BR112013030699B1 - Métodos para estabelecer e manter vedador microbiano em formação geológica contendo hidrocarboneto e para alterar posição e extensão de vedador microbiano, bem como vedador microbiano, uso de microrganismos do tipo clostridium thermocellum na formação de vedador e método para recuperar hidrocarbonetos a partir de formação geológica - Google Patents

Métodos para estabelecer e manter vedador microbiano em formação geológica contendo hidrocarboneto e para alterar posição e extensão de vedador microbiano, bem como vedador microbiano, uso de microrganismos do tipo clostridium thermocellum na formação de vedador e método para recuperar hidrocarbonetos a partir de formação geológica Download PDF

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Abstract

MÉTODOS PARA ESTABELECER E MANTER VEDADOR MICROBIANO EM FORMAÇÃO GEOLÓGICA CONTENDO HIDROCARBONETO E PARA ALTERAR POSIÇÃO E EXTENSÃO DE VEDADOR MICROBIANO, BEM COMO VEDADOR MICROBIANO, USO DE MICRORGANISMOS DO TIPO CLOSTRIDIUM THERMOCELLUM NA FORMAÇÃO DE VEDADOR E MÉTODO PARA RECUPERAR HIDROCARBONETOS A PARTIR DE FORMAÇÃO GEOLÓGICA A presente invenção refere-se a um método para estabelecer um vedador microbiano em uma formação geológica contendo hidrocarboneto que foi inundada com água, compreendendo: a) introduzir na formação um inóluco microbiano, cujos microrganismos são: (i) esporos ou, de outra forma, em um estado dormente, (ii) capazes de esporulação, (iii) celulolíticos ou hemicelulolíticos, (iv) termofílicos, termofílicos extremos e hipertermofílicos, (v) incapazes de utilizar os hidrocarbonetos como uma fonte de carbono, e (vi) não nativos à formação geológica contendo hidrocarboneto; b) introduzir simultânea ou sequencialmente na formação um meio em crescimento que fornece uma fonte de carbono que possa ser utilizada pelos microrganismos introduzidos na etapa (a), mas não por microrganismos nativos; c) expor o inóluco às condições que possibilitam que os microrganismos entrem em uma fase de crescimento ativa dentro dos canais de água na formação geológica; e d) introduzir um líquido de injeção compreendendo meio de crescimento adicional como definido na etapa (b)(...).

Description

Campo da Invenção
[001]A presente invenção refere-se a um método para formar um vedador que reduz ou impede o fluxo de líquido em uma formação geológica contendo hidrocarboneto. Mais particularmente à posição e à extensão de um vedador formado por atividade biológica, a invenção refere-se a um método de controle na formação.
[002]Sabe-se no campo especialista em questão que o líquido pode ser injetado para baixo em um reservatório de hidrocarboneto, de modo a aumentar o grau de recuperação, especialmente de óleo de tal reservatório. O líquido de injeção é bombeado para baixo para o reservatório a partir de um ou mais poços de injeção. O líquido de injeção é destinado a fluir através do reservatório até um ou mais poços de produção. O líquido de injeção também é destinado a formar uma frente hidrofílica que empurra o hidrocarboneto hidrofílico, especialmente o óleo, antes de direcioná-lo ao poço de produção. O líquido de injeção também contribuirá para manter a pressão na formação. O líquido de injeção permitirá um caminho onde a resistência do fluxo é mínima, em seguida chamado de um canal de fluxo. No campo especialista, isso é conhecido como “canalização” ou “avanço diferencial da água”. Concluiu-se que o uso de líquido de injeção aumenta o grau de recuperação, mas também que ainda sobra muito óleo no reservatório quando a frente de líquido alcança o poço de produção. O poço então produzirá muito mais água misturada ao óleo, fazendo com que não haja lucro na produção.
[003]É possível, até um certo grau, calcular ou modelar como o líquido de injeção flui no reservatório. Por exemplo, sabe-se que os radioisótopos de baixo nível com meia vida relativamente curta são adicionados como traços à água de injeção. A radiação a partir dos isótopos será capaz de ser identificada no poço de produção. Assim, é possível estimar o tempo que leva para o líquido de injeção passar através do canal de fluxo a partir do poço de injeção para o poço de produção. Alternativamente, produtos químicos específicos, por exemplo, o nitrato, podem ser usados como uma substância-traço.
[004]A capacidade do líquido de injeção forçar o óleo para frente é chamada no campo como a eficiência de varredura do líquido de injeção. O líquido de injeção terá essa eficiência de varredura no canal de fluxo, mas não em áreas que circundam o canal de fluxo. Sabe-se que a eficiência de varredura do líquido de injeção pode ser aumentada se um vedador for formado no canal de fluxo. O vedador pode ser parcialmente permeável, mas a resistência do fluxo aumenta de tal forma que o líquido de injeção é forçado a fluir em torno do dito vedador e assim naquelas partes do reservatório que agora tem a mínima resistência de fluido. A eficiência de varredura do líquido de injeção é aumentada dessa forma. Tais vedadores podem ser produzidos misturando-se polímeros solúveis em água, de formação de gel à água de injeção. Os polímeros podem ser sintéticos, por exemplo, poliacrilamida ou biológicos. A xantana, por exemplo, é usada como um biopolímero e é descrita, entre os outros, nos documentos de patente US. 4.716.966, US. 4.485.020, US. 4.947.932, e GB 2.246.586. O documento de patente US. 5.028.344 discute o uso da celulose e da celulose modificada, enquanto o documento de patente US. 5.010.954 discute o uso da goma guar e da carbóximetil celulose.
[005]Tem-se também o conhecimento, no campo, da adição de microrganismos exógenos ao reservatório. Isso faz parte do que é descrito como uma técnica de terceira geração para melhorar a recuperação de óleo, em particular, a recuperação microbiana de óleo. Isso é feito misturando-se os microrganismos, e os nutrientes para os microrganismos, no líquido de injeção. Os microrganismos adicionados podem formar um biofilme no local. Os microrganismos podem também formar biopolímeros no local, por exemplo, a xantana. Individualmente ou em conjunto, as células, o biofilme e os polímeros podem formar um vedador. O documento de patente US. 4.799.545 explica o uso de uma bactéria facultativamente anaeróbia, halo-tolerante, termo-tolerante e de formação de esporos. A bactéria é adicionada ao líquido de injeção na forma de esporos e é introduzida no reservatório. As cepas de Bacillus licheniformis são especificamente mencionadas como sendo bem adequadas para o propósito. Então, sacarose e polifosfato são adicionados como nutrientes ao líquido de injeção, e então é concebível que o B. licheniformis, por conta do crescimento celular e dos exopolímeros formados, produza um vedador no canal de fluxo. O documento de patente US. 5.174.378 descreve o isolamento das bactérias que estão naturalmente presentes no reservatório. Essas bactérias são isoladas adicionalmente por sua capacidade de romper os tensoativos selecionados. As bactérias podem formar células muito pequenas quando com fome, assim chamadas ultramicrobactérias. Considera-se que pequenas células desse tipo possam penetrar mais facilmente no espaço poroso da formação. Espuma contendo tensoativo é injetada junto com as bactérias. As bactérias retornam a seu estágio ativo, rompendo o tensoativo e produzem exopolímeros, de modo que o canal de fluido seja vedado. O documento de patente US. 4.460.043 descreve primeiro a adição de uma bactéria adequada, tal como Leuconostoc sp, a um reservatório. A bactéria é adicionada preferencialmente enquanto está em um bom estado de crescimento, crescimento exponencial, junto com nutrientes adequados que mantêm o crescimento, mas que não estimula a bactéria a produzir os exopolímeros. Quando a bactéria é estabelecida na localização desejada no canal de fluido, a sacarose é adicionada ao líquido de injeção. Para certos tipos de bactéria, a sacarose atuará como um estimulante que estimula a produção de exopolímeros. Também é proposto injetar as bactérias a partir do poço de injeção e a solução de sacarose a partir do poço de produção. O vedador então será formado onde os dois fluxos se unem no reservatório. Isso aumentará o grau de controle sobre como o vedador é formado no canal de fluxo. O documento de patente US. 4.558.739 descreve a injeção de uma solução de nutriente que inclui melaço, grão de erva e malte, para estimular as bactérias endógenas no canal de fluido a crescerem e se formarem, o que aumentaria sua própria resistência de fluxo. Em adição, as bactérias endógenas serão capazes de formar exopolímeros, o que ajuda na formação do vedador. Propõe-se parar a injeção por um período de 1 a 10 dias de modo a aumentar o efeito do fornecimento de nutrientes. O documento de patente também descreve o uso de cepas de Bacillus e Pseudomonas para vedar um canal de fluxo. O documento de patente US. 4.475.590 descreve a estimulação de bactérias endógenas em um reservatório contendo óleo através da adição de nitrogênio e fósforo à água de injeção. As bactérias usam o óleo como uma fonte de carbono, e produzem ácidos graxos e álcoois graxos, o que reduz a tensão na superfície entre a água de injeção e o óleo. As bactérias também podem produzir exopolímeros. Como exemplos de tipos adequados de bactérias, faz-se menção às bactérias do gênero Pseudomonas, Achromobacter, Arthrobacter, Flavobacterium, Vibrio, Acinetobacter, Bacillus, Micrococcus e Clostridium. O documento de patente US. 4.905.761 mostra que sabe-se também que a injeção de bactérias em um reservatório a partir de um poço de injeção pode levar à vedação indesejada do reservatório. O documento de patente explica que uma formulação microbiana compreendendo tipo de Bacillus e Clostridium produzirá uma mistura de tensoativos, tal como os glicolipídeos, lipoproteínas, complexos de ácidos graxos - polissacarídeos, mono- e diglicerídeos e lipídeos neutros, e solventes, tal como os álcoois de cadeia curta, cetonas e ácidos.Tal mistura é vantajosa para liberar o óleo a partir do reservatório e para transportar o dito óleo através do reservatório. O documento de patente também explica que os tipos de bactéria do gênero Acinetobacter, Arthrobacter, Candida, Corynebacterium, Nocardia, Pseudomonas, Rhodococcus e Toruloosis serão capazes de produzir tensoativos, enquanto os tipos de bactéria do gênero Acetobacter, Arthrobacter, Bifidobacterium, Corynebacterium, Gluconobacter, Lactobacillus, Leuconostoc, Pediococcus, Pseudomonas, Ruminobacter, Ruminococcus, Sporolactobacillus, Streptococcus e Zymomonasserão serão capazes de produzir solventes.
