BR102020010789A2 - Sistema e método de ventilação de fluxo contínuo - Google Patents

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Marcelo Alcantara Holanda
Jorge Eduardo Meschiatti
Jorge Bonassa
Adriano De Lima Santos
Levi Girardi
Nagib Nassif Filho
Walmor Georgio De Paula
Júlio Américo Gonzalez
Jorge Luis Dos Santos Valiatti
Luiz Fernando Dos Reis Falcão
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Questtonó Consultoria De Inovação Ltda
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Abstract

sistema e método de ventilação de fluxo contínuo. a presente invenção se destina a prover ventilação pulmonar mecânica de forma invasiva ou não invasiva, a partir de fontes de ar comprimido e oxigênio, através de dois fluxômetros (1 e 2) que proporcionam um fluxo total fornecido ao paciente através do ramo inspiratório de um circuito respiratório, onde na entrada do ramo inspiratório é conectada em paralelo uma válvula de alívio de pressão (4) e uma válvula unidirecional anti-asfixia (11), no extremo do ramo expiratório é conectada uma válvula de exalação (14), do tipo de diafragma acionado por pressão piloto (200), e após a válvula de exalação uma válvula de peep (15), que mantém a via expiratória (140) parcialmente fechada resultando em uma pressão positiva constante no interior do circuito, transmitida ao paciente e elevando sua capacidade residual funcional, assim, o paciente ao exercer um esforço irá inspirar a partir do fluxo contínuo circulando pelo circuito que, través do acionamento de uma pressão piloto (200) é realizado o fechamento da válvula de exalação (14), direcionando o ar para o interior dos pulmões do paciente, em um ciclo respiratório mandatório, a atuação dessa pressão piloto (200) é realizada por um módulo de controle (20), que permite ajustar o tempo e a frequência dos ciclos mandatórios, que terão sua pressão limitada pela válvula (6) no ramo inspiratório (120); sendo o módulo de controle (20), dotado de um painel de controles (19) responsável pelos ajustes de monitoração e alarmes com uma interface de fácil compreensão e leitura, que orienta o usuário nos ajustes requeridos em função do gênero e altura do paciente.

Description

SISTEMA E MÉTODO DE VENTILAÇÃO DE FLUXO CONTÍNUO
[01] A presente invenção se destina a prover ventilação pulmonar mecânica de forma invasiva ou não invasiva, a partir de fontes de ar comprimido e oxigênio, através de fluxômetros conectados à essas fontes. A ventilação mecânica dos pacientes é requerida em situações onde a função pulmonar se encontre deteriorada, como na insuficiência respiratória aguda, ou mesmo outros quadros respiratórios como asma e doença obstrutiva pulmonar crônica. Também pode ser requerida em quadros onde existe um comprometimento dos músculos respiratórios.
FUNDAMENTOS DA TÉCNICA
[02] A ventilação pulmonar mecânica é usualmente realizada por ventiladores pulmonares do estado da técnica, que geralmente utilizam as fontes de ar comprimido e oxigênio da rede hospitalar, ou mesmo incorporam turbinas e/ou compressores. Esses equipamentos dispõem de válvulas que controlam o fluxo e a mistura de ar e oxigênio, geralmente servo controladas a partir de sensores de fluxo, pressão e eventualmente oxigênio. A partir dessa concepção permitem administrar diversas formas de ciclos respiratórios, bem como monitorar digital e graficamente os parâmetros ventilatórios.
[03] Os ventiladores pulmonares são equipamentos complexos, que requerem uma infraestrutura apropriada e pessoal qualificado para sua utilização e manutenção. Em 2010 a Organização Mundial da Saúde publicou um relatório onde descreve o cenário global dos equipamentos médicos, ressaltando o fato de que os equipamentos projetados para funcionarem e atenderem os países desenvolvidos, raramente são disponíveis ou mesmo apropriados para uso nos países menos desenvolvidos. Nesse relatório são ressaltados 4 aspectos: Acessibilidade, Disponibilidade, Adequação e Custo dos equipamentos médicos.
[04] A ocorrência da pandemia do Corona vírus em 2020, expôs a fragilidade do sistema de saúde em todo o mundo, e principalmente a falta de ventiladores pulmonares e a dificuldade de suprimento desses equipamentos mesmo em países desenvolvidos.
[05] A extrema complexidade dos ventiladores pulmonares se tornou um impeditivo para que o acesso a esses equipamentos pudesse ocorrer de forma mais rápida e democrática. Revelou-se a inexistência ou escassez de dispositivos que atendam às necessidades clínicas, mas de forma mais simples, mais rápida, com menores custos e que apresentem uma facilidade de uso e segurança adequadas para serem utilizadas por profissionais com menos capacitação.
ESTADO DA TÉCNICA
[06] Um exemplo dos ventiladores do estado da técnica é apresentado na patente DeVries et al US5.881,722. Apesar dos inúmeros recursos e sistema de monitoração e alarmes, a complexidade do sistema e de sua interface têm contribuído para a ocorrência de erros humanos devido à excessiva carga cognitiva imposta ao operador.
[07] Ventiladores de concepção mais simples são os utilizado para aplicação de ventilação não invasiva, conforme descrito na patente de Hete et al US5.701.883 que utilizam o princípio de fluxo contínuo, geralmente gerado por uma turbina interna. Nessas situações o paciente apresenta capacidade muscular para exercer e manter a respiração espontânea, e o suporte ventilatório é requerido para manter uma pressão constante na via aérea, aumentando a capacidade residual funcional e otimizando as trocas gasosas. Nesses casos as concentrações de oxigênio requeridas são menores, e muitas vezes obtidas apenas com a suplementação de um fluxo de oxigênio no próprio circuito respiratório. Esse tipo de ventiladores apresenta concepção mais simples, entretanto não permite controles mais precisos de volume e FiO2.
[08] Outro tipo de ventilador são os empregados para aplicação neonatal e pediátrica, conforme descrito por Bonassa na patente US005.303.699. Nesse tipo de ventilador é utilizado um sistema de fluxo contínuo, a partir das fontes de ar e oxigênio previamente misturadas em uma válvula de ajuste concentração de oxigênio. É uma concepção adequada para os pacientes neonatais pois disponibiliza fluxo para atender a tênue respiração do paciente neonatal com mínimo esforço, além de compensar vazamentos associados à intubação desses pacientes. Esses ventiladores possuem concepção mais simples e maior facilidade de uso, mas não são indicados para ventilação de pacientes adultos com modalidades ventilatórias controladas por volume.
OBJETIVOS DA INVENÇÃO
[09] Considerado os aspectos discutidos, a o sistema de ventilação objeto dessa patente procura atender aos requisitos de desempenho, custos, simplicidade, facilidade de uso e segurança, apropriados para a ventilação mecânica dos pacientes adultos como alternativa aos ventiladores pulmonares do estado da técnica, sendo ainda, mais apropriados para serem utilizados regiões onde as restrições de infraestrutura, econômicas e de mão de obra especializada, sejam um impeditivo para o uso dos ventiladores do estado da técnica.
[010] O sistema de ventilação apresenta uma configuração que contribui para simplificação do processo de suporte ventilatório: o ajuste de fluxo é feito de forma clara e intuitiva para o usuário, através da visualização efetiva dos fluxos de ar e oxigênio administrados ao paciente por meio de fluxômetros, dando segurança principalmente ao usuário menos experiente; o ajuste das pressões é realizado pelo ajuste de válvulas limitadoras de pressão no circuito respiratório.
[011] O sistema apresenta um módulo de controle, monitoração e alarmes com uma interface de fácil compreensão e leitura, que orienta o usuário nos ajustes requeridos em função do gênero e altura do paciente. Conforme será apresentado detalhadamente, permite o ajuste adequado dos principais parâmetros requeridos para o tratamento de pacientes adultos com insuficiência respiratória: Concentração de Oxigênio na mistura; Volume corrente infundido ao paciente; manutenção dos níveis de pressão expiratória PEEP; limite da pressão inspiratória; controle dos tempos inspiratório/expiratório e da Frequência respiratória.
[012] O sistema de ventilação da presente invenção emprega o fluxo contínuo, proveniente das fontes de ar comprimido e oxigênio da rede de fornecimento do hospital, ou a partir de compressor e/ou concentrador de oxigênio, através de fluxômetros calibrados, e utiliza também um circuito respiratório com válvulas limitadoras de pressão e de exalação, comumente utilizadas e disponíveis o mercado para terapia respiratória.
[013] Mais precisamente, nesse sistema, a mistura do ar e do oxigênio provenientes dos fluxômetros, resultando em um fluxo total com concentração de oxigênio resultante da proporção entre os fluxos ajustados, é fornecida ao paciente através do ramo inspiratório de um circuito respiratório, onde na entrada do ramo inspiratório é conectada em paralelo uma válvula e alívio de pressão e uma válvula unidirecional anti-asfixia.
[014] O ramo inspiratório do circuito ligado à uma das vias de um conector Y, a outra via conectada ao ramo expiratório e a via central do Y conectada ao tubo de acesso às vias aéreas do paciente. No extremo do ramo expiratório é conectada uma válvula de exalação, do tipo de diafragma acionado por pressão piloto, e após a válvula de exalação uma válvula de PEEP, que mantém a via expiratória parcialmente fechada por ação de uma mola atuando sobre um diafragma em um bocal, resultando em uma pressão positiva constante no interior do circuito transmitida ao paciente e elevando sua capacidade residual funcional.
[015] O paciente ao exercer um esforço irá inspirar a partir do fluxo contínuo circulando pelo circuito. Através do acionamento de uma pressão piloto é realizado o fechamento da válvula de exalação, direcionando o ar para o interior dos pulmões do paciente, em um ciclo respiratório mandatório. A atuação dessa pressão piloto é realizada por um módulo de controle, que permite ajustar o tempo e a frequência dos ciclos mandatórios, que terão sua pressão limitada pela válvula no ramo inspiratório.
[016] Essa concepção, pormenorizada a seguir, permite a administração da ventilação mecânica atendendo aos requisitos inicialmente apresentados, de concentração de oxigênio, volume, e frequência respiratória, além dos requisitos de segurança necessários. A concepção da presente invenção, utilizando fluxo contínuo, além dos requisitos anteriormente elencados, é particularmente adequada para utilização de interfaces como o elmo ou capacete (helmet), que permitem a ventilação não invasiva com melhor adaptação do paciente, ou ainda a utilização de sistemas com cânulas nasais de alto fluxo.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS
[017] Fig. 1: Desenho esquemático do sistema de ventilação;
[018] Fig. 2: Vista em corte da válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP”;
[019] As figuras 3 a 8 mostram as telas da interface do sistema de ventilação, sendo:
[020] Fig. 3: Tela de configurações iniciais da interface do sistema de ventilação para ajuste de acordo com as características do paciente;
[021] Fig. 4: Tela de configurações iniciais para ajuste dos fluxômetros;
[022] Fig. 5: Tela de configuração para ajuste dos alarmes;
[023] Fig. 6: Tela de controle principal o;
[024] Fig. 7: Tela com indicação de condição de alarme; e
[025] Fig. 8: Tela com monitoração gráfica da curva de pressão.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[026] Conforme representado através do esquema mostrado na figura 1, o sistema de ventilação objeto da presente invenção é constituído de dois fluxômetros (1 e 2) ligados respectivamente às redes de Ar e Oxigênio medicinais, sendo a saída dos fluxômetros interligadas por uma conexão “Y” (100) e conectadas na entrada (3) do circuito respiratório, por sua vez interligada a duas vias em paralelo, a principal direcionada para a saída (12) conectada ao tubo da via inspiratória (120) do circuito de ventilação, e em paralelo conectado à uma válvula limitadora de pressão inspiratória (4) e à uma válvula unidirecional inspiratória (11); a outra via interligada através de uma válvula (6), acionada pela pressão piloto (200) do módulo de controle (20), por sua vez ajustada por uma válvula reguladora de pressão (16) ligada à um solenoide (17), acionada pela central de processamento do módulo de controle (20), de acordo com os parâmetros de frequência respiratória e tempo inspiratório ajustados em um painel de controles (19), que permanece aberta durante a fase expiratória e fechada durante a fase inspiratória, e quando aberta, permite que o fluxo contínuo dos fluxômetros (1 e 2) seja dirigido através da via com a válvula limitadora de pressão expiratória (5) e válvula unidirecional (7) para enchimento da bolsa flexível de 2L (9) ligada à via por meio de um conector (8), e retornando à via principal através da válvula unidirecional (10), sendo que a pressão de enchimento da bolsa flexível é determinada pelo valor da pressão expiratória ajustada no circuito pela válvula (15), e no caso de uma obstrução do circuito expiratório, limitado pela válvula (5), ajustada em um valor de pressão superior à da válvula (15), por exemplo, em 20cmH2O.
[027] O tubo inspiratório (120) é ligado através de um conector “Y” (13) ao paciente e a outra via do conector “Y” (13) é ligada ao tubo expiratório (140), sendo a outra extremidade do ramo expiratório conectado à uma válvula expiratória (14), acionada em paralelo com a válvula (6) pela pressão piloto (200) do módulo de controle (20) de acordo com os parâmetros de frequência respiratória e tempo inspiratório, conectada por sua vez à uma válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP” (Positive End Expiratory Pressure) (15), sendo que a pressão proximal, medida no conector “Y” (13) é transmitida ao módulo de controle (20) e conectada à um sensor de pressão (18) para monitoração e acionamento dos alarmes ajustados no painel de controles (19).
[028] Através dessa configuração é possível a administração da ventilação mecânica do paciente utilizando o fluxo contínuo proveniente dos fluxômetros de ar e oxigênio (1 e 2). O controle da FiO2 da mistura ar/oxigênio é obtido pelo ajuste dos fluxos de ar e oxigênio de acordo com uma relação estabelecida em função da FiO2 e do fluxo total desejados:
[029] FiO2= (FluxoO2 + 0,21 . FluxoAr)/(FluxoO2 + FluxoAr)
[030] Fluxo Total= FluxoO2 + FluxoAr
[031] Esses valores são calculados e apresentados por meio de função no próprio módulo de controle.
[032] Durante a fase expiratória do ciclo respiratório, as válvulas (6 e 14) permanecem abertas, permitindo a passagem do fluxo contínuo tanto para a válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP” (15) como para a bolsa flexível de 2L (9), sendo que a válvula de “PEEP” (15) por meio de uma mola (33) atuando sobre um diafragma (40), irá manter uma pressão expiratória final positiva “PEEP” no circuito de acordo com o ajuste do operador, sendo essa pressão ajustável, por exemplo, de 5 a 20 cmH2O.
[033] Uma configuração preferencial da válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP” (15) é apresentada na figura 2, que prevê uma via de entrada (31), obedecendo o padrão de 22mm/15mm para conexão em circuitos respiratórios, esta via de entrada (31) se prolongando até um bocal (32), onde se assenta um diafragma flexível (40), pressionado pela força de uma mola (33), montada entre dois apoios (34 e 35), sendo que o primeiro apoio (34) se assenta sobre o diafragma e, o segundo apoio (35) se desloca guiado pelos batentes (36) da parte superior da válvula (37), em função da rotação de um eixo roscado (38) pela atuação do operador no botão de regulagem rotativo “knob” (39), sendo que a passagem do fluxo através do bocal (32) irá ocorrer quando a pressão no interior da câmara de entrada (31 a 32) igualar o valor da pressão gerada pelo mecanismo da mola (33) sobre o diafragma (40), e o gás será exalado pela via de exalação (41), com conexão fêmea de 22mm padrão do circuito respiratório.
[034] A válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP” (15), de acordo com a configuração descrita, apresenta a vantagem de isolar o gás do circuito respiratório em relação ao ambiente, particularmente adequada em situações onde existe o risