BR112015014745B1

BR112015014745B1 - aparelho para o corte de um tubo feito de material termoplástico e método para o corte de um tubo feito de material termoplástico

Info

Publication number: BR112015014745B1
Application number: BR112015014745-3A
Authority: BR
Inventors: Marco Gulminelli; Giorgio Tabanelli
Original assignee: Sica S.P.A.
Priority date: 2012-12-20
Filing date: 2013-12-18
Publication date: 2021-03-09
Also published as: CA2888619C; BR112015014745A2; NO2934830T3; WO2014097182A2; CN104822499A; CA2888619A1; EP2934830A2; WO2014097182A3; CN104822499B; EP2934830B1; CR20150223A; US10040212B2; US20150306780A1; ITRN20120058A1

Abstract

APARELHO PARA O CORTE DE UM TUBO FEITO DE MATERIAL TERMOPLÁSTICO E MÉTODO PARA O CORTE DE UM TUBO FEITO DE MATERIAL TERMOPLÁSTICO É descrito um aparelho (1) para o corte de um tubo (2) feito de material termoplástico, compreendendo: meios de corte (T) que compreendem uma ferramenta equipada com um disco (3) que pode girar em torno de um eixo (X1), configurada para permitir um movimento rotativo do eixo (X1) do disco (3) em torno de um eixo (X2) do tubo (2), e a penetração do disco (3) no tubo (2) em uma direção radial; meios de lubrificação (L) para o disco (3), configurados para operarem em pelo menos uma porção (P1, P2) de uma face (F1, F2) do disco (3), para liberar uma predeterminada quantidade de lubrificante sobre ele de modo a reduzir o atrito entre o disco (3) e o tubo (2) durante o corte.

Description

CAMPO TÉCNICO

[001] Esta invenção refere-se a um aparelho e a um método para o corte de tubos de material termoplástico, tal como polietileno ou polipropileno aleatório (materiais termoplásticos semicristalinos).

[002] A invenção pertence ao campo técnico relativo ao corte de tubos feitos de material termoplástico, tal como polietileno ou polipropileno aleatório, e em particular ao campo técnico relativo ao corte de tubos de grandes diâmetros e paredes muito grossas.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[003] Tubos de polietileno ou de polipropileno aleatório deste tipo são utilizados principalmente para a distribuição de gás e de água potável, em particular em instalações civis e industriais.

[004] Os tubos de polietileno ou de polipropileno aleatório são feitos em linhas de extrusão contínuas.

[005] Nessa linha de produção, o material no estado plástico é alimentado por um parafuso que gira dentro de um cilindro e força o material através de um molde de formato e tamanho apropriados, dando ao material o formato circular requerido.

[006] A instalação de produção de tubos, isto é, a linha de extrusão, é composta normalmente por uma sequência de máquinas, cada uma com funções específicas. Uma dessas máquinas, localizada no final da linha de extrusão, é um dispositivo de corte concebido para cortar o tubo em comprimentos precisos, de tamanho predeterminado.

[007] O dispositivo de corte é geralmente uma máquina ou ferramenta automática, conhecida como "cortador", capaz de cortar o tubo à medida que ele se move em linha reta a uma velocidade constante.

[008] O cortador compreende uma unidade mecânica, conhecida como unidade de corte, que transmite o movimento de trabalho para a ferramenta de corte.

[009] A unidade de corte está instalada em um carrinho que se move em sincronia com o tubo durante a operação de corte.

[010] O carrinho tem um par de mandíbulas destinadas a prenderem o tubo no lugar. Durante a operação de corte, essas mandíbulas prendem o tubo a montante e a jusante do plano de separação (conhecido como plano de corte) do comprimento do tubo extrudado.

[011] No campo relevante do corte de tubos de polietileno ou de polipropileno aleatório tendo grandes diâmetros e paredes espessas, podem ser usados cortadores equipados com ferramentas de corte com dentes de serra, que realizam o corte por meio de remoção de material.

[012] Como se sabe, a remoção de material produz aparas que devem ser extraídas porque elas obstruem a zona de corte, evitando que o cortador opere adequadamente.

