BR112014029495B1 - Princípio ativo de degarelix liofilizado e seus métodos de produção,método para produzir um medicamento degarelix, e método para controlar a viscosidade de um produto de degarelix liofilizado - Google Patents

Princípio ativo de degarelix liofilizado e seus métodos de produção,método para produzir um medicamento degarelix, e método para controlar a viscosidade de um produto de degarelix liofilizado Download PDF

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Abstract

PRINCÍPIO ATIVO DE DEGARELIX LIOFILIZADOE SEUS MÉTODOS DE PRODUÇÃO, MÉTODO PARA PRODUZIRUM MEDICAMENTO DEGARELIX, E MÉTODO PARA CONTROLARA VISCOSIDADE DE UM PRODUTO DE DEGARELIX LIOFILIZADO. A presente invenção fornece métodos para a produção deum produto de degarelix liofilizado que, por reconstituição com águapara injeção numa quantidade de 20 mg/ml, apresenta uma viscosidadede até 15 mPas. A presente invenção também proporciona umprincípio ativo de degarelix liofilizado que mostra, após a dissoluçãoem água numa quantidade de 20 mg/ml, uma viscosidade de até 3,2mPas, e processos para fornecer este princípio ativo de degarelix liofilizado.

Description

Campo técnico
[001] A presente invenção refere-se a um processo de fabricação para a preparação de degarelix.
Antecedentes da invenção
[002] O câncer de próstata é uma das principais causas de morbi- dade e mortalidade para os homens no mundo industrializado. Degare- lix, também conhecido como FE200486, é um antagonista do receptor do hormônio de liberação de gonadotropina (GnRH) de terceira geração (um bloqueador de GnRH) que foi desenvolvido e aprovado para pacientes com câncer da próstata em necessidade de terapia de ablação do andrógeno (Doehn et al., Drugs 2006, vol 9, No. 8, pp 565-571;WO 09846634). Degarelix atua por bloqueio imediato e competitivo dos receptores GnRH na hipófise e, tal como outros antagonistas da GnRH, não causa uma estimulação inicial de produção de hormônio luteinizante através do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal e, portanto, não causa aumento de testosterona ou alargamento clínico (van Poppel, Cancer Management and Research, 2010: 2. 39-52; van Poppel et al, Urology, 2008, 71 (6), 1001-1006); James, E.F. et al., Drugs, 2009, 69(14), 19671976).
[003] Degarelix é um decapeptídeo linear sintético contendo sete aminoácidos não naturais, dos quais cinco são D-aminoácidos. Tem dez centros quirais na espinha dorsal do decapeptídeo. O resíduo de ami- noácido na posição 5 na sequência tem um centro quiral adicional na substituição da cadeia lateral dando onze centros quirais no total. O seu número de registro CAS é 214766-78-6 (de base livre) e está disponível comercialmente sob a marca FIRMAGON™. O princípio ativo é quimicamente designado como D-Alaninamida,N-acetyl-3-(2-naftalenil)-D- alanil-4-cloro-D-fenilalanil-3-(3-piridinil)-D-alanil-L-seril-4-[[[(4S)-hexa- hidro-2,6-dioxo-4-pirimidinil]carbonil]amino]-L-fenilalanil-4-[(aminocar- bonil)amino]-D-fenilalanil-L-leucil-N6-(1-metiletil)-L-lisil-L-prolil- e é representado pela estrutura química abaixo (a seguir também referido como Fórmula I):
[004] A estrutura de Degarelix também pode ser representada como: Ac-D-2Nal-D-4Cpa-D-3Pal- Ser-4Aph (L-Hor) -D-4Aph(Cbm)-Leu-Lys (iPr)-Pro-D-Ala-NH2 em que Ac é acetila, 2Nal é 2-naftilalanina, 4Cpa é 4-clorofenilalanina, 3Pal é 3-piridilalanina, Ser é serina, 4Aph é 4-aminofenilalanina, Hor é hidroorotila, Cbm é carbamoíla, Leu é leucina, Lys(iPr) é N6-isopropilli- sina, Pro é prolina e Ala é alanina.
[005] Para efeitos da descrição desta invenção, cada um dos ami- noácidos em Degarelix será dado a notação abreviada como se segue: AA1 é D-2Nal, AA2 é D-4Cpa, AA3 é D-3Pal, AA4 é Ser, AA5 é 4Aph (L- Hor), AA6 é D-Aph (Cbm), AA7 é Leu, AA8 é Lys (iPr), AA9 é Pro e AA10 é D-Ala.
[006] Assim, Degarelix pode ser representado como Ac-AA1-AA10- NH2.
[007] Degarelix foi previamente preparado usando metodologia de síntese de peptídeo em Boc-fase Boc (SPPS) como relatado em WO 98/46634 e Jiang et al., J. Med. Chem. 2001, 44, 453-467.
[008] WO2010/12835 e WO2011/066386 descrevem a preparação de degarelix usando uma estratégia Fmoc. WO2012/055905 e WO2012/055903 descrevem sínteses em fase líquida de degarelix.
Sumário da invenção
[009] A caracterização físico-química de degarelix mostrou que este decapeptídeo tem a capacidade de auto associar, e, eventualmente, formar géis em solução aquosa. Auto agregação torna este composto acumular um depot in situ quando administrado por injeção por via subcutânea ou intramuscular. O depot de degarelix foi mostrado fornecer uma liberação controlada do ativo ao longo de meses dependendo da dosagem. Presentemente, o fármaco é administrado em dosagens de 120 mg (40 mg/ml) para a primeira injeção, e de 80 mg (20 mg/ml) para a liberação sustentada ao longo de um mês.
[0010] Os presentes inventores verificaram surpreendentemente que a viscosidade, e, por conseguinte, propriedades de liberação sus-tentada e a biodisponibilidade, em relação ao medicamento reconstituído podem ser controladas por meio do processamento do peptídeo em bruto (por exemplo, obtido por estratégia de Fmoc, síntese em fase líquida ou outra via) para o princípio ativo. A viscosidade associada ao princípio ativo surpreendentemente correlaciona-se com a viscosidade associada com o medicamento, mesmo após uma nova liofilização e reconstituição. A viscosidade do medicamento tem de ser controlada dentro de uma faixa de até 15 mPas, de preferência dentro de uma faixa de 2 a 12 mPas, para se obter a formação do depot desejado e, assim a liberação sustentada. A presente invenção fornece processos que permitem a fabricação de medicamentos que mostram esta viscosidade, tal como determinado por reconstituição com o fluido de reconstituição a uma concentração de 20 mg de degarelix por ml de fluido de reconsti-tuição.
[0011] Num primeiro aspecto, a presente invenção proporciona as sim um método para controlar a viscosidade de um produto de degarelix para não ser maior do que 15 mPas, de preferência dentro de uma faixa de 2 a 12 mPas, tal como determinado por reconstituição com água para injeção numa quantidade de 20 mg de degarelix de base livre/ml, com-preendendo as etapas de: 1. fornecer um princípio ativo de degarelix liofilizado que mostra uma viscosidade de até 3,2 mPas, tal como determinado após dissolução em água contendo manitol (2,5% p/v) numa quantidade de 20 mg de base livre de degarelix/ml 2. dissolver a substância o princípio ativo de degarelix liofili- zado em água contendo manitol para fornecer uma mistura aquosa de degarelix-manitol; 3. liofilizar da mistura aquosa de degarelix-manitol para for-necer o medicamento de degarelix.
