BR102021022708A2 - Método e dispositivo aiot de desinfecção por uvc (umduv e umduv-air). - Google Patents

Método e dispositivo aiot de desinfecção por uvc (umduv e umduv-air). Download PDF

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BR102021022708-7A
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Eduardo Cezar Lutz De Oliveira
José Luiz Cintra Junqueira
Marcelo Henrique Napimoga
Marcos Antonio Brandão Sanches
Oscar De Figueiredo Torres Júnior
Victor Angelo Martins Montalli
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Uvctec Equipamentos Ultravioleta Ltda
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Abstract

Novo método e dispositivo de desinfecção de ambientes, em especial ar e superfícies, com visão para a Biossegurança, o qual é realizado por um dispositivo próprio de lâmpadas UVC ((UMDUV E UMDUV-AIR – Unidade móvel de desinfecção por ultra violeta) que realiza a desinfecção de forma seletiva por tipo de ambiente o qual possui colonização de patógenos característica, utilizando-se de um sistema de gestão de utilização e de manutenção do sistema irradiante, que irradia a dosagem necessária para cada tipo de ambiente e distância ao alvo, utilizando sensores remotos de UVC para controle automático do tempo de exposição UVC para desinfecção.

Description

MÉTODO E DISPOSITIVO AIOT DE DESINFECÇÃO POR UVC (UMDUV E UMDUV-AIR).
[001] Trata a presente invenção de novo método e dispositivo de desinfecção de ambientes, em especial ar e superfícies, com visão para a Biossegurança, o qual é realizado por um dispositivo próprio de lâmpadas UVC ((UMDUV E UMDUV-AIR – Unidade móvel de desinfecção por ultra violeta) que realiza a desinfecção de forma seletiva por tipo de ambiente o qual possui colonização de patógenos característica, utilizando-se de um sistema de gestão de utilização e de manutenção do sistema irradiante, que irradia a dosagem necessária para cada tipo de ambiente e distância ao alvo, utilizando sensores remotos de UVC para controle automático do tempo de exposição UVC para desinfecção.
CAMPO DE APLICAÇÃO
[002] O Método e Dispositivo AIoT de desinfecção por UVC, objeto da presente invenção, é utilizado para desinfecção de ambientes visando a biossegurança, aplicado para os mais variados ambientes desde laboratórios em geral, Instituições de saúde como ambulatórios, enfermarias e hospitais, clínicas odontológicas, hotéis, e onde houver a probabilidade de infecção cruzada.
OBJETIVO DA INVENÇÃO
[003] O Método e Dispositivo AIoT de desinfecção por UVC, objeto da presente invenção, disponibiliza ao mercado de higiene e desinfecção um dispositivo inteligente que cubra todas as falhas de desinfecção com UVC de forma eficiente, irradiando a dosagem necessária para cada tipo de ambiente e distância ao alvo, corrigindo e superando a ineficiência do Estado da Técnica atual, tanto da parte de eliminação dos patógenos, quanto ao consumo de energia e desempenho do produto comercializado, maximizando a sua utilização tanto para desinfecções terminais como concorrente, com a utilização do dispositivo “UMDUV AIR”, considerando as condições de contorno do ambiente e do sistema irradiante, realizando a gestão do sistema de desinfecção numa plataforma em nuvem o que o transforma num sistema AIoT, utilizando de comunicação WiFi e Bluetooth
PROBLEMA A SER RESOLVIDO
[004] Os métodos de limpeza mecânica atuais, como a desinfecção química, não são práticas 100% seguras, e devem ser tomadas medidas adicionais para reduzir o risco para o paciente e os profissionais de saúde. Por mais de 75 anos, a luz ultravioleta tem sido usada para destruir agentes patogênicos em sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado. Nos últimos anos, foram desenvolvidos produtos que utilizam UVC para desinfetar superfícies e o ar.
[005] Em 1892, o professor Marshall Ward demonstrou que era principalmente a porção ultravioleta do espectro de luz que tinha a capacidade de inativar o DNA de patógenos, tornando-os incapazes de se multiplicar. Os usos médicos da luz ultravioleta incluem a desinfecção de superfícies e ar sem o uso de produtos químicos. Existem muitos estudos bem documentados que identificam a quantidade específica (dosagem/fluência) de irradiação ultravioleta necessária para inativar patógenos específicos.
[006] Os equipamentos de desinfecção UVC atualmente existentes usam um interruptor operado manualmente ou um temporizador para fornecer irradiação UVC por um período. Outro tipo de equipamento de desinfecção por UVC existente é um sistema que mede a luz UVC refletida, geralmente no emissor, para controlar por quanto tempo a irradiação UVC deverá ser fornecida. Ambos os tipos de equipamento são incapazes de fornecer exatamente uma dosagem específica a uma superfície ou volume de ar, porque não há medição sendo feita no local de interesse. Este problema resulta em superfícies e ar sendo expostos a muita ou pouca irradiação UVC. No caso de tratamento excessivo, tempo de tratamento além do necessário, retarda as operações da desinfecção, aumentando assim os custos operacionais e reduzindo o rendimento. No caso de tratamento insuficiente, a desinfecção não é garantida, o que pode resultar na redução da eficácia do procedimento de desinfecção e aumento da exposição ao risco.
[007] A tecnologia UVC já se mostrou altamente eficiente no combate aos patógenos, entretanto o correto controle da fluência necessária para inativar os patógenos alvo não é bem controlada em produtos existentes, podendo ocorrer problemas de ineficiência tanto da parte de eliminação dos patógenos, quanto ao consumo de energia e desempenho do produto comercializado. Atualmente, nos produtos comercializados, os tempos de exposição UVC em um dado ambiente são feitos sem um critério biológico, somente por tempo de exposição, sem garantias de eficiência do processo de desinfecção.
[008] A lista de patógenos alvo da desinfecção com suas condições de eliminação e a dimensão do ambiente definem a quantidade de trabalho (tempo de UVC) necessário para desativá-los. É importante ter o conhecimento de cada patógeno, de seu comportamento e condições de desinfecção para um controle otimizado do tempo de regime de eficiência máxima do produto, otimizando tempo, custos, durabilidade do produto e garantia de eliminação do patógeno alvo.
[009] Adicionalmente, o controle da vida útil do sistema irradiante (vida útil das lâmpadas UVC), tempo de estabilização do regime de irradiação (acendimento), controle de defeitos e falhas, influenciam os resultados e estes fatores não são observados em produtos atuais, causando ineficiência funcional do produto ao longo do tempo sem que o usuário tenha conhecimento da ineficiência do processo.
