BR112019018703B1 - Acoplamento deslizante para uma máquina de trabalho - Google Patents

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BR112019018703B1
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Inventor
Sam Reubens
Jean-Pierre Vandendriessche
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Cnh Industrial Belgium Nv
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Abstract

A presente invenção se refere a um acoplamento deslizante (100) para uma máquina de trabalho que inclui uma embreagem principal na forma de uma embreagem de deslizamento operada por mola e baseada em atrito (11), além disso, uma embreagem auxiliar (27) configurada para manter uma força de aperto induzida por mola pré-ajustada nas placas de atrito (15, 16) da embreagem de deslizamento, quando o acoplamento deslizante gira em uma direção para frente, e também configurada para poder aumentar a força de aperto induzida por mola, quando o acoplamento deslizante gira na direção contrária. O aumento da força de aperto é possibilitado pelo fato de que uma das duas partes de embreagem auxiliar é axialmente móvel quando o acoplamento deslizante gira na direção giratória contrária, o movimento axial acionando um aumento na pré-tensão da mola ou molas mecânicas (25) da embreagem de deslizamento. Uma máquina de trabalho tal como uma ceifadeira equipada com um acoplamento deslizante está igualmente incluída na descrição.

Description

CAMPO DA TÉCNICA
[001] A presente invenção está relacionada a máquinas de trabalho, principalmente a máquinas agrícolas, tais como colheitadeiras ou colheitadeiras de forragem, em particular a um acoplamento deslizante para uma linha de direção da máquina de trabalho.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[002] A maioria dos componentes funcionais em uma máquina de trabalho bem como suas linhas de direção precisa de um sistema de proteção em caso de condições de pico e bloqueio de carga. Quando a linha de transmissão consiste em componentes mecânicos rígidos, como caixas de câmbio e eixos de acionamento, uma embreagem deslizante integrada é frequentemente usada para proteção mecânica. Este componente usa placas de fricção que são fixadas juntas para criar uma configuração de torque de segurança. Durante a sobrecarga o atrito estático entre as placas não é mais suficiente para transferir o torque exigido, fazendo com que as placas deslizem entre si. Este sistema fornece proteção suficiente, mas é limitado a uma força de aperto, resultando em uma configuração de torque de deslizamento para o sistema. No caso de um bloqueio, a inércia no sistema após a embreagem é capaz de bloquear a transmissão com um torque maior que o ajustado pelo sistema de proteção. Isso pode ocasionar problemas ao tentar reverter a transmissão bloqueada porque a embreagem irá deslizar ao tentar aplicar o torque requerido sem o efeito de inércia. Para desbloquear o sistema, a força de aperto nas placas da embreagem ao operar na direção inversa deveria ser mais alta do que a direção avançada.
[003] Há duas maneiras de fixar as placas da embreagem juntas: mecânica ou hidraulicamente. Um sistema hidráulico é capaz de fornecer a maior força de aperto para desbloquear a linha de direção ajustando a pressão no pistão. Essa abordagem, contudo, requer uma construção complexa do sistema de fixação e do circuito hidráulico, o que a torna bastante cara. Uma embreagem mecânica deslizante opera bloqueando axialmente as placas com molas mecânicas pré-tensionadas. Este é um sistema menos complexo e mais barato, mas não é flexível, ou seja, não é capaz de ajustar a força de aperto entre as placas.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[004] A presente invenção fornece um acoplamento deslizante de acordo com as reivindicações em anexo, que não possui a complexidade técnica de um sistema hidráulico embora permitindo solucionar o problema acima descrito relacionado à força de aperto ajustável requerida ao desbloquear uma linha de direção na direção inversa. O acoplamento deslizante compreende uma embreagem principal, que é uma embreagem de deslizamento baseada em atrito e operada por mola conforme descrito acima e ajustada para deslizar em um determinado ajuste de torque, comprando uma primeira e uma segunda parte configuradas para engatar, e, além disso, a embreagem de deslizamento compreende uma embreagem auxiliar, preferivelmente uma embreagem de garras, compreendendo uma primeira e segunda parte que são configuradas para engatar rotativamente, isto é, as primeira e segunda partes são fornecidas com recursos que interagem mutuamente (dentes de interligação no caso de uma embreagem de garras) dispostas para possibilitar a rotação simultânea da primeira