BR112019018655B1 - Cápsula para preparar um produto de bebida - Google Patents

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Joaquin CALSINA GOMIS
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Abstract

A presente invenção refere-se a uma cápsula (1) para preparar um produto de bebida. A cápsula (1) compreende uma câmara interna fechada (6), que tem uma área de extração (8), e um conduto interno (10), se estendendo longitudinalmente da área de extração (8) para uma área oposta (12) e definindo um eixo principal (36). O conduto interno (10) tem uma abertura interna (26) e uma abertura externa (28). A abertura interna (26) é disposta em uma primeira distância (h1) que é igual a ou maior do que a metade da altura máxima da câmara interna (6). A cápsula (1) ainda compreende meios de fechamento (14), para fechar o conduto interno (10), que são dispostos separados da dita abertura externa (28), em direção à câmara interna (6) da cápsula, e meios de abertura (16) dispostos para abrir uma passagem (24) de comunicação de fluido, com o lado de fora da dita cápsula (1) nos ditos meios de fechamento (14), quando uma força de compressão externa, em relação à cápsula (1), é aplicada nos ditos meios de abertura (16).

Description

DESCRIÇÃO Campo da Invenção
[0001] A presente invenção refere-se a uma cápsula para preparar um produto de bebida, a partir da interação entre um produto primário e um fluido, compreendendo uma câmara interna fechada, que tem uma área de extração, e um conduto interno se estendendo longitudinalmente da dita área de extração para uma área oposta à dita área de extração, e definindo um eixo principal, o dito conduto interno compreendendo uma abertura interna e uma abertura externa.
Estado da Técnica
[0002] Bebidas tais como café, chá, sucos ou sopas são conhecidas por ser preparadas de um produto primário, contido em uma cápsula, que pode ser uma cápsula de dose única ou de diversas doses. O produto primário deve ser misturado com um fluido quente ou frio para a solubilização, ou então o fluido deve ser impregnado com o produto primário para preparar uma infusão.
[0003] O Documento EP 1472156 A2 divulga uma cápsula do tipo descrito no parágrafo anterior. A cápsula é projetada para causar infusão, por injetar água quente sob pressão, por meio de um dispositivo de extração. A cápsula tem uma câmara fechada contendo o produto primário de infusão, e uma parede consistindo em uma folha fina que se abre para a bebida fluir para fora. A abertura da parede de folha fina da cápsula é causada pela elevação da pressão hidrostática do fluido na câmara interna. Um problema com esta cápsula consiste em, quando a injeção da água quente termina, a cápsula é cheia de água restante. Dessa maneira (assim sendo), existe um risco da água restante contida na câmara interna, sair quando a cápsula é removida da máquina. Como um resultado, a bebida é diluída e/ou o usuário e a máquina podem ficar manchados.
[0004] O Documento GB 1256247 A divulga uma cápsula alternativa, que contém substâncias destinadas para a preparação de bebidas. A cápsula é feita de um material que pode ser perfurado pelo menos parcialmente, e contém um produto primário destinado a produzir uma bebida, por meio da introdução de um líquido sob pressão. A cápsula pode ser usada na preparação automática da bebida e dispensando máquinas, e possibilitando introduzir o líquido na cápsula através de um membro injetado. A bebida é escoada através de uma abertura feita na área de extração da cápsula. Para este fim, um tubo oco como um elemento de perfuração tubular, contido dentro da cápsula, é acionado de fora. Em uma modalidade desta cápsula, o elemento de perfuração é guiado dentro de um conduto interno. Além disso, o elemento de perfuração tem um ou mais orifícios de saída de líquido, através dos quais a bebida pode sair através do conduto interno do elemento de perfuração. Essa cápsula tem um problema em que o elemento de perfuração perfura mecânica-mente, dirigindo a compressão sobre a área de extração, para abrir a abertura de descarga. Para esse fim, este elemento pode retirar parte dessa parede da cápsula, de tal maneira que as peças da mesma podem cair no recipiente que está recebendo a bebida. Outro problema consiste no elemento de perfuração ser capaz de deslizar ao longo do conduto interno, durante a preparação da bebida, até parcialmente se projetar a partir do corpo da cápsula. Nesta situação, o orifício ou orifícios de saída da bebida, providos no elemento de perfuração, estariam entupidos. Nesta situação, a bebida não pode de maneira correta sair através do conduto interno. No melhor dos casos, a bebida pode vazar dentro do intervalo anular existente entre o conduto interno e o elemento de perfuração. No entanto, nesta situação a bebida sai em uma alta velocidade e tem o risco de criar um borrifo notável, quando ela cai dentro da caneca ou xícara destinada a coletar o produto de bebida.
[0005] O Documento 2013132450 A1 divulga uma cápsula compreendendo um invólucro deformável e/ou compressível, que é provido com uma parede de base e com uma parede lateral, que define uma cavidade contendo um produto inicial para ser ligado a um fluido a fim de obter um produto final, e um bocal provido com uma pluralidade de aberturas para a passagem do fluido. O bocal está engatado com uma porção de fluxo externo da parede da base, e disposto para sair da cavidade através da dita porção da torrente, quando o invólucro é comprimido e/ou esmagado. O bocal compre-ende uma primeira porção disposta para confinar sobre, e deslizar com interferência dentro da porção da torrente de uma maneira lacrada, de tal modo que o dito produto final sai, pelo menos inicialmente, da cavidade somente através de, pelo menos, uma abertura adicional do bocal.
[0006] O Documento 2014102701 A1 divulga uma cápsula, compreendendo: um invólucro deformável e/ou esmagável, fornecido com uma parede de base, e uma parede lateral definindo uma cavidade apropriada para conter um produto inicial, para juntar-se à um fluido a fim de fazer um produto final; um bocal associado com o invólucro e compreendendo uma parede lateral longitudinal, e uma primeira extremidade fornecida com uma primeira abertura, apropriada para engatar meios de injeção do fluido de uma máquina de fabricação de cerveja. A parede lateral longitudinal é fornecida com pelo menos uma abertura de saída, conectada à primeira abertura através de um primeiro conduto, para introduzir o fluido na cavidade em uma etapa de injetar. O bocal compreende pelo menos uma abertura de entrega (distribuição), feita ao longo da parede lateral longitudinal, e uma segunda extremidade que é oposta à primeira extremidade. A segunda extremidade sai da cavidade através de uma abertura de saída da parede de base, e é fornecida com uma segunda abertura conectada à abertura de distribuição, através de um segundo conduto, para possibilitar o produto final sair da cavidade e ser entregue diretamente em um recipiente de dispositivo de fruição em uma etapa de distribuição.
