BR112018076315B1 - Curativo médico - Google Patents

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Karin Östan
Angelica Andresen
Malin MÅRTENSSON
Patrick Rodzewicz
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Mölnlycke Health Care Ab
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Abstract

A presente invenção refere-se a um curativo médico.. Compreende uma almofada com um plano geométrico de simetria. Uma porção de borda se estende ao longo do contorno da almofada. Uma porção central do curativo tem uma largura menor perpendicular ao plano de simetria do que as larguras das partes adjacentes. O curativo médico compreende uma aba de preensão que é coplanar com a referida porção de borda e que se projeta para fora a partir da referida porção de borda. O curativo médico pode ser usado para a prevenção de úlcera por pressão, tal como em um calcanhar de um corpo humano.

Description

Campo técnico
[0001] A presente invenção refere-se a um curativo médico para a aplicação no calcanhar de um corpo humano.
Antecedentes da Técnica
[0002] As úlceras por pressão surgem frequentemente entre as pessoas que estão acamadas por várias razões, como, por exemplo, devido a hospitalização a longo prazo ou outras causas de imobilidade. A úlcera por pressão não apenas causa grande desconforto e/ou dor à pessoa afetada, mas também causa dificuldades para o pessoal de enfermagem e outros prestadores de cuidados.
[0003] É, por essa razão, desejável em, por exemplo, hospitais, agir proativamente, em vez de reativamente. Em outras palavras, ao invés de esperar que as úlceras por pressão se desenvolvam e, em seguida, realizar o tratamento, é preferível tentar evitar que as úlceras por pressão cheguem a ocorrer.
[0004] As úlceras por pressão são amplamente evitáveis. Quando ocorrem úlceras por pressão, elas podem se tornar feridas dolorosas que exigem meses para cicatrizar. A prevenção de úlceras por pressão inclui a inspeção da pele, controle dos fatores de risco, manutenção da pele limpa e seca, e redistribuição da pressão sobre áreas ósseas de alto risco.
[0005] Até à data, tais meios preventivos incluem tipicamente o descarregamento de pressão ou o reposicionamento do paciente a intervalos regulares, de tal modo que a pressão seja aliviada ou redistribuída, e a quantidade de pressão a que o indivíduo está exposto seja minimizada.
[0006] Onde uma ferida por pressão inicia a se desenvolver, ou onde é esperado que se desenvolva, o pessoal de enfermagem pode posicionar um curativo almofadado sobre a área da pele. O pessoal de enfermagem precisa checar de tempos em tempos para examinar a pele sob o curativo, e verificar se uma úlcera por pressão se desenvolveu.
[0007] A inspeção da área da pele requer que o curativo seja aberto,e destacado da pele. Uma opção é, evidentemente, remover o curativo e aplicar um novo curativo após ter checado a área de pele relevante. No entanto, isto é tanto economicamente dispendioso como consome tempo. Como alternativa, o pessoal de enfermagem pode destacar o curativo levemente ao prender e levantar uma borda adesiva do curativo (por exemplo, a porção do curativo que rodeia a almofada) para que a área de pele relevante possa ser checada, e em seguida, o curativo é reaplicado ao fixar novamente a borda adesiva à pele circundante. Embora isso seja mais econômico e consuma menos tempo do que remover o curativo antigo e aplicar um novo curativo, existem algumas desvantagens.
[0008] Uma desvantagem é que há o risco da borda se tornar enrugada quando destacada e reaplicada, o que reduz a capacidade de adesão. Adicionalmente, há o risco que tais rugas se tornem compartimentos para fluidos corporais (por exemplo, o suor) que, por sua vez, pode fazer com que esses compartimentos cresçam à medida que mais fluido seja acumulado, deste modo, ainda reduz a capacidade de permanência do curativo. Eventualmente, o pessoal de enfermagem precisará, devido à redução na capacidade de permanência, substituir o curativo antigo por um novo.
[0009] Algumas áreas do corpo humano apresentam um risco mais elevado no desenvolvimento de úlceras por pressão do que outras áreas. Por exemplo, o calcanhar é uma dessas áreas sensíveis do corpo humano. A anatomia e a fisiologia do calcanhar tornam o tecido muito vulnerável à pressão. Quando a pressão é aumentada em pacientes em alto risco, tais como aqueles com doenças arteriais periféricas e neuropatia, o risco de ulceração e falha em cura é grandemente aumentado. Pacientes em risco de aumento de pressão nos calcanhares são aqueles que não podem mover suas pernas, tais como os pacientes que estão anestesiados, paralisados, ou tenham sofrido uma cirurgia ou lesão ortopédica. Esses pacientes necessitam de precauções adicionais para evitar a ulceração do calcanhar. Enquanto a pressão provoca a compressão dos tecidos, forças de corte ocorrem entre as camadas de tecido e tendem a lacerá-las e separá-las. Em alguns casos, isto resulta em formação de bolhas e colapso das fibras que seguram as camadas de gordura e colágeno em conjunto.
[00010] A aplicação de um curativo ao calcanhar para os propósitos de prevenção de úlceras por pressão pode ser desafiadora, uma vez que isso inclui a cobertura de partes da sola do pé bem como os lados médio e lateral do pé, resultando em várias direções e planos de extensão para a borda adesiva do curativo. Isto ainda aumenta o desafio para o pessoal de enfermagem, que precisa decidir onde destacar a borda para permitir uma inspeção e ainda sendo capaz de reaplicar a borda adequadamente após a inspeção.
Sumário da invenção
[00011] É um objetivo da presente invenção aliviar as desvantagens da tecnologia precedente. Este e outros objetos, que se tornarão aparentes no que se segue são alcançados pelas reivindicações de acompanhamento.
[00012] A presente invenção é baseada na percepção de que ao fornecer um curativo médico com uma região central mais estreita (formando uma cintura) e também fornecendo um curativo médico com uma aba de preensão, um efeito sinérgico é alcançado. O destacar e a adequada reaplicação do curativo médico se torna mais fácil, mesmo para áreas do corpo desafiadoras tais como o calcanhar, e o pessoal de enfermagem também terá uma guia com relação a onde iniciar a destacar o curativo médico. O destacar e reaplicar adequado do curativo médico resulta em uma capacidade de permanência mais longa do curativo médico e uma necessidade menos frequente de substituição do curativo antigo com um novo. Deste modo, a presente invenção fornece uma tecnologia benéfica e progresso econômico no campo da prevenção de úlceras por pressão.
[00013] De acordo com pelo menos um aspecto da invenção, é fornecido um curativo médico. O curativo médico é composto por uma almofada tendo um plano geométrico de simetria, uma porção de borda substancialmente planar que se estende ao longo do contorno da almofada, a porção de borda constituindo uma borda periférica do curativo médico, em que o curativo compreende:
[00014] - uma primeira porção tendo uma primeira largura,
[00015] - uma segunda porção tendo uma segunda largura, e
[00016] - uma terceira porção tendo uma terceira largura,
[00017] em que cada uma das referidas primeira, segunda e terceira porções se estende a partir de um ponto respectivo da referida borda periférica sobre um lado do referido plano de simetria para um respectivo ponto da referida borda periférica sobre o outro lado do referido plano de simetria, e em que cada uma das referida primeira, segunda e terceira larguras se estende perpendicularmente ao referido plano de simetria,
[00018] em que a referida terceira porção é localizada entre e adjacente à referida primeira porção e à referida segunda porção,
[00019] em que a referida terceira largura é menor do que a referida primeira largura e a referida segunda largura,
[00020] em que o curativo médico compreende uma aba de preensão que é coplanar com a referida porção de borda e cuja aba se projeta para fora a partir da referida porção de borda.
[00021] O curativo médico é particularmente útil para a prevenção de úlceras por pressão e/ou para a mitigação de úlceras por pressão. Além disso, a configuração de ter uma mais larga primeira e segunda porções, e uma mais estreita terceira porção entre as mesmas, torna o curativo médico particularmente adequado para a prevenção/mitigação de úlceras por pressão no calcanhar de um corpo humano.
[00022] Embora em algumas incorporações, pelo menos uma dentre a primeira, a segunda e a terceira porções poder ter uma largura substancialmente constante, em outras incorporações pelo menos uma dentre a primeira, a segunda e a terceira porções pode ter uma largura variável.
[00023] De acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, a referida terceira largura é a largura máxima da terceira porção. Deste modo, de acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, a largura máxima da terceira porção é menor do que a largura da primeira porção e também menor do que a largura da segunda porção. Deste modo, a terceira porção constituirá uma porção estreita, tal como uma cintura, do produto, uma vez que é adjacente às primeira e segunda porções.