e segunda parte. A embreagem auxiliar é também configurada para manter uma força de aperto induzida por mola predefinida nas placas de atrito (correspondendo ao ajuste de torque) quando o acoplamento rotaciona em uma direção para frente, e também configurada para ser capaz de aumentar a força de aperto induzida por mola, quando o acoplamento rotaciona na direção de rotação inversa. O aumento da força de aperto é permitido pelo fato de que uma das duas partes auxiliares da embreagem é axialmente móvel quando o acoplamento rotaciona na direção de rotação inversa. O movimento axial é iniciado quando o torque excede um determinado limite, menor ou igual à configuração de torque da embreagem de deslizamento, e aciona um aumento na pré-tensão da mola ou molas mecânicas da embreagem de deslizamento. A outra parte da embreagem é axialmente estacionária preferivelmente sendo uniforme com ou fixada a um elemento estacionário axial do primeiro ou segundo componente. De acordo com uma modalidade preferida, um dos componentes compreende um eixo e uma parte rotativa estacionária axial que é rotativa ao redor do eixo, e em que a parte de embreagem estacionária axial é uniforme ou fixada à dita parte rotativa. O termo 'uniforme com ou anexado a' deve ser entendido no sentido de que duas partes se comportam como um único corpo. Contudo, não está excluída entre as duas partes uma conexão passível de ruptura, tal como uma conexão por parafusos de cisalhamento.
[005] A invenção fornece uma solução para o problema acima descrito, habilitando uma força de aperto mais alta nas placas de atrito da embreagem de deslizamento quando o acoplamento é rotacionado na direção contrária comparado com a direção para frente. Isso é alcançado com uma embreagem de atrito pré- tensionada mecanicamente, isto é, sem soluções hidráulicas ou outras soluções tecnicamente complexas.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[006] A Figura 1 é uma vista lateral de um acoplamento de deslizamento de acordo com uma primeira modalidade da invenção, em uma condição que permite a rotação na direção para frente.
[007] A Figura 2 mostra várias vistas de uma placa de embreagem aplicável em um acoplamento deslizante de acordo com uma modalidade da invenção.
[008] A Figura 3 é uma vista lateral do mesmo acoplamento mostrado na Figura 1, agora em uma condição que permite a rotação na direção contrária.
[009] As Figuras 4a e 4b ilustram um projeto alternativo da embreagem de garras que pode ser incluída em um acoplamento deslizante de acordo com a invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES PREFERIDAS DA INVENÇÃO
[010] As modalidades preferidas serão agora descritas com referência aos desenhos. A descrição detalhada não está limitada ao escopo da invenção, que é definida apenas pelas reivindicações anexas.
[011] A Figura 1 mostra um acoplamento deslizante 100 de acordo com uma primeira modalidade. O acoplamento é configurado para conectar rotativamente dois componentes 1 e 2, por exemplo, dois componentes de uma linha de transmissão em uma máquina de trabalho, como uma ceifadeira. A montagem dos dois componentes é rotativa em torno do eixo geométrico de rotação central 3. Apenas a parte acima do eixo geométrico 3 é mostrada na vista lateral ilustrada. O conjunto é montado em um chassi (não mostrado) e é rotativo em relação ao chassi por meio de um par de rolamentos de rolos 4. Exceto quando observado na descrição que se segue, os componentes são mostrados em seção transversal com um plano do desenho.
[012] O componente 1 compreende um elemento rotativo, como uma roda de engrenagem 5 montada em um eixo 6. Uma rotação da roda de engrenagem 5 com respeito ao eixo 6 é permitida através de um conjunto de rolamentos deslizantes 7. O deslocamento axial da roda de engrenagem 5 é obstruído por uma trava 8 e por um conjunto de chavetas 29 (descrito mais adiante). O componente 2 compreende um eixo 9, que pode ser um eixo de acionamento de uma máquina de trabalho que é acionada por um mecanismo de engrenagem que inclui a roda de engrenagem 5. Em outras palavras, em operação, o componente 1 é o componente de acionamento e o componente 2 o componente acionado, ou seja, o torque que aciona a rotação dos componentes é transferido através do acoplamento 100 do componente 1 para o componente 2. Os rolamentos deslizantes 10 são montados entre os eixos 6 e 9 dos dois componentes, desse modo permitindo a rotação relativa dos componentes quando o acoplamento desliza, o que ocorre acima de um determinado limite do torque transferido do primeiro para o segundo componente ou vice versa. Abaixo do limite de torque, rotação relativa do primeiro componente 1 com respeito ao segundo componente 2 é proibida.