[0012] Num segundo aspecto, a presente invenção proporciona um método para a produção de um produto de degarelix liofilizado que mostra uma viscosidade de até 15 mPas, de preferência dentro de uma faixa de 2 a 12 mPas, tal como determinado por reconstituição com água para injeção numa quantidade de 20 mg de degarelix de base livre/ml, com-preendendo as etapas de: 1. fornecer um princípio ativo de degarelix liofilizado que mostra uma viscosidade de até 3,2 mPas, tal como determinado após dissolução em água contendo manitol (2,5% p/v) numa quantidade de 20 mg de base livre degarelix/ml 2. dissolver o princípio ativo de degarelix liofilizado em água contendo manitol para fornecer uma mistura aquosa de degarelix-mani- tol; e 3. liofilizar a mistura aquoso de degarelix-manitol para forne-cer o medicamento de degarelix.
[0013] Num terceiro aspecto, a presente invenção proporciona um método para a produção do medicamento de degarelix que compreende um medicamento de degarelix liofilizado e um líquido para reconstituição (fluido de reconstituição) que, por reconstituição com o referido líquido numa quantidade de 20 mg de base livre de degarelix/ml, mostra uma viscosidade de até 15 mPas, de preferência dentro de uma faixa de 2 a 12 mPas, compreendendo as etapas de: 1. dissolver um princípio ativo de degarelix liofilizado contendo manitol numa solução aquosa para fornecer uma mistura de de- garelix-manitol; 2. liofilizar a mistura de degarelix-manitol para fornecer o me-dicamento de degarelix, em que um agente redutor de viscosidade é adicionado à mistura de degarelix-manitol antes da liofilização.
[0014] A presente invenção também proporciona um medicamento de degarelix liofilizado que mostra, por dissolução em água contendo 2,5 % em peso de manitol numa quantidade de 20 mg de base livre de degarelix/ml, uma viscosidade de até 3,2 mPas, e processos para for-necer este princípio ativo de degarelix liofilizado.
[0015] Além disso, a presente invenção proporciona um medica mento compreendendo um medicamento de degarelix liofilizado e um fluido de reconstituição que, por reconstituição com o referido fluido de reconstituição numa quantidade de 20 mg de base livre de degarelix/ml, apresenta uma viscosidade de até 15 mPas, de preferência dentro de uma faixa de 2 a 12 mPas, e contém um agente redutor de viscosidade numa quantidade de 0,001 a 5 mg/ml.
Figuras
[0016] A Figura 1 mostra a relação entre a viscosidade do princípio ativo e a viscosidade do medicamento.
[0017] As Figuras 2 e 3 mostram a relação entre a viscosidade di nâmica da suspensão dosagem de degarelix (20 mg/ml) e as concen-trações plasmáticas de degarelix (rato) no dia 3 (Figura 2) e 28 dias (Figura 3).
Descrição detalhada da invenção
[0018] Os métodos para a produção de um produto de degarelix liofi- lizado ambos de acordo com o primeiro e o segundo aspecto inicial com o princípio ativo de degarelix, que serão descritos em mais detalhes.
A substância do fármaco degarelix
[0019] O degarelix decapeptídeo pode ser preparado por síntese de peptídeo em fase sólida, tal como divulgado em WO98/46634, WO2010/12835 e WO2011/066386, ou por síntese de peptídeo em fase líquida, tal como descrito em WO2012/055905 ou WO2012/055903. Esta síntese de peptídeo fornece degarelix bruto que é, em seguida, ainda purificado e liofilizado para fornecer um produto liofilizado que consiste em degarelix, ácido acético, uma quantidade residual de água, e pequenas quantidades de impurezas devido ao processo de produção, se as houver. Este produto é referido como princípio ativo de de- garelix ou meramente princípio ativo na presente invenção. O princípio ativo de degarelix consiste, de preferência, de degarelix, 4,5 a 10 % em peso de ácido acético (p/p), e até 10 % em peso de água (p/p).
[0020] A fabricação do princípio ativo pode ser dividida em uma pri meira etapa (A) proporcionando degarelix purificado em solução, e uma segunda etapa (B) fornece o princípio ativo de degarelix.
Etapa (A): purificação
[0021] A etapa (A) compreende a purificação de degarelix bruto em uma ou mais etapas, de preferência duas etapas, opcionalmente seguido por uma concentração em coluna e/ou etapa de troca de sal.
[0022] Degarelix em bruto, tal como obtido por LPPS ou SPPS, é em primeiro lugar submetido a purificação. A purificação é de preferência realizada mediante a aplicação da solução de peptídeo obtida por SPPS ou LPPS a uma coluna com material de fase reversa, que é de preferência pré-equilibrada com tampão. Esta primeira etapa de purificação proporciona de preferência uma pureza de pelo menos 95%, como determinado por HPLC.
[0023] Numa modalidade preferida, a cromatografia de coluna de fase inversa é repetida para se obter um produto com uma pureza de pelo menos 97,5%, como determinado por HPLC.
[0024] Numa modalidade particularmente preferida, a solução de degarelix purificado com uma pureza de pelo menos 95%, preferencial-mente de pelo menos 97,5% é submetida a etapa de cromatografia de coluna adicional para pré-concentrar a solução de degarelix e/ou para troca de sal (particularmente se o ácido acético é utilizado para o ajuste do pH dos eluentes na última etapa de purificação).
[0025] Esta pré-concentração e/ou etapa de troca de sal também é preferencialmente realizada numa coluna de fase reversa: A solução de degarelix purificada é diluída com água (preferencialmente 1,5 a 2,5 ve-zes) e aplicada à coluna, pré-equilibrada com tampão. A coluna é de preferência em primeiro lugar lavada com etanol (concentração baixa, geralmente inferior a 20%) e acetato de amônia aquoso e subsequente-mente com etanol (concentração baixa, geralmente inferior a 20%)/ ácido acético/água. A coluna é então eluída, por exemplo com etanol (concentração elevada, geralmente 20 a 60%)/ácido acético/água para se obter uma solução mais concentrada de degarelix em comparação com as soluções após a(s) etapa(s) de purificação. O processo não se limita ao etanol como um modificador orgânico no eluente. Outros solventes, tais como acetonitrila, também podem ser usados.
[0026] Etapa (A) fornece degarelix purificado em solução.
Etapa (B)
[0027] O tratamento subsequente do degarelix purificado em solução para se obter o princípio ativo de degarelix pode ser realizado de diferentes maneiras. No que se segue, quatro formas preferidas são ilustradas (Etapas (B1), (B2), (B3) e (B4)).
Etapa (B1): Concentração - Desagregação - Liofilização
[0028] O degarelix purificado em solução é primeiro submetido a uma etapa de concentração em que o etanol ou outro modificador orgâ-nico, tal como acetonitrila é removido por evaporação. Esta etapa é pre-ferencialmente realizada com um evaporador rotavapor. A temperatura máxima preferida durante a evaporação é de 40°C. O produto de dega- relix viscoso altamente concentrado resultante (produto agregado que é geralmente na forma de gel) é então tratado com ácido acético (etapa desagregação), de preferência filtrado e liofilizado.
[0029] A etapa de desagregação é importante para controlar a vis cosidade do princípio ativo. Portanto, a etapa de desagregação é reali-zada, de preferência com um ou mais, mais preferencialmente todas as seguintes condições: • concentração final de ácido acético: 6 a 40%, preferivel-mente 15 a 35% (v/v) • temperatura 0 a 35°C, de preferência de 2 a 30°C, mais preferencialmente de 5 a 15°C • concentração de degarelix (base livre) 5 a 35 g/l, de prefe-rência de 10 a 20 g/l • tempo de 1 a 15 horas
[0030] Dentro destes limites, combinações adequadas de parâme tros do processo podem ser verificadas por simples experimentação.
