A presente invenção refere-se a um dispositivo e a uma instalação de união de, pelo menos, duas cápsulas de medicamento por colagem.
Em todo o presente documento, o termo “cápsula” entende-se como uma forma galênica oral sólida, consistindo de uma mistura de um princípio ativo e excipientes, adjuvantes, veículo e/ou suportes. Por forma galênica oral sólida, entende-se uma forma de administração oral sólida, ou seja, uma forma comum apta a ser administrada tal como por via oral. Esta 10 inclui notadamente as formas de comprimido, drágea, cápsula de gelatina ou glóbulo com parede flexível. Esta exclui uma composição pulverulenta ou líquida que não seria incluída em uma forma galênica oral sólida.
Em WO-A-2009/092819, o depositante do presente propôs reunir vários medicamentos se apresentando sob diferentes formas galênicas sólidas 15 respectivas, em uma única forma galênica sólida. Um modo de realização visado para esta reunião consiste em uma união destes vários medicamentos por colagem. Tal forma galênica, resultante da colagem dos vários elementos galênicos, apresenta interesses significativos levando em conta a problemática da observação dos tratamentos medicamentosos. Estes interesses são expostos em detalhes no documento acima citado WO-A-2009/092819, o qual o leitor pode consultar para maiores detalhes.
WO-A-01/03676 propõe, no entanto, fabricar uma forma galênica sólida incluindo dois compartimentos separados, contendo pós de medicamento respectivos. Para isto, cada pó é depositado em um alvéolo de uma correia 25 própria, com interposição de um filme posicionado mantido no fundo do alvéolo sob a ação de vácuo, depois recoberto por outro filme posicionado. Por acionamento das duas correias, as duas doses de pó assim formadas com película são aproximadas uma da outra, até serem aplicadas uma contra a outra com uma cola interposta entre elas.
O objetivo da presente invenção consiste em propor meios de obtenção de tal união dos vários elementos galênicos, que sejam confiáveis e econômicos, em particular em um contexto de produção industrial.
Para esse efeito, a invenção tem por objeto um dispositivo de união de, pelo menos, duas cápsulas de medicamento por colagem, como definido na reivindicação 1.
A ideia na base da invenção é utilizar uma matriz flexível para receber, centralizar e apertar pelo menos duas cápsulas distintas pré-existentes, 10 entre as quais cola foi depositada. A flexibilidade da matriz de acordo com a invenção é tal que se pode deformá-la entre duas configurações extremas: em uma destas duas configurações, a matriz abre amplamente às cápsulas a unir o acesso a um alojamento de recepção que ela delimita e que é conformado com vantagem para impor um posicionamento relativo predeterminado entre os 15 comprimidos, em certa medida empilhando os mesmos, enquanto que, em sua outra configuração extrema, a matriz é deformada de modo que uma parede de seu alojamento acima citado case ainda com as cápsulas presentes, até produzir sobre elas, por complementaridade de formas, um aperto relativo, frente a um fundo do alojamento, para comprimir a cola interposta entre elas e, assim, ligar 20 as mesmas firmemente.
Na prática, a matriz flexível de acordo com a invenção apresenta- se sob diversos modelos e formas de realização, como exposto em detalhes mais tarde. Em todos os casos, o fato de utilizar tal matriz flexível para manipular as cápsulas e acompanhar sua colagem permite atingir ritmos de 25 produção consideráveis, tipicamente de vários milhares de artigos por hora, com meios materiais eficazes, seguros e confiáveis de acordo com as restrições sanitárias e de segurança da indústria farmacêutica. Em particular, a ação da matriz para alinhar e apertar as cápsulas é suave no sentido em que ela não danifica estas cápsulas. Além disso, a matriz de acordo com a invenção é facilmente lavável, notadamente a seco. Além disso, nos limites de suas capacidades de deformação elástica, uma mesma matriz pode ser utilizada para unir duas, ou mesmo mais cápsulas apresentando geometrias e/ou dimensões diferentes. Em outros termos, a utilização da matriz de acordo com a invenção é modulável e, portanto, econômica.