[013] O sombreamento das várias partes indica quais elementos são parte do ou fixados a cada componente: as partes sombreadas dianteiras (//) fazem parte ou são fixadas no componente 1, enquanto as partes sombreadas traseiras (\\) fazem parte ou são fixadas no componente 2.
[014] O valor limite de torque é determinado por uma embreagem de atrito 11 que compreende uma pluralidade de placas de atrito adensadas 15 e 16. Uma primeira série de placas de atrito em forma de disco 15 é montada no eixo 6 do primeiro componente 1. Espaçada entre as placas 15 da primeira série está uma segunda série de placas de atrito em forma de disco 16. As placas 16 da segunda série são conectadas a uma extensão radial 17 (preferivelmente em forma de disco) do eixo 9 do segundo componente 2, através de uma série de hastes de tensão 18, que se projetam na direção axial através da extensão radial 17 e através das placas de atrito 16 da segunda série de placas. As hastes de tensão 18 têm extremidades roscadas que engatam com os furos roscados 19 fornecidos em um disco deslocável axialmente 20. Um número de molas axiais 25 (por exemplo, molas Belleville) são montadas entre o acondicionamento de placas de atrito 15/16 e o disco deslocável axialmente 20. O grau de engajamento das hastes 18 nos furos roscados 18, controlados rotacionando as porcas 24 fixadas nas extremidades opostas das hastes 18, determina a pré-tensão das molas 25 e, assim, a força de aperto exercida nas placas de atrito 15 e 16, que sucessivamente define o ajuste de torque da embreagem deslizante 11, isto é, o valor de torque no qual um conjunto de placas de atrito desliza em relação ao outro.
[015] No lado do disco 20 oposto aos furos 19, o disco 20 contata fisicamente uma primeira parte 26 de uma embreagem de garra 27 projetada especialmente. A primeira parte 26 da embreagem de garra engata rotativamente com uma segunda parte 28, isto é, as partes de embreagem que possuem elementos em forma de dentes que engatam entre si para possibilitar rotação sinuosa das duas partes de embreagem 26 e 28. As partes da embreagem de garra são coaxiais com o eixo geométrico central 3 do acoplamento. O cubo da primeira parte de embreagem 26 engata com as estrias 29 no eixo 6 do primeiro componente. A primeira parte da embreagem 26 é, portanto, móvel na direção axial. A segunda parte de embreagem 28 é uniforme com ou fixada à roda de engrenagem axialmente fixa 5, por exemplo, através de um conjunto de pinos axiais 30. A segunda parte de embreagem 28 não é, portanto, axialmente móvel. Os pinos axiais 30 podem ter a função adicional de parafusos de cisalhamento, fornecendo uma segurança adicional no caso de torque alto e falha da embreagem deslizante 11. Contudo, desde que a embreagem deslizante funcione corretamente, os pinos 30 estabelecem uma conexão fixa entre a roda de engrenagem 5 e a parte de embreagem de garra 28, isto é, essas partes se comportam como um único corpo.
[016] O projeto da embreagem de garra 27 é especial no sentido de que as partes de embreagem de garra 26 e 28 são projetadas para engatar rotativamente entre si nas duas direções de rotação, mas de modo que o engajamento em uma das duas direções possibilita um deslocamento axial forçado da primeira parte de embreagem 26 com relação à segunda parte de embreagem 28.
[017] Isso pode ser alcançado projetando pelo menos uma das partes de embreagem na maneira ilustrada na Figura 2. A parte é produzida como uma placa redonda com uma sucessão de dentes 35 e reentrâncias 36 distribuídos ao longo da circunferência da placa. As reentrâncias são inclinadas com respeito a um plano perpendicular ao eixo geométrico de rotação 2, a superfície das reentrâncias mudando gradualmente de um nível mais baixo em uma parede lateral 37 de uma reentrância até um nível mais alto em uma parede lateral oposta 38 (os termos ‘baixo’ e ‘alto’ sendo definidos a partir do ponto de vista de um local na superfície da reentrância 36). As reentrâncias podem ser formadas de acordo com uma superfície espiral definida com respeito ao eixo geométrico central 3. Contudo, isso não é uma exigência. O que conta é que a superfície seja inclinada em uma maneira para forçar o deslocamento axial. Os dentes da parte de embreagem oposta (não mostrados na Figura 2) preferivelmente são dotados de uma superfície inclinada correspondente de modo que seja possibilitado um deslizamento com relação uns aos outros. Contudo, os dentes podem também ser dotados de outro formato desde que permita o acionamento do deslocamento axial.