[010] A maioria dos dispositivos de UVC são ativados no próprio equipamento através de um timer ou controle básico de ativação por tempo, sem controle de presença humana, podendo expor o usuário a irradiação, inexistindo uma gestão automatizada e inteligente sobre os processos de desinfecção com UVC.
[011] Os produtos comerciais possuem também algumas limitações de segurança do usuário com acesso direto às lâmpadas UVC e materiais não adequados de reflexão UVC que reduzem a eficiência dos equipamentos comercializados atualmente. Os equipamentos atuais não possuem um sistema de gestão da utilização e de manutenção, como quem operou o equipamento, quando operou, qual o ambiente que foi aplicado, tempo de aplicação, condição operacional do equipamento, dificultando a gerência do processo de desinfecção como um todo.
[012] Assim, a presente invenção visa exatamente cobrir todas as falhas de desinfecção com UVC, irradiando a dosagem exata necessária para cada tipo de ambiente e distância ao alvo. A seletividade por tipo de ambiente com os seus respectivos patógenos, a medição da fluência no ponto alvo instantaneamente que controla o tempo de irradiação, e a inteligência artificial são os grandes diferenciais do sistema proposto, e que não é encontrado em outros equipamentos similares.
ESTADO DA TÉCNICA
[013] Existem alguns documentos de patente que descrevem dispositivo e métodos de desinfecção com utilização de sistemas UVC, porém nenhum dos documentos descreve o Método e Dispositivo AIoT de desinfecção por UVC, objeto da presente invenção, tal qual aqui proposto. Dentre esses documentos apresenta-se o mais relevante a seguir:
[014] O documento de patente BR 112013026529-9, MÉTODO E SISTEMA DE ESTERILIZAÇÃO DE AMBIENTE, cumpre esclarecer que a definição da palavra esterilização é um processo que visa destruir todas as formas de vida microbianas, o que não é possível garantir com sistema de desinfecção por UVC, onde o correto é mencionar nível de redução de carga microbiana / viral ou redução Log. Na referida patente é descrito um sistema de “esterilização” consistindo em um emissor móvel, um subsistema de detecção e de um subsistema de registro de dados. O emissor tem uma ou mais lâmpadas ou dispositivos emissores de UV. O sistema de detecção compreende pelo menos um sensor de UV remoto e pelo menos um sensor de porta. O sensor de porta compreende um detector de desligamento de segurança de porta e pode conter um detector de parada de emergência e um detector de armar para proteger as pessoas contra a exposição à energia UV. O sistema tem um controle remoto para iniciar, parar e configurar os parâmetros do sistema que incluem, mas não estão limitados a: tempo de tratamento, dosagem, tamanho do ambiente, número de ambientes, número do ambiente, piso, nome da instalação, nome do operador, número de identificação do operador, senha, valores padrão de dosagem, dosagem, e número de identificação do paciente. O número de tratamentos por unidade de tempo pode ser maximizado pela utilização da medição de luz incidente.
[015] O diferencial da invenção aqui proposta em relação ao documento BR 112013026529-9 é que apesar da invenção proposta também compreender um emissor de UV, um computador operável para controlar dito emissor de UV, uma pluralidade de sensores de UV em comunicação com dito computador, com dita pluralidade de sensores de UV operáveis para medir a luz UV em uma pluralidade de locais no interior da dita área e ainda operável para comunicar as ditas medições ao dito computador. A invenção proposta não utiliza e nem apresenta um sensor de segurança de porta em comunicação com dito computador com dito sensor de segurança de porta operável para detectar e relatar se uma porta está aberta ou fechada. Na atual invenção, e para segurança do usuário, utiliza-se um radar doppler no dispositivo, de forma a vigiar a área no entorno do sistema irradiante de maneira a identificar presença de pessoas e animais, e apresenta uma interface homem máquina de dispositivo móvel, onde não há possibilidade de retomada do processo, uma vez que um processo de desinfecção com a tecnologia UVC não pode ser retomado, e sim deve ser reiniciado do zero, pelo fato de que o material genético DNA ou RNA de qualquer patógeno ter a capacidade de se regenerar se a dosagem recebida por ele não for suficiente para desagregá-lo. Esta invenção não permite retomadas e sim reinício do processo.
[016] Na invenção aqui proposta a comunicação realizada com os sensores de medição UVC se dá de forma coordenada pelo computador do dispositivo emissor através de consulta individual sequencial, chamada de pooling, essa consulta é dada de forma que não exista a possibilidade de colisão de dados o que confundiria a análise do computador central. A nossa consulta se dá do computador para o sensor que espera a resposta para iniciar a consulta a um sensor subsequente. Onde o dispositivo (computador central) se comunica de duas formas: bluetooth com os sensores e dispositivo de operador e wi-fi com a nuvem, podendo ainda ser 4G ou 5G para comunicação com a internet no caso de falha do wi-fi como contingência. Os sensores serão alimentados por baterias internas que poderão ser carregados por qualquer carregador USB externo, ou em tomada própria USB no próprio equipamento.
[017] Ainda, a presente invenção pode ser utilizada para duas finalidades agregando-se acessórios. O conjunto de lâmpadas descobertas (UMDUV) realiza a desinfecção terminal de ar e ambientes. E pode-se também realizar somente a desinfecção de ar, e na presença de pessoas, confinando as lâmpadas com o dispositivo UMDUV-AIR, de forma que ele passe a trabalhar como se fosse um reciclador de ar com desinfecção. A designação de um ambiente no nosso sistema pode ser realizada de duas formas, através de QR code a ser colocado em local estratégico no ambiente a ser tratado, e ou manualmente na interface do operador no caso de não existir o QR code, Ex: quando se informa ao sistema que se está em um quarto hospitalar, o sistema já sabe quais são os patógenos frequentemente encontrados nesse ambiente e qual a sensibilidade ao ultravioleta que o patógeno mais resistente possui, selecionando, dessa forma, a dosagem correta de UVC a ser entregue.
DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[018] A seguir faz-se referência às Figuras que acompanham este relatório descritivo, para melhor entendimento e ilustração do mesmo, onde se vê:
[019] A Figura 1 ilustra um sistema de desinfecção que compreende um emissor (X), com um computador central (Y) um sistema de detecção que consiste em sensores UVC A - D, um sensor de presença (K) controle remoto (Z) rede local sem fio (WLAN) W e conexão de Internet para a WLAN.
