BR102022005130A2 - Processo para produzir um hidrocarboneto estável composto de óleos crus pesados e extrapesados com um diluente convencional e um diluente não convencional para transporte em linha - Google Patents

Processo para produzir um hidrocarboneto estável composto de óleos crus pesados e extrapesados com um diluente convencional e um diluente não convencional para transporte em linha Download PDF

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BR102022005130A2
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Nayith Alvarez Sarmiento
Rigoberto BARRERO ACOSTA
Edgar Javier Patiño Reyes
Raul Gabriel Ramos
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Ecopetrol S.A.
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    • BPERFORMING OPERATIONS; TRANSPORTING
    • B01PHYSICAL OR CHEMICAL PROCESSES OR APPARATUS IN GENERAL
    • B01FMIXING, e.g. DISSOLVING, EMULSIFYING OR DISPERSING
    • B01F23/00Mixing according to the phases to be mixed, e.g. dispersing or emulsifying

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  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Chemical Kinetics & Catalysis (AREA)
  • Production Of Liquid Hydrocarbon Mixture For Refining Petroleum (AREA)

Abstract

processo para produzir um hidrocarboneto estável composto de óleos crus pesados e extrapesados com um diluente convencional e um diluente não convencional para transporte em linha. a presente invenção refere-se a um processo para obter um hidrocarboneto transportável de maneira estável pela linha de óleos crus mediante a incorporação de diluentes não convencionais e diluentes convencionais em proporção às características do óleo cru pesado ou extrapesado.

Description

Campo da Invenção
[001] A presente invenção refere-se ao transporte de óleos crus pesados e extrapesados através de sistemas de oleodutos de grandes distâncias e alta complexidade. As propriedades do hidrocarboneto resultante garantem a segurança ambiental e do processo, a eficiência do sistema e a diminuição do custo energético de bombeamento dos ditos óleos crus através de longas distâncias. A invenção fornece um processo que produz um hidrocarboneto com características definidas pelas condições do processo, a matriz do óleo cru, os componentes do Diluente Não Convencional (DNC), do Diluente Convencional, e uma etapa de incorporação que garante a sua homogeneidade e estabilidade final.
Antecedentes da Invenção
[002] No estado da arte existem diferentes tecnologias que usam diferentes tipos de diluentes para modificar as características dos óleos crus pesados e extrapesados, tal como o rompimento de emulsões, a separação de impurezas ou asfaltenos e a extração de betume de areias. Na patente US 5.948.242 é descrito um processo no qual são adicionados entre 10% a 35% em volume da corrente total com um diluente, como um hidrocarboneto leve, para reduzir a viscosidade e realizar em seguida um processo rápido, para diminuir a pressão da mistura. A invenção na patente US8147679B2 descreve um processo contínuo para melhorar um hidrocarboneto pesado ao remover os as- faltenos. O processo inclui as etapas de obtenção de um hidrocarbo- neto pesado, aquecimento do hidrocarboneto, colocação do hidrocar- boneto pesado em contato com um solvente em condições de melho-ramento, para produzir um primeiro produto que compreende a mistura do hidrocarboneto e do solvente, e um segundo produto que compre-enderesíduos de asfaltenos e água. Na patente US7909989B2 são descritos um método e um sistema para obter um betume de baixa viscosidade a partir de areias betuminosas. O método pode incluir duas etapas de extração, em que na primeira etapa é usado um solvente aromático rápido e na segunda etapa de extração é usado um solvente de hidrocarboneto volátil.
[003] Os diluentes convencionais são usados para mudar as pro-priedades dos óleos crus pesados durante o transporte em oleodutos, em que os mais usados são os óleos crus leves e as naftas. Alguns diluentes não convencionais tais como os hidrocarbonetos de baixo peso molecular também são usados para mudar algumas características dos óleos crus, tal como a viscosidade das misturas. Patentes tais como US4420008A, US 4.661.242 e US 4.092.238 apresentam o uso de óleos crus leves e diferentes técnicas de diluição apropriadas para cada caso. No entanto, a diluição de óleos crus pesados e extrapesa- dos requer o uso de grandes quantidades de diluente convencional, o que limita o espaço para o transporte através de tubulação. Para o caso dos diluentes não convencionais em que possuem maior poder de diluição, podem afetar a estabilidade e a homogeneidade do hidrocar- boneto obtido para o transporte.
[004] Devido ao seu poder de diluição, os hidrocarbonetos de baixo peso molecular, tal como o GLP, têm sido usados em misturas de óleos crus com o propósito de substituir parte do diluente convencional usado nos processos convencionais de tratamento e produção de óleos crus pesados. A substituição de parte do diluente convencional é conhecida como codiluição e se presta a tornar mais eficiente a diminuição da viscosidade, bem como incrementar a proporção de óleo cru transportado, pois é diminuída a necessidade de diluente convencional. No entanto, propriedades críticas do hidrocarboneto a ser transportado podem ser afetadas tanto pela presença quanto pela composição de compostos na mistura. Pelo exposto anteriormente, invenções como a patente US 4.882.041 descrevem maneiras de como obter uma mistura com a pressão de vapor adequada para a sua venda imediata.
[005] Apesar do fato que existem invenções que propõem métodos para modificar as características dos hidrocarbonetos a ser transportados, tal como a diminuição da viscosidade ou o controle da pressão de vapor, não existe no estado da técnica nenhuma invenção que resolva o problema técnico de assegurar as características de homogeneidade e estabilidade da mistura a ser transportada. Isto se deve à complexidade das interações entre os diferentes componentes da mistura, que incluem a composição do óleo cru pesado e extrapesado e dos diluentes não convencionais.
[006] A seguir, são descritas invenções encontradas no estado da técnica que procuram modificar as características dos óleos crus pesados, para tornar viável o seu transporte através de oleodutos.
[007] A patente US4994149 reivindica um processo para o tratamento de óleos crus pesados, no qual se acrescenta um diluente que é substituído em parte pelo GLP. Os diluentes são adicionados logo depois de realizar uma remissão de componentes leves no óleo cru, tal como o metano e o dióxido de carbono, isto com a finalidade de reduzir a pressão de vapor da corrente resultante. No entanto, a invenção desconhece o efeito de rompimento dos componentes e a composição do diluente. A experimentação demonstra que a simples invocação de uma etapa chamada adição não assegura a obtenção das propriedades requeridas no produto final. São requeridas características específicasatravés da geração de um novo conhecimento.
[008] Na patente US 9637685, a invenção reivindica um método para a produção e distribuição de um diluente enriquecido de hidrocar- bonetos de baixa densidade. Ela define que o método mantém a volatilidade, densidade e concentrações nos limites permitidos. Fornece uma unidade de mistura para homogeneizar o óleo cru com o diluente enriquecido com LDH. Ela define conteúdos de butano entre 5 e 7% e a corrente de diluente logo depois de injetar LDH entre 46 e 86° API. Ela reivindica um método para reduzir a viscosidade do óleo cru que envolve a mistura do óleo cru com o diluente enriquecido com LDH. Nos exemplos da invenção é detalhado que o LDH fica entre C1 a C5, e é detalhado que pode ser n-pentano, n-butano ou inferiores. No entanto, essa patente não leva em consideração o fato que a etapa de mistura requer características específicas que não são supridas pelos dispositivos comerciais de mistura.
[009] Por outro lado, o pedido de patente WO2001/059257 descreve um processo para reduzir a gravidade específica do petróleo cru mediante a injeção de um hidrocarboneto leve, que é mais rápido que o petróleo cru, em pontos de mistura a jusante do poço de produção e a montante de um separador de fases. Desse modo, o hidrocarboneto é conduzido aos pontos de mistura no poço através das tubulações de alimentação. Por meio de uma tubulação anular o hidrocarboneto leve é dissolvido no petróleo cru. Os componentes da mistura na corrente estão em equilíbrio quanto às condições de pressão e temperatura estabelecidas. O hidrocarboneto leve pode ser uma fração condensada da série do metano com um número de carbonos entre C2 e C16, inclusive, e de preferência é utilizada uma mistura destes componentes. De acordo com o dito pedido de patente, a invenção que é ali reportada incrementa a eficiência de extração e bombeamento do petróleo cru, minimizando de maneira significativa os custos relacionados com a produção e o processamento. No entanto, a simples invocação de uma etapa chamada mistura não assegura a obtenção das propriedades requeridas no produto final.
