BR112014025356B1 - capacete de proteção mecânica, elétrica e contra as agressões térmicas, para eletricistas - Google Patents

Abstract

CAPACETE DE PROTEÇÃO MECÂNICA, ELÉTRICA E CONTRA AS AGRESSÕES TÉRMICAS, PARA ELETRICISTAS A invenção refere-se a um capacete de proteção previsto para ser usado por um eletricista, que comporta um casco externo (2), uma tela facial (3) integrada ao dito capacete (1), em que a tela facial está sujeita ao dito casco externo de maneira a ser inamovível e é móvel em relação ao dito casco externo, e admite uma posição escamoteada na qual é introduzida pelo menos parcialmente no interior de um espaço interno ao dito capacete (1) que é delimitado pelo dito casco externo, e uma posição de trabalho na qual se projeta do dito espaço interno; e um defletor flexível (4) integrado ao dito capacete, sujeito à dita tela facial de maneira a ser inamovível, móvel em relação à dita tela facial, e que admite também uma configuração retraída na qual a mesma cobre pelo menos parcialmente uma face (16) da dita tela facial, assim como uma configuração de trabalho na qual a mesma é empregada e prolonga a dita tela facial.

Description

[0001] A invenção refere-se ao domínio geral da proteção de eletricistas e, em particular, aos capacetes de proteção previstos para serem portados por esses últimos.

[0002] Já são conhecidos tais capacetes de proteção realizados em material plástico e dotados de um casco externo, de um casco interno e de uma tela facial integrada ao capacete.

[0003] A tela facial é inamovível e móvel em relação aos cascos externo e interno. Essa tela facial admite uma posição escamoteada na qual a tela é parcialmente introduzida em um espaço interno ao capacete, em que o espaço é definido entre o casco externo e o casco interno; assim como uma posição de trabalho na qual a tela se projeta desse espaço interno.

[0004] Quando um eletricista portador desse capacete está próximo de aparelhagens elétricas sob tensão ou próximo de peças condutoras nuas sob tensão dessas aparelhagens, por exemplo, cabos ou barras elétricas, os cascos externo e interno são configurados para proteger mecanicamente e eletricamente a cabeça do portador do capacete, assim como a parte do pescoço disposta entre a parte baixa da cabeça e o alto das costas (também denominada a parte de trás do pescoço), enquanto que a tela facial é configurada para proteger de eventuais chamas e/ou de projeções de metal em fusão o rosto do portador (também denominada de face) quando essa tela se encontra em sua configuração empregada.

[0005] Tais capacetes de proteção são muito apreciados, visto que permitem responder de maneira simples a critérios específicos, ou normalizados, de proteção do portador, notadamente em material de proteção mecânico e de proteção elétrico.

[0006] A invenção visa fornecer um capacete de proteção do mesmo gênero, mas com desempenhos de proteção aprimorados, enquanto permanece particularmente simples, cômodo e econômico tanto em relação à sua utilização quanto à sua fabricação.

[0007] A invenção tem, assim, como objetivo, sob um primeiro aspecto, um capacete de proteção previsto para ser portado por um eletricista, que comporta um casco externo, uma tela facial integrada ao dito capacete, em que a tela facial está sujeita ao dito casco externo de maneira a ser inamovível e é móvel em relação ao dito casco externo, em que a tela facial admite também uma posição escamoteada na qual a dita tela facial é introduzida pelo menos parcialmente no interior de um espaço interno ao dito capacete, em que o espaço interno é delimitado pelo dito casco externo, e uma posição de trabalho na qual a dita tela facial se projeta do dito espaço interno; caracterizado pelo fato de que comporta também um defletor flexível integrado ao dito capacete, em que o defletor flexível está sujeito à dita tela facial de maneira a ser inamovível e é móvel em relação à dita tela facial, em que o defletor flexível admite também uma configuração retraída na qual o dito defletor flexível cobre pelo menos parcialmente uma face da dita tela facial, assim como uma configuração de trabalho na qual o dito defletor flexível é empregado e prolonga a dita tela facial.