[020] A Figura 2 apresenta um fluxograma de alto nível, de como um dispositivo de acordo com a presente descrição pode ser operado.
[021] A Figura 3, é a tela inicial do aplicativo para o dispositivo (Z) onde este deve ser pareado com o computador (Y) para início da inserção dos dados de desinfecção. Uma vez pareado o dispositivo (Z) o operador inicia seu acesso ao sistema.
[022] A Figura 4 ilustra o login de operador que deverá ser feito no computador (Y) através de um dispositivo que autenticará sua entrada no sistema, e enviará para o servidor web caso esteja com acesso à internet.
[023] A Figura 5 ilustra a tela de login preenchida pelo operador e pronta para entrada no sistema.
[024] A Figura 6 ilustra a função onde, após atingido o tempo de exaustão do conjunto, o operador pode verificar isso pelo dispositivo (Z) logo após o login, de forma a tomar decisão se para ou segue com o processo,
[025] A Figura 7 ilustra o computador (Y) que identificará a presença dos sensores e informará na tela do operador quais estão on line e o seu status de bateria. Solicita ao operador a leitura do QR code para identificação do ambiente,
[026] A Figura 8 ilustra a etapa 3, onde o computador (Y) baseado no tipo de ambiente selecionado, identifica a fluência necessária e envia aos sensores está fluência alvo de trabalho e espera que o (s) sinal (is) de sensor(es) “ON” sejam recebidos para liberação do botão de “ INICIAR “ ao operador.
[027] A Figura 9 ilustra a tela do operador durante a operação do sistema, onde consta a identificação do ambiente, a fluência alvo, e a medida instantânea de cada sensor em operação, e o tempo estimado restante para conclusão do processo,
[028] A Figura 10 ilustra que o sistema foi finalizado porque todos os sensores atingiram a fluência alvo, mas não significa logoff.
[029] A Figura 11 mostra a tela de status para um trabalho que foi cancelado.
[030] A Figura 12 mostra a data e hora do reinício do trabalho informados pelo dispositivo (Z) ao computador (Y) de um novo ciclo de trabalho.
[031] A Figura 13 ilustra o logoff do operador para que o sistema finalize o processo armazenando a data e hora de login e logoff de operador para fins de gerenciamento.
[032] A Figura 14 ilustra o registro de dados que fornece vários recursos para este sistema, como gravação de eventos de operação (data, hora, operador, local) / interrupção do processo / Processo em várias etapas / tempo de desinfecção parcial e total / idade do conjunto irradiante/ número de sensores alocados/ alarmes detectados.
DESCRIÇÃO GERAL DA INVENÇÃO
[033] O Método e Dispositivo AIoT de desinfecção por UVC (UMDUV e UMDUV AIR), objeto da presente invenção, foi projetado baseando-se em estudos de sensibilidade de patógenos a irradiação UVC catalogados e em variados artigos publicados sobre o assunto, os quais são os patógenos que mais comumente habitam esses ambientes específicos, bem como da necessidade de gestores de controle de infecções possuírem controle mais rígido sobre as métricas de tempo e qualidade de desinfecção dos ambientes. Desta forma, para que possa haver uma desinfecção efetiva no nível desejado, tomou-se como referência o patógeno mais resistente a UVC, que provavelmente habita aquele ambiente determinado, utilizando-se a fluência (energia) de inativação e marcou-se como sendo essa, a fluência necessária para o ambiente selecionado. Com essa informação, os sensores inteligentes recebem do computador central a fluência que eles devem monitorar no ponto onde foram posicionados, e quando começam a receber a irradiação UVC, começam a medir a irradiação recebida e calculam a fluência a ser informada ao computador central. Quando o computador central recebe a fluência do sensor, compara com a fluência alvo e caso tenha atingido o objetivo, desligará o sistema, ou aguardará, no caso de estarem trabalhando mais sensores, até que o último sensor reporte a fluência alvo, informando o operador e todo o sistema que o processo finalizou.
[034] Assim, o Dispositivo AIoT de desinfecção por UVC, objeto da presente invenção, é um emissor de luz UVC compreendendo uma ou mais lâmpadas ou dispositivos emissores de UVC, pelo menos um sensor de UVC remoto, apresentando proteção mecânica (grade física) para segurança das lâmpadas e limitação de acesso; materiais de reflexão da UVC (parede do equipamento) em alumínio com maior eficiência UVC para o ambiente; e Desinfecção concorrente com o dispositivo UMDUV-AIR: Quando acoplado sobre o UMDUV, o UMDUV-AIR, que é constituído por um sistema de circulação de ar e uma capa tecido antichama e que também faz a contenção a UVC, o que permite a funcionalidade de desinfecção do ar na presença de pessoas, através de passagem forçada do ar pelo sistema UMDUV-AIR.
[035] O Método e Dispositivo AIoT de desinfecção por UVC, objeto da presente invenção, possui as seguintes funcionalidades e funções consideradas diferenciais do sistema:
[036] Designação da fluência alvo baseada na sensibilidade do patógeno mais resistente provavelmente encontrado no ambiente a ser desinfectado, tabela esta que é periodicamente atualizada segundo publicações científicas, e atualizada no computador central via plataforma de gestão na nuvem, na forma de comunicação com os sensores, no gerenciamento das condições operacionais do hardware irradiante (desempenho de envelhecimento das lâmpadas, tempo de regime, etc); fazer recomendação de processos de desinfecção baseado em Inteligência artificial, atualização de firmware do computador central e aplicativo de forma automática via rede, configuração em rede
[037] O controle de eficiência e certificação de eliminação do patógeno com base em IA na nuvem;
[038] A emissão de relatório de execução do processo com resultados e aprovação ou não do processo de desinfecção;
[039] Os sensores de presença por efeito doppler com desativação para segurança de pessoas;
[040] Cálculo de fluência no sensor, o que determina maior eficiência da desinfecção.
[041] A proteção mecânica (grade física) para segurança das lâmpadas e limitação de acesso;
[042] Os materiais de reflexão da UVC (parede do equipamento) em alumínio, aumentando a eficiência UVC de reflexão.
[043] Nota: é importante ressaltar que a luz azul visível em equipamentos comerciais, NÃO é a UVC, que é invisível ao olho humano. O fato de “ver” a luz azul, não significa que a radiação UVC está sendo corretamente aplicada.