[0010] Na patente US20150144526A1, a invenção fornece um processo para tornar os hidrocarbonetos pesados transportáveis por tubulação. O processo contempla a mistura da alimentação de hidro- carbonetos pesados com um diluente que inclui uma corrente de hi- drocarbonetos, o qual tem pelo menos 0,5% em massa de um componente de hidrocarboneto C4 ou mais rápido, em que o dito diluente tem menos de 2% em volume de compostos aromáticos, onde a viscosidade da mistura de diluente e hidrocarbonetos é inferior a 0,005 m2/s (500 cSt) a 7,5°C, o que está dentro dos limites transportáveis da tubulação. A presente invenção não leva em consideração o fato de que quanto mais leves são os hidrocarbonetos, maior poder de diluição eles possuem, e por isso podem ser levados em consideração dentro da composição do diluente sob condições específicas.
[0011] O pedido de patente US20160298020A1 reivindica um produto aditivo que compreende uma Razão 8:11 entre pentano e hexano, e contém um aromático, que pode ser o xileno ou o tolueno. O aditivo compreende pentano, hexano e um composto aromático, em uma proporção de cerca de 27-37 : 39-49 : 1-9, pentano : hexano : aromático. pentano, hexano, tolueno e xileno, a uma razão de cerca de 27-37 : 39-49 : 2-5: 1-4, pentano : hexano : tolueno : xileno. A patente defende que há uma razão de hidrocarbonetos perfeita que acarreta uma mudança significativa no efeito da viscosidade. A presente invenção não define a relevância da etapa de mistura nas características de homogeneidade e estabilidade requeridas.
[0012] O pedido de patente US20180291293A1 reivindica uma mistura de hidrocarbonetos que são caracterizados por que terem baixapressão de vapor, compostos de uma fração de diluente de baixo ponto de ebulição e alta octanagem, uma fração de betume de alto ponto de ebulição, e a mistura tem uma viscosidade próxima de 0,0035 m2/s (350 cSt) a 7,5°C ou 18,5°C, uma densidade de menos de 940 kg/m3 e uma RVP de menos de 65 kPa. A temperatura à que são destilados 5% da fração de betume é maior que a temperatura à que são destilados 95% da fração de diluente. O ponto de ebulição do dilu- ente para 95% em volume é menor ou igual a 220°C. A fração de dilu- ente compreende pelo menos 25% em volume de isooctano ou isohexano. A fração de diluente compreende mais de 85% em volume de alcanos de cadeia ramificada. A mistura compreende menos de 1% em peso de olefinas. O betume tem uma viscosidade de menos de 0,7 m2/s (700.000 cSt) a 15°C, uma densidade inferior ou igual a 1.000 kg/m3 a 15°C. A fração de volume de diluente na mistura é inferior a 40% de duas frações termicamente separáveis.
[0013] Na patente CA2657360A1, a invenção reivindica uma substância útil para transportar óleo cru pesado ou betume que possui uma concentração máxima de 50% em volume de diluente na mistura. O diluente com olefina e parafinas deve conter menos de 1% em volume de hidrogeno/metano e menos de 10% de etano/etileno. Ela também reivindica um processo que inclui a separação do diluente do betume em um processo de destilação.
[0014] De modo geral dentro do estado da técnica, não existem invenções que resolvem a questão de como são asseguradas as ca-racterísticas finais do hidrocarboneto a ser transportado por oleoduto. A presente invenção fornece um processo que assegura as características finais do hidrocarboneto a ser transportado, definindo as condições de temperatura e pressão, junto com a relação de características de matéria prima e a composição do DNC a ser utilizado, em sinergia com uma etapa de incorporação que garante a homogeneização e estabilidade da mistura.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS FIGURAS
[0015] Figura 1. Diagrama de blocos do processo que apresenta uma modalidade da invenção, em que são descritas as relações entre as etapas e fluidos do processo.