[0008] O capacete de proteção de acordo com a invenção é particularmente produtivo visto que, além de proteger o portador do capacete no nível de sua cabeça e da parte de trás de seu pescoço graças ao casco externo, assim como no nível de sua face, ou seu rosto (também denominado a parte frontal de sua cabeça, da testa ao queixo), graças à tela facial, esse capacete protege graças ao defletor flexível a parte do corpo do portador partindo de baixo do queixo pelo menos até o alto do busto, em que essa parte do corpo inclui pelo menos parcialmente os lados do pescoço.

[0009] Graças ao capacete de acordo com a invenção, esses desempenhos são particularmente cômodos e econômicos de serem obtidos, visto que se trata aqui de um defletor que é flexível, portanto facilmente manipulável pelo portador para posicionamento corretamente em sua configuração empregada, e que é também sujeito de maneira inamovível diretamente à tela facial (estando a própria sujeita de maneira inamovível ao casco externo), em que o defletor flexível forma, assim, um prolongamento dessa tela facial, enquanto distingue desse último (visto que o defletor é flexível, enquanto que a tela é rígida ou semirrígida).

[0010] Além disso, o capacete de acordo com a invenção é particularmente seguro e fácil de utilizar, visto que forma uma peça unitária dotada de três elementos inamovíveis de proteção mecânica, elétrica e térmica, a saber, o casco externo, a tela facial e o defletor flexível (esses elementos são, portanto, integrados ao capacete); em que a tela facial e em que o defletor flexível são, todavia, móveis para adotar diferentes posições e configurações, respectivamente da tela e do defletor, para a proteção da frente do corpo do portador (da testa ao alto do busto).

[0011] O casco externo, a tela facial e o defletor flexível são também configurados de tal modo que a passagem de uma à outra das posições da tela facial e de uma à outra das configurações do defletor flexível seja particularmente simples e cômoda para o portador.

[0012] De acordo com características preferenciais, simples, cômodas e econômicas do capacete de proteção de acordo com a invenção: - o dito defletor flexível é realizado em um material têxtil configurado para resistir ao fogo; - o dito defletor flexível é configurado para encaixar a dita face da dita tela facial que o dito defletor flexível cobre em sua configuração retraída; - a dita tela facial apresenta uma borda livre interna e uma borda livre externa oposta à dita borda livre interna, em que a borda livre interna é vizinha do dito casco externo, por sua vez, nas posições escamoteada e de trabalho da dita tela facial, enquanto que a dita borda livre externa é vizinha do dito casco externo na dita posição escamoteada da dita tela facial e é distante do dito casco externo na dita posição de trabalho da dita tela facial, e o dito defletor flexível é fixado na dita borda livre externa da dita tela facial; - o dito defletor flexível é fixado ao longo de uma parte majoritária da dita borda livre externa da dita tela facial por rebites; - a dita tela facial apresenta pelo menos uma camada de revestimento configurada para resistir aos raios infravermelhos; - a dita tela facial apresenta também uma primeira extremidade lateral e uma segunda extremidade lateral oposta à dita primeira extremidade lateral, e é articulada em relação ao dito casco externo no nível de cada uma das ditas primeira e segunda extremidades laterais; - a mesma comporta também um casco interno disposto no dito espaço interno e fixado ao dito casco externo, em que os cascos externo e interno que definem entre si um espaço entre cascos no qual é pelo menos parcialmente introduzida a dita tela facial e o dito defletor flexível quando esses últimos são respectivamente em posição escamoteada e em configuração retraída; - o dito casco externo e o dito casco interno são, cada um, realizados em material plástico moldado de uma única peça e o dito casco interno está sujeito mecanicamente ao dito casco externo; e/ou - o mesmo comporta também uma correia de manutenção em duas partes, cada uma das duas ditas partes está sujeita ao dito casco externo.