[00024] De acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, a referida primeira largura é a largura máxima da primeira porção, a referida segunda largura é a largura máxima da segunda porção, e a referida terceira largura é a largura máxima da terceira porção. Deste modo, de acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, a largura máxima da terceira porção é menor do que a largura máxima da primeira porção e também menor do que a largura máxima da segunda porção.
[00025] De acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, a referida primeira largura é a largura mínima da primeira porção, a referida segunda largura é a largura mínima da segunda porção, e a referida terceira largura é a largura máxima da terceira porção. Deste modo, de acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, a largura máxima da terceira porção é menor do que a largura mínima da primeira porção e também menor do que a largura mínima da segunda porção.
[00026] De acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, o curativo médico tem uma extensão longitudinal em uma direção longitudinal que coincide e corre em paralelo com o referido plano de simetria geométrico, e uma extensão lateral em uma direção lateral que corre perpendicularmente ao referido plano de simetria geométrico, em que a referida aba de preensão se estende a partir da referida porção de borda pelo menos na referida direção longitudinal de modo que nenhuma outra parte do curativo médico se estende para além da referida aba de preensão na referida direção longitudinal. Isto fornece uma aba de preensão acessível e claramente discernível para o pessoal de enfermagem. As referidas incorporações exemplares também podem ser expressas matematicamente. Por exemplo, em um sistema de coordenadas ortogonais tendo as coordenadas cartesianas (x, y, z), a direção lateral poderia corresponder à direção x, enquanto a direção longitudinal poderia corresponder à direção y (e a espessura do curativo médico poderia corresponder à direção z). Deste modo, com tais coordenadas cartesianas a referida aba de preensão constituiria a parte mais ao exterior do curativo médico como visto na direção y.
[00027] De acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, a porção de borda envolve de modo circunferencial o contorno da almofada, por exemplo, a porção de borda pode constituir um caminho fechado ao redor do contorno da almofada. No entanto, em outras incorporações exemplares, o caminho da porção de borda ao longo do contorno da almofada pode ser quebrado. Por exemplo, na terceira porção do curativo médico a porção de borda pode ser omitida, e em tal caso a almofada é adequadamente vedada, por exemplo, por soldagem, para evitar que o material da almofada (tal como um material absorvente) caia para fora da almofada.
[00028] De acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, a aba de preensão é feita em uma peça única com a porção de borda. Isto é prático a partir de uma perspectiva de fabricação. No entanto, outras alternativas tais como uma aba de preensão separada fixada à porção de borda também podem ser concebidas.
[00029] A aba de preensão pode adequadamente ser localizada em uma das referidas primeira e segunda porções. O curativo médico pode, adequadamente, ser fornecido com mais de uma aba de preensão. Por exemplo, podem haver duas abas de preensão. Em algumas incorporações tendo pelo menos duas abas de preensão, uma primeira aba pode ser localizada em um lado do plano de simetria e uma segunda aba pode ser localizada no outro lado do plano de simetria. Tais primeira e segunda abas, podem adequadamente ser localizadas simetricamente com relação ao plano de simetria. Ambas as abas podem, por exemplo, ser localizadas na primeira porção, ou na segunda porção. No entanto, é também concebível ter uma primeira aba na primeira porção e uma segunda aba na segunda porção, em que tais primeira e segunda abas podem tanto ser localizadas no mesmo lado do plano de simetria ou em lados diferentes (por exemplo, diagonalmente) do plano de simetria.
[00030] De acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, podem haver mais de duas abas de preensão, por exemplo, três ou quatro abas de preensão. Nas incorporações tendo quatro abas de preensão, duas dessas abas podem estar na primeira porção do curativo, uma em cada lado do plano de simetria, e de modo semelhante duas dessas abas podem estar na segunda porção do curativo.
[00031] De acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, a uma ou mais abas de preensão, é/são revestidas com uma camada adesiva para a adesão da aba à pele que envolve a área de prevenção. Isto pode ser vantajoso para evitar que forças de remoção acidentais sejam aplicadas à aba/abas de preensão, tendo em mente que a aba de preensão é mais propícia a se levantar do que o resto do produto se não estiver aderida à pele. Se a aba de preensão for constituída em uma camada única com a porção de borda, também pode ser vantajoso, a partir do ponto de vista da fabricação, compartilhar a camada adesiva de uma camada de contato com o corpo da porção de borda.
[00032] Assumindo que o curativo médico seria circunscrito a um retângulo imaginário, então as quatro abas seriam adequadamente localizadas nos vértices do retângulo.
[00033] Independentemente de se uma, duas, três ou quatro abas de preensão estão presentes em um curativo médico de acordo com as incorporações da invenção, cada aba de preensão é adequadamente coplanar com a porção de borda e adequadamente feita em uma peça única com e se projetando para fora da porção de borda. Nesta conexão deve ser entendido que para dentro significa uma direção no sentido do perímetro interno da porção de borda, por exemplo, uma direção no sentido da almofada, enquanto para fora é uma direção oposta.
[00034] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplar, o curativo médico compreende uma camada de suporte e uma camada adesiva de contato com o corpo, em que a almofada é disposta entre a referida camada de suporte e a referida camada adesiva de contato com o corpo, em que a referida camada de suporte e a referida camada adesiva de contato com o corpo se estendem para além da periferia da referida almofada para definir a referida porção de borda, que se estende ao longo do contorno da referida almofada.
[00035] No campo de curativos médicos, em particular, curativos para feridas, uma película provida de uma camada adesiva para aderir ao paciente é muitas vezes referida como uma camada de contato com a ferida. A presente invenção destina-se principalmente à prevenção de úlceras por pressão, isto é, para a utilização em uma área do corpo humano que não tem ferida. Por essa razão, nesta aplicação, a película combinada com a camada adesiva será referida como uma camada de contato com o corpo. No entanto, deve ser entendido que, embora a utilização principal da invenção seja a prevenção de úlceras por pressão, se o pessoal de enfermagem decidir usá-la como um curativo para feridas, a camada de contato com o corpo pode ser aplicada em uma ferida.
[00036] De acordo com pelo menos algumas incorporações exemplificativas, a almofada pode ser adequadamente uma almofada absorvente para absorver umidade ou exsudados corporais. Em algumas incorporações, a camada de contato com o corpo pode ser parcialmente (por exemplo, central ou perifericamente) ou completamente omitida, caso em que a camada de suporte pode ser revestida com uma camada adesiva para a fixação à pele.
[00037] Nesta aplicação são usados termos direcionais como "proximal" ou "proximalmente" e "distal" ou "distalmente". Esses termos são referenciados com relação à colocação pretendida em um corpo humano. Em outras palavras, a porção mais proximal do curativo médico é a porção que se destina a estar mais próxima do corpo humano. A porção mais distal é a porção que se destina a ficar mais distante do corpo humano. Por exemplo, a camada adesiva será proximal ao filme.
[00038] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplar, a referida camada adesiva de contato com o corpo compreende uma película revestida com uma camada adesiva. Adequadamente, a referida camada adesiva pode cobrir pelo menos 75% da superfície do referido filme. A camada adesiva pode ser considerada a ser fornecida em um lado proximal do filme voltado para o corpo. Se a porção de borda é formada tanto pela camada de contato com o corpo como pela camada de suporte, então a camada de suporte é presa ao lado distal oposto do filme da camada de contato com o corpo.
[00039] Adequadamente, a camada adesiva cobre pelo menos 90%, por exemplo substancialmente toda a superfície da película. A adesão à pele é desta forma aumentada, o que melhora a capacidade de permanência do curativo. Também ajuda a reduzir o atrito entre a pele do paciente e a superfície do curativo, quando uma pessoa desliza ou move os seus calcanhares na cama. Desta forma, a pele é impedida de se esticar.
[00040] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplificativa, a referida porção de borda tem um comprimento de flexão de pelo menos 32 mm conforme medido pelo método de teste SS-EN ISO 9073-7:1998, e adequadamente uma resistência à tração entre 3,5 e 10 N, preferivelmente entre 4 e 6 N em um alongamento de 25%, conforme medido por ASTM D 882-12. Essas características são importantes para a inspeção da pele. Um cuidador deve inspecionar regularmente a pele para estudar quaisquer diferenças na aparência da pele, o que pode indicar que uma úlcera por pressão está prestes a se desenvolver. Com o objetivo de melhorar o manuseio; isto é, a aplicação e reaplicação do curativo sobre a pele, é importante que a porção da borda tenha rigidez suficiente de modo que não enrole ou dobre contra si mesma durante a inspeção. Ao mesmo tempo, não deve ser demasiado rígida, uma vez que deve poder seguir e se conformar às superfícies contornadas da pele, por exemplo, o sacro. Por essa razão, a drapeabilidade (isto é, o comprimento de flexão) e a resistência à tração são fatores importantes e devem ser cuidadosamente equilibrados.