[0016] Figura 2. Apresenta o esquema global proposto pela presente invenção, associado às etapas de mistura com diluente convencional e a adição de diluente não convencional (DNC).
[0017] Figura 3. Apresenta o esquema de uma modalidade da invenção que descreve a estratégia de mistura entre a Blend e o DNC, para assegurar a máxima incorporação do DNC à Blend.
[0018] Figura 4. Apresenta detalhes do difusor do diluente na linha de transporte de hidrocarbonetos.
[0019] Figura 5. Apresenta o diagrama composicional para aplicar o óleo cru base com uma RVP de 13,7895 kPa (2 psi).
[0020] Figura 6. Apresenta o diagrama composicional para aplicar o óleo cru base com uma RVP de 33,7843 kPa (4,9 psi).
DESCRIÇÃO GERAL DA INVENÇÃO
[0021] A presente invenção fornece um processo para obter sob condições de baixa pressão um hidrocarboneto homogêneo de alta estabilidade, baixa viscosidade e alta retenção de voláteis. Dentro da presente invenção, o termo estabilidade é entendido como a propriedade que permite manter a homogeneidade e integridade do hidrocar- boneto sem estratificação de fases ou precipitação de componentes sólidos ou coloidais. O hidrocarboneto resultante do processo é constituído em sua grande parte por óleos crus pesados e extrapesados, o que incrementa a eficiência de transporte de óleo cru na tubulação, graças à diminuição do diluente convencional.
[0022] O hidrocarboneto obtido mediante o processo da invenção pode ser transportado através de grandes distâncias por sistemas convencionais de transporte, os quais incluem tanques, bombas, linhas, estações intermediárias, navios-tanque para exportação, man- tendo a sua homogeneidade e integridade antes de entrar na fase de refino. As características do hidrocarboneto permitem a diminuição da perda de hidrocarbonetos leves em tanques, assegurando a diminuição dos riscos de segurança e ambientais pela emissão de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs).
[0023] O processo objeto da presente invenção propõe as etapas necessárias para lograr a obtenção de um hidrocarboneto homogêneo de alta estabilidade, que é composto em sua grande parte de óleos crus pesados e/ou extrapesados, um diluente convencional e um DNC. No processo, ao óleo cru pesado ou extrapesado é incorporado o dilu- ente convencional e o DNC, sob condições de processo determinadas e composição definida do DNC.
[0024] As características de processo reivindicadas na presente invenção definem as proporções composicionais do DNC que permitem incrementar a sua fração no hidrocarboneto, diminuindo a proporção de diluente convencional e incrementando a de óleo cru. Outra caracterização relevante realizada na presente invenção consiste na inclusão de uma etapa de incorporação de DNC, que também assegura a homogeneidade e estabilidade do hidrocarboneto final.
[0025] A quantidade adicionada de diluente convencional depende principalmente da qualidade dos óleos crus (viscosidade e densidade), enquanto a quantidade de DNC depende de sua composição e das características de estabilidade do hidrocarboneto final. A adição de DNC reduz a queda de pressão no transporte do óleo cru pesado em um grau maior do que a queda de pressão obtida se for aplicado um diluente convencional tal como óleos crus leves, naftas ou outros produtos refinados.