Sumário da invenção
[0007] A finalidade da invenção é fornecer uma cápsula para preparar um produto de bebida, a partir da interação entre um produto primário e um fluido do tipo indicado acima, que não mostra perdas de fluido quando a preparação da bebida termina, e que simultaneamente garante uma operação confiável, sem qualquer risco de que as peças da cápsula caiam dentro da bebida, ou de ocorrer borrifo quando a bebida está sendo preparada.
[0008] A invenção também considera o problema de fornecer uma cápsula, que evita o contato da infusão com a máquina durante a preparação da bebida, de tal maneira que diferentes bebidas podem ser preparadas na mesma máquina, sem o risco de contaminação cruzada.
[0009] Este objetivo é realizado por meio de uma cápsula do tipo indicado acima, caracterizado pelo fato de que a abertura interna é disposta em uma primeira distância que, medida no dito eixo principal, a partir do ponto mais baixo delimitando a dita câmara interna na dita área de extração, é igual a ou maior do que a metade da distância máxima da dita câmara interna, a dita distância máxima sendo medida no dito eixo principal, do dito ponto mais baixo, delimitando a dita câmara interna, para a dita área oposta, e em que a dita cápsula ainda compreende meios de fechamento para fechar o dito conduto interno, que são dispostos separados da dita abertura externa, na direção da dita câmara interna, em uma segunda distância, que é pelo menos maior do que a dimensão mais larga do corte transversal do dito conduto interno, e meios de abertura dispostos para abertura até uma passagem de comunicação de fluido com o exterior da dita cápsula, nos ditos meios de fechamento, quando uma força compressora externa, em relação à cápsula, é aplicada nos ditos meios de abertura. Preferivelmente, na invenção a abertura mecânica dos meios de fechamento do conduto por compressão, tem lugar antes de introduzir o fluido na dita câmara interna.
[0010] Na invenção, um produto de bebida se refere à qualquer tipo de infusão preparada a partir de um fluido quente ou frio, e preferivelmente água. Produtos de infusão de acordo com a invenção consistem em, por exemplo, infusão de café, chá, mate ou outras bebidas tais como chocolate quente, sopa ou mesmo sucos obtidos de qualquer produto solúvel em fluidos tais como água ou similares.
[0011] Devido às suas características, a cápsula de acordo com a invenção tem um estado fechado, em que o conduto interno é fechado por meio de fechamento, e um estado aberto. No estado aberto, a câmara interna pode ser colocada em comunicação fluídica com a parte externa da cápsula, como um resultado de aplicação da força compressora externa nos meios de abertura, até uma passagem nos meios de fechamento, antes do fluido começar a ser injetado na cápsula, ou no caso em que o processo de injeção começou, antes da pressão hidrostática se elevar dentro da câmara interna. Em outras palavras, a abertura da cápsula não é devido ao efeito da elevação da pressão hidrostática.
[0012] Uma vez que a abertura interna, isto é, a abertura do conduto interno localizado dentro da câmara interna, está longe da área de extração, o comprimento inteiro ou altura do conduto está tirando vantagem para evitar a saída do fluido. Em outras palavras, se a cápsula é colocada com o conduto na posição vertical, quando a cápsula foi usada e está cheia de água, somente aquela água que permanece entre a parte superior da cápsula e a abertura interna, será capaz de sair através da câmara interna. Uma vez que o nível de líquido está no mesmo alinhamento com a abertura interna, o líquido não mais sai. Em um modo de funcionamento particularmente preferido, é imaginado que a cápsula funciona em uma posição, de tal maneira que o conduto interno é disposto na posição vertical durante a injeção do fluido. No entanto, esta não é uma característica essencial da invenção.
[0013] A dimensão ou distâncias máximas da câmara interna, é entendido como a distância longitudinal medida no eixo principal do conduto interno, a partir do ponto mais distante da câmara interna na área de extração, para o ponto mais distante na área oposta à área de extração.
[0014] Por sua vez, na invenção, conceito de força compressora externa se refere à cápsula que é aberta mecanicamente, e não devido ao aumento na pressão hidrostática, produzido dentro da câmara pelo fluido injetado. Como um resultado, o funcionamento mais confiável da cápsula é garantido, desde que a abertura mecânica antes da injeção forneça condições de pressão mais constantes, durante a preparação da bebida.
[0015] Como um resultado dos meios de fechamento estarem localizados na câmara interna, outra característica importante da invenção consiste nos ditos meios sendo ocultos e tão distantes do contorno externo da cápsula. Dessa maneira, o risco da cápsula ser acidentalmente aberta por um sopro acidental, é consideravelmente reduzido.
[0016] A sinergia existente entre o conduto interno e os meios de fechamento dispostos dentro do conduto interno, localizados a uma distância longe da abertura externa, que é maior do que a dimensão mais larga do corte transversal do dito conduto interno, deve ser também ser apontada. Em primeiro lugar, no caso em que os meios de fechamento se tornam removidos, é mais provável que eles fiquem presos dentro do conduto interno. Isto torna consideravelmente difícil para as partes da cápsula sair através do conduto. Para esse fim, o conduto interno é preferivelmente cilíndrico.
[0017] Outro efeito sinérgico importante é fornecido pelos meios de fechamento, que atuam como uma barreira produzindo uma queda de pressão no fluido. Na cápsula do documento de patente GB 1256247 A, o fluido encontra um estreitamento no conduto de saída, logo na abertura de fora. Além disso, esta obturação abre como uma aba, que atua como um elemento que desvia o produto de bebida. Para esse fim, o fluido sai de uma maneira não controlada e pode produzir uma grande quantidade de salpicos. Ao contrário, na invenção, o segmento do conduto interno, indo dos meios de fechamento para a abertura externa, em que o fluido é descarregado, possibilita a saída do produto de bebida perder a velocidade e para esse fim sai a abertura externa do conduto interno mais suavemente. Desta maneira, o risco do produto de bebida salpicar dentro da caneca ou da xícara, que recebe o dito produto de bebida é reduzido.
[0018] Em uma maneira particularmente preferida, durante a preparação da bebida a cápsula é disposta em uma posição de tal maneira que o conduto é orientado verticalmente. No entanto, não está descartado que a cápsula pode funcionar em uma posição inclinada ou horizontal, uma vez que a questão real de esvaziar o fluido que permanece na cápsula, ocorre principalmente quando a cápsula é removida da máquina. Nesta ocasião, o posicionamento de injetar o fluido é removido e uma passagem de ar se abre, tornando mais fácil a cápsula esvaziar. Para esse fim, a despeito do fato de que a cápsula funciona na posição horizontal, quando ela é removida da máquina e colocada em uma posição em que o conduto é orientado verticalmente, o risco de sair o líquido é eliminado.