[006]Sabe-se então no campo que para aumentar a recuperação de óleo de um reservatório, adiciona-se nutrientes ao líquido de injeção de modo a estimular os microrganismos endógenos para produzir os biotensoativos e solventes no local, e para produzir os biopolímeros de modo a formar um vedador. Um vedador pode também ser formado quando os microrganismos no local aumentam seus volumes celulares, quando fornecidos com nutrientes, e assim bloqueiam os poros no reservatório. Os mesmos efeitos podem também ser alcançados adicionando os microrganismos exógenos ao líquido de injeção, ou na forma de esporos ou como células ativas.
[007]No entanto, os sistemas de vedação conhecidos são limitados e não são amplamente usados na indústria. O presente inventor busca aprimorar a tecnologia de vedação existente. Os aprimoramentos podem incluir benefícios econômicos, incluindo o custo de materiais brutos e uma maior recuperação de óleo a partir de um dado reservatório que está na fase de produção de óleo secundária ou terciária. Seria altamente desejável se um vedador fosse um sistema dinâmico capaz de responder tanto às entradas de controle a partir da superfície quanto às mudanças no ambiente do reservatório. As mudanças no ambiente do reservatório poderiam incluir mudanças no fluxo de líquido em torno do vedador, por exemplo, a água que foi forçada em torno de um vedador em um canal de água e nas regiões adjacentes contendo óleo podem limpar essas áreas de óleo, possibilitando que o vedador se expanda nessas áreas e force a água a varrer para novas zonas contendo óleo adiante a partir do canal de água original.
[008]Após um vedador microbiano ter sido estabelecido, pode ser desejável mudar a posição do vedador no reservatório e mudar a extensão do dito vedador em uma direção entre um ou mais poços de injeção e um ou mais poção de produção. Também pode ser desejável mudar a extensão do vedador de tal forma a incluir mais do que o canal de fluxo original.
[009]Também é desejável desenvolver alternativas adequadas ao melaço e à sacarose como nutrientes para os microrganismos em um reservatório. Também é desejável desenvolver uma solução de nutriente viscosa que possa também aumentar a eficiência de varredura da água de injeção.
Sumário da Invenção
[0010]O objetivo da invenção é superar ou minimizar ao menos uma das desvantagens da técnica anterior, ou ao menos tornar disponível uma alternativa útil à técnica anterior.
[0011]O objetivo é alcançado pelas características apresentadas na descrição abaixo e nas reinvindicações em anexo.
[0012]O presente inventor concluiu que através da seleção cuidadosa dos microrganismos para uso no vedador, bem como os nutrientes fornecidos a eles e os métodos para sua introdução, é possível fornecer um vedador aprimorado, dinâmico e de autocontrole, bem como controlável.
[0013]A invenção explora o fato de que o crescimento microbiano pode ser controlado através do aumento ou da diminuição da disponibilidade de nutrientes, e que os microrganismos podem ser inativados ou mortos com a ajuda de um biocida adequado. A invenção também explora o fato de que a taxa de fluxo de líquido de injeção com ou sem nutrientes pode ser aumentada, diminuída ou interrompida completamente. A invenção explora ainda o fato de que um vedador estabelecido levará o liquido de injeção para as formações geológicas que circundam o canal de fluxo onde o dito vedador está estabelecido.
[0014]A invenção também explora o fato de que o líquido de injeção é mais frio que a formação geológica contendo petróleo. Isso significa que, ao longo do tempo, o liquido de injeção resfriará ao menos algumas partes da formação geológica a partir de uma temperatura que impede o crescimento microbiano até uma temperatura na qual o crescimento microbiano é possível. Isso se aplica especialmente se tanto a quantidade de líquido de injeção quanto o volume de fluxo são suficientes. A invenção também explora o fato de que um regulador de pH pode ser adicionado ao líquido de injeção. O regulador pode ser ácido ou básico e pode ter a capacidade de tamponamento. Faz-se uso também do fato de que um regulador de pH no líquido de injeção pode ser usado reagindo-o quimicamente com os componentes no reservatório, de modo que o valor do pH do líquido de injeção fique próximo do valor do pH do reservatório. Especialmente, se o fluxo de líquido de injeção for interrompido, o regulador de pH se difundirá do líquido de injeção e para a água contida nos poros do reservatório, o que tem o efeito de que o regulador de pH é diluído e o valor do pH do líquido de injeção, ao longo do tempo, se aproxima do valor do pH do reservatório. Faz-se uso também do fato de que o líquido de injeção tem, ou pode ter, um teor de sal mais baixo do que a água contida nos poros do reservatório. Isso significa que o teor de sal no reservatório, ao menos em partes do reservatório, pode ser reduzido a partir de uma concentração que impede o crescimento microbiano até um teor de sal no qual o crescimento microbiano é possível.
[0015]A invenção também explora o fato de que os microrganismos podem produzir metabólitos que, em concentração suficiente, têm um efeito inibidor no crescimento do organismo. Tais metabólitos podem ser os metabólitos secundários e/ou externos. O etanol é um exemplo de tal metabólito. Faz-se uso do fato de que os gases, por exemplo, o CO2 pode, em certas concentrações, ter um efeito estimulante no crescimento microbiano. Faz-se uso também do fato de que muitos microrganismos não podem crescer na presença de altas concentrações de hidrocarbonetos, especialmente óleo, ou em substratos cobertos por hidrocarbonetos, mas que eles podem crescer quando a concentração de hidrocarbonetos diminui.
[0016]A invenção também explora o fato de que a bactéria termofílica Clostridium thermocellum pode usar a celulose como uma fonte de carbono sob condições anaeróbias. A bactéria C. thermocellum tem celulossomas e pode separar a celulose em celobiose e celodextrina e pode separar a hemicelulose em xilose, xilobiose e outros açúcares pentose (Barnard, D. e outros, 2010, Extremophiles in biofuel synthesis, Environ. Tech. 31, 871 a 888 (doi: 10.1080/09593331003710236)). Como outros Clostridia, C. thermocellum é uma bactéria de formação de esporos.
[0017]Na descrição abaixo, procedimento de controle significa qualquer procedimento onde o propósito é atuar na atividade microbiana em uma formação geológica contendo petróleo. Sem ser uma lista exaustiva e sem limitar a invenção, um procedimento de controle envolve: injetar líquido de injeção; regular a quantidade e a taxa de fluxo do líquido de injeção; adicionar sal, nutrientes, regulador de pH ou biocida ao líquido de injeção até um nível estimado; regular a temperatura da formação geológica com a ajuda do líquido de injeção; induzir a colonização microbiana de superfícies; induzir o aumento da atividade microbiana ou crescimento; induzir a esporulação em microrganismos de formação de esporo; induzir a inativação ou a morte celular; e induzir a produção de metabólitos exógenos, incluindo biofilme, ou inibidores microbianos exógenos de microrganismos.
[0018]Na descrição abaixo, sem limitar a invenção, atividade microbiana indica ao menos uma das seguintes atividades: respiração aeróbia, respiração anaeróbia, colonização de superfícies, crescimento, divisão celular, esporulação, metabolismo, produção de metabólitos primários exógenos e endógenos, produção de metabólitos secundários e endógenos, inativação e morte celular. Ficará claro a partir do contexto qual atividade está sendo discutida.
[0019]Na descrição abaixo, microrganismos significam bactérias eucarióticas, arqueobactérias ou fungos. Ficará claro a partir do contexto qual tipo de organismo está sendo discutido. As bactérias e a arqueobactérias são preferenciais.
[0020]As propriedades preferenciais dos microrganismos são definidas nas reivindicações. Em adição, os microrganismos são preferencialmente anaeróbios facultativos e estão presentes preferencialmente como uma monocultura. Os microrganismos (“micróbio” é usado sinonimamente aqui com microrganismo) são tipicamente compatíveis com as condições do reservatório em termos de pH e da salinidade, embora preferencialmente os microrganismos cresçam em um pH que é diferente das condições normais do reservatório, mas possam ser aplicados prontamente pelo líquido de injeção. Preferencialmente, o microrganismo produz um produto secretado que inibe o seu crescimento, por exemplo, o etanol. Enquanto o microrganismo não pode usar os hidrocarbonetos como uma fonte de carbono, ele pode tolerar preferencialmente o óleo e mais preferencialmente o óleo não é inibidor do crescimento. Os microrganismos podem crescer preferencialmente em uma alta densidade e ter uma coesão, o que significa que o vedador pode suportar a pressão sem a necessidade de um biofilme forte. Os microrganismos existem preferencialmente na forma de esporos em um ou mais dentre baixa temperatura, falta de alimentação e alta turbidez, por exemplo, causado pela injeção em um reservatório.
[0021]O presente inventor usou um novo conjunto de critérios de seleção na identificação dos microrganismos adequados. Em particular, concluiu-se que os microrganismos candidatos adequados podem ser encontrados através da seleção daquelas espécies que são capazes de degradar os açúcares complexos (isto é, usando tais substratos como uma fonte de carbono) e ocorrem naturalmente nos deltas dos rios. Como tal, esse grupo representa uma classe preferencial de microrganismos para uso nos métodos da presente invenção. Individualmente ou em conjunto, a termofilicidade, as exigências de oxigênio, a tolerância de pH, a capacidade de degradar os hidrocarbonetos e a tolerância com relação aos ditos hidrocarbonetos, bem como os fatores que afetam a dormência e a formação de esporos podem também ser levados em consideração no processo de seleção.
[0022]Os microrganismos são preferencialmente celulolíticos e/ou hemicelulolíticos. Na realidade, os organismos celulolíticos também são hemicelulolíticos. Tais organismos são capazes de utilizar a celulose ou a hemicelulose como uma fonte de carbono única. Na prática, eles podem também usar outras fontes de carbono, em particular derivados e produtos de degradação desses polissacarídeos complexos, tal como o dissacarídeo celobiose solúvel.
[0023]Os microrganismos preferenciais, de acordo com a invenção, incluem Clostridium thermocellum e Acidothermus cellulolyticus. Os diferentes reservatórios estão em diferentes temperaturas e os microrganismos podem ser selecionados consequentemente; A. cellulolyticus cresce em temperaturas mais altas que C. thermocellum e, portanto, é mais adequado para reservatórios mais quentes.