Características vantajosas do dispositivo de união de acordo com a invenção, tomadas separadamente ou de acordo com todas as combinações tecnicamente possíveis, são especificadas nas reivindicações dependentes 2 a 8.
A invenção tem igualmente por objeto uma instalação de união de, pelo menos, duas cápsulas de medicamento por colagem, como definido na reivindicação 9.
Uma implementação vantajosa desta instalação é especificada na reivindicação 10.
A invenção será melhor compreendida na leitura da descrição que segue, dada unicamente a título de exemplo, e feita com referência aos desenhos nos quais: - a figura 1 é uma seção esquemática de um dispositivo de acordo com um primeiro modo de realização de acordo com a invenção; - a figura 2 é uma vista análoga à figura 1, ilustrando o dispositivo em uma configuração de serviço diferente da da figura 1; - a figura 3 é uma vista esquemática em elevação de uma instalação de acordo com a invenção, incluindo o dispositivo da figura 1; - a figura 4 é uma vista esquemática em elevação de acordo com a seta IV da figura 3; - a figura 5 é uma vista em perspectiva explodida de um segundo modo de realização de um dispositivo de acordo com a invenção; e - a figura 6 é um corte no plano V da figura 5, no estado unido do dispositivo.
Na figura 1 é representado um dispositivo 1 permitindo unir uma à outra por colagem pelo menos duas cápsulas de medicamento A e B. No exemplo representado nas figuras, as cápsulas A e B apresentam geometrias 5 respectivas sensivelmente idênticas, notadamente as de um disco apresentando uma face principal abaulada enquanto que a face principal oposta é pelo menos em parte plana para formar, entre as cápsulas A e B, uma interface de contato plana, com interposição de uma cola Z sob a forma de uma camada. Sublinha- se aqui que as formas geométricas respectivas das cápsulas A e B não são 10 limitativas da presente invenção, no sentido em que outras geometrias diferentes das mostradas nas figuras são possíveis para estas cápsulas, sendo, por outro lado, observado que, de acordo com os casos, as cápsulas A e B podem apresentar geometrias respectivas diferentes uma da outra, desde que as formas retidas possam estabelecer, entre elas, uma interface de contato onde 15 uma quantidade suficiente da cola Z é colocada para ligar firmemente uma à outra as cápsulas A e B.
Como bem visível na figura 1, o dispositivo 1 compreende uma matriz 10 prevista para receber as cápsulas A e B. Mais precisamente, esta matriz 10 compreende, ou mesmo consiste de um corpo 11, que é monobloco 20 no exemplo considerado nas figuras e que é realizado de um material flexível, isto é, um material capaz de deformar-se elasticamente. Na prática, o material constituindo o corpo 11 da matriz 10 é escolhido para respeitar as restrições sanitárias e de segurança da indústria farmacêutica, no sentido em que este material pode ser colocado em contato com as cápsulas de medicamento A e B 25 sem risco para a saúde do consumidor final destas cápsulas. Em particular, este material está de acordo com as exigências da agência americana “Food and Drug Administration”. A título de exemplo, este material é o silicone ou à base de silicone.
O corpo 11 da matriz 10 comporta uma base central 12, centralizada sobre um eixo X-X, sendo realizada aqui sob a forma de um cilindro de base circular. O corpo 11 comporta igualmente uma parede periférica lateral 13, centralizada no eixo X-X, sendo realizada aqui sob uma forma tubular de base circular. A base central 12 e a parede lateral 13 são ligadas uma à outra por uma parede transversal fina 14 pertencendo ao corpo do 1, que se estende desde a periferia de uma das extremidades axiais da base 12 até uma das extremidades axiais da parede 13, correndo totalmente em tomo do eixo X-X.
Assim, a base 12 e a parede 14 delimitam conjuntamente um alojamento 15 no qual as cápsulas A e B podem ser depositadas, como representado na figura 1. Com vantagem, o fundo 15i do alojamento 15, que é delimitado pela extremidade axial da base 12, é côncavo, sendo centrado sobre o eixo X-X, a fim de forçar a centralização sobre o eixo X-X das cápsulas A e B, por efeito de deslizamento contra este fundo 15b Com vantagem, este fundo 15i casa com pelo menos parcialmente a cápsula. Além disso, sobre o seu lado voltado para o alojamento 15, a parede 14 apresenta com vantagem uma superfície troncônica 152, centralizada sobre o eixo X-X e convergente para o fundo 15i do alojamento 15.
