BR102021016785A2 - Formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares, indicados para subnutrição, desnutrição, prevenção da desnutrição e/ou nutrição geral à base de sementes e/ou frutos oleaginosos fortificados com sais minerais e vitaminas - Google Patents

Formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares, indicados para subnutrição, desnutrição, prevenção da desnutrição e/ou nutrição geral à base de sementes e/ou frutos oleaginosos fortificados com sais minerais e vitaminas Download PDF

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Abstract

A presente invenção se refere a formulações, misturas, composições de alimentos fortificados ou suplemento alimentares, indicados para subnutrição, desnutrição, prevenção da desnutrição ou nutrição geral à base de sementes e/ou frutos oleaginosos fortificados com sais minerais e vitaminas para todas as faixas etárias, especialmente desenvolvidas para fornecer macronutrientes como carboidratos, ácidos graxos essenciais, proteínas e micronutrientes como vitaminas e sais minerais em quantidades e proporções diferenciadas, de acordo com o quadro nutricional e a faixa etária do indivíduo. A forma preferencial de apresentação do suplemento alimentar ou alimento fortificado é no formato de paçoca, podendo outras formas de apresentação serem utilizadas, excetuando a forma de pasta. O produto de acordo com a invenção possui grande versatilidade, pois pode variar sua composição e quantidade dos seus constituintes e atender diferentes públicos e demandas. A presente invenção situa-se no campo da nutrição, notadamente onde deverão ser produzidos para uso humano.

Description

FORMULAÇÕES, MISTURAS, COMPOSIÇÕES DE ALIMENTOS FORTIFICADOS E/OU SUPLEMENTO ALIMENTARES, INDICADOS PARA SUBNUTRIÇÃO, DESNUTRIÇÃO, PREVENÇÃO DA DESNUTRIÇÃO E/OU NUTRIÇÃO GERAL À BASE DE SEMENTES E/OU FRUTOS OLEAGINOSOS FORTIFICADOS COM SAIS MINERAIS E VITAMINAS
[0001] A presente invenção trata de formulações, misturas, composições de alimentos fortificados ou suplemento alimentares, indicados para subnutrição, desnutrição, prevenção da desnutrição ou nutrição geral como alimento à base de sementes e/ou frutos de oleaginosas desenvolvidas para fornecer macronutrientes como carboidratos, ácidos graxos essenciais, proteínas, e micronutrientes como vitaminas e sais minerais em quantidades e proporções diferenciadas, de acordo com o quadro nutricional e a faixa etária do indivíduo. O produto supracitado permite atingir mercados que demandam a existência de um alimento que seja de fácil aplicação e consumo. De acordo com a invenção, o produto possui também uma importante versatilidade, podendo gerar a partir da composição base um número enorme de apresentações, para todos os gostos e necessidades. De forma particular, a presente invenção pretende atender as demandas geradas pelas organizações humanitárias e governos que tenham trabalhos de combate e prevenção à desnutrição. A presente invenção se situa nos campos da nutrição, notadamente onde deverão ser produzidos para uso humano.
DESCRIÇÃO DO ESTADO DA TÉCNICA
[0002] A desnutrição é um estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes. Dependendo da gravidade, a doença pode ser dividida em primeiro, segundo e terceiro grau. Existem casos muito graves, cujas consequências podem chegar a ser irreversíveis, mesmo que a pessoa continue com vida. Entretanto, a desnutrição pode ser leve e traduzir-se, sem qualquer registro de sintomas, numa dieta inadequada, caracterizando um quadro de subnutrição.
[0003] Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a desnutrição contribui com mais de um terço das mortes de crianças no mundo, apesar de raramente ser listada como a principal causa.