[00041] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplar, a película da camada de contato com o corpo é uma película perfurada. As perfurações na película podem formar um padrão regular. Isso permite que qualquer exsudado corporal ou outra umidade seja transportada para longe da pele.
[00042] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplar, a película revestida com a camada adesiva é uma película plástica. Materiais adequados para a película de plástico incluem, mas não estão limitados a películas à base de poliolefina respirável (como, por exemplo, polietileno), poliamida, poliuretano, poliéster e silicone. A película pode ter uma espessura de 15 a 100 μm, por exemplo, de 30 a 70 μm, por exemplo, de 45 a 60 μm. Adequadamente, a película é uma película fina de poliuretano.
[00043] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplar, a camada adesiva compreende um material hidrofóbico. Exemplos de adesivos adequados incluem, mas não estão limitados a, géis de silicone, adesivos de fusão a quente, adesivos de acrilato, géis de poliuretano e adesivos hidrocolóides. Em algumas incorporações, o adesivo é constituído por um material que não é irritante para a pele, por exemplo, um gel de silicone. Exemplos de géis de silicone adequados incluem os sistemas de RTV de dois componentes tais como Q72218 (Dow Corning) e SilGel 612 (Wacker Chemie AG) mencionados neste documento, bem como os elastômeros de silicone NuSil. Nas incorporações da invenção, o adesivo pode compreender um gel de silicone. Por exemplo, o adesivo pode compreender um gel de silicone macio tendo como suavidade (penetração) de 8 a 22 mm, tal como por exemplo de 12 a 17 mm, conforme medido por um método baseado em ASTM D 937 e DIN 51580.
[00044] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplar, os curativos médicos compreendem uma camada de liberação, destinada a ser removida antes da utilização. A camada de liberação pode ser colocada e fixada de modo destacável ao lado proximal da camada de contato com o corpo. Por "fixada de modo destacável", entende-se que a camada de liberação pode ser retirada do resto do curativo médico manualmente. A camada de liberação atua como uma barreira que pode proteger a esterilidade da almofada e qualquer adesivo (tal como a referida camada de adesivo) presente na superfície proximal da camada de contato com o corpo (e qualquer adesivo presente na camada de suporte e na almofada dependendo da sua extensão relativa à camada de contato com o corpo) antes que o curativo seja usado. A camada de liberação pode ser feita de qualquer um dentre uma variedade de materiais adequados conhecidos na tecnologia, tais como, por exemplo, polietileno, poliéster, polipropileno e papel revestido com silicone.
[00045] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplificativa, a camada de suporte pode ser tipicamente uma película fina, folha ou membrana que seja permeável ao vapor e à prova de água. Exemplos de materiais adequados para a camada de suporte incluem, mas não estão limitados a filmes de poliuretano respirável, poliéster, polietileno ou poliamida, filmes de silicone, materiais não tecidos à base de poliéster, e laminados de materiais não tecidos à base de poliéster, e películas de poliuretano. A camada de suporte pode ser colada na almofada e/ou na camada de contato com o corpo (por exemplo, na película revestida com uma camada adesiva no lado proximal), por exemplo, por meio de um adesivo tal como um adesivo sensível à pressão (tal como um adesivo acrílico). Em pelo menos algumas incorporações, a camada de suporte é coextensiva com a camada de contato com o corpo em que ambas as camadas têm as mesmas dimensões externas, e está ligada ao lado distal da película na porção de borda do curativo médico.
[00046] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplar, a almofada compreende um material que proporciona boa distribuição de pressão e manipulação de fluido. Por exemplo, a almofada pode compreender um material absorvente e adaptável, tal como, por exemplo, espumas e/ou materiais à base de celulose. A almofada pode compreender um material hidrofílico, por exemplo, uma espuma hidrofílica. Materiais de espuma adequados incluem, mas não estão limitados a espumas de poliuretano. Em algumas incorporações, a almofada compreende uma espuma porosa. Em algumas incorporações, a almofada é uma almofada de múltiplas camadas. Por exemplo, a almofada pode compreender duas ou mais camadas tendo diferentes propriedades laminadas em conjunto. Por exemplo, a almofada pode compreender uma primeira camada absorvente no seu lado proximal e uma segunda camada absorvente no seu lado distal, com a segunda camada absorvente sendo afixada à camada de suporte. Em algumas dessas incorporações, outra camada é disposta entre a primeira camada absorvente e a segunda camada absorvente, por exemplo, uma camada distribuidora de líquido, que pode agir para espalhar o líquido absorvido pela primeira camada absorvente e transmitir o líquido para a segunda camada absorvente. Em algumas incorporações, a primeira camada absorvente é constituída por uma espuma, por exemplo, uma espuma hidrofílica, tal como uma espuma de poliuretano hidrofílica. Em algumas incorporações, a segunda camada absorvente compreende um material superabsorvente, tal como fibras superabsorventes (SAF) ou polímeros superabsorventes (SAP). Por exemplo, fibras superabsorventes de poliacrílico podem ser adequadas. A segunda camada absorvente pode também compreender fibras de ligação, cujos exemplos não limitativos incluem fibras de poliéster, fibras de polietileno, fibras de polipropileno e misturas das mesmas. Alternativamente ou adicionalmente, a segunda camada absorvente pode compreender fibras de algodão. Em algumas incorporações, a camada de distribuição de líquido é mais fina do que ambas a primeira e a segunda camadas absorventes. Em algumas incorporações, a camada de distribuição de líquido é constituída por um material não tecido, tal como, por exemplo, viscose, poliéster ou ambos.
[00047] Como pode ser entendido a partir da descrição acima, em pelo menos algumas incorporações exemplificativas, o curativo médico compreende uma camada de suporte e uma camada de contato com o corpo. Em tal incorporação, qualquer aba de preensão ou abas de preensão podem ser formadas por pelo menos uma dentre a referida camada de suporte e a referida camada adesiva de contato com o corpo. Em pelo menos algumas incorporações exemplificativas, a aba de preensão ou abas de preensão podem ser formadas por ambas a camada de suporte e a camada adesiva de contato com o corpo, sendo a camada de suporte fixada ao lado distal da camada adesiva de contato com o corpo. Isso proporciona uma aba de preensão com uma estrutura de sanduíche. Deste modo, a camada de suporte pode ser fixada à película da camada adesiva de contato com o corpo, uma porção (ou porções) destas camadas combinadas formando uma aba de preensão (ou abas) que se projeta para o exterior a partir da porção de borda. Adequadamente, a camada de suporte pode se estender ininterruptamente desde a almofada até à aba de preensão.
[00048] Enquanto uma aba de preensão que tem uma estrutura de sanduíche fornece maior rigidez e controle de manuseio, tais benefícios também podem ser alcançados ao se projetar as camadas individuais com espessura adequadamente dimensionada. Deste modo, em pelo menos algumas incorporações, a aba de preensão é formada apenas pela camada adesiva de contato com o corpo (ou pela sua película), caso em que a aba de preensão se projeta para além da camada de suporte. Em algumas incorporações, o curativo médico pode ser fornecido sem qualquer camada de contato com o corpo, ou pelo menos sem qualquer camada de contato com o corpo na porção de borda, em que a camada de suporte pode ser adequadamente provida de um revestimento adesivo e a aba de preensão pode ser formada pela camada de suporte.
[00049] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplificativa, em cada lado do referido plano de simetria, a almofada é proporcionada com um respectivo entalhe em forma de cunha entre a primeira porção do curativo e a segunda porção do curativo, formando uma cintura da almofada na referida terceira porção do curativo. Isto é particularmente vantajoso para aplicar o curativo médico a um calcanhar. Em algumas incorporações, a porção de borda pode ser vazia de recortes correspondentes. No entanto, de acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, em cada lado do plano de simetria, a porção de borda é provida de um respectivo entalhe em forma de cunha entre a primeira porção do curativo e a segunda porção do curativo, formando uma cintura da porção de borda na referida terceira porção do curativo. Isso permite uma aplicação vantajosa da porção de borda a um calcanhar.