[0013] Segue-se agora à exposição da invenção pela descrição de um exemplo de realização, fornecido abaixo a título ilustrativo e não limitante, em referência aos desenhos anexos, nos quais: - a Figura 1 representa, esquematicamente em perspectiva, um capacete de proteção de acordo com a invenção, aqui em um estado dito de trabalho, ou seja, cuja tela facial está em posição de trabalho e cujo defletor flexível está em configuração empregada; - a Figura 2 é uma vista em corte de acordo com um plano médio do capacete ilustrado na Figura 1, aqui em um estado dito de repouso, ou seja, com a tela facial que está em posição escamoteada e o defletor flexível que está em configuração retraída; - a Figura 3 é uma vista lateral, em plano, do capacete ilustrado na Figura 1, no estado dito de repouso e cujo casco externo é parcialmente destacado; - a Figura 4 é uma vista lateral, em plano, do capacete ilustrado na Figura 1, em um estado intermediário que mostra a passagem do estado de repouso ao estado de trabalho; e - a Figura 5 é uma vista similar à Figura 4, sendo que o capacete está no estado dito de trabalho, como ilustrado na Figura 1.

[0014] As Figuras 1 e 2 ilustram um capacete de proteção 1 para eletricista, respectivamente em um estado dito de trabalho e em um estado dito de repouso.

[0015] No estado de repouso (Figura 2), o portador do capacete 1, também denominado eletricista, está essencialmente protegido apenas mecanicamente e eletricamente, enquanto que, no estado de trabalho (da Figura), o portador está aqui também protegido contra as agressões térmicas, como explicado abaixo.

[0016] A Figura 1 ilustra um capacete de proteção 1 previsto para equipar, ou seja, ser portado, por um eletricista. Em particular, esse capacete de proteção 1 é configurado para proteger mecanicamente, eletricamente e termicamente, e mais precisamente contra os perigos térmicos de arcos elétricos, em que seu portador, quando desse último, intervém em aparelhagens elétricas e, em particular, em peças condutoras nuas sob tensão.

[0017] Essas intervenções são particularmente perigosas, visto que as mesmas ocorrem, por exemplo, em cabos elétricos sob tensão, aéreos, subterrâneos ou no solo. Os riscos de eletrocussão e os riscos de queimadura estão presentes devido a eventuais arcos elétricos com a desconexão e a reconexão desses cabos elétricos.

[0018] O portador, também denominado eletricista, precisa ser, portanto, protegido mecanicamente, eletricamente e contra os perigos térmicos devidos aos arcos elétricos. Entende-se por essa proteção térmica o fato de beneficiar uma resistência à energia liberada pelos arcos elétricos. Essa proteção, seja mecânica, elétrica e/ou térmica, é específica e mesmo geralmente normalizada.

[0019] É, portanto, necessário que o eletricista, portador do capacete de proteção 1, esteja protegido igualmente bem no nível de sua cabeça, da parte de trás do pescoço, de sua face, também denominada do rosto, incluindo notadamente os olhos, e da parte do corpo que parte do queixo ao alto do busto, incluindo, portanto, a frente e pelo menos parcialmente os lados do pescoço.

[0020] O capacete de proteção 1 comporta um casco externo 2 realizado em material plástico, em que o casco externo 2 é dotado de uma zona frontal 8, de uma zona traseira 7 oposta à zona frontal 8, de um primeiro lado 12 e de um segundo lado 13 oposto ao primeiro lado 12.

[0021] Esse casco externo 2 delimita um espaço interno 10 ao capacete 1, em que o espaço interno 10 é previsto para receber uma parte da cabeça do portador, em particular a parte da cabeça situada entre a testa até a parte traseira do pescoço.

[0022] O capacete de proteção 1 é também dotado de um casco interno 9 (Figura 2) realizado em material plástico e sujeito mecanicamente com o casco externo 2.

[0023] Esse casco interno 9 é, portanto, disposto no espaço interno 10 ao capacete 1 e é disposto de tal modo que defina, com o casco externo 2, um espaço entre cascos 11 disposto entre esses cascos 2 e 9.

[0024] O capacete de proteção 1 é também dotado de uma correia de manutenção 5 em duas partes, respectivamente, uma primeira parte 25 relativamente curta que está sujeita ao segundo lado 13 do casco externo 2 e uma segunda parte 26, mais longa que a primeira parte 25, que está sujeita ao primeiro lado 12 do casco externo 2.