[0026] De acordo com um dos aspectos mais relevantes da presente invenção, os componentes de DNC devem ser agrupados em três tipos, os hidrocarbonetos de três ou menos carbonos (C-3), os hi- drocarbonetos de quatro carbonos (C4) e os hidrocarbonetos de cinco ou mais carbonos (C5+). A mistura dos componentes definidos gera um efeito sinérgico nas características de viscosidade, estabilidade e homogeneidade do hidrocarboneto final, permitindo o transporte de óleo cru pesado e extrapesado que originalmente apresenta um API entre 7 e 25.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0027] A presente invenção refere-se a um processo para obter um hidrocarboneto 108 composto principalmente por óleo cru pesado e/ou extrapesado 101, diluente convencional 103 e DNC 106. Nos sistemas onde foi implementada a invenção, é assegurado que o hidro- carboneto 108 pode ser transportado através de grandes distâncias por sistemas convencionais de transporte, os quais incluem tanques, bombas, linhas, estações intermédias, navios tanque para exportação, entre outros, mantendo a sua homogeneidade e integridade antes de entrar em seu uso final.
[0028] Para resolver o problema técnico de assegurar as condições de homogeneidade e estabilidade requeridas, a invenção descreve um processo que define as características do hidrocarboneto final 108, através do controle das condições do processo, da composição e proporção dos componentes no DNC 106 e da inclusão de uma etapa de incorporação 105 de DNC, imediatamente antes de uma etapa de homogeneização 107.
[0029] A incorporação de DNC 106 não só fornece a diminuição da proporção de diluente convencional 103 necessária para diminuir a viscosidade, mas também permite uma incorporação completa sob condições de baixa pressão e uma diminuição dos riscos técnicos e ambientais relacionados com as perdas de hidrocarbonetos. O efeito diferenciador da invenção é assegurado ao definir as condições do processo, a composição e proporção dos componentes de DNC 106 e a configuração da etapa de incorporação 105.
[0030] Dentro das diferentes modalidades do processo, a presente invenção contempla o fato que o óleo cru pesado e/ou extrapesado armazenado 101 é bombeado através de um cabeçote a uma etapa de mistura 102, conformada por um misturador estático ou uma série dos mesmos 203 no qual é adicionado 201 o diluente convencional 103 através de um sistema de dosagem 201. O diluente convencional pode ser um óleo cru leve, nafta ou outros produtos refinados do petróleo, ou mistura destes. O diluente convencional fica armazenado no tanque 103 e é bombeado para o mesmo cabeçote do misturador 203.
[0031] A quantidade de diluente convencional 103 agregado depende das características do óleo cru pesado ou extrapesado 101 a ser transportado e da proporção de DNC 106 que será incorporado ao hidrocarboneto final 108. O óleo cru pesado 101 que tem uma gravidade API entre 7 e 20 e uma pressão de vapor entre 13,7895 e 41,3685 kPa (2 e 6 psi) é modificado para que o hidrocarboneto resultantesatisfaça as restrições de transporte de qualquer oleoduto viscosidade, densidade e pressão de vapor do hidrocarboneto. As condições do processo no misturador ou série de misturadores 203 variam a uma temperatura entre 15°C e 50°C, de preferência entre 20 °C e 40 °C, e a pressão absoluta flutua entre 135 kPa e 2.068,4 kPa, de preferência entre 150 kPa e 1.379 kPa.
[0032] A mistura diluída definida como Blend 104 é enviada a uma etapa de incorporação 105, em que a inclusão 204 do DNC 301 ajusta o hidrocarboneto às características requeridas para o transporte. Para a incorporação do DNC 301, é realizado o seu ingresso 302 na tubulação 303 que transporta a Blend, através de um tubo reto 304, o qual forma um ângulo de 90°com respeito ao eixo axial da tubulação 305. O ingresso 302 do tubo 304 deve atingir o eixo central 305 da tubulação 303. A extremidade final do tubo 306 deve ser direcionada paralela ao eixo axial 305 da tubulação 303 e em um sentido contrário à direção de fluxo 307 da Blend. Na extremidade de saída do tubo 304 deve ser instalada uma restrição cônica 308 de fluxo que permite assegurar que a velocidade de fluxo do DNC fique entre 2 e 4 vezes maior do que a velocidade da Blend.