[0031] A etapa de liofilização é preferencialmente realizada a uma espessura do gelo de 1,2 a 2,4 cm, e um tempo de secagem secundária de 1 a 17 horas. A temperatura de secagem secundária é normalmente cerca de 20°C (15 a 25°C).
[0032] Numa modalidade preferida, a etapa (B1), assim fornece um princípio ativo liofilizado que mostra uma viscosidade inferior a 3,2 mPas, de preferência entre 1,15 e 2 mPa.s (como determinado mediante dissolução em uma quantidade de 20 mg de base livre de degarelix em 1 ml de água, contendo 2,5% (p/v) de manitol). O método para a medição da viscosidade é descrito na seção experimental. O princípio ativo cumpre este requisito de viscosidade é ainda referido como princípio ativo (1), enquanto que um princípio ativo não cumpre este requisito de viscosidade é ainda referido como princípio ativo (2). Princípio ativo (2) tem uma viscosidade preferida de 3,2 a 15 mPas, mediante dissolução em uma quantidade de 20 mg em 1 ml de água. Princípio ativo (2) pode mesmo ser do tipo gel, numa condição de significativamente mais do que 3,2 mPas, ainda que a sua viscosidade não pode ser medida com precisão.
[0033] A este respeito, é de notar que "mediante dissolução em uma quantidade de 20 mg em 1 ml de água" refere-se meramente às condi-ções para a medição da viscosidade e não significa que o princípio ativo está presente em uma solução de 20 mg/ml. Mais preferencialmente, o princípio ativo está presente na forma liofilizada.
[0034] O princípio ativo, em particular o princípio ativo (1), é, de pre ferência ainda caracterizado por um teor de ácido acético de 4,5 a 10,0% (p/p) e/ou um teor de água de 10% ou menos (p/ pp). Além disso, o princípio ativo, em particular o princípio ativo (1), de preferência, apre-senta uma densidade óptica de 0,10 AU ou menos (a uma concentração de 20 mg de base livre de degarelix/ml em manitol 2,5% (aq)). O método para a medição da densidade óptica é descrito na seção experimental.
[0035] Assim, a invenção proporciona um método para produzir a princípio ativo de degarelix (1), que compreende as etapas de: a. purificar degarelix como obtido por síntese de peptídeos em fase líquida ou sólida para se obter uma solução de degarelix com uma pureza de pelo menos 95%; b. evaporar o solvente para concentrar a solução de degare- lix para obter degarelix agregado; c. desagregar o degarelix agregado com ácido acético; e d. liofilizar o degarelix desagregado para fornecer o princípio ativo de degarelix.
[0036] A invenção proporciona ainda um método para modular a viscosidade do degarelix, de tal modo que a seguir da liofilização e re-constituição com água, a viscosidade de uma solução de degarelix de 20 mg/ml em 2,5% p/v de manitol não é maior do que 15 mPas, que compreende: tratamento de degarelix agregado com ácido acético; e liofilização da mistura de degarelix e ácido acético.
[0037] Em certas modalidades, as condições para a adição de ácido acético e liofilização são como descritas acima. Em modalidades parti-culares, o teor de ácido acético a seguir à liofilização é 4,5 a 10,0% (p/p).
Etapa (B2): Concentração da coluna - liofilização
[0038] A solução de degarelix obtida na etapa A (de preferência, depois de um método de purificação de uma ou de duas etapas, por exemplo, sem pré-concentração/troca de sal) é carregada numa coluna cromatográfica, a troca de íons é realizada e a coluna é enxaguada (la-vada) com ácido acético diluído (cerca de 1%). Degarelix é eluído da coluna utilizando ácido acético aquoso a uma concentração de AcOH de 20 a 50 % em peso, preferencialmente de 23 a 37 % em peso, pre-ferencialmente de 23 a 27 % em peso, preferencialmente de 27 a 37 % em peso, preferencialmente de 33 a 37 % em peso, preferencialmente 35 % em peso, e, subsequentemente, opcionalmente diluído para concentração de AcOH, filtrada. Em seguida, a solução água/ AcOH de de- garelix é liofilizada. A fase estacionária na coluna pode ser de diferentes tipos. A fase estacionária pode conter grupos funcionais como os hidro- carbonetos (alifáticos e aromáticos), álcoois, nitrilas, grupos com propriedades ácidas/básicas apropriadas e os grupos de troca iônica, mas não se limita a este tipo de grupos. Este processo fornece a princípio ativo, de preferência princípio ativo (1).
[0039] Assim, a invenção também fornece um método para produzir a princípio ativo de degarelix, compreendendo as etapas de: a. purificar degarelix como obtido por síntese de peptídeos em fase líquida ou sólida para se obter uma solução de degarelix com uma pureza de pelo menos 95%; b. carregar a solução de degarelix para uma coluna croma- tográfica; c. eluir degarelix a partir da coluna com ácido acético para fornecer degarelix eluído; d. liofilizar o degarelix eluído para fornecer o princípio ativo de degarelix.
Etapa (B3): Isolamento através de liofilização-reconstituição em liofiliza- ção AcOH/água
[0040] Degarelix purificado em solução obtida após a etapa A é iso lado através de liofilização; o produto liofilizado resultante é dissolvido a uma concentração entre 10 e 20 g/l em ácido acético a 2%, e novamente liofilizado para dar a princípio ativo de degarelix (1).
Etapa (B4): Secagem por pulverização
[0041] Degarelix purificado em solução (EtOH/água contendo AcOH ou ACN/água contendo AcOH obtido após a etapa A, ou tal como descrito na etapa B1, exceto para liofilização, ou B2, exceto para a liofiliza- ção) é isolado através de secagem por pulverização para dar princípio ativo de degarelix (1).
[0042] Numa modalidade preferida, uma solução purificada de de- garelix tal como obtida na etapa A é diretamente submetida ao processo de secagem por pulverização. A concentração de AcOH da referida so-lução aquosa de degarelix submetida a secagem por pulverização é ajustada para 6 a 40% (v/v), de preferência 15 a 35% (v/v).
[0043] Após ter descrito a fabricação do princípio ativo, vamos agora descrever a fabricação do medicamento degarelix. O medicamento degarelix liofilizado compreende o princípio ativo degarelix e ma- nitol, ou seja, ele compreende (e de preferência consiste em) degarelix, ácido acético, manitol, uma quantidade residual de água, e pequenas quantidades de impurezas devido ao processo de produção, se as houver.
Processo de produção A do medicamento degarelix
[0044] Processo de produção A é o primeiro aspecto da invenção acima mencionado, ou seja, um método para a produção do medicamento degarelix que, após a reconstituição com água para injeção numa quantidade de 20 mg de base livre de degarelix/ml, apresenta uma vis-cosidade de até 15 mPas, de preferência dentro de uma faixa de 2 a 12 mPas, compreendendo as etapas de: a. fornecer um princípio ativo de degarelix liofilizado, de pre-ferência princípio ativo de degarelix (1); b. dissolver o princípio ativo de degarelix liofilizado em água contendo manitol para fornecer uma mistura aquosa de degarelix-mani- tol; c. liofilizar a mistura aquosa de degarelix-manitol para forne-cer o medicamento degarelix.
[0045] Na presente invenção, "por reconstituição com água para in jeção numa quantidade de 20 mg/ml" refere-se às condições para a me-dição da viscosidade e não significa que o medicamento está presente em uma solução de 20 mg/ml. Mais preferivelmente, o medicamento está presente na forma liofilizada, opcionalmente em combinação com um lí-quido de reconstituição. As quantidades preferidas por frasco estão na faixa de 60 a 300 mg (por exemplo, 120 mg, 80 mg e 240 mg). Alternati-vamente, pode ser fornecida como medicamento reconstituído, com concentrações preferidas na faixa de 2 a 100 mg/ml, de preferência de 10 a 70 mg/ml (tal como 40 mg/ml, 20 mg/ml e 60 mg/ml).