[0024]Na descrição abaixo, o líquido de injeção significa água fresca injetada ou água salgada injetada que é fornecida a uma formação geológica através de um poço de injeção. A água salgada pode incluir água fresca à qual sais são adicionados, uma mistura de água do mar e água fresca, água salobra natural e água de mar não diluída. O líquido de injeção pode ser desgaseificado, suplementado com biocidas ou exposto à radiação de modo a reduzir o número de microrganismos no líquido de injeção. Preferencialmente, o líquido de injeção é menos salino do que a água do mar, mais preferencialmente a salinidade é 3,5 a 6%.
[0025]Na descrição abaixo, a solução nutriente ou o meio de crescimento significa uma solução de injeção que foi suplementada com nutrientes para microrganismos. Como uma fonte de carbono ou uma fonte de energia, os nutrientes podem, por exemplo, conter celulose, hemicelulose, derivados de celulose e de hemicelulose, amido, outros polissacarídeos, oligossacarídeos, dissacarídeos e monossacarídeos, uma mistura de tais sacarídeos e nutrientes contendo tais sacarídeos. Preferencialmente, a fonte de carbono é solúvel. Preferencialmente, o meio de crescimento contém uma fonte de carbono selecionada a partir do grupo que compreende celulose, hemicelulose, carbóximetil celulose, celobiose, xilose, xilobiose e xilano. A celobiose é particularmente preferencial. A sacarose e a glicose não são geralmente adequadas.
[0026]A solução de nutrientes pode também conter uma ou mais fontes de nitrogênio adequadas, fontes de fósforo, fontes de potássio e fontes de elemento traço, tal como são conhecidas no campo. A solução de nutrientes é uma solução que promove o crescimento para os microrganismos. Os componentes adequados do meio de crescimento, incluindo sais e minerais, são descritos nos Exemplos, em particular, em meio de Freier que representa um meio de crescimento adequado. O meio de crescimento é tipicamente misturado com a água de injeção acima da terra, e a salinidade, o pH, etc. são otimizados antes da injeção no reservatório.
[0027]Em um primeiro aspecto, a presente invenção fornece um método para estabelecer um vedador microbiano em uma formação geológica contendo hidrocarboneto que foi inundada com água, compreendendo: a) introduzir na formação um inóluco microbiano, cujos microrganismos são: (i) esporos ou, de outra forma, em um estado dormente, (ii) capazes de esporulação, (iii) celulolíticos ou hemicelulolíticos, (iv) termofílicos, termofílicos extremos e hipertermofílicos, (v) incapazes de utilizar os hidrocarbonetos como uma fonte de carbono, e (vi) não nativos à formação geológica contendo hidrocarboneto; b) introduzir simultânea ou sequencialmente na formação um meio em crescimento que fornece uma fonte de carbono que possa ser utilizada pelos microrganismos introduzidos na etapa (a), mas não por microrganismos nativos; c) expor o inóluco às condições que possibilitam que os microrganismos entrem em uma fase de crescimento ativa dentro dos canais de água na formação geológica; e d) introduzir um líquido de injeção compreendendo meio de crescimento adicional como definido na etapa (b) na formação via um poço de injeção.
[0028]O “canal de água” pode ser um espaço vazio através do material sólido, com relação a um rio subterrâneo. Alternativamente, um canal de água pode ser uma camada sólida discreta que age como um duto para que a água flua em relação às zonas sólidas circundantes de composição diferente. Assim, um canal de água pode ser uma camada permeável de rocha ou material arenoso.
[0029]Preferencialmente, o inóluco está na forma de esporos. Um estado dormente pode ser convenientemente causado pela falta de alimentação dos microrganismos. Sem desejar se limitar à teoria, parece que ao introduzir o inóculo em um esporo ou outro estado dormente, eles são mais prontamente dispostos na formação, preferencialmente em canais de água dentro da formação. O inóluco é preferencialmente introduzido, junto com o meio de crescimento, na formação abaixo do poço de injeção. O fluxo de líquido na formação é então reduzido ou interrompido por um período para permitir que o inóluco deixe o esporo ou o estado dormente e comece a crescer. As condições de turbidez são causadas por taxas de fluxo normais do fluido de injeção que inibe o crescimento. Esse período de baixo “fluxo” ou “sem fluxo” pode ser tipicamente de 12 a 72 horas, por exemplo, aproximadamente 24 horas, suficiente para permitir que os microrganismos entrem em uma fase de crescimento ativo. Uma fase de crescimento ativo será definida, por exemplo, por divisão celular, metabolismo aumentado e aumento no tamanho celular.
[0030]Uma vez que o crescimento celular ativo tenha iniciado, os microrganismos podem tolerar o fluxo de líquido aumentado, de fato, o fluxo de líquido é exigido para que o vedador se desenvolva completamente à medida que mais nutrientes são exigidos. O fluxo de líquido contínuo a partir de um poço de injeção é então preferencial para o crescimento e a manutenção do vedador, ajudando a manter um equilíbrio entre a entrada de nutrientes no vedador e a remoção de quaisquer produtos inibidores do metabolismo, tal como o etanol. O vedador tem como seu propósito primário a redução na permeabilidade no canal onde ele cresce, entretanto, é ainda preferencial que ele seja parcialmente permeável, permitindo que algum líquido flua através do dito vedador.
[0031]As formações geológicas preferenciais são aquelas que contêm canais de água estabelecidos antes da introdução do inóluco. Isso pode ser determinado convenientemente através de um alto teor de água na saída do poço de produção.
[0032]Em um aspecto adicional, a presente invenção fornece um método para manter um vedador microbiano em uma formação geológica contendo hidrocarboneto, sendo que o dito vedador compreende microrganismo que são: (i) capazes de esporulação, (ii) celulolíticos ou hemicelulolíticos, (iii) termofílicos, termofílicos extremos e hipertermofílicos, (iv) incapazes de utilizar os hidrocarbonetos como uma fonte de carbono, e (v) não nativos à formação geológica contendo hidrocarboneto; onde a formação é inundada com o líquido que é injetado na formação através de um ou mais poços de injeção e flui para um ou mais poços de produção, sendo que o líquido compreende um meio de crescimento que fornece uma fonte de carbono que pode ser utilizada pelos microrganismos no vedador, mas não pelos microrganismos nativos.
[0033]Descreve-se posteriormente como o sistema de vedação da presente invenção permite a alteração controlada do vedador. Mais geralmente, os métodos incorporarão as fases de manutenção onde as etapas ativas para alterar a posição ou a extensão do vedador não são exigidas. Entretanto, pode ser ainda benéfico monitorar o vedador e o impacto que está tendo no reservatório. Isso é feito de forma conveniente através do monitoramento da saída de um poço de produção, por exemplo, de óleo, água ou outro teor químico da saída, bem como a taxa de saída e a temperatura da saída. Como uma consequência da composição ou de outras propriedades da saída, a concentração de um ou mais componentes no líquido injetado ou de uma ou mais propriedades físicas do dito líquido injetado podem ser ajustadas. Por exemplo, a taxa de fluxo pode ser alterada, a temperatura do líquido de injeção pode ser mudada. Os ajustes da concentração dos componentes incluem a adição de um novo componente ou remoção de um componente inteiramente. Tipicamente, as mudanças serão na quantidade do componente que fornece a fonte de carbono aos microrganismos, de outros nutrientes desejados, na salinidade do líquido injetado ou em seu pH.
[0034]Como demonstrado nos Exemplos, uma característica preferencial dos vedadores da presente invenção é que eles são removíveis ou substancialmente removíveis, por exemplo, pelo corte do fornecimento do meio de crescimento. Isso fornece uma flexibilidade maior do que, por exemplo, um vedador estático baseado nos polímeros introduzidos ou nos produtos secretados dos microrganismos. A própria biomassa é fundamental para a ação de vedação de acordo com a presente tecnologia e isso fornece um sistema dinâmico que pode mudar no local em resposta às condições do reservatório e/ou ao estímulo de controle externo.
[0035]O pH é uma ferramenta útil nos métodos da presente invenção. Em particular, o pH do líquido de injeção contendo o meio de crescimento é preferencialmente selecionado de modo que iniba os microrganismos nativos, mas que deixe que os microrganismos introduzidos possam crescer neste pH.
[0036]A fonte de carbono que é injetada no reservatório fornece uma oportunidade similar para o crescimento preferencial dos microrganismos introduzidos que formam o vedador. A fonte de carbono no meio de crescimento é definida aqui e é uma que não pode ser utilizada em qualquer grau significativo, isto é, ela mesma não pode suportar o crescimento através dos microrganismos nativos que tipicamente usam os hidrocarbonetos ou glicose ou sacarose como uma fonte de carbono.
[0037]O vedador existe por semanas, meses ou por períodos de tempo mais longos como um sistema dinâmico na formação. O vedador cria mudanças nas zonas de hidrocarboneto em torno do canal de água no qual o dito vedador é estabelecido. O vedador recebe os nutrientes no líquido injetado que é fornecido preferencialmente como um fluxo contínuo, favorecendo assim o crescimento. O crescimento do vedador é limitado pelo óleo nas zonas circundantes, mas como a água primeiro direciona o óleo a partir dessas áreas devido ao fato de exercer pressão gerada pela presença do vedador, ela é então capaz de fluir para aquelas zonas que mudam de zonas molhadas com óleo para zonas molhadas com água, de tal forma que o vedador possa se expandir nessas áreas que estão recebendo os nutrientes no fluxo de líquido.
[0038]A temperatura é uma característica adicional de autocontrole á qual o vedador dinâmico responde. As temperaturas aumentarão em direção aos poços de produção e, dependendo do microrganismo, o crescimento na direção de fluxo será inibido acima de uma certa temperatura. Os microrganismos são também inibidos por taxas de fluxo muito altas e isso fornece um mecanismo de autoajustamento e de controle descendente. Em geral, uma forma parabólica para o vedador com terminais (considerados alternativamente como um funil curvo que é parcialmente oco por dentro) como mostrado nas figuras, mostra-se altamente benéfica para fornecer ou aumentar a funcionalidade dos vedadores da invenção, onde os ditos vedadores têm preferencialmente tal forma. A forma pode ser uma função da disponibilidade de nutrientes dentro do vedador devido à semipermeabilidade deste e à produção de moléculas inibidoras pelos microrganismos.