[018] É importante ressaltar que os dentes da parte de embreagem de garra oposta têm uma largura angular menor que a largura angular das reentrâncias da parte de embreagem mostrada na Figura 2. A largura angular das reentrâncias da parte de embreagem mostrada no desenho é α1, enquanto a largura angular dos dentes da parte de embreagem oposta é α2. Consequentemente, é possível um deslocamento angular entre as partes da embreagem sobre a largura angular α1-α2. Contudo, devido às superfícies inclinadas, esse deslocamento é possível apenas quando é acompanhado por um deslocamento axial relativo das peças da embreagem. Em outras palavras, as superfícies inclinadas afastam as partes de embreagem uma da outra, quando sofrem rotação relativa, desde que seja possível um deslocamento axial de uma parte com relação à outra.
[019] A ilustração das partes de embreagem 26 e 28 na Figura 1 na realidade não é uma seção transversal da embreagem de garra 27, mas é uma vista lateral com a parte de embreagem de garra de mão esquerda 28 produzida de acordo com a Figura 2, isto é, com reentrâncias inclinadas que engatam dentes também inclinados da parte de embreagem de mão direita 26, os dentes inclinados tendo uma largura angular menor do que as reentrâncias inclinadas da parte de mão esquerda 28, como explicado acima (diferença α1-α2). O desenho é mostrado um tanto simplificado em que os declives e as dimensões dos dentes e reentrâncias não estão desenhados matematicamente corretos na Figura 2. Na situação mostrada na Figura 1, é visto que os dentes das duas partes de embreagens estão intertravados ao longo das paredes laterais correspondentes 37 e 40, permitindo assim a rotação de todo conjunto na direção rotativa para frente, como ilustrados pelos símbolos O e ® considerando que o componente 1 está acionando o componente 2. Quando aplicado a um eixo de acionamento de uma máquina de trabalho, a direção para frente é a direção na qual o eixo rotaciona durante a operação normal. Ao rotacionar nessa direção para frente, o acoplamento deslizante opera como qualquer acoplamento deslizante normal: o torque é transferido do primeiro componente 1 para o segundo 2, a menos que o dito torque exceda o ajuste de torque da embreagem deslizante 11. Acima desse limite, a força de mola exercida pelas molas axiais 25 não é mais capaz de superar a força de atrito que une as placas de atrito 15 e 16. O acoplamento desliza, isto é, o primeiro conjunto de placas 15 começa a rotacionar com relação ao segundo 16 e o acoplamento é interrompido. Quando isso acontece, o disco 20 desliza contra a parte traseira da parte da embreagem de mão direita 26.
[020] Quando o conjunto rotaciona na direção contrária, o bloqueio dos dentes das partes de embreagem de garra ao longo das paredes laterais 38 e 42 só é possível quando as partes de embreagem de garra 26 e 28 sofre uma rotação relativa como descrito acima, para superar a diferença da largura angular α1-α2. Essa rotação angular é possibilitada pelo fato de que a roda de engrenagem 5 e a parte da embreagem de garra de mão esquerda 28 são rotativas com respeito ao eixo 6 do primeiro componente, por meio dos rolamentos 7. A Figura 3 mostra a situação em que as partes de embreagem de garra 26 e 28 são totalmente intertravadas enquanto o acoplamento rotaciona na direção contrária. Como a parte da embreagem de mão direita 26 é axialmente deslocável ao longo das chavetas 29, esta parte de embreagem 26 foi submetida a um deslocamento axial forçado como uma consequência do deslocamento rotativo entre as partes de embreagem, possibilitado pelas superfícies inclinadas como descrito acima. O deslocamento axial da parte de embreagem 26 empurrou o disco 20 e a hastes de tensão 18 para direita, aumentando a compressão das molas axiais 25. Em outras palavras, a pré-tensão pela qual as placas 15 e 16 da embreagem de atrito são presas juntas é mais alta comparado à condição mostrada na Figura 1. Isso significa que quando o acoplamento rotaciona na direção contrária, o acoplamento não desliza no mesmo valor de torque, mas em um valor de torque mais alto. O ajuste de torque para o acoplamento deslizante é diferente nas duas direções de rotação. Isso soluciona o problema descrito acima, de requerer uma pré-tensão mais alta dependendo da direção de rotação, mas soluciona o problema sem requerer uma solução complexa tal como um acoplamento hidráulico.