[00050] Embora em algumas incorporações apenas uma das porções de almofada e de borda tenha os referidos recortes em forma de cunha, em outras incorporações tanto a almofada como a porção de borda têm os recortes em forma de cunha entre a primeira porção do curativo e a segunda porção do curativo, formando a cintura da almofada e da porção de borda, respectivamente, na terceira porção do curativo. Em tais casos, o recorte em forma de cunha da almofada pode ser (ligeiramente) deslocado em relação ao recorte em forma de cunha da porção de borda. Adequadamente, o entalhe em forma de cunha da almofada pode ser deslocado mais para a primeira porção, enquanto o entalhe em forma de cunha do curativo pode ser deslocado mais para a segunda porção.
[00051] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplar, em cada lado do plano de simetria, a almofada tem uma primeira porção de aro substancialmente linear que se estende a partir da terceira porção do curativo para a primeira porção do curativo, e uma segunda porção de aro substancialmente linear que se estende a partir da terceira porção do curativo para a segunda porção do curativo. Os entalhes em forma de cunha acima mencionados da almofada podem, adequadamente, ser pelo menos parcialmente definidos pelas referidas primeira e segunda porções de aro substancialmente lineares da almofada. Em algumas incorporações, uma ou ambas das referidas primeira e segunda porções de aro substancialmente linear podem transitar para outras porções, as quais podem também fazer parte na definição das referidas reentrâncias em forma de cunha da almofada.
[00052] De acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, é formado um ângulo de 50° - 70°, adequadamente 55° - 65°, entre as direções de extensão das referidas primeira e segunda porções de aro. Isto é particularmente vantajoso no caso de o curativo médico ser aplicado a um calcanhar. Para proteger as partes relevantes do calcanhar, qualquer formação de lacunas nessas partes deve ser evitada. Se uma lacuna for formada, a capacidade de prevenção/mitigação da úlcera por pressão do curativo médico será amplamente reduzida. A gama de ângulos indicada acima entre as referidas primeira e segunda porções de aro linear substanciais da almofada é adequada para evitar a formação de folgas quando o curativo médico é colocado em um calcanhar. Um ângulo muito grande provavelmente resultaria em uma lacuna.
[00053] A primeira e a segunda porções de aro substancialmente linear podem adequadamente estar assimetricamente localizadas em relação a uma linha imaginária entre as duas, estendendo-se perpendicularmente ao referido plano de simetria. Verificou-se que tal assimetria entre a primeira e a segunda porções de aro substancialmente lineares é vantajosa porque permite que o curativo médico seja colocado em um calcanhar de uma maneira suficientemente satisfatória, mesmo que a equipe de enfermagem desloque ligeiramente o curativo médico em relação ao que seria considerada a posição de aplicação desejada do curativo médico.
[00054] A assimetria acima descrita da primeira e segunda porções de aro linear é refletida em, pelo menos, algumas incorporações exemplares, em que é formado um ângulo de 0° a 20° entre a direção de extensão da referida primeira porção de aro substancialmente linear e uma linha geométrica imaginária, a referida linha geométrica imaginária se estendendo entre as referidas primeira e segunda porções de aro substancialmente lineares e se estendendo perpendicularmente ao referido plano de simetria. Consequentemente, isto implica que em casos para os quais o ângulo total entre as direções de extensão das referidas primeira e segunda porções de aro é 50° - 70°, o ângulo entre a referida linha geométrica imaginária e a direção de extensão da referida segunda porção de aro substancialmente linear estaria na faixa de 30° - 70° (por exemplo, 30° - 50° se o ângulo total estiver no valor mais baixo, ou seja, 50° ou 50° - 70°, se o ângulo total estiver no valor mais alto, ou seja, 70°). A partir disto, pode ser entendido que o recorte em forma de cunha pode ser adequadamente deslocado mais para a segunda porção do que para a primeira porção do curativo médico.
[00055] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplificativa, em cada lado do plano de simetria, cada uma das referidas primeiras porções de aro substancialmente linear tem uma extremidade interior localizada mais próxima do plano de simetria e uma extremidade externa mais afastada do plano de simetria, em que a referida extremidade exterior da primeira porção de aro substancialmente linear em um lado do plano de simetria e a referida extremidade exterior da primeira porção de aro substancialmente linear no outro lado do plano de simetria são separadas uma da outra por uma distância de 9-16 cm, adequadamente 10-12 cm. Isso também reduz o risco de mal posicionamento do curativo médico, por exemplo, no calcanhar, e evita a formação de lacunas. Uma distância de separação abaixo de 9 cm irá arriscar a formação de lacunas quando o curativo médico é aplicado a um calcanhar adulto de tamanho normal. Uma distância de separação maior do que 16 cm resultaria em um curativo medial volumoso devido ao excesso de material. A distância de separação referida é normalmente medida perpendicularmente ao plano de simetria.
[00056] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplificativa, a referida almofada tem uma largura menor em uma direção perpendicular ao referido plano de simetria, sendo a referida menor largura na faixa de 3-4,5 cm. Deve ser entendido que a menor largura da almofada está normalmente localizada na terceira porção do curativo médico. Uma largura tão pequena é vantajosa, na medida em que a almofada, em uma posição aplicada em torno de um calcanhar, não possui ou tem apenas um pequeno excesso de material que se projeta para fora do calcanhar. Para um pé adulto normal, a totalidade ou a maior parte da almofada seguirá o contorno do calcanhar. Deste modo, o risco de volume e formação de bordas afiadas devido a dobras na almofada são grandemente reduzidos.
[00057] A combinação de cintura fina na terceira porção (isto é, um valor baixo para a menor largura da almofada) e um forte alargamento da almofada na primeira porção proporciona um ajuste vantajoso da almofada a um calcanhar. Não apenas a menor largura estreita evita a formação de partes volumosas no estado aplicado do curativo médico, mas o forte alargamento permite uma boa proteção nas bordas do calcanhar e reduz o risco de formação de folgas. Tal alargamento é refletido em pelo menos uma incorporação exemplificativa, segundo a qual a primeira porção do curativo médico tem, a uma distância de 1 cm da menor largura (Ws) da almofada, uma largura aumentada (Wi), a referida distância de 1 cm a ser medida ao longo da almofada e do plano ou eixo de simetria, em que tanto Ws como Wi são medidos perpendicularmente ao referido plano de simetria, em que o aumento
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[00058] está na faixa de 100% - 300%, adequadamente na faixa de 150% - 250%. Por exemplo, se Ws for 3 cm e Wi for 12 cm, o aumento será de 300%; se Ws for 4,5 cm e Wi for 9 cm, o aumento será de 100%; se Ws for 3,5 cm e Wi for 10 cm, o aumento será de 186%, e assim por diante.
[00059] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplificativa, o curativo médico é substancialmente em forma de borboleta. A porção de borda pode, deste modo, formar um contorno externo que se assemelhe substancialmente a uma forma de borboleta. Deve notar-se que parte da almofada, pode, pelo menos em parte, seguir o mesmo contorno. Por exemplo, em algumas incorporações exemplificativas, na primeira porção do curativo médico a almofada pode substancialmente se conformar com a forma da porção de borda, enquanto que na segunda porção do curativo médico, a almofada pode ter a mesma ou uma forma diferente comparada com a porção de borda. Por exemplo, na segunda porção do curativo médico, a almofada pode ter a forma de um triângulo truncado com dois cantos arredondados.
[00060] No caso do curativo médico ser substancialmente em forma de borboleta, a primeira porção pode formar um primeiro par de asas e a segunda porção pode formar um segundo par de asas, em que cada um dos referidos primeiro e segundo pares tem uma asa em um lado do referido plano de simetria e a outra asa do outro lado do referido plano de simetria. Tais porções de asa permitem uma aplicação vantajosa no calcanhar de um corpo humano.
[00061] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplificativa, um recesso é formado entre o referido par de asas. Adequadamente, o recesso pode ser definido por uma trajetória substancialmente em forma de U da parte da borda e/ou da almofada.
[00062] De acordo com pelo menos uma incorporação exemplificativa, a almofada segue uma trajetória substancialmente em forma de U a partir de uma das asas do referido primeiro par de asas para a outra das asas do referido primeiro par de asas. Em outras palavras, na primeira porção do curativo médico, as partes laterais da almofada se estendem para mais longe da terceira porção do curativo médico do que a porção central da almofada na primeira porção do curativo médico. Isto permite que as partes laterais da almofada (formando parte do referido primeiro par de asas) na primeira porção do curativo médico se prolonguem até e protejam os maléolos de um pé humano. Adequadamente, a porção de borda pode ter um contorno similar. Desta maneira, de acordo com pelo menos uma incorporação exemplificativa, o contorno da porção de borda segue uma trajetória substancialmente em forma de U a partir de uma das asas do referido primeiro par de asas para a outra das asas do referido primeiro par de asas.