[0025] Cada uma da primeira e da segunda partes 25, 26 da correia 5 está sujeito ao casco externo 2 pelo intermédio de um membro de sujeição formado aqui por uma cavilha 6 que comporta um conjunto parafuso e porca, sendo que cada uma das duas cavilhas 6 é fixada no casco externo 2 através de um furo atravessante disposto nesse último, respectivamente em seu primeiro lado 12 e em seu segundo lado 13.

[0026] Será observado que se trata aqui de uma correia com argolas, isto é, que a primeira e a segunda partes respectivas 25, 26 dessa correia 5 são dotadas, cada uma, em sua extremidade livre de um anel de travamento, em forma de D.

[0027] Essa correia de manutenção 5 é prevista claramente para manter o capacete de proteção 1 em seu portador, junto com os cascos externo e interno 2, 9 visto que esses últimos estão no alto da cabeça do portador, enquanto que a correia de manutenção 5 é prevista para estar disposta sob o queixo desse portador.

[0028] O capacete de proteção 1 é também dotado de uma tela facial 3 e de um defletor flexível 4 sujeito à essa tela facial 3.

[0029] A tela facial 3 é aqui realizada em material plástico colorido para proteger o portador de raios infravermelhos emitidos no momento de eventuais arcos elétricos ou chamas. Essa tela facial 3 apresenta, portanto, pelo menos uma camada de revestimento configurada para resistir aos raios infravermelhos 29 e, portanto, para proteger o portador do capacete 1 de tais raios infravermelhos.

[0030] Essa tela facial 3 apresenta uma forma geral curvada sensivelmente similar à forma geral da zona frontal 8 do casco externo 2, entre o primeiro lado 12 e o segundo lado 13 desse casco externo 2.

[0031] Essa tela facial 3 apresenta, portanto, uma zona central delimitada por uma borda externa 14, uma borda interna 15 oposta à borda externa 14 e por duas extremidades laterais, respectivamente, uma primeira extremidade lateral 27 e uma segunda extremidade lateral 28 oposta à primeira extremidade lateral 27.

[0032] Essa tela facial apresenta também uma face externa 16, assim como uma face interna 18 oposta à face externa 16.

[0033] A face interna 18 dessa tela facial 3 é a face configurada para ser diretamente voltada para a face do portador do capacete 1, também denominado de seu rosto, como explicado abaixo.

[0034] Será observado que a tela facial 3 é também dotada, no nível de suas primeira e segunda extremidades laterais 27 e 28, de um entalhe 17 de montagem da tela facial 3 no casco externo 2 e de orientação dessa tela 3 em relação a esse último.

[0035] Essa tela facial 3 é montada no espaço interno 10 do capacete 1, e em particular pelo menos parcialmente no espaço entre cascos 11 definido entre os cascos externo 2 e interno 9.

[0036] Essa tela facial 3 está sujeita ao casco externo 2 no nível da primeira e da segunda extremidades laterais 27 e 28 dessa tela facial 3, pelo intermédio de cavilhas 6 dispostas respectivamente no primeiro e no segundo lados 12 e 13 desse casco externo 2, como indicado acima.

[0037] A tela facial 3 é, como consequência, sujeitada ao casco externo 2, de maneira a ser inamovível, ou seja, integrada ao capacete 1, mas é montada móvel em relação a esse casco externo 2.

[0038] Essa tela facial 3 é, portanto, articulada em relação ao casco externo 2, no nível de suas primeira e segunda extremidades laterais 27 e 28 e admite duas posições, a saber, uma posição escamoteada que corresponde ao estado dito de repouso do capacete 1, ilustrado na Figura 2, e uma posição de trabalho que corresponde ao estado dito de trabalho desse capacete 1, ilustrado na Figura 1; como indicado abaixo em mais detalhes.