[021] Quando o acoplamento para e a rotação é novamente iniciada na direção de rotação para frente, as partes de embreagem de garra se movem automaticamente para trás para a situação da Figura 1, através de uma rotação relativa das partes de embreagem 26 e 28, por uma rotação da roda de engrenagem 5 com respeito ao eixo 6, preferivelmente ocorrendo tão logo a roda de engrenagem 5 seja novamente acionada na direção para frente.
[022] O deslocamento rotativo das partes de embreagem de garra 26 e 28 em relação uma à outra, e desse modo o deslocamento axial da parte de mão direita 26 que aumenta a pré-tensão das molas 25 ocorre quando o torque transmitido na direção contrária excede um determinado limite, mais baixo do que ou igual ao ajuste de torque inicial da embreagem deslizante 11 (isto é, o ajuste de torque que se aplica quando não é aplicada nenhuma pré-tensão adicional às molas 25). Desse modo, o deslocamento axial da parte de embreagem 26 ocorre antes das placas de atrito 15 e 16 poderem deslizar no ajuste de torque original. O valor do limite de torque mais baixo que gera o deslocamento da embreagem de garra irá depender do projeto preciso das partes de embreagem de garra e em particular das superfícies descritas acima. Quando esse valor limite de torque mais baixo é ajustado muito baixo, é provável que o deslocamento axial ocorra loque que a rotação contrária do acoplamento seja iniciada, especialmente quando o torque aumenta rapidamente. Quando o valor é mais alto, o deslocamento axial ocorre apenas durante a rotação na direção contrária, quando o limite de torque (mais baixo) é excedido.
[023] O acoplamento da Figura 1 representa uma modalidade preferida, mas a invenção não está limitada a este projeto em particular. A característica básica é que o acoplamento deslizante de acordo com a invenção compreende uma embreagem principal na forma de embreagem de deslizamento operada por mola 11 e uma embreagem auxiliar configurada de modo que uma das duas direções de rotação as partes da embreagem auxiliar pode ser afastada na direção axial. Esse movimento axial forçado de uma das partes da embreagem auxiliar aciona um aumento na pré- tensão da embreagem deslizante, de modo que a embreagem de deslizamento irá deslizar em um valor de torque mais alto em uma direção de rotação comparado à outra direção de rotação. O projeto real da embreagem de deslizamento pode diferir daquele mostrada na Figura 1, por exemplo, em termos do tipo de mola que é usada ou o número de placas de atrito. A embreagem auxiliar pode ser uma embreagem de garra 27 como na modalidade descrita acima. Contudo, podem ser usados outros sistemas que possuam o mesmo efeito. Por exemplo, as partes da embreagem auxiliar podem ter superfícies roscadas dispostas coaxialmente com o eixo geométrico de rotação central 3, e que são mutuamente correspondentes, isto é, uma rosca pode ser parafusada dentro e fora da outra. As superfícies roscadas são configuradas para engatarem entre si ao máximo quando o acoplamento rotaciona na direção para frente. Por exemplo, a parte de embreagem de mão direita axialmente móvel (equivalente a 26 na Figura 1) tem uma rosca externa, parafusada em uma rosca interna na superfície da parte de mão esquerda axialmente fixa (equivalente a 28), até o máximo, por exemplo, definido por um mecanismo de parada. Na direção rotativa contrária, uma rotação das partes de embreagem relativas entre si, habilitadas, por exemplo, na maneira mostrada na Figura 1, levando a roda de engrenagem 5 a rotacionar em volta do eixo 6, força um deslocamento axial da parte de mão direita, isto é, a parte de mão direita é ‘parafusada fora’ da parte de mão esquerda até um centro ponto, possivelmente limitada por um mecanismo de parada adicional incorporado na conexão roscada. O deslocamento axial tem o mesmo efeito do descrito acima, de aumentar a pré-tensão das molas 25.