[0033] O DNC é composto por hidrocarbonetos que são agrupados em três tipos, os hidrocarbonetos de três ou menos carbonos C-3, os hidrocarbonetos de quatro carbonos C4 e os de cinco ou mais carbonos C5+ chegando até seis carbonos C6. Uma vez misturados os três tipos de componentes, o DNC é adicionado à Blend em uma quantidade que vai até 5% em volume. A quantidade de DNC adicionado à Blend depende da pressão de vapor da Blend e da proporção de cada um dos três tipos de hidrocarbonetos que compõem o mesmo. Na tabela a seguir, são descritas as faixas de porcentagem de cada componente no DNC, para os diferentes casos de pressão de vapor da Blend. Tabela 1. Faixas de composição do DNC permitidos a partir da RVP da Blend Em que a proporção de C6 no grupo de hidrocarbonetos C5+ pode ser de até 33% em volume.
[0034] Da etapa de incorporação 105 é obtido um hidrocarboneto ao qual é aplicada uma etapa de homogeneização 107 que consiste em um misturador estático ou uma série dos mesmos 205. As condiçõesdo processo na homogeneização em que se tem um misturador ou série de misturadores variam a uma temperatura entre 15°C e 50°C, de preferência entre 20°C e 40°C, e a pressão absoluta flutua entre 165,4 KPa e 2.068,4 kPa, de preferência entre 690 kPa e 1.379 kPa. O processo permite obter uma mistura diluída de óleo cru pesado com características para transporte que variam entre 20 mm2/s (20 centistokes) e 1.000 mm2/s (1000 centistokes).
Exemplo
[0035] Devido ao fato que não existia nenhuma informação disponível na literatura aberta sobre como os diferentes grupos composicio- nais do diluente não convencional afetavam a propriedade de pressão de vapor da mistura final, foram feitos testes a nível da planta piloto que apresenta o indicado.
[0036] Os resultados obtidos mostraram que era correto o enfoque de segmentar por grupos funcionais, por meio do qual foram realizados testes de campo em um oleoduto real, o que permitiu obter dados suficientes para determinar os impactos por grupo funcional que com-punham o diluente não convencional.
[0037] Os resultados foram agrupados em diagramas triangulares de composição (realizado através de modelos estatísticos baseados em dados reais de campo e o suporte de um pacote estatístico espe-cializado), para a faixa de trabalho, óleo cru com uma RVP de 13,7895 kPa (2 psi) até uma RVP de 41,3685 kPa (6 psi) e como variável de resposta a pressão de vapor RVP da mistura final.
[0038] A título de exemplo, o diagrama triangular para um óleo cru base com uma RVP de 13,7895 kPa (2 psi) é apresentado na Figura 5.
[0039] Desta forma, quando a transportadora (empresa operadora do oleoduto) modifica os valores de recebimento de RVP da mistura, por exemplo, de 66,1897 para 62,0528 kPa (9,6 para 9,0 psi), pode-se calcular qual composição por grupo funcional o diluente não convencional deve possuir para atender ao requisito de 62,0528 kPa (9,0 psi).
[0040] Da mesma forma, se o petróleo base tiver uma pressão de vapor RVP mais alta, por exemplo, de 33,7843 (4,9 psi) (Figura 6), procede-se ao ajuste da composição que o diluente não convencional deve ter para atender ao requisito RVP para transporte.