Ao mesmo tempo, na base 12, a parede lateral 13 e a parede 14 delimitam conjuntamente, do lado da parede 14 oposta ao alojamento 15, uma câmara 16 que corre totalmente em tomo do eixo X-X, circundando o alojamento 15. No exemplo de realização considerado aqui, esta câmara 16 apresenta uma geometria sensivelmente anular, centralizada no eixo X-X.
Na prática, a realização do alojamento 15 e da câmara 16 no núcleo da matriz 10 é notadamente obtida por moldagem adequada do corpo 11, o molde necessário à sua moldagem sendo de fabricação simples e econômica.
Além disso, o dispositivo 1 compreende um suporte 20 de fixação da matriz 10. No exemplo de realização considerado aqui, este suporte 20 é realizado sob a forma de uma placa rígida, por exemplo, metálica ou de plástico, cuja face voltada para a matriz 10 apresenta cavidades de recepção 5 complementar das extremidades axiais respectivas da base 12 e da parede lateral 13, opostas à sua extremidade axial ligada pela parede 14. Um parafuso 21 é colocado através da placa de suporte 20, de modo coaxial à base 12, até engatar um inserto metálico 22 incrustado na base 12, como bem visível na figura 1.
A placa de suporte 20 é igualmente atravessada de um lado ao outro por uma passagem livre 23 que, em uma de suas extremidades, se abre na câmara 16, enquanto que a sua extremidade oposta se abre em um conduto de distribuição pneumático 24 delimitado por uma placa rígida 25, por exemplo, metálica ou de plástico, sobre a qual é unida a placa de suporte 20.
Em serviço, o conduto acima citado 24 é conectado a uma fonte pneumática, não representada, preferivelmente uma fonte de ar comprimido. Assim, quando a fonte acima citada alimenta o conduto 24 com ar comprimido, este último circula através da passagem 23, como indicado pelas setas 26 na figura 2, para atingir a câmara 16, provocando então o aumento da pressão 20 interna desta câmara. Como representado na figura 2, sob a ação desta pressão pneumática, a câmara 16 enche, mediante a deformação flexível da matriz 10, mais particularmente da parede 14 de seu corpo 11. Em outros termos, a matriz 10 passa de uma configuração não deformada de seu corpo 11, representada na figura 1, na qual o alojamento 15 apresenta, oposto ao seu fundo 15b uma abertura suficientemente grande para que as cápsulas A e B acessem o interior deste alojamento, em uma configuração deformada de seu corpo 11, representada na figura 2, na qual a parede 14 é deformada elasticamente para, de um lado desta parede 14, permitir a expansão de enchimento da câmara 16 e, do lado oposto, permitir o estrangulamento do alojamento 15, como indicado pelas setas 27 na figura 2. Devido à presença das cápsulas A e B na zona de fundo do alojamento 15, a parede 14 encontra-se, na configuração da figura 2, deformada casando com, pelo menos parcialmente, as cápsulas de modo a apertar as mesmas uma contra a outra, pressionando entre elas a cola Z. Compreende-se que, devido à deformação flexível e progressiva da parede 14, quando a matriz 10 passa de sua configuração da figura 1 à sua configuração da figura 2, as cápsulas A e B são progressivamente envolvidas, de cima para baixo, entre esta parede 14 e o fundo 15i do alojamento 15, o que tem por efeito alinhar as cápsulas A e B ao longo do eixo X-X, depois aplicar uma prensagem relativa entre elas mantendo, ao mesmo tempo, sua disposição alinhada. Na prática, para controlar a deformação progressiva da parede 14, acentuando primeiro a sua deformação no nível da extremidade alargada do alojamento 15, depois propagando esta deformação em direção ao fundo de alojamento 151, pode-se interferir sobre uma variação de espessura desta parede 14.