[024] Na modalidade da Figura 1, a embreagem auxiliar 27 está localizada no lado de entrada do acoplamento, isto é, no lado do componente de acionamento 1. A parte da embreagem axialmente fixa 28 é uniforme com ou fixada a uma parte rotativa (tal como a roda de engrenagem 5) do componente de acionamento 1. Contudo, o acoplamento pode também funcionar - com a mesma configuração da Figura 1 - o componente 2 é usado como o componente de acionamento e o componente 1 como o componente acionado, no caso da embreagem auxiliar estar situada no lado de saída do acoplamento. Nesse caso, as direções direta e contrária são o oposto das direções mostradas nas Figuras 1 e 3. Em relação a isso, o escopo dos termos "primeiro componente" e "segundo componente", usados nas reivindicações em anexo não são limitados pela modalidade das Figuras 1 e 3, com os componentes 1 e 2 designados como primeiro e segundo componentes, respectivamente, nem à designação de qualquer componente como 'de acionamento' ou 'acionado'.
[025] A conexão entre a parte de embreagem axialmente móvel 26 e o disco deslocável axialmente 20 pode ser diferente da mostrada na Figura 1. Pode haver elementos montados entre essas partes, isto é, a parte de embreagem 26 não precisa estar necessariamente em contato físico com o disco 20. O que conta é que a parte de embreagem 26 seja configurada para transferir seu movimento axial para o disco 20. A rotação da embreagem 26 com relação ao disco 20 pode ser facilitada pela montagem de um rolamento de rolo axial entre os dois.
[026] Quando a embreagem auxiliar é uma embreagem de garra 27, as partes da embreagem podem diferir em termos da forma precisa das superfícies inclinadas, do número de dentes e reentrâncias, etc., ou dos recursos que permitem a rotação relativa das duas partes de embreagem de 26 / 28 em relação uma à outra. As reentrâncias inclinadas 36 podem estar na parte de embreagem de garra móvel 26 em vez da parte fixa 28, ou ambas as partes podem ser providas de tais reentrâncias inclinadas.
[027] As reentrâncias inclinadas 36 podem ter apenas uma parede lateral em vez de duas. Isso é ilustrado na Figura 4. Na direção para frente (Figura 4a), as partes da embreagem são intertravadas através do contato direto entre as paredes laterais 37 e 40, como na modalidade anterior. Na direção contrária (Figura 4b), as partes de embreagem da garra podem engatar apenas ao longo das superfícies inclinadas 45, sem poderem interligar ao longo de paredes retas de interação de reentrâncias e dente. Essas superfícies inclinadas são então preferivelmente projetadas em relação às molas 25 de maneira que as partes da embreagem de garra não deslizem, isto é, as superfícies inclinadas 45 permanecem em contato com um conjunto de dentes da parte de embreagem oposta e as placas de atrito 15/16 irão deslizar antes que as partes de embreagem sejam tão afastadas que os dentes da parte de mão direita 26 passem além das inclinações da parte de mão esquerda 28.

Claims (11)

1. Acoplamento deslizante (100) para conectar rotativamente um primeiro e um segundo componente (1, 2) de uma máquina de trabalho, os componentes sendo rotativos ao redor de um eixo geométrico central de rotação (3), o acoplamento deslizante (100) CARACTERIZADO pelo fato de que compreende uma embreagem principal na forma de uma embreagem deslizante operada por mola (11) pré- tensionada por uma ou mais molas mecânicas (25) e uma embreagem auxiliar (27), a embreagem auxiliar compreendendo uma primeira e uma segunda parte da embreagem (26, 28) configurada para engatar rotativamente ao redor do eixo geométrico central de rotação (3) quando o acoplamento deslizante (100) rotaciona na direção de rotação para frente e para trás, sendo a primeira parte (26) axialmente móvel e a segunda parte (28) sendo axialmente fixa, e na qual a primeira e a segunda partes de embreagem são configuradas de modo que o engate das partes de embreagem na direção contrária possibilite um movimento axial da parte de embreagem axialmente móvel (26) em relação à parte axialmente fixa (28), o dito movimento axial agindo para aumentar a pré-tensão da mola mecânica (25) da embreagem deslizante operada por mola.