[0046] Etapa b pode também ser referida como a etapa de mistura. Numa modalidade preferida, filtração e enchimento do frasco são reali-zados após mistura e antes da liofilização de forma que todo o processo de produção A preferido compreende as etapas de: • Mistura para fornecer o medicamento não filtrado em massa • Filtração (estéril) • Enchimento do frasco • Secagem por congelamento/Liofilização
Mistura para fornecer o medicamento em massa
[0047] O princípio ativo é submetido a uma etapa de mistura, que é geralmente realizada como se segue:
[0048] Para a produção do medicamento em massa não filtrado, princípio ativo e manitol são dissolvidos em água (água pura, geralmente água Milli-Q), cada um em quantidades de 10 a 60 g, por 1000 g de tamanho do lote. As quantidades típicas são de 20 a 50 g do princípio ativo (como o teor de base livre de degarelix conforme determinado por HPLC e de 10 a 50 g de manitol por 1000 g. A quantidade real depende da concentração final de degarelix no medicamento e do volume do líquido de reconstituição (manitol é adicionado de preferência tal que uma solução isotônica com uma osmolalidade de 300 mOsm +/- 30 mOsm é obtida após reconstituição).
[0049] Para a produção, água (geralmente aproximadamente 80% da quantidade total de água) é adicionada a um reator de composição. O manitol é adicionado e dissolvido por agitação. Em seguida, o princípio ativo é adicionado à solução agitada de manitol e a massa formulada (em lotes) é trazida ao seu peso final, por adição da água restante. Esta mistura é realizada de uma maneira tal que um aumento significativo da viscosidade é evitado. A viscosidade do produto em massa assim preferivelmente permanece abaixo de 5 mPas, preferivelmente abaixo de 3,2 mPas durante a etapa de mistura (viscosidade determinada após filtração mediante dissolução em uma quantidade de 20 mg em 1 ml de 2,5% (m/v) de solução aquosa de manitol). Isto pode ser alcançado mo-lhando o peptídeo a uma velocidade de agitação elevada durante um período de tempo relativamente curto (até 30 minutos) e, em seguida, dissolvendo o peptídeo a uma velocidade de agitação reduzida para evitar a formação de espuma e agregação (geralmente durante 30 a 90 minutos). A temperatura é geralmente mantida dentro de uma faixa de 6 a 15°C. O agitador é de preferência um que fornece a mistura turbulenta sem vortex.
Filtração
[0050] O medicamento em massa, em seguida, é de preferência es terilizado por filtração, por exemplo, através de dois filtros de grau de esterilização colocados em série, por pressurização da massa formulada com nitrogênio.
Enchimento
[0051] Frascos esterilizados são cheios com o medicamento em massa filtrado e semi-rolhados (posição de liofilização) sob condições assépticas.
Liofilização
[0052] O liofilizador é preferencialmente esterilizado a vapor an tes da sua utilização. Os frascos são colocados nas prateleiras de liofilização. O subsequente processo de liofilização compreende pre-ferencialmente as etapas de congelamento, secagem principal (subli-mação), e a secagem secundária. As condições preferidas são como se segue: O processo de liofilização compreende preferencialmente, ou mesmo consiste em três etapas principais, ou seja, congelamento, secagem principal (sublimação) e secagem secundária.
• Congelamento
[0053] Os frascos são carregados em prateleiras refrigeradas man tida a 2 a 10°C, tal como 5°C.
[0054] As prateleiras são resfriadas a partir de 5°C a -30 a -40°C, tal como -35°C. A temperatura da prateleira é mantida a por exemplo, - 35°C durante um mínimo de duas horas para assegurar o congelamento completo de todo o lote antes do início da secagem principal.
• Secagem principal (sublimação)
[0055] Secagem principal é realizada através da redução da pres são na câmara (de preferência a 0,100 mbar ou menos) e aumentando a temperatura da prateleira (de preferência a 10 a 20°C, tal como +17°C).
[0056] O tempo de secagem principal prossegue durante pelo me nos 15 horas.
• Secagem secundária
[0057] Após a conclusão do processo de secagem primária, a pres são na câmara é reduzida (preferivelmente para 1 Pa (0,01 mbar) ou menos) e a temperatura da prateleira é aumentada (de preferência a 20 a 30°C, tal como 25°C). Secagem secundária é normalmente concluída dentro de sete horas.
[0058] O medicamento liofilizado é então rotulado e embalado e combinado com a quantidade adequada do líquido de reconstituição.
[0059] O líquido de reconstituição é selecionado dependendo da viscosidade do princípio ativo. Se o princípio ativo (1) é utilizado como material de partida para o processo de produção A, isto é, um princípio ativo liofilizado que mostra uma viscosidade inferior a 3,2 mPas, de pre-ferência entre 1,15 e 2 mPas (por dissolução em uma quantidade de 20 mg em 1 ml de 2,5 (p/p)% de solução aquosa de manitol), o medicamento resultante liofilizado é de preferência combinado com água para injeção (WFI) como líquido de reconstituição. Se o medicamento liofilizado é reconstituído com WFI, a viscosidade está, geralmente, na faixa de 2 a 15 mPas (medido por dissolução de 20 mg de degarelix (base livre) em 1 ml de WFI). Um medicamento com uma viscosidade dentro desta faixa foi verificado fornecer uma liberação do depot suficiente de degarelix in vivo.
Processo de produção B do medicamento degarelix
[0060] Processo de produção B é um método para a produção do medicamento degarelix compreendendo um medicamento de degarelix liofilizado e um líquido para reconstituição (fluido de reconstituição) que, por reconstituição com o referido líquido numa quantidade de 20 mg de base livre de degarelix/ml, mostra uma viscosidade de 15 mPas, de pre-ferência dentro de uma faixa de 2 a 12 mPas, compreendendo as etapas de: a. dissolver um princípio ativo de degarelix liofilizado numa solução aquosa contendo manitol para fornecer uma mistura degarelix- manitol; b. liofilizar a mistura degarelix-manitol para fornecer o medi-camento degarelix, em que um agente redutor de viscosidade é adicionado à mistura dega- relix-manitol antes da liofilização.
[0061] Etapa a também pode ser referida como etapa da composi ção. Numa modalidade preferida, filtração e enchimento do frasco são realizados após mistura e antes da liofilização de forma que todo o pro-cesso de produção B preferido compreende as etapas de: • mistura para fornecer o medicamento não filtrado em massa • filtração (estéril) • enchimento do frasco • secagem por congelamento/liofilização
[0062] Processo de produção B é idêntico ao processo de produção A, com a exceção de que na etapa de composição, um agente de redução de viscosidade, de preferência, um tensoativo não iônico é adicionado antes da liofilização. O tensoativo não iônico é de preferência adicionado numa quantidade de 0,0003 a 1,5 mg/ml para a solução a granel, o que corresponde a uma quantidade de 0,001 a 5 mg/ml, mais preferivelmente 0,1 a 1 mg/ml, em relação ao medicamento reconstituído (por exemplo, quando reconstituído para uma concentração de degarelix de 60 mg de base livre de degarelix/ml). Tensoativos não iônicos preferidos são aqueles com uma cadeia de alquila linear tendo pelo menos 8 átomos de carbono (de preferência, sem ligações duplas) e uma porção de car-boidrato. Particularmente preferidos são aqueles que são aprovados para injeções subcutâneas, tais como Tween 20 (Polissorbato 20). Outros ten- soativos não iônicos adequados incluem tocoferil-polietileno-glicol-1000- succinato (TPGS) e outros Tweens.