[013] Além disso, as aparas produzidas durante o corte contaminam o ambiente de trabalho e podem danificar outros dispositivos que fazem parte da unidade de corte, podendo tornar mais difícil ou impossível a realização de operações subsequentes, tal como a vedação das extremidades dos tubos unidos uns aos outros ou às juntas de encaixe de extremidade.

[014] Uma outra desvantagem dos cortadores deste tipo é que eles são barulhentos e produzem vibrações que são transmitidas para as peças de trabalho e para a própria estrutura do cortador.

[015] Outro tipo de cortador para tubos feitos de material termoplástico compreende facas de disco circular que giram livremente em torno de seus eixos.

[016] O disco é acionado em rotação em torno do eixo do tubo.

[017] Este tipo de cortador supera a desvantagem acima mencionada da produção de aparas, porque o corte é realizado por separação.

[018] Verificou-se, no entanto, que quanto maior o diâmetro e mais espessas forem as paredes do tubo a ser cortado, maior é o torque requerido para acionar o disco em rotação em torno do eixo do tubo.

[019] Assim, para um tubo com um diâmetro particularmente grande e uma parede muito espessa, o torque requerido para acionar o disco em rotação em torno do eixo do tubo é extremamente elevado.

[020] Também foi observado que as forças geradas pelo contato entre a faca de disco e as paredes do tubo durante o corte são particularmente elevadas, e provocam um rápido desgaste do disco.

[021] Portanto, existe uma necessidade, fortemente sentida particularmente pelos operadores deste setor, por uma máquina de corte que permita cortar tubos feitos de material termoplástico, em particular material termoplástico semicristalino, tal como polietileno ou polipropileno aleatório, e que não sofra com os inconvenientes acima citados.

[022] O documento EP 0982104 divulga uma máquina de corte transversal do tipo que possui uma serra voltada para toras de papel, ou materiais similares, na produção de rolos de papel higiênico. O documento DE 2756529 divulga um aparelho de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[023] O objetivo da presente invenção é satisfazer a necessidade acima mencionada, isto é, prover uma máquina e um método que permitam cortar tubos feitos de material termoplástico, em particular material termoplástico semicristalino (tal como polietileno ou polipropileno aleatório), e que não sofram das desvantagens acima descritas.

[024] De acordo com a invenção, este objetivo é conseguido por um aparelho de corte e por um método de corte que compreendem as características técnicas descritas em uma ou mais das reivindicações anexas.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[025] As características técnicas da invenção, com referência aos objetivos acima referidos, estão claramente descritas nas reivindicações abaixo, e suas vantagens ficarão mais evidentes a partir da descrição detalhada a seguir, com referência aos desenhos anexos, que ilustram uma forma de incorporação exemplificativa preferida e não limitativa da invenção, em que: - A figura 1 é uma vista em perspectiva do aparelho de corte da presente invenção; - A figura 2 é uma vista em perspectiva do aparelho de corte da figura 1, com algumas partes eliminadas da figura para melhor ilustrar outras; - A figura 3 é uma vista em perspectiva do aparelho de corte, com algumas partes eliminadas da figura para melhor ilustrar outras; - As figuras 4 a 8 são vistas em perspectiva de detalhes respectivos do aparelho de corte das figuras anteriores; - A figura 9 é uma vista em perspectiva do aparelho de corte, com algumas partes eliminadas da figura para melhor ilustrar outras; - As figuras 10 a 13 ilustram esquematicamente o aparelho de corte em respectivas configurações de operação.

DESCRIÇÃO DETALHADA DE FORMAS DE INCORPORAÇÃO PREFERIDAS DA INVENÇÃO

[026] Com referência aos desenhos anexos, o algarismo 1 indica um aparelho para o corte de um tubo 2 feito de material termoplástico.

[027] O aparelho de corte 1 pode ser vantajosamente usado para o corte de tubos 2 feitos de material termoplástico, de preferência tubos 2 feitos de material termoplástico semicristalino.

[028] Ainda mais preferencialmente, o aparelho de corte 1 pode ser vantajosamente usado para o corte de tubos 2 de polietileno (PE) e de polipropileno aleatório (PP-R - Random Polypropylene).