[00063] As trajetórias substancialmente em U, acima mencionadas, da almofada e/ou da porção de borda podem, de um modo adequado, ser tais que as pernas da forma em U sejam dirigidas obliquamente em relação ao plano de simetria.
[00064] Embora uma trajetória substancialmente em forma de U entre o primeiro par de asas tenha sido sugerido acima, a configuração do primeiro par de asas pode ser definida de forma diferente para, pelo menos, algumas incorporações exemplificativas. De acordo com pelo menos algumas incorporações exemplificativas, a almofada tem um eixo geométrico de simetria que coincide com o referido plano de simetria, o referido eixo de simetria definindo uma direção axial, em que a primeira porção do curativo compreende uma (primeira) porção intermediária que se estende a partir de uma das asas do referido primeiro par de asas, através do referido plano de simetria, para a outra das asas do referido primeiro par de asas, em que, visto na referida direção axial, cada uma das asas do referido primeiro par de asas se estende para além da referida (primeira) porção intermediária de tal modo que, em uma direção perpendicular ao referido plano de simetria, existe um vazio entre o referido primeiro par de asas. Adequadamente, tanto a almofada como a porção de borda estão presentes no referido primeiro par de asas, de modo que, no primeiro par de asas, ambas a almofada e a porção de borda se estendem para além da referida (primeira) parte intermediária.
[00065] Pelo menos para algumas incorporações exemplificativas, uma definição semelhante é aplicável à segunda porção do curativo médico. Deste modo, de acordo com pelo menos algumas incorporações exemplificativas, a almofada tem um eixo geométrico de simetria coincidente com o referido plano de simetria, o referido eixo de simetria definindo uma direção axial, em que a segunda porção do curativo compreende uma (segunda) porção intermediária que se estende a partir de uma das asas do referido segundo par de asas, através do referido plano de simetria, para a outra das asas do referido segundo par de asas, em que, vista na direção axial, cada uma das asas do referido segundo par de asas se estendem para além da referida (segunda) porção intermediária, de tal modo que, em uma direção perpendicular ao referido plano de simetria, existe um vazio entre o referido segundo par de asas.
[00066] Como foi explicado acima, de acordo com pelo menos algumas incorporações exemplares, o curativo médico pode ter mais de uma aba de preensão. Para as configurações incluindo o primeiro e o segundo pares de asas acima mencionados, foi considerado particularmente vantajoso fornecer abas de preensão no segundo par de asas, pois estas serão normalmente as que a equipe de enfermagem levantará da pele primeiro, ao verificar o desenvolvimento de úlceras por pressão. Isto é refletido em pelo menos algumas incorporações exemplificativas, de acordo com as quais a aba de preensão é uma primeira aba de preensão que se projeta para fora a partir da porção de borda de uma das asas do referido segundo par de asas, em que o curativo médico compreende ainda uma segunda aba de preensão que se projeta para fora a partir da porção de borda da outra do referido segundo par de asas.
[00067] Adequadamente, no caso de mais de uma aba de preensão estar presente, todo o curativo médico pode ter um plano de simetria. Por exemplo, duas abas podem ser localizadas como imagens de espelho, em relação uma à outra, em ambos os lados de tal plano de simetria. Isto é refletido em pelo menos uma incorporação exemplificativa da invenção, segundo a qual a porção de borda tem um plano geométrico de simetria que coincide com o referido plano de simetria da almofada. A aba de preensão é tipicamente feita em uma peça única com e se projeta para fora da borda. A aba de preensão pode ser feita dos mesmos materiais que a porção de borda, por exemplo, pode ser feita a partir da camada de suporte e da camada de contato com o corpo. Alternativamente, a aba de preensão pode ser reforçada por uma camada de material adicional, por exemplo, um não- tecido ou uma película para tornar a aba mais rígida e mais fácil de segurar. Nas incorporações, toda a porção de borda, ou pelo menos partes da mesma, podem ser reforçadas pela aplicação de uma porção de material adicional nas porções de borda. A aba de preensão pode ser coberta pela camada adesiva de contato com o corpo. Também é concebível não haver nenhuma camada adesiva sob a aba de preensão do curativo. A aba de preensão pode ser de várias formas, incluindo quadrada, retangular, triangular ou arredondada. O tamanho e as dimensões da aba de preensão também podem ser ajustados. A aba de preensão deve ser dimensionada para ser fácil de segurar com o polegar e outro dedo. No caso de uma aba de preensão arredondada ou semicircular, o raio pode estar no intervalo de 5 mm a 20 mm, por exemplo, de 8 mm a 15 mm. De acordo com pelo menos uma incorporação exemplificativa, a área superficial da ou de cada aba de preensão está entre 0,4 e 6 cm2, adequadamente entre 1 e 3,5 cm2. O tamanho da aba é naturalmente dependente do tamanho do curativo. A aba deve ter um tamanho que guie o usuário para vê-la e segurá-la adequadamente para a inspeção.
Breve descrição dos desenhos
[00068] A FIG. 1 é uma vista em perspectiva de um curativo médico de acordo com pelo menos uma incorporação exemplificativa da invenção.
[00069] A FIG. 2 é uma vista em planta superior do curativo médico ilustrado na FIG. 1.
[00070] A FIG. 3 é uma vista detalhada do curativo médico ilustrado nas FIGs. 1 e 2.
[00071] As FIGs. 4a-4g ilustram um procedimento para aplicar o curativo médico ilustrado nas FIGs. 1 e 2 em um calcanhar.
[00072] A FIG. 5 ilustra apenas a almofada do curativo médico nas FIGs. 1 e 2, e sua configuração quando aplicada sobre um calcanhar.
Descrição detalhada dos desenhos
[00073] As FIGs. 1 e 2 ilustram um curativo médico 1 de acordo com, pelo menos, uma incorporação exemplificativa da invenção. Embora o curativo médico 1 possa ser aplicado a várias áreas do corpo humano,a incorporação ilustrada é particularmente adequada para a aplicação em um calcanhar para a prevenção/mitigação de úlceras por pressão.
[00074] O curativo médico 1 compreende uma almofada 3 que, no seu estado aplicado, se destina a cobrir uma área do corpo humano (tal como o calcanhar) onde pode ocorrer o desenvolvimento de uma úlcera por pressão. A almofada 3 é uma medida preventiva, que reduz o risco de desenvolvimento de úlceras por pressão na área coberta pela almofada 3. A almofada 3 é, portanto, feita adequadamente de um material de alívio de pressão, tal como os materiais exemplificados anteriormente nesta especificação.
[00075] A almofada 3 está rodeada por uma porção de borda substancialmente plana 5 que se estende ao longo do contorno da almofada 3. A porção de borda 5 formará, desse modo, uma borda periférica 7 do curativo médico 1. Na presente ilustração, a porção de borda 5 forma uma curva fechada em torno da almofada 3, no entanto, deve ser entendido que em outras incorporações, a porção de borda 5 pode ser interrompida ao longo do contorno da almofada 3, tal como na área mais estreita 9 da almofada 3.
[00076] O contorno do curativo médico 1 ilustrado assemelha-se a uma forma de borboleta, em que o curativo médico 1 tem uma primeira porção 11 tendo uma primeira largura W1, uma segunda porção 12 tendo uma segunda largura W2, e uma terceira porção 13 tendo uma terceira largura W3. A área mais estreita 9 acima mencionada da almofada 1 está localizada na terceira porção 13 do curativo médico 1. Se o curativo médico 1 não tiver uma porção de borda na referida terceira porção 13, então o material da almofada 3 deve ser adequadamente vedado, como por soldagem, para evitar a perda de material da almofada. No presente exemplo, a primeira largura W1 é a largura máxima da primeira porção 11, a segunda largura W2 é a largura máxima da segunda porção 12, e a terceira largura W3 é a largura máxima da terceira porção. A terceira largura W3 é menor do que cada uma dentre a primeira largura W1 e a segunda largura W2.
[00077] A almofada 3 tem um plano geométrico de simetria P, isto é, a parte da almofada 3 de um lado do plano de simetria P é espelhada pela parte do outro lado do plano de simetria P. Na incorporação ilustrada, a porção de borda 5 partilha o mesmo plano de simetria P, e o mesmo acontece com todo o curativo médico 1. As referidas primeira, segunda e terceira larguras W1, W2, W3, se prolongam em uma direção perpendicular ao referido plano de simetria P. Esta direção também pode ser referida como uma direção lateral (ou em coordenadas cartesianas poderia ser, por exemplo, uma direção x). O curativo médico 1 também se estende na direção longitudinal (em coordenadas cartesianas poderia, por exemplo, ser uma direção y) que coincide e é paralela ao referido plano de simetria. As coordenadas x e y foram indicadas na FIG. 2.