[0063] Como material de partida para o processo de produção B, princípio ativo (2) é de preferência utilizado, isto é, um princípio ativo liofilizado que mostra uma viscosidade de pelo menos 3,2 mPa.s (medi-ante dissolução em uma quantidade de 20 mg de base livre de degarelix em 1 ml de 2,5 % em peso de solução aquosa de manitol). O medica-mento liofilizado resultante é tipicamente combinado com WFI como lí-quido de reconstituição. Se o medicamento liofilizado é reconstituído com WFI, a viscosidade é, geralmente, na faixa de 2 a 15 mPas (como medo por dissolução de 20 mg de base livre de degarelix em 1 ml de WFI). Um medicamento com uma viscosidade dentro desta faixa foi verificado fornecer uma formação de depot suficiente para a liberação retardada in vivo de degarelix.
[0064] Processo de produção B é particularmente preferido para os produtos de degarelix que têm uma concentração relativamente elevada degarelix após reconstituição, tal como 50 mg de base livre de degare- lix/ml ou mais, por exemplo, 60 mg de base livre de degarelix/ml (240 mg de medicamento).
Novo medicamento de degarelix
[0065] Processo de produção B proporciona um novo medicamento de degarelix que difere de medicamentos conhecidos em que o medica-mento reconstituído contém um agente redutor de viscosidade. O agente redutor de viscosidade é aquele utilizado na etapa B, de preferência, um tensoativo não iônico.
[0066] A presente invenção proporciona assim um medicamento de degarelix que compreende um medicamento de degarelix liofilizado e um líquido para reconstituição que, por reconstituição com o referido líquido numa quantidade de 20 mg de base livre de degarelix/ml, apresenta uma viscosidade de até 15 mPas, de preferência dentro de um intervalo de 2 a 12 mPas, e contém um agente redutor de viscosidade numa quantidade de 0,001 a 5 mg/ml, mais preferivelmente 0,1 a 1 mg/ml.
Seção experimental Exemplo 1: Purificação, desagregação e liofilização
[0067] Degarelix em bruto foi sintetizado tal como descrito em WO2012/055905 A1, até a Etapa 12 no Exemplo 5. Etapa 13 como foi descrito em WO2012/055905 A1 foi substituído pelas seguintes etapas, em resumo, o processo de purificação do princípio ativo degarelix bruto, obtido depois da última etapa de desproteção, consiste em três etapas preparativas de cromatografia de fase reversa (RPC), em que a terceira etapa de RPC é, principalmente, uma etapa de dessalinização.
Etapa 13 (etapa de purificação):
[0068] Solução de degarelix em bruto a partir da etapa 12 em WO2012/055905A1 foi aplicada a uma coluna empacotada com material de fase reversa, pré-equilibrada com tampão (90% de 0,12% TFA e 10% de EtOH). Carga: <30 g/l de volume de coluna. A coluna foi lavada e eluída com um gradiente: Tampão (29% EtOH a 50 e 0,12% de TFA (aq) a 71% a 50%). As frações obtidas foram analisadas, e combinadas de tal modo que a pureza do conjunto principal satisfaz o critério de aceitação para o controle do processo.
[0069] Quando a eluição foi verificada pelo método de HPLC, a pu reza é >95%.
Etapa 14 (etapa de purificação):
[0070] A piscina principal obtida na etapa 13 foi diluída duas vezes com água e aplicada à coluna empacotada com material de fase reversa, pré-equilibrada com tampão (90% de AcOH a 1% e 10% de EtOH). Carga: < 25 g/l de volume de coluna. A coluna foi lavada primeiro com um primeiro tampão (10% de EtOH e 90% de 0,5 mol/l de AcONH4) e, em seguida, com um segundo tampão (90% de AcOH a 1% e 10% de EtOH).
[0071] A coluna foi então eluída com uma mistura de tampão e eta- nol (76% de AcOH a 1% e 24% de EtOH). As frações obtidas foram analisadas, e combinadas de tal modo que a pureza do conjunto principal satisfaz os critérios de aceitação para o controle do processo.
[0072] Quando a eluição foi verificada por "método HPLC", a pureza é >97.5%.
Etapa15 (pré-concentração/troca de sal):
[0073] A piscina principal obtida na etapa 14 foi diluída duas vezes com água e aplicado à coluna empacotada com material de fase reversa, pré-equilibrada com tampão (90% de AcOH a 1% e 10% de EtOH). Carga: < 18 g/l de volume de coluna. A coluna foi lavada primeiro com um primeiro tampão (10% de EtOH e 90% de 0,5 mol/l de AcONH4) e, em seguida, com um segundo tampão (90% de AcOH a 1% e 10% de EtOH). A coluna foi então eluída com uma mistura de tampão e eta- nol (50% de AcOH a 1% e 50% de EtOH).
[0074] Como uma alternativa, degarelix pode ser eluído com uma solução de AcOH/MeCN/água, tal como 12% de AcOH e 22% de MeCN em água.
Etapa 16 (concentração-desagregação-liofilização):
[0075] Antes da liofilização, o conjunto de soluções puras de dega- relix a partir da etapa 15 foi concentrado abaixo de 40°C. Ácido acético aquoso e água foram adicionados à solução concentrada, para dar uma concentração abaixo de 15 g/l, e uma concentração de ácido acético de 30%. Esta solução foi, então, filtrada e liofilizada para dar o princípio ativo degarelix. Pressão: <50 Pa (0,5 mbar) durante a secagem primária e secundária Temperaturas: temperatura final de congelamento: <-30 ° C temperatura final de secagem primária: 20°C temperatura final de secagem secundária: 20°C Tempo: 5 dias
Resultados
[0076] A viscosidade do princípio ativo obtido pela sequência de etapas era abaixo de 2,5 mPas, conforme determinado numa concen-tração de 20mg/ml em 2,5 (p/v) % de solução de manitol.
Exemplo 2: Método para a medição da viscosidade para o princípio ativo e o medicamento
[0077] Determinação da viscosidade da solução do princípio ativo e do medicamento é baseada na edição atual de Ph. Eur. e procedimento USP usando um viscosímetro rotativo equipado com um sistema de me-dição de cone e prato com D = 60 mm e 1°. A taxa de cisalhamento é aumentada de 0 a 500 s-1 em 20 etapas, usando um programa de etapa de rotação (CR) de taxa controlada a uma temperatura constante de 20 ± 0,2°C, tornando certo que o sistema atinja o equilíbrio antes da visco-sidade ser registrada em uma taxa de cisalhamento de 500 s-1. Exemplo 3: Método para medição da densidade óptica para o prin-cípio ativo e o medicamento Equipamento e materiais • espectrofotômetro de UV • cuvetas transmissoras de luz UV, caminho 10 mm. • tampas da cuveta • água para injeção (utilizada para a reconstituição do medi-camento degarelix e na célula de referência)
Desempenho de análise
[0078] Entre reconstituição e medição as amostras reconstituídas devem ser mantidas a 22°C ± 1°C.
[0079] O frasco do princípio ativo é reconstituído com solução aquosa de manitol em água 2,5% (p/v). O frasco com o princípio ativo é reconstituído com água para injeção. Dispensar o solvente para dentro do frasco e agitar o frasco até que a reconstituição é completa ou usar um vortex por alguns segundos. O líquido deve ser claro e sem pó não dissolvido ou partículas são visíveis. Manter o frasco na posição vertical e não agitar. A amostra é medida a 350 nm, a 120 minutos após a adição do solvente.