[0039] Será observado que, por sua vez, na posição escamoteada e na posição de trabalho da tela facial 3, sua borda livre interna 15 é vizinha do casco externo 2, no interior do espaço entre cascos 11; enquanto que sua borda livre externa 14 é vizinha do casco externo 2 apenas na posição escamoteada dessa tela facial 3 (no espaço interno 10 ao capacete 1), e está distante desse casco externo 2 na posição de trabalho da tela facial 3.

[0040] O defletor flexível 4 é, quanto ao mesmo, realizado em um material têxtil, aqui um algodão tratado e configurado para resistir ao fogo. Esse defletor flexível 4 é previsto para proteger a parte do portador que se encontra essencialmente entre seu queixo e o alto do busto. Esse defletor flexível 4 apresenta, portanto, uma forma e dimensões particulares que permitem proteger essa parte do corpo do portador das agressões térmicas causadas pelos arcos elétricos e, como consequência, esse defletor flexível 4 permite também proteger essa parte do corpo do portador contra as chamas e as projeções de metal em fusão.

[0041] O defletor flexível 4 está sujeito por uma porção de sujeição 23 à tela facial 3 estando-se fixado graças a rebites 24 ao longo de uma parte majoritária da borda livre externa 14 dessa tela facial 3.

[0042] Esse defletor flexível 4 é assim inamovível, ou seja, integrado ao capacete 1 pelo intermédio da tela facial 3, mas é móvel em relação a essa tela facial 3.

[0043] De fato, esse defletor flexível 4 apresenta uma primeira borda 19 e uma segunda borda 20 oposta à primeira borda 19, em que a segunda borda 20 é também denominada borda livre; de modo que seja por sua primeira borda 19 e, em particular, pela porção de sujeição 23 disposta vizinha à essa primeira borda 19 que o defletor flexível 4 seja rebitado na tela facial 3 no nível da borda externa 14 desse último.

[0044] Aqui, uma pluralidade de rebites 24 permite essa sujeição do defletor flexível à tela facial 3.

[0045] Será observado que o defletor flexível apresenta também uma face interna 21, assim como uma face externa 22 oposta a essa face interna 21; em que a face interna 21 é configurada para se encontrar diretamente de frente para, ou em contato com, a parte do corpo do portador situada entre seu queixo e o alto do busto.

[0046] O defletor flexível 4 apresenta uma forma geral complementar daquela da tela facial 3, sendo que essa forma é devida principalmente à sua fixação nessa tela facial 3 e à forma geral curvada que apresenta próxima de sua segunda borda 20.

[0047] A configuração do defletor flexível 4 em relação à tela facial 3 e o material desse defletor flexível 4 permitem a esse último admitir diferentes configurações, a saber, uma primeira configuração, dita retraída, que corresponde ao estado dito de repouso do capacete 1, ilustrado na Figura 2; assim como uma segunda configuração, dita de trabalho, que corresponde ao estado dito de trabalho do capacete 1, ilustrado na Figura 1; como explicado abaixo em mais detalhes.

[0048] Será observado que, por sua sujeição à tela facial 3, o defletor flexível 4 é assim disposto de maneira inamovível em relação a esse último e, mais geralmente, em relação ao casco externo 2; em que o defletor flexível 4 é então descrito como estando integrado ao capacete de proteção 1, assim como a tela facial 3.

[0049] Será agora descrito em mais detalhes o agenciamento do casco externo 2, da tela facial 3 e do defletor flexível 4, uns em relação aos outros e em relação a um portador 30, nos estados de repouso e de trabalho do capacete 1, assim como no estado intermediário que corresponde à passagem de um a outro desses estados, em referência às Figuras 3 a 5.

[0050] O portador 30, também denominado o eletricista, é dotado de uma cabeça 31, de um pescoço 32, e de um busto 33.

[0051] Será definida a frente 34 da cabeça 31 do portador 30 como sendo representativa da face, também denominado do rosto, em que a frente 34 da cabeça 31 é oposta à traseira 36 dessa cabeça 31, em que a cabeça 31 apresenta também uma parte de cima (não representado). Será definida igualmente a traseira 37 do pescoço 32 e a frente 38 oposta à traseira 37. Além disso, apenas o alto 39 do busto 33 é aqui representado.