2. Acoplamento deslizante, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a embreagem auxiliar é uma embreagem de garra (27) e em que: as primeira e a segunda partes (26, 28) da embreagem de garra tem dentes de interligação (35) e reentrâncias (36), cada dente de uma parte da embreagem engrenando com uma primeira parede lateral (37) de uma reentrância da outra parte quando o acoplamento deslizante (100) rotaciona na direção de rotação para frente, a superfície das reentrâncias (36) de pelo menos uma dentre as primeira e segunda partes da embreagem é inclinada de modo a acionar o dito movimento axial como uma consequência de uma rotação de uma parte de embreagem relação à outra, quando o acoplamento deslizante (100) rotaciona na direção de rotação contrária.
3. Acoplamento deslizante, de acordo com a reivindicação 2, CARACTERIZADO pelo fato de que a superfície das reentrâncias inclinadas (36), pelo menos, em uma dentre as primeira e segunda partes de embreagem (26, 28) é delimitada pela dita primeira parede lateral (37) que conecta com os dentes da outra parte de embreagem quando o acoplamento deslizante rotaciona na direção para frente, e por uma segunda parede lateral (38), oposta à primeira parede lateral (37), e em que o movimento axial é limitado pela conexão dos dentes da outra parte de embreagem com a segunda parede lateral (38) das reentrâncias inclinadas, quando o acoplamento deslizante (100) rotaciona na direção contrária.
4. Embreagem deslizante, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que as primeira e segunda partes de embreagem (26, 28) da embreagem auxiliar possuem superfícies roscadas mutuamente correspondentes que são coaxiais com o eixo geométrico central de rotação (3).
5. Acoplamento deslizante, de acordo qualquer uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADO pelo fato de que a parte axialmente fixa (28) da embreagem auxiliar (27) é uniforme com uma parte axialmente fixa do primeiro ou segundo componente (1, 2).
6. Acoplamento deslizante, de acordo com a reivindicação 5, CARACTERIZADO pelo fato de que o primeiro ou segundo componente (1, 2) compreende um elemento rotativo (5) e um eixo (6), o elemento rotativo (5) sendo ele próprio rotativo com respeito ao eixo (6), e em que a parte axialmente fixa (28) da embreagem auxiliar (27) é uniforme com ou fixada ao elemento rotativo (5).
7. Acoplamento deslizante, de acordo com a reivindicação 5 ou 6, CARACTERIZADO pelo fato de que a parte de embreagem axialmente fixa (28) é fixada à parte axialmente fixa do primeiro ou segundo componente (1, 2) por um conjunto de pinos axiais (30).
8. Acoplamento deslizante, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO pelo fato de que os ditos pinos (30) são configurados como parafusos de cisalhamento que proporcionam segurança no caso falha da embreagem de deslizamento (11).
9. Acoplamento deslizante, de acordo qualquer uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADO pelo fato de que a embreagem de deslizamento operada por mola (11) compreende um conjunto de placas de atrito (15, 16) que compreende um primeiro conjunto de placas de atrito (15) montado no primeiro componente (1) e um segundo conjunto de placas de atrito (16) interespaçado entre o primeiro conjunto de placas de atrito (15), o segundo conjunto de placas sendo conectado a uma ou mais extensões radiais (17) do segundo componente (2) através de uma pluralidade de hastes de tensão axial (18) que possui extremidades roscadas engatadas em furos roscados (19) de um disco deslocável axialmente (20), em que pelo menos uma mola axial (25) é montada entre o disco (20) e o conjunto de placas de atrito (15, 16) de modo que o grau de engajamento das hastes (18) nos furos roscados (19) determina uma pré-tensão das molas (25), e em que a parte axialmente móvel (26) da embreagem auxiliar (27) é montada com relação ao disco deslocável axialmente (20) de maneira que um deslocamento axial da parte de embreagem móvel (26) acione o mesmo deslocamento axial do disco (20).
10. Máquina de trabalho, CARACTERIZADA pelo fato de estar equipada com um acoplamento deslizante, conforme definido em qualquer uma das reivindicações precedentes.
11. Máquina de trabalho, de acordo com a reivindicação 10, CARACTERIZADA pelo fato de que a máquina de trabalho é uma ceifadeira ou ceifadeira para forragem.
BR112019018703-0A 2017-03-10 2018-03-08 Acoplamento deslizante para uma máquina de trabalho BR112019018703B1 (pt)

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