[0080] Quatro minutos antes da medição, a amostra deve ser ho mogeneizada, girando suavemente a cuveta cinco vezes para trás e para a frente através de aproximadamente 180 graus. A demora de quatro minutos permite que as bolhas de ar dispersar antes da leitura.
[0081] A absorção causada pela cuveta e pela água para injeção tem que ser deduzida do lido da amostra.
Exemplo 4: Secagem por pulverização Preparação de alimentação
[0082] Na preparação do alimento, a quantidade pesada de dega- relix, mostrada na tabela abaixo, foi dissolvida utilizando um agitador magnético. As soluções diferentes de alimentação, W-VI e AI-IV foram preparadas por adição de água Milli-Q, ou em ácido acético glacial puro (99,9%) da seguinte forma: a. Lote W-IV: o volume apropriado de água foi adicionado à quantidade pesada de degarelix b. Lote AI a A-III: para cada experimento, as soluções de ácido acético foram preparadas por diluição de 99,0% de ácido acético glacial com água Milli-Q, resultando em soluções de 30, 5, 2 porcento, a qual a quantidade pesada de degarelix como adicionada
[0083] Antes de todas as corridas de secagem por pulverização, o peptídeo reconstituído foi filtrado para um frasco de medição através de um filtro de 0,20 μm Sartoriuos Ministar antes da secagem por pulveri-zação.
Secagem por pulverização
[0084] Antes da secagem por pulverização, a temperatura de en trada e a taxa de alimentação foram ajustadas. A tubagem da bomba foi colocada na solução de alimentação, e a secagem foi iniciada. Quando a secagem foi completada, a temperatura de entrada foi deixada cair para 700°C antes do ciclone e do recipiente de coleta foram desmontados para a coleta de pó. O pó foi coletado com escovas em placas de Petri, as quais foram pesadas antes e após a coleta para determinar o rendimento. Resumo da configuração aplicada para a secagem por pulverização A viscosidade de degarelix reconstituído seco por pulverização a partir de soluções de ácido acético de quatro concentrações diferentes (AI a A-III) em comparação com um lote de degarelix seco por pulverização a partir de água (W-IV)
Exemplo 5: Concentração da coluna - liofilização
[0085] O conjunto a partir da etapa 14 do Exemplo 1 foi diluído com água e aplicado a uma coluna empacotada com material de fase inversa. Após lavagem da coluna com AcOH a 1% em água degarelix foi eluído com AcOH a 35% em água. As frações foram ajustadas para conter 35 g de degarelix/ l, AcOH a 27% (Amostra 1) e 15 g de degare- lix/l, AcOH a 30% (Amostra 2). As frações ajustadas foram liofilizadas e analisadas. Resultado: Ver a tabela abaixo: Exemplo 6: Fabricação do princípio ativo degarelix e estudos de desagregação o Materiais Estudos de desagregação do princípio ativo purificado, bruto - Degarelix purificado, bruto foi fornecido a uma concentração de 57,4 mg/ml - Ácido acético 100% foi fornecido pela Merck - Equipamento de desagregação: • Recipiente da mistura: recipiente de 300 ml de vidro com parede dupla • Garrafas de tampa azul, 50 ou 100 ml • Magneto • Agitador magnético - Embalagem primária: • Frascos de vidro incolor 20R. Os frascos foram lavados e secos numa câmara de calor. • Tampas de 20 milímetros de liofilização tipo I de acordo com Ph. Eur/USP 20 milímetros tampas flip-off Fabricação de medicamentos utilizando os princípios ativos desagregados - Dois princípios ativos experimentais foram usados. Como um controle, um princípio ativo comercial é utilizado. - Manitol: D (-) manitol (PF-05-0232) - Embalagem primária: • Frascos de vidro incolor 10R (de acordo com a norma DIN ISO 8362). Os frascos são lavados e secos numa câmara de calor. • Tampas de 20 milímetros de liofilização tipo I de acordo com Ph. Eur/USP (tipo 1319, borracha W4416/50/cinza, The West Com-pany) • Tampas de 20 milímetros flip-off (The West Company)
o Métodos Experimentos de desagregação utilizando uma solução estoque do prin-cípio ativo
[0086] Temperatura durante os experimentos: Durante os estudos de desagregação a temperatura foi ajustada para 5, 20, 25, ou 35°C
[0087] Concentração do princípio ativo degarelix em soluções de estoque durante os experimentos: A concentração do princípio ativo degarelix foi de 5, 15, 25, ou 35 mg/ml.
[0088] A concentração de ácido acético durante os experimentos: A concentração de ácido acético é de 13, 15, 18, 20, 22, 26, 30, 35 ou 40%.
[0089] Análise realizada durante os experimentos: Viscosidade: Retirada ~ 1,2 ml em T = 1, 60, 120 e 240 min. Se ela se encaixa melhor para o horário de tomar a amostra em outro ponto do tempo, então isso pode ser feito desde que o tempo correto é escrito no registro de formulação. No entanto, o ponto de amostragem em T = 1 min deve ser mantido. Densidade Óptica (OD): Uma amostra (~ 1 ml) deve ser tomada no final de cada experimento para a medição da densidade óptica final.
[0090] Protocolo de experimento de desagregação, volume total de 20 ou 69 ml: 1. Pesar a quantidade necessária de solução estoque em um béquer. Equilibrar para a temperatura desejada 2. Pesar a quantidade necessária de ácido acético (100%) para um béquer 3. Misturar o ácido acético (100%) com 3 ou 10 ml de água Milli-Q e equilibrar para a temperatura desejada 4. Misturar a solução estoque de degarelix com a solução de água mili-Q/ácido acético 5. Preencher com água Milli-Q até 20 ou 69 ml 6. Misturar bem 7. Retirar amostras para a viscosidade e densidade óptica como descrito acima. Notar a aparência da solução durante o experimento
[0091] Definições para desagregação das duas soluções estoque de 69 ml de degarelix: Princípio ativo de degarelix concentrado 25 mg/ml em ambos os ex-perimentos Ácido acético: 10% ou 13% Temperatura: 5°C
[0092] Encher os dois princípios ativos desagregados teste (69 ml) em frascos e liofilização: As soluções desagregadas foram preenchidas imediatamente em frascos 20R. 5 ml foram colocados em cada frasco. Os frascos e as grandes quantidades devem ser mantidos frios durante o enchimento (de preferência entre 5 a 10°C). Assim que os frascos foram cheios foram colocados no liofilizador e o programa foi iniciado.
[0093] Na sequência da liofilização e o fechamento dos frascos, os frascos foram armazenados no liofilizador a 5°C até a descarga.
[0094] Os dois princípios ativos liofilizados foram submetidas às seguintes análises: A viscosidade foi medida em amostras de 20 mg/ml de base livre A densidade óptica é medida em amostras de 20 mg/ml Teor de degarelix Teor de acetato o Resultados
Exemplo 7: Produção de medicamento sem agente redutor de vis-cosidade Mistura dos lotes de medicamento em escala de laboratório utili-zando os dois princípios ativos desagregados
[0095] Os excipientes listados abaixo na Tabela 1 são utilizadas em todos os experimentos da mistura. Equipamento de mistura: Frasco de mistura: frasco de 300 ml com parede dupla de vidro Garrafas de tampa azul, 100 ml Magneto Agitador magnético
[0096] Embalagem primária: • Frascos de vidro 10R incolor. Os frascos foram lavados e secos numa câmara de calor. • Tampas de 20 milímetros de liofilização tipo I • Tampas de 20 milímetros flip-off
Descrição do estudo
[0097] Soluções em massa de degarelix contendo 20 mg/g de de- garelix e 25 mg/g de manitol são misturadas utilizando diferentes lotes de princípio ativo e diferentes ajustes de temperatura.
[0098] As viscosidades das soluções a granel são medidas du- rante/após a mistura em duas ocasiões (após a dissolução e a t = 120 minutos).
Composição a granel:
[0099] O tamanho do lote e composição das duas soluções a granel é apresentado na Tabela 2. Tabela 1: Tamanho do lote e da composição das soluções a granel
Projeto experimental:
[00100] Os parâmetros da mistura são dados na Tabela 2 abaixo. Tabela 2: Parâmetros da mistura
Mistura:
[00101] A mistura é realizada com o agitador posicionado no centro. Antes de iniciar os experimentos a posição central deve ser corrigida. 1. Pesar os ingredientes necessários • 40g de água Milli-Q para o vaso de mistura. • 1,25 g de manitol em um recipiente apropriado. • Pesar quantidade exata do princípio ativo degarelix (ver Tabela 2) num recipiente adequado. • Pesar a quantidade restante de água Milli-Q em um re-cipiente adequado. 2. Conectar o vaso de mistura de parede dupla contendo a água Milli-Q para o circulador de refrigeração. Conectar um segundo vaso de paredes duplas em série. O recipiente que contém a água restante é colocado no segundo vaso de parede dupla, a fim de que ele vai equilibrar até à temperatura correta antes de ser adicionado ao volume (etapa 9). 3. Com cuidado, coloque o magneto mexendo no vaso de mistura. Ajustar a velocidade de agitação para 50 rpm, utilizando o conta-rotações. 4. Ajustar o refrigerador até à temperatura correta, iniciar a agitação e adicionar o manitol para o vaso de mistura. Agite até que o manitol se dissolva. 5. Permitir que o sistema atinja o equilíbrio com a temperatura definida. 6. Medir a temperatura na solução de manitol. 7. Remover o agitador. Inicie o cronômetro e imediatamente adicione o princípio ativo. Em seguida, insira novamente o agitador. 8. No instante t = 5 minutos adicionar o resto da água Milli- Q, de forma uniforme sobre a superfície do princípio ativo utilizando uma pipeta de Pasteur de vidro. 9. Quando apenas algumas protuberâncias estejam à es-querda, enxaguar para baixo o princípio ativo a partir dos lados do vaso com o meio de dissolução. 10. Quando o princípio ativo está completamente dissolvido anote o tempo e meça a temperatura. Retire uma amostra para medição da viscosidade da massa. 11. Continue o experimento até t = 120 minutos. Retire uma amostra para medição da viscosidade da massa.
Filtragem
[00102] As massas não vão ser filtradas, pois é esperado que pelo menos um dos lotes será altamente agregado e, por conseguinte, muito difícil de filtrar. Além disso, os lotes não irão ser usados para fins onde é necessária esterilidade.
Enchimento
[00103] Preencha 6,40 g de massa em frascos 10R. Os frascos e as grandes quantidades devem ser mantidos frias durante o enchimento (de preferência entre 5 a10°C). Assim que os frascos são cheios devem ser colocados no liofilizador e o programa deve ser iniciado. Cada massa deve resultar em aprox. 6 a 7 frascos.
o Resultados
[00104] 18 diferentes lotes de princípio ativo, com viscosidades dife rentes, como indicado na tabela abaixo, foram processados tal como descrito acima. A viscosidade dos medicamentos correspondentes foi determinada como se segue:
[00105] Estes resultados são ilustrados graficamente na Figura 1. A Figura 1 mostra uma correlação entre a viscosidade do princípio ativo e a viscosidade do medicamento. Exemplo 8: Produção de medicamento com um agente redutor de viscosidade Experimento 1: Tensoativos testados (reconstituição utilizando solução WFI/tensoativo) Procedimento: • Lote de degarelix reconstituído usando WFI (como controle) e usando WFI contendo os tensoativos. Os frascos são reconstituídos para 60 mg/ml de degarelix. O lote do medicamento usado para estes experimentos tinha uma viscosidade por volume de aprox. 3,8 mPas. • TPGS e Tween 20 foram preparados em soluções contendo 1 mg/ml (0,1% de soluções) • OD (absorbância) foi medida a 350 nm • A absorbância foi registrada após 30 min, 60 min, 120 min e 24 horas
Resultado:
[00106] Ambos TPCG e Tween 20 reduziram a densidade óptica a um nível abaixo do controle. Experimento 2: Reconstituição de frascos de degarelix com [WFI + Tween 20] não altera o perfil de liberação in-vitro (ensaio IVD) de 40 mg/ml de degarelix Concentrações de Tween 20 testadas: 1 mg/ml; 0,5 mg/ml; 0,25 mg/ml; Controle: WFI Resultados: Os perfis de liberação in vitro não são alterados pela adição de Tween-20.
Exemplo 9: Viscosidade do medicamento e a biodisponibilidade Sumário
[00107] A análise multivariada dos dados foi realizada com um conjunto de dados a partir de n = 38 lotes de medicamentos degarelix, incluindo dados farmacocinéticos in vivo (modelo de rato).
[00108] A relação entre as características físico-químicas e farmaco- cinéticas in vivo num modelo de rato foi estabelecida. O estudo revelou que a viscosidade do produto reconstituído de degarelix parece ser o proeminente e somente parâmetro com alguma capacidade de prever o desempenho in vivo do depot.
o Introdução
[00109] Medicamento Degarelix é fabricado como um produto seco por congelação contendo manitol. Os produtos são utilizados como me-dicamentos experimentais em estudos clínicos. Várias formulações foram produzidas, contendo várias quantidades de degarelix por frasco, isto é, 10 mg, 20 mg, 40 mg, 88 mg, 128 mg, 120 mg (40 mg/ml), 180 mg (60 mg/ml) e 240 mg (60 mg/ml) e diferentes proporções de degare- lix/manitol.
o Materiais
[00110] Aproximadamente 40 lotes diferentes de degarelix foram pro-duzidos com diferentes lotes de substância e formulações de degarelix. A concentração de degarelix padrão na massa é de 20 g/l, a menos que indicado de outra forma.
o Métodos • Métodos físico-químicos
[00111] Os diferentes métodos para a caracterização de agregação foram selecionados a partir de análise de dados multivariados. Os dados de n = 38 lotes foram compilados. No entanto, as populações menores foram usadas para alguns métodos que apenas foram implementados com algumas formulações (por exemplo, medições a 40 mg/ml não re-alizada com a formulação de 20 mg).
• Bioensaio do rato
[00112] Foi utilizado um ensaio padronizado de rato que consiste em seguir o perfil farmacocinético de degarelix ao longo de 28 dias. A fim de evitar efeitos colaterais locais, os ratos receberam degarelix como uma suspensão de 20mg/ml com um volume de injeção de 100 μl. Grupos de 8 ratos foram utilizados, todos tratados com a suspensão reconstituída pro-veniente de um único frasco. As concentrações plasmáticas foram mensuradas inicialmente em 2 horas, 1 dia, 7 dias e 28 dias e AUC parcial calculado como AUC 0 a 7 dias e AUC 7 a 28 dias. O projeto foi então alterado com medição da concentração plasmática (Cp)-2hs sendo ignoradas e sendo substituída por Cp-3 dias. Da mesma forma, AUC 0 a 7dias foi substituído por AUC 1 a 7 dias. Isto explica as descontinuidades nos tamanhos das populações de algumas das variáveis in vivo.