[00078] O curativo médico 1 compreende duas abas de preensão 15 que são coplanares com a porção de borda 5 e que se projetam para fora a partir da referida porção de borda 5. Deverá ser notado que em incorporações em que uma das abas de preensão 15 é omitida, a almofada inalterada 3 ainda tem o referido plano de simetria P, mas o curativo médico 1 inteiro deixará de partilhar isto (a menos que a única aba de preensão esteja localizada ao longo do referido plano de simetria da almofada). Na incorporação ilustrada, as abas de preensão 15 estão localizadas na referida segunda porção 12; no entanto, como explicado anteriormente nesta descrição, as abas de preensão 15 podem ser distribuídas de várias maneiras diferentes. Nas incorporações ilustradas, nenhuma outra parte do curativo médico 1 se prolonga para além das abas de preensão 15, como se vê na extensão longitudinal do curativo médico 1 (isto é, como se vê na direção y).
[00079] Cada uma das referidas primeira, segunda e terceira larguras W1, W2, W3, se estende a partir de um ponto respectivo da referida borda periférica 7 em um lado do referido plano de simetria P até um ponto respectivo da referida borda periférica do outro lado do referido plano de simetria P, e em que cada uma das referidas primeira, segunda e terceira larguras W1, W2, W3, se estende perpendicularmente ao referido plano de simetria P. A terceira porção 13 está localizada entre e adjacente à referida primeira porção 11 e à referida segunda porção 12, e deve ser notado que a terceira largura W3 é menor do que cada uma dentre a primeira largura W1 e a segunda largura W2.
[00080] A primeira largura, W1, pode estar no intervalo de 16 a 25 cm, por exemplo, de 20 a 22 cm. A segunda largura, W2, pode estar no intervalo de 17 a 26 cm, por exemplo, de 21 a 23 cm. A terceira largura, W3, pode estar no intervalo de 12 a 17 cm, por exemplo, de 13 a 15 cm.
[00081] Embora a incorporação ilustrada tenha uma forma de borboleta, deve ser entendido que outras formas que tenham uma terceira porção central 13 mais estreita e uma primeira e segunda porções 11, 12, adjacentes mais largas são também concebíveis. O conceito inventivo geral é baseado na combinação de fornecer o curativo médico com uma terceira porção central mais estreita, bem como com pelo menos uma aba de preensão, o que resulta em um curativo médico que é facilmente destacável e reaplicável, mesmo para áreas do corpo desafiadoras tais como o calcanhar.
[00082] O curativo médico 1 ilustrado tem uma camada adesiva de contato com o corpo 20, que está adaptada para estar em contato com a pele. Distalmente da camada de contato com o corpo, o curativo médico tem uma camada de suporte 26. A almofada 3 está disposta entre a camada de suporte 26 e a camada de contato com o corpo 20. A extensão radial da almofada 3 é menor do que a extensão radial da camada de suporte 26 e da camada de contato com o corpo 20. Deste modo, a camada de suporte 26 e a camada de contato com o corpo 20 se estendem para além da periferia da almofada 3 para definir a porção de borda 5, que se estende ao longo do contorno da almofada 3.
[00083] A FIG. 3 é uma vista detalhada do curativo médico 1 ilustrado nas FIGs. 1 e 2, mostrando uma vista em corte transversal da porção de borda 5 do curativo médico 1. Como pode ser visto na FIG. 3, a camada de contato com o corpo 20 inclui uma película 22 que no seu lado proximal é revestida com uma camada adesiva 24. Como mencionado acima, a camada de suporte 26 define a porção de borda 5 em conjunto com a camada de contato com o corpo 20 e, como visto na figura, a camada de suporte 26 é fixada ao lado distal da película 24. Embora a camada de contato com o corpo 20 possa adequadamente se estender através de todo o curativo médico 1, é concebível ter outras incorporações nas quais a camada de contato com o corpo 20 está presente apenas na porção de borda 5, ou presente na porção de borda 5 e apenas se estendendo parcialmente através da almofada 3. Por outras palavras, em algumas incorporações exemplificativas, a almofada 3 pode estar em contato direto com as áreas do corpo humano.
[00084] Como pode ser visto na FIG. 3, a camada de contato com o corpo 20 (por exemplo, a película 22 combinada com a camada adesiva 24) pode ser adequadamente provida de perfurações 28 de modo a permitir que a umidade seja transportada para longe da pele. Adequadamente, a almofada 3 pode compreender um material absorvente (por exemplo, distribuído em uma ou mais camadas da almofada) para a absorção da umidade que atravessou as perfurações 28.
[00085] A FIG. 3 também ilustra um revestimento de liberação disposto proximamente 30 (também indicado na FIG. 1) para proteger a camada adesiva 24 da camada de contato com o corpo 20. O curativo médico 1 pode ser proporcionado com um ou mais desses revestimentos de liberação. O um ou mais revestimentos de liberação é/são removidos antes ou durante a aplicação do curativo médico em uma área do corpo humano.
[00086] Adequadamente, a camada adesiva 24, cobre pelo menos 75% da superfície da película 22. Por conseguinte, o um ou mais revestimentos de liberação 30 cobrirão adequadamente pelo menos a área correspondente. Em algumas incorporações exemplificativas, toda a superfície proximal da película 22 é revestida com uma camada adesiva 24, caso em que uma ou mais camadas de liberação 30 se estenderão por todo o lado proximal da camada de contato com o corpo (veja, por exemplo, as FIGs. 4a e 4b, em que cinco revestimentos de liberação 30a-30e são proporcionados para cobrir todo o lado proximal da camada de contato com o corpo 20).
[00087] Voltando para as FIGs. 1 e 2, as abas de preensão 15 são aqui ilustradas como sendo feitas em uma só peça com a referida porção de borda 5, o que pode ser benéfico de uma perspectiva de fabricação. No entanto, em pelo menos algumas incorporações exemplares, a uma ou mais abas de preensão 15 do curativo médico 1 podem ser feitas de um material diferente (ou o mesmo) e ligada à porção de borda 5. Uma função da uma ou mais abas de preensão 15 é fornecer uma indicação visual ou orientação para a equipe de enfermagem, para que eles saibam onde começar a destacar a porção de borda 5 da pele, com o objetivo de permitir a inspeção visual da condição da área do corpo sob a almofada 3. Como tal, cada aba de preensão 15, apesar de apresentar uma área superficial relativamente pequena, distingue-se distintamente da porção de borda 5. A aba de preensão ou abas 15 que se projetam a partir da porção de borda 5 pode ter uma área superficial entre 0,4 e 6 cm2, adequadamente entre 1 e 3 cm2. O tamanho da aba é naturalmente dependente do tamanho do curativo. A aba deve ter um tamanho que guie o usuário para vê-la e segurá-la adequadamente para a inspeção.
[00088] No curativo médico 1 ilustrado em forma de borboleta, a primeira porção 11 forma um primeiro par de asas 32, 34, e a segunda porção 12 forma um segundo par de asas 36, 38. Cada um dos referidos primeiro e segundo pares tem uma asa (32 e 36, respectivamente) em um lado do referido plano de simetria P e a outra asa (34 e 38, respectivamente) no outro lado do referido plano de simetria P. Existe uma aba de preensão 15 em cada asa do referido segundo par de asas 36, 38. Tal como explicado anteriormente nesta aplicação, outras distribuições de abas de preensão também são concebíveis. Por exemplo, podem ser adicionadas duas abas de preensão adicionais, uma para cada uma das asas do referido primeiro par de asas 32, 34.
[00089] Se o curativo médico 1 fosse inscrito ou colocado em um retângulo de modo a que as quatro asas 32, 34, 36, 38, ficassem tão próximas quanto possível dos respectivos quatro cantos do retângulo, então as abas de preensão 15 apontariam substancialmente diagonalmente em relação ao retângulo. Isto é refletido em pelo menos uma incorporação exemplificativa, de acordo com a qual pelo menos uma aba de preensão 15 se projeta a partir da porção de borda 5 obliquamente em relação ao plano de simetria P, por exemplo, nem em paralelo nem em perpendicular ao plano de simetria P. Adequadamente, pelo menos uma aba de preensão 15 pode se projetar a partir da porção da borda em um ângulo α de 20° - 70°, tal como 30° - 60° em relação ao plano de simetria P.