O fato de comandar a passagem da matriz 10 de sua configuração da figura 1 à sua configuração da figura 2 sob a ação de uma pressão pneumática apresenta a vantagem adicional que, no caso de perfuração da câmara de enchimento 16, o corpo 11 permanece em posição não deformada. Além disso, a utilização de ar comprimido limpo e seco para encher a câmara 16 é uma solução econômica no sentido onde fontes de ar comprimido estão amplamente disponíveis.
A fim de concentrar sobre a parede 14 a ação da pressão pneumática que reina na câmara cheia 16, o dispositivo 1 compreende com vantagem um reforçador 28 circundando coaxialmente a parede lateral 13, como representado nas figuras 1 e 2. Na prática, este reforçador 28 é fixado sobre uma placa 29 unida sobre a placa do suporte 20 e participando na fixação da matriz 10 a esta placa de suporte.
Nas figuras 3 e 4 é representada uma instalação compreendendo vários dispositivos 1 unidos sobre um transportador 30. Mais precisamente, cada dispositivo 1 desta instalação inclui uma pluralidade de matrizes 10 descritas de modo individual com relação às figuras 1 e 2, estas matrizes sendo todas suportadas pela mesma placa 20, ela mesma unida sobre a placa de distribuição pneumática 25 cujo conduto 24 alimenta conjuntamente tantas passagens 23 como matrizes 10. As matrizes 10 de cada um destes dispositivos 1 assim são divididas umas atrás das outras, ao longo da direção longitudinal das placas 20 e 25, como bem visível na figura 3. A título de variante não representada, em vez de prever matrizes individuais 10, como descrito exatamente acima, uma única e mesma matriz pode estar prevista para estender-se sobre todo o comprimento das placas 20 e 25, esta única matriz delimitando então, de modo dividido ao longo de sua direção longitudinal, vários alojamentos 15 dos quais cada um é associado a uma câmara inflável 16. Em todos os casos, quando se observa o dispositivo 1 ao longo da direção do eixo X-X como na figura 3, este dispositivo apresenta uma sucessão retilínea de alojamentos 15.
O transportador 30 compreende uma ou, como representado aqui, várias faixas 31 de acionamento dos dispositivos 1, enrolados em tomo de uma arruela de motor 32 e, no lado oposto, um tambor 33 (figura 4). Por atuação da arruela 32, as faixas 31 acionam os dispositivos 1 que são divididos ao longo da direção de acionamento destas bandas: assim, quando a instalação está em operação, as matrizes 10 de cada dispositivo 1 são ciclicamente giradas para cima e giradas para baixo ao longo da posição de enrolamento das faixas 31 em tomo da arruela 32 e do tambor 33, como bem visível na figura 4.
A instalação das figuras 3 e 4 comporta igualmente vários postos funcionais, divididos em tomo do transportador 30 e agindo sobre o dispositivo 1 situado em seu nível respectivo, como detalhado abaixo.
Assim, um primeiro posto 40 é previsto para depositar em cada alojamento 15 do dispositivo 1 situado no nível deste posto, enquanto que a ou as matrizes 10 deste dispositivo estão em sua configuração não deformada da figura 1, uma cápsula de medicamento A proveniente de uma reserva correspondente destas cápsulas. Com vantagem, este posto 40 deposita as cápsulas A no dispositivo 1 por ação de gravidade. Em outros termos, cada cápsula A cai no interior de um dos alojamentos 15, sendo guiada até o fundo 15i deste alojamento pela superfície troncônica 152 do alojamento.
No exemplo de realização considerado nas figuras 3 e 4, este posto 40 compreende um recipiente vibratório 41 contendo a reserva de cápsulas A, uma rampa 42 de posicionamento das cápsulas A, alimentado com cápsulas pelo recipiente vibratório 41, bem como uma corrediça 43 de preensão das cápsulas A posicionadas pelo rampa 42. Preferivelmente, a corrediça 43 é projetada para retirar as cápsulas A desde a rampa 42 graças a um sistema de ventosa que, uma vez que a corrediça 43 é deslocada até o aprumo do dispositivo 1 situado no nível do posto 40, como representado na figura 3, libera os comprimidas A que caem então por gravidade nos alojamentos 15 da ou das matrizes 10 deste dispositivo.
