BR112016006916B1 - Lâmina estacionária para um conjunto de lâmina de um aparelho de corte de pelos, conjunto de lâmina para um aparelho de corte de pelos, e, aparelho de corte de pelos - Google Patents

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Abstract

lâmina estacionária para um conjunto de lâmina de um aparelho de corte de pelos, conjunto de lâmina para um aparelho de corte de pelos, e, aparelho de corte de pelos a presente invenção refere-se a um aparelho de corte de pelos (10), a um conjunto de lâmina (20) para um aparelho de corte de pelos (10) e a uma lâmina estacionária (22) para o dito conjunto de lâmina (20), sendo que a dita lâmina compreende uma primeira porção de parede (44) e uma segunda porção de parede (46), em que cada uma define uma primeira superfície (80, 82, 84) e uma segunda superfície (86, 88, 90) voltada na direção oposta à primeira superfície (80, 82, 84), e uma porção de parede intermediária (48) disposta entre a primeira e a segunda porções de parede (46), em que a primeira porção de parede (44), a segunda porção de parede (46) e a porção de parede intermediária (48) definem conjuntamente pelo menos uma borda anterior dentada (32, 34), em que as primeiras superfícies (80, 82) da primeira porção de parede (44) e da segunda porção de parede (46) estão voltadas uma para a outra, pelo menos em suas bordas anteriores (32, 34), a primeira porção de parede (44), a segunda porção de parede (46) e a porção de parede intermediária (48) são interconectadas em suas pontas (38) para definir uma pluralidade de dentes (40), em que as primeiras superfícies (80, 82) da primeira porção de parede (44) e da segunda porção de parede (46) definem entre si uma fenda de guia (76) para uma lâmina móvel (24) do dito conjunto de lâmina (20), em que a primeira porção de parede (44), a segunda porção de parede (46) e a porção de parede intermediária (48) compreendem uma extensão de altura total (t0), e em que a extensão de altura total (t0) da primeira porção de parede (44), da segunda porção de parede (46) e da porção de parede intermediária (48), pelo menos na ao menos uma borda anterior (32, 34), está na faixa de cerca de 0,3 mm a cerca de 0,75 mm, de preferência, na faixa de cerca de 0,4 mm a 0,5 mm.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente revelação refere-se a um aparelho de corte de pelos (e/ou cabelos), particularmente a um aparelho de corte de pelos movido a energia elétrica, e mais especificamente a uma lâmina estacionária de um conjunto de lâmina para tal aparelho. O conjunto de lâmina pode ser disposto para ser movido através de pelos em uma direção de movimento para cortar pelos. A lâmina estacionária pode ser composta de uma primeira porção de parede e de uma segunda porção de parede que definem entre si uma fenda de guia, em que uma lâmina móvel pode ser ao menos parcialmente contida e orientada.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] O documento DE 2.026.509 A revela uma cabeça de corte para um aparelho de corte de cabelos e/ou barba, em que a cabeça de corte compreende um pente estacionário conformado como um corpo basicamente tubular que se estende lateralmente, sendo que o corpo tubular compreende duas seções salientes flexionadas que se estendem lateralmente e são voltadas para direções opostas entre si, sendo que cada seção flexionada compreende uma primeira porção de parede e uma segunda porção de parede que se estendem para dentro de uma porção de ponta comum, em que a primeira porção de parede e a segunda porção de parede circundam uma área de guia para uma lâmina móvel, em que as seções flexionadas compreendem uma pluralidade de fendas nas quais os pelos a serem cortados podem ser presos e orientados em direção à lâmina móvel durante uma operação de corte. A lâmina móvel compreende um perfil basicamente em formato de U que atua em conjunto com a primeira e a segunda seções flexionadas, em que cada perna do perfil em formato de U compreende uma porção de borda flexionada para fora que se estende para o interior da área de guia definida pelas respectivas primeira e segunda porções de parede, sendo que a porção de borda compreende adicionalmente um gume cortante dentado para cortar pelos presos em um movimento relativo entre o gume cortante dentado da lâmina móvel e uma borda dentada do pente estacionário definido pela pluralidade de fendas na primeira e segunda seções flexionadas.
[003] O documento US 2.102.529 A revela um aparelho de corte de pelos que compreende uma lâmina de corte estacionária e uma lâmina de corte móvel, em que a lâmina de corte móvel compreende margens chanfradas laterais que são dotadas de serrilhas que definem os dentes das respectivas bordas de corte externas. A lâmina de corte fixa do aparelho de corte de pelos pode ser disposta como uma folha de material de aço resiliente, em que a lâmina de corte móvel é disposta em uma fenda definida pela lâmina de corte estacionária para movimento reciprocante relativo à lâmina de corte estacionária. A lâmina de corte estacionária pode ser disposta como uma lâmina de corte dobrada fornecendo, desse modo, uma primeira porção de parede e uma segunda porção de parede, em que a lâmina de corte móvel é disposta entre a primeira porção de parede e a segunda porção de parede da lâmina de corte estacionária.
[004] Para os propósitos de corte de pelos corporais, há basicamente dois tipos distintos de aparelhos elétricos: aparelhos de barbear ou depilar e aparadores ou cortadores de pelos (ou cabelos). Em geral, o aparelho de barbear ou depilar é usado para barbear ou depilar, isto é, cortar pelos corporais ao nível da pele de modo a se obter uma pele lisa sem pelos curtos e espetados. O aparador de pelos é tipicamente usado para cortar pelos a uma distância selecionada da pele, isto é, para cortar pelos em um comprimento desejado. A diferença na aplicação é refletida na estrutura e arquiteturas diferentes da disposição de lâmina de corte implantada em qualquer um desses tipos de aparelhos.
[005] Tipicamente, um aparelho de barbear ou depilar elétrico inclui uma folha (metálica), isto é, uma tela perfurada ultrafina, e uma lâmina cortadora que é móvel ao longo da parte interna da folha e em relação à mesma. Durante o uso, o lado externo da folha é colocado e forçado contra a pele, de modo que quaisquer pelos que penetrarem na folha serão removidos pela lâmina cortadora que se move em relação ao lado interno da folha, e cairão na porção oca de coleta de pelos no interior do aparelho de barbear ou depilar.
[006] Um aparador de pelos elétrico, por outro lado, tipicamente inclui em geral duas lâminas cortadora com borda dentada, uma colocada sobre a outra de modo que as respectivas bordas dentadas se sobreponham. Em funcionamento, as lâminas cortadoras executam um movimento reciprocante entre si, cortando quaisquer pelos aprisionados entre seus dentes de modo similar à ação de uma tesoura. O nível exato acima da pele no qual os pelos são removidos é normalmente determinado por meio de uma peça adicional fixável, chamada de anteparo (espaçador) ou pente.
[007] Além disso, na técnica são conhecidos dispositivos que são basicamente adaptados tanto para propósitos de barbeamento ou depilação como para aparamento de pelos. Entretanto, tais dispositivos incluem apenas duas seções de corte separadas e distintas, a saber: uma seção de barbeamento ou depilação que compreende uma configuração compatível com o conceito de aparelhos de barbear ou depilar elétricos, conforme descrito acima, e uma seção de aparamento que compreende uma configuração compatível com o conceito de aparadores de pelos.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[008] Infelizmente, aparelhos de barbear ou depilar elétricos comuns não são particularmente adequados para cortar pelos a um comprimento variável desejado acima da pele, isto é, para operações de aparamento preciso. Isso pode ser explicado, ao menos em parte, pelo fato de que tais aparelhos não incluem mecanismos para espaçar a folha e, consequentemente, a lâmina cortadora da pele. Mas, mesmo se incluíssem, por exemplo, pela adição de partes espaçadoras acessórias, como pentes espaçadores, a configuração da folha, que tipicamente envolve um grande número de pequenas perfurações circulares, diminuiria a captura eficiente de todos os pelos exceto os mais curtos e mais duros.
[009] De modo similar, aparadores de pelos comuns não são particularmente adequados para barbeamento ou depilação, principalmente porque as lâminas cortadoras separadas exigem uma certa rigidez, e, portanto, espessura, para executar a ação de tesoura sem deformação. É a espessura mínima exigida para uma lâmina de tais aparadores voltada para a pele que frequentemente impede a remoção de pelos rente à pele. Consequentemente, um usuário que deseja barbear ou depilar e aparar seus pelos do corpo talvez precise adquirir e usar dois aparelhos separados.
[010] Além disso, dispositivos combinados de barbeamento ou depilação e aparamento apresentam várias desvantagens porque basicamente exigem dois conjuntos de lâmina de corte e os respectivos mecanismos de acionamento. Dessa forma, tais dispositivos são mais pesados e mais suscetíveis ao desgaste do que aparelhos padrão de corte de pelos para um único propósito e exigem, adicionalmente, caros processos de fabricação e de montagem. De modo similar, a operação desses dispositivos combinados traduz-se, com frequência, em uma experiência bastante desconfortável e complexa. Mesmo no caso de ser utilizado um dispositivo combinado convencional de barbeamento ou depilação e aparamento compreendendo duas seções de corte separadas, a ação de manusear e alternar o dispositivo entre os diferentes modos de operação pode ser considerada um processo demorado e não muito fácil de usar. Como as seções de corte são tipicamente dispostas em locais diferentes do dispositivo, a precisão de orientação (e, portanto, também a precisão de corte) pode ser reduzida, uma vez que o usuário precisa se familiarizar com duas principais posições distintas de preensão durante o manuseio.
[011] É um objetivo da presente revelação fornecer uma lâmina estacionária alternativa e um conjunto de lâmina correspondente que permitam tanto operações de barbeamento ou depilação como de aparamento. Particularmente, podem ser fornecidos uma lâmina estacionária e um conjunto de lâmina que possam contribuir para uma experiência agradável para o usuário durante operações de barbeamento ou depilação e de aparamento. Com mais preferência, a presente revelação pode resolver ao menos algumas desvantagens inerentes encontradas em lâminas de corte de pelos da técnica anterior, conforme discutido acima, por exemplo. Seria vantajoso também fornecer um conjunto de lâmina que exibisse um desempenho de operação aprimorado e que, de preferência e ao mesmo tempo, reduzisse o tempo exigido para operações combinadas de corte e aparamento de pelos.
[012] Em um primeiro aspecto da presente revelação, é apresentada uma lâmina estacionária para um conjunto de lâmina de um aparelho de corte de pelos, em que o dito conjunto de lâmina é disposto para ser movido através de pelos em uma direção de movimento para cortar pelos, a dita lâmina compreende uma primeira porção de parede disposta para servir como uma porção de parede voltada para a pele durante o manuseio, a primeira porção de parede estende-se de maneira substancialmente lisa (ou plana), uma segunda porção de parede, sendo que cada uma dentre a primeira porção e a segunda porções de parede define uma primeira superfície, e uma segunda superfície voltada para o lado oposto da primeira superfície, e uma porção de parede intermediária disposta entre a primeira e a segunda porções de parede, sendo que a primeira porção de parede, a segunda porção de parede e a porção de parede intermediária definem conjuntamente ao menos uma borda anterior dentada que compreende uma pluralidade de projeções mutuamente espaçadas entre si dotadas de respectivas pontas, sendo que a borda anterior dentada estende-se ao menos parcialmente em uma direção transversal Y, t em relação à direção de movimento assumida durante o manuseio, sendo que as projeções mutuamente espaçadas entre si estendem-se ao menos parcialmente para frente em uma direção longitudinal X, r aproximadamente perpendicular à direção transversal Y, t, sendo que as primeiras superfícies da primeira porção de parede e da segunda porção de parede ficam voltadas uma para a outra, ao menos em suas bordas anteriores, sendo que as projeções voltadas umas para as outras ao longo das bordas anteriores da primeira porção de parede, da segunda porção de parede e da porção de parede intermediária são interconectadas em suas pontas para definir uma pluralidade de dentes, sendo que as primeiras superfícies da primeira porção de parede e da segunda porção de parede definem entre si uma fenda de guia para uma lâmina móvel do dito conjunto de lâmina, sendo que a primeira porção de parede, a segunda porção de parede e a porção de parede intermediária compreendem uma extensão lateral total to, sendo que a extensão lateral total to da primeira porção de parede, da segunda porção de parede e da porção de parede intermediária, pelo menos junto a ao menos uma borda anterior, esteja na faixa de cerca de 0,3 mm a cerca de 0,75 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,4 mm a 0,5 mm, e sendo que uma razão entre a extensão de altura t2 da segunda porção de parede e a extensão de altura t1 da primeira porção de parede esteja na faixa de cerca de 1,2:1 a 3,0:1.
[013] Essa modalidade tem como base a percepção de que a estrutura proposta da lâmina estacionária pode aumentar significativamente o grau de liberdade do design. Consequentemente, a lâmina estacionária pode ser mais bem adaptada a diversas exigências associadas às peculiaridades de corte de pelos, particularmente, visto que o conjunto de lâmina de acordo com a presente revelação é direcionado tanto para operações de barbeamento ou depilação como de aparamento. O fornecimento de um layout e estrutura flexíveis da lâmina estacionária é particularmente benéfico, visto que a adequabilidade para barbear ou depilar e a adequabilidade para aparar podem, em alguns aspectos, exigir recursos divergentes. Pode ser vantajoso até certa medida superar os limites de design que são relacionados a layouts e estruturas convencionais de conjuntos de lâmina de corte de pelos (para um único propósito).
[014] Consequentemente, foram definidas diversas faixas de parâmetros preferenciais que, de um lado, podem melhorar a adequabilidade geral de aparamento e barbeamento ou depilação de pelos do conjunto de lâmina, e que, de outro lado, em muitos casos, não poderiam ser alcançados por conceitos convencionais de lâminas de corte de pelos para um único propósito. Observou-se, ao menos em algumas modalidades, que as faixas de parâmetros preferenciais são adaptadas adequadamente tanto para operações de aparamento como de barbeamento ou depilação e, portanto, contribuem para o desempenho geral de aparamento e barbeamento ou depilação.
[015] Manter a extensão de altura total to nas faixas preferenciais, pelo menos nas bordas anteriores, é benéfico porque, dessa forma, dimensões grandes podem ser mantidas pequenas, reduzindo, assim, o peso do conjunto de lâmina, sem a necessidade de aceitar prejuízos adversos no design e/ou na funcionalidade. Por exemplo, dada a extensão de altura preferencial to, as respectivas alturas da primeira porção de parede, da segunda porção de parede e da porção de parede intermediária podem ser basicamente selecionadas de modo livre com a faixa total. Consequentemente, a primeira porção de parede, a segunda porção de parede e a porção de parede intermediária não precisam necessariamente compreender a mesma altura. Por exemplo, a primeira porção de parede pode ser projetada para ser consideravelmente fina, de modo a permitir o corte de pelos muito próximo ao nível de pele, o que pode melhorar significativamente o desempenho de barbeamento ou depilação. Adicionalmente, a segunda porção de parede pode ser projetada para ser consideravelmente espessa, em comparação com a primeira porção de parede. Consequentemente, a segunda porção de parede pode melhorar a resistência do conjunto de lâmina geral sem influenciar adversamente o comprimento mínimo de pelos que podem ser cortados, comprimento que é definido basicamente pela espessura da primeira porção de parede.