[0004] Desde a Idade Média era conhecida a associação entre desnutrição e infecção: os portadores de peste bubônica eram reconhecidos pela desnutrição. Só em 1968 é que se comprovou que a desnutrição propiciava à infecção, observando uma diminuição da mortalidade infantil por sarampo e diarreia após um estudo que incluía a modificação feita durante cinco anos numa aldeia da Guatemala: a suplementação alimentar com farinha de peixe. Iniciaram-se então os estudos sobre a imunocompetência na desnutrição. Pesquisas mostraram que os órgãos linfoides centrais e periféricos apresentam hipotrofia ou até mesmo atrofia na desnutrição como: timo, nódulos linfáticos, baço e tonsilas palatinas (FORTE et al., 2006). Entre a inanição e a nutrição adequada há vários estados de nutrição inadequada, como a desnutrição energéticoproteica, que é a primeira causa de morte infantil nos países em desenvolvimento. Esta afecção é causada por uma ingestão inadequada de alimentos, que produz uma deficiência de proteínas e micronutrientes (nutrientes requeridos em pequenas quantidades, como vitaminas e oligoelementos). Um rápido crescimento, uma infecção, uma ferida ou uma doença crônica debilitante pode aumentar a necessidade de nutrientes, particularmente nos lactentes e crianças pequenas que já estavam desnutridos (GOULART, 1997).
[0005] A desnutrição energético-proteica crônica propicia a maior frequência de diarreias infecciosas, infecções de vias aéreas superiores (por depressão de IgA secretora), infecções por microrganismos intracelulares como vírus do sarampo, Mycobacterium tuberculosis (por diminuição da resposta celular e da atividade de fagócitos mononucleares). Todos estes fatos contribuem com a alta mortalidade e morbilidade em pacientes desnutridos (OLIVEIRA et al., 2006).
[0006] A interação sinérgica entre desnutrição e infecção é reconhecida há muito tempo com base em observações clínicas e em dados epidemiológicos. Como resultado final ocorre a potencialização de cada uma isoladamente e adicionadas entre si, sendo que a desnutrição compromete as defesas imunológicas do hospedeiro, facilitando a instalação de processos infecciosos e, por outro lado, as infecções reiteradas comprometem o estado nutricional, tornando-se um círculo vicioso (CORISH et al., 2000).
[0007] Alterações na relação nutrição e imunidade decorrente de processo infeccioso podem favorecer a desnutrição por meio de infecções intestinais capazes de alterar a absorção e a biodisponibilidade de nutrientes, de processo febril que acarreta aumento do requerimento energético e de infecções crônicas que aumentam a glicogênese e a lipogênese, alterando o metabolismo de carboidratos, lipídeos, proteínas, níveis de micronutrientes e balanço eletrolítico, além de acarretar alterações hormonais que interferem no metabolismo de nutrientes. Dependendo da gravidade da infecção e da resposta imune do hospedeiro, as alterações metabólicas decorrentes podem predispor à desnutrição aguda, à síndrome da disfunção múltipla de órgãos e à morte (CHANDRA, 1999).
[0008] Estudos recentes evidenciaram que crianças desnutridas possuem um aumento do estresse oxidativo e diminuição do sistema de defesa antioxidante em comparação com crianças saudáveis. Vários mecanismos podem levar ao estresse oxidativo em crianças desnutridas. O mais importante é a baixa ingestão de nutrientes, como carboidratos, proteínas, vitaminas, sais minerais e ácidos graxos essenciais, levando eventualmente a uma acumulação de espécies reativas de oxigênio. Por outro lado, a redução nas concentrações de vitamina A, C e E, juntamente com a deficiência de oligoelementos (selênio, zinco e cobre) foram previamente relatados em crianças com desnutrição (ASHOUR et al., 1999; TATLI et al., 2000; CATAL et al., 2007).
[0009] A razão para a diminuição da capacidade antioxidante em crianças desnutridas é o aumento da geração de espécies reativas de oxigênio. Como os antioxidantes estão envolvidos no combate do estresse oxidativo, certa quantidade é consumida e pode ser esgotada. Outra razão pode ser devido à baixa atividade da enzima superóxido dismutase (SOD), devido ao baixo nível de cobre e zinco, que são cofatores da mesma. A segunda causa de estresse oxidativo em desnutrição pode ser causado por uma ativação crônica e inespecífica do sistema imunológico, resultando em um processo de inflamação crônica.