A instalação das figuras 3 e 4 compreende igualmente um posto 50 funcionalmente análogo ao posto 40, mas que permite depositar em cada alojamento 15 da ou das matrizes 10 do dispositivo 1 situado no nível deste posto 50, não uma cápsula A, mas uma cápsula B. Na prática, o posto 50 comporta os mesmos elementos que o posto 40, notadamente um recipiente vibratório 51, uma rampa 52 de posicionamento das cápsulas B, e uma corrediça de preensão 53, sendo observado que, na figura 3, ao contrário da corrediça 43 que é mostrada em sua posição a prumo de um do dispositivo 1, a corrediça 53 é mostrada em curso de cooperação com a rampa de posicionamento 52.
Entre os postos 40 e 50 ao longo da direção de acionamento dos dispositivos 1 pelo transportador 30, a instalação das figuras 3 e 4 comporta um posto 60 de aplicação da cola Z. A título preferencial, este posto 60 inclui um sistema de liberação por gravidade de gotas de cola, notadamente por microdosagem, permitindo assim fazer cair uma gota de cola Z em cada alojamento 15 da ou das matrizes 10 do dispositivo 1 situado no nível do posto 60. Na prática, levando em conta o posicionamento do posto 60 em relação ao posto 40, a gota de cola Z acima citada cai sobre a cápsula A que foi previamente depositada em cada um dos alojamentos 15, quando o dispositivo 1 estava no nível do posto 40.
A título de opção vantajosa, a instalação das figuras 3 e 4 comporta igualmente um posto 70 que, ao longo da direção de acionamento dos dispositivos 1 pelo transportador 30, está situado entre os postos 40 e 60 e que permite detectar a presença de uma cápsula A em cada um dos alojamentos 15 da ou das matrizes 10 do dispositivo 1 situado no nível deste posto 70. Em ausência de uma ou de várias cápsulas A, o posto 70 é projetado para prevenir o operador para proceder a ações corretivas, ou mesmo aplicar automaticamente tais ações: por exemplo, o posto 70 pode então comandar o posto a jusante 60 a fim de inibir a aplicação de cola ao dispositivo 1 em questão.
Em serviço, o transportador 30 desloca os dispositivos 1 sucessivamente no nível dos postos 40, 70, 60 e 50, sendo precisado que as matrizes 10 dos dispositivos 1 situados no nível destes diferentes postos estão em sua configuração não deformada da figura 1. Depois, após deslocamento pelo transportador 30 do dispositivo 1, situado no nível do posto 50, meios de comando, não representados nas figuras, são acionados para passar a ou as matrizes 10 deste dispositivo 1 de sua posição não deformada da figura 1 à sua posição deformada da figura 2: as cápsulas A e B presentes nesta ou nestas matrizes 10 encontram-se encerradas pelo corpo 11 desta ou destas matrizes, como explicado acima com relação à figura 2. Os meios de comando acima citados mantêm assim a ou as matrizes 10 do dispositivo 1 em sua configuração deformada enquanto que o transportador 30 desloca o dispositivo 1 até colocar este último no prumo de um posto de recuperação 80, a ou as matrizes 10 deste dispositivo 1 sendo então giradas para baixo. O tempo necessário para o dispositivo 1 ser transportado do posto 50 ao posto 80 é, assim, aproveitado para a secagem da cola Z interposta entre as cápsulas A e B presentes nos alojamentos 15 do dispositivo 1. Em outros termos, o setor do transportador 30 que se estende entre os postos 50 e 80 corresponde a um setor de secagem da cola Z.
No nível do posto de recuperação 80, os meios de comando acima citados são desativados, isto é, que, por solicitação elástica e/ou esvaziamento forçado, o corpo 11 da ou de cada matriz 10 do dispositivo 1 passa de sua configuração deformada da figura 2 à sua configuração não deformada da figura 1: as cápsulas A e B coladas uma à outra caem, então, em um pavilhão 81 do posto de recuperação 80, em cuja saída as cápsulas coladas são encaminhadas até um recipiente de armazenamento 82.