[029] O aparelho 1 é, também, especialmente adequado para o corte de tubos 2 de diâmetro muito grande (maior do que 80 cm) e paredes muito grossas (maior do que 9 cm).

[030] O aparelho 1 compreende meios de corte T que têm uma ferramenta equipada com um disco 3 rotativo em torno de um eixo X1, que estão configurados para permitir que o eixo X1 do disco 3 gire em torno de um eixo X2 do tubo 2, e para permitir que o mesmo disco 3 penetre no tubo 2 em uma direção radial.

[031] De preferência, o disco 3 pode girar livremente em torno do seu próprio eixo X1, isto é, ele é um disco de giro livre.

[032] Deve ser notado que a combinação do movimento de rotação do eixo X1 do disco 3 em torno de um eixo X2 do tubo 2, e o movimento de penetração radial do disco 3 na parede do tubo 2 faz com que o movimento resultante do disco 3 seja um movimento substancialmente em espiral.

[033] Mais especificamente, o eixo X1 do disco 3 é paralelo ao eixo X2 do tubo 2 sendo cortado.

[034] Deve ser notado que o disco 3 é portado por um primeiro braço 10. Mais especificamente, o disco 3 está conectado a uma extremidade livre do braço 10.

[035] O primeiro braço 10 está conectado de forma rotativa (através de uma articulação) a uma estrutura de suporte 7. Mais especificamente, o primeiro braço 10 está articulado à estrutura 7 no ponto indicado pelo algarismo 110.

[036] Assim, o primeiro braço 10 é rotativo em relação à estrutura de suporte 7.

[037] De preferência, o primeiro braço 10 é acionado para girar em relação à estrutura de suporte 7 por meio de um atuador (preferencialmente hidráulico).

[038] A estrutura de suporte 7 suporta, portanto, os meios de corte T.

[039] A estrutura de suporte 7 tem, preferencialmente, um formato anelar.

[040] Deve ser notado que a estrutura de suporte 7 está configurada para ser acionada de maneira a girar em torno do eixo X2 do tubo 2, de modo a permitir o movimento de rotação do eixo X1 do disco 3 em torno do eixo X2 do tubo 2.

[041] O aparelho 1 também compreende meios de acionamento A2 para acionarem a estrutura de suporte 7 em rotação em relação ao eixo X2 do tubo 2.

[042] Os meios de acionamento A2 preferivelmente compreendem um motor acoplado à estrutura de suporte 7, para acionar a estrutura 7 em rotação em relação ao eixo X2 do tubo 2.

[043] A estrutura 7 é suportada, em relação a uma estrutura de montagem, por uma pluralidade de elementos rotativos R1 a R4.

[044] Os elementos rotativos R1 a R4 engatam-se com a periferia externa da estrutura de suporte anelar 7, para permitir que a estrutura 7 gire em torno do seu próprio eixo (que coincide com o eixo X2 do tubo).

[045] Mais especificamente, na forma de incorporação ilustrada, os meios de acionamento A2 estão acoplados a um dos elementos rotativos R1 a R4 (no caso ilustrado, os meios A2 estão acoplados ao elemento rotativo R2), para acioná-lo em rotação, fazendo assim com que a estrutura 7 gire.

[046] O aparelho 1 compreende ainda um dispositivo I1 que se opõe ao tubo 2.

[047] O dispositivo I1 que se opõe ao tubo 2 compreende um elemento rotativo 12. O elemento rotativo 12 tem formato substancialmente cilíndrico.

[048] O dispositivo I1 que se opõe ao tubo 2 impede a deflexão do tubo 2 enquanto ele está sendo cortado.

[049] Com efeito, o elemento rotativo 12 e o disco 3 estão localizados, um em relação ao outro, de maneira a operarem no tubo 2 a partir de posições opostas (de preferência a 180° um do outro), em relação ao eixo X2 do tubo 2.

[050] O elemento rotativo 12 é suportado pela estrutura de suporte 7.

[051] Mais especificamente, o elemento rotativo 12 está conectado à estrutura de suporte 7.