[044] O Dispositivo AIoT de desinfecção por UVC, objeto da presente invenção, é composto de 8 ou mais lâmpadas UVC de 95W cada, livre de ozônio, acionadas por reator de partida suave, para aumentar a durabilidade da lâmpada e com controle de corrente de forma a monitorar cada fonte de emissão (lâmpada), montadas em configuração circular de forma a cobrir 360° e comandadas pelo computador central. Onde os materiais das paredes de sustentação das lâmpadas são desenvolvidos com alumínio que proporciona a maior reflexão de UVC no ambiente e consequente melhoria da eficiência do processo de desinfecção.
[045] Uma chave tipo gangorra vermelha retro iluminada de alimentação geral protegida por fusível devidamente dimensionado alimenta todo o conjunto. Uma chave de segurança tipo gangorra na cor azul, retro iluminada, de alimentação exclusiva das lâmpadas principais e auxiliares, impede o acionamento da fonte irradiante inadvertidamente.
[046] Possui ventilação forçada para resfriamento do conjunto de reatores. Na parte traseira possui 4 tomadas auxiliares também comandadas pelo processador central de forma a acionar lâmpadas auxiliares para colocação em locais de sombra.
[047] Uma PCI multiprocessada desenvolvida pela UVCTEC, gerencia todo o dispositivo, de forma a controlar as interfaces de comunicação WiFi, Bluetooth e I/Os genéricos com os dispositivos móveis e a internet, monitora as interfaces de controle de reatores, sensores de movimento e sensores UVC que permitem controlar a quantidade de fluência em cada ponto de controle baseada no tipo de ambiente de aplicação, identidade do operador, vida útil do conjunto de lâmpadas e tempo de aplicação.
[048] Quatro rodízios giratórios, sendo dois deles com freio, padrão hospitalar permitem mobilidade em todas as direções.
[049] A proteção do conjunto irradiante é feita por um guarda corpo em tubo de aço inox 304.
[050] O software de controle e monitoramento do dispositivo de desinfecção por UVC, objeto da presente invenção, permite conexão em nuvem com uma plataforma de gerenciamento e inteligência transformando o UMDUV em um equipamento AIoT com controle remoto de ativação e monitoramento, emissão de relatórios de operação, controle de eficiência do processo e identificação de necessidades de desinfecção de cada ambiente com base em frequência de uso.
[051] Os Sensores UVC remotamente posicionados (pontos de controle), permitem o controle e o desligamento do equipamento somente quando o processo de desinfecção do ambiente selecionado atingir o nível de fluência estabelecido.
[052] O Dispositivo AIoT de desinfecção por UVC ainda permite ser usado como desinfecção do ar, bastando cobri-lo com o dispositivo UMDUV-AIR, (foto 2) que fará a contenção do conjunto de lâmpadas permitindo sua utilização na presença de pessoas.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[053] O conceito inventivo principal é a desinfecção de uma determinada área baseada em sua constituição patogênica, temperatura, umidade e irradiação real do sistema irradiante, medida por um sistema de sensores inteligentes que reportam a fluência real recebida no ponto de controle associada e a uma série de controles e comunicação de dados que o transformam em um dispositivo AIoT. O que permite gestão/monitoramento dos processos de desinfecção de ambientes. A possibilidade de utilizar o sistema irradiante UMDUV com o dispositivo UMDUV-AIR faz com que o dispositivo se torne um sistema de desinfecção de ar por recirculação e, desta forma, um Sistema com duas funções: a) a Terminal e; b) a Concorrente. Uma vez identificado o ambiente objeto da desinfecção, o computador central encaminha a todos os sensores presentes no ambiente a fluência a ser atingida, e a partir do recebimento de que os sensores estão prontos, libera para o operador acionar o sistema. Os sensores inteligentes possuem indicações visuais de status, através de dois leds, um vermelho (meta não atingida) e um verde (meta atingida) e medição através de um display que mostra a fluência recebida.
[054] Em mais detalhes, em referência à Figura 1, onde se destaca o subsistema Emissor de UVC - X. Este subsistema consiste em um octógono de alumínio com 8 lâmpadas UVC de 95W, montado sobre uma estrutura móvel manual sobre rodízios giratórios, que emitem radiação ultravioleta quando energizadas por seus reatores eletrônicos correspondentes. Outras formas de emissor podem ser uma estrutura móvel com número diferente de lâmpadas.
[055] O emissor de UVC (X) pode incluir ainda um ou mais emissores "lâmpadas" adicionais. Esses emissores são lâmpadas de UVC adicionais, com um máximo de quatro lâmpadas, que podem ser adicionadas ao local para aumentar a cobertura da radiação UVC, diminuindo assim o tempo de desinfecção. O (s) emissor (es) é (são) também controlado (s) pelo computador central (Y)
[056] Também contido neste subsistema está o computador central (Y) que executa um programa de software que controla o acesso do operador através do dispositivo (Z) onde a energização das lâmpadas e reatores é realizada por meio de um relé de estado sólido interconectado. O computador (Y) se comunica com os sensores ultravioleta remotos A - D do subsistema de detecção, que fornecem leituras de fluência usadas pelo computador (Y) para determinar quando uma dose previamente programada de luz ultravioleta incidente foi fornecida a cada um dos locais onde estrategicamente foram colocados o (s) sensor(es) remoto(s).
[057] A configuração da dosagem é determinada pelo tipo de ambiente específico que o operador deseja desinfectar, conforme já exposto acima. Por exemplo, para fornecer uma dosagem de desinfecção de irradiação ultravioleta para a eliminação de patógenos mais comumente encontrados em um consultório odontológico, para uma redução D90 seriam necessários 750J/m²; assim definida pelo computador (Y). Os sistemas e equipamentos existentes no mercado nacional não utilizam sensor (es) remoto (s) para desinfecção de superfície e de ar, portanto, eles não oferecem uma maneira de entregar a dosagem correta no ponto focal. As dosagens apropriadas para fornecer uma redução de log de um patógeno específico existente em um ambiente específico são bem conhecidas e de domínio público.
[058] Como a irradiação ultravioleta é prejudicial aos seres humanos, o computador (Y) se comunica com o sensor de presença por efeito doppler (K) e se o sensor detectar algum movimento num raio de 9m durante um ciclo de desinfecção, pode indicar que uma pessoa está entrando ou entrou na sala sendo tratada, e as lâmpadas devem ser desligadas imediatamente para evitar lesões nos olhos e pele.