A título de opção vantajosa, a instalação das figuras 3 e 4 comporta, além disso, um posto de lavagem 90 (figura 4) permitindo lavar, notadamente a seco, os alojamentos 15 da ou das matrizes 10 do dispositivo 1 situado no nível deste posto 90. Na prática, o posto de lavagem 90 está situado, ao longo da direção de acionamento dos dispositivos 1 pelo transportador 30, entre o posto de recuperação 80 e o posto 40 de deposição da cápsula A.
Assim, os dispositivos 1 integrados à instalação das figuras 3 e 4 permitem unir por colagem as cápsulas A e B de modo seguro e econômica, autorizando ao mesmo tempo ritmos elevados de produção.
Nas figuras 5 e 6 é representada uma variante de realização do dispositivo 1, de referência 1’. Este dispositivo 1’ pode notadamente ser integrado à instalação das figuras 3 e 4, em vez de cada um dos dispositivos 1. A seguir, serão apresentadas em maiores detalhes as diferenças entre os dispositivos 1 e 1", sendo entendido que os componentes do dispositivo 1”, funcionalmente similares aos componentes do dispositivo 1, recebem as mesmas referências que estes últimos, seguidos por “ ’ Assim, o dispositivo 1 ’ comporta uma pluralidade de matrizes 1 ’ suportadas por uma mesma placa 20’ que é, ela mesma, unida sobre uma placa de distribuição pneumática 25’ e à qual é unida uma placa 29’ de fixação das matrizes. Cada matriz 10’ consiste de um corpo flexível 11’ incluindo uma base central 12’ e uma parede periférica lateral 13‘, bem como uma parede transversal deformável 14’, ligando as mesmas uma à outra, todas as três centralizadas sobre um eixo X-X.
Do mesmo modo que a placa 25, a placa 25’ é projetada para ser fixada sobre o transportador 30 ou sobre um transportador similar, tipicamente com a ajuda parafusos de referência 34‘ na figura 5.
De modo similar ao dispositivo 1, cada matriz 10’ do dispositivo 1’ delimita uma câmara inflável 16’, na qual se abre uma passagem 23’ atravessando a placa de suporte 20’. Esta passagem 23’ liga assim a câmara 16’ a um conduto de distribuição pneumático 24‘ delimitado na placa 25’.
Ao contrário do dispositivo 1, a fixação de cada matriz 10’ à placa de suporte 20’ é realizada em parte por um inserto rígido 22’ que é aparafusado na placa de suporte 20’ desde a face desta última volta para a matriz 10’. Para isto, a base 12’ de cada matriz 10’ apresenta, sobre toda a sua dimensão axial, uma forma tubular centralizada sobre o eixo X-X e aberta em suas duas extremidades. Em sua extremidade voltada para a placa de suporte 20’, a base tubular 12’ se abre sobre uma rosca de recepção de uma parte com filetes de rosca do inserto 22’, previsto na placa 20’. Assim, mediante a introdução, ao longo do eixo X-X, do inserto 22’ sucessivamente no interior da parede 14’ e da base 12’, este inserto é colocado e aparafusado na placa de suporte 20’, ocupando o volume interno da base 12’. Desta maneira, este inserto 22’ forma uma parede de fundo para o alojamento 15’ de deposição de cápsulas A’ e B’ a colar, delimitado interiormente pela parede 14’.
Um primeiro interesse nesta disposição reside no fato de que o inserto 22’ toma rígida a base 12’, mantendo assim em posição esta última.
Um segundo interesse está relacionado com o fato de que este inserto 22’ é conformado com vantagem para receber e fixar a cápsula A’ depositada em primeiro lugar na matriz 10’, casando pelo menos parcialmente com esta cápsula A’. Assim, no exemplo de realização considerado nas figuras 5 e 6, cada inserto 22 delimita uma cavidade alongada 22’ b centralizada sobre o eixo X-X e se abrindo no alojamento 15’, a fim de receber de modo complementar o essencial da cápsula A’ que corresponde aqui a uma cápsula dura.
Em funcionamento, o dispositivo 1’ é utilizado do mesmo modo que o dispositivo 1. Em particular, quando a câmara 16’ de cada matriz 10’ é cheia pelo ar comprimido alimentado pelo conduto 24*, a parede 14’ passa da sua configuração não deformada, representada em traços cheios na figura 6, a uma configuração deformada, representada em traços mistos na figura 6 e na qual esta parede alinha depois comprime a cápsula B’, que se parece aqui com um comprimido, contra a cápsula A’, apertando entre estas cápsulas a cola Z’.