[052] O elemento rotativo 12 é suportado por um segundo braço 11, que está articulado (conectado rotativamente por meio de uma articulação) à estrutura de suporte 7.

[053] De acordo com a invenção, o aparelho 1 também compreende meios de lubrificação L para o disco 3, configurados de maneira a operarem em pelo menos uma porção P1, P2 - que não está em contato com a parede do tubo 2 - de uma face F1 , F2 do disco 3, para liberarem uma predeterminada quantidade de lubrificante sobre o disco, de modo a reduzir o atrito entre o disco 3 e o tubo 2 quando a porção P1, P2 entra posteriormente em contato com a parede do tubo 2 a ser cortado (isto é, durante o corte).

[054] Deve ser notado que a predeterminada quantidade de lubrificante é uma quantidade de lubrificante adequada, de modo a evitar que o lubrificante escorra sobre o tubo 2, o que inevitavelmente contaminaria o tubo e causaria os problemas descritos acima com referência ao estado da técnica anterior.

[055] De preferência, os meios de lubrificação L estão configurados para liberarem a predeterminada quantidade de lubrificante sobre uma porção (zona) radial do disco 3, a fim de lubrificar a superfície inteira do disco 3 enquanto o disco 3 gira.

[056] Esta porção radial é, portanto, uma área radial do disco 3 que recebe o lubrificante instantaneamente; à medida que o disco 3 gira, esta área radial cobre diferentes zonas do disco.

[057] Preferivelmente, os meios de lubrificação L compreendem meios E que fornecem um lubrificante fluido. De preferência, o lubrificante fluido é um óleo lubrificante.

[058] Deve ser notado que os meios de lubrificação L estão configurados para aplicarem um filme de lubrificante sobre a porção P1, P2 da face F1, F2 do disco 3. O filme é criado de maneira a impedir que o lubrificante fluido escorra sobre o tubo 2.

[059] Na forma de incorporação ilustrada nos desenhos anexos, os meios de lubrificação L compreendem primeiras unidades de distribuição L1, operando em pelo menos uma porção de uma primeira face F1 do disco 3, para a sua lubrificação, e segundas unidades de distribuição L2, operando em pelo menos uma porção de uma segunda face F2 do disco 3, oposta à primeira face F1, para sua lubrificação.

[060] As primeiras unidades de distribuição L1 e as segundas unidades de distribuição L2 compreendem, cada uma, um elemento de distribuição 5A, 5B.

[061] Na forma de incorporação ilustrada, o elemento de distribuição 5A, 5B está configurado para distribuir um lubrificante líquido enquanto o disco 3 está em movimento.

[062] As figuras 7 e 8 ilustram um elemento de distribuição 5A.

[063] Deve ser notado que o elemento de distribuição 5A compreende uma pluralidade de canais 6 para distribuição do lubrificante, que estão configurados para permitirem que o lubrificante seja distribuído de forma substancialmente uniforme na porção P1, P2 de pelo menos uma face F1, F2 do disco 3.

[064] Conforme explicado abaixo, os canais de distribuição 6 estão conectados a uma fonte de lubrificante fluido.

[065] Deve ser notado que, de preferência, mas não necessariamente, cada elemento de distribuição 5A, 5B é recoberto por uma camada de feltro 13A, 13B (ou, em termos mais gerais, por um material tendo propriedades higroscópicas).

[066] De um modo geral, a camada de feltro 13A, 13B constitui um elemento absorvente 13A, 13B. O elemento absorvente 13A, 13B possuindo propriedades higroscópicas fica em contato direto com o disco 3, de modo a liberar nele o líquido lubrificante durante o corte.

[067] Na forma de incorporação ilustrada, o elemento absorvente 13A, 13B está assim configurado para absorver o lubrificante fluido e entrar em contato com a porção P1, P2 da face F1, F2 do disco 3, de modo a transferir o lubrificante fluido para o disco 3 à medida que o dito disco se move.

[068] Na forma de incorporação ilustrada nos desenhos anexos, as primeiras unidades de distribuição L1 e as segundas unidades de distribuição L2 estão associadas a um recipiente 4 em formato de caixa.

