BR102022006988A2

BR102022006988A2 - Seringa dosadora para deficientes visuais

Info

Publication number: BR102022006988A2
Application number: BR102022006988-3A
Authority: BR
Inventors: Ailson Pratti Da Silva
Original assignee: Ailson Pratti Da Silva
Priority date: 2022-04-12
Filing date: 2022-04-12
Publication date: 2023-10-24

Abstract

seringa dosadora para deficientes visuais. a presente invenção está relacionada a sistemas de distribuição de cargas em um forno metalúrgico. nesse cenário, a presente invenção provê uma seringa dosadora (10) para deficientes visuais, compreendendo (i) um corpo oco alongado (20) dotado de um reservatório interno adaptado para receber um volume de um líquido, (ii) um êmbolo (30) posicionado no interior do corpo oco alongado (20) e axialmente móvel com relação ao mesmo de modo a alterar o volume de líquido no interior do corpo oco alongado (20), e (iii) um indicador de dosagem (40) posicionado ao longo do comprimento do êmbolo (30), o indicador de dosagem (40) compreendendo uma pluralidade de marcações (45a, 45b) tatilmente identificáveis indicativas de cada uma das subdivisões do indicador de dosagem (40).

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[0001] A presente invenção está relacionada a seringas dosadoras. Mais especificamente, presente invenção está relacionada a seringas dosadoras adaptadas para deficientes visuais.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO

[0002] A seringa é um equipamento utilizado para o preparo e administração de uma substância líquida, geralmente um medicamento. Uma seringa convencional compreende um corpo oco alongado (geralmente cilíndrico), no interior do qual o líquido é introduzido; um êmbolo, que é móvel no interior do corpo oco e possui uma extremidade feita de um material flexível (tal como borracha) adapta para contatar toda a circunferência interna do corpo oco; e uma ponta, que é a parte distal do corpo oco e que geralmente possui uma seção transversal menor do que o corpo oco.

[0003] O líquido no interior da seringa pode ser administrado oralmente, posicionando a ponta na boca do paciente ou por meio de injeção, onde faz-se necessária a utilização de uma agulha que é fixada à ponta.

[0004] Uma das principais vantagens das seringas para a administração de medicamentos é a simplicidade de dosagem do líquido, já que a maioria delas possui o corpo oco em material transparente que compreende uma escala de dosagem impressa no mesmo. Dessa forma, é possível observar o nível do líquido no interior da seringa e dosá-lo facilmente, por meio da movimentação do êmbolo, utilizando a escala de dosagem.

[0005] No entanto, para a dosagem do medicamento faz-se necessária a observação no nível do líquido no interior da seringa para compará-lo com a escala de dosagem. No caso de autoadministração por deficientes visuais, tal dosagem fica impossibilitada, fazendo com que os mesmos dependam de terceiros para administração de medicamentos.

[0006] Na tentativa de solução desse problema, algumas seringas do estado da técnica compreendem sistemas de alerta sonoro quando da movimentação do êmbolo. Mais especificamente, uma protrusão flexível contata uma escala de rebaixos ou ressaltos para que alertas sonoros (cliques) sejam produzidos a cada mudança de ressalto ou rebaixo, indicativo de uma mudança de medida de volume de medicamento na escala de dosagem. Dessa forma, o paciente deficiente visual pode contar o número de alertas sonoros para saber a dosagem de medicamento no interior da seringa.

[0007] Entretanto, dosagens usando tais seringas acabam não sendo práticas para um deficiente visual uma vez que é necessária uma contagem mental dos alertas sonoros que muitas vezes pode ser razoavelmente longa a depender da dose, deixando o processo de autoadministração sujeito a erros. Outra desvantagem dessas seringas é a presença de partes móveis adicionais, tal como as protrusões, que podem vir a quebrar com o uso, tornando-a inútil para uma pessoa com deficiência visual.

[0008] A invenção ora proposta soluciona os problemas do estado da técnica acima descritos de forma simples e eficiente.

OBJETIVOS DA INVENÇÃO

[0009] A presente invenção tem como um primeiro objetivo prover uma seringa dosadora para deficientes visuais que dispensa a necessidade de alertas sonoros quando da dosagem de um medicamento.

[0010] A presente invenção tem como um segundo objetivo prover uma seringa dosadora para deficientes visuais que permita a autoadministração, dispensando a ajuda de terceiros.

[0011] A presente invenção tem como um terceiro objetivo prover uma seringa dosadora para deficientes visuais que não possua componentes adicionais além dos já presentes em uma seringa do estado da técnica, garantindo a simplicidade de fabricação e durabilidade do dispositivo.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[0012] De forma a alcançar os objetivos acima descritos, a presente invenção provê uma seringa dosadora para deficientes visuais, compreendendo (i) um corpo oco alongado dotado de um reservatório interno adaptado para receber um volume de um líquido, (ii) um êmbolo posicionado no interior do corpo oco alongado e axialmente móvel com relação ao mesmo de modo a alterar o volume de líquido no interior do corpo oco alongado, e (iii) um indicador de dosagem posicionado ao longo do comprimento do êmbolo, o indicador de dosagem compreendendo uma pluralidade de marcações tatilmente identificáveis indicativas de cada uma das subdivisões do indicador de dosagem.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[0013] A descrição detalhada apresentada adiante faz referência às figuras anexas e seus respectivos números de referência.

[0014] A figura 1 ilustra uma seringa dosadora de acordo com a presente invenção.