• Análise de dados multivariados
[00113] Dado o tamanho do conjunto de dados, uma abordagem por meio de análise de dados multivariados (PCA e PLS) com o Simca-P, versão 10 do software (Umetrics AB, SE-Umeâ) foi implementado. Os dados foram tratados como anteriormente, incluindo o dimensionamento de blocos macio (1/4 root), escalando a variância unitária (UV) e de centralização. Dados de turbidez foram log transformados para melhorar a distribuição de dados. Dados de Cp in vivo também foram log transformados para estabilizar a variância.
Relação entre desempenho físico-químico e in vivo do medicamento em um modelo de rato • Relação entre desempenho físico-químico e in vivo
[00114] Um primeiro modelo foi calculado com base em 2 componentes. A qualidade do ajuste (R2 = 0,58) foi relativamente baixa, dada a alta variabilidade dos dados biológicos (20 a 30%), mas a qualidade de previsibilidade (Q2 = 0,35) foi satisfatória (R2-Q2 deve estar na faixa de 0,2 a 0,3). Pode ser visto a partir do gráfico de dispersão de carga (não mostrado) que variáveis, tais como a turbidez medida a 20 mg/ml e teor de acetato não foram influentes.
[00115] Um novo modelo foi, portanto, gerado excluindo estas 3 variáveis (2 variáveis de turbidez medidos a 20 mg/ml e acetato), com base em 2 componentes significativos e cedendo a descrição de dados semelhante (R2 = 0,53), mas melhor previsibilidade (Q2 = 0,42). Variáveis de rato melhor explicadas e previstas foram as concentrações plasmá- ticas aos 3 dias e 28 dias (Cp-3d, Cp-28d), e a área sob a curva entre o dia 1 e o dia 7 (AUC 1 a 7d).
[00116] Resumindo coeficiente indicou que as influências maiores foram realizadas pelos dados de viscosidade, respectivamente, a 20 mg/ml e, em seguida, a 40 mg/ml, todos significativos a um nível de confiança de 0,95 para cada variável biológica. Área superficial específica e turbidez foram claramente de menor influência e não foram significativas, mesmo a um nível de confiança de 0,90.
[00117] A relação entre a viscosidade dinâmica medida a 20 mg/ml e melhores variáveis biológicas fixadas é mostrado nas Figuras 2 e 3.
• Conclusão
[00118] Uma relação sólida (R2 = 0,53) foi estabelecida entre a visco-sidade do produto constituído e o desempenho in vivo como investigada num modelo de rato. Em ambos os casos, uma viscosidade superior ce-deu a uma liberação reduzida a partir do depot. Outras variáveis físico- químicas não eram relevantes com exceção do teor de acetato de disso-lução in vitro. Portanto, a viscosidade do produto degarelix constituído parece ser o parâmetro proeminente com alguma capacidade de prever a liberação in vitro e in vivo do desempenho do depot.

Claims (16)

1. Princípio ativo de degarelix liofilizado, caracterizado pelo fato de que consiste em degarelix, 4,5 a 10,0 % (p/p) de ácido acético, uma quantidade residual de água, e impurezas devido ao processo de produção, se houver, que apresenta, após a dissolução em água em uma quantidade de 20 mg de base livre de degarelix/ml de água contendo 2,5 % em peso de manitol, uma viscosidade de 1,15 a 3,2 mPas.
2. Princípio ativo de degarelix liofilizado de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que apresenta, após a dissolução em água em uma quantidade de 20 mg de base livre de degarelix/ml de água contendo 2,5 % em peso de manitol, uma viscosidade de 1,15 a 2,0 mPas.
3. Princípio ativo de degarelix liofilizado de acordo com a rei-vindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que possui um teor de água superior a 0% e 10% ou menos (p/p).
4. Método para produzir o princípio ativo de degarelix como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: a. purificar o degarelix como obtido por síntese de peptídeo em fase líquida ou sólida para se obter uma solução de degarelix com uma pureza de pelo menos 95%; b. evaporar o solvente para concentrar a solução de degare- lix para obter degarelix agregado; c. desagregar o degarelix agregado com ácido acético; e d. liofilizar o degarelix desagregado para fornecer o princípio ativo degarelix.
5. Método de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que concentração de ácido acético no final da etapa c está na faixa de 15 a 35% (v/v).
6. Método de acordo com a reivindicação 4 ou 5, caracterizado pelo fato de que a temperatura na etapa c está na faixa de -5 a 30°C.
7. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 6, caracterizado pelo fato de que a concentração de degarelix (base livre) se encontra no intervalo de 10 a 35 g/l.
8. Método para produzir o princípio ativo degarelix como de-finido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: a. purificar o degarelix como obtido por síntese de peptídeo em fase líquida ou sólida para se obter uma solução de degarelix com uma pureza de pelo menos 95%; b. carregar a solução de degarelix para uma coluna croma- tográfica; c. eluir o degarelix a partir da coluna com ácido acético para fornecer degarelix eluído; d. liofilizar o degarelix eluído para fornecer o princípio ativo degarelix.
9. Método de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a concentração de ácido acético na etapa c está na faixa de 27 a 37% em peso.
10. Método de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracteri-zado pelo fato de que o degarelix eluído é filtrado antes da liofilização.
11. Método para produzir o princípio ativo degarelix como de-finido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: a. purificar o degarelix como obtido por síntese de peptídeos em fase líquida ou sólida para se obter uma solução de degarelix com uma pureza de pelo menos 95%; b. ajustar a concentração do ácido acético da solução de de- garelix purificada para 6 a 40% (p/p), se necessário; c. secar por pulverização a solução de degarelix para fornecer o princípio ativo degarelix.
12. Método para produzir o medicamento degarelix, compre-endendo o princípio ativo degarelix e manitol que, após a reconstituição com água para injeção em uma quantidade de 20 mg de base livre de degarelix/ml, apresenta uma viscosidade de 2 a 15 mPas, caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: a. fornecer um princípio ativo de degarelix liofilizado como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3; b. dissolver o princípio ativo de degarelix liofilizado em água contendo manitol para fornecer uma mistura aquosa de degarelix-mani- tol contendo 10 a 60 g de degarelix e 10 a 60 g de manitol por 1000 g de água; c. liofilizar a mistura aquosa de degarelix-manitol para forne-cer o medicamento degarelix.
13. Método de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que a etapa de dissolução é realizada de tal modo que a viscosidade da mistura aquosa de degarelix manitol seja mantida em 1,12 a 3,2 mPas.
14. Método para controlar a viscosidade de um produto de degarelix liofilizado para ser de 2 a 15 mPas, como determinado após a reconstituição com água para injeção em uma quantidade de 20 mg de base livre de degarelix/ml, caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: a. fornecer um princípio ativo de degarelix liofilizado como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3; b. dissolver o princípio ativo degarelix liofilizado em água contendo manitol para fornecer uma mistura aquosa de degarelix-mani- tol contendo 10 a 60 g de degarelix e 10 a 60 g de manitol por 1000 g de água; e c. liofilizar a mistura aquosa de degarelix-manitol para forne-cer o medicamento degarelix.
15. Método de acordo qualquer uma das reivindicações 12 a 14, caracterizado pelo fato de que a etapa de dissolução é seguida de uma etapa de filtração e uma etapa de enchimento antes da liofilização.
16. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 15, caracterizado pelo fato de que a etapa de liofilização compreende uma etapa de sublimação a uma temperatura de 10 a 20°C.
BR112014029495-0A 2012-06-01 2013-05-31 Princípio ativo de degarelix liofilizado e seus métodos de produção,método para produzir um medicamento degarelix, e método para controlar a viscosidade de um produto de degarelix liofilizado BR112014029495B1 (pt)

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