[0039]Os microrganismos preferenciais possuem um celulossoma que pode contribuir para a permeabilidade e a coesão do vedador, bem como para a digestão da fonte de carbono.
[0040]Em um aspecto adicional, a invenção refere-se a um método para a alteração controlada da posição e/ou extensão de um vedador microbiano estabelecido em uma formação geológica contendo hidrocarboneto, através do qual um líquido de injeção pode fluir de um ou mais poços de injeção para um ou m ais poços de produção, método que compreende selecionar um inóluco microbiano, um líquido de injeção e um líquido que promove o crescimento para a formação de um vedador microbiano, e compreende ainda usar ao menos um procedimento de controle selecionado a partir de um grupo que compreende regulação de pH, regulação da temperatura, regulação da quantidade de líquido, regulação de quantidade de gás, regulação de inibidor, regulação de quantidade de nutrientes, regulação da salinidade, regulação de viscosidade, regulação de pressão, regulação de taxa de fluxo, e adição de microrganismos adicionais ao líquido de injeção.
[0041]O método mencionado acima pode ser usado para o movimento controlado do vedador estabelecido e direção a ao menos um poço de produção, no qual o dito vedador pode ser formado por ao menos um tipo de microrganismo de formação de esporo, onde o método pode compreender: - usar um procedimento de controle para estimular o microrganismo a formar esporos; - usar um procedimento de controle para mover os esporos microbianos na formação geológica; e - usar um procedimento de controle para ativar o microrganismo a romper os esporos e tornar-se ativo. O procedimento de controle para estimular o microrganismo a formar esporos pode compreender reduzir o fornecimento de nutrientes. Em uma modalidade alternativa, o procedimento de controle para estimular o microrganismo a formar esporos pode compreender a regulação do pH do líquido de injeção.
[0042]O método mencionado acima pode ser usado para controlar o alongamento do vedador estabelecido em direção a ao menos um poço de injeção, onde o dito método compreende: - o procedimento de controle para fornecer nutrientes frescos a uma frente de vedador; e - o procedimento de controle para reduzir a taxa de fluxo do líquido de injeção ou interrompê-la completamente, de tal forma que o microrganismo possa crescer em uma zona contendo nutrientes entre a frente de vedador e o poço de injeção.
[0043]O método pode compreender ainda o procedimento de controle para fornecer um gás ao líquido de injeção de modo a estimular a atividade microbiana na frente de vedador. O gás pode ser CO2.
[0044]O método mencionado acima pode ser usado a expansão controlada do fluxo do vedador estabelecido nos flancos do dito vedador, onde o método pode compreender: - o procedimento de controle para fornecer nutrientes frescos à água de injeção que flui ao longo dos flancos do vedador estabelecido; e - o procedimento de controle para reduzir a taxa de fluxo do líquido de injeção ou interrompê-la completamente, de tal forma que o microrganismo possa crescer em uma zona contendo nutrientes nos flancos do vedador.
[0045]O método mencionado acima pode ser usado para o movimento controlado da frente de vedador estabelecido em direção a ao menos um dos poços de produção, onde o método pode compreender: - usar um procedimento de controle para fornecer biocidas à água de injeção até um nível que iniba o crescimento ou a um nível letal.
[0046]Em uma modalidade alternativa, o método para o movimento controlado da frente de vedador estabelecido em direção a ao menos um dos poços de produção pode compreender: - usar um procedimento de controle para regular o pH da água de injeção até um nível que inibe o crescimento ou um nível letal, de tal forma que a atividade microbiana cesse na frente de vedador que está voltada para o poço de injeção.
[0047]Os métodos mencionados acima nas várias modalidades, de acordo com qualquer uma das reinvindicações anteriores, podem compreender ainda: - localizar uma seção contendo hidrocarboneto isolado na formação geológica, onde a permeabilidade é menor do que a permeabilidade do vedador e maior do que a permeabilidade em um canal de fluxo estabelecido; e - posicionar o vedador para circundar a seção contendo hidrocarboneto isolado, de tal forma que o líquido de injeção flua através dessa seção.
[0048]Em uma modalidade adicional, o método pode compreender adicionar ao líquido de injeção, na concentração desejada, biopolímeros selecionados a partir do grupo que compreende celulose, hemicelulose, derivados de celulose e derivados de hemicelulose.
[0049]A regulação mencionada acima da viscosidade pode compreender adicionar ao líquido de injeção, na concentração desejada, biopolímeros selecionados a partir do grupo que compreende celulose, hemicelulose, derivados de celulose e derivados de hemicelulose.
[0050]O método descrito acima pode compreender ainda o procedimento de controle de adicionar uma cultura de uma cepa de Clostridium thermocellum ao líquido de nutrientes frescos.
[0051]O método descrito acima pode compreender ainda pré-tratar a seção na frente de vedador ou no flanco do dito vedador através de ao menos um dos seguintes procedimentos de controle: - inundar a frente do vedador ou o seu flanco com o líquido de injeção contendo biocida, de modo a reduzir a quantidade de microrganismos endógenos ativos; - inundar a frente do vedador ou o seu flanco com o líquido de injeção contendo um regulador de pH, de modo a melhorar as condições de crescimento para os microrganismos desejados; - inundar a frente do vedador ou o seu flanco com o líquido de injeção com baixo teor de sal, de modo a reduzir a salinidade na água dos poros nas formações geológicas que circundam a frente do vedador e o seu flanco, de tal forma a melhorar as condições de crescimento dos microrganismos desejados; e - inundar a frente do vedador ou o seu flanco com o líquido de injeção de modo a resfriar as formações geológicas que circundam a frente do vedador e de seu flanco, de tal forma a melhorar as condições de crescimento para os microrganismos desejados.
[0052]O método descrito acima pode compreende ainda manter a forma da frente do vedador, a forma do flanco e a forma de um terminal do vedador através da inundação do dito vedador com uma solução de nutriente, e de modo que os microrganismos no vedador formem um inibidor microbiano. O inibidor microbiano pode compreender etanol.Em um aspecto adicional, a invenção refere-se a um vedador microbiano formado em uma formação geológica contendo petróleo, onde o dito vedador compreende microrganismos do tipo definido acima, preferencialmente Clostridium thermocellum. Preferencialmente, a formação é inundada com água.
[0053]Em um aspecto adicional, a invenção refere-se a um líquido de injeção para inundar uma formação geológica contendo petróleo, onde o líquido de injeção contém um polímero selecionado a partir do grupo que compreende celulose, hemicelulose, derivados de celulose e derivados de hemicelulose.
[0054]Em um aspecto adicional, a invenção refere-se ao uso de microrganismos do tipo definido aqui, preferencialmente Clostridium thermocellum, para a formação de um vedador microbiano em uma formação geológica contendo petróleo. Preferencialmente, a formação é inundada com água.
Breve Descrição dos Desenhos
[0055]As modalidades preferenciais são descritas abaixo, a título de exemplo e são representadas nos desenhos em anexo, nos quais:
[0056]A FIG. 1 mostra esquematicamente, e vista a partir de cima, como um líquido de injeção flui entre um poço de injeção e um poço de produção em uma formação geológica, como é conhecido na técnica.
[0057]A FIG. 2 mostra esquematicamente, e vista de lado, uma formação geológica contendo hidrocarboneto, onde um canal de fluxo é formado entre um poço de injeção e um poço de produção, como é conhecido no campo.
[0058]As FIGs. 3A-3D mostram esquematicamente e em uma escala microscópica: A) como os hidrocarbonetos preenchem o espaço poroso em uma formação geológica; B) colonização do espaço poroso com microrganismos; C) vedação da formação com microrganismos; e D) encolhimento da biomassa microbiana como um resultado da ausência de nutrientes, e abertura do volume de poros para o fluxo de passagem, como é conhecido no campo.
[0059] A FIG. 4 mostra, na mesma escala da FIG. 2, como um vedador microbiano é formado no canal de fluxo, como é conhecido no campo.
[0060]A FIG. 5 mostra, na mesma escala da FIG. 2, como um tipo de vedador microbiano diferente do mostrado na FIG. 4 é formado no canal de fluxo.
[0061]As FIGs. 6A-6D mostram uma vista lateral esquemática e as seções transversais de um vedador, onde a produção no vedador de metabólitos inibidores leva a uma atividade ou biomassa reduzida na seção do vedador em direção a um poço de produção.
[0062] A FIG. 7 mostra a extensão de um vedador microbiano em direção a um poço de produção após o movimento do dito vedador.
[0063]A FIG. 8 mostra um vedador microbiano com uma extensão maior em direção ao flanco do vedador.
[0064]As FIGs. 9A-9D mostram uma representação altamente esquemática das fases no movimento de um vedador com uma direção de fluxo do líquido de injeção em direção a um poço de produção.
[0065]As FIGs. 10A-D e A-B são representações esquemáticas das fases no alongamento de um vedador em direção a um poço de injeção contra a direção do fluxo do líquido de injeção, e as FIGs. C-D mostram um encurtamento do terminal do vedador.
Descrição Detalhada da Invenção
[0066]Nas figuras, o número de referência 1 indica uma formação geológica que circunda um reservatório contendo hidrocarboneto. O reservatório 1 é dividido esquematicamente em zonas: uma zona com baixa permeabilidade 10, uma zona com maior permeabilidade 12 e um canal de fluxo 2. O canal de fluxo 2 é formado em uma zona onde o reservatório 1 tem alta permeabilidade e um líquido de injeção fluiu através do canal de fluxo 2. O canal de fluxo 2 é dividido em uma zona central 20 e uma zona periférica 22. O líquido de injeção é introduzido no reservatório 1 de uma forma conhecida através de um poço de injeção 30. Os hidrocarbonetos e possivelmente outros líquidos são recuperados a partir do reservatório 1 a partir de um poço de produção 32. As figuras indicam um poço de injeção 30 e um poço de produção 32. Isso é esquemático e entende-se como significando que pode haver um ou mais poços de injeção 30 e um ou mais poços de produção 32. Um fluxo de líquido de injeção 5 flui através do canal de fluxo 2. Como é mostrado na FIG. 1, o líquido de injeção pode seguir vários canais e a quantidade de líquido de injeção que flui através do canal de fluxo é dependente, dentre outras coisas, da resistência do fluxo. Isso é mostrado na FIG. 1 através de diferentes larguras das setas que indicam o fluxo de líquido de injeção 5. A FIG. 4 mostra um vedador microbiano 4 no reservatório 1, sendo que esse vedador 4 é formado de uma forma conhecida.