[059] O sistema se utiliza de uma interface com o operador, um dispositivo móvel, tablet ou smartphone, que será usada para fazer login no sistema, configurar o tipo de ambiente, local da aplicação, todas essas informações serão enviadas ao computador (Y). O computador (Y) se comunica com um servidor web na nuvem (DOJOT), por meio da WLAN (W) conectada à Internet, para enviar dados relativos ao processo em curso para emissão de relatórios a serem disponibilizados na central de monitoramento, e ou monitoramento online do processo, no dispositivo móvel (Z) ou em outro dispositivo de monitoramento.
[060] O subsistema emissor pode conter uma bateria para manter o computador (Y) energizado quando o subsistema não estiver conectado à rede elétrica. Esta bateria pode ser recarregada automaticamente, conforme necessário, quando conectado à rede elétrica. O computador (Y) caso não tenha conseguido acesso a uma rede WLAN, no momento da sua operação, armazenará os dados do processo e enviará ao servidor web, tão logo consiga acesso, mesmo que não esteja operando nesse momento.
[061] Uma parte integrante do sistema de desinfecção é o subsistema de detecção de UVC da Figura 1, sensores A – D. O sistema de detecção de luz ultravioleta baseada em sensores UVC, medirá a radiação incidente real em pelo menos um local específico dentro do ambiente. Uma vantagem de se usar o sensor de radiação incidente, é que, com a radiação incidente, os sensores podem ser colocados em qualquer local para garantir que a radiação UVC alcance a dosagem mínima necessária naquele local. Os sensores de UVC A – D, são projetados para medir a incidência total de luz UVC sobre eles, ou seja, a somatória de toda radiação recebida ao longo do tempo de desinfecção. Assim que todos os sensores ativos receberem a dose estabelecida, o procedimento de desinfecção é considerado concluído. Um método para medir a radiação ultravioleta incidente total é empregar um sensor corrigido por cosseno, que responde por toda a radiação incidente sobre ele a partir de um ângulo total de 180 graus. A menos que toda a energia seja integrada com precisão, é difícil determinar a dosagem real de radiação UVC fornecida. Além disso, ao medir a radiação incidente, o sistema não irradiará excessivamente uma área, isso permite um menor tempo para o tratamento de desinfecção antes de ser reimplantado em outra área.
[062] A radiação excessiva em um determinado ponto é desvantajosa, porque uma vez atingida a fluência necessária em um ponto o equipamento pode ser realocado para desinfectar outra área que estava mais longe ou em ponto escondido de forma que a área pode ser concluída em menor tempo e de forma mais eficaz. Quando em operação, o (s) sensor (es) UVC são projetados e programados para medir continuamente a radiação UVC incidente. A intensidade medida pode ser convertida em dados digitais e enviados ao computador (Y) que monitorará a fluência recebida em cada ponto, enviará ao servidor web, e ao dispositivo móvel para serem monitoradas de forma on-line. Além da fluência, um sensor remoto pode enviar também o estado de carga de sua bateria interna de forma que o computador central (Y) seja informado antecipadamente quanto tempo de bateria cada sensor remoto possui. A comunicação é sem fio. A operação sem fio pode ser realizada a partir de qualquer número de sensores ultravioleta remotos até o computador central (Y) usando de protocolo bluetooth, ou outro que se adaptar. O computador (Y) identificará a presença dos sensores e informará na tela do operador quais estão on line e o seu status de bateria. Figura 7.
[063] Os sensores UVC sem fio A - D podem ser unidades recarregáveis, com baterias recambiáveis ou alimentadas por CA. Durante a operação, a unidade pode operar totalmente com a energia da bateria, se for o caso. O conjunto de sensores é operado de forma que eles transmitam em diferentes períodos, segundo consulta realizada pelo computar Y cada um a seu tempo.
[064] O computador (Y) fará um pooling nos sensores para leituras de status e medição. Os sensores UVC A - D receberão uma intensidade de radiação incidente relativamente constante, exceto durante o período de estabelecimento de regime constante. e como tal, o tempo entre as transmissões, ou o período de transmissão, pode ser de até 10 segundos.
[065] 1 -O computador central (Y) ao receber as transmissões dos sensores UVC calcula o tempo remanescente baseado no pior caso, em seguida, informa o operador para que tome a melhor decisão estratégica para o ambiente.
[066] 2 - Cada sensor A – D individualmente poderá calcular a fluência recebida ao logo do tempo e enviar o resultado ao computador (Y) toda vez que este fizer o pooling, que comparará com a fluência estabelecida para o processo, desligará o conjunto irradiante (UMDUV) quando todos os sensores tiverem atingido a fluência prescrita. Ao longo do processo o computador (Y) enviará ao servidor web o status de cada ponto de controle, para monitoramento on-line.
[067] O monitoramento on-line é importante para se verificar se algum ponto alvo está demorando muito a atingir a fluência prescrita de forma que o operador poderá intervir na realocação do conjunto irradiante deslocando-o para outra posição de forma a agilizar o processo e evitar desperdício sempre observando que o processo será reiniciado, um total de três reinícios está permitido.
[068] O sistema irradiante possui também sensores em todos os reatores de forma a informar se existe alguma lâmpada queimada ou defeituosa. Esses sensores estão ligados ao computador (Y) em uma porta de interrupção que enviará ao servidor web o status do conjunto irradiante, que poderá ser visto pelo monitoramento e pelo operador localmente. Um horímetro no computador (Y) gerencia a idade do conjunto irradiante, contando cumulativamente as horas de operação, enviando essas informações ao servidor web, para instruir manutenções necessárias, após atingido o tempo de exaustão do conjunto. O operador pode verificar isso pelo dispositivo (Z) logo após o login, de forma a tomar decisão se segue ou não com o processo, Figura 6.
[069] Uma vez que o (s) sensor (es) remoto (s) e o emissor de UVC são colocados onde desejado, o operador aciona a chave de segurança do emissor UVC (X), sai da sala e começa a sequência de ativação.
[070] Uma parte importante do sistema de desinfecção é o registro de dados e relatórios que poderão ser disponibilizados pelo servidor web (DOJOT), como mostrado na Figura 1. O registro de dados fornece vários recursos para este sistema, como gravação de eventos de operação (data, hora, operador, local) / interrupção do processo / Processo em várias etapas / tempo de desinfecção parcial e total / idade do conjunto irradiante/ número de sensores alocados/ alarmes detectados. Figura 14.