[069] O recipiente 4 em formato de caixa possui um primeiro invólucro em forma de concha 15A e um segundo invólucro em formato de meia concha 15B que estão acoplados (articulados) entre si.

[070] O recipiente 4 em formato de caixa está conectado, isto é, fixado, ao primeiro braço 10.

[071] De um modo geral, o recipiente 4 em formato de caixa constitui meios C para o acoplamento das unidades de distribuição L1, L2 com os meios de corte T, configurados para permitirem que as unidades de distribuição L1, L2 fiquem em contato com os meios de corte T de modo a liberarem o lubrificante na porção P1, P2 das faces F1, F2 do disco 3.

[072] Na forma de incorporação ilustrada, o aparelho 1 compreende meios E para fornecerem o lubrificante fluido.

[073] Os meios E para fornecerem o lubrificante fluido compreendem um dispositivo 8 para bombear o lubrificante fluido, e um tanque de coleta de lubrificante 9, isto é, uma fonte de lubrificante 9, à qual o dispositivo de bombeamento 8 está conectado para extrair o referido lubrificante fluido (mostrado claramente na figura 5).

[074] O dispositivo de bombeamento 8 está conectado com os elementos de distribuição 5A, 5B para fornecer aos elementos de distribuição 5A, 5B o lubrificante fluido extraído da fonte, isto é, do tanque de coleta 9, de modo a que o lubrificante seja transferido para o disco 3.

[075] Mais especificamente, o dispositivo de bombeamento 8 está conectado com os canais de distribuição 6 através dos quais o lubrificante fluido é distribuído.

[076] O tanque de coleta 9 está acoplado rotativamente (por meio de uma articulação) à estrutura de suporte 7.

[077] O aparelho 1 compreende meios de acionamento A1 para acionarem a rotação pelo menos do tanque de coleta 9 em relação à estrutura de suporte 7, estes meios de acionamento estando configurados para acionarem a rotação do tanque de coleta 9 durante a rotação da estrutura de suporte 7 em torno do eixo X2 do tubo 2, mantendo assim uma orientação predeterminada do tanque de coleta 9.

[078] Deve ser notado que, de acordo com o que foi descrito acima, o tanque de coleta 9 mantém uma orientação predeterminada em relação à estrutura de suporte do aparelho de corte 1, de modo a manter o lubrificante fluido na mesma posição no interior do tanque de coleta 9, independentemente da posição angular da estrutura de suporte 7 (e, portanto, do tanque de coleta 9) em relação ao eixo X2 do tubo 2.

[079] Mais especificamente, o tanque de coleta 9 e o dispositivo de bombeamento 8 estão integrados em uma estrutura 17 (mostrada claramente na figura 5).

[080] A estrutura 17 está fixada à estrutura de suporte 7 e compreende duas porções: - Uma primeira porção 16 que, durante o uso, pode ser fixada à estrutura de suporte 7; - Uma segunda porção 18 que está conectada rotativamente (por meio de uma articulação) à primeira porção 16.

[081] A segunda porção 18 suporta o tanque de coleta 9 e o dispositivo de bombeamento 8.

[082] O aparelho 1 compreende meios (não mostrados na figura 5) para acionarem a rotação da segunda porção 18 em relação à primeira porção 16.

[083] Estes meios de acionamento rotativo permitem a rotação da segunda porção 18 em relação à primeira porção 16.

[084] Os meios de acionamento da rotação da segunda porção 18 em relação à primeira porção 16 compreendem, de preferência, mas não necessariamente, junções rotativas elétricas e / ou hidráulicas e / ou anéis deslizantes.

[085] A segunda porção 18, com todos os elementos conectados a ela, gira em relação à primeira porção 16.

[086] Deve ser notado que a estrutura de suporte 7 é suportada por um carrinho móvel 14, que é móvel pelo menos ao longo da direção da extensão do eixo X2 do tubo 2.

[087] Assim, os meios de corte T e os meios de lubrificação L estão associados ao carrinho móvel 14.