[0067]A FIG. 3 mostra representações esquemáticas de um mecanismo assumido ou modelo explicativo para drenagem dos hidrocarbonetos 7 que estão localizados em um volume de poros entre os minerais sólidos 6, sem limitar a invenção deste modelo. A FIG. 3A mostra que o hidrocarboneto 7 preenche o volume de poros entre os minerais 6. Muitos tipos de microrganismos 8 não podem crescer ou viver em tais espaços porosos preenchidos por hidrocarbonetos.
[0068]A FIG. 3B mostra que o restante dos hidrocarbonetos 7 está ainda presente entre os minerais 6 após o reservatório 1 ter produzido os hidrocarbonetos 7, possivelmente após o líquido de injeção ter fluido através do reservatório 1 de uma forma conhecida. A FIG. 3B também mostra que os microrganismos 8 são adicionados entre os minerais 6. Os microrganismos 8 podem formar colônias 82 quando eles são fornecidos com nutrientes em um fluxo líquido de nutrientes 52. Os microrganismos 8 crescerão e as colônias 82 vedarão o volume de poros entre os minerais 6, como é mostrado na FIG. 3C. Isso forçará o fluxo de líquido de injeção 5 a se mover em torno dos flancos do vedador 48, como mostrado nas FIGs. 5-9. O fluxo reduzido através da parte vedada do reservatório 1 diminui a disponibilidade de nutrientes aos microrganismos 8. Após a fase de crescimento ativa, os microrganismos 8 entrarão na fase terminal e morrerão ou esporularão, se o microrganismo 8 for um microrganismo 8 de formação de esporos. O volume do material biológico diminui, e essa parte do reservatório 1 torna-se mais permeável, como mostrado na FIG. 3D e indicado, por exemplo, na FIG. 5. Os resíduos do hidrocarboneto 7 podem ser liberados a partir dos minerais 6 com a ajuda de solventes, tensoativos e misturas destes, e eles são conduzidos com o líquido de injeção para o poço de produção 32. Isso aumenta o grau de recuperação do hidrocarboneto 7 a partir do reservatório 1. Os solventes e/ou tensoativos podem ser adicionados ao líquido de injeção. Os solventes e/ou tensoativos podem ser produzidos no local por microrganismos 8 no reservatório 1.
[0069]A FIG. 4 é uma representação esquemática de um vedador 4 no canal de fluxo 2. O vedador 4 é formado pela atividade microbiana e consiste de microrganismos 8 e biopolímeros. O vedador 4 pode ser formado por nutrientes no líquido de injeção que está sendo fornecido ao canal de fluxo 2. Portanto existirá nutrientes presentes ao longo de uma parte do canal de fluxo 2. Então, os microrganismos 8 exógenos no líquido de injeção são fornecidos ao canal de fluxo 2. O fornecimento de líquido de injeção é interrompido após um tempo, e os microrganismos 8 colonizam as superfícies nos poros e nos espaços ocos do reservatório 1. Visto que os poros do reservatório 1 terão de um certo efeito filtrante, existirá um maior inóluco de células na frente 44 do vedador mais próximo do poço de injeção 30 em relação ao poço de produção 32, como indicado na FIG. 4. Ao longo do tempo, os microrganismos se espalharão em direção ao poço de produção 32, visto que existem nutrientes nessa área. A produção a partir do poço de produção 32 também contribuirá com os fluxos no reservatório 1 em direção ao poço de produção 32. Isso é indicado na FIG. 4 como um terminal 46 na direção do poço de produção 36. A densidade dos microrganismos 8 será maior no centro 20 do canal de fluxo 2 do que na periferia 22. O vedador 4 também pode ser estabelecido através da injeção dos microrganismos 8 e nutrientes ao mesmo tempo. O vedador 4 pode também ser estabelecido primeiro pela injeção de microrganismos 8 e então de nutrientes. Nesse caso, os microrganismos 8 mais próximos do poço de injeção 30 consumirão os nutrientes, de tal forma que haja menos nutrientes disponíveis no canal de fluxo 2 em direção ao poço de produção 32. O vedador 4 é parcialmente permeável, mas algum do líquido de injeção fluirá em direção ao poço de produção 32 na formação geológica 1 ao longo dos flancos 48 do vedador 4. O fluxo do líquido de injeção 5 carregará assim os hidrocarbonetos com ele ao longo os flancos 48 do vedador 4 para as áreas periféricas 22 do canal de fluxo 2 e para a formação geológica 12 de permeabilidade mais baixa.
[0070]A FIG. 5 mostra um vedador formado microbialmente 4 de acordo com a invenção, onde o mesmo produz um inibidor extracelular que forma um fluxo de líquido inibidor 54 em direção ao poço de produção 33. A FIG. 6A é uma representação esquemática da forma externa de tal vedador 4 visto de lado, a FIG. 6D mostra tal vedador visto de cima, enquanto as FIGs. 6B, 6C e 6E são seção transversais que representam esquematicamente o efeito do fluxo de líquido inibidor 54 na forma interna do vedador 4. Os microrganismos 8 no flanco 48 e no terminal 46 do vedador 4 obtêm nutrientes, para manter sua atividade, a partir do fluxo de líquido nutriente 52 que flui ao longo do flanco 49 e do terminal 46.
[0071]As FIGs. 9A-D mostram esquematicamente, de uma forma mais simplificada e em mais detalhes, como o vedador 4 formado microbialmente pode ser movido em direção ao poço de produção 32, como indicado na FIG. 7. A FIG. 9A mostra o vedador estabelecido 4, e o fluxo de líquido de injeção 5 que varre ao longo dos flancos 48 do vedador 4. A FIG. 9B mostra esquematicamente que os microrganismos 8 de formação de esporo, que formam o vedador 4 esporulam para a ausência de nutrientes. Isso é mostrado como um esboço pontilhado. A permeabilidade do vedador 4 aumenta, e o fluxo de líquido de injeção 5 flui no canal de fluxo original 2. O fluxo de líquido de injeção 5 moverá os microrganismo esporulados 8 em direção ao poço de produção 32, como mostrado na FIG. 9C. Os nutrientes são fornecidos ao líquido de injeção, e um fluxo de líquido nutriente 52 flui através do canal de fluxo 2 e estimula os microrganismos a romper o estágio de esporo e tornar-se ativo, de tal forma que o vedador 4 seja formado como mostrado na FIG. 9D.
[0072]A FIG. 8 mostra que o flanco 48 do vedador formado microbialmente 4 se expandiu em direção às zonas mais ricas em hidrocarboneto 10, 12, de acordo com o método da invenção. A FIG. 10 mostra esquematicamente as representações de como a frente 44 do vedador formado microbialmente 4 pode ser movida em direção ao poço de injeção 30, de acordo com o método da invenção. Como mostrado na FIG. 10A, um fluxo de nutrientes 52 fluirá a partir do poço de injeção 30 em direção a um vedador estabelecido 4 de acordo com a invenção. Alguma da solução de líquido nutriente 52 fluirá ao longo da frente 44 do vedador 4, enquanto algum do fluxo de nutrientes 52 fluirá através do vedador parcialmente permeável 4. O fornecimento de nutrientes mantém a atividade microbiana do vedador 4. A solução de líquido nutriente 52 é interrompida, de tal forma que existam nutrientes em contato com a frente 44 do vedador 4, e os nutrientes se estendam a partir da frente 44 do dito vedador 4 e em direção ao poço de injeção 30. O vedador 4 formará uma frente 44’, que se espalha em direção ao poço de injeção 30, como é mostrado na FIG. 10B. A FIG. 10C mostra que os microrganismos 8 na parte do vedador 4 voltada para o poço de produção 32 diminuirão sua atividade, sua esporularão ou morrerão ao longo do tempo, devido à falta de nutrientes. A FIG. 10D mostra a forma e a posição da parte ativa do vedador 4 após um período de tempo.O vedador 4 se moveu assim para uma posição mais próxima do poço de injeção 4.
Exemplo 1
[0073]Um vedador microbiano 4 em uma formação geológica permeável 1 com um canal de fluxo 2 é formado de uma forma conhecida, injetando-se uma solução de nutrientes e uma cultura bacteriana na formação 1 a partir de um poço de injeção 30. A solução de nutrientes e a cultura bacteriana podem ser injetadas como uma mistura em um pulso, e o pulso é seguido pelo líquido de injeção sem os nutrientes e sem a cultura bacteriana. A cultura bacteriana consiste de uma ou mais cepas de um tipo de bactéria que forma esporos ou vários tipos de bactérias que formam esporos. A cultura bacteriana pode consistir de uma cepa de Clostridium thermocellum.
[0074]Com base na porosidade conhecida da formação geológica 1 e nas características de fluxo no canal de fluxo 2, é possível calcular quando a mistura da solução de nutrientes e das bactérias 8 alcançam a parte do canal de fluxo 2 onde é desejável estabelecer um vedador 4. A injeção do líquido de injeção é suspensa de tal forma que as bactérias 8 sejam capazes de se estabelecerem. As bactérias 8 usarão os nutrientes para a divisão celular e para o metabolismo geral, que também inclui a formação de produtos exógenos, por exemplo, um biofilme, e para a formação de metabólitos secundários, que podem incluir álcoois, aldeídos, cetonas e gases. As bactérias 8 crescerão nessa parte do canal de fluxo 2 onde os nutrientes estão disponíveis. As bactérias facultativamente anaeróbias 8 formarão um ambiente anaeróbio e não são dependentes da presença de oxigênio.
[0075]O aumento no número de bactérias 8, possivelmente junto com a produção de biofilme, reduzirá a permeabilidade do canal de fluxo 2, como é conhecido no campo e é mostrado na FIG. 3. Quando o vedador 4 é considerado como estabelecido, a injeção do líquido de injeção é recomendada. Na frente 44 do vedador 4, isto é, na parte do vedador 4 voltada para o poço de injeção 30, o líquido de injeção fluirá principalmente em torno da frente 44 do vedador 4 e ao longo dos flancos 48 do vedador 4, onde a permeabilidade é maior do que dentro do vedador 4. Isso tem o efeito de que o líquido de injeção arrasta os hidrocarbonetos 7 em partes da formação 1 que estão fora do canal de fluxo original 2, como mostrado nas FIGs. 5-9.
