi- víduos saudáveis. Um dos principais objetivos no gerenciamento das UCDs é o controle da amonemia (Lee et al., 2015) e, portanto, o efeito desses fármacos na concentração plasmática de amônia é central pa- ra sua função terapêutica. Devido ao fato de a amonemia ser bem con- trolada em indivíduos saudáveis, essa finalidade não foi avaliada. Es- tudos anteriores sobre o metabolismo do fenilbutirato foram conduzi- dos em indivíduos em jejum e sem tratamento prévio com fármaco (Darmaun et al., 1998; Comte et al., 2002) ou em indivíduos metaboli- camente adaptados que receberam pequenas refeições frequentes (Marini et al., 2011a). Um ponto forte do presente estudo é que os fár- macos foram estudados após um período de adaptação de três dias e em conjunto com uma refeição, o que representa melhor o cenário clí- nico no gerenciamento de indivíduos com UCDs. Um ponto forte adici- 15 onal do estudo foi o uso de espirulina N para determinar a conjuga- ção e excreção de nitrogênio na dieta e, assim, determinar pela primei- ra vez, o destino do nitrogênio exógeno quando vias alternativas para descarte de nitrogênio são desencadeadas.
[0085] Em suma, em uma base molar, fenilbutirato foi mais eficaz que o benzoato na conjugação e descarte do nitrogênio. A inclusão de ambos os fármacos resultou em uma redução do custo de tratamento sem comprometer a quantidade de nitrogênio conjugado. As diferen-
ças encontradas na farmacocinética entre os dois fármacos podem ser utilizadas para elaborar estratégias de gerenciamento custo-efetivas que maximizem a eficácia da conjugação de fármacos e, ao mesmo tempo, a relação de custo-benefício da terapia.
REFERÊNCIAS
[0086] Todas as patentes e publicações mencionadas no relatório são indicativas do nível dos especialistas na técnica a que a invenção se refere. Todas as patentes e publicações são aqui incorporadas por referência em sua totalidade, na mesma extensão como se cada publi- cação individual fosse específica e individualmente indicada para ser incorporada por referência.
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[00116] Embora a presente divulgação e suas vantagens tenham sido descritas em detalhes, deve-se entender que várias trocas, substi- tuições e alterações podem ser feitas aqui sem se afastar do espírito e do escopo do projeto, conforme definido pelas reivindicações anexas. Além disso, o escopo do presente pedido não se destina a ser limitado às modalidades particulares do processo, máquina, fabricação, com-
posição da matéria, meios, métodos e etapas descritos no relatório.
Como um especialista na técnica apreciará prontamente a partir da presente divulgação, processos, máquinas, fabricação, composições de matéria, meios, métodos ou etapas, atualmente existentes ou a se- rem desenvolvidas posteriormente que desempenhem substancial- mente a mesma função ou alcancem substancialmente o mesmo re- sultado que as modalidades correspondentes aqui descritas podem ser utilizados de acordo com a presente divulgação.
Assim, as reivin- dicações anexas pretendem incluir dentro de seu escopo tais proces- sos, máquinas, fabricação, composições de matéria, meios, métodos ou etapas.

Claims (34)

REIVINDICAÇÕES
1. Método de tratamento de um indivíduo para um ou mais distúrbios do ciclo da ureia, caracterizado pelo fato de que compreen- de: administrar uma quantidade terapeuticamente eficaz de benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol, em que o benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol são, cada um, administrados em não mais que 200 mg/kg/dia.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato que o distúrbio do ciclo da ureia abrange uma ou mais das seguintes doenças: deficiência de N-acetilglutamato sintase (deficiência de NAGS), deficiência de carbamoil-fosfato sintase 1 (deficiência de CPS1), deficiência de ornitina transcarbamilase (deficiência de OTC), deficiência de ornitina translocase (ORNT1), Citrulinemia tipo I (deficiência de ASS1), acidúria argininosuccínica (deficiência de Argininosuccinato Liase (ASL)), deficiência de arginase (hiperargininemia, deficiência de ARG1) e/ou deficiência de citrina.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracteri- zado pelo fato que o benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fe- nilbutirato de glicerol são administrados ao indivíduo por via oral.
4. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato que o benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol são administrados ao indivíduo dia-
riamente, semanalmente, várias vezes na semana, quinzenalmente ou mensalmente
5. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato que o benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol são administrados ao indivíduo com ou sem alimento e/ou bebida.
6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato que o benzoato de sódio é administrado em uma dosagem de 20-200 mg/kg/dia.
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato que o fenilbutirato de sódio ou fenilbutira- to de glicerol é administrado em uma dosagem de 20-200 mg/kg/dia.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato que a quantidade de fenilbutirato de só- dio ou fenilbutirato de glicerol administrada é maior em uma base mol:mol do que a quantidade de benzoato de sódio administrada.
9. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato que o benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol são administrados como uma com- posição única contendo tanto benzoato de sódio como fenilbutirato de sódio.
10. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 8, caracterizado pelo fato que o benzoato de sódio e fenilbuti- rato de sódio ou fenilbutirato de glicerol são administrados como com- posições separadas.
11. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 10, caracterizado pelo fato que a razão de fenilbutirato de só- dio ou fenilbutirato de glicerol para benzoato de sódio na composição é de 1:1 ou maios em uma base mol/mol.
12. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica-
ções 1 a 10, caracterizado pelo fato que a quantidade de fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol administrada é menor em uma ba- se mol/mol do que a quantidade de benzoato de sódio administrada.
13. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 10, caracterizado pelo fato que a razão de fenilbutirato de só- dio ou fenilbutirato de glicerol para benzoato de sódio na composição é de 1:1 ou menos em uma base mol:mol.
14. Método de tratamento de um indivíduo com um distúrbio médico ou efeito colateral de fármaco associados à retenção de nitro- gênio, caracterizado pelo fato de que compreende: administrar uma quantidade terapeuticamente eficaz de benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol, em que o benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol são, cada um, administrados a não mais que 200 mg/kg/dia
15. Método, de acordo com a reivindicação 14, caracteriza- do pelo fato que o distúrbio no indivíduo compreende encefalopatia hepática (hepatic encephalopathy - HE), distúrbios metabólicos, bypass vascular do fígado, atresia biliar e/ou insuficiência hepática aguda
16. Método, de acordo com a reivindicação 15, caracteriza- do pelo fato que o distúrbio metabólico no indivíduo inclui distúrbios hepáticos.
17. Método, de acordo com a reivindicação 14, caracteriza- do pelo fato que o fármaco associado à retenção de nitrogênio no indi- víduo é ácido valproico, ciclofosfamida e/ou ácido 5-pentanoico
18. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 14, carac- terizado pelo fato que o indivíduo é tratado com um fármaco ou terapia adicional.
19. Método, de acordo com a reivindicação 18, caracteriza- do pelo fato que o fármaco adicional inclui precursores de PAA, su-
plementação de um aminoácido deficiente, glutamato de carbamila e/ou cloridrato de arginina.
20. Método, de acordo com a reivindicação 19, caracteriza- do pelo fato que o aminoácido deficiente é arginina e/ou citrulina.
21. Método, de acordo com a reivindicação 18, caracteriza- do pelo fato que a terapia compreende hemodiálise com oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) acionada por bomba, hemofil- tração intermitente, hemodiálise intermitente, terapia de substituição renal contínua e/ou diálise peritoneal.
22. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 14, carac- terizado pelo fato que o distúrbio no indivíduo é identificado por históri- co familiar, exame físico, ensaio bioquímico e/ou teste genético mole- cular.
23. Método, de acordo com a reivindicação 22, caracteriza- do pelo fato que o ensaio bioquímico compreende determinação da concentração plasmática de amônia, análise quantitativa de aminoáci- dos no plasma, determinação da concentração urinária de ácido oróti- co, e/ou análise de aminoácidos na urina.
24. Método, de acordo com a reivindicação 23, caracteriza- do pelo fato que a análise quantitativa de aminoácidos no plasma é de citrulina, arginina e/ou ornitina.
25. Método, de acordo com a reivindicação 22, caracteriza- do pelo fato que o teste genético inclui teste monogênico em série, painel multigênico, sequenciamento de exoma e/ou sequenciamento de genoma
26. Método de tratamento de um indivíduo para um ou mais distúrbios do ciclo da ureia, caracterizado pelo fato de que compreen- de: administrar uma quantidade terapeuticamente eficaz de benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio em que o benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio são, cada um, administrados em não mais que 400 mg/kg/dia.
27. Composição, caracterizada pelo fato de que contém benzoato de sódio e fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol.
28. Composição, de acordo com a reivindicação 27, carac- terizada pelo fato que a quantidade de benzoato de sódio e fenilbutira- to de sódio ou fenilbutirato de glicerol é de pelo menos 2 g cada.
29. Composição, de acordo com a reivindicação 27 ou 28, caracterizada pelo fato que a composição é um sólido, líquido ou gel.
30. Composição, de acordo com a reivindicação 27, 28, ou 29, caracterizada pelo fato que a composição está na forma de uma solução, suspensão, emulsão, comprimido, pílula, cápsula, filme, for- mulação de liberação sustentada, composição bucal, trocisco, elixir, xarope, wafer ou combinação dos mesmos
31. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindi- cações 27 a 30, caracterizada pelo fato que a razão de fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol para benzoato de sódio na composi- ção é de 1:1 ou mais em uma base mol:mol.
32. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindi- cações 27 a 30, caracterizada pelo fato que a razão de fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol para benzoato de sódio na composi- ção é de 1:1 ou menos em uma base mol:mol.
33. Kit, caracterizado pelo fato de que contém a composi- ção, como definida em qualquer uma das reivindicações 27 a 32.
34. Kit, caracterizado pelo fato de que inclui uma composi- ção contendo fenilbutirato de sódio ou fenilbutirato de glicerol e (b) uma composição contendo benzoato de sódio.
Braço de Estudo 1 Braço de Estudo 2 Braço de Estudo 3
Período de descanso Período de descanso > 7 dias > 7 dias Dia 1 Dia 4 Dia 1 Dia 4 Dia 1 Dia 4
Petição 870190140510, de 27/12/2019, pág. 68/76 Laboratórios Fármaco Laboratórios Fármaco Laboratórios Fármaco de segurança em estudo de segurança* em estudo de segurança* em estudo
Horas 1/5
Fármaco em estudo [15C13O] ureia traçador IV
Plasma para enriquecimento isotópico, aminoácidos, ureia, e metabólitos de fármaco
Urina para nitrogênio, ureia e metabólitos de fármaco
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