[0015] A figura 2 ilustra uma vista isométrica de um êmbolo de uma seringa dosadora de acordo com uma concretização preferencial da presente invenção.

[0016] A figura 3 ilustra uma vista lateral de um êmbolo de uma seringa dosadora de acordo com uma concretização preferencial da presente invenção.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[0017] Preliminarmente, ressalta-se que a descrição que se segue partirá de uma concretização preferencial da invenção. Como ficará evidente para qualquer técnico no assunto, no entanto, a invenção não está limitada a essa concretização particular.

[0018] A seringa dosadora 10 para deficientes visuais da presente invenção compreende um corpo oco alongado 20 dotado de um reservatório interno adaptado para receber um volume de um líquido. O corpo oco alongado 20 da presente invenção pode ser, por exemplo, idêntico ao corpo das seringas do estado da técnica, tal como a seringa de corpo cilíndrico ilustrada na figura 1. Alternativamente, o corpo oco alongado 20 pode compreender quaisquer outros formatos possíveis, como, por exemplo, cilíndrico de seção transversal oval ou paralelepípedo.

[0019] As figuras 2 e 3 mostram, respectivamente, as vistas isométrica e lateral do êmbolo 30 da seringa dosadora 10 para deficientes visuais de acordo com a concretização preferencial da presente invenção. O êmbolo 30 é adaptado para ser posicionado no interior do corpo oco alongado 20 e ser axialmente móvel com relação ao mesmo de modo a alterar o volume de líquido no interior do corpo oco alongado 20. Opcionalmente, o êmbolo 30 compreende uma extremidade distal emborrachada (não mostrada) de modo a melhor vedar o líquido entre a mesma e o corpo oco alongado 20.

[0020] A seringa dosadora 10 para deficientes visuais da presente invenção compreende adicionalmente um indicador de dosagem 40 posicionado ao longo do comprimento do êmbolo 30, o indicador de dosagem 40 compreendendo uma pluralidade de marcações tatilmente identificáveis indicativas de cada uma das subdivisões do indicador de dosagem 40.

[0021] Preferencialmente, as marcações tatilmente identificáveis podem ser rebaixos cavados no corpo do êmbolo 30, conforme mostrado das figuras 2 e 3. Mais preferencialmente, as marcações tatilmente identificáveis podem ser rebaixos mais pronunciados 45a e rebaixos menos pronunciados 45b intercalados entre si. Nessa concretização, os rebaixos mais pronunciados 45a poderiam representar cada uma das subdivisões de volume inteiras (1 ml, por exemplo) enquanto que os rebaixos menos pronunciados 45b poderiam representar cada uma das subdivisões de volume intermediárias (0,5 ml, por exemplo). Dessa forma, ao dosar o líquido, o usuário poderá contar os rebaixos para saber exatamente o volume no interior da seringa. Nessa concretização, de um rebaixo mais pronunciado 45a para outro, 1ml deve ser somado, enquanto que de um rebaixo mais pronunciado 45a para um rebaixo menos pronunciado 45b, ou vice- versa, 0,5ml deve ser acrescido.

[0022] A contagem das marcações do êmbolo 30 deve ser feita preferencialmente a partir da extremidade proximal (oposta à ponta) do corpo oco alongado 20, que é onde o êmbolo 30 se insere no corpo oco alongado 20.

[0023] Alternativamente, as marcações tatilmente identificáveis podem ser ressaltos no corpo do êmbolo 30 (concretização não ilustrada).

[0024] Assim, conforme exposto acima, a presente invenção provê uma seringa dosadora para deficientes visuais que não possui componentes adicionais além dos já presentes em uma seringa do estado da técnica, garantindo a simplicidade de fabricação e durabilidade do dispositivo. Adicionalmente, a seringa de acordo com a presente invenção dispensa a necessidade de alertas sonoros quando da dosagem de um medicamento e permite a autoadministração.

[0025] Inúmeras variações incidindo no escopo de proteção do presente pedido são permitidas. Dessa forma, reforça-se o fato de que a presente invenção não está limitada às configurações/concretizações particulares acima descritas.

Claims

1. Seringa dosadora (10) para deficientes visuais, compreendendo: um corpo oco alongado (20) dotado de um reservatório interno adaptado para receber um volume de um líquido; um êmbolo (30) posicionado no interior do corpo oco alongado (20) e axialmente móvel com relação ao mesmo de modo a alterar o volume de líquido no interior do corpo oco alongado (20), caracterizadapor compreender adicionalmente um indicador de dosagem (40) posicionado ao longo do comprimento do êmbolo (30), o indicador de dosagem (40) compreendendo uma pluralidade de marcações (45a, 45b) tatilmente identificáveis indicativas de cada uma das subdivisões do indicador de dosagem (40).

2. Seringa dosadora (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizadapor as marcações tatilmente identificáveis serem rebaixos (45a, 45b) cavados no corpo do êmbolo (30).

3. Seringa dosadora (10), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizadapor as marcações tatilmente identificáveis serem rebaixos mais pronunciados (45a) e rebaixos menos pronunciados (45b) intercalados entre si.

4. Seringa dosadora (10), de acordo com a reivindicação 3, caracterizadapor os rebaixos mais pronunciados (45a) representarem cada uma de subdivisões de volume inteiras.

5. Seringa dosadora (10), de acordo com a reivindicação 3 ou 4, caracterizadapor os rebaixos menos pronunciados (45b) representarem cada uma de subdivisões de volume intermediárias.