[088] O aparelho 1 compreende ainda meios B para travarem o tubo 2, associados ao carrinho móvel 14, que podem se mover entre uma posição de não interferência e uma posição de travamento na qual eles se acoplam com o tubo 2, a fim de restringirem o carrinho 14 em relação ao tubo 2.

[089] Os meios B para travarem o tubo 2 compreendem preferencialmente um par de mandíbulas prendedoras móveis entre a posição de não interferência e a posição de travamento.

[090] De preferência, uma primeira mandíbula prendedora está posicionada de modo a travar o tubo 2 a montante do plano de corte (isto é, do plano no qual o tubo 2 é cortado), e uma segunda mandíbula prendedora está posicionada de maneira a travar o tubo 2 a jusante do plano de corte do tubo 2.

[091] Deve ser notado que o plano de corte é um plano em ângulo reto em relação ao eixo X2 do tubo 2.

[092] Deve também ser notado que o aparelho de corte 1 está configurado para ser instalado em uma linha de extrusão de um tubo de material termoplástico.

[093] Também está vantajosamente definida uma linha de extrusão de tubos termoplásticos que compreende o aparelho de corte 1 que constitui o objeto do presente invento.

[094] Encontra-se abaixo uma descrição de como a invenção funciona; o exemplo que se segue refere-se à forma de incorporação descrita e não deve ser considerado como restritivo, sendo apresentado apenas para uma melhor compreensão da invenção.

[095] As figuras 10 a 13 ilustram as etapas de operação do corte de um tubo 2.

[096] Os meios de acionamento rotativo A2 são acionados para transportarem a estrutura de suporte 7 em rotação em torno do eixo X2 do tubo 2.

[097] Deve ser notado que a rotação da estrutura de suporte 7 em torno do eixo X2 do tubo 2 provoca a rotação do eixo X1 do disco 3 em torno do eixo X2 do tubo 2, e uma rotação (simultânea) do disco 3 em torno do seu próprio eixo X1, por efeito do atrito com o tubo 2 quando o disco 3 entra em contato com o tubo 2 a ser cortado.

[098] Além disso, enquanto a estrutura de suporte 7 gira em torno do eixo X2 do tubo 2, o braço 10 é girado para permitir que o disco 3 penetre na parede do tubo 2.

[099] As figuras 10 a 13 ilustram o disco 3 com o eixo X1 em diferentes posições em relação ao eixo X2 do tubo 2, e com o disco 3 penetrado na parede do tubo 2 em diferentes extensões.

[0100] Mais especificamente, a estrutura de suporte 7 é acionada em rotação no sentido de rotação indicado pelo caractere W.

[0101] Vantajosamente, durante a rotação em torno do eixo X1, porções diferentes das faces F1 e F2 do disco 3 entram em contato com os meios de lubrificação L, a fim de receberem o lubrificante.

[0102] Assim, cada porção de uma face F1 e F2 do disco 3 é lubrificada quando ele penetra na parede do tubo 2.

[0103] Logo, o atrito entre o disco 3 e a parede do tubo 2 é grandemente reduzido, permitindo desse modo um melhor corte do tubo 2.

[0104] Disto resulta que o torque necessário para girar o eixo X1 do disco 3 em torno do eixo X2 do tubo 2 é grandemente reduzido.

[0105] Deve ser notado que esta lubrificação do disco 3 é de preferência uma lubrificação contínua, que ocorre quando o disco 3 gira em torno do seu próprio eixo X1.

[0106] Também deve ser notado que o lubrificante é fornecido em uma quantidade adequada para evitar que escorra sobre o tubo 2: isto evita vantajosamente que o lubrificante se acumule sobre a superfície do tubo 2 ou no interior do tubo 2.

[0107] Prevenir que o tubo seja contaminado com o lubrificante fluido é de primordial importância, porque esses tubos 2 normalmente são utilizados para o transporte de água potável.

[0108] A lubrificação do disco 3 é tal que o atrito entre o disco 3 e o tubo 2 durante o corte é particularmente reduzido; isto permite vantajosamente que o aparelho 1 também corte tubos com diâmetros muito grandes e paredes muito grossas, sem a necessidade de um torque particularmente elevado para acionar os meios de acionamento A2.