[0010] Vários estudos constataram também, o aumento da concentração de malondialdeído, marcador de peroxidação lipídica, e de proteína carbonil, marcador de oxidação proteica, no sangue de crianças desnutridas. Estes marcadores evidenciam o desequilíbrio entre a liberação de espécies reativas de oxigênio e a capacidade de ação dos sistemas de defesa antioxidante, configurando o estresse oxidativo. O excesso de liberação de espécies reativas de oxigênio faz parte do mecanismo intermediário de várias doenças que envolvem isquemia, inflamação, trauma, doenças degenerativas e morte celular por ruptura da membrana (lipoperoxidação) e inativação enzimática (oxidação proteica) (STRAIN & BENZIE, 1989).
[0011] A diminuição dos níveis de antioxidantes pode ser atribuída ao esgotamento dos estoques destes no sangue, devido ao seu consumo durante a eliminação de radicais livres. Este quadro é atribuído a uma diminuição no fornecimento de antioxidantes na dieta, característico da desnutrição (ALY et al., 2014).
[0012] As espécies reativas de oxigênio são átomos, íons ou moléculas que contêm oxigênio com um elétron não pareado em sua órbita externa. São caracterizadas por grande instabilidade e por isso elevada reatividade, e tendem a ligar o elétron não pareado com outros presentes em estruturas próximas de sua formação, comportando-se como receptores (oxidantes) ou como doadores (redutores) de elétrons. As espécies reativas de oxigênio ocorrem como parte de processos metabólicos normais do corpo, tal como ocorre, por exemplo, durante a fagocitose realizada pelos neutrófilos, monócitos e macrófagos, no combate a microrganismos invasores (HALLIWELL et al., 1989). As reações de oxidação podem ocorrer também após exposição a fatores ambientais, tais como toxinas presentes na poluição, fumaça de cigarro e alimentos fritos.
[0013] Tendo em vista a gravidade dos problemas acarretados pela desnutrição e a necessidade de criar soluções alimentícias que sejam de baixo custo, altamente nutritivas e de fácil execução, verificou-se no estado da arte que as opções atualmente disponíveis são escassas.
[0014] A soluções inventivas atualmente disponíveis possuem limitações quando ao uso que impõe restrições ao uso doméstico dos suplementos, implicando que estes sejam geralmente administrados em unidades de saúde ou escolas para que haja êxito do tratamento.
[0015] As limitações técnicas impostas pelos produtos atualmente disponíveis abarcam diversos elementos que vão desde a necessidade de uma logística elaborada de armazenamento e distribuição dos kits de suplementos devido as condições de conservação e dificuldade de fabricação local, quanto a impossibilidade de administração doméstica devido as características dos suplementos, que ora necessitam de água tratada para recomposição de uma bebida nutritiva, ora necessitam ser incorporado em refeições.
[0016] Os suplementos atualmente utilizados por organizações como a UNICEF, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Médicos Sem Fronteira incluem o uso de sachê de micronutrientes para ser incorporado em refeições e a pasta de amendoim.
[0017] Na busca pelo estado da técnica em literaturas científica e patentária, foi encontrado o seguinte documento que trata sobre o tema.
[0018] O documento US 6,346,284 B1 revela a utilização de um alimento ou suplemento alimentar contendo no máximo 2% de água por peso, com baixa osmolaridade, estável frente a oxidação, compreendendo uma mistura de produtos alimentícios de qualidade, sendo revestido por pelo menos por uma substância rica em derivados lipídicos, opcionalmente a partir de sementes oleaginosas.