[0076]Sem o fornecimento de nutrientes frescos, as bactérias 8 param de crescer e gradualmente esporulam, como mostrado nas FIGs. 3D, 9B e 10C. Os esporos são bem menores do que as células ativas e não vedam os poros na formação geológica 1 da mesma forma. A pressão aplicada pelo líquido de injeção contra a frente 44 do vedador 4 pressiona ou lava os esporos ao longo do canal de fluxo 2 de tal forma que eles penetrem dentro na formação 1, o que leva à frente 44 do dito vedador 4 sendo movido em direção ao poço de produção 32, como mostrado na FIG. 9C. O vedador 4 que foi estabelecido pela injeção de uma mistura de nutrientes e microrganismos terá aproximadamente o mesmo estado de nutriente ao longo da extensão completa do vedador 4. Quando o fornecimento de nutrientes é interrompido, a esporulação ocorrerá mais ou menos simultaneamente ao longo de todo o vedador 4. A frente 44 e o terminal 46 do vedador 4 estão em comunicação de fluido, de tal forma que os esporos no terminal 46 do vedador 4 também penetrarão dentro da formação 1 quando os esporos na frente 44 do dito vedador 4 começam a penetrar dentro. Os nutrientes são adicionados ao líquido de injeção, que agora mais uma vez flui principalmente através do canal de fluxo 2, e os nutrientes induzirão os microrganismos 8 a romper os esporos e formar as células ativas. Isso tem o efeito de que todo o vedador 4 é movido em direção ao poço de produção 32.
[0077]Em outra modalidade, como uma alternativa ou adição para induzir a esporulação pela fome, o líquido de injeção pode ser fornecido com ácidos ou bases, que respectivamente acidificam ou elevam o pH do líquido de injeção até um nível que induz a esporulação. A esporulação começará então na frente 44 do vedador 4 e, à medida que a esporulação começa, o líquido de injeção passa para o vedador original 4, o que levará a mais esporulação. Ao mesmo tempo, a parte do vedador 4 que contém os microrganismos ativos 8 irá contra o fluxo do líquido de injeção no canal de fluxo 2. O líquido de injeção é forçado assim ao longo dos flancos 48 para a parte restante do vedador 4 e também carrega com ele, para os flancos 48, os esporos da frente 44 do vedador. A concentração do regulador de pH do líquido de injeção diminuirá, por causa da diluição e das reações químicas, a um nível que não altera a atividade das células. Assim, as células no terminal 46 do vedador 4 não esporularão. Através da adição de nutrientes ao líquido de injeção, os esporos na frente 44 e no flanco 48 do vedador 4 romperão os esporos e formarão as células ativas. Isso tem o efeito de que a frente 44 do vedador 4, e não o terminal 46, é movida para uma posição mais próxima do poço de produção 32, e essa frente 44 do vedador 4 é expandida na direção periférica.
[0078]Em um método alternativo para mover um vedador 4 na direção do poço de injeção 30 em direção ao poço de produção 32, a solução de nutrientes é injetada primeiro, e os microrganismos 8 são injetados imediatamente em seguida, de tal forma que haja contato entre o líquido de injeção com nutrientes e o líquido de injeção com microrganismos. Quando a injeção é interrompida, os microrganismos se espalham dentro do canal de fluxo 2, onde há nutrientes. Os microrganismos 8 sentirão fome e esporularão naquelas partes do canal de injeção 2 onde os nutrientes acabaram. Isso tem o efeito de que todo o vedador 4 se movendo em direção ao poço de produção 32 ao longo do tempo.
[0079]Em outro método alternativo, um biocida adequado, por exemplo, amônia, é adicionado em uma quantidade adequada ao líquido de injeção. Primeiro, isso inativa ou mata os microrganismos 8 na frente 44 do vedador 4. O efeito da amônia diminuirá ao longo do tempo à medida que ela reage com os minerais 6 no reservatório 1 e é diluída. O resultado é que a frente 44 é movida em direção ao poço de produção 32. Os microrganismos 8 no terminal 46 do vedador continuam a crescer e a se espalhar ao longo do canal 2 em direção ao poço de produção 32.
Exemplo 2
[0080]Um vedador microbiano 4 é estabelecido da maneira descrita no Exemplo 1. Após o vedador 4 ser estabelecido, uma solução fresca de nutrientes é injetada até a frente do vedador 44. O bombeamento do líquido de injeção é interrompido quando a solução de nutrientes está em contato com a frente do vedador 4. As bactérias 8 no vedador 4 crescem na zona com a solução fresca de nutrientes e move a frente do vedador 44 em direção ao poço de injeção 32, como é mostrado na FIG. 10B, de tal forma que uma frente do vedador 44’ seja formada. O vedador original 4 é parcialmente permeável, de tal forma que uma proporção do fluxo de líquido nutriente fresco 52 penetra na frente 44 do vedador original e para frente do terminal 46 do dito vedador. Entretanto, os nutrientes são consumidos no vedador 4, de tal forma que a frente original 44 do vedador 4 seja mantida, enquanto poucos ou nenhum nutriente fresco alcança o terminal 46 do vedador, e os microrganismos 8 no terminal 46 se tornam inativos, esporulam ou morrem, como mostrado nas FIGs. 10C e 10D. Alternativamente, uma mistura de microrganismos 8 e de nutrientes frescos pode ser injetada até que esteja em contato com a frente 44 do vedador. Uma nova frente 44’ do vedador é então estabelecida próxima ao poço de injeção 30. Quando a nova frente 44’ do vedador é estabelecida, o líquido de injeção é injetado e arrasta os hidrocarbonetos 7 em torno do vedador 4. À medida que os nutrientes se esgotam, os microrganismos 8 no terminal 46 do vedador 4 voltado para o poço de produção 32, se tornam inativos, esporulam ou morrem e reduzem a extensão do vedador 4 nessa direção. Isso tem o efeito de que o vedador 4 é movido em direção ao poço de injeção 30 ao longo do tempo.
[0081]Em uma modalidade alternativa, CO2 pode ser adicionado ao líquido de injeção, o qual é pulsado em direção ao vedador 4. O CO2 estimulará o crescimento de certos tipos de bactérias, por exemplo, C. thermocellum.
[0082]Em uma modalidade alternativa, a direção de fluxo do líquido de injeção é invertida por meio do líquido de injeção que está sendo injetado a partir do poço de produção 32 em direção ao poço de injeção 30. O método é então o mesmo descrito no Exemplo 1.
Exemplo 3
[0083]Um vedador microbiano 4 é estabelecido da maneira descrita no Exemplo 1. O líquido de injeção carrega os hidrocarbonetos 7 a partir das formações geológicas 1 ao longo dos flancos 48 do vedador 4. Quando essas formações 1, que circundam os flancos 48 do vedador 4, são drenadas de hidrocarbonetos 7 e tornam- se mais permeáveis e são mais facilmente colonizadas por microrganismos 8, os nutrientes são adicionados ao líquido de injeção. Quando o líquido de injeção com nutrientes circunda ao menos parte dos flancos 48 do vedador 4 (ver, por exemplo, a FIG. 10A), a injeção é interrompida. Os microrganismos 8 do vedador 4 crescem em zonas com solução de nutrientes frescos e estendem a faixa do vedador 4 ao longo dos flancos 48 do vedador 4. A injeção então começa novamente, e o líquido de injeção é forçado para as zonas que circundam o vedador estendido e contendo hidrocarbonetos, de tal forma que esses sejam varridos para fora, como mostrado na FIG. 8.
[0084]Em uma modalidade alternativa, os microrganismos 8 e os nutrientes são adicionados ao líquido de injeção que flui passando pelos flancos 48 do vedador 4. Quando o líquido de injeção com os nutrientes circunda ao menos parte dos flancos 48 do vedador 4, a injeção é interrompida. Isto tem a vantagem de que a expansão dos flancos 48 do vedador 4 ocorre de forma mais rápida.
[0085]Os nutrientes frescos no líquido de injeção circundando o vedador 4 ao longo do flanco 48 e do terminal 46 se difundem parcialmente para o vedador estabelecido 4 e contribuem para que o último seja mantido nessas partes.
[0086]Quando o vedador 4 é bem estabelecido, o fluxo de líquido de injeção 5 flui passando pelo vedador 4 ao longo do flanco 48 e varre os hidrocarbonetos 7 em direção ao poço de produção 32, como é mostrado na FIG. 8. Isso significa que o canal de fluxo 2 é expandido. Ao adicionar nutrientes ao líquido de injeção e, após um período de tempo adequado, interromper o fornecimento de líquido de injeção, os microrganismos 8 no vedador 4 crescem para as zonas 10, 12 flanqueando o canal de fluxo original 2.
Exemplo 4
[0087]Um vedador microbiano 4 é estabelecido da maneira descrita no Exemplo 1. O líquido de injeção que flui ao longo do flanco 48 e do terminal 46 do vedador, ao longo do tempo, varrerá os hidrocarbonetos 7 nas formações geológicas que ficam em torno do vedador 4. O líquido de injeção também resfria estas formações geológicas circundantes no reservatório 1. Drenar os poros de hidrocarbonetos 7, em conjunto com o resfriamento, torna possível que os microrganismos 8 colonizem as áreas em torno do terminal 46 e alonguem o dito terminal 46 em direção ao poço de produção 32 quando os nutrientes são fornecidos ao líquido de injeção e esses nutrientes fluem passando pelo terminal 46 em direção ao poço de produção 32. O vedador 4 é mantido por meio dos microrganismos 8 que passam por fases alternadas de crescimento e encolhimento, como foi descrito acima em conjunto com a FIG. 3. Na fase de encolhimento (ver FIG. 3D), os nutrientes podem ser fornecidos ao vedador 4, e os microrganismos 8 são estimulados a crescerem novamente, como mostrado na FIG. 3C. Isso tem o efeito de que a frente 44 do vedador é mantida estacionária, enquanto a extensão do vedador 4 em direção ao poço de produção 32 é alongada.