[0109] Além disso, a lubrificação do disco 3 de acordo com a invenção reduz o desgaste do disco 3, aumentando assim a vida útil do disco de corte 3 e do aparelho 1.

[0110] Em formas de incorporação não ilustradas, os meios de lubrificação L estão configurados para liberarem sobre uma porção P1, P2 de uma ou de ambas as faces F1, F2 do disco 3 um lubrificante sólido (liberado na forma de partículas).

[0111] O lubrificante sólido pode ser, por exemplo, de grafite.

[0112] De acordo com este aspecto, por conseguinte, os meios de lubrificação L compreendem um elemento (por exemplo, de grafite ou de outro material sólido) que, em contato com o disco 3, transfere para ele partículas lubrificantes.

[0113] Ainda em outras formas de incorporação não ilustradas, os meios de lubrificação L estão configurados para liberarem sobre uma porção P1, P2 de uma ou de ambas as faces F1, F2 do disco 3 um lubrificante vaporizado ou atomizado.

[0114] Em tais formas de incorporação, por conseguinte, os meios de lubrificação L compreendem bicos concebidos para pulverizarem o lubrificante fluido sobre o disco 3 na forma de um jato vaporizado (vapor) ou de uma névoa.

[0115] Deve ser notado que esses meios de lubrificação L são configurados para liberarem no disco 3 uma quantidade de lubrificante adequada, para que não escorra sobre o tubo 2.

[0116] Uma vantagem desta invenção é que ela provê um aparelho de corte 1 que é capaz de cortar até mesmo um tubo 2 com diâmetro muito grande e paredes espessas.

[0117] Também é definido pelo invento um método para o corte de um tubo 2 de material termoplástico, compreendendo as seguintes etapas: - Preparar uma ferramenta com um disco rotativo 3 tendo um eixo de rotação X1; - Fazer com que o eixo de rotação X1 do disco 3 gire em torno do eixo X2 do tubo 2, e colocar o disco 3 na parede do tubo 2 a fim de cortar o tubo 2; - Liberar uma predeterminada quantidade de lubrificante em pelo menos uma porção P1, P2 de uma face F1, F2 do disco 3, para lubrificar o disco 3, reduzindo assim o atrito entre o disco 3 e o tubo 2 durante o corte.

[0118] De preferência, durante a etapa de liberação de uma predeterminada quantidade de lubrificante, o lubrificante é liberado de forma substancialmente contínua.

[0119] Deve ser notado que, de acordo com a invenção, o corte do tubo 2 ocorre por separação do material.

Claims

1. Aparelho para o corte de um tubo (2) feito de material termoplástico, compreendendo: - meios de corte (T), compreendendo um disco de corte (3) capaz de girar em torno de um eixo (X1) e concebido para permitir um movimento de rotação do eixo (X1) do disco (3) em torno de um eixo (X2) do tubo (2), em que o disco (3) penetra na parede do tubo (2); caracterizado por compreender: - meios de lubrificação (L) para o disco (3), concebidos para operarem em pelo menos uma porção (P1, P2) de uma face (F1, F2) do disco (3), para nele liberarem uma predeterminada quantidade de lubrificante de modo a reduzir o atrito entre o disco (3) e o tubo (2) durante o corte.

2. Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os meios de lubrificação (L) compreenderem primeiras unidades de distribuição (L1), operando em pelo menos uma porção de uma primeira face (F1) do disco (3) para lubrificá-lo, e segundas unidades de distribuição (L2), operando em pelo menos uma porção de uma segunda face (F2) do disco (3), que é oposta à primeira face (F1), para lubrificá-lo.

3. Aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por os meios de lubrificação (L) serem concebidos para liberarem a referida predeterminada quantidade de lubrificante sobre uma porção radial do disco (3).

4. Aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por os meios de lubrificação (L) serem concebidos para liberarem um lubrificante fluido na porção (P1, P2) da face (F1, F2) do disco (3).