[0019] Assim, do que se depreende da literatura pesquisada, não foram encontrados documentos antecipando ou sugerindo os ensinamentos da presente invenção, de forma que a solução aqui proposta apresenta um suplemento alimentar em diferentes formas de apresentação não contemplados no documento US 6,346,284 B1, que se restringe ao uso da pasta de amendoim.
[0020] A presente invenção é preferencialmente apresentada na forma de paçoca, não excluindo outras formas de apresentação, excetuando a pasta de amendoim.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0021] A presente INVENÇÃO se refere a formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares, indicados para subnutrição, desnutrição, prevenção da desnutrição e/ou nutrição geral à base de sementes e/ou frutos de oleaginosas fortificados com sais minerais e vitaminas, indicados para combater ou prevenir diferentes quadros de desnutrição e subnutrição, causados tanto pela má alimentação, quando por doenças, tendo seu uso indicado para indivíduos a partir de 6 meses de idade em diante, assim como para idosos e gestantes, devendo a formulação ser ajustada para cada caso, podendo ser também utilizada para a nutrição do público em geral.
[0022] A presente invenção tem como base nutritiva as sementes e/ou frutos de oleaginosas, proteína do leite ou whey protein, leite em pó, carboidratos e fortificação com sais minerais e vitaminas, proporcionando um suplemento ou alimento fortificado para ser consumido após as refeições como sobremesa, por exemplo, ou como parte de programas nutricionais governamentais ou não.
[0023] As sementes e frutos de oleaginosas são de maneira geral uma saudável fonte de ácidos graxos essenciais, proteínas e fibras, sendo um importante componente alimentar na elaboração de alimentos.
[0024] Os sais minerais e vitaminas entram na composição com o intuito suplementar a alimentação dos indivíduos com esses micronutrientes.
[0025] A presente invenção pode ser apresentar de diversas formas nutritivas como: pós secos e/ou triturados, misturas alimentícias, barras contendo recheio ou não, doce de amendoim, doces à base de amendoim ou com outras sementes oleaginosas, sachês contendo a formulação na forma de pó, biscoito, chocolates e paçoca.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0026] A presente invenção trata de formulações, misturas e composições especialmente produzidas através do uso das sementes e/ou frutos de oleaginosas, como por exemplo, amendoim, avelã, castanha do Pará, castanha de caju, cacau, abóbora, amêndoas, nozes, pistache, gergelim, linhaça, pinhão, pequi, quinoa, chia, estando outras também compreendidas, em conjunto com uma rica fonte de proteínas, óleos essenciais graxos e carboidratos, fortificada com sais minerais e vitaminas em um determinada quantidade a depender da idade e do estado nutricional.
[0027] As formulações, misturas e composições poderão ter em sua constituição, diferentes fontes de proteínas, como soro de leite, leite desnatado, pó de iogurte, proteína de soja, dentre outros, podendo a fonte proteica ser tanto de origem animal, como vegetal, uma ou mais fontes de carboidratos que poderão ser farinhas e farelos de diversos tipos, como mandioca, trigo, aveia, arroz, milho, amido de batata, dentre outras.
[0028] Além disso, pode ser adoçado, se necessário, através da adição de edulcorantes como eritritol, polidextrose, xarope de glucose hidrogenada e hidrolisado de amido hidrogenado, xarope de milho rico em frutose, açúcar de cana, açúcar de beterraba, pectina e sucralose, e adoçantes como steviol, sorbitol, maltitol e xilitol.
[0029] A composição pode também conter aminoácidos, polifenóis, antioxidantes, um intensificador de sabor, um agente corante e agentes emulsificantes.
[0030] A composição da presente invenção pode ser um suplemento alimentar ou alimento fortificado. Como tal, nutrientes adicionais, como aminoácidos e antioxidantes poderão fazer parte da constituição.
[0031] A composição da presente invenção pode conter fibras que incluem fibras vegetais, tais como fibras de soja e fibras de sementes. Estes ingredientes podem ser adicionados na composição acima descrita, quer sob uma forma pura ou como um componente de uma mistura (por exemplo, um extrato de uma planta ou um animal).