[016] A lâmina estacionária aqui revelada pode compreender ao menos uma borda anterior essencialmente em formato de U, e pode ter uma primeira parede de contato com a pele e uma segunda parede de sustentação. As paredes podem se estender opostamente e genericamente paralelas entre si, e podem ser conectadas umas às outras ao longo de uma borda anterior sob a formação de uma série de dentes espaçados entre si em formato de U (isto é, de paredes duplas). O formato geral em U da lâmina estacionária, e mais particularmente o formato em U dos dentes, reforça a estrutura da lâmina estacionária. Entre as pernas dos dentes em formato de U pode ser fornecida uma fenda na qual a móvel pode ser acomodada e orientada. Em outras palavras, a lâmina estacionária pode compreender uma porção de anteparo integrada que compreende uma pluralidade de dentes que podem, simultaneamente, definir um alojamento de proteção integrado dos dentes da lâmina móvel. Consequentemente, o contorno da lâmina estacionária pode ser conformado de modo que os dentes da lâmina móvel não possam se projetar para fora além dos dentes da lâmina estacionária.
[017] Particularmente, a resistência estrutural do conjunto de lâmina pode ser aprimorada em comparação com uma única lâmina cortadora plana convencional de um aparador de pelos. A segunda porção de parede pode servir como uma estrutura de suporte principal para o conjunto de lâmina. A rigidez ou força total do conjunto de lâmina pode ser aprimorada também, em comparação com aparelhos de barbear ou depilar convencionais. Com isso, a primeira parede de contato com a pele da lâmina estacionária pode ser produzida significativamente mais delgada que lâminas cortadoras de aparadores de pelos convencionais, de fato tão delgada, que em algumas modalidades sua espessura pode ser aproximadamente igual à de um aparelho de barbear ou depilar de folha, se necessário.
[018] A lâmina estacionária pode, ao mesmo tempo, conferir à disposição de bordas cortantes rigidez e dureza suficientes. Consequentemente, os gumes cortantes dentados reforçados podem se estender para fora, e podem compreender espaços de dente entre os respectivos dentes que podem ter, vistos de uma vista superior, formato de U ou formato de V e, portanto, podem definir uma porção receptora semelhante a pente que pode receber e guiar os pelos a serem cortados para as bordas cortantes fornecidas na lâmina móvel e na lâmina estacionária, de modo basicamente independente do comprimento real dos pelos a serem cortados. Dessa forma, o conjunto de lâmina é adaptado também para capturar com eficiência pelos mais longos, o que aprimora significativamente o desempenho de aparamento. Entretanto, o barbeamento ou depilação de pelos mais longos também pode ser facilitado dessa maneira, uma vez que os pelos a serem cortados podem ser guiados para a borda cortante dos dentes sem serem excessivamente inclinados pela lâmina estacionária, conforme pode ser o caso com as folhas de aparelhos de barbeamento e depilação convencionais. A lâmina estacionária pode, desse modo, proporcionar um desempenho adequado tanto para operações de barbeamento ou depilação como de aparamento.
[019] Como usado aqui, o termo “direção transversal” pode se referir também a uma direção lateral, e a uma direção circunferencial (ou tangencial). Basicamente, uma configuração linear do conjunto de lâmina pode ser contemplada. Além disso, pode ser contemplada também uma configuração curva ou circular do conjunto de lâmina, que pode incluir, ainda, formatos compreendendo segmentos curvos ou circulares. Em geral, a direção transversal pode ser considerada como sendo (substancialmente) perpendicular a uma direção de movimento pretendida durante o manuseio. A última definição acima pode ser aplicada tanto a modalidades lineares como curvas.
[020] As projeções espaçadas entre si que formam os dentes da lâmina estacionária podem ser dispostas, por exemplo, como projeções espaçadas lateral e/ou circunferencialmente umas das outras. As projeções podem ser espaçadas paralelamente uma das outras, particularmente em conexão com as modalidades lineares. Em algumas modalidades, as projeções podem ser separadas circunferencialmente, isto é, alinhadas ou dispostas em ângulo umas em relações às outras. A fenda de guia pode ser disposta como uma fenda de guia estendendo-se transversalmente que pode incluir uma fenda de guia que se estende lateral e/ou circunferencialmente. Pode ser contemplado, ainda, que a fenda de guia seja uma fenda de guia estendendo-se substancialmente de modo tangencial. De modo geral, uma região de preenchimento, onde a primeira porção de parede e a segunda porção de parede são conectadas, pode ser considerada como ou formada por uma terceira porção de parede intermediária. Em outras palavras, a primeira porção de parede e a segunda porção de parede podem ser conectadas indiretamente através da porção de parede intermediária em suas bordas anteriores.
[021] Em geral, a lâmina estacionária e a lâmina móvel podem ser configuradas e dispostas de modo que, mediante o movimento linear ou rotatório da lâmina móvel em relação à lâmina estacionária, a borda anterior dentada da lâmina móvel atue em conjunto com os dentes da lâmina estacionária para permitir o corte de pelos capturados entre os mesmos em uma ação de corte. O movimento linear pode se referir particularmente ao movimento linear reciprocante de corte.
[022] Em uma outra modalidade, é particularmente preferencial que a primeira porção de parede, pelo menos na ao menos uma borda anterior, compreenda uma extensão de altura t1 situada na faixa de cerca de 0,04 mm a 0,25 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,04 mm a 0,18 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,04 mm a 0,14 mm. Isso pode permitir também capturar e cortar pelos curtos no nível de pele ou, pelo menos, próximo do nível de pele.
[023] Pode ser adicionalmente preferencial que a segunda porção de parede compreenda uma extensão de altura t2, pelo menos na ao menos uma borda anterior, que seja diferente de uma respectiva extensão de altura da primeira porção de parede, sendo que a extensão de altura t2 da segunda porção de parede está na faixa de cerca de 0,08 mm a 0,4 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,15 mm a 0,25 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,18 mm a 0,22 mm. Em algumas modalidades, a segunda porção de parede pode ser significativamente mais espessa que a primeira porção de parede. Consequentemente, a dureza geral do conjunto de lâmina pode ser aprimorada.
[024] De acordo com mais uma outra modalidade benéfica, a razão entre a extensão de altura t2 da segunda porção de parede e a extensão de altura t1 da primeira porção de parede situa-se na faixa de cerca de 1,5:1 a 1,8:1.
[025] Em outra modalidade, a fenda de guia para a lâmina móvel estende-se para frente para o interior das projeções que se estendem para frente de modo que os dentes formados pela primeira porção de parede, pela segunda porção de parede e pela porção de parede intermediária, vistos em um plano em seção transversal perpendicular à direção transversal Y, t, sejam genericamente em formato de U, sendo que uma primeira perna de dente dos mesmos é definida pela primeira porção de parede, uma segunda perna de dente dos mesmos é definida pela segunda porção de parede, em que uma região conectora dos mesmos é formada pela porção de parede intermediária, e sendo que um respectivo espaço interno entre a primeira perna de dente e a segunda perna de dente dos dentes em formato de U é disposto para alojar os respectivos dentes da lâmina móvel para movimento deslizante relativo.
[026] Deve ser mencionado, nesse contexto, que em algumas modalidades a primeira porção de parede, a segunda porção de parede e a porção de parede intermediária podem ser formadas por um primeiro segmento, um segundo segmento e um segmento intermediário, respectivamente. Adicionalmente, os segmentos podem ser obtidos a partir de respectivas camadas. É adicionalmente preferencial, que pelo menos um segmento seja obtido a partir de uma camada de folha de metal.
[027] A região conectora formada pela porção de parede intermediária na ao menos uma borda anterior compreende uma extensão longitudinal lf1 na faixa de cerca de 0,35 mm a 1,5 mm. De acordo com uma modalidade adicionalmente vantajosa, ao menos uma borda anterior compreende uma extensão longitudinal lf1 na faixa de cerca de 0,5 mm a 1,1 mm, particularmente na faixa de cerca de 0,75 mm a 0,9 mm.
[028] Pode ser adicionalmente benéfico, ao menos em algumas modalidades, que uma razão entre a extensão de altura total e uma extensão de altura combinada da primeira porção de parede e da porção de parede intermediária, pelo menos na ao menos uma borda anterior que se estende transversalmente, esteja na faixa de cerca de 1,8:1 a 3,0:1, de preferência na faixa de cerca de 1,8:1 a 2:0.
[029] De acordo com mais uma outra modalidade, os dentes se alternam com os espaços de dente entre os mesmos, em que os espaços de dente compreendem uma extensão lateral wss na faixa de cerca de 0,15 mm a 0,4 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,2 mm a cerca de 0,33 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,25 mm a 0,28 mm. Observou-se, ao menos em algumas modalidades, que essa dimensão é adequadamente adaptada tanto para operações de aparamento como de barbeamento ou depilação.
[030] De acordo com uma modalidade adicionalmente vantajosa, os dentes se alternam com espaços de dente entre os mesmos, em que uma razão entre a extensão lateral wss dos espaços de dente e a extensão de altura t1 da primeira porção de parede, pelo menos na ao menos uma borda anterior que se estendem transversalmente, se situem na faixa de cerca de 4,8:1 a 2:1, de preferência na faixa de cerca de 3,7:1 a 2:1, com mais preferência na faixa de cerca de 3,1:1 a 2:1. Observou-se, ao menos em algumas modalidades, que manter essa razão na faixa desejada pode melhorar significativamente o desempenho de corte.
[031] Pode ser adicionalmente vantajoso que os dentes da lâmina estacionária compreendam uma extensão lateral wts na faixa de cerca de 0,25 mm a 0,6 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,3 mm a cerca de 0,5 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,35 mm a 0,45 mm. Além disso, essa faixa pode contribuir para aprimorar o desempenho geral de corte.
[032] Nesse contexto, pode ser adicionalmente vantajoso que os dentes na ao menos uma borda anterior sejam dispostos em uma dimensão de passo, p, na faixa de cerca de 0,4 mm a cerca de 1,0 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,5 mm a cerca de 0,8 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,6 mm a cerca de 0,7 mm.
[033] De acordo com mais uma outra modalidade, os dentes compreendem uma extensão longitudinal lts definida por uma base de dente e uma extremidade de ponta de dente na faixa de cerca de 0,6 mm a 2,5 mm, particularmente na faixa de cerca de 1,0 mm a 2,0 mm, mais particularmente na faixa de cerca de 1,5 mm a 2,0 mm. Isso é benéfico, visto que, dessa forma, a extensão longitudinal dos dentes é suficientemente grande para manipular também pelos mais longos durante as operações de aparamento.
[034] Em algumas modalidades, é adicionalmente preferencial que pelo menos algumas das projeções que se estendem para frente que formam os dentes, vistas em um plano em seção transversal perpendicular à direção longitudinal X, r, compreendam uma transição de borda curva entre uma superfície lateral e uma superfície de contato que é formada como uma extensão longitudinal da segunda superfície da primeira porção de parede, em que um raio de transição de borda curva está na faixa de cerca de 0,05 mm a 0,07 mm, particularmente na faixa de cerca de 0,053 mm a 0,063 mm. O movimento deslizante da lâmina estacionária sobre a pele pode ser suavizado dessa forma.
[035] Em algumas modalidades é ainda mais preferencial que a primeira porção de parede, a segunda porção de parede e a porção de parede intermediária formem conjuntamente, em uma primeira extremidade longitudinal, uma primeira borda anterior dentada, e, em uma segunda extremidade longitudinal, uma segunda borda anterior dentada, sendo que a primeira borda anterior e a segunda borda anterior ficam voltadas para direções opostas entre si, cada uma dentre a primeira borda anterior e a segunda borda anterior compreende uma porção de dentes, e a lâmina estacionária é disposta para alojar uma lâmina móvel que compreende duas bordas anteriores dentadas correspondentes.
[036] De acordo com outro aspecto, é apresentado um conjunto de lâmina para um aparelho de corte de pelos, em que o dito conjunto de lâmina é disposto para ser movido através de pelos em uma direção de movimento para cortar pelos, sendo que o dito conjunto de lâmina compreende uma lâmina estacionária de acordo com pelo menos alguns dos princípios da presente revelação, e uma lâmina móvel com pelo menos uma borda anterior dentada, sendo que a dita lâmina móvel é disposta de modo móvel no interior da fenda de guia definida pela lâmina estacionária, de modo que, mediante o movimento ou rotação lateral da lâmina móvel em relação à lâmina estacionária, a ao menos uma borda anterior dentada da lâmina móvel atue em conjunto com os dentes da lâmina estacionária para permitir o corte de pelos capturados entre os mesmos em uma ação de corte, e, particularmente, em que a ao menos uma borda anterior dentada da lâmina móvel compreende uma pluralidade de dentes mutuamente espaçados entre si, e em que os dentes da lâmina móvel compreendem uma extensão longitudinal ltm na faixa de cerca de 0,15 mm a 2,0 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,5 mm a cerca de 1,0 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,5 mm a 0,7 mm.
[037] Esse aspecto pode ser desenvolvido adicionalmente no sentido de que, na ao menos uma borda anterior, os dentes da lâmina estacionária compreendem uma extremidade de ponta longitudinal e os dentes da lâmina móvel compreendem uma extremidade de ponta longitudinal, em que as extremidades de ponta longitudinal da lâmina estacionária e as extremidades de ponta longitudinal da lâmina móvel são separadas por uma dimensão de deslocamento longitudinal lot na faixa de cerca de 0,3 mm a 2,0 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,7 mm a cerca de 1,2 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,8 mm a 1,0 mm.
[038] Um outro aspecto da presente revelação destina-se a um aparelho de corte de pelos que compreende um alojamento que acomoda um motor, e um conjunto de lâmina, sendo que a lâmina estacionária é conectável ao alojamento, e sendo que a lâmina móvel é operacionalmente conectável ao motor, de modo que o motor seja capaz de acionar linearmente ou rotacionar a lâmina móvel dentro da fenda de guia da lâmina estacionária. Particularmente, o conjunto de lâmina, mais especificamente a lâmina estacionária do mesmo, pode ser formada de acordo com ao menos alguns dos aspectos e modalidades aqui discutidas.