5. Aparelho de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por os meios de lubrificação (L) compreenderem pelo menos uma unidade de distribuição (L1, L2) provida com pelo menos um elemento de distribuição (5A, 5B), que é concebido para liberar um lubrificante pelo menos em uma referida porção (P1, P2) da face (F1, F2) do disco (3), durante o movimento do disco (3).

6. Aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por compreender pelo menos uma unidade de distribuição (L1, L2) que compreende um elemento absorvente (13A, 13B), concebido para absorver um lubrificante fluido e para fazer contato com a porção (P1, P2) da face (F1, F2) do disco (3), para liberar o lubrificante fluido durante o movimento do disco (3).

7. Aparelho de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizado por pelo menos um elemento de distribuição (5A, 5B) compreender uma pluralidade de canais (6) para distribuir o lubrificante fluido, concebidos para permitirem a distribuição do lubrificante fluido na porção (P1, P2) de pelo menos uma face (F1, F2) do disco (3).

8. Aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por compreender: - uma estrutura de suporte anelar (7) para os meios de corte (T), concebida para ser acionada para girar em torno do eixo (X2) do tubo (2), de modo a permitir o movimento de rotação do eixo (X1) do disco (3) em torno do eixo (X2) do tubo (2); - meios de acionamento (A2) para acionar a rotação da estrutura de suporte (7) em relação ao eixo (X2) do tubo (2).

9. Aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por os meios de lubrificação (L) compreenderem meios (E) para o fornecimento de um lubrificante fluido.

10. Aparelho de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por dos meios (E) para o fornecimento de lubrificante fluido compreenderem um dispositivo (8) para bombear o lubrificante fluido, e um tanque de coleta de lubrificante (9) ao qual o dispositivo de bombeamento (8) está conectado, para extrair o referido lubrificante fluido.

11. Aparelho de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por pelo menos o tanque de coleta (9) estar acoplado rotativamente com a estrutura de suporte (7), o aparelho compreendendo também meios de acionamento (A1) para acionarem a rotação do tanque de coleta (9) em relação à estrutura de suporte (7), com os ditos meios de acionamento sendo concebidos para acionarem a rotação do tanque de coleta (9) durante a rotação da estrutura de suporte (7) em torno do eixo (X2) do tubo (2), mantendo assim uma orientação predeterminada do tanque (9).

12. Aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por compreender ainda: - um carrinho (14) capaz de se mover pelo menos na direção da extensão do eixo (X2) do tubo (2), ao qual os meios de corte (T) e os meios de lubrificação (L) estão associados; - meios (B) para travamento do tubo (2), associados com o carrinho móvel (14), que podem se mover entre uma posição na qual eles não interferem com o tubo (2) e uma posição na qual eles travam o tubo (2), acoplando-se com o tubo (2) para restringirem o carrinho (14) em relação ao tubo (2).

13. Método para o corte de um tubo (2) feito de material termoplástico, conforme definido na reivindicação 1, caracterizado por compreender as seguintes etapas: - preparar um disco de corte (3), capaz de girar em torno do seu próprio eixo de rotação (X1); - fazer com que o eixo de rotação (X1) do referido disco (3) gire em torno do eixo (X2) do tubo (2), e avançar o disco (3) ao longo da parede do tubo (2) para cortar o tubo (2); - liberar uma predeterminada quantidade de lubrificante em pelo menos uma porção (P1, P2) de uma face (F1, F2) do disco (3), para lubrificar o disco (3) durante o corte, reduzindo assim o atrito entre o disco (3) e o tubo (2) durante o corte.

14. Método de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por durante a etapa de liberação de uma predeterminada quantidade de lubrificante em pelo menos uma porção (P1, P2) de uma face (F1, F2) do disco (3), o lubrificante ser liberado de forma contínua.

15. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 14, caracterizado por durante a etapa de liberação de uma predeterminada quantidade de lubrificante em pelo menos uma porção (P1, P2) de uma face (F1, F2) do disco (3), um lubrificante fluido ser liberado.

16. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 15, caracterizado por durante a etapa de liberação de uma predeterminada quantidade de lubrificante em pelo menos uma porção (P1, P2) de uma face (F1, F2) do disco (3), o dito lubrificante ser liberado em porções de ambas as faces (F1, F2) do disco (3).