[0019] Além disso, a invenção cobre uma série de características preferidas, que são o objeto das reivindicações em anexo, e a utilidade dos mesmos se tornará mais clara abaixo, na descrição detalhada de uma modalidade da invenção.
[0020] Em uma primeira modalidade preferida, os meios de fechamento são dispostos de maneira que a dita segunda distância é igual à dita primeira distância. O eventual acúmulo de grãos do produto primário dentro do conduto interno é desta maneira prevenido, e por isso o entupimento deste conduto é evitado.
[0021] Além disso, para a finalidade de reduzir ao máximo o risco do produto primário contido na câmara interna sair através do conduto interno, em uma modalidade preferida a câmara interna contém um produto primário definindo um nível de produto primário, e o nível do produto primário é localizado abaixo da dita abertura interna. Para esse fim, durante a preparação da bebida, a despeito do fato de que a água é injetada na câmara interna, o produto primário que é capaz de sair através da passagem nos meios de fechamento, é impedida. Neste contexto, deve ser compreendido que em cápsulas deste tipo, o transporte das mesmas tende a misturar o produto. Para essa finalidade, a fim de medir o nível do produto primário descrito aqui no presente, o produto deve ser comprimido, formando um plano substancialmente perpendicular a um dos eixos do conduto, para mais tarde determinar se ou não este plano é localizado abaixo da abertura interna do conduto.
[0022] Se reduzindo ao máximo o risco do fluido sair, uma vez que o produto de finalização da preparação da bebida é desejado, em uma maneira particularmente preferida a abertura interna é disposta na extremidade do dito conduto interno, adjacente à dita área oposta, a dita primeira distância sendo igual a ou maior do que 90% da dita distância máxima da dita câmara interna.
[0023] Outra questão considerada pela invenção é para o uso da cápsula, a fim de ser tão higiênica quanto possível. Para esta finalidade, preferivelmente no meio da área de extração, o dito conduto interno se estende para fora da câmara interna, se projetando do contorno externo da cápsula para além da dita área de extração. Isto torna mais fácil ser capaz de mover o ponto de saída da bebida para fora do corpo da máquina, de maneira que o risco da bebida entrar em contato com a máquina, quando ela sai, é reduzido, e por isso o funcionamento é mais higiênico.
[0024] Em uma maneira particularmente preferida, os ditos meios de fechamento são dispostos na extremidade do dito conduto interno, adjacente à dita área oposta, em uma primeira distância igual a ou maior do que 90% da dita distância máxima da dita câmara interna. Desse modo, o tempo durante o qual o fluido está em contato com o produto primário é consideravelmente aumentado, e as propriedades organolépticas da bebida são melhoradas.
[0025] Quando a cápsula contém um produto primário solúvel, tal como café, cacau (chocolate) ou leite, é importante conseguir uma boa dissolução com o fluido. Para essa finalidade, em uma modalidade particularmente preferida para produtos solúveis, a cápsula adicionalmente compreende uma superfície helicoidal, o diâmetro interno da qual é disposto ao redor do perímetro externo do dito conduto interno, e o diâmetro externo do qual é delimitado pelas paredes laterais formando uma câmara helicoidal. Como um resultado da câmara fechada sendo formada ao redor da superfície helicoidal, o produto primário e o fluido são forçados a ser misturados juntos, quando eles se movem para cima em direção à abertura interna.
[0026] Outro objetivo considerado pela invenção é para garantir a capacidade de repetição do funcionamento da cápsula. Para este fim, em uma modalidade preferida, os meios de abertura compreendem pelo menos uma linha quebrada controlada, fornecida nos ditos meios de fechamento, ao longo da qual os ditos meios de fechamento são abertos, quando a dita força compressora é aplicada.
[0027] Um objetivo de outra modalidade particularmente preferida é para simplificar a manufatura da cápsula. Para este fim, o conduto interno e os meios de fechamento formam uma única parte monolítica. O corpo principal da cápsula pode, para esse fim, ser manufaturado formando, se é manufaturado com uma folha de alumínio, ou por formação térmica ou moldagem de injeção, se é manufaturado com plástico.
[0028] Em outra modalidade particularmente preferida, a linha de quebra controlada é uma curva fechada interrompida por uma espessura. O risco de uma peça de cápsula ser capaz de se tornar desprendida é dessa maneira completamente eliminado, uma vez que os meios de fechamento são rasgados ao longo da linha de quebra controlada, eles são mantidos pela espessura.
[0029] Outra modalidade de cápsula preferida compreende uma pluralidade de linhas de quebra controladas, se estendendo entre a dita abertura interna e a extremidade superior do dito conduto interno. Como um resultado desse arranjo, a saída do produto primário através do conduto interno é ainda impedida. Além disso, esta solução atua também como uma válvula, uma vez que, quando a máquina é aberta e a força compressora não é mais aplicada, os meios de fechamento tendem a fechar novamente.
[0030] Em uma maneira particularmente preferida, a pluralidade de linhas de quebra é paralela ao eixo principal. Alternativamente, as linhas podem ser dispostas helicoidalmente.
[0031] Em certos casos, pode ser desejável a cápsula ser capaz de ser aberta manualmente, antes de ser introduzida na máquina. Para solucionar este problema, em uma modalidade alternativa, os meios de fechamento consistem em uma folha que pode ser perfurada, e o meio de abertura compreende pelo menos um membro de perfuração.
[0032] Como já indicado, a abertura de uma cápsula de uma maneira confiável e controlada, é especialmente relevante na invenção. Em uma modalidade especialmente preferida, o meio de fechamento pode ser separado do dito conduto interno, ao longo da linha de quebra controlada, e movível dentro do dito conduto interno para liberar a dita abertura interna, a dita cápsula ainda tendo meios de retenção, a fim de reduzir o corte transversal da dita abertura externa, e para evitar que os ditos meios de fechamento saiam do dito conduto interno, quando os ditos meios de fechamento estão separados do dito conduto interno. Graças a isto, a abertura interna é completamente livre e possibilita o produto de infusão sair da câmara interna sem possíveis obstruções.
[0033] A fim de aumentar a espuma produzida durante a preparação da bebida de infusão com a cápsula da invenção, o meio de retenção é uma tampa disposta sobre a dita abertura externa, a dita tampa compreendendo pelo menos uma abertura de descarga, a dita abertura de descarga tendo um corte transversal menor do que 2 mm2. Devido à redução do corte transversal, em comparação com o corte transversal do conduto interno, a produção de espuma é intensificada. Neste caso, a tampa pode ser conectada ao corpo principal da cápsula, através de qualquer meio apropriado tal como colagem, ajuste de prensa, ligação de ultrassom ou similares.