[039] Essas e outras características e vantagens da revelação serão mais bem compreendidas a partir da descrição detalhada a seguir de certas modalidades da invenção, tomadas em conjunto com os desenhos em anexo, aqui incluídos para ilustrar e não limitar a revelação.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[040] Vários aspectos da revelação ficarão evidentes e serão elucidados com referência às modalidades doravante descritas. Nos desenhos a seguir:
[041] A Figura 1 mostra uma vista esquemática em perspectiva de um aparelho elétrico para cortar pelos exemplificador equipado com uma modalidade exemplificadora de um conjunto de lâmina de acordo com a presente revelação;
[042] A Figura 2 mostra uma vista inferior esquemática em perspectiva de um conjunto de lâmina que compreende uma lâmina estacionária e uma lâmina móvel, de acordo com a presente revelação, que é fixável ao aparelho de corte de pelos mostrado na Figura 1 em operações de corte de pelos;
[043] A Figura 3 é uma vista superior esquemática em perspectiva do conjunto de lâmina mostrado na Figura 2;
[044] A Figura 4 é uma vista superior do conjunto de lâmina mostrado na Figura 2;
[045] A Figura 5 é uma vista lateral em seção transversal do conjunto de lâmina mostrado na Figura 2 ao longo da linha V-V da Figura 4;
[046] A Figura 6 é uma vista em detalhe ampliada do conjunto de lâmina mostrado na Figura 5 em uma borda anterior do mesmo;
[047] A Figura 7a é uma vista em seção transversal de uma modalidade alternativa do conjunto de lâmina mostrado na Figura 2 ao longo da linha VII-VII na Figura 4;
[048] A Figura 7b é uma vista em detalhe ampliada do conjunto de lâmina mostrado na Figura 7a em uma porção de folga entre a lâmina estacionária e a lâmina móvel do mesmo;
[049] A Figura 8 é uma vista inferior em perspectiva parcial do conjunto de lâmina mostrado nas Figuras 7a e 7b ilustrando uma porção de uma borda anterior do mesmo incluindo vários dentes;
[050] A Figura 9 é uma vista superior em perspectiva parcial do conjunto de lâmina mostrado na Figura 2 ilustrando uma extremidade lateral do mesmo que compreende uma abertura lateral;
[051] A Figura 10 é uma vista superior em perspectiva parcial adicional correspondendo à vista da Figura 9, sendo que uma porção de parede da lâmina estacionária é omitida meramente para propósitos de ilustração;
[052] A Figura 11 mostra uma vista em perspectiva explodida do conjunto de lâmina da Figura 2;
[053] A Figura 12 mostra uma vista superior detalhada da lâmina estacionária mostrada na Figura 4 em uma borda anterior da mesma compreendendo vários dentes;
[054] A Figura 13 mostra uma vista superior detalhada do conjunto de lâmina de acordo com a Figura 12, em que os contornos ocultos são indicados por linhas tracejadas principalmente para propósitos de ilustração;
[055] A Figura 14 é uma vista superior em perspectiva de uma modalidade alternativa de um conjunto de lâmina de acordo com os princípios da presente revelação.
[056] A Figura 15a mostra uma vista lateral parcial ampliada da lâmina estacionária do conjunto de lâmina mostrado na Figura 14;
[057] A Figura 15b mostra uma vista em seção transversal parcial ampliada da lâmina estacionária mostrada na Figura 15a;
[058] As Figuras 16a a 16f ilustram uma estrutura em camadas de um conjunto de lâmina exemplificador de acordo com os princípios da presente revelação, em produção, em vários estágios de um processo de fabricação, em que:
[059] A Figura 16a mostra uma vista superior esquemática em perspectiva de vários segmentos ou camadas fornecidas sob a forma de material em tira;
[060] A Figura 16b ilustra uma vista superior esquemática parcial em perspectiva de uma tira unida sendo formada a partir de vários segmentos ou camadas;
[061] A Figura 16c ilustra uma vista superior esquemática em perspectiva de uma pilha segmentada obtida a partir da tira unida ilustrada na Figura 16b;
[062] A Figura 16d ilustra uma vista lateral em perspectiva parcial ampliada da pilha em camadas mostrada na Figura 16c, sendo que uma porção de borda anterior da pilha em camadas foi usinada;
[063] A Figura 16e ilustra uma vista superior esquemática em perspectiva parcial ampliada de uma porção de borda anterior da pilha em camadas mostrada na Figura 16d, sendo que, na borda anterior, foi formada uma pluralidade de projeções longitudinais;
[064] A Figura 16f ilustra uma vista superior esquemática em perspectiva ampliada da borda anterior da pilha em camadas de acordo com a Figura 16e, sendo que as bordas das projeções longitudinais foram processadas;
[065] A Figura 17 ilustra uma vista esquemática simplificada de uma modalidade exemplificadora de um sistema para fabricar uma lâmina estacionária em camadas ou segmentada para um conjunto de lâmina de acordo com a presente revelação;
[066] A Figura 18 ilustra uma vista superior esquemática simplificada de várias tiras intermediárias a partir das quais pode ser formada uma lâmina estacionária de acordo com vários aspectos da presente revelação, sendo que as tiras intermediárias são mostradas separadas umas das outras, principalmente para propósitos de ilustração;
[067] A Figura 19 mostra um diagrama de blocos ilustrativo que representa várias etapas de uma modalidade de um método de fabricação exemplificador de acordo com vários aspectos da presente revelação; e
[068] A Figura 20 mostra um outro diagrama de blocos ilustrativo que representa etapas adicionais de uma modalidade de um método exemplificador para fabricar um conjunto de lâmina de acordo com vários aspectos da presente revelação.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[069] A Figura 1 ilustra esquematicamente, em uma vista em perspectiva simplificada, uma modalidade exemplificadora de um aparelho de corte de pelos 10, particularmente, um aparelho de corte de pelos elétrico 10. O aparelho de corte 10 pode incluir um alojamento 12, um motor indicado por um bloco tracejado 14 no alojamento 12, e um mecanismo de acionamento indicado por um bloco tracejado 16 no alojamento 12. Para alimentar o motor 14, ao menos em algumas modalidades do aparelho de corte 10, pode ser fornecida uma bateria elétrica, indicada por um bloco tracejado 17 no alojamento 12, como, por exemplo, uma bateria recarregável, uma bateria substituível, etc. Entretanto, em algumas modalidades, o aparelho de corte 10 pode ser fornecido ainda com um cabo de força para conexão com uma fonte de alimentação. Um conector de fonte de alimentação pode ser fornecido em adição a ou como alternativa à bateria elétrica (interna) 12.
[070] O aparelho de corte 10 pode compreender adicionalmente uma cabeça de corte 18. Na cabeça de corte 18, um conjunto de lâmina 20 pode ser fixado ao aparelho de corte de pelos 10. O conjunto de lâmina 20 pode ser acionado pelo motor 14 através do mecanismo de acionamento 16 para possibilitar um movimento de corte.
[071] O movimento de corte pode ser considerado, de modo geral, como um movimento relativo entre uma lâmina estacionária 22 e uma lâmina móvel 24, que são mostradas e ilustradas em mais detalhe nas Figuras 2 a 18, e que serão descritas e discutidas mais adiante neste documento. Em geral, um usuário pode segurar e guiar o aparelho de corte 10 através dos pelos em uma direção de movimento 28 para cortar pelos. Em algumas aplicações, o aparelho de corte 10, ou, mais especificamente, a cabeça de corte 18 incluindo o conjunto de lâmina 20, pode ser passado ao longo da pele para cortar pelos em crescimento. Quando os pelos são cortados rente à pele, basicamente é executada uma operação de barbeamento ou depilação visando cortar (ou: raspar) os pelos no nível da pele. Contudo, podem ser contempladas também operações de corte (ou: aparamento), nas quais a cabeça de corte 18 que compreende o conjunto de lâmina 20 é passada ao longo de uma trajetória a uma distância desejada da pele. Conjuntos de lâmina da técnica anterior não proporcionam, em geral, um barbeamento ou depilação suave rente à pele e corte (ou: aparamento) a uma certa distância da pele.
[072] Ao ser conduzido ou guiado através dos pelos, o aparelho de corte 10 que inclui o conjunto de lâmina 20 é, tipicamente, movido ao longo de uma direção de movimento comum (indicada pelo número de referência 28 na Figura 1). Vale mencionar a esse respeito que, dado que o aparelho de corte de pelos 10 é tipicamente guiado e movido manualmente, a direção de movimento 28 não precisa necessariamente ser assumida como uma entidade de referência geométrica exata que tem uma definição e relação fixas em termos de orientação do aparelho de corte 10 e sua cabeça de corte 18 equipada com o conjunto de lâmina 20. Ou seja, uma orientação geral do aparelho de corte de pelos 10 em relação aos pelos a serem cortados junto à pele pode ser interpretada como um tanto instável. Todavia, para propósitos de ilustração, pode-se assumir com razoável grau de confiança que a direção (imaginária) de movimento seja paralela (ou: genericamente paralela) a um eixo principal de um sistema de coordenadas que pode servir, no texto a seguir, como um meio para descrever características estruturais do conjunto de lâmina 20.
[073] Para facilidade de referência, os sistemas de coordenadas são indicados em várias dentre as Figuras 1 a 18. A título de exemplo, um sistema de coordenadas cartesianas x,y,z é indicado em várias dentre as Figuras 1 a 13. Para os propósitos desta revelação, um eixo X do respectivo sistema de coordenadas estende-se em uma direção longitudinal genericamente associada a comprimento. Para os propósitos desta revelação, um eixo Y do sistema de coordenadas estende-se em uma direção lateral (ou: transversal) genericamente associada com largura. A direção Z do sistema de coordenadas estende-se em uma direção de altura ou de espessura que, para propósitos de ilustração, ao menos em algumas modalidades, pode ser considerada também uma direção genericamente vertical. Obviamente, uma associação do sistema de coordenadas a recursos característicos e/ou extensão da lâmina estacionária é fornecida principalmente para propósitos de ilustração e não deverá ser interpretada como limitadora. Deve-se entender que os versados na técnica poderão converter e/ou transferir prontamente o sistema de coordenadas aqui fornecido ao ser confrontado com modalidades alternativas, as respectivas figuras e ilustrações incluindo orientações diferentes. Vale notar a esse respeito que a modalidade (linear) do conjunto de lâmina 20 ilustrada nas Figuras 2 a 13 pode envolver, de modo geral, um layout de um único lado compreendendo um único gume cortante dentado em apenas uma extremidade longitudinal, ou um layout de dois lados compreendendo dois gumes cortantes dentados, genericamente opostos, mutuamente definidos pelas respectivas bordas anteriores dentadas da lâmina estacionária 22 e da lâmina móvel 24.
[074] Em conexão com a modalidade alternativa do conjunto de lâmina 20a mostrado nas Figuras 14, 15a e 15b, é apresentado um sistema alternativo de coordenadas, principalmente para propósitos de ilustração. Como pode ser visto na Figura 14, é fornecido um sistema de coordenadas polares que tem um eixo central L que pode corresponder basicamente ao eixo Z indicador de altura (ou: espessura) do sistema de coordenadas cartesianas. O eixo central L pode ser considerado também como o eixo central de rotação. Adicionalmente, as Figuras 14, 15a e 15b indicam uma direção radial ou distância r que se origina a partir do eixo central L. Além disso, uma coordenada δ (delta) indicando uma posição angular pode ser fornecida representando um ângulo entre uma direção radial de referência e uma direção radial real. Adicionalmente, uma seta curva t', particularmente uma seta circunferencial t' é ilustrada nas Figuras 14, 15a e 15b. A seta curva t' indica uma direção circunferencial e/ou tangencial, também indicadas pela seta tangencial reta t mostrada na Figura 14. Os versados na técnica compreenderão prontamente que vários aspectos da presente revelação descritos em conexão com uma modalidade não se limitam a tal modalidade específica e, portanto, podem ser prontamente transferidos e aplicados a outras modalidades, independentemente de tais aspectos serem introduzidos e apresentados em conexão com um sistema de coordenadas cartesianas ou um sistema de coordenadas cilíndricas.
[075] O movimento de corte entre a lâmina móvel 24 e a lâmina estacionária 22 pode envolver basicamente um movimento linear relativo, particularmente um movimento linear reciprocante (vide Figura 3, número de referência 30, por exemplo). Entretanto, particularmente em conexão com a modalidade mostrada nas Figuras 14, 15a, 15b, deverá ser compreendido que o movimento de corte relativo entre a lâmina estacionária 22 e a lâmina móvel 24 pode envolver também uma rotação (relativa). O movimento rotatório de corte pode envolver uma rotação unidirecional. Além disso, o movimento de corte pode envolver, alternativamente, uma rotação bidirecional, particularmente uma oscilação. Na técnica são conhecidas várias disposições do mecanismo de acionamento 16 para o aparelho de corte 10 que permitem movimentos de corte linear e/ou rotatório. Particularmente com referência a um movimento de corte oscilatório, deve-se notar ainda que um conjunto de lâmina curvo ou circular 20a não precisa ser necessariamente conformado de modo completamente circular. Ao contrário, o conjunto de lâmina curvo ou circular 20a pode ser também conformado como um mero segmento circular ou um segmento curvo. Vale ainda mencionar a esse respeito que os versados na técnica entendem que um conjunto de lâmina circular 20a específico disposto para movimento rotatório de corte com um raio consideravelmente grande pode ser imaginado, para fins de entendimento, como um conjunto de lâmina com formato quase linear, particularmente quando é considerada apenas uma porção ou segmento circular de uma respectiva borda anterior. Consequentemente, o sistema de coordenadas cartesianas para definir e explicar a modalidade linear pode ser transferido também e é ilustrado na Figura 14.
[076] As Figuras 2 a 13 ilustram as modalidades e os aspectos dos conjuntos de lâmina conformados linearmente 20 apresentados na Figura 1. Como pode ser visto nas Figuras 2 e 3, o conjunto de lâmina 20 compreende uma lâmina estacionária 22 (isto é, a lâmina do conjunto de lâmina 20 que tipicamente não é acionada diretamente pelo motor 14 do aparelho de corte 10). Além disso, o conjunto de lâmina 20 compreende uma lâmina móvel 24 (isto é, a lâmina do conjunto de lâmina 20 que, quando fixada ao aparelho de corte 10, pode ser acionada pelo motor 14 para iniciar um movimento de corte em relação à lâmina estacionária 22). Um movimento de corte linear (reciprocante) é ilustrado na Figura 3 por uma seta dupla indicada pelo número de referência 30. Em outras palavras, a lâmina móvel 24 pode ser movida em relação à lâmina estacionária 22 ao longo da direção transversal (ou: lateral) (vide eixo Y na Figura 3). Em geral, o movimento de corte linear pode envolver cursos bidirecionais relativamente pequenos, e pode, portanto, ser interpretado como movimento linear reciprocante. Adicionalmente, a direção de movimento (assumida) 28 é ilustrada na Figura 3. Teoricamente, durante o corte de pelos, o aparelho de corte 10 e, consequentemente, o conjunto de lâmina 20, deve ser movido ao longo de uma direção 28 que pode ser perpendicular à direção lateral ou à direção transversal Y. A esse respeito, ainda com referência à modalidade alternativa do conjunto de lâmina circular ou curvo 20a, conforme mostrado nas Figuras 14, 15a e 15b, torna-se claro que para esse formato a direção (imaginária) de movimento ideal 28 pode ser perpendicular à direção tangencial ou circunferencial t em um ponto anterior para frente do conjunto de lâmina 20a durante o movimento de alimentação guiado através dos pelos a serem cortados. Em outras palavras, a direção de movimento ideal 28 para a modalidade curva ou circular do conjunto de lâmina 20a pode ser genericamente coincidente com a direção radial real r estendendo-se do eixo central L ao ponto anterior real.
[077] Entretanto, deve-se enfatizar que, durante o manuseio, a direção de movimento de alimentação real pode ser significativamente diferente da direção (imaginária) de movimento ideal 28. Portanto, deve-se compreender que é muito provável que, durante o manuseio, a direção de movimento axial não seja perfeitamente perpendicular à direção lateral Y ou à direção tangencial t e, consequentemente, não perfeitamente paralela à direção longitudinal X.
[078] Novamente com referência à modalidade linear do conjunto de lâmina 20 mostrada nas Figuras 2 a 13, é feita referência adicional à Figura 3 ilustrando um elemento de engate de acionamento 26 que pode ser acoplado à lâmina móvel 24 para acionar a lâmina móvel 24 na direção de corte 30. Para essa finalidade, o elemento de engate de acionamento 26 pode ser afixado ou fixado à lâmina móvel 24. Quando o conjunto de lâmina 20 é fixado ao aparelho de corte 10, o elemento de engate de acionamento 26 pode ser acoplado ao mecanismo de acionamento 16 de modo a ser acionado pelo motor 16 durante o manuseio.
[079] Como pode ser visto melhor na Figura 4, o conjunto de lâmina 20 pode compreender basicamente um formato ou contorno retangular, quando visto em uma vista superior perpendicular à direção de altura Z (vide Figuras 2 e 3). A lâmina estacionária 22 pode compreender ao menos uma borda anterior 32, 34 em uma extremidade longitudinal. Mais especificamente, a ao menos uma borda anterior 32, 34 pode ser também considerada ao menos uma borda anterior dentada 32, 34 para os propósitos desta revelação. De acordo com a modalidade mostrada na Figura 4, a lâmina estacionária 22 compreende a primeira borda anterior 32 e a segunda borda anterior 34, a primeira borda anterior 32 e a segunda borda anterior 34 opostas entre si. Cada uma das bordas anteriores 32, 34 pode ser dotada de uma pluralidade das projeções 36 e de fendas respectivas entre as mesmas. Em algumas modalidades, as projeções 36 podem se projetar substancialmente na dimensão longitudinal X (ou: a dimensão radial r). Em outras palavras, a extensão longitudinal (comprimento) das projeções 36 pode ser consideravelmente maior que sua extensão transversal (largura) ao longo da direção transversal ou lateral Y (ou: a direção tangencial t). Para propósitos de ilustração, mas não para serem entendidas como limitadoras, as projeções 36 podem ser chamadas, no texto a seguir, “projeções estendendo longitudinalmente” 36. As projeções estendendo-se longitudinalmente 36 podem compreender respectivas pontas voltadas para fora 38. As projeções estendendo-se longitudinalmente 36 podem definir respectivos dentes 40 da lâmina estacionária 22. Ao longo da respectiva borda anterior 32, 34, os dentes 40 podem se alternar em relação aos espaços de dente 42. Uma modalidade exemplificadora do conjunto de lâmina 20 pode compreender uma dimensão longitudinal total llo na faixa de cerca de 8 mm a 15 mm, de preferência na faixa de cerca de 8 mm a 12 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 9,5 mm a 10,5 mm. O conjunto de lâmina 20 pode compreender uma extensão lateral total lto na faixa de cerca de 25 mm a 40 mm, de preferência na faixa de cerca de 27,5 mm a 37,5 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 31 mm a 34 mm (vide também Figura 18 a esse respeito). Entretanto, essa modalidade exemplificadora não será interpretada como limitadora do escopo da presente revelação geral.
[080] Os conjuntos de lâmina 20, 20a de acordo com a presente revelação permitem uma ampla gama de aplicações abrangendo, de preferência, operações de barbeamento ou depilação e aparamento (ou: corte). Isso pode ser atribuído, ao menos em parte, a uma funcionalidade do alojamento da lâmina estacionária 20 que pode ao menos parcialmente encerrar e acomodar a lâmina móvel 24. Com referência adicional às Figuras 5 e 6, uma vista em seção transversal do conjunto de lâmina 20 ao longo da linha V-V na Figura 4 e uma respectiva vista detalhada são mostradas e explicadas mais adiante neste documento. Como pode ser visto na Figura 5, a lâmina estacionária 22 pode compreender uma primeira porção de parede 44, uma segunda porção de parede 46 e, disposta entre as mesmas, uma porção de parede intermediária 48. Com referência às Figuras 5 e 6, embora seja reconhecido que a área hachurada das respectivas porções de parede 44, 46, 48 possa indicar que a lâmina estacionária 22 precisa necessariamente ser composta por camadas ou fatias distintas, deve-se notar que em algumas modalidades a lâmina estacionária 22 pode de fato consistir em uma única parte integral formando a primeira porção de parede 44, a segunda porção de parede 46 e a porção de parede intermediária 48. Alternativamente, em algumas modalidades, a lâmina estacionária 22 pode ser composta de duas partes distintas, em que pelo menos uma dentre as partes pode formar ao menos duas dentre a primeira porção de parede 44, a segunda porção de parede 46 e a porção de parede intermediária 48. Além disso, vale notar que em algumas modalidades alternativas ao menos uma dentre a primeira porção de parede 44, a segunda porção de parede 46 e a porção de parede intermediária 48 pode consistir em duas ou até mais camadas ou segmentos.
[081] A primeira porção de parede 44 pode se estender ao menos seccionalmente a partir da primeira borda anterior 32 à segunda borda anterior 34 de maneira contínua. Em outras palavras, a primeira porção de parede 44 pode conectar ao menos seccionalmente a primeira borda anterior 32 e a segunda borda anterior 34 de maneira direta.
[082] A segunda porção de parede 46 pode se estender ao menos seccionalmente da primeira borda anterior 32 à segunda borda anterior 34 de maneira contínua. Em outras palavras, a segunda porção de parede 46 pode conectar ao menos seccionalmente a primeira borda anterior 32 e a segunda borda anterior 34 de maneira direta. Pode ser adicionalmente preferencial que a segunda porção de parede 46 seja formada como uma peça única. Pode ser preferencial, portanto, que a segunda porção de parede 46 não seja formada a partir de uma pluralidade de subporções separadas.
[083] Isso pode envolver o caso de a primeira porção de parede 44, a segunda porção de parede 46, e a porção de parede intermediária 46 definirem, ao menos seccionalmente, um envoltório fechado para a lâmina móvel 24, onde o envoltório pode ser conformado ao menos seccionalmente de maneira semelhante a laço. O envoltório fechado pode compreender ao menos seccionalmente uma seção oca fechada.
[084] Como usado aqui, o termo “primeira porção de parede” 44 pode, tipicamente, se referir à porção de parede da lâmina estacionária 22 voltada para a pele durante o manuseio do aparelho de corte 10. Consequentemente, a segunda porção de parede 46 pode ser considerada como a porção de parede da lâmina estacionária 22 voltada para o lado oposto da pele durante o manuseio, e voltada para o alojamento 12 do aparelho de corte 10. Ainda com referência à Figura 4, e particularmente com referência à vista explodida da Figura 11, é descrita uma modalidade vantajosa da lâmina estacionária 22. A Figura 11 mostra uma vista em perspectiva explodida do conjunto de lâmina 20 (vide também Figura 3). Como pode ser visto na Figura 11, em uma modalidade preferencial, a primeira porção de parede 44 pode ser formada por um primeiro segmento de parede 50, particularmente por uma primeira camada 50. A primeira camada 50 pode ser considerada como uma camada voltada para a pele. A segunda porção de parede 46 pode ser formada por um segundo segmento de parede 52, particularmente por uma segunda camada 52. A segunda camada 52 pode ser considerada como uma camada voltada para a direção oposta da pele durante o manuseio. A porção de parede intermediária 48 pode ser formada por um segmento de parede intermediária 54, particularmente por uma camada intermediária 54. Quando montadas e fixadas entre si, a camada intermediária 54 fica disposta entre a primeira camada 50 e a segunda camada 52.
[085] Como pode ser visto melhor na Figura 11, a camada intermediária 54 não precisa ser necessariamente uma peça única integrada. Em vez disso, ao menos em um estado de fabricação avançado, ao menos a camada intermediária 54 pode consistir em uma pluralidade de peças secundárias separadas, que serão mostradas e discutidas em mais detalhe a seguir. Tomadas como um conjunto, por exemplo, quando interconectadas de maneira fixa, a primeira camada 50, a segunda camada 52 e a camada intermediária 54 podem definir uma pilha segmentada 56, com mais preferência, uma pilha em camadas 56. Em uma modalidade exemplificadora, a pilha em camadas 56 pode ser considerada uma pilha em camadas tripla 56. A formação da lâmina estacionária 22 de uma pluralidade de porções de parede 44, 46, 48 ou, de preferência, de uma pluralidade de camadas 50, 52, 54 basicamente permite fazer uso de porções ou camadas únicas distintas de tipos e formatos diferentes. Por exemplo, com referência específica à Figura 6, uma dimensão de altura t1 da primeira porção de parede 44 (ou: camada 50), que pode ser chamada também de espessura (média) t1, pode ser diferente de uma respectiva dimensão de altura t2 da segunda porção de parede 46 (ou: segunda camada 52), que pode ser chamada também de espessura (média) t2, e diferente de uma dimensão de altura ti da porção de parede intermediária 48 (ou: a camada intermediária 54), que pode ser chamada também de espessura (média) ti. Isso é particularmente benéfico, uma vez que dessa maneira cada uma das porções de parede 44, 46, 48 (ou: camadas 50, 52, 54) pode ter características distintas e um formato distinto adequadamente adaptado para uma função pretendida.
[086] Por exemplo, a espessura t2 pode ser consideravelmente maior que a espessura t1. Dessa maneira, a segunda porção de parede 46 (ou: segunda camada 52) pode servir como um elemento de enrijecimento e proporcionar rigidez considerável. Consequentemente, a primeira porção de parede 44 (ou: primeira camada 50) pode se tornar consideravelmente mais delgada sem tornar a lâmina estacionária 22 excessivamente flexível. Fornecer uma primeira porção de parede particularmente delgada 44 (ou: primeira camada 50) permite o corte de pelos rente à pele, de preferência, ao nível da pele. Dessa maneira, pode-se obter uma experiência de barbeamento ou depilação suave. Uma dimensão de altura total to da pilha 56 é definida basicamente pelas respectivas dimensões de altura parciais t1, t2, ti. Vale notar a esse respeito que, em algumas modalidades, a espessura t1 da primeira porção de parede 44 (ou: primeira camada 50) e a espessura t2 da segunda porção de parede 46 (ou: segunda camada 52) podem ser iguais ou, ao menos, substancialmente iguais. Em ainda outra modalidade, a espessura ti da porção de parede intermediária 48 (ou: camada intermediária 54) também pode ser igual.
[087] A título de exemplo, a espessura t1, pelo menos na ao menos uma borda anterior 32, 34, pode situar-se na faixa de cerca de 0,04 mm a 0,25 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,04 mm a 0,18 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,04 mm a 0,14 mm. A espessura t2, pelo menos na ao menos uma borda anterior 32, 34, pode situar-se na faixa de cerca de 0,08 mm a 0,4 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,15 mm a 0,25 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,18 mm a 0,22 mm. A espessura ti, pelo menos na ao menos uma borda anterior 32, 34, pode situar-se na faixa de cerca de 0,05 mm a cerca de 0,5 mm, de preferência de cerca de 0,05 mm a cerca de 0,2 mm. A espessura total to, pelo menos na ao menos uma borda anterior 32, 34, pode situar-se na faixa de cerca de 0,3 mm a cerca de 0,75 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,4 mm a 0,5 mm.
[088] De modo geral, é preferencial, em algumas modalidades, que a primeira porção de parede 44 possa ter uma espessura média t1 que é menor que uma espessura média t2 da segunda porção de parede 46, pelo menos nas porções de projeção longitudinal das mesmas na borda anterior 32, 34. Deve-se notar ainda que nem todas as modalidades da lâmina estacionária 22, 22a da presente revelação precisam incluir uma segunda parede 46 com uma espessura média t2, ao menos na borda anterior da mesma, que seja maior que uma espessura média t1 da primeira porção de parede 44, ao menos na borda anterior da mesma.
[089] Ainda com referência à Figura 5, é mostrada ao menos uma região de preenchimento 58 na ao menos uma borda anterior 32, 34 da lâmina estacionária 22. A região de preenchimento 58 pode ser considerada como a região da porção de parede intermediária 48 (ou: camada intermediária 52) que conecta a primeira e segunda porções de parede 44, 46 (ou: camadas 50, 52) em suas bordas anteriores 32, 34. Como pode ser visto nas Figuras 5, 6, 10 e 11, ao menos em um estado acabado, a região de preenchimento 58 pode consistir em uma pluralidade de porções secundárias que podem corresponder ao número de dentes 40 na respectiva borda anterior 32, 34. Adjacente à região de preenchimento 58 nas bordas anteriores 32, 34, pode ser fornecida ao menos uma região de alojamento 92, em que a lâmina estacionária 22 circunda ao menos parcialmente a lâmina móvel 24. Em outras palavras, pode ser definida ao menos uma fenda de guia 76 (vide particularmente Figuras 3, 9, 10 e 16c) que pode servir como uma rota guiada para a lâmina móvel 24 ao ser acionada pelo motor 14 do aparelho de corte 10 durante uma operação de corte. Como pode ser visto melhor nas Figuras 10, 11, 16a e 16c, a fenda de guia 76 pode ser definida basicamente por uma porção de recorte 68 na porção de parede intermediária 48 (ou: a camada intermediária 54). Em algumas modalidades, a porção de recorte 68 estende-se até uma extremidade lateral ou transversal da lâmina estacionária 22, definindo assim uma abertura lateral 78, através da qual a lâmina móvel 24 pode ser inserida na lâmina estacionária 24 durante a fabricação (vide também Figuras 9 e 10).
[090] A fenda de guia 76 pode definir uma rota linear para a lâmina móvel 24 da modalidade linear exemplificadora do conjunto de lâmina 20 ilustrada nas Figuras 2 a 13. Entretanto, com referência à modalidade curva ou circular do conjunto de lâmina 20a mostrada nas Figuras 14, 15a e 15b, a fenda de guia 76 pode definir também uma rota curva, em particular uma rota estendendo-se circunferencialmente para uma respectiva lâmina móvel 24 (curva ou circular).
[091] Novamente com referência à Figura 5, e com referência adicional à Figura 11, serão descritas basicamente as superfícies estendendo-se lateral e longitudinalmente 80, 82 84, 86, 88 e 90 da lâmina estacionária. Para facilidade de referência, os termos “primeira camada” 50, “segunda camada” 52 e “camada intermediária” 54 serão usados mais adiante neste documento para descrever o layout geral da lâmina estacionária 22. No entanto, isso não será interpretado como uma limitação ao escopo da presente revelação, enfatizando-se, portanto, que o termo camada pode ser substituído opcionalmente pelos termos alternativos porção de parede e segmento de parede, respectivamente.
[092] A primeira camada 50, voltada para a pele durante o manuseio, pode compreender uma primeira superfície 80 voltada para o lado oposto da pele e uma segunda superfície 86 voltada para a pele. A segunda camada 52 pode compreender uma segunda superfície 88 voltada para o lado oposto da pele e uma primeira superfície 82 voltada para a pele e a primeira camada 50. A camada intermediária 54 pode compreender uma primeira superfície 84 voltada para a primeira camada 50 e uma segunda superfície 90 voltada para a segunda camada 52. As respectivas primeiras superfícies 80, 82 da primeira camada 50 e da segunda camada 52 podem ao menos parcialmente cobrir a porção de recorte 68 na camada intermediária e definir a ao menos uma região de alojamento 92 e, consequentemente, a fenda de guia 76 para a lâmina móvel 24.
[093] Na ao menos uma borda anterior 32, 34, particularmente na segunda superfície voltada para a pele 86 da primeira camada 50 da lâmina estacionária 22, pode ser fornecida ao menos uma região transicional 94 que pode ser chamada de região transicional suavizada 94. Como a modalidade exemplificadora ilustrativa da lâmina estacionária 22 mostrada nas Figuras 5 e 6 compreende, em cada extremidade longitudinal, uma respectiva borda anterior 32, 34, duas respectivas regiões transicionais 94 podem ser fornecidas. A ao menos uma região transicional 94 pode aprimorar as características de deslizamento do conjunto de lâmina 20 quando movido ao longo da direção de movimento 28 através dos pelos sobre a pele em uma operação de corte de pelos. Particularmente, a ao menos uma região transicional 94 pode evitar que o conjunto de lâmina 20, particularmente a borda anterior 32, 34 do mesmo, que é usada para cortar, afunde profundamente nas porções de pele ao deslizar ao longo da mesma. Dessa maneira, a irritação da pele pode ser diminuída. Assim, de preferência, a ocorrência de cortes na pele também pode ser evitada ou, ao menos, bastante reduzida. A região transicional 94 pode ser conectada a e estender-se a partir de uma região substancialmente lisa 98 da primeira camada 50. Essa região substancialmente lisa 98 pode ser considerada uma porção de formato basicamente plano da segunda superfície 86 da primeira camada 50. Em geral, como usado aqui, o termo “substancialmente lisa” pode envolver um formato plano, mas também superfícies levemente irregulares. Vale mencionar que a região substancialmente lisa 98 pode compreender perfurações, pequenas reentrâncias, etc., que não prejudicam substancialmente o formato geral liso ou plano. Em algumas modalidades, a região substancialmente lisa 98 pode envolver uma superfície plana. Em particular, isso se aplica quando ao menos a primeira camada 50 é fornecida originalmente como uma folha ou material semelhante a folha. A região de transição 94 pode abranger uma porção considerável da borda anterior 32. Particularmente, a região transicional 94 pode conectar a região substancialmente lisa 98 na primeira camada 50 e uma região substancialmente lisa 100 na segunda camada 52. Além disso, a região substancialmente lisa 100 pode ser conformada como uma região lisa ou plana, mas pode também ser dotada de (pequenas) perfurações ou reentrâncias que não prejudicam seu formato geral liso.
[094] Como pode ser visto melhor na Figura 4 (vide linha V-V), a seção transversal ilustrada nas Figuras 5 e 6 inclui uma seção transversal longitudinal através de uma ponta 102 dos dentes 40 das bordas anteriores 32, 34. Consequentemente, a região transicional 94 também pode ser formada principalmente nos dentes 40 da borda anterior dentada 32, 34. A região transicional 94 pode compreender uma extensão longitudinal lt1 entre as pontas dos dentes 102 da lâmina estacionária 22 e a região substancialmente lisa 98. A título de exemplo, a extensão longitudinal lt1 pode situar-se na faixa de cerca de 0,5 mm a cerca de 1,5 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,6 mm a cerca de 1,2 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,7 mm a cerca de 0,9 mm. Ademais, a região transicional 94 pode compreender várias seções. Como pode ser visto nas Figuras 5 e 6, a região transicional 94 pode compreender uma superfície substancialmente convexa que se mescla tangencialmente na região substancialmente lisa 98 e na região substancialmente lisa 100. Além disso, a região transicional 94 não se projeta sobre a região substancialmente lisa 98 (isto é, na direção de altura Z). Em outras palavras, a região transicional 94 pode se estender para trás a partir da região substancialmente lisa 98 em direção à segunda camada 52. A região transicional 94 pode se estender ao menos parcialmente para o lado oposto da região substancialmente lisa 98 na direção de altura Z.
[095] Como pode ser visto melhor na Figura 6, a região transicional 94 pode compreender um raio de fundo Rtb. A título de exemplo, o raio de fundo Rtb pode situar-se na faixa de cerca de 1,0 mm a cerca de 5,0 mm, de preferência na faixa de cerca de 2,0 mm a cerca de 4,0 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 2,7 mm a cerca de 3,3 mm. Adicionalmente, pode ser fornecido um arredondamento de ponta 116 que pode envolver ao menos um raio de borda. Particularmente, o arredondamento de ponta 116 pode compreender um primeiro arredondamento de borda Rt1, e um segundo arredondamento de borda Rt2. A título de exemplo, o primeiro arredondamento de borda Rt1 pode situar-se na faixa de cerca de 0,10 mm a cerca de 0,50 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,15 mm a cerca de 0,40 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,20 mm a cerca de 0,30 mm. A título de exemplo, o segundo arredondamento de borda Rt2 pode situar-se na faixa de cerca de 0,03 mm a cerca de 0,20 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,05 mm a cerca de 0,15 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,07 mm a cerca de 0,10 mm. O raio de fundo Rtb, o primeiro arredondamento de borda Rt1 e o segundo arredondamento de borda Rt2 podem se mesclar tangencialmente entre si. Entretanto, alternativa ou adicionalmente, podem ser fornecidas respectivas porções retas entre os mesmos que podem também ser conectadas tangencialmente com os respectivos raios. O raio de fundo Rtb pode se mesclar tangencialmente com a região substancialmente lisa 98. O segundo arredondamento de borda Rt2 pode se mesclar tangencialmente com a região substancialmente lisa 100.
[096] Todavia, como pode ser visto melhor nas Figuras 7a e 8, a região transicional 94 pode também ser dotada de uma seção biselada 124 capaz de substituir ou complementar o raio de fundo Rtb. A seção biselada 124 pode compreender um ângulo de chanfro α (alfa) relativo a um plano horizontal que é substancialmente paralelo à direção longitudinal X e à direção transversal Y, sendo que o ângulo de chanfro α pode situar-se na faixa de cerca de 25° a 35°. De preferência, a seção biselada se mescla tangencialmente com a região substancialmente lisa 98. Ainda com mais preferência, a seção biselada 124 se mescla tangencialmente com o arredondamento de ponta 116. Como pode ser visto na Figura 4 (vide linha VII-VII), a Figura 7a mostra uma vista em seção transversal parcial do conjunto de lâmina 20 que envolve um espaço de dente 42.
[097] Em outras palavras, a região transicional 94 pode compreender também uma combinação do raio de fundo Rtb e da seção biselada 124. Em outras palavras, o raio de fundo Rtb pode servir como uma transição tangencial entre a região substancialmente lisa 98 e a seção biselada 124 que inclui o ângulo de chanfro α. Em uma extremidade voltada para a extremidade longitudinal da mesma, a seção biselada 124 pode se mesclar tangencialmente com o arredondamento de ponta 116, que pode ser definido, por exemplo, pelo primeiro arredondamento de borda Rt1 e o segundo arredondamento de borda Rt2 descritos em detalhes anteriormente.
[098] Com referência adicional à Figura 11 e à Figura 4, o layout da lâmina móvel 24 é detalhado e descrito adicionalmente. A lâmina móvel 24 também pode ser dotada de ao menos uma borda anterior. Conforme indicado na modalidade exemplificadora do conjunto de lâmina 20 mostrada nas Figuras 4 e 11, a lâmina móvel 24 pode compreender uma primeira borda anterior 106 e uma segunda borda anterior 108. Cada uma das bordas anteriores 106, 108 pode ser dotada de uma pluralidade de dentes 110. Obviamente, em algumas modalidades de um conjunto de lâmina 20 adaptado para permitir movimento de corte relativo entre a lâmina móvel 24 e a lâmina estacionária 22, apenas uma borda anterior da lâmina estacionária 32 e uma respectiva borda anterior da lâmina móvel 106 pode ser fornecida. Entretanto, para muitas aplicações a configuração do conjunto de lâmina 20 envolvendo duas bordas anteriores 32, 34 na lâmina estacionária 22 e duas bordas anteriores 106, 108 correspondentes na lâmina móvel 24 pode ser particularmente benéfica, uma vez que desse modo o aparelho de corte 10 pode se tornar mais flexível e permitir operações adicionais de corte como, por exemplo, movimentos para trás e para frente junto à pele ao longo da direção de movimento 28, o que pode aprimorar o desempenho de corte. Em outras palavras, a modalidade do conjunto de lâmina 20 ilustrada nas Figuras 2 a 13 pode envolver, de modo geral, um layout de um único lado compreendendo uma única borda cortante em apenas uma extremidade longitudinal das lâminas 22, 24, ou um layout de dois lados compreendendo duas bordas cortantes, genericamente opostas, mutuamente definidas pelas respectivas bordas anteriores 32, 34 e 106, 108.
[099] Com referência às Figuras 12 e 13, serão descritas dimensões relevantes dos dentes 40 da lâmina estacionária 22 e dos dentes 110 da lâmina móvel 24. A Figura 12 ilustra uma vista superior ampliada parcial de uma porção dentada do conjunto de lâmina 20, e a Figura 13 mostra detalhes adicionais da vista mostrada na Figura 12 indicando bordas ocultas por meio de linhas tracejadas. Os dentes 40 da lâmina estacionária 22 são dispostos em uma dimensão de passo, p. A título de exemplo, o passo p pode situar-se na faixa de cerca de 0,4 mm a cerca de 1,0 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,5 mm a cerca de 0,8 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,6 mm a cerca de 0,7 mm. Os dentes 40 compreendem ainda uma extensão lateral wts. A título de exemplo, a extensão lateral wts pode situar-se na faixa de cerca de 0,25 mm a 0,60 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,30 mm a cerca de 0,50 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,35 mm a 0,45 mm. Os espaços de dente 42 da lâmina estacionária incluem uma extensão lateral wss. A título de exemplo, a extensão lateral wss pode situar-se na faixa de cerca de 0,15 mm a 0,40 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,20 mm a cerca de 0,33 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,25 mm a 0,28 mm. Os dentes 40 compreendem adicionalmente uma extensão longitudinal lts entre suas pontas 102 e uma respectiva base de dente 104. A título de exemplo, a extensão longitudinal lts pode situar-se na faixa de cerca de 0,6 mm a 2,5 mm, particularmente na faixa de cerca de 1,0 mm a 2,0 mm, mais particularmente na faixa de cerca de 1,5 mm a 2,0 mm.
[0100] Consequentemente, os dentes 110 da lâmina móvel 24 podem compreender uma dimensão longitudinal ltm, uma extensão (média) de dente lateral wtm, e uma extensão (média) de espaço de dente lateral wsm. A título de exemplo, a extensão longitudinal ltm pode situar-se na faixa de cerca de 0,15 mm a 2,0 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,5 mm a cerca de 1,0 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,5 mm a 0,7 mm. Além disso, entre as pontas 102 dos dentes 40 da lâmina estacionária 22 e as pontas 112 dos dentes 110 da lâmina móvel 24 é definida uma dimensão de deslocamento longitudinal lot. A título de exemplo, a dimensão de deslocamento longitudinal lot pode situar-se na faixa de cerca de 0,3 mm a 2,0 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,7 mm a cerca de 1,2 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,8 mm a 1,0 mm. Como pode ser visto na vista superior mostrada na Figura 13, as pontas 102 dos dentes 40 da lâmina estacionária 22 podem compreender um ângulo cônico β (beta). Entre as respectivas arestas do ângulo cônico β, na extremidade da ponta 102, pode ser fornecida uma porção de ponta “cega” compreendendo uma largura lateral de ponta de dente wtt. Em algumas modalidades, o ângulo cônico β das pontas 102 pode situar-se na faixa de cerca de 30° a 50°, com mais preferência na faixa de cerca de 35° a 45°, ainda com mais preferência na faixa de cerca de 38° a 42°. A largura lateral das pontas de dente 102 pode situar-se na faixa de cerca de 0,12 mm a 0,20 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,14 mm a 0,18 mm.
[0101] Novamente com referência às Figuras 5 e 6, um aspecto benéfico adicional do formato de estrutura segmentada do conjunto de lâmina 20 é ilustrado e descrito em detalhe. Como pode ser visto melhor na Figura 6, onde um dente 110 da lâmina móvel 24 e um dente 40 da lâmina estacionária 22 estão alinhados (vide também linha V-V na Figura 4), é fornecida uma porção de folga 118 definida entre uma face de extremidade voltada para dentro 114 do inserto da lâmina estacionária 58 e as pontas 112 dos dentes 110 da lâmina móvel 24 (vide também Figura 13). A porção de folga 118 compreende uma dimensão longitudinal de folga lcl e uma dimensão de altura de folga tcl. A dimensão longitudinal de folga lcl e a dimensão de altura de folga tcl são definidas adequadamente de modo a evitar a entrada de pelos na porção de folga 118, ao menos com uma alta probabilidade. Se, por exemplo, for fornecido espaço suficiente para permitir que pelos isolados entrem facilmente no vão entre as pontas 112 dos dentes 110 da lâmina móvel 24 e a face de extremidade 114 do inserto da lâmina estacionária 58, esses pelos poderiam obstruir essa área. Isso poderia prejudicar o desempenho de corte. Além disso, os pelos aprisionados seriam provavelmente arrancados em vez de cortados. Essa experiência é tida frequentemente como desconfortável ou mesmo dolorosa e pode causar irritação da pele. É, portanto, particularmente preferencial que o espaço (longitudinal e lateral) fornecido pela porção de folga 118 seja menor que um diâmetro esperado de um pelo a ser cortado. Dessa maneira, o risco de obstruções causadas por pelos aprisionados na porção de folga 118 pode ser significativamente reduzido. Em muitos casos, pode ser suficiente que ao menos uma dentre a dimensão longitudinal de folga lcl e a dimensão de altura de folga tcl seja menor que o diâmetro esperado de um pelo a ser cortado. A título de exemplo, a dimensão longitudinal lcl pode ser menor que 0,5 mm, de preferência menor que 0,2 mm, com mais preferência menor que 0,1 mm. A título de exemplo, a dimensão de altura tcl, perpendicular à dimensão longitudinal lcl, pode situar-se na faixa de cerca de 0,05 mm a cerca de 0,5 mm, de preferência de cerca de 0,05 mm a cerca de 0,2 mm.
[0102] A porção de folga 118 pode consistir em uma porção para trás 120, adjacente às pontas 112 dos dentes 110 da lâmina móvel 24, e uma porção para frente 122 na face de extremidade 114 da região de preenchimento da lâmina estacionária 58. Como pode ser visto melhor na Figura 7b, que é uma vista detalhada da ilustração da Figura 7a que mostra a porção de folga 118, a porção para frente 122 da porção de folga 118 pode compreender ao menos um raio de transição rcl1, rcl2. Nessa modalidade, o raio rcl1 pode conectar a camada intermediária 54 e a primeira camada 50. O raio rcl2 pode conectar a camada intermediária 54 e a segunda camada 52. A título de exemplo, os raios rcl1 e rcl2 podem situar-se na faixa de cerca de 0,025 mm a cerca de 0,25 mm, de preferência de cerca de 0,025 mm a cerca de 0,1 mm.
[0103] Novamente com referência à modalidade ilustrada nas Figuras 5 e 6, deve ser elucidado que a estrutura em camadas da pilha em camadas 56 formando a lâmina estacionária 22 pode ser particularmente benéfica, uma vez que desse modo a dimensão longitudinal lcl e a dimensão de altura tcl da porção de folga 118 podem ser selecionadas em amplas faixas. O fornecimento das lâminas estacionárias 22 como uma pilha em camadas 56 ou, mais genericamente, como uma pilha segmentada, permite obter tolerâncias estreitas que não são possíveis quando são aplicadas estruturas de conjunto de lâmina da técnica anterior. Como pode ser visto adicionalmente na Figura 6, a região de preenchimento 58 na borda anterior 32, 34 da lâmina estacionária 22 pode compreender uma extensão longitudinal lf1. A título de exemplo, a extensão longitudinal lf1 pode situar-se na faixa de cerca de 0,6 mm a 1,2 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,75 mm a 0,9 mm, com mais preferência na faixa de cerca de 0,8 mm a cerca de 0,85 mm. Como cada uma das camadas 50, 52, 54 da pilha em camadas 56 pode ser amplamente personalizada no que diz respeito a propriedades geométricas, a lâmina estacionária 22 pode ser conformada de uma maneira que não pode ser obtida quando se usa abordagens de estrutura de conjunto de lâmina da técnica anterior.
[0104] A dimensão de altura de folga tcl pode corresponder basicamente à dimensão de altura ti da camada intermediária 54. Como a altura ti da camada intermediária 54 pode ser definida e selecionada com precisão, permitindo que se tenha mais tolerâncias estreitas, até mesmo uma correspondência de encaixe de folga da lâmina móvel 24 na fenda de guia 76 na lâmina estacionária 22 pode ser obtida, ao menos na direção de altura Z. A dimensão de altura de folga tcl definida pela dimensão de altura ti da camada intermediária 54, e a dimensão de altura tm da lâmina móvel 24, ao menos em uma região da mesma que seja guiada na fenda de guia 76, pode ser definida precisamente com tolerâncias estreitas de projeto, de modo que a lâmina móvel 24 seja orientada adicionalmente na fenda de guia 76 para deslizar suavemente sobre a pele e sem oscilar (ajuste excessivamente solto) ou agarrar (ajuste excessivamente apertado). Uma dimensão de altura de folga trcl resultante do conjunto é indicada na Figura 6 e definida basicamente pela dimensão de altura de folga tcl da fenda de guia 76 e pela dimensão de altura tm da lâmina móvel 24. A título de exemplo, a dimensão de altura de folga trcl pode situar-se na faixa de cerca de 0,003 mm a cerca de 0,050 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,005 mm a cerca de 0,030 mm.
[0105] Como pode ser visto melhor nas Figuras 4, 11 e 16a-16c, a porção de recorte 68 na camada intermediária 54 pode definir adicionalmente uma porção de guia interna 126 para orientar a lâmina móvel 24 quando a mesma se move ao longo da direção lateral Y (ou tangencial t). A porção de guia interna 126 pode ser formada como uma aba ou uma tira. A porção de guia interna 126 pode ser disposta basicamente em uma porção central longitudinal da lâmina estacionária 22. Em uma extremidade da porção de guia interna 126, adjacente à abertura lateral 78, uma porção afunilada 128 pode ser fornecida (vide também Figura 9 e Figura 10). A porção afunilada 128 pode facilitar a etapa de montagem ou de inserção da lâmina móvel 24.
[0106] Com referência específica à Figura 11, a estrutura da lâmina móvel 24 de uma modalidade exemplificadora de acordo com a presente revelação será agora descrita e detalhada. Quando visualizada em uma vista superior (vide Figura 4), a lâmina móvel 24 pode ter basicamente um formato de U, compreendendo uma primeira porção de braço 132 associada à primeira borda anterior 106, uma segunda porção de braço 134 associada à segunda borda anterior 108, e uma porção conectora 136 conectando a primeira porção de braço 132 e a segunda porção de braço 134. A título de exemplo, a porção conectora 136 pode ser fornecida em uma extremidade lateral da lâmina móvel 24 e, quando montada na lâmina estacionária 22, disposta na vizinhança da abertura lateral 78 da lâmina estacionária 22. Em outras palavras, a primeira porção de braço 132 e a segunda porção de braço 134 podem ser dispostas em paralelo em uma distância na direção longitudinal X que é adaptada a uma extensão longitudinal da porção de guia interna 126 na camada intermediária 54. Para guiar a lâmina móvel 24, a porção de guia interna 126 pode compreender uma primeira superfície de guia estendendo-se lateralmente 140 e uma segunda superfície de guia estendendo-se lateralmente 142 (vide Figura 4). De modo correspondente, a lâmina móvel 24 pode compreender respectivas porções de contato voltadas para dentro 146, 148 em respectivas porções de braço 132, 134 das mesmas.
[0107] Em algumas modalidades, a ao menos uma porção de guia 146, 148 disposta na ao menos uma porção de braço 132, 134 da lâmina móvel 24 pode ser dotada de ao menos um elemento de contato 150, 152, particularmente com ao menos uma aba de guia 150, 152. A título de exemplo, a lâmina móvel 24 mostrada na Figura 4 (parcialmente oculta) pode compreender duas abas de guia 150 na primeira porção de contato 146 na primeira porção de braço 132. A lâmina móvel 24 pode compreender adicionalmente duas abas de guia 152 na segunda porção de contato 148 da segunda porção de braço 134 da mesma. A superfície de guia estendendo-se lateralmente 140, 142 da porção de guia interna 126 pode ser espaçada por uma extensão longitudinal lgp. De como correspondente, o ao menos um primeiro elemento de contato 150 (ou: aba de guia) e o ao menos um segundo elemento de contato 152 (ou: aba de guia) podem ser espaçados entre si por uma dimensão longitudinal de folga lgt. É preferencial que a dimensão longitudinal de folga lgt das abas de guia 150, 152 sela selecionada para ser levemente maior que a extensão longitudinal lgp da porção de guia interna 126. Dessa maneira, pode-se obter uma orientação de encaixe de folga definida para a lâmina móvel 24 permitindo um movimento de corte relativo suave. A título de exemplo, uma dimensão longitudinal de folga resultante definida pela extensão longitudinal lgp e pela dimensão longitudinal de folga lgt pode situar-se na faixa de cerca de 0,003 mm a cerca de 0,050 mm, de preferência na faixa de cerca de 0,005 mm a cerca de 0,030 mm. É particularmente preferencial em algumas modalidades que a fenda de guia 76 na lâmina estacionária 22 possibilite uma orientação travada da lâmina móvel 24 na dimensão longitudinal X e na dimensão de altura Z (ou: vertical), permitindo, assim, seu deslizamento suave ao longo da direção lateral Y. Desnecessário dizer, os princípios benéficos descritos acima podem ser transferidos prontamente para a modalidade circular ou, mais genericamente, curva do conjunto de lâmina 20a mostrada nas Figuras 14, 15a e 15b.
[0108] Especificamente com referência às Figuras 15a e 15b, a lâmina estacionária 22a do conjunto de lâmina (circular) 20a será descrita em detalhe. Na vista em seção transversal fornecida na Figura 15b é mostrada uma área hachurada indicando que a lâmina estacionária 22a pode ser formada como uma parte integrante. Entretanto, a lâmina estacionária 22a pode compreender também uma primeira porção de parede 44, uma segunda porção de parede 46 e uma porção de parede intermediária 48 que mutuamente definem uma fenda de guia 76 para uma respectiva lâmina móvel. Deve-se notar, ainda, a esse respeito que a lâmina estacionária 22a pode compreender também uma estrutura em camadas de acordo com os princípios descritos anteriormente de várias modalidades benéficas do conjunto de lâmina (linear) 20 e sua respectiva lâmina estacionária 22. Consequentemente, cada uma dentre a primeira porção de parede 44, a segunda porção de parede 46 e a porção de parede intermediária 48 pode ser formada por um respectivo segmento de parede ou camada. Conforme mencionado anteriormente, o termo “longitudinal” pode ser considerado como “radial” em conexão com a modalidade circular. Além disso, o termo “lateral” ou “transversal” pode ser considerado como “tangencial” ou “circunferencial” em conexão com a modalidade circular.
[0109] Especificamente com referência às Figuras 16a a 16f, e com referência adicional à Figura 17, serão ilustrados e descritos em detalhes um método e um sistema de fabricação exemplificadores de uma lâmina estacionária 22 de um conjunto de lâmina 20 de acordo com vários aspectos da presente revelação. Como pode ser visto na Figura 16a, ao menos uma dentre a primeira camada 50, a segunda camada 52 e a camada intermediária 54 pode ser fornecida sob a forma de material em tira. A primeira camada 50 pode ser obtida a partir de uma primeira tira 194. A segunda camada 52 pode ser obtida a partir de uma segunda tira 196. A camada intermediária 54 pode ser obtida a partir de uma tira intermediária 198. A esse respeito, é feita referência adicional à Figura 18. Conforme já indicado na Figura 16a, ao menos algumas das tiras 194, 196, 198 podem ser pré-usinadas ou pré-processadas. No estágio preliminar ilustrado na Figura 16a, uma porção de recorte 68 pode ser processada na tira intermediária 198 definindo a camada intermediária 54. A porção de recorte 68 pode compreender uma forma substancialmente em formato de U. Outros formatos podem ser igualmente contemplados. Particularmente, a porção de recorte 68 pode compreender uma primeira perna 158, uma segunda perna 160 e uma porção de transição 162 conectando a primeira perna 158 à segunda perna 160. A primeira perna 158, a segunda perna 160 e a porção de transição 162 definem a porção de guia interna 126 na camada intermediária 54.
[0110] De modo similar, a segunda camada 52 formada pela segunda tira 196 também pode ser dotada de uma porção de recorte 166. Por exemplo, a porção de recorte 166 pode compreender uma forma substancialmente em formato de U. Outros formatos podem ser igualmente contemplados. A porção de recorte 166 pode compreender uma primeira perna 168, uma segunda perna 170 e uma porção de transição 172 conectando a primeira perna 168 à segunda perna 170. A primeira perna 168, a segunda perna 170 e a porção de transição 172 podem definir entre as mesmas uma aba de guia 174. Em geral, independentemente de seu formato e tamanho reais, a porção de recorte 166 pode ser considerada uma abertura na lâmina estacionária 22 através da qual o elemento de engate de acionamento 26 (vide Figura 3 a esse respeito) pode entrar em contato e acionar a lâmina móvel 24 para criar um movimento de corte relativo à lâmina estacionária 22. Consequentemente, quando encaixada no aparelho para cortar pelos 10, a porção de recorte 166 na segunda camada 52 pode ficar voltada para o alojamento 12 e voltada para o lado oposto da pele durante o manuseio.
[0111] Como pode ser visto ainda na Figura 16a, ao menos a primeira camada 50, de preferência cada camada 50, 52, 54, pode compreender um formato substancialmente liso ou plano. Cada uma das tiras 194, 196, 198 pode ser fornecida como uma tira de metal, particularmente como uma tira de aço inoxidável. Entretanto, em algumas modalidades, ao menos uma dentre a segunda camada 52 e a camada intermediária 54 pode ser formada a partir de um material diferente, por exemplo, um material não metálico. Em geral, essa funcionalidade de corte de pelos é executada no nível da lâmina estacionária 20, pelas bordas cortantes da primeira camada 50 (ou: a primeira porção de parede 44) que atua em conjunto com as respectivas bordas cortantes no nível da lâmina móvel 24. É, portanto, frequentemente preferencial que ao menos a primeira camada 50 seja formada a partir de material metálico, particularmente aço inoxidável. Cada uma das camadas 50, 52, 54 pode ser fornecida como material de folha. O material pode ser fornecido em respectivas bobinas de folha metálica ou, em geral, de blocos brutos de metal.
[0112] Como pode ser visto na Figura 16b, a primeira camada 50, a segunda camada 52 e a camada intermediária 54 podem ser mutuamente alinhadas ao serem preparadas para serem interconectadas. Particularmente, as respectivas camadas podem ser conectadas conectado de maneira fixa por união ou, com mais preferência, por soldagem. Uma tira unida resultante é indicada na Figura 16b pelo número de referência 208. A soldagem das respectivas camadas 50, 52, 54 pode envolver particularmente solda a laser. As camadas 50, 52 e 54 podem ser unidas em suas bordas anteriores (número de referência 210 na Figura 16b). Além disso, em algumas modalidades, as camadas 50, 52, 54 podem ser unidas em sua porção central longitudinal, onde a porção de guia interna 126 e a tira de guia 174 estão presentes (número de referência 212). A soldagem pode envolver a formação de soldas contínuas e/ou ponteamentos.
[0113] Como pode ser visto na Figura 16c, após a etapa de interconexão ou união ilustrada na Figura 16b, pode haver uma etapa de separação na qual a pilha em camadas 56 é separada ou removida da tira unida 208. Quando a tira unida 208 é cortada de modo que ao menos uma pequena porção lateral das porções de recorte 68 e/ou 166 é removida da pilha em camadas resultante 56, pode ser formada a abertura lateral 78 através da qual a fenda de guia 76 pode ser acessível. A operação de corte ou de separação pode definir adicionalmente um contorno basicamente retangular 216 da pilha em camadas.
[0114] Em um estágio adicional, ilustrado na Figura 16d, pode ser processada ao menos uma borda anterior 94 da pilha em camadas, a qual pode envolver particularmente um processo de remoção de material, de modo a definir ou formar a ao menos uma região transicional 94 (vide também Figuras 5, 6 e 7a). Como pode ser visto adicionalmente na Figura 16d, a borda anterior 32 da pilha em camadas 56 pode compreender uma forma substancialmente em formato de U que também está presente nos dentes após o processamento dos mesmos. Particularmente, a fenda de guia 76 pode se estender longitudinalmente ao menos parcialmente para o interior da borda anterior 32, de modo que são definidas uma primeira perna de dente 178, uma segunda perna de dente 180 e uma região conectora 182. A primeira perna de dente 178 pode ser definida principalmente pela primeira porção de parede 44 (ou: a primeira camada 50). A segunda perna de dente 180 pode ser formada principalmente a partir da segunda porção de parede 46 (ou: a segunda camada 52). A região conectora 182 pode ser formada principalmente a partir da porção de parede intermediária 48 (ou: a camada intermediária 54). O processamento da borda anterior 94 pode envolver um processo de remoção de material, particularmente usinagem eletroquímica.
[0115] Em um estágio adicional de fabricação, a pilha em camadas 56 pode ser dotada adicionalmente de dentes 40 e respectivos espaços de dente 42 na ao menos uma borda anterior 42. A usinagem de dentes pode envolver um processo de remoção de material para formar uma pluralidade de fendas que podem definir os espaços de dente de modo a definir adicionalmente uma pluralidade de dentes 40 entre as fendas. A usinagem de dentes pode envolver operações de corte. Particularmente, a usinagem de dentes pode envolver eletroerosão. Como pode ser visto adicionalmente na Figura 16e, no estágio de fabricação intermediário, os dentes 40 podem compreender bordas de transição aguda 218, onde suas superfícies laterais 222 e superfícies de contato 224 são conectadas.
[0116] Em um estágio adicional de fabricação, mostrado na Figura 16f, que pode suceder o estágio ilustrado na Figura 16e, a pilha em camadas dentada 56 pode ser adicionalmente usinada ou, mais genericamente, processada. Particularmente, as bordas de transição aguda 218 que podem estar presentes após a formação dos dentes 40 podem ser arredondadas. Consequentemente, podem ser formadas bordas arredondadas 220 que têm um raio de borda lateral de dente Rtle. O arredondamento pode envolver processo de remoção de material, particularmente usinagem eletroquímica. A esse respeito é feita referência adicional à Figura 8. A título de exemplo, o raio Rtle da borda de transição curva pode situar-se na faixa de cerca de 0,05 mm a 0,07 mm, particularmente na faixa de cerca de 0,053 mm a 0,063 mm.
[0117] Com referência às Figuras 16a a 16f, vale mencionar que sua ordem e a ordem dos respectivos estágios de fabricação não envolvem e prescrevem necessariamente uma sequência fixa de fabricação. Por exemplo, as etapas de fabricação ilustradas nas Figuras 16d e 16e podem ser trocadas ou, mais particularmente, intercambiadas. Além disso, em algumas modalidades do método de fabricação a etapa de formação da região transicional e a etapa de formação do formato dentado podem ser executadas simultaneamente ou ao menos temporariamente, uma sobrepondo-se à outra.
[0118] A Figura 17 ilustra um sistema de fabricação 214 para fabricar uma lâmina estacionária 22 de acordo com vários aspectos da presente revelação. Particularmente, ao menos alguns dos estágios preliminares e intermediários ilustrados nas Figuras 16b a 16f podem ser executados ou processados usando-se o sistema de fabricação 214.
[0119] Os respectivos materiais em tira 194, 196, 198 para formar a primeira camada 50, a segunda camada 52 e a camada intermediária 54 podem ser fornecidos em respectivas bobinas 200, 202, 204. A primeira tira 194 pode ser fornecida a partir da primeira bobina 200. A segunda tira 196 pode ser fornecida a partir da segund bobina 202. A tira intermediária 198 pode ser fornecida a partir da bobina intermediária 204. Uma direção de alimentação é indicada na Figura 17 pelo número de referência 226. Em algumas modalidades, as bobinas 202 e 204 já podem compreender as respectivas porções de recorte 68 e 166 para a segunda camada 52 e a camada intermediária 54. A presente revelação contempla, ainda, o fornecimento de material bobina para a segunda tira 196 e a tira intermediária 198 compreendendo uma superfície de preenchimento, isto é, uma superfície sem os respectivos recortes. Nesse caso, o sistema de fabricação 214 pode compreender adicionalmente ao menos uma unidade de corte ou de estampagem para formar os respectivos recortes 68, 166 nas tiras 196, 198.
[0120] De acordo com a modalidade ilustrada na Figura 17, as bobinas 202, 204 podem compreender tiras pré- fabricadas ou pré-processadas 196, 198. O material em tira 194, 196, 198 que forma as respectivas primeira camada, a segunda camada e camada intermediária 50, 52, 54 pode ser fornecido ou encaminhado para um dispositivo de união 228. Em geral, o dispositivo de união 228 pode ser chamado também de dispositivo de interconexão ou de fixação. No dispositivo de união 228, respectivas porções das tiras 194, 196, 198 podem ser recebidas, suportadas e colocadas em alinhamento. Nesse aspecto, é feita referência adicional à Figura 18 que mostra uma representação em vista superior de tiras pré-processadas ou pré-usinadas 194, 196, 198. Deve-se notar a esse respeito que as tiras 194, 196, 198 não precisam necessariamente ser fornecidas a partir de bobinas 200, 202, 204. Ao invés disso, podem ser utilizados pré-produtos lisos, por exemplo, folhas ou blocos brutos de metal. Algumas ou todas as tiras 194, 196, 198 podem ser dotadas dos respectivos elementos de alinhamento correspondentes 242, 244. Os elementos de alinhamento 242, 244 podem possibilitar o alinhamento posicional mútuo entre respectivas porções das tiras 194, 196, 198 na direção longitudinal X e na direção lateral ou transversal Y. A título de exemplo, os primeiros elementos de alinhamento 242 nas tiras 194, 196, 198 podem permitir o alinhamento em ambas as direções longitudinal e transversal (ou: lateral). Além disso, os elementos de alinhamento 244 nas tiras 194, 196, 198 podem, em geral, permitir o alinhamento na direção transversal (ou: lateral). Dessa maneira, pode-se evitar uma sobredeterminação posicional das tiras 194, 196, 198. Em algumas modalidades, os elementos de alinhamento 242 podem ser conformados como orifícios cilíndricos. Em contraste, os elementos de alinhamento 244 podem ser conformados como orifícios alongados. Uma vez suficientemente alinhadas e empilhadas no dispositivo de união ou de interconexão 228, as respectivas tiras 194, 196, 198 podem ser interconectadas de maneira fixa, de preferência unidas, com mais preferência soldadas, formando assim uma tira unida 208 (vide também Figura 16b a esse respeito).
[0121] O sistema de fabricação 214 pode compreender adicionalmente um dispositivo de separação 230, particularmente, um dispositivo de corte ou de estampagem 230. Por meio do dispositivo de separação 230, respectivas porções da tira unida 208 fornecidas pelo dispositivo de união 228 e alimentadas para o dispositivo de separação 230 podem ser removidas (ou: cortadas). Novamente com referência à Figura 18 a esse respeito, uma porção a ser separada da tira unida 208 pode ter uma dimensão de comprimento transversal total ltro. Todos os elementos de alinhamento 242, 244 que são interpostos entre as respectivas porções a serem separadas da tira unida 208 devem ser dispostos em uma porção compreendendo uma dimensão de descarte de comprimento lwa1 e uma dimensão de descarte de comprimento lwa2, respectivamente. Em outras palavras, quando são cortadas as respectivas porções da tira unida 208 de modo a obter uma pluralidade de pilhas em camadas 56 com uma dimensão de comprimento transversal total ltro, os cortes ou as porções de descarte indicadas na Figura 18 pela respectiva dimensão de descarte de comprimentos lwa1 e lwa2 podem ser removidas (ou: cortadas) da tira unida 208. Deve ser mencionado que, meramente para propósitos de ilustração, a camada unida 208 e a pilha em camadas 56 são mostradas na Figura 18 em uma vista explodida separada. Deve-se notar ainda que as tiras 194, 196, 198 podem, de preferência, ter a mesma a extensão longitudinal llo.
[0122] Com referência adicional à Figura 17, o sistema de fabricação 214 pode compreender, ainda, um dispositivo de formação de formato de dente 232, particularmente um dispositivo de eletroerosão 232. É particularmente preferencial que o dispositivo 232 seja adaptado para processar simultaneamente uma pilha 238 que compreende uma pluralidade de pilhas em camadas 56. No dispositivo de formação de formato de dente 232, podem ser geradas fendas estendendo-se basicamente na direção longitudinal nas respectivas bordas anteriores 32, 34 das pilhas em camadas 56 (vide também Figura 16e).
[0123] O sistema de fabricação 214 pode compreender, ainda, um dispositivo de processamento ou de usinagem 334, particularmente um dispositivo capaz de processar as pilhas em camadas 56 fornecidas ao sistema usando técnicas de processamento eletroquímico ou usinagem. Dessa forma, podem ser aplicados processos de chanfradura e/ou arredondamento às bordas de transição aguda nas pilhas em camadas 56 (vide também Figura 16f). Deve-se notar, ainda, que em algumas modalidades o dispositivo de processamento 234 pode ser adicionalmente capaz de formar ou usinar a ao menos uma região transicional 94 nas pilhas em camadas 56 (vide também Figura 16d). Alternativamente, o sistema de fabricação 214 pode compreender um outro dispositivo de processamento ou de usinagem adicional, particularmente um dispositivo capaz de operações de usinagem eletroquímica. Tal dispositivo pode ser interposto, por exemplo, entre o dispositivo de separação 230 e o dispositivo de conformação de dente 232, e capaz de formar a ao menos uma região transicional 94 antes da formação ou geração dos dentes 40 da pilha em camadas. Pode ser contemplado ainda o uso de basicamente o mesmo dispositivo de processamento ou de usinagem 234 para processar a ao menos uma região transicional 94 e para arredondamento ou chanfradura dos dentes 40 em diferentes estágios de fabricação.
[0124] Com referência adicional à Figura 19 e à Figura 20, serão ilustradas e descritas em detalhe várias etapas de uma modalidade exemplificadora de um método para fabricação de uma lâmina estacionária e um método para fabricação de um conjunto de lâmina de acordo com vários aspectos da presente revelação. A Figura 19 ilustra esquematicamente um método de fabricação de uma lâmina estacionária de um conjunto de lâmina. Em geral, etapas opcionais são indicadas na Figura 19 por meio de blocos tracejados. Inicialmente, nas etapas 300, 304, 308 podem ser fornecidas tiras para formar respectivamente uma primeira camada, uma segunda camada e uma camada intermediária. Antes das etapas 304, 308, outras etapas opcionais podem ser executadas. As etapas 302, 306 podem incluir a formação de respectivas porções de recorte na respectiva segunda tira, a partir da qual a segunda camada pode ser formada, e na tira intermediária, a partir da qual a camada intermediária pode ser formada. Entretanto, como alternativa, as etapas 302, 306 podem ser omitidas no caso de serem fornecidas tiras cortadas pré-processadas. Uma etapa opcional de alinhamento 310 pode ser executada após as etapas 300, 304, 308. A etapa de alinhamento pode ser considerada uma etapa separada 310, mas pode, também, como alternativa, ser incluída em uma etapa subsequente 312 relacionada à disposição firme das respectivas tiras umas sobre as outras. A etapa 312 pode envolver adicionalmente uma disposição da tira intermediária entre a primeira tira e a segunda tira. A etapa de alinhamento 310 pode envolver um alinhamento longitudinal e/ou lateral (ou: transversal) das respectivas porções de tira. A jusante da etapa 312, pode ser executada uma etapa de conexão 314, em que as respectivas tiras podem ser interconectadas de maneira fixa. Particularmente, a etapa 314 pode envolver uma união, de preferência uma etapa de soldagem. Dessa maneira, pode ser formada uma tira unida, particularmente uma tira em camadas unida.
[0125] Em uma etapa opcional subsequente e adicional 316, uma respectiva porção de pilha pode ser separada da tira unida. Isso pode se aplicar especificamente aos casos em que uma tira unida, ou mais precisamente, as tiras originais que formam as respectivas camadas, é conformada e dimensionada de modo que uma pluralidade de segmentos de pilhas em camadas possa ser formada a partir da mesma. Por exemplo, cada uma dentre a primeira tira, a segunda tira e a tira intermediária pode ser fornecida como material de folha metálica alongado, particularmente como material em bobina. Dessa maneira, uma grande quantidade de segmentos de pilhas em camadas poderá ser formada a partir de uma única tira. Entretanto, em algumas modalidades, as porções de tira que já são adaptadas para um formato geral resultante da pilha em camadas a ser formada podem ser fornecidas nas etapas 300, 304, 308. Nesse caso, a etapa de separação 316 pode ser omitida. No caso de o alinhamento das tiras na etapa 310 ser executado levando-se em consideração elementos de alinhamento distintos presentes nas tiras, as respectivas porções de alinhamento poderão também ser cortadas ou removidas na etapa de separação 316.
[0126] Em algumas modalidades, uma usinagem geral de pontas e/ou um processo de suavização de pontas 318 podem ser executados em seguida. Na etapa 318, pelo menos uma região de transição pode ser formada ou processada em pelo menos uma borda anterior das pilhas em camadas. A etapa 318 pode compreender especificamente processos de chanfradura e/ou arredondamento. Para esse propósito, a etapa 318 pode ser configurada como um processo de usinagem eletroquímica. Pode ser incluída uma etapa adicional 320 ocorrendo a jusante (ou, alternativamente, a montante) da etapa opcional 318. A etapa 320 pode ser considerada uma etapa de formação de dentes ou, mais explicitamente, de corte de dentes. Por exemplo, a etapa 320 pode envolver uma operação de corte na ao menos uma borda anterior da pilha em camadas de modo a criar uma pluralidade de fendas ou espaços de dente na mesma. A etapa 320 pode usar, por exemplo, operações de corte por eletroerosão. Durante a formação dos dentes e espaços de dente na etapa 320, podem ser criadas, de modo geral, bordas de transição aguda nos dentes. Consequentemente, pode ser executada posteriormente uma etapa adicional 322 que pode envolver uma operação de usinagem de dentes com remoção de material. Particularmente, a etapa 322 pode compreender operações de arredondamento ou chanfradura em bordas de dentes agudas. Como ao menos uma porção de recorte pode estar presente na tira intermediária que forma a camada intermediária, a disposição, a conexão e a usinagem das camadas podem produzir também, simultaneamente, uma fenda de guia na pilha em camadas que pode alojar uma lâmina móvel. Ao final da etapa 322, poderá ser produzida uma lâmina estacionária para um aparelho para cortar pelos envolvendo uma estrutura em camadas.
[0127] Em outras palavras, mais genericamente, um outro aspecto da presente revelação pode ser destinado a um método de fabricação de uma lâmina estacionária 22 de um conjunto de lâmina 20 para um aparelho de corte de pelos 10, sendo que o método compreende as seguintes etapas: fornecer um primeiro segmento de parede 50, um segundo segmento de parede 52 e um segmento de parede intermediária 54, sendo que ao menos o primeiro segmento de parede 50 compreende uma conformação geral substancialmente plana, formando ao menos uma porção de recorte 68 no segmento de parede intermediária 54; dispor o segmento de parede intermediária 54 entre o primeiro segmento de parede 50 e o segundo segmento de parede 52; interconectar de maneira fixa, particularmente por união, o primeiro segmento de parede 50, o segundo segmento de parede 52 e o segmento de parede intermediária 54, formando assim uma pilha segmentada 56, de modo que o primeiro segmento de parede 50 e o segundo segmento de parede 52 cubram ao menos parcialmente o pelo menos um recorte no segmento de parede intermediária 54 disposto entre os mesmos, sendo que o primeiro segmento de parede 50, o segundo segmento de parede 52 e o segmento de parede intermediária 54 compreendem uma dimensão total substancialmente equivalente, sendo que a etapa de interconexão do primeiro segmento de parede 50, do segundo segmento de parede 52 e do segmento de parede intermediária 54 compreende adicionalmente: formar, em uma extremidade longitudinal da pilha segmentada 56, ao menos uma borda anterior 32, 34, em que o primeiro segmento de parede 50, o segundo segmento de parede 52 e o segmento de parede intermediária 54 são conectados juntos; formar uma fenda de guia 76 para uma lâmina móvel 24, sendo a fenda de guia 76 definida pela ao menos uma porção de recorte 68 no segmento de parede intermediária 54, no primeiro segmento de parede 50 e no segundo segmento de parede 52; e formar, na ao menos uma borda anterior 32, 34 da pilha segmentada 56, uma pluralidade de projeções mutuamente espaçadas entre si 36 que se alternam com as respectivas fendas, definindo assim uma pluralidade de dentes 40 e respectivos espaços de dente 42. Os segmentos de parede 50, 52,54 podem ser formados pelas respectivas camadas.