[0032] O produto também pode incluir pelo menos um dos seguintes aditivos: anti-espumantes, antiumectantes, anti-aglutinantes, espessantes, gelificantes, estabilizantes, aromatizantes, umidificadores, reguladores de acidez, emulsionantes, emulcificantes, realçadores de sabor, fermentos químicos, agentes de consistência, endurecedores, texturizantes, estabilizadores da cor e espumantes.
[0033] A presente invenção possui uma forma de apresentação preferencial que é a paçoca nos seus diferentes formados, incluindo a forma de pó, explorando a riqueza da culinária de doces brasileiros, mas produzindo adaptações em relação a composição de uma paçoca convencional que possui muito açúcar e sal.
[0034] Baseando-se nesta forma de apresentação, pretende-se apresentar um suplemento alimentar ou alimento fortificado basicamente composto de amendoim torrado e triturado, misturado com proteína do leite ou whey protein, leite em pó, uma fonte de carboidratos ou adoçantes como xilitol que ajudam a combater a cárie, dentre outros, e como micronutrientes uma relação de sais minerais e vitaminas que serão apresentados mais a diante, servindo para o combate da desnutrição em diferentes faixas etárias, incluindo crianças, idosos, gestantes e para nutrição da população em geral.
[0035] Apesar de detalhada a invenção, é importante entender que a mesma não se limita sua aplicação aos detalhes e etapas aqui descritos. A invenção é capaz de outras modalidades e de ser praticada ou executada em uma variedade de modos e públicos.
EXEMPLO
[0036] A composição da presente invenção pode ser realizada de várias formas. Por exemplo, a composição que será apresentada a seguir tem como finalidade atender programas de combate à desnutrição infantil, apresentandose na forma de paçoca a base de amendoim, whey protein, leite em pó, maltodextrina, xilitol e sais minerais e vitaminas em quantidades usualmente empregada em diversos programas vigentes no mundo. Uma dose exemplificativa da presente composição de paçoca (20 g) inclui: 10 g amendoim moído torrado, 6 g de proteína do leite, 3 g de carboidrato, adoçante e 1 g da composição de sais minerais e vitaminas nas quantidades apresentado na Tabela 1 abaixo. Tabela 1. Exemplo de uma paçoca com composição nutricional preferencial.
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Claims (9)

  1. Formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares indicados para subnutrição, desnutrição, prevenção da desnutrição e/ou nutrição geral à base de sementes e/ou frutos oleaginosos fortificados com sais minerais e vitaminas caracterizadas por terem seu uso indicado para prevenir ou combater os diversos quadros de desnutrição e subnutrição causados pela má alimentação ou por doenças, atuando na forma de um suplemento alimentar ou alimento fortificado, sendo constituído por macronutrientes e micronutrientes, podendo ter a composição destes ajustada para atender diferentes públicos como crianças, idosos, gestantes e o público em geral.
  2. Formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares, de acordo com a reivindicação 1, caracterizadas por compreenderem ainda sementes ou frutos de oleaginosas como o amendoim, avelã, castanha do pará, castanha de caju, cacau, amêndoas, nozes, pistache, gergelim, linhaça, pinhão, quinoa, chia, estando outras sementes ou frutos de oleaginosas também compreendidas, sendo adotado, preferencialmente, o amendoim.
  3. Formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizadas por compreenderem ainda uma rica fonte de proteínas, como soro de leite, leite desnatado, leite em pó com ou sem lactose, whey protein com ou sem lactose, pó de iogurte, proteína de soja, dentre outras fontes, podendo a fonte proteica ser de origem animal ou vegetal, sendo preferencialmente escolhido para a composição o whey protein e o leite em pó.