Claims (7)

1. Processo para produzir um hidrocarboneto estável composto de óleos crus pesados e extrapesados com um diluente convencional e um diluente não convencional para transporte em linha, caracterizado pelo fato de compreender as etapas a seguir: A) inicialmente, bombear o óleo cru pesado ou extrapesado armazenado (101), através de um cabeçote para uma etapa de mistura (102), conformada por um misturador estático ou uma série dos mesmos (203), B) em seguida, adicionar aos misturadores estáticos (203) o diluente convencional, constituído por óleo cru leve ou produto refinado de petróleo tal como nafta, diesel, solventes ou as misturas dos mesmos, armazenado no tanque (103) através de um sistema de dosagem (201), às condições do processo no misturador estático ou na série de misturadores (203) a uma temperatura entre 15°C e 50°C e uma pressão absoluta entre 135 KPa e 2068,4 KPa, onde a quantidade de diluente convencional (103) agregado depende das características do óleo cru pesado ou extrapesado (101) a ser transportado e da proporção de diluente não convencional (106) que é incorporada ao hidrocarboneto final (108), C) a seguir, enviar a mistura diluída definida como Blend (104) a uma etapa de incorporação (105), para adicionar (204) o dilu- ente não convencional (DNC), constituído por três tipos de misturas de hidrocarbonetos que variam de C2 a C6 (301), para ajustar o hidrocar- boneto às características para o transporte mantendo a sua homogeneidade e estabilidade, D) então, ingressar (302) o diluente não convencional (301) na tubulação (303) que transporta a Blend, através de um tubo reto (304), que forma um ângulo de 90° com respeito ao eixo axial da tubulação (305), nesta etapa de incorporação (105) e, E) finalmente, passar o hidrocarboneto gerado na etapa anterior para a etapa de homogeneização (107) que consiste na homogeneização através de um misturador estático ou uma série dos mesmos (205), sob condições de processo de homogeneização a uma temperatura entre 15°C e 50°C e uma pressão absoluta entre 165,4 KPa e 2068,4 kPa, para obter uma mistura diluída de óleo cru pesado final (108) com uma viscosidade entre 20 mm2/s (20 centistokes) e 1.000 mm2/s (1.000 centistokes).
2. Processo para produzir um hidrocarboneto estável composto de óleos crus pesados e extrapesados com um diluente convencional e um diluente não convencional para transporte em linha, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o óleo cru pesado armazenado (101) tem uma gravidade API entre 7 e 20 e uma pressão de vapor entre 2 e 6 psi.
3. Processo para produzir um hidrocarboneto estável composto de óleos crus pesados e extrapesados com um diluente convencional e um diluente não convencional para transporte em linha, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o diluen- te não convencional (DNC) é uma mistura de hidrocarbonetos que são agrupados em três tipos que variam de C2 a C6, em faixas para uma pressão de vapor da Blend de 2 psi de C3- entre 0% e 50% em volume, C4 entre 0 % e 100% em volume e C5+ entre 0% e 100% em volume e uma proporção de C6 no grupo de hidrocarbonetos C5+ de 33% em volume.
4. Processo para produzir um hidrocarboneto estável composto de óleos crus pesados e extrapesados com um diluente convencional e um diluente não convencional para transporte em linha, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o diluen- te não convencional (DNC) é uma mistura de hidrocarbonetos que são agrupados em três tipos que variam de C2 a C6, em faixas para uma pressão de vapor de Blend de 6 psi de C3- entre 0% e 24% em volume, C4 entre 0% e 70% em volume e C5+ entre 30% e 100% em volume e uma proporção de C6 no grupo de hidrocarbonetos C5+ de 33% em volume.
5. Processo para produzir um hidrocarboneto estável composto de óleos crus pesados e extrapesados com um diluente convencional e um diluente não convencional para transporte em linha, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o diluen- te não convencional (DNC) é adicionado à Blend em uma proporção de até 5% em volume.
6. Processo para produzir um hidrocarboneto estável composto de óleos crus pesados e extrapesados com um diluente convencional e um diluente não convencional para transporte em linha, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as condições do processo dos misturadores estáticos ou série de misturadores (203) são de uma temperatura entre 20°C e 40°C e uma pressão absoluta entre 150 kPa e 1.379 kPa.
7. Processo para produzir um hidrocarboneto estável composto de óleos crus pesados e extrapesados com um diluente convencional e um diluente não convencional para transporte em linha, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o ingresso (302) do tubo (304) vai até sobre o eixo central (305) da tubulação (303) e a extremidade final do tubo (306) é direcionada paralela ao eixo axial (305) da tubulação (303) em um sentido contrário à direção de fluxo (307) da Blend na extremidade de saída do tubo (304) em que é instalada uma restrição cônica (308) do fluxo para gerar uma velocidade de fluxo do diluente não convencional (DNC) entre 2 e 4 vezes maior do que a velocidade da Blend.
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