[071] Ao iniciar um trabalho de desinfecção, um registro de dados é criado indicando o operador, local a ser tratado, dia, hora de início, número de sensores alocados na operação. Este registro deverá ser mantido no computador (Y) até que uma cópia seja transmitida ao servidor web, juntamente com os outros dados capturados ao longo do processo. O computador (Y), após a varredura do primeiro conjunto de leituras do(s) sensor(es) de UVC calculará o tempo estimado para a conclusão baseado na dosagem de UVC alvo recebida pelo sensor que estiver com a menor fluência acumulada registrada. Após cada varredura, deverá ser feita uma atualização no registro de dados de trabalho que incluirá as leituras mais recentes de cada sensor envolvido no processo, tempo estimado para conclusão e tempo decorrido, que serão enviados ao servidor web para acompanhamento on-line. Outros dados, incluindo paradas, reinício, término da desinfecção e alarmes, também devem ser rastreados e relatados.
[072] Um benefício desse sistema de dashboards é a capacidade de compartilhar dados em tempo real entre os diferentes departamentos da instituição que usam o sistema. No caso de um hospital, o departamento de admissão se beneficiará de tal informação, tendo a capacidade de planejar de quando enviar os pacientes para um quarto com base no tempo estimado de conclusão do trabalho. Ou o gerente do departamento de limpeza pode usar os dados em tempo real para localizar um funcionário e monitorar sua produtividade. O CCIH pode configurar relatórios para ajudar a determinar a eficácia de seu protocolo de desinfecção e para rastrear áreas problemáticas de suas instalações. Existem outros benefícios para o acesso em tempo real aos dados do trabalho. A capacidade de postar trabalhos realizados neste sistema por meio de um servidor web remoto oferece aos departamentos interessados a capacidade de planejar e agendar recursos e planejar alocações de quartos, uma vez que o tratamento terminal com UVC é a última etapa do processo de desinfecção de um ambiente.
[073] O sistema permite a interface através de API´s com outras ferramentas de gestão, permitindo acrescentar KPI´s a esses sistemas. Nesse ponto é importante definir que:
[074] O login de operador deverá ser feito no computador (Y) através de um dispositivo (Z) (Figura 4), que autenticará sua entrada no sistema, e enviará para o servidor web caso esteja com acesso à internet. Os dados de autenticação de login e senha deverão estar armazenados no computador (Y) porque caso o acesso à internet não esteja disponível no local da desinfecção, isso não poderá impedir o trabalho. O computador (Y) poderá aceitar até no máximo 2 operadores simultâneos. Sempre que um operador sair do processo em curso ou finalizado, deverá fazer logoff, caso contrário o processo não será finalizado. Caso um operador faça logoff no computar (Y), e este esteja em funcionamento, e não exista outro operador logado, o sistema automaticamente se desligará por “Falta de Gerenciamento” e comunicará o servidor web ou armazenará esse dado caso a internet não esteja acessível, para posterior envio. A perda de comunicação do dispositivo (Z), com o computador (Y) não significa logoff. A data e hora de login e logoff de operador deverão ser armazenados para fins de gerenciamento. O logoff de operador (Figura 13), combinado com o “Processo Finalizado” (Figura 10 ou 11), servirá para informar ao sistema gestor de alocação de ambientes, que ele está disponível para uso. Fim do processo.
[075] O dispositivo (Z), deverá possuir a capacidade de gerenciar o sistema de desinfecção de forma off-line, recebendo os registros necessários durante todo o processo de forma que o operador poderá a tomar as ações necessárias mesmo que o sistema web não esteja acessível (Figura 9 a 13). O número de série e o nome do dispositivo (X), são gravados em fábrica no computador (Y) que o acompanha (firmware).
[076] Todo o controle e funcionamento do Método e do Dispositivo AIoT de desinfecção por UVC objeto da presente invenção se dá através de cinco etapas principais, onde:
[077] Na etapa 1, o usuário é autenticado por meio de código de usuário e senha, no computador (Y) (Figura 4 e 5). Nesse momento, aparecerá para o operador dados de quantidade de horas do sistema irradiante, e se o sistema como um todo está operante, decidindo se seguirá com o trabalho ou finalizará (Figura 6).
[078] Na etapa 2, o operador verificará o status dos sensores que ele colocou em operação e seleciona vários parâmetros de trabalho para configurar o sistema. Esses parâmetros incluem itens como: o tipo de ambiente a ser desinfectado (caixa de escolha), e especificação do local a ser desinfectado, que deverá ser feito através de QR code no ambiente, e envia ao computador (Y) (Figura 7).
[079] Na etapa 3, o computador (Y) baseado no tipo de ambiente catalogado, identifica a fluência necessária e envia aos sensores esta fluência alvo de trabalho e espera que o (s) sinal (is) de sensor(es) “ON” sejam recebidos para liberação do botão de “ INICIAR “ ao operador. Pelo menos um sensor UVC deve ser ativado para que o sistema funcione (Figura 8).
[080] Na etapa 4, o operador inicia o processo, nesse instante é capturado a data e hora do dispositivo (Z) que são enviados ao computar (Y) que agregará ao conjunto de informações e envia ao servidor web e ou armazena localmente.
[081] Na etapa 5, tem início a emissão de UVC. Enquanto a irradiação UVC está em processo, o sistema passa por três loops: consultar continuamente a dosagem recebida pelos sensores A - D, monitorar o sensor de presença, e monitorar uma instrução de “PARAR” do operador. Quando qualquer um desses loops de monitoramento detecta sua condição, a irradiação UVC é interrompida. Os três loops de monitoramento podem ocorrer em tempos diferentes. Por exemplo, o loop de monitoramento de presença é uma preocupação de segurança, portanto, deve ser verificado continuamente, o loop de medição de UVC nos sensores será feito através de pooling a cada 10 segundos, e o loop de interrupção pelo operador ”CANCELAR”, apenas como um botão de desligar.
[082] Durante o processo de emissão UVC, o computador (Y) consulta os sensores, um de cada vez, e marca a Fluência já recebida por eles, calculando o tempo estimado de conclusão, baseado na pior recepção. A fluência recebida por cada sensor e o tempo remanescente pode ser acompanhado pelo operador no dispositivo (Z) (Figura 9), ao mesmo tempo que o computador (Y) envia os dados para o servidor web, de forma que os gestores possam monitorar remotamente a operação.