Um terceiro interesse ligado ao inserto 22’ refere-se à possibilidade de facilitar o desprendimento das cápsulas A’ e B’ após sua colagem. Para isto, como bem visível na figura 6, o inserto 22’ delimita interiormente um canal atravessante 22’2, que é centrado sobre o eixo X-X e que liga sua cavidade 22’i a um conduto de distribuição pneumática 24” delimitado pela placa 25’. Este conduto 24” é distinto do conduto 24‘,ao ser estanque com relação a este último por uma junta plana 25” colocada entre as placas 20’ e 25’. Deste modo, depois que as cápsulas A’ e B’ foram coladas uma à outra, mediante a alimentação em ar comprimido do conduto 24‘, assegurando o enchimento da câmara 16’, a alimentação do conduto 24‘ é interrompida em proveito do conduto 24”: ar sob pressão circula então através do canal 22’2 do inserto 22’ de cada uma das matrizes 10’, até no alojamento 15’, para ejetar por sopro as cápsulas coladas A’ e B’.
Diversas disposições e variantes nos dispositivos 1 e 1’, bem como na instalação das figuras 3 e 4 são também possíveis. A título de exemplos: - para facilitar o desprendimento das cápsulas coladas A e B com relação à matriz 10, um canal de sopro das cápsulas, funcionalmente similar ao canal 22 ’2 descrito com relação à figura 6, pode estar previsto através da base 12; em uma de suas extremidades, este canal de sopro se abre diretamente no fundo 15i do alojamento 15, enquanto que a sua extremidade oposta é conectada, via as placas 20 e 25 dispostas como uma consequência, em um circuito de ar comprimido distinto do que alimenta a câmara 16; - em vez de ser comandada por uma pressão, a passagem da matriz 10 ou 10’ entra suas configurações não deformada e deformada pode ser obtida por uma depressão, ou seja, por aspiração de ar; - atuando sobre a espessura da parede lateral 13, o reforçador 28 pode ser suprimido, como é o caso para o dispositivo 1’; - o posto de recuperação 80 pode com vantagem integrar meios de triagem das cápsulas coladas que ele trata, de modo a separar os produtos presumidos bons e as cápsulas consideradas como sendo mal coladas ou fora de padrão; - a forma da matriz 10 ou 10’ não é limitada à mostrada nas figuras; do mesmo modo outras formas de realização como os componentes 20, 21, 22, 25 e 29 ou 20’, 22’, 25’ e 29’ são possíveis para a união e o comando pneumático desta matriz; - o número de cápsulas que o dispositivo 1 ou 1’ pode unir uma à outra por colagem não é limitado a dois; pelo contrário, três ou quatro, ou mesmo mais cápsulas podem ser coladas umas às outras graças ao dispositivo 1, desde que cada alojamento 15 ou 15’ da ou das matrizes 10 ou 10’ seja dimensionado como uma consequência; neste caso, a instalação das figuras 3 e 4 é completada por tantos postos como necessário, como indicado, por exemplo, em traços pontilhados nas figuras 3 e 4: ao longo da direção de deslocamento dos dispositivos 1 pelo transportador 30, foi assim previsto, entre os postos 50 e 80, por um lado, a sucessão de um posto de detecção 170, de um 10 posto de aplicação de cola 160 e um posto 150 de deposição de uma terceira cápsula, que são funcionalmente similares aos postos 70, 60 e 50, depois, por outro lado, a sucessão de um posto de detecção 270, um posto de aplicação de cola 260 e um posto 250 de deposição de uma quarta cápsula, que são, eles também, funcionalmente similares aos postos 70,60 e 50; e/ou - a disposição em tomo dos dispositivos dos postos 40, 50, 60 e 70, bem como, conforme o caso, postos 150, 160, 170, 250, 260 e 270, não é limitada à mostrada na figura 3; por exemplo, por razões de espaço, todos estes postos podem ser dispostos de um único e mesmo lado do transportador 30.