[0128] Agora com referência à Figura 20, é apresentada uma modalidade exemplificadora de um método de fabricação de um conjunto de lâmina para um aparelho de corte de pelos. O método pode compreender uma etapa 330, na qual pode ser fornecida uma lâmina estacionária fabricada de acordo com vários aspectos do método de fabricação aqui descrito. É preferencial que a lâmina estacionária compreenda uma abertura, particularmente uma abertura lateral, através da qual uma fenda de guia na lâmina estacionária é acessível. Em uma etapa adicional 332, pode ser fornecida uma respectiva lâmina móvel 24 compreendendo ao menos uma borda anterior dentada. Pode ser executada em seguida uma etapa de montagem 334, na qual a lâmina móvel é inserida na fenda de guia da lâmina estacionária. Particularmente, é preferencial que a lâmina móvel seja passada através da abertura lateral em uma extremidade transversal (ou: lateral) da lâmina estacionária.
[0129] Deve ser enfatizado que o método de fabricação introduzido e explicado acima não será interpretado como a única abordagem concebível para fabricar uma modalidade de conjunto de lâmina que seja conformada de acordo com vários aspectos benéficos da presente revelação. Particularmente, embora as características estruturais do conjunto de lâmina sejam elucidadas e explicadas na presente revelação, tais características não se relacionam necessariamente a um método de fabricação específico. Vários métodos de fabricação para produzir lâminas estacionárias podem ser contemplados. Sempre que a descrição das características estruturais se referir ao método de fabricação mencionado acima, tal fato será interpretado como informação adicional ilustrativa para fins de compreensão, e não será interpretado como limitação da presente revelação às etapas de fabricação aqui descritas.
[0130] Deve-se enfatizar, ainda, que sempre que termos como “primeira camada”, “segunda camada” e “camada intermediária” forem usados aqui em conexão com a estrutura da lâmina estacionária, tais termos poderão ser prontamente substituídos por “primeira porção de parede”, “segunda porção de parede” e “porção de parede intermediária”, respectivamente, sem que se afaste do escopo da presente revelação. Os termos “primeira camada”, “segunda camada”, “camada intermediária” e “pilha em camadas” não serão interpretados como termos que limitam a revelação apenas a modalidades de lâminas estacionárias que são compostas por componentes secundários sob a forma de fatias (por exemplo, folha metálica) que são de fato distintos (fisicamente) uns dos outros antes de serem interconectados durante o processo de fabricação.
[0131] É desnecessário dizer que em uma modalidade do método de fabricação do conjunto de lâmina acordo com a revelação, várias das etapas aqui descritas podem ser executadas em outra ordem, ou mesmo simultaneamente. Adicionalmente, algumas das etapas também podem ser omitidas sem se afastar do escopo da invenção.
[0132] Embora as modalidades ilustrativas da presente invenção tenham sido descritas acima, em parte com referência aos desenhos anexos, deve-se compreender que a invenção não se limita a essas modalidades. Variações das modalidades apresentadas podem ser entendidas e realizadas pelos versados na técnica na prática da invenção reivindicada, a partir de um estudo dos desenhos, da revelação e das reivindicações anexas. A referência ao longo deste relatório descritivo a “uma (1) modalidade” ou “uma modalidade” significa que um recurso, estrutura ou característica particular descrita em conexão com a modalidade está incluída em ao menos uma (1) modalidade da lâmina estacionária, do conjunto de lâmina, etc., de acordo com a presente revelação. Dessa forma, o uso das expressões “em uma (1) modalidade” ou “em uma modalidade”, em vários pontos ao longo deste relatório descritivo não se refere necessariamente à(s) mesma(s) modalidade(s). Além disso, deve-se notar que recursos, estruturas ou características específicos de uma ou mais modalidades podem ser combinados de qualquer maneira adequada para formar novas modalidades não explicitamente descritas.
[0133] Nas reivindicações, a expressão “que compreende” não exclui outros elementos ou outras etapas, e o artigo indefinido “um” ou “uma” não exclui uma pluralidade. Um único elemento ou outra unidade pode desempenhar as funções de vários itens mencionados nas reivindicações. O simples fato de certas medidas serem mencionadas em reivindicações dependentes mutuamente diferentes não indica que uma combinação dessas medidas não possa ser usada com vantagem.
[0134] Nenhum sinal de referência nas reivindicações deve ser interpretado como limitador do escopo da invenção.

Claims (16)

1. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22) PARA UM CONJUNTO DE LÂMINA (20) DE UM APARELHO DE CORTE DE PELOS (10), em que o dito conjunto de lâmina é disposto para ser movido através de pelos em uma direção de movimento (28) para cortar pelos, sendo a lâmina estacionária compreende: - uma primeira porção de parede (44) disposta para servir como uma porção de parede voltada para a pele durante o manuseio, sendo que a primeira porção de parede (44) se estende de maneira plana, - uma segunda porção de parede (46), em que cada uma dentre a primeira e a segunda porções de parede (46) define: - uma primeira superfície (80, 82, 84), e - uma segunda superfície (86, 88, 90) voltada para o lado oposto da primeira superfície (80, 82, 84), e - uma porção de parede intermediária (48) disposta entre a primeira e a segunda porção de parede (46), em que a primeira porção de parede (44), a segunda porção de parede (46) e a porção de parede intermediária (48) definem conjuntamente ao menos uma borda anterior dentada (32, 34) que compreende uma pluralidade de projeções mutuamente espaçadas entre si (36) dotadas de respectivas pontas (38), sendo que a borda anterior dentada (32, 34) estende-se ao menos parcialmente em uma direção transversal (Y, t) em relação à direção de movimento (28) assumida durante o manuseio, sendo que as projeções mutuamente espaçadas entre si (36) estendem-se ao menos parcialmente para frente em uma direção longitudinal (X, r) perpendicular à direção transversal (Y, t), sendo que as primeiras superfícies (80, 82) da primeira porção de parede (44) e da segunda porção de parede (46) ficam voltadas uma para a outra, ao menos em suas bordas anteriores (32, 34), em que as projeções voltadas umas para as outras (36) ao longo das bordas anteriores (32, 34) da primeira porção de parede (44), da segunda porção de parede (46) e da porção de parede intermediária (48) são interconectadas em suas pontas (38) para definir uma pluralidade de dentes (40), sendo que as primeiras superfícies (80, 82) da primeira porção de parede (44) e da segunda porção de parede (46) definem entre as ditas porções uma fenda de guia (76) para uma lâmina móvel (24) do dito conjunto de lâmina (20), em que a primeira porção de parede (44), a segunda porção de parede (46) e a porção de parede intermediária (48) compreendem uma extensão de altura total (to), em que a extensão de altura total (to) da primeira porção de parede (44), da segunda porção de parede (46) e da porção de parede intermediária (48), pelo menos na ao menos uma borda anterior (32, 34), esteja situada na faixa de 0,3 mm a 0,75 mm, de preferência, na faixa de 0,4 mm a 0,5 mm, sendo que uma razão entre a extensão de altura (t2) da segunda porção de parede (46) e a extensão de altura (t1) da primeira porção de parede (44) esteja situada na faixa de 1,2:1 a 3,0:1, e caracterizada pela região conectora (182) formada pela porção de parede intermediária (48) na ao menos uma borda anterior (32, 34) compreender uma extensão longitudinal (lf1) na faixa de 0,35 mm a 1,5 mm.
2. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pela primeira porção de parede (44), pelo menos na ao menos uma borda anterior (32, 34), compreender uma extensão de altura (t1), que se situa na faixa de 0,04 mm a 0,25 mm, de preferência, na faixa de 0,04 mm a 0,18 mm, com mais preferência, na faixa de 0,04 mm a 0,14 mm.
3. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pela segunda porção de parede (46) compreender uma extensão de altura (t2), pelo menos na ao menos uma borda anterior (32, 34), que é diferente de uma respectiva extensão de altura da primeira porção de parede (44), sendo que a extensão de altura (t2) da segunda porção de parede (46) está na faixa de 0,08 mm a 0,4 mm, de preferência, na faixa de 0,15 mm a 0,25 mm, com mais preferência, na faixa de 0,18 mm a 0,22 mm.
4. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pela razão entre a extensão de altura da segunda porção de parede (46) e a extensão de altura da primeira porção de parede (44) estar na faixa de 1,5:1 a 1,8:1.
5. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pela fenda de guia (76) para a lâmina móvel (24) estender-se para frente para o interior das projeções que se estendem para frente (36), de modo que os dentes (40) formados pela primeira porção de parede (44), pela segunda porção de parede (46) e pela porção de parede intermediária (48), vistos em um plano em seção transversal perpendicular à direção transversal (Y, t), tenham um formato de U, em que uma primeira perna de dente (178) dos mesmos é definida pela primeira porção de parede (44), em que uma segunda perna de dente (180) dos mesmos é definida pela segunda porção de parede (46), em que uma região conectora (182) dos mesmos é formada pela porção de parede intermediária (48), e em que um espaço interno respectivo entre a primeira perna de dente (178) e a segunda perna de dente (180) dos dentes em formato de U (40) é disposto para alojar os respectivos dentes (110) da lâmina móvel (24) para movimento deslizante relativo.
6. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pela região conectora (182) formada pela porção de parede intermediária (48) na ao menos uma borda anterior (32, 34) compreender uma extensão longitudinal (lf1) na faixa de 0,5 mm a 1,1 mm, mais particularmente, na faixa de 0,75 mm a 0,9 mm.
7. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelos dentes (40) se alternarem com espaços de dente (42) entre si, em que os espaços de dente (42) compreendem uma extensão lateral (wss) na faixa de 0,15 mm a 0,4 mm, de preferência, na faixa de 0,2 mm a 0,33 mm, com mais preferência, na faixa de 0,25 mm a 0,28 mm.
8. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada pelos dentes se alternarem com espaços de dente (42) entre si, em que uma razão entre a extensão lateral (wss) dos espaços de dente (42) e a extensão de altura (t1) da primeira porção de parede (44), pelo menos na ao menos uma borda anterior que se estende transversalmente (32, 34), está na faixa de 4,8:1 a 2:1, de preferência, na faixa de 3,7:1 a 2:1, com mais preferência, na faixa de 3,1:1 a 2:1.
9. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelos dentes (40) compreenderem uma extensão lateral (wts) na faixa de 0,25 mm a 0,6 mm, de preferência, na faixa de 0,3 mm a 0,5 mm, com mais preferência, na faixa de 0,35 mm a 0,45 mm.
10. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada pelos dentes (40) na ao menos uma borda anterior (32, 34) serem dispostos em uma dimensão de passo (p) na faixa de 0,4 mm a 1,0 mm, de preferência, na faixa de 0,5 mm a 0,8 mm, com mais preferência, na faixa de 0,6 mm a 0,7 mm.
11. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizada pelos dentes (40) compreenderem uma extensão longitudinal (lts) definida por uma base de dente (104) e uma extremidade de ponta de dente (102) na faixa de 0,6 mm a 2,5 mm, particularmente, na faixa de 1,0 mm a 2,0 mm, mais particularmente, na faixa de 1,5 mm a 2,0 mm.
12. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada por pelo menos algumas das projeções que se estendem para frente (36) que formam os dentes, vistas em um plano em seção transversal perpendicular à direção longitudinal (X, r), compreenderem uma transição de borda curva (Rtle) entre uma superfície lateral (222) e uma superfície de contato (224) que é formada como uma extensão longitudinal da segunda superfície (86) da primeira porção de parede (44), em que um raio de transição de borda curva está na faixa de 0,05 mm a 0,07 mm, particularmente, na faixa de 0,053 mm a 0,063 mm.
13. LÂMINA ESTACIONÁRIA (22), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizada pela primeira porção de parede (44), pela segunda porção de parede (46) e pela porção de parede intermediária (48) formarem conjuntamente, em uma primeira extremidade longitudinal, uma primeira borda anterior dentada (32) e, em uma segunda extremidade longitudinal, uma segunda borda anterior dentada (34), em que a primeira borda anterior (32) e a segunda borda anterior (34) estão voltadas para direções opostas entre si, em que cada uma dentre a primeira borda anterior (32) e a segunda borda anterior (34) compreende uma porção de dentes, e em que a lâmina estacionária (22) é disposta para alojar uma lâmina móvel (24) que compreende duas bordas anteriores dentadas correspondentes (106, 108).
14. CONJUNTO DE LÂMINA (20) PARA UM APARELHO DE CORTE DE PELOS (10), em que o dito conjunto de lâmina (20) é disposto para ser movido através dos pelos em uma direção de movimento (28) para cortar pelos, sendo o dito conjunto de lâmina (20) caracterizado por compreender: uma lâmina estacionária (22), conforme definida em qualquer uma das reivindicações anteriores; e uma lâmina móvel (24) com pelo menos uma borda anterior dentada (106, 108), em que a dita lâmina móvel (24) é disposta de modo móvel no interior da fenda de guia (76) definida pela lâmina estacionária (22), de modo que, mediante movimento lateral ou rotatório da lâmina móvel (24) em relação à lâmina estacionária (22), a ao menos uma borda anterior dentada (106, 108) da lâmina móvel (24) atue em conjunto com os dentes da lâmina estacionária (22) para permitir o corte de pelos capturados entre os mesmos em uma ação de corte, em que a ao menos uma borda anterior dentada (106, 108) da lâmina móvel (24) compreende uma pluralidade de dentes espaçados mutuamente entre si (110), e em que os dentes da lâmina móvel compreendem uma extensão longitudinal (ltm) na faixa de 0,15 mm a 2,0 mm, de preferência, na faixa de 0,5 mm a 1,0 mm, com mais preferência, na faixa de 0,5 mm a 0,7 mm.
15. CONJUNTO DE LÂMINA (20), de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelos dentes (40) da lâmina estacionária (22) compreenderem, na ao menos uma borda anterior (32, 34), uma extremidade de ponta longitudinal (102) e os dentes (110) da lâmina móvel (24) compreenderem uma extremidade de ponta longitudinal (112), em que as extremidades de ponta longitudinal (102) da lâmina estacionária (22) e as extremidades de ponta longitudinal (112) da lâmina móvel (24) são separadas por uma dimensão de deslocamento longitudinal (lot) na faixa de 0,3 mm a 2,0 mm, de preferência, na faixa de 0,7 mm a 1,2 mm, com mais preferência, na faixa de 0,8 mm a 1,0 mm.
16. APARELHO DE CORTE DE PELOS (10), caracterizado por compreender: um alojamento (12) que acomoda um motor (14); e um conjunto de lâmina (20), conforme definido na reivindicação 14 ou 15, em que a lâmina estacionária (22) é conectável ao alojamento (12), e em que a lâmina móvel (24) é conectada de modo operável ao motor (14), de modo que o motor (14) seja capaz de acionar linearmente ou rotacionar a lâmina móvel (24) dentro da fenda de guia (76) da lâmina estacionária (22).
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