[0034] Em uma modalidade preferida, procurando garantir uma abertura apropriada do meio de fechamento, que seja confiável e que possa ser repetida com os mesmos resultados, o meio de fechamento compreende uma primeira saliência fora do dito primeiro conduto interno para a vizinhança da dita tampa, e uma segunda saliência ultrapassando a do dito primeiro conduto interno, a segunda saliência sendo mais longa que o menor corte transversal do dito primeiro conduto interno na dita abertura interna. Desta maneira o meio de fechamento sempre se enquadra no conduto interno e reduz seu corte transversal. Esta elaboração tem uma vantagem adicional que é favorecer a formação de um fluxo turbulento da bebida de infusão dentro do conduto interno, consequentemente aumentando a produção da espuma na bebida de infusão.
[0035] Além disso, a fim de evitar qualquer obstrução possível da abertura externa, nos casos em que poucas aberturas de descarga são fornecidas, a ponta da segunda saliência afunila na direção da dita abertura externa. Desse modo, os meios de fechamento nunca vão obstruir a segunda abertura.
[0036] Da mesma maneira, a invenção também tem outras características de detalhes ilustradas, na descrição detalhada de uma modalidade da invenção e nos desenhos em anexo.
Breve Descrição dos Desenhos
[0037] Outras vantagens e características da invenção são eviden tes a partir da descrição a seguir, em que modalidade preferidas da invenção são descritas e uma maneira não limitante, fazendo referência aos desenhos em anexo. Nos desenhos:
[0038] A Figura 1 mostra uma vista da secção longitudinal de uma primeira modalidade de uma cápsula de acordo com a invenção, no estado fechado, e colocada dentro de uma máquina para preparar infusões.
[0039] A Figura 2 mostra uma vista da secção longitudinal da cápsula da Figura 1, no estado aberto, com a máquina fechada.
[0040] A Figura 3 mostra uma vista em detalhes dos meios de fechamento da cápsula da Figura 1, no estado fechado.
[0041] A Figura 4 mostra uma vista em detalhes dos meios de fechamento da cápsula, quando eles foram abertos.
[0042] A Figura 5 mostra uma vista da secção longitudinal de uma segunda modalidade de uma cápsula de acordo com a invenção, no estado fechado.
[0043] A Figura 6 mostra uma vista em perspectiva de detalhes dos meios de fechamento da cápsula da Figura 5.
[0044] A Figura 7 mostra uma vista em detalhes do plano de topo, do meio de fechamento da cápsula da Figura 5.
[0045] A Figura 8 mostra um detalhe do meio de fechamento da cápsula da Figura 5 no estado fechado, longitudinalmente seccionado.
[0046] A Figura 9 mostra um detalhe do meio de fechamento da cápsula da Figura 5 no estado aberto, longitudinalmente seccionada.
[0047] A Figura 10 mostra uma da secção longitudinal de uma terceira modalidade de uma cápsula de acordo com a invenção, no estado fechado.
[0048] A Figura 11 mostra uma vista da secção longitudinal da cápsula da Figura 10, no estado aberto.
[0049] A Figura 12 mostra uma vista da secção longitudinal de uma quarta modalidade de uma cápsula de acordo com a invenção, no estado fechado.
[0050] A Figura 13 mostra uma vista da secção longitudinal da cápsula da Figura 12, no estado aberto.
[0050] A Figura 14 mostra uma vista da secção longitudinal de uma quinta modalidade de uma cápsula de acordo com a invenção, no estado fechado.
[0051] A Figura 15 mostra uma vista da secção longitudinal da cápsula da Figura 14, no estado aberto.
[0052] A Figura 16 mostra uma vista da secção longitudinal de uma sexta modalidade de uma cápsula de acordo com a invenção, no estado fechado.
[0053] A Figura 17 mostra uma vista da secção longitudinal da cápsula da Figura 16, no estado aberto.
[0054] A Figura 18 mostra uma secção longitudinal de uma cápsula de acordo com outro aspecto da invenção, com a cápsula em uma posição fechada, e colocada dentro de uma máquina para preparar infusões com a máquina aberta.
[0055] A Figura 19 mostra uma vista em detalhes dos meios de fechamento da cápsula da Figura 18.
[0056] A Figura 20 mostra uma vista da secção longitudinal da cápsula da Figura 18, com a cápsula em uma posição aberta, com a máquina fechada.
Descrição Detalhada de Modalidades da Invenção
[0057] As Figuras 1 e 2 mostram uma primeira modalidade da cápsula 1, de acordo com a invenção. A cápsula 1 é concebida para preparar um produto de bebida, a partir da interação entre um produto primário 100 e um fluido. O fluido é normalmente água sob pressão, e preferivelmente água quente. No entanto, não é descartado que água fria ou outros fluidos podem também ser usados. O fluido pressurizado pode ser injetado sob uma pressão entre 2 e 20 bar, e preferivelmente entre 4 e 12 bar. O produto primário 100 pode ser café moído, chá, infusão de “mate”, ou alternativamente outros produtos solúveis, tais como café, cacau, sopa, leite, sucos ou similares.
[0058] A cápsula 1 tem um corpo principal 2, que preferivelmente tem uma forma frustocônica invertida. Nesta modalidade, o corpo principal 2 forma uma área de extração 8, na sua base menor fechada, enquanto que ela é aberta na sua base maior. Para fechar a cápsula 1, é fornecida uma tampa 4, que é preferivelmente uma folha que pode ser perfurada, feita de materiais tais como alumínio ou plástico. Alternativamente, a tampa 4 pode ser um disco feito de um material que pode ser perfurado, tal como plástico. O corpo principal 2 é manufaturado em um material substancialmente rígido, tal como alumínio, ou injetado, ou plástico formado térmico. Ele pode também ter outras geometrias, tal como uma geometria cilíndrica, uma geometria paralelopipédica ou outras. O produto primário 100 pode completamente ou parcialmente encher a câmara interna 6.