[00090] Como melhor se vê na FIG. 2, o contorno da porção de borda 5 segue uma trajetória substancialmente em forma de U a partir de uma das asas 32 do referido primeiro par de asas para a outra das asas 34 do referido primeiro par de asas. As pernas 42, 44, da trajetória em forma de U se prolongam obliquamente para o plano de simetria P, enquanto a parte de interligação 46 da trajetória em forma de U se prolonga substancialmente perpendicularmente ao plano de simetria P.
[00091] Na primeira porção 11 do curativo médico 1, a referida trajetória em forma de U da porção da borda é imitada pela almofada 3 que tem uma trajetória em forma de U que se estende, definida por duas pernas 52, 54, da forma em U e uma parte de interconexão 56.
[00092] Embora esta descrição discuta principalmente um plano de simetria da almofada P, deve ser entendido que a almofada 3 também tem um eixo geométrico de simetria coincidindo com o referido plano de simetria P. Deste modo, a linha de simetria P indicada na vista da planta superior da FIG. 2 é representativa tanto do plano de simetria como do eixo de simetria.
[00093] A segunda porção 12 do curativo médico 1 compreende uma porção intermediária 37 que se estende a partir de uma 36 das asas do referido segundo par de asas através do referido plano de simetria P, até à outra 38 das asas do referido segundo par de asas. Como visto na direção axial (por exemplo, na direção do eixo de simetria ou nas direções paralelas ao eixo de simetria), cada uma das asas 36, 38, do referido segundo par de asas se estende para além da referida porção intermediária 37. Isto é, as asas 36, 38, se estendem para mais longe das primeira e terceira porções 11, 13, do que a referida porção intermediária 37. Isto resulta em um vazio 39 estando presente entre o referido segundo par de asas 36, 38, (visto em uma direção perpendicular ao referido plano de simetria P). Pode-se dizer que uma configuração semelhante está presente na primeira porção 11 do curativo médico 1, uma vez que o primeiro par de asas 32, 34, se prolonga para além de uma porção intermediária 33 na primeira porção 11 do curativo 1, criando desta forma um espaço vazio 35, isto é, o espaço entre as pernas 42, 44, da trajetória em forma de U da porção de borda 5.
[00094] As trajetórias em forma de U 42, 44, 46, 52, 54, 56, acima mencionadas, bem como a configuração das asas 36, 38, que se estendem na segunda porção 12 facilitam a dobragem e a conformação do curativo médico 1 a um calcanhar. A configuração ilustrada é ainda benéfica pelo fato de as partes laterais 62, 64, da almofada 3 (que fazem parte da primeira das asas 32, 34, respectivamente) estarem adaptadas para cobrir os maléolos do calcanhar, que podem, de outra forma, estar em risco de desenvolvimento de úlceras por pressão (por exemplo, se uma pessoa está deitada de lado e não de costas). A partir da terceira porção 13 do curativo médico, uma porção de almofada substancialmente triangular 66 se estende para a segunda porção 12 do curativo médico 1. A forma substancialmente triangular é truncada na terceira porção 13 do curativo médico 1 e é adequadamente provida de peças de canto de forma arredondada ou não afiadas 68 na segunda porção 12. No estado aplicado do curativo médico 1, as peças de canto arredondadas 68 da segunda porção 12 serão dobradas a partir da sola do pé para cobrir a borda do calcanhar lateral (ilustrado na FIG. 5), que também é uma área onde as úlceras por pressão têm tendência a se desenvolver.
[00095] Continuando com a FIG. 2, pode ser notado que na incorporação ilustrada e em outras incorporações exemplares, a borda periférica 7 da porção de borda na segunda porção 12 do curativo pode ter a seguinte configuração. A borda periférica 7 em cada uma das asas 36, 38, do referido segundo par de asas pode transitar a partir da asa para a porção intermediária 37 através de uma respectiva concavidade 70 na borda periférica 7. Isto também facilita a dobragem e o manuseamento do curativo médico 1 durante a aplicação e/ou reaplicação (após a inspeção visual da área do corpo relevante).
[00096] Voltando agora para a área mais estreita 9 da almofada, em cada lado do plano de simetria, a almofada 3 está provida de um entalhe em forma de cunha 72 entre a primeira porção 11 do curativo e a segunda porção 12 do curativo 1. A menor largura Ws da almofada 3 na referida área mais estreita 9 pode estar apropriadamente no intervalo de 3-4,5 cm. A uma distância de 1 cm da menor largura Ws da almofada 3, a almofada 3 tem uma largura aumentada Wi na primeira porção 11. O aumento na largura, ou seja, (Wi-Ws)/Ws está na faixa de 100% - 300%, adequadamente na faixa de 150% - 250%.
[00097] Os entalhes em forma de cunha 72 formam a cintura da almofada 3 na referida terceira porção 13 do curativo médico 1. Uma cintura semelhante é formada também na porção de borda 5 por entalhes em forma de cunha 74 correspondentes. Como visto na FIG. 2, os entalhes em forma de cunha 72 da almofada 3 podem ser ligeiramente deslocados em relação aos entalhes em forma de cunha 74 da porção de borda 5, de modo que os entalhes em forma de cunha 72 da almofada 3 estão localizadas mais para a primeira porção 11 do curativo médico 1, enquanto que os entalhes em forma de cunha 74 da porção de borda 5 estão localizados mais para a segunda porção 12 do curativo médico 1. Isto permite uma boa aplicação da porção de borda 5 em torno de um calcanhar.
[00098] Na incorporação ilustrada, e também em outras incorporações exemplares, cada entalhe em forma de cunha 72 da almofada 3 pode ser, pelo menos parcialmente, formado por uma primeira porção de aro substancialmente linear 81 que se estende a partir da terceira porção 13 do curativo médico 1 até à primeira porção 11 do curativo médico 1, e uma segunda porção de aro substancialmente linear 82 que se prolonga a partir da terceira porção 13 do curativo médico 1 até à segunda porção 12 do curativo médico 1. Um ângulo β de 50° - 70°, adequadamente 55° - 65°, pode ser formado entre as direções de extensão das referidas primeira e segunda porções de aro substancialmente lineares 81, 82.
[00099] Uma linha geométrica imaginária pode ser desenhada entre as referidas primeira e segunda porções de aro substancialmente lineares 81, 82, em que a linha geométrica imaginária se estende perpendicularmente ao referido plano de simetria. Relativamente a uma tal linha geométrica imaginária, cada primeira porção de aro substancialmente linear 81 forma um ângulo Φ de 0° - 20°. Este ângulo relativamente pequeno ou sem ângulo Φ foi encontrado para fornecer um bom encaixe da almofada 3 em torno de um calcanhar. As extremidades externas 83 das primeiras porções de aro substancialmente lineares podem ser separadas umas das outras por uma distância de 9-16 cm, adequadamente 10-12 cm.
[000100] As FIGs. 4a-4g ilustram um procedimento para aplicar o curativo médico ilustrado nas FIGs. 1 e 2 em um calcanhar. Deve ser notado que, para a incorporação ilustrada, a camada de contato com o corpo 20 perfurada se estende ao longo de todo o lado proximal do curativo médico. Deste modo, existem perfurações presentes na parte central que cobre a almofada e nas porções de borda. No entanto, por uma questão de clareza, nas FIGs. 4a-4g, as perfurações não foram indicadas na parte central da camada de contato com o corpo que cobre a almofada; as perfurações 28 foram indicadas apenas na porção de borda.
[000101] Começando com a FIG. 4a, pode ser notado que na incorporação ilustrada, são proporcionados cinco revestimentos de liberação 30a-30e (quatro dos quais, 30a-30d sendo visíveis), nomeadamente um revestimento de liberação central 30a e quatro revestimentos de liberação de asa 30b- 30d. O revestimento de liberação central 30a é removido primeiro, revelando o lado proximal da camada adesiva de contato com o corpo 20 perfurada. Na FIG. 4b, a parte revelada da camada de contato com o corpo aplicada na parte posterior do calcanhar, as duas porções de revestimento de liberação da asa 30b, 30c, na primeira porção do curativo médico são removidas e o primeiro par de asas é dobrado para os lados laterais do pé, em particular de modo a que a almofada cubra os maléolos. Na FIG. 4c, a porção de borda na primeira porção do curativo é aplicada e é suavizada em diferentes direções para evitar ou reduzir o número de rugas na porção de borda. Na FIG. 4d, a segunda porção do curativo é dobrada em direção à sola do pé e na FIG. 4e os dois revestimentos de liberação da asa 30d, 30e, na segunda porção do curativo, são removidos de modo a que o segundo par de asas possa ser dobrado sobre as bordas laterais do calcanhar. Na FIG. 4f, a porção da borda da segunda porção do curativo médico é suavizada em diferentes direções. A FIG. 4g ilustra o estado final aplicado, a partir do qual se pode deduzir que o segundo par de asas 36, 38, se sobrepõe parcialmente ao primeiro par de asas 32, 34. A aba de preensão 15, no entanto, distintamente se projeta a partir da porção de borda 5 e do resto do curativo médico e fornece uma indicação clara para a equipe de enfermagem de onde começar a retirar o curativo para inspeção visual do calcanhar, quando se deseja verificar o estado da pele no calcanhar.