Exemplo 5
[0088]Um vedador microbiano 4 é estabelecido da maneira descrita no Exemplo 1, e a frente do vedador é movida em direção ao poço de injeção, como descrito no Exemplo 3. Em adição, a extensão do vedador em direção ao poço de produção é mantida pulsando-se os nutrientes no vedador 4, como descrito acima, de modo a manter a atividade microbiana na parte do dito vedador 4 que está voltada em direção ao poço de produção 32. A forma do vedador 4 é assim mantida, como mostrado esquematicamente na FIG. 10B.
[0089]Nas FIGs. 5-10, o vedador 4 é mostrado esquematicamente com uma parte oca obtida pela produção no local de inibidores. A bactéria C. thermocellum é um exemplo de um microrganismo 8 que produz etanol. A concentração de etanol aumentará através do vedador e, acima de um dado nível, terá um efeito inibidor sobre os microrganismos 8 à jusante. Esses microrganismos são inativos, esporulam ou morrem. Isso tem a vantagem de que o exterior do vedador 4 (frente 44, flanco 48 e terminal 46) mantem sua posição, ao mesmo tempo que o volume ativo do vedador 4 é reduzido em proporção para um vedador 4 “compacto”. A exigência do vedador 4 por nutrientes é então reduzida. Como solvente, o etanol também contribui para a lavagem dos hidrocarbonetos 7 no canal de fluxo 2 à jusante do vedador 4. Outros produtos metabólicos, tais como acetato e lactato, também contribuem para o aumento da lavagem de hidrocarbonetos 7 e o aumento do grau de produção a partir do reservatório 1. Exemplo 6 - Um experimento em escala de laboratório foi executado para mostrar a vedação de uma camada de areia, de acordo com as técnicas da presente invenção. Materiais e Métodos Bactéria Clostridium thermocellum (CT) JW20; ATCC 31549 Meio de Crescimento
[0090]CT foram cultivadas, de acordo com a metodologia descrita por Freier e outros em Applied and Environmental Microbiology [1988] vol. 54, No. 1, p204 a 211.
[0091]Especificamente, o meio de cultura contido (por litro de água deionizada) 1,5 g de KH2PO4 4,2 g de Na2HPO4 . 12 H2O 0,5 g de NH4Cl 0,5 g de (NH4)2SO4 0,09 g de MgCl2 . 6H2O 0,03 g de CaCl2 0,5 g de NaHCO3 2 g de extrato de levedura e
[0092]0,5 ml de solução vitamínica. A solução vitamínica continha (por litro de água destilada), 40 mg de biotina, 100 mg de ácido p-aminobenzóico, 40 mg de ácido fólico, 100 mg de sal de cálcio de ácido pantotênico, 100 mg de ácido nicotínico, 2 mg de vitamina B12, 100 mg de cloridrato de tiamina, 200 mg de cloridrato de piridoxina, 100 mg de ácido tióctico, e 10 mg de riboflavina.
[0093]5 ml de solução mineral. A solução mineral continha (por litro de água destilada) 1,5 g de ácido nitriloacético, 3 g de MgSO4- 7H20, 0,5 g de MnSO4. H2O, 1 g de NaCl, 0,1 g de FeSO4 7H2O, 0,1 g de Co(NO3)2 .6H2O, 0,1 g de CaCl2 (anidro), 0,1 g de ZnSO4. 7H2O, 50 mg de NiCl2, 10 mg de CuS04 * 5H2O, 10 mg de AlK2(SO4)3 (anidro), 10 mg de ácido bórico, 10 mg de Na2MoO4 * 2H2O, 10 mg de Na2WO4- 2H2O, e 1 mg de Na2SeO3 (anidro).Celobiose a 1%.
Configuração do Teste
[0094]O aparelho foi configurado para ser capaz de fluir o meio de crescimento através de uma camada de areia com pedras de areia de tamanho 0 1 a 2 mm. Uma bomba foi exigida para entregar a pressão de até 2 MPa (20 Bar) com cabeça máxima, e fluxo mínimo ou zero.
[0095]A camada de areia consistiu de um tubo de aço de 3 m com diâmetro de 2,54 centímetros (1 polegada), preenchida com areia - componente químico principal SiO2. A montante da bomba, um tanque contendo o meio de crescimento dissolvido foi instalado, capaz de manter a temperatura em 75o C e ferver. Entre a bomba e a entrada do tubo está uma linha de retorno de volta para o tanque que pode reduzir a taxa de fluxo através do tubo. Uma válvula adicional depois da extremidade do tubo pode também ser usada para ajustar a taxa de fluxo e simular as condições do reservatório com relação à pressão.
[0096]Fonte de água: água mineral fervida por 1 hora. O teor químico detalhado da água é desconhecido, mas a água é caracterizada como dura, isto é, contendo cálcio. As partes do tanque para a saída do tubo foram isoladas.
Preparação do sistema de teste
[0097]O sistema foi limpo com água fervida que circula no sistema por 3 horas e desoxigenado com N2 borbulhante. A temperatura foi abaixada para 75o C no tanque e o sistema recirculado por 1 semana. O sistema agora foi considerado como mantendo um estado estável com relação a qualquer poluição microbiana. O meio de crescimento foi circulado por mais 3 semanas para procurar qualquer comportamento físico ou mudança na seção de areia preenchida devido ao meio de crescimento.
Observação anteriores à introdução das bactérias:
[0098]Nenhum acúmulo ou mudança de pressão foi detectado como um resultado de inundar o meio de crescimento através do sistema ao longo do tempo.
Adição de bactérias:
[0099]Uma pequena cultura de bactérias CT foi inoculada e deixada crescer em um frasco como descrito por Freier e outros acima, no meio de crescimento descrito acima. As bactérias foram então inseridas na camada de areia abrindo-se o tubo próximo à extremidade da bomba e infectando-se uma pequena área. O sistema de abertura era um sistema de flange.
Análise
[00100]A avaliação foi baseada em observações visuais e na destilação da água que tinha passado através do tubo para determinar a concentração de etanol por unidade de água. A observação visual dos gases foi conduzida com base no teste de inflamabilidade de H2 e na detecção da concentração de CO2. Os testes de gás foram executados para confirmar que o caminho correto foi seguido. A concentração de etanol foi usada como uma indicação da eficiência dos processos catabólicos bacterianos (CT).
Caso de teste 1:
[00101]O manômetro leu 1 MPa (10 Bars) no início do teste.
[00102]Bactérias ativas foram introduzidas na camada de areia dentro do meio de crescimento. O meio foi deixado crescer por 24 horas e uma taxa de fluxo de água de no máximo 20 x 10-6 m/s foi introduzida e a camada de areia inundou. Esse baixo fluxo foi mantido e ajustado por 2 semanas.
[00103]Após 24 horas, a taxa de fluxo foi reduzida. Ao reduzir a taxa de fluxo usando a linha de retorno (válvula de rejeição), uma taxa de fluxo de 10x10-6 m/s foi estabelecida. As leituras do manômetro com a válvula de rejeição fechada (sem água usando a linha de retorno) mostraram uma pressão de 2 MPa (20 Bars).
[00104]A água penetrando através da camada de areia foi reduzida drasticamente em aproximadamente 85 a 95% e a concentração de etanol aumentou 2 vezes.
[00105]As indicações claras mostram que as camadas de areia inundadas foram bloqueadas. A produção de etanol e a produção de gás indicaram um caminho de Celulossoma ativo.
Caso de teste 2:
[00106]O mesmo teste descrito no caso de teste 1 continuou por um mês.
[00107]O processo estava em um estado estável: nenhuma mudança foi observada na pressão que ficou estabilizada em aproximadamente 2 MPa (20 Bars) e não houve mudança na taxa de fluxo ou na produção de etanol. Esses resultados indicam que o vedador foi mantido.
Caso de teste 3:
[00108]A celobiose foi removida do meio de crescimento e do sistema inundou durante 7 dias.
[00109]A pressão diminuiu e a taxa de fluxo aumentou através da camada de areia. A pressão caiu para aproximadamente 1,6 MPa (16 Bars). As mudanças ocorreram principalmente nas primeiras 24 horas, a partir do momento em que as mudanças se nivelaram em uma nova situação de estado estabilizado. Assim, a permeabilidade do vedador aumentou, mas alguma estrutura de vedação permanece.
Caso de teste 4:
[00110]O meio de crescimento completo foi removido e somente água foi fornecida para inundar o sistema.
[00111]A pressão caiu para 1,1 a 1,2 MPa (11-12 Bars) ao longo de 5 dias. Isso sugere que o vedador foi removido/perdido ou ao menos que os níveis de permeabilidade retornaram quase aos níveis de pré-vedação.
Caso de teste 5:
[00112]O caso de teste 1 foi repetido, mas com um tubo de 40,64 centímetros (16 polegadas) de diâmetro.
[00113]Os resultados do teste 1 foram repetidos. Nesse teste, uma forma parabólica foi traçada na areia quando se abriu a camada de areia.
Caso de teste 6:
[00114]O teste 1 foi repetido e um vedador foi estabelecido. O meio de crescimento foi removido e o fluxo aumentado foi introduzido até que as condições de esporos fossem assumidas como estabelecidas. O fluxo máximo foi introduzido no tubo para purgar os esporos na direção do fluxo. Os esporos foram os últimos a crescer e o centro do vedador foi observado como decantado. Para finalizar o teste, um líquido altamente alcalino foi purgado através do sistema por 2 dias e o meio de crescimento foi removido. O vedador foi removido por esse tratamento.
Exemplo 7
[00115]Os testes foram executados em duas configurações diferentes, sendo que um teste contendo areia infectada por resíduos de óleo e o outro teste somente com areia, para investigar o crescimento bacteriano em um ambiente sólido.
Teste 1:
[00116]Configuração somente com areia. A areia era do mesmo tipo descrito no exemplo 6. A entrada biológica foi baseada nos testes de Freier citados no Exemplo 6. A água usada foi obtida da mesma fonte e tratada da mesma forma, fervida e desoxigenada. Bactérias CT cresceram em garrafas e foram injetadas em um recipiente de 1 litro.
[00117]O recipiente foi preenchido completamente com o meio de crescimento e as bactérias foram distribuídas regularmente no meio. O fluxo foi então interrompido. A temperatura foi mantida em aproximadamente 60o C.