[083] Quando todos os sensores tiverem recebido a fluência prescrita, o computador (Y) desligará o emissor de UVC e enviará ao servidor web a informação de que o ciclo foi FINALIZADO, juntamente com a data e hora , Figura 10. O operador deverá encerrar o ciclo total de trabalho, tocando na tecla “FINALIZAR”, para que a tela de LOGOFF seja mostrada, somente com o LOGOFF do operador, o Trabalho total será definitivamente encerrado. Para efeito de gestão o tempo total de trabalho é medido desde o LOGIN dado pelo operador até ele “LOGOFF”, os tempos de cada ciclo são enviados ao final de cada um. O computador (Y) enviará ao servidor web todos os dados de todos os ciclos, local, tipo de ambiente, data e hora início, data e hora fim, operador, leitura de todos os sensores, e se foi FINALIZADO normalmente, por sensor de presença ou por cancelamento do operador.
[084] O trabalho pode ser cancelado a qualquer momento pelo operador por meio do dispositivo Z. A Figura 11 mostra a tela de status para um trabalho que foi cancelado. O trabalho poderá ser cancelado ou porque houve um erro de posicionamento dos sensores ou porque o emissor foi colocado em posição desfavorável e os sensores estão demorando a atingirem a fluência prescrita. Neste caso, o operador poderá realocar o emissor e iniciar um novo ciclo de trabalho sem “FINALIZAR”, ou “FINALIZAR” se for conveniente. O dispositivo (Z) envia ao computador (Y) a data e hora do cancelamento, bem como todos os outros dados do trabalho conforme acima descrito. Caso o operador reposicione o emissor UVC para que os sensores que não atingiram a fluência prescrita, venham a recebê-la, o operador deverá desligar os sensores que já atingiram a fluência e permanecer com os outros e “REINICIAR” o sistema. Quando o computador (Y) reiniciar o sistema enviará ao (s) sensor (es) um comando de “zerar medidores”, enviar a fluência prescrita e esperar que o (s) sinal (is) de sensor(es) “ON” sejam recebidos para reiniciar o emissor de UVC. A data e hora do reinício do trabalho serão informados pelo dispositivo (Z) ao computador (Y) Um novo ciclo de trabalho é iniciado como mostra a Figura 12.,
[085] O Método e Dispositivo AIoT de desinfecção por UVC, objeto da presente invenção, incorpora a sintonia exata da fluência a ser emitida baseada nos patógenos mais comumente encontrados em cada tipo de ambiente, evitando o desperdício de tempo e energia.
[086] É conhecido através de literatura quais são os patógenos mais encontrados em cada tipo de ambiente como de saúde, como quartos de hospital, UTI´s, enfermarias, consultórios odontológicos etc., e quarto de hotel. Também é de domínio público qual a fluência necessária para inativar com UVC, cada tipo de patógeno. Baseado nessas duas informações foi construída uma tabela que fica embarcada no computador do emissor, que baseado na informação enviada pelo operador, do tipo de ambiente, e nível de desinfecção, enviará ao sensor, qual a fluência alvo a ser atingida naquele ponto onde o mesmo se encontra.
[087] A tabela é construída da seguinte forma: Identifica-se qual o patógeno que possui a maior resistência ao ultravioleta e aponta como sendo essa fluência o objetivo para desinfecção daquele ambiente. O operador poderá ainda escolher além do tipo de ambiente, se ele precisa de um grau de desinfecção D90 ou D99. Exemplo: um ambiente (Consultório odontológico) que tenha o patógeno (Candida albicans) como seu patógeno mais resistente, a fluência necessária para desinfectar esse ambiente, será a fluência para desativar esse patógeno no percentual desejado e que será o objetivo do conjunto emissor. O operador escolhe o ambiente “Consultório odontológico” e um nível de desinfecção de 90%, D90. Uma vez passado esses parâmetros pelo operador, através do dispositivo móvel de operador, ao computador do emissor, ele consulta a tabela existente no software do computador emissor, e define a fluência que deverá ser emitida, para a desinfecção do ambiente.
[088] Para a desinfecção do ambiente, o operador deverá colocar até seis sensores, no máximo, dentro do ambiente a ser desinfectado em posições estratégicas, onde se deseja que a desinfecção seja realizada nos níveis definidos. A partir da emissão de UVC pelo emissor, esses sensores começarão a medir a radiação recebida e calcular a fluência acumulada, armazenando em sua memória para consulta pelo computador do emissor.
[089] A forma utilizada de envio da informação da fluência medida acumulada no sensor ao computador corrige possíveis colisões de informação de forma a não a perder dados. O sistema do computador do emissor é quem pergunta ao sensor através de um método chamado “pooling” qual a sua medição de fluência naquele instante e a compara com o objetivo, fazendo essa rotina, até que todos os sensores atinjam a fluência objetivo. Como esse pooling tem endereço certo, e libera a comunicação somente para aquele sensor específico consultado, evita-se que outras emissões de outros sensores sejam enviadas, de forma a evitar-se a possível colisão de informação caso todos os sensores ficassem enviando simultaneamente.
[090] É de conhecimento público que o material genético se não for inativado por completo, ele se regenera. Assim, a invenção impede que enquanto um ponto não receber a fluência necessária para desinfecção alvo, ele não encerra o processo e não permite a contagem cumulativa de sucessivos reinícios de ativação, ou seja, suponhamos que em um ciclo de operação um dos sensores não atinge o seu alvo, e o emissor é reposicionado pelo operador, para melhorar a irradiação para aquele ponto, e o sistema impede que o novo ciclo de irradiação inicie a partir do ponto que parou a última medida daquele sensor, forçando o operador ao início de um novo ciclo que será documentado separadamente. Cada ciclo possui informações de número de sensores presentes, data/hora início em que começou a irradiar, medição da fluência total recebida de cada sensor individualmente, e data/hora de término de irradiação. São dados de auditoria do sistema. O sistema permite até 3 ciclos.
[091] Desta forma, o Método e Dispositivo AIoT de desinfecção por UVC (UMDUV e UMDUV-AIR), objeto da presente invenção, conforme descritos acima, apresenta uma configuração e funcionamento novos e únicos que lhe configuram grandes vantagens em relação aos equipamentos semelhantes atualmente utilizados e encontrados no mercado. Dentre as vantagens, pode-se citar: o fato de apresentar uma configuração especial com facilidade de uso e manutenção, o fato de poder apresentar todas as faixas de desinfecção definidas previamente através de uma tabela com escalas; o fato de poder ser controlado remotamente; e o fato de poder desinfectar todos os patógenos (seja vírus, fungos, bactérias) do ambiente pelo fato de poder reiniciar os ciclos de desinfecção.