[0059] Preferivelmente, o material do corpo principal 2 e o material da tampa 4, são materiais de barreira apropriados para evitar a degradação do produto primário. É também especialmente preferido que o meio de fechamento 14 tenha propriedades de barreira, a fim de fornecer uma vedação hermética do conduto interno 10. Na invenção, um material de barreira adequadamente se refere à um material que não solta oxigênio através, ou que solta ele através de níveis muito baixos. De uma maneira particularmente preferida, materiais de barreira de acordo com a invenção, são aqueles que têm uma proporção de transmissão de oxigênio (OTR) menor do que ou igual a 0,1 cm3/recipiente/dia. Na medida, a proporção de transmissão de oxigênio do recipiente, se refere à uma cápsula fechada com a tampa. Como um resultado, o produto de bebida é mais bem conservado, e por um tempo mais longo, dentro da câmara interna 4. Materiais apropriados para fornecer uma propriedade de barreira são, por exemplo, polietileno de alta densidade (HDPE), alumínio, materiais feitos de camadas diferentes de polímero e metais, celulose ou outros. Esses materiais, tais como alumínio ou polietileno (PE), evitam que o oxigênio entre em contato com o produto primário 100, antes da cápsula 1 ser aberta para iniciar a preparação da bebida, e para esse fim evita a oxidação da mesma. Remover o oxigênio de dentro da câmara interna 6 é também preferido, antes de fechar a cápsula 1 para a embalagem completa. A câmara interna 6, que contem o produto primário 100, pode ser preenchida com uma atmosfera protetora, tal como nitrogênio, por exemplo. Depois a cápsula 1 é fechada de uma maneira hermética, evitando que o produto primário 100 seja exposto a uma atmosfera que poderia degradá-lo. Alternativamente, se o material não é um material de barreira, a cápsula 1 pode ser embalada em uma embalagem que tem uma propriedade de barreira, devidamente embalada na ausência de oxigênio. Por exemplo, uma folha feita laminando uma folha de plástico e uma folha de alumínio podem ser usadas.
[0060] Na câmara interna fechada 6, um conduto interno 10 se estende no centro da câmara interna 6, a partir da área de extração 8, isto é, o lado da cápsula a partir do qual o produto sai, em direção a uma área 12, oposta à área de extração 8. O conduto interno 10 tem duas extremidades, uma com uma abertura interna 26 e a outra com uma abertura externa 28. O conceito de abertura externa 28 se refere à abertura do conduto interno 10, através da qual o produto de bebida é descarregado. Para esse fim, a abertura externa 28 não necessariamente tem que se projetar a partir do corpo principal 2 da cápsula 1. Além disso, o conduto interno 10 define um eixo principal 36 na direção longitudinal do próprio conduto interno 10. O conduto interno 10 se estende através da câmara interna 6 até virtualmente alcançar a altura da tampa 4. O corte transversal do conduto interno 10 é preferivelmente circular. No entanto, ele pode ter outros cortes transversais, tais como elíptico, quadrado, retangular, poligonal ou outros. O conduto interno 10 é também preferivelmente um cilindro substancialmente reto.
[0061] Como é evidente a partir dos desenhos, na cápsula 1 de acordo com a invenção, a abertura interna 26 é disposta em uma primeira distância h1 que, medida no eixo principal 36, é igual a ou maior do que a metade da distância máxima h0 a partir da câmara interna 6, entre a área de extração 8 e a área oposta 12, medida no dito eixo principal 36. Como já discutido, é importante não confundir a distância máxima h0 na invenção. Em particular, a distância máxima h0 deve ser medida no eixo principal 36 do conduto interno 10, e não em apenas qualquer ponto da câmara interna 6. A distância máxima h0 se refere à distância já descrita, quando a cápsula 1 está no estado fechado. Para este fim, a distância máxima h0 é compreendida como sendo a distância longitudinal medida no eixo principal do conduto interno, a partir do ponto mais distante da câmara interna na área de extração, para o ponto mais longe na área oposta à área de extração. Se a cápsula 1 tem uma tampa 4 como folha que pode ser perfurada, esta distância pode obviamente variar consideravelmente entre diferentes cápsulas, na ordem de entre 1 e 3 mm. Pode ser visto nos desenhos que a câmara interna 6 contém o produto primário 100, aproximadamente definindo um nível de produto. No entanto, como indicado acima, este nível deve ser medido depois de compactar o produto primário contido, formando um plano perpendicular ao eixo principal 36. Quando medido dessa maneira, o nível do produto primário é localizado abaixo da dita abertura interna 26, que impede a saída do produto primário 100 através da abertura interna 26. Em uma maneira particularmente preferida, a abertura interna 26 é disposta na extremidade do conduto interno 10, adjacente à área oposta 12 em uma primeira distância h1, igual a ou maior do que 90% da dita distância máxima h0 a partir da dita câmara interna 6.
[0062] Neste caso, a área oposta à área de extração 8, corres ponde à área de injeção de fluido. No entanto, não é essencial para a cápsula 1, para a área de injeção e a área de extração 8, ser opostas uma à outra. De uma maneira particularmente preferida, se o produto de bebida é um produto solúvel, a entrada do líquido na área de injeção é descentralizada, a fim de favorecer a mistura do produto primário, e corrige a dissolução antes da saída como um produto de bebida através do conduto interno 10.
[0063] Na extremidade do conduto interno 10, em que a abertura interna 26 está localizada, a cápsula 1 tem meios de fechamento 14 para fechar o conduto interno 10. Esses meios de fechamento 14 são dispostos em uma segunda distância h2, maior do que a dimensão maior do corte transversal do dito conduto interno 10, que consideravelmente impede a saída de peças da cápsula através do conduto interno 10. A cápsula 1 também tem meios de abertura 16 na extremidade do conduto interno 10, correspondendo à abertura interna 26. Esses meios de abertura 16 são dispostos para abrir até uma passagem 24, em comunicação de fluido com a parte externa da cápsula 1, nos meios de fechamento 14, quando uma força externa compressora é aplicada nos meios de abertura 16, por exemplo, antes de introduzir o fluido na dita câmara interna 6, mas sempre sem usar a pressão hidrostática formada dentro da cápsula 1.
[0064] A força compressora externa é normalmente exercida pelo prendedor da cápsula da máquina, quando ela é fechada antes de começar a introdução do fluido. No entanto, a força compressora sendo capaz de ser gerada pelo usuário manualmente, antes de introduzir a cápsula 1 na máquina, não é descartada.
[0065] Como um resultado do arranjo dos meios de fechamento 14, no conduto interno 10, separado de uma segunda distância h2 fora da abertura externa 28 na direção da câmara interna 6, é garantido que uma vez que o último é perfurado pelos meios de abertura 16, eles não se projetam através da abertura inferior 28.
[0066] Além disso, as Figuras 1 e 2 mostram que a segunda distância h2 pode ser igual a h1, mas isto nem sempre deve ser o caso. Como será visto em outras modalidades, a abertura interna 26 pode ser localizada acima dos meios de fechamento 14, de tal maneira que a segunda distância h2 deverá ser menor do que a primeira distância h1.