[00118]Os micróbios cresceram e foram catabolizados. Poder-se-ia ver claramente que os micróbios cresceram na areia, e medindo-se o teor de etanol, os testes confirmaram a atividade metabólica.
[00119]O teste por quimiostato tornou-se um teste estático por 7 dias. Após 7 dias, viu-se uma mudança na densidade e notou-se uma cor ligeiramente mais escura. Presume-se que os nutrientes se esgotaram e os bacilos estavam em um estado faminto. Ao purgar o meio de crescimento através do sistema de camada de areia, pode-se mudar de volta para a cor amarelada e o etanol foi detectado.
Teste 2:
[00120]Nesse teste, foi estabelecido um ambiente similar para um reservatório de óleo vazio. Isso significa uma camada de areia contendo de 9 a 16% de resíduos de óleo, onde o dito resíduo está localizado principalmente no lado do sotavento das partículas de areia com relação à direção de inundação.
[00121]Uma coluna com areia, de acordo com o teste 1, foi configurada. A coluna foi saturada com óleo cru do campo de Stafford e inundada com água do mar. Como um resultado da inundação, aproximadamente 88% do óleo foi deslocado e o sistema tornou-se saturado com água. O sistema foi inundado mais 5 vezes com o meio de crescimento e a cultura de CT pré-crescida foi introduzida regularmente na configuração do teste.
[00122]O teste foi configurado para crescer por uma semana. As concentrações correspondentes de etanol para o volume de meio de crescimento foram medidas.
[00123]Um habitat contaminado por óleo cru não limitou o crescimento e a atividade catabólica da cultura. Parece que as partes de óleo somente deslocaram o crescimento. Portanto, o crescimento e a atividade metabólica podem ser mantidos lado a lado com um ambiente oleoso em um sistema de microescala.
Exemplo 8
[00124]A abordagem de Freier para o cultivo de CT foi modificada com garrafas contendo 3 diferentes frações de óleo. Um conjunto de garrafas continha 90% de óleo, um conjunto de garrafas continha 50% de óleo e o último conjunto continha 10% de óleo. O líquido restante continha o meio de Freier com celobiose a 1%. As garrafas contendo 100% de meio de Freier com celubiose (1%) foram fornecidas como controle. As garrafas foram agitadas a cada 3 horas durante o dia e foram abertas depois de 1 semana.
[00125]O etanol foi produzido em concentrações correspondentes ao volume e concentração do meio de crescimento.
[00126] O óleo não teve um efeito inibidor na cultura. A cultura não cresce e metaboliza dentro da fração de óleo. Concluiu-se que o meio de crescimento foi removido de forma eficaz em alta concentração de óleo devido ao fato de que o dito óleo e a água não são solúveis. Concluiu-se também que a cultura poderia não utilizar hidrocarbonetos como fonte de carbono.

Claims (19)

1. Método para estabelecer um vedador microbiano em uma formação geo-lógica contendo hidrocarboneto que foi inundada com água, o método CARACTERIZADO pelo fato de que compreende: a) introduzir na formação um inóluco microbiano, cujos microrganismos são: (i) esporos ou, de outra forma, em um estado dormente, (ii) capazes de esporulação, (iii) celulolíticos ou hemicelulolíticos, (iv) termofílicos, termofílicos extremos e hipertermofílicos, (v) incapazes de utilizar os hidrocarbonetos como uma fonte de carbono, e (vi) não nativos à formação geológica contendo hidrocarboneto; b) introduzir simultânea ou sequencialmente na formação um meio de crescimento que fornece uma fonte de carbono que possa ser utilizada pelos microrganismos introduzidos na etapa (a), mas não por microrganismos nativos; c) expor o inóluco às condições que possibilitam que os microrganismos entrem em uma fase de crescimento ativa dentro dos canais de água na formação geológica; e d) introduzir um líquido de injeção compreendendo meio de crescimento adicional conforme definido na etapa (b) na formação via um poço de injeção.
2. Método, de acordo com a reinvindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o inóluco está na forma de esporos.
3. Método para manter um vedador microbiano em uma formação geológica contendo hidrocarboneto, CARACTERIZADO pelo fato de que o dito vedador compreende microrganismos que são: (i) capazes de esporulação, (ii) celulolíticos ou hemicelulolíticos, (iii) termofílicos, termofílicos extremos e hipertermofílicos, (iv) incapazes de utilizar os hidrocarbonetos como uma fonte de carbono, e (v) não nativos à formação geológica contendo hidrocarboneto; em que a formação é inundada com líquido que é injetado na formação através de um ou mais poços de injeção e flui para um ou mais poços de produção, o líquido compreendendo um meio de crescimento que fornece uma fonte de carbono que pode ser utilizada pelos microrganismos no vedador, mas não pelos microrganismos nativos.
4. Método, de acordo com a reinvindicação 3, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende adicionalmente a etapa de monitorar a saída de um poço de produção e como uma consequência das propriedades da saída, ajustar: (i) a concentração de um ou mais componentes no líquido injetado; ou (ii) a taxa de fluxo e/ou a temperatura do líquido injetado.
5. Método para alteração em uma maneira controlada da posição e/ou extensão de um vedador microbiano estabelecido em uma formação geológica contendo hidrocarboneto através da qual um líquido de injeção pode fluir a partir de um ou mais poços de injeção para um ou mais poços de produção, em que o microrganismo do vedador microbiano é: (i) capaz de esporulação, (ii) celulolítico ou hemicelulolítico, (iii) termofílico, termofílico extremo e hipertermofílico, (iv) incapaz de utilizar os hidrocarbonetos como uma fonte de carbono, e (v) não nativo à formação geológica contendo hidrocarboneto; o método CARACTERIZADO pelo fato de que compreende: (a) selecionar um líquido de injeção e um meio de crescimento que fornece uma fonte de carbono que pode ser utilizada pelos microrganismos do vedador microbiano, mas não pelos microrganismos nativos; e (b) aplicar pelo menos um procedimento de controle ao dito vedador usando o dito líquido de injeção, o dito procedimento de controle selecionado a partir de um grupo que compreende regulação de pH, regulação da temperatura, regulação da quantidade de líquido, regulação de quantidade de gás, regulação de inibidor, regulação de quantidade de nutrientes, regulação da salinidade, regulação de viscosidade, regulação de pressão, regulação de taxa de fluxo, e adição de microrganismos adicionais ao líquido de injeção; alterando desta forma em uma maneira controlada a posição e/ou extensão do vedador microbiano estabelecido.
6. Método, de acordo com a reinvindicação 5, para o movimento controlado do vedador estabelecido em direção a ao menos um poço de produção, no qual o vedador é formado por ao menos um tipo de microrganismo de formação de esporos, conforme definido na reinvindicação 3, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende: - usar um procedimento de controle para estimular o microrganismo a formar esporos; - usar um procedimento de controle para mover os esporos na formação geológica; e - usar um procedimento de controle para ativar o microrganismo para romper os esporos e tornar-se ativo.
7. Método, de acordo com a reinvindicação 6, CARACTERIZADO pelo fato de que o procedimento de controle que estimula o microrganismo a formar esporos compreende a redução do fornecimento de nutrientes.
8. Método, de acordo com a reinvindicação 5, para o alongamento controlado do vedador estabelecido em direção a ao menos um poço de injeção, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende: - o procedimento de controle para fornecer nutrientes frescos a uma frente de vedador, de tal forma que o microrganismo possa crescer em uma zona contendo nutrientes entre a frente de vedador e o poço de injeção.
9. Método, de acordo com a reinvindicação 5, para a expansão controlada da extensão do vedador estabelecido nos flancos do vedador, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende: - o procedimento de controle para adicionar nutrientes frescos à água de injeção que flui ao longo dos flancos do vedador estabelecido, de tal forma que o microrganismo possa crescer em uma zona contendo nutrientes nos flancos do vedador.
10. Método, de acordo com a reinvindicação 5, para o movimento controlado da frente do vedador estabelecido em direção a ao menos um dos poços de produção, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende: - usar um procedimento de controle para fornecer biocidas ou outro agente tóxico à água de injeção até um nível que inibe o crescimento ou um nível letal.
11. Método, de acordo com a reinvindicação 8 ou 9, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende adicionalmente pré-tratar a seção na frente do vedador ou no flanco do vedador através de ao menos um dos seguintes procedimentos de controle: - inundar a frente do vedador ou o flanco do vedador com o líquido de injeção contendo biocida, de modo a reduzir a quantidade de microrganismos endógenos ativos; - inundar a frente do vedador ou o flanco do vedador com o líquido de injeção contendo um regulador de pH, de modo a melhorar as condições de crescimento para os microrganismos desejados; - inundar a frente do vedador ou o flanco do vedador com o líquido de injeção com baixo teor de sal, de modo a reduzir a salinidade na água dos poros nas formações geológicas que circundam a frente do vedador e o flanco do vedador, de tal forma a melhorar as condições de crescimento dos microrganismos desejados; e - inundar a frente do vedador ou o flanco do vedador com o líquido de injeção de modo a resfriar as formações geológicas que circundam a frente do vedador e o flanco do vedador, de tal forma a melhorar as condições de crescimento para os microrganismos desejados.
12. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, CARACTERIZADO pelo fato de que os microrganismos são celulolíticos.
13. Método, de acordo com a reinvindicação 12, CARACTERIZADO pelo fato de que os microrganismos são bactérias ou Archaea.
14. Método, de acordo com a reinvindicação 13, CARACTERIZADO pelo fato de que os microrganismos são Clostridium thermocellum.
15. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, CARACTERIZADO pelo fato de que o meio de crescimento contém uma fonte de carbono selecionada a partir do grupo que compreende celulose, hemicelulose, carboximetil celulose, celobiose, xilose, xilobiose e xilano.
16. Método, de acordo com a reinvindicação 15, CARACTERIZADO pelo fato de que o meio de crescimento contém celobiose.
17. Uso de microrganismos do tipo Clostridium thermocellum, CARACTERIZADO pelo fato de que é para a formação de um vedador microbiano em uma formação geológica contendo petróleo inundada com água.
18. Método para recuperar hidrocarbonetos a partir de uma formação geológica contendo hidrocarbonetos, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende executar um método, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16, e então recuperar hidrocarbonetos a partir da dita formação.
19. Método, de acordo com a reivindicação 18, CARACTERIZADO pelo fato de que o hidrocarboneto é óleo.
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