[000102] Deve notar-se que em vez de ter cinco revestimentos de liberação 30a-30e, como ilustrado nas FIGs. 4a-4b, o curativo médico ilustrado (e outras incorporações) pode ter um número diferente de revestimentos de liberação. Por exemplo, em algumas incorporações exemplares, o número de revestimentos de liberação pode ser três. Em outras incorporações exemplificativas, o número de revestimentos de liberação pode ser superior a cinco, tal como, por exemplo, seis revestimentos de liberação.
[000103] Na FIG. 5, por motivos de clareza e por razões explicativas, apenas a almofada real 3 é mostrada. As partes laterais 62, 64, da almofada 3 no primeiro par de asas cobrem os maléolos. As peças de canto 66, 68, na segunda porção do curativo médico cobrem a borda do calcanhar. O ângulo β e/ou Φ (veja a FIG. 2) entre a primeira porção de aro substancialmente linear 81 e a segunda porção de aro substancialmente linear 82 é tal que no estado aplicado, as referidas porções de aro 81, 82, podem encostar-se umas às outras, deste modo evitando qualquer lacuna ao redor do calcanhar.

Claims (16)

1. Curativo médico (1), caracterizado pelo fato de que compreende: uma almofada (3) com um plano geométrico de simetria (P), uma porção de borda substancialmente plana (5) que se estende ao longo do contorno da almofada, a porção de borda formando uma borda periférica (7) do curativo médico, em que o curativo médico compreende: - uma primeira parte (11) tendo uma primeira largura (W1), que é a largura máxima da primeira porção, - uma segunda parte (12) tendo uma segunda largura (W2), que é a largura máxima da segunda porção, e - uma terceira parte (13) tendo uma terceira largura (W3), que é a largura máxima da terceira porção, em que cada uma das referidas primeira, segunda e terceira larguras se estende a partir de um ponto respectivo da referida borda periférica em um lado do referido plano de simetria para um ponto respectivo da referida borda periférica no outro lado do referido plano de simetria, e em que cada uma das referidas primeira, segunda e terceira larguras se estende perpendicularmente em relação ao referido plano de simetria, em que a referida terceira porção está localizada entre e adjacente à referida primeira porção e à referida segunda porção, em que a referida terceira largura é menor do que cada uma dentre a referida primeira largura e referida segunda largura, em que o curativo médico compreende uma aba de preensão (15) que é coplanar com a referida porção de borda e que se projeta para o exterior a partir da referida porção de borda.
2. Curativo médico (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o curativo médico tem uma extensão longitudinal em um sentido longitudinal (y) que coincide e corre em paralelo com o referido plano geométrico de simetria (P), e uma extensão lateral em um sentido lateral (x) que corre perpendicularmente ao referido plano geométrico de simetria, em que a referida aba de preensão (15) se projeta a partir da referida porção de borda (5) pelo menos na referida direção longitudinal de modo a que nenhuma outra parte do curativo médico se prolongue para além da referida aba de preensão na referida direção longitudinal.
3. Curativo médico (1) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que compreende - uma camada de suporte (26), e - uma camada adesiva de contato com o corpo (20),em que a almofada (3) está disposta entre a referida camada de suporte e a referida camada de contato com o corpo, em que a referida camada de suporte e a referida camada de contato com o corpo se estendem para além da periferia da referida almofada para definir a referida porção de borda (5), que se estende ao longo do contorno da referida almofada.
4. Curativo médico (1), de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que a referida camada adesiva de contato (20) com o corpo compreende uma película (22) revestida com uma camada adesiva (24), em que a referida camada adesiva cobre pelo menos 75% da superfície da referida película.
5. Curativo médico (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 4, caracterizado pelo fato de que a referida porção de borda (5) tem um comprimento de flexão de pelo menos 32 mm, conforme medido pelo método de teste padrão SS-EN ISO 90737:1998, e adequadamente uma resistência à tração entre 3,5 e 10 N, preferencialmente entre 4 e 6 N em um alongamento de 25%, conforme medido pelo método de teste padrão ASTM D 882-12.
6. Curativo médico (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 5, caracterizado pelo fato de que a referida aba de preensão (15) é feita de uma só peça com a referida porção de borda (5).
7. Curativo médico (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que em cada lado do referido plano de simetria (P), a almofada (3) é provida de um respectivo recorte em forma de cunha (72) entre a primeira porção (11) do curativo e a segunda porção (12) do curativo, formando uma cintura da almofada na referida terceira porção (13) do curativo.
8. Curativo médico (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que em cada lado do plano de simetria (P), a almofada (3) tem uma primeira porção de aro substancialmente linear (81) que se estende desde a terceira porção (13) do curativo até à primeira porção (11) do curativo e uma segunda porção de aro substancialmente linear (81) que se prolonga desde a terceira porção do curativo até à segunda porção(12) do curativo.
9. Curativo médico(1), de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que um ângulo de 50° - 70°, apropriadamente 55° - 65°, é formado entre as direções de extensão das referidas primeira e segunda porções de aro substancialmente lineares (81, 82).
10. Curativo médico (1), de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizado pelo fato de que forma-se um ângulo de 0° a 20° entre a direção de extensão da referida primeira porção de aro substancialmente linear (81)e uma linha geométrica imaginária, prolongando-se a referida linha geométrica imaginária entre as referidas primeira e segunda porções de aro substancialmente linear (81, 82) e prolongando-se perpendicularmente ao referido plano de simetria (P).
11. Curativo médico (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 10, caracterizado pelo fato de que em cada lado do plano de simetria (P), cada uma das referidas primeiras porções de aro substancialmente linear (81, 82) tem uma extremidade interior localizada mais próxima do plano de simetria e uma extremidade externa (83) mais afastada do plano de simetria, em que a referida extremidade exterior da primeira porção de aro substancialmente linear (81) em um lado do plano de simetria e a referida extremidade exterior da primeira porção de aro substancialmente linear no outro lado do plano de simetria são separadas, uma da outra, por uma distância de 916 cm, adequadamente 10-12 cm.
12. Curativo médico (1), de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a referida almofada (3) tem uma largura menor (Ws) em uma direção perpendicular ao referido plano de simetria (P), sendo a referida menor largura na gama de 3-4,5 cm.
13. Curativo médico (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o curativo médico é substancialmente em forma de borboleta, formando a primeira porção (11) um primeiro par de asas (32, 34), formando a segunda porção (12) um segundo par de asas (36, 38), em que cada um dos referidos primeiro e segundo pares tem uma asa em um lado do referido plano de simetria e outra asa do outro lado do referido plano de simetria (P).
14. Curativo médico (1), de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que o contorno da porção de borda (5) segue uma trajetória substancialmente em forma de U a partir de uma das asas do referido primeiro par de asas (32, 34) para a outra das asas do referido primeiro par de asas.
15. Curativo médico (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 14, caracterizado pelo fato de que a almofada (3) tem um eixo geométrico de simetria coincidente com o referido plano de simetria, definindo o referido eixo de simetria uma direção axial, em que a segunda porção (12) do curativo compreende uma porção intermediária (37) que se prolonga a partir de uma das asas do referido segundo par de asas, através do referido plano de simetria (P), para a outra das asas (36, 38) do referido segundo par de asas, em que, visto na referida direção axial, cada uma das asas do referido segundo par de asas se estende para além da referida porção intermediária, de tal modo que em uma direção perpendicular ao referido plano de simetria, existe um vazio entre o referido segundo par de asas.
16. Curativo médico (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 15, caracterizado pelo fato de que a referida aba de preensão (15) é uma primeira aba de preensão que se projeta para fora a partir da porção de borda (5) de uma das asas do referido segundo par de asas (36, 38), em que o curativo médico compreende ainda uma segunda aba de preensão que se projeta para fora da porção de borda do outro do referido segundo par de asas.
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