[0067] A cápsula 1 de acordo com a invenção, tem um estado fechado em que o conduto interno 10 é plugado por meio dos meios de fechamento 14, e um estado aberto em que a câmara interna 6 pode ser colocada em comunicação fluídica com a parte externa da dita cápsula 1, como um resultado da aplicação da força compressora nos meios de abertura 16, abrindo até a passagem de fluido 24 nos meios de fechamento 14.
[0068] Nas Figuras 1 e 2, a cápsula 1 forma uma única parte monolítica de plástico injetado, junto com o conduto interno 10 e os meios de fechamento 14. Nos desenhos, pode também ser visto que os meios de abertura 16, neste caso, são uma linha quebrada controlada 18, fornecida na parede transversal de plástico, configurando os meios de fechamento 14. Além disso, esses meios de fechamento 14 compreendem uma alça cilíndrica 22 se projetando acima da linha de quebra controlada 18. A alça pode ter outras formas em vez de cilíndrica, tais como paralelopipédica, cônica ou outras. A linha de quebra controlada 18 enfraquece a parede transversal, de tal maneira que quando uma força compressora externa é aplicada na alça cilíndrica 22, a parede transversal se rompe. Alternativamente, o usuário pode comprimir a alça cilíndrica 22 com um dedo, a fim de abrir até a passagem de fluido 24, antes de introduzir a cápsula 1 dentro da máquina.
[0069] É bastante improvável que a alça cilíndrica 22 se torne solta do conduto interno 10 e alcance a caneca, na qual o produto de bebida é preparado, quando a cápsula 1 está aberta. No entanto, para evitar este risco, as Figuras 1 e 2 mostram que a linha de quebra controlada 18 da cápsula 1 é uma curva, preferivelmente uma curva fechada, que é interrompida por um espessamento 20, preferivelmente um espessamento local. Este espessamento 20 ainda melhora a segurança no uso, uma vez que a alça cilíndrica 22 não pode se tornar solta em qualquer caso. Alternativamente, em vez do espessamento ser um ponto, ele pode estar ao longo da linha de quebra inteira, com uma mudança do espessamento da parede ao longo do seu perímetro.
[0070] Na modalidade preferida das Figuras 1 a 4, através da área de extração 8, o conduto interno 10 se estende para fora da câmara interna 6 se projetando a partir do corpo principal 2, para além da área de extração 8. Isto adicionalmente evita o risco da máquina ficar suja, durante o funcionamento da cápsula, e a subsequente contaminação cruzada entre os diferentes tipos de bebidas.
[0071] O funcionamento da cápsula de acordo com a invenção, é explicado abaixo em detalhes, com base na cápsula 1 das Figuras 1 a 4.
[0072] Os desenhos esquematicamente mostram uma parte da máquina para preparar o produto de bebida. Embora não mostrado em detalhes, a máquina tem os elementos necessários para preparar produtos de bebidas quentes ou frios. Para esta finalidade, a máquina tem um reservatório de fluido para conter água ou similares, meios de aquecimento para aquecer o fluido se necessário, uma bomba para ser capaz de injetar o fluido sob pressão na cápsula, e finalmente um prendedor de cápsula feito de uma parte fixa 102 e uma parte móvel 104.
[0073] Inicialmente, a cápsula 1, que está no estado fechado, é introduzida na parte fixa 102 do prendedor da cápsula, até a abertura externa 28 se projetar através da parte inferior da parte fixa 102, e a cápsula 1 ser apoiada, por exemplo, no aro 38.
[0074] Neste ponto, a parte móvel 104 do prendedor da cápsula, movimenta a tampa 4 para comprimir a cápsula dentro do prendedor da cápsula, fazendo um movimento linear para baixo. Alternativamente, a parte móvel 104 pode fazer um movimento pivotando. Deverá também ser possível para as partes fixas e móveis 102, 104 ser intercambiáveis, isto é, para a parte móvel 104 ser estacionária, e para a parte fixa 102 ser a parte que se movimenta até entrar em contato com a parte móvel 104. Primeiro que tudo, o injetor do tipo punção 106 perfura a tampa 4. Quando o movimento para baixo continua, uma concavidade 110, fornecida na parte móvel 104, é apoiada na tampa 4 e empurra ela para baixo, na direção da alça cilíndrica 22 da cápsula 1. A concavidade 110 pode ser também uma nervura. Quando a concavidade 110 entra em contato com a alça cilíndrica 22, o movimento continua e faz os meios de abertura 16, na forma de uma linha de quebra controlada 18, ser separados e a passagem 24 ser aberta, que pode ser visto na Figura 4. Simultaneamente, o injector de fluido 106 perfura a tampa 4. Nesta ocasião, a injeção de fluido ainda não foi iniciada.
[0075] Quando a parte móvel 104 atingiu o fim do seu percurso, a cápsula 1 é coletada em uma maneira de vazamento, dentro do prendedor da cápsula. Vale a pena comentar que a cápsula 1 é ilustrada nos desenhos, com certo desempenho dentro do prendedor da cápsula, a fim de tornar a invenção mais fácil de entender, mas na prática a cápsula 1 deverá ser firmemente comprimida entre as partes fixa e móvel 102, 104 do prendedor de cápsula.
[0076] Uma vez que esta posição final tenha sido adotada, a injeção de fluido na câmara interna 6 pode ser iniciada, como indicado com as setas convergindo no injetor 106 da Figura 2. Neste caso, a injeção tem lugar de uma maneira descentralizada a partir de cima, mas ela pode ser realizada a partir de outros pontos da cápsula 1. Por exemplo, a injeção pode ser a partir de uma área superior central, ou também área lateral, ou mesmo área inferior.
[0077] Quando entra na câmara interna 6, o fluido se mistura com o produto primário 100. O produto primário 100 pode absorver a câmara interna 6. No entanto, neste caso, o nível do produto primário 100 está localizado abaixo da abertura interna 26. Isto impede o produto primário 100 não dissolvido vazar através do conduto interno 10.
[0078] Por exemplo, se o produto primário 100 é um café solúvel, quando água quente sob pressão é injetada, a câmara interna 6 enche e a água se mistura com o café solúvel. O produto de bebida, isto é, café, não sai através da passagem 24 até o nível da água atingir a altura da abertura 26. Isto prolonga o tempo de saída do produto, até que a boa dissolução dos grãos de café solúvel com a água seja realizada.
[0079] Uma vez que o nível do fluido ultrapassa a abertura interna 26, o produto de bebida sai através da passagem 24 e do conduto interno 10, em direção à abertura externa 28, para a caneca destinada a receber o produto de bebida preparado.
[0080] Quando a água não é mais injetada na cápsula 1 e o produto de preparação da bebida está terminado, a cápsula 1 não perde o líquido, porque o fluido remanescente é descarregado com a abertura interna 26. Para esse fim, a cápsula 1 pode ser removida da máquina, sem o risco do ar entrar na cápsula, e o fluido remanescente sair através da abertura inferior 28, diluindo o café e borrifando o usuário, quando o injetor 106 é separado da tampa 4.