[092] Assim, pelas características de configuração e funcionamento, acima descritas, pode-se notar claramente que o MÉTODO E DISPOSITIVO AIOT DE DESINFECÇÃO POR UVC (UMDUV E UMDUV-AIR), objeto da presente invenção, trata-se de um dispositivo novo para o Estado da Técnica o qual reveste-se de condições de inovação, atividade inventiva e industrialização inéditas, que o fazem merecer o Privilégio de Patente de Invenção

Claims (8)

  1. MÉTODO AIOT DE DESINFECÇÃO POR UVC (UMDUV E UMDUV-AIR), caracterizado por ser um método de desinfecção de um determinado ambiente baseado em sua lista de patógenos, associada e a uma série de controles IoT e comando WiFi via aplicativo/computador, com uma gestão/monitoramento, bem como do tempo de exposição de lâmpada UVC baseado em função dos patógenos, compreendendo cinco etapas principais, onde:
    Na etapa 1, o usuário é autenticado por meio de código de usuário e senha, no computador (Y) onde aparecerá para o operador dados de quantidade de horas do sistema irradiante, e se o sistema como um todo está operante, decidindo se seguirá com o trabalho ou finalizará;
    Na etapa 2, o operador verificará o status dos sensores que ele colocou em operação, e seleciona vários parâmetros de trabalho para configurar o sistema, onde os parâmetros incluem itens como: o tipo de ambiente a ser desinfectado (caixa de escolha), e especificação do local a ser desinfectado, que deverá ser feito através de QR code no ambiente, e envia ao computador Y;
    Na etapa 3, o computador (Y) baseado no tipo de ambiente catalogado, identifica a fluência necessária e envia aos sensores a fluência alvo de trabalho e espera que o (s) sinal (is) de sensor(es) “ON” sejam recebidos para liberação do botão de “ INICIAR “ ao operador;
    Na etapa 4, o operador inicia o processo, nesse instante é capturado a data e hora do dispositivo (Z) que são enviados ao computar (Y) que agregará ao conjunto de informações e envia ao servidor web e ou armazena localmente; e
    Na etapa 5, tem início a emissão de UVC, onde enquanto a irradiação UVC está em processo, o sistema passa por três loops: consultar continuamente a dosagem recebida pelos sensores A - D, monitorar o sensor de presença, e monitorar uma instrução de “PARAR” do operador, e quando qualquer um desses loops de monitoramento detecta sua condição, a irradiação UVC é interrompida, onde os três loops de monitoramento podem ocorrer em tempos diferentes;
    onde se incorpora a sintonia da fluência a ser emitida baseada nos patógenos mais comumente encontrados em cada tipo de ambiente.
  2. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por durante o processo de emissão UVC, o computador (Y) consulta os sensores, um de cada vez, e marca a Fluência já recebida por eles, calculando o tempo estimado de conclusão, baseado na pior recepção; onde a fluência recebida por cada sensor e o tempo remanescente são acompanhados pelo operador no dispositivo (Z) ao mesmo tempo que o computador (Y) envia os dados para o servidor web, de forma que os gestores possam monitorar remotamente a operação.
  3. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por poder apresentar até três ciclos onde cada ciclo possui informações de número de sensores presentes, data/hora início em que começou a irradiar, medição da fluência total recebida de cada sensor individualmente, e data/hora de término de irradiação.
  4. DISPOSITIVO AIOT DE DESINFECÇÃO POR UVC (UMDUV E UMDUV-AIR), caracterizado por ser um dispositivo emissor de luz UVC de desinfecção de um determinado ambiente baseado em sua lista de patógenos, associado a uma série de controles e comunicação de dados que o transformam em um dispositivo AIoT, com uma gestão/monitoramento dos processos de desinfecção de ambientes, com o sistema irradiante de luz confinado com o acessório UMDUV-AIR que faz com que o dispositivo se torne um sistema de desinfecção de ar por recirculação e desta forma um Sistema com duas funções a Terminal e a Concorrente, onde um computador comunica aos sensores a fluência a ser monitorada e o período de início da medição (a partir da incidência de UV), atingida a meta o sensor envia a informação para o computador; dito dispositivo compreendendo: uma ou mais lâmpadas ou dispositivos emissores de UVC, pelo menos um sensor de UV remoto, apresentando proteção mecânica (grade física) para segurança das lâmpadas e limitação de acesso; materiais de reflexão da UVC (parede do equipamento) em alumínio com maior eficiência UVC para o ambiente e funcionalidade dual: Desinfecção terminal e Desinfecção concorrente com o acessório UMDUV-AIR; onde o dispositivo quando adicionado o UMDUV-AIR possui uma capa antichama de contenção a UVC e um sistema de circulação de ar para a funcionalidade de desinfecção em presença de pessoas, desinfetando o ar através de passagem forçada do ar pela câmara.
  5. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por apresentar as funcionalidades e funções de: fazer a designação da fluência alvo baseada na sensibilidade do patógeno mais resistente provavelmente encontrado no ambiente a ser desinfectado compondo uma tabela; tabela esta que é periodicamente atualizada segundo publicações científicas, e atualizada no computador central via plataforma de gestão na nuvem, na forma de comunicação com os sensores, no gerenciamento das condições operacionais do hardware irradiante; fazer recomendação de processos de desinfecção baseado em Inteligência artificial, atualização de firmware do computador central e aplicativo de forma automática via rede, configuração em rede; fazer o controle de eficiência e certificação de eliminação do patógeno com base em IA na nuvem; e a missão de relatório de execução do processo com resultados e aprovação ou não do processo de desinfecção.
  6. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por apresentar os sensores de presença por efeito doppler com desativação para segurança de pessoas, com o cálculo de fluência no sensor.
  7. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por apresentar proteção mecânica (grade física) para segurança das lâmpadas e limitação de acesso.
  8. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por apresentar a funcionalidade dual: Desinfecção terminal e Desinfecção concorrente com o acessório UMDUV-AIR; onde o dispositivo quando adicionado o UMDUV-AIR possui uma capa antichama de contenção a UVC e um sistema de circulação de ar para a funcionalidade de desinfecção em presença de pessoas, desinfetando o ar através de passagem forçada do ar pela câmara.
BR102021022708-7A 2021-11-11 Método e dispositivo aiot de desinfecção por uvc (umduv e umduv-air). BR102021022708A2 (pt)

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