[0052] A Figura 3 ilustra o capacete de proteção 1 em seu estado dito de repouso. Nesse estado, a tela facial 3 está em sua posição escamoteada e o defletor flexível 4 está em sua configuração retraída.

[0053] Aqui, o casco externo 2 protege essencialmente, mecanicamente e eletricamente a parte de cima e a traseira 36 da cabeça 31 do portador. Ou seja, a face 34, a frente 38 do pescoço 32, assim como o alto 39 do busto 33 não são protegidos nesse estado de repouso do capacete 1, em que normalmente o eletricista não intervém em uma aparelhagem elétrica sob tensão.

[0054] Na posição escamoteada da tela facial 3, essa última é introduzida quase completamente no espaço entre cascos 11, em que sua borda livre interna 15 se encontra nesse espaço entre cascos 11 e sua borda livre externa 14 se encontra vizinha desse espaço entre cascos 11.

[0055] Na configuração retraída do defletor flexível 4, esse último é dobrado ao redor de sua porção de sujeição 23, de modo que sua face externa 22 cubra pelo menos parcialmente a face externa 16 da tela facial 3.

[0056] A forma do defletor flexível 4, que é aqui curvada vizinha de sua segunda borda 20, e o tecido antifogo no qual é realizado esse defletor flexível 4 permitem a esse último encaixar a forma curvada da face externa 16 da tela facial 3.

[0057] Nessa configuração retraída, é, portanto, a face interna 21 do defletor flexível 4 que se encontra de frente para uma face interna (não representada) do casco externo 2.

[0058] Será observado igualmente que, visto que o defletor flexível 4 é voltada para a tela facial 3, esse último é, como consequência, pelo menos parcialmente introduzido no espaço entre cascos 11.

[0059] A Figura 4 ilustra um estado intermediário do capacete de proteção 1 que mostra a passagem de seu estado de repouso (Figura 3) a seu estado de trabalho (Figura 5).

[0060] Nesse estado intermediário do capacete de proteção 1, a tela facial 3 se encontra em posição de trabalho, enquanto que o defletor flexível 4 se encontra sempre em configuração retraída.

[0061] Para passar da posição escamoteada à posição de trabalho, a tela facial 3 é articulada em relação ao casco externo 2, de modo a deixar quase integralmente, mas não completamente, essa tela facial 3 do espaço entre cascos 11.

[0062] Nessa posição de trabalho, a borda livre interna 15 da tela facial 3 é sempre vizinha do espaço entre cascos 11, ou sempre no interior desse último, enquanto que a borda livre externa 14 dessa tela facial 3 é, quanto à mesma, distante do espaço entre cascos 11 e mesmo do espaço interno 10 do capacete 1.

[0063] Nessa posição de trabalho, a tela facial 3 se encontra diretamente de frente para a face 34 do portador 30, em que a face 34 se estende sensivelmente do alto da testa ao queixo.

[0064] Claramente, nesse estado intermediário do capacete de proteção 1, nenhuma ação é possível por parte do portador 30 desse capacete 1, visto que sua visão está obstruída pelo defletor flexível 4 que cobre sempre a face externa 16 dessa tela facial 3.

[0065] A Figura 5 ilustra o capacete de proteção 1 em seu estado de trabalho, como na Figura 1.

[0066] Nesse estado de trabalho, o casco externo 2, assim como a tela facial 3, são posicionados da mesma maneira que no estado intermediário, mas aqui o defletor flexível 4 é doravante em configuração de trabalho ao invés de ser em configuração escamoteada.

[0067] Isso significa que o defletor flexível 4 é empregado, ou seja que o mesmo é desdobrado ao redor de sua porção de sujeição 23, e que o mesmo prolonga, assim, a tela facial 3.

[0068] Será observado que o defletor flexível 4 descobre então a face externa 16 da tela facial 3 e está doravante a face externa 22 desse defletor flexível 4 que é dirigida para o exterior (ou seja, que é visível por um observador que visualiza o portador que tem o capacete de proteção em seu estado de trabalho).

[0069] Será observado que o defletor flexível 4 apresenta uma forma geral sensivelmente similar àquela da tela facial 3, se não for esse defletor 4 rígido, mas flexível e, portanto, que o mesmo possa ter uma forma apenas aproximadamente curvada, tanto na direção definida entre sua primeira borda 9 e sua segunda borda 20, quanto na direção definida entre os primeiros e segundos lados 12 e 13 do casco externo 2 e que passam por esse defletor flexível 4.

[0070] Nessa configuração de trabalho do defletor flexível 4, esse último é, portanto, disposto de frente para a parte do corpo do portador 30 que se encontra entre o queixo, também denominado a parte de baixo de sua face 34, e o alto 39 do busto 33, incluindo a frente 38 e pelo menos parcialmente os lados do pescoço 32.

[0071] Esse defletor flexível 4 é particularmente fácil de manipular pelo portador 30 do capacete de proteção 1.

[0072] Esse defletor flexível 4 permite, portanto, proteger o portador de agressões térmicas devidas aos arcos elétricos, às chamas e às projeções de metal em fusão, para além da tela facial 3 sem, todavia, impedir os movimentos do portador, devido à flexibilidade desse defletor 4.

[0073] O capacete de proteção 1 descrito acima oferece, portanto, uma proteção particularmente completa de zonas da cabeça e do alto do busto do portador, que podem sofrer restrições e/ou agressões mecânicas, elétricas e/ou térmicas no momento de suas intervenções em aparelhagens elétricas, sendo particularmente simples e cômodo de utilizar, ou seja, de fazer passar de uma à outra das configurações desse defletor flexível 4, e de uma à outra das posições dessa tela facial 3; e sendo particularmente seguro, visto que se trata aqui de um capacete de proteção 1 cujos elementos de proteção, a saber o casco externo 2, o casco interno 9, a tela facial 3 e o defletor flexível 4, são integrados ao capacete de proteção 1.

[0074] Será observado que, para dispor o capacete de proteção 1 em seu estado de repouso, partindo de seu estado de trabalho, o defletor flexível 4 é a princípio flexionado ao redor de sua porção de sujeição 23 para cobrir pelo menos parcialmente a face externa da tela facial 3 e em seguida, a tela facial 3 é articulada de modo a ser quase completamente reintroduzida, juntamente com esse defletor flexível 4, no espaço entre cascos 1.

[0075] Trata-se, portanto, de etapas inversas àquelas descritas acima em referência às Figuras 3 a 5.

[0076] Em variações não ilustradas: - o capacete de proteção é desprovido de casco interno e não apresenta espaço entre cascos e o conjunto formado pela tela facial e pelo defletor flexível, respectivamente, em posição escamoteada e em configuração retraída, é diretamente introduzido no espaço interno do capacete; - o capacete de proteção é desprovido de cascos externo e interno, mas comporta ainda um primeiro casco similar ao casco externo visível nas Figuras, assim como um segundo casco sujeito ao primeiro casco e que se estende à direita desse último; o primeiro casco forma, assim, um semicasco externo e um semicasco interno, enquanto que o segundo casco forma outro semicasco externo; - a tela facial é desprovida de camada de revestimento anti-infravermelho e uma tela facial não apresenta qualquer coloração ou apresenta outros tipos de colorações; - o defletor flexível é realizado em fibras não naturais e tratadas, ao invés disso, em fibras naturais, como o algodão; - a sujeição do defletor flexível na tela facial não é realizada com a ajuda de rebites, trata-se, porém, de uma adesão, por exemplo, autocolante ou uma adesão com ganchos, por exemplo, do tipo Velcro®, ou ainda de um sistema configurado como uma fechadura com deslizamento, ou mais geralmente com outros meios mecânicos além de rebites, por exemplo, parafuso; - os membros de sujeição da tela facial ao casco externo são diferentes de cavilhas, trata-se, porém, de hastes com retentores, ou de parafuso sozinhos, ou ainda de sistemas do tipo baioneta com quarto de volta; e/ou - o capacete de proteção é desprovido de correia de manutenção ou apresenta uma correia de manutenção de um tipo diferente dos anéis que tem uma forma em D e, por exemplo, trata-se de um sistema mecânico com gancho de fechamento tal como aqueles utilizados, por exemplo, para afivelar cintos de segurança nos veículos.

[0077] Esclarece-se mais geralmente que a invenção não se limita aos exemplos descritos e representados.

Claims (10)

1. Capacete de proteção previsto para ser portado por um eletricista, que comporta um casco externo (2), uma tela facial (3) integrada ao dito capacete (1), em que a tela facial (3) está sujeita ao dito casco externo (2) de maneira a ser inamovível e é móvel em relação ao dito casco externo (2), em que a tela facial (3) admite também uma posição escamoteada na qual a dita tela facial (3) é introduzida pelo menos parcialmente no interior de um espaço interno (10, 11) do dito capacete (1), em que o espaço interno (10, 11) é delimitado pelo dito casco externo (2), e uma posição de trabalho na qual a dita tela facial (3) se projeta do dito espaço interno (10, 11); caracterizadopelo fato de que comporta também um defletor flexível (4) integrado ao dito capacete (1), em que o defletor flexível (4) está sujeito à dita tela facial (3) de maneira a ser inamovível e é móvel em relação à dita tela facial (3), em que o defletor flexível (4) admite também uma configuração retraída na qual o dito defletor flexível (4) cobre pelo menos parcialmente uma face (16) da dita tela facial (3), assim como uma configuração de trabalho na qual o dito defletor flexível (4) é estirado e prolonga a dita tela facial (3).

2. Capacete, de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que o dito defletor flexível (4) é realizado em um material têxtil configurado para resistir ao fogo.

3. Capacete, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizadopelo fato de que o dito defletor flexível (4) é configurado para se encaixar na dita face (16) da dita tela facial (3) que o dito defletor flexível (4) cobre em sua configuração retraída.

4. Capacete, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizadopelo fato de que a dita tela facial (3) apresenta uma borda livre interna (5) e uma borda livre externa (14) oposta à dita borda livre interna (15), em que a borda livre interna (15) é vizinha do dito casco externo (2), ao mesmo tempo, nas posições escamoteada e de trabalho da dita tela facial (3), enquanto que a dita borda livre externa (14) é vizinha do dito casco externo (2) na dita posição escamoteada da dita tela facial (3) e está distante do dito casco externo (2) na dita posição de trabalho da dita tela facial (3); e o dito defletor flexível (4) é fixado na dita borda livre externa (14) da dita tela facial (3).

5. Capacete, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o dito defletor flexível (4) é fixado ao longo de uma parte majoritária da dita borda livre externa (14) da dita tela facial (3) por rebites (24).

6. Capacete, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a dita tela facial (3) apresenta pelo menos uma camada de revestimento configurada para resistir aos raios infravermelhos (29).

7. Capacete, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a dita tela facial (3) apresenta, também, uma primeira extremidade lateral (27) e uma segunda extremidade lateral (28) oposta à dita primeira extremidade lateral (27), e é articulada em relação ao dito casco externo (2) no nível de cada uma das ditas primeira e segunda extremidades laterais (27, 28).

8. Capacete, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que comporta, também, um casco interno (9) disposto no dito espaço interno (10) e fixado ao dito casco externo (2), em que os cascos externo (2) e interno (9) definem entre si um espaço entre cascos (11) no qual é pelo menos parcialmente introduzida a dita tela facial (3) e o dito defletor flexível (4) quando esses últimos estão respectivamente em posição escamoteada e em configuração retraída.

9. Capacete, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que o dito casco externo (2) e o dito casco interno (9) são, cada um, realizados em material plástico moldado a partir de uma única peça e o dito casco interno (9) está sujeito mecanicamente ao dito casco externo (2).

10. Capacete, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que comporta também uma correia de manutenção (5) em duas partes (25, 26), sendo que cada uma das duas ditas partes (25, 26) está sujeita ao dito casco externo (2).

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