  4. Formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizadas por compreenderem ainda uma mistura de pelo menos um produto que seja fonte de carboidratos, que poderão ser farinhas, farelos de diversos tipos, como mandioca, trigo, aveia, arroz, milho, ervilha, amido de batata, dentre outras, além de outros glicídios como glicose, sacarose, frutose, maltodextrina, eritritol e polidextrose.
  5. Formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizadas por compreenderem base de sementes ou frutos de oleaginosas, proteínas de diferentes origens e carboidratos de diferentes origens, fortificado com sais minerais e vitaminas, podendo este conjunto ser apresentado nas formas de pós, grânulos, micro e nanocápusulas, bebidas, misturas alimentícias, recheios, bolos, doces à base de amendoim ou outras sementes oleaginosas, geleias, biscoitos, cereais, chocolate, gel, paçocas de diferentes formatos, incluindo a forma de pó, barras de cereais de qualquer formas geométricas, produtos lácteos, não estando limitado a somente a estas formas de apresentação, preferencialmente na forma de apresentação paçoca.
  6. Formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizadas por compreenderem aditivos alimentares como emulsionantes, edulcorantes, corantes, aromas, antioxidantes, antiespumantes, anti-umidificantes, anti-aglutinantes, adoçantes, espessantes, gelificantes, estabilizantes, aromatizantes, umidificadores, reguladores de acidez, emulsificantes, realçadores de sabor, fermentos químicos, agentes de consistência, endurecedores, texturizantes, sequestradores, estabilizadores da cor e espumantes.
  7. Formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizadas por terem uma grande versatilidade nas apresentações, principalmente por poderem atuar em diversos tipos de desnutrições que se apresentam, sendo o cálculo das quilocalorias (kcals) baseado na gravidade do quatro nutricional do indivíduo, mas tomando como exemplo o fornecimento de 100 g do produto, não se restringindo a este valor, devendo ser empregadas as seguintes faixas de concentrações dos constituintes: 10 a 90% de sementes/frutos de oleaginosas, 5 a 50% de carboidratos de diferentes fontes, podendo ser frutose, maltodextrina, sacarose, polidextrose, por exemplo, 5 a 70% de proteínas de diferentes fontes proteicas conforme definidas na reivindicação 3 e 1 a 10% de adoçante.
  8. Formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizadas por compreenderem sais minerais e vitaminas em percentuais variáveis de acordo com a gravidade do quadro de saúde do indivíduo, sendo o valor estipulado para desnutrição infantil: gluconato de cobre (cobre - 560 mcg), acetato de vitamina A (400,0 mcg), ácido fólico (vitamina B9 - 150 mcg), iodeto de potássio (iodo - 90,0 mcg), ácido ascórbico ( vitamina C - 30,0 mg), selenito de sódio (selênio - 17,0 mcg), fumarato de ferro encapsulado ou não (ferro - 10,0 mg), niacinamida (vitamina pp 6,0 mg), colecalciferol (vitamina D - 5,0 mcg), acetato de tocoferol (vitamina E - 5 mg), gluconato de zinco (zinco 4,1 mg), cianocobalamina (vitamina B12 0,9 mcg), riboflavina (vitamina B2 0,5 mg), mononitrato de tiamina (vitamina B1 0,5 mg), cloridrato de piridoxina (vitamina B6 0,5 mg), podendo as vitaminas e sais minerais aqui apresentados serem outros ou fornecidos por outras formas de apresentação, não se restringindo a estes apresentados, podendo-se também variar seus percentuais de acordo com o público-alvo, faixa etária e grau de desnutrição.
  9. Formulações, misturas, composições de alimentos fortificados e/ou suplemento alimentares, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizadas por compreenderem aminoácidos contidos no bcaa (leucina, isoleucina, valina) e glutamina para constituir um suplemento alimentar voltado para atletas a ser utilizado em pré e pós treinos, podendo ter em sua constituição em termos percentuais em relação a formulação base de 1 a 30% de glutamina e de 1 a 30% de bcaa, podendo ser admitido também a inserção de antioxidantes que potencializam a performance atlética.
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