[0081] Outras modalidades da cápsula 1, de acordo com a inven ção, são mostradas abaixo, que compartilham a maioria das características descritas nos parágrafos anteriores. Por conseguinte, somente os elementos diferenciando as modalidades uma da outra serão descritos a partir daqui, visto que a referência à descrição da primeira modalidade é feita em relação aos elementos que elas têm em comum.
[0082] Nas modalidades das Figuras 5 a 9, os meios de abertura 16 compreendem uma pluralidade de linhas de quebra controlada 18, correndo entre a abertura interna 26 e a extremidade superior do conduto interno 10. Nesta modalidade, as linhas de quebra controlada 18 são paralelas ao eixo principal 36.
[0083] As linhas de quebra controlada 18 fazem os meios de fechamento 14 se comportarem como uma palha. Para esse fim, quando a força compressora externa é aplicada em relação à cápsula 1, os meios de fechamento arqueiam, formando uma pluralidade de passagens longitudinais 24, tornando mais fácil para o produto de bebida preparado sair.
[0084] Neste caso, pode ser visto que a primeira distância h1, correspondente à abertura interna 26, é igual à segunda altura h2 na qual os meios de fechamento 14 começam.
[0085] Outra vantagem importante desta modalidade consiste no fato de que, devido à sua configuração, quando a força compressora externa não é mais aplicada à cápsula 1, os meios de fechamento 14 retornam para sua posição inicial. Para esse fim, a despeito do fato de que as linhas de quebra controlada 18 são abertas, as passagens 24 estão virtualmente fechadas. No entanto, esta recuperação da forma inicial é um resultado da própria elasticidade do material. Preferivelmente, este tipo de cápsula 1 deveria ser manufaturada em um material plástico injetado.
[0086] As Figuras 10 e 11 mostram outra modalidade em que os meios de fechamento 14 são obtidos por ajuste da mola. Neste caso, os meios de abertura 16 são uma rolha 40 com um segmento apertado (restrito) 42, embutido em uma guia 46 fornecido no conduto interno 10. Para tornar mais fácil compreender o segmento apertado, ele está ilustrado como sendo separado da guia 46, mas na realidade ele está fortemente preso nela ou acoplado a ele com um material de qualidade alimentar. Nesta modalidade, quando a força compressora é aplicada, o segmento apertado 42 se separa da guia 46 e abre a passagem 24, que possibilita a saída do produto de bebida através do conduto interno 10, seguindo as setas indicadas na Figura 11.
[0087] Esta modalidade é particularmente concebida para o café moído ou chá ou bebidas do tipo infusão, uma vez que a água quente sob pressão tenha sido injetada, a água é forçada a ir através de todo o café, antes de ser capaz de sair através das passagens inferiores 44, fornecidas no conduto concêntrico 48, em relação ao conduto interno 10. Esta via de percurso é indicada com as setas correspondentes nos desenhos. Como um resultado, a água permanece em contato com o café moído por uma quantidade de tempo considerável, de maneira que ela absorve melhor o aroma do café ou chá.
[0088] A próxima modalidade nas Figuras 12 e 13 difere pelo fato de que é fornecida com os meios de redução 50, para reduzir a capacidade da câmara interna 6. Esses meios de redução 50 são, por exemplo, um cilindro que possibilita a entrada de fluido através da parte inferior, através das passagens mais baixas 44. Novamente, isto força o fluido a ser impregnado com o produto primário, antes de sair através da abertura interna 26. Outra diferença importante neste caso consiste na primeira distância h1 da abertura interna 26, sendo neste caso maior do que a segunda distância h2 dos meios de fechamento 14. Outra diferença consiste na tampa 4 ser acoplada à rolha 40, a fim de indicar para o usuário uma posição em que a cápsula 1 pode ser aberta manualmente.
[0089] As modalidades das Figuras 14 a 17 diferem pelo fato de que os meios de fechamento 14 consistem em uma folha que pode ser perfurada, e os meios de abertura 16 compreendem pelo menos um membro de perfuração.
[0090] Nas modalidades das Figuras 16 e 17, uma superfície helicoidal 30, o diâmetro interno do qual é disposto ao redor do perímetro externo do conduto interno 10, e o diâmetro externo do qual é delimitado pelas paredes laterais 32 formando uma câmara helicoidal 34, é além disso fornecido. Como um resultado desta configuração, um efeito de misturar o produto primário 100 da câmara interna é alcançado. Para esse fim, esta modalidade é muito apropriada para preparar produtos solúveis.
[0091] Finalmente, as figuras 18 a 20 mostram um melhoramento adicional da invenção.
[0092] Outra vez, como nas modalidades anteriores, os meios de fechamento 14 são dispostos separados da abertura externa 28, na direção da câmara interna 6. A separação é a segunda distância h2 que é maior do que a dimensão mais ampla do corte transversal do conduto interno 10
[0093] Diferentemente das modalidades anteriores, os meios de fechamento 14 podem ser separados do conduto interno 10, ao longo da linha de quebra controlada. Uma vez separados do conduto interno 10, os meios de fechamento 14 podem se movimentar dentro do conduto interno 10. Isto deixa a abertura interna 26 completamente livre, desse modo permitindo que a bebida de infusão saia fácil. Além disso, a fim de evitar que os meios de fechamento 14 caiam dentro da bebida de infusão que está sendo preparada, a cápsula 1 tem o meio de retenção 52 para reduzir o corte transversal da abertura externa 28, e para evitar que os meios de fechamento 14 saiam do conduto interno 10.
[0094] Nesta modalidade, o meio de retenção 52 é uma tampa 60 disposta sobre a abertura externa 28. Alternativamente, o mesmo efeito pode ser obtido reduzindo o corte transversal do conduto interno, na extremidade de saída da abertura, de tal maneira que os meios de fechamento 14 são maiores do que o corte transversal do conduto interno 10.
[0095] De volta para a modalidade, como é evidente a partir das figuras, a tampa 60 compreende seis aberturas de descarga 58. Nas figuras, somente as duas aberturas coincidindo com o plano de corte são mostradas. Essas aberturas de descarga 58 têm um corte transversal circular menor do que 2 mm2. Outras modalidades podem ter duas ou três aberturas de descarga 58.
[0096] Além disso, a fim de ter uma abertura confiável e controlada dos meios de fechamento 14, é provido que os meios de fechamento 14 são formados por uma primeira saliência 54, ultrapassando para fora do primeiro conduto interno 10, e se estendendo até a vizinhança da tampa 6. No lado de fora os meios de fechamento 14 têm uma segunda saliência 56, se salientando dentro do primeiro conduto interno 10. Graças ao fato de que a segunda saliência 56 é maior do que o menor corte transversal do primeiro conduto interno 10, na abertura interna 26, é garantido que, quando os meios de fechamento 14 estão separados do conduto interno 10, eles se estendem no conduto interno 10.
[0097] Além disso, a partir da Figura 19, é evidente que a ponta da segunda saliência 56 diminui na direção da dita abertura externa 28, para evitar obstruções acidentais das aberturas de descarga 58. Em particular neste caso, a segunda saliência 56 é frustroconicamente formada, mas outras formas afiladas, tais como tetraedro, pirâmide ou outra, são também possíveis.
[0098] As modalidades descritas até agora representam exemplos não limitantes, de maneira que a pessoa versada na técnica compreenderá que, além dos exemplos mostrados, múltiplas combinações das características reivindicadas são possíveis, dentro do escopo da invenção.

Claims (16)

1. Cápsula (1) para preparar um produto de bebida, a partir da interação entre um produto primário (100) e um fluido, em que compreende [a] uma câmara interna fechada (6) que tem uma área de extração (8), e [b] um conduto interno (10) se estendendo longitudinalmente da dita área de extração (8) para uma área oposta (12) para a dita área de extração (8), e definindo um eixo principal (36), o dito conduto interno (10) compreendendo uma abertura interna (26) e uma abertura externa (28), [c] a dita abertura interna (26) sendo disposta em uma primeira distância (h1) que, medida no dito eixo principal (36), a partir do ponto mais baixo (P), delimitando a dita câmara interna (6) na dita área de extração (8), é igual a ou maior do que a metade da distância máxima (h0) da dita câmara interna (6), a dita distância máxima (h0) sendo medida no dito eixo principal (36), a partir do dito ponto mais baixo (P) delimitando a dita câmara interna (6), para a dita área oposta (12), e a dita cápsula (1) ainda compreendendo [d] meios de fechamento (14) para fechar o dito conduto interno (10) e [e] meios de abertura (16) dispostos para abrir uma passagem (24) de comunicação de fluidos, com o lado de fora da dita cápsula (1) nos ditos meios de fechamento (14), quando uma força compressora externa, em relação à cápsula (1) é aplicada nos ditos meios de abertura (16), caracterizada pelo fato de que [f] os ditos meios de fechamento (14) são dispostos separados da dita abertura externa (28), na direção da dita câmara interna (6) em uma segunda distância (h2), que é pelo menos maior do que a maior dimensão do corte transversal do dito conduto interno (10).
2. Cápsula (1) de acordo com a reivindicação 1, caractere- zada pelo fato de que os ditos meios de fechamento (14) são dispostos de tal maneira que a dita segunda distância (h2) é igual à dita primeira distância (h1).
3. Cápsula (1) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a dita câmara interna (6) contém um produto primário (100), definindo um nível de produto primário, e em que o dito nível do produto primário (100) é localizado abaixo da dita abertura interna (26).
4. Cápsula (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que a dita abertura interna (26) é disposta na extremidade do dito conduto interno (10), adjacente à dita área oposta (12), a dita primeira distância (h1) sedo igual a ou maior do que 90% da dita distância máxima (h0) a partir da dita câmara interna (6).
5. Cápsula (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que através da área de extração (8), o dito conduto interno (10) se estende para fora da câmara interna (6), se projetando a partir do contorno externo da cápsula, para além da dita área de extração (8).
6. Cápsula (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que ela ainda compreende uma superfície helicoidal (30), o diâmetro interno da qual é disposto ao redor do perímetro externo do dito conduto interno (10), e o diâmetro externo do qual é delimitado pelas paredes laterais (32) formando uma câmara helicoidal (34).
7. Cápsula (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que os ditos meios de abertura (16) compreendem, pelo menos, uma linha de quebra controlada (18), fornecida nos ditos meios de fechamento (14), ao longo dos quais os ditos meios de fechamento (14) são abertos, quando a dita força compressora é aplicada.
8. Cápsula (1) de acordo com a reivindicação 7, caractere- zada pelo fato de que o dito conduto interno (10), e os ditos meios de fechamento (14), formam uma única peça monolítica.
9. Cápsula (1) de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizada pelo fato de que a dita linha de quebra controlada (18) é uma curva interrompida por uma espessura (20).
10. Cápsula (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 9, caracterizada pelo fato de que os ditos meios de abertura (16) compreendem uma pluralidade de linhas de quebra controladas (18), se estendendo entre a dita abertura interna (26) e a extremidade superior do dito conduto interno (10).
11. Cápsula (1) de acordo com reivindicação 10, caractere- zada pelo fato de que a dita pluralidade de linhas de quebra (18) são paralelas ao dito eixo principal (36).
12. Cápsula (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que os ditos meios de fechamento (14), consistem de uma folha, que pode ser perfurada, e os ditos meios de abertura (16) compreendem pelo menos um membro de perfuração.
13. Cápsula (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 8, caracterizada pelo fato de que os ditos meios de fechamento (14) podem ser separados do dito conduto interno (10), ao longo da dita linha de quebra controlada (18), e movíveis dentro do dito conduto interno (10), a fim de liberar a dita abertura interna (26), a dita cápsula adicionalmente tendo o meio de retenção (52) para reduzir o corte transversal da dita abertura externa (28), e para evitar que os ditos meios de fechamento (14) saiam do dito conduto interno (10), quando os ditos meios de fechamento (14) estão separados do dito conduto interno (10).
14. Cápsula (1) de acordo com a reivindicação 13, caracterizada pelo fato de que o dito meio de retenção (52) é uma tampa (60), disposta sobre a dita abertura externa (28), a dita tampa (60) compreendendo pelo menos uma abertura de descarga (58), a dita abertura de descarga (58) tendo um corte transversal menor do que 2 mm2.
15. Cápsula (1) de acordo com a reivindicação 13 ou 14, caracterizada pelo fato de que os ditos meios de fechamento (14) compreendem uma primeira saliência (54), ultrapassando o lado de fora do dito primeiro conduto interno (10), para a vizinhança da dita tampa (6), e uma segunda saliência (56) se salientando dentro do dito primeiro conduto interno (10), a dita segunda saliência (56) sendo maior do que o corte transversal menor do dito primeiro conduto interno (10) na dita abertura interna (26).
16. Cápsula (1) de acordo com a reivindicação 15, caracterizada pelo fato de que a ponta da dita segunda saliência (56) diminui (afunila) na direção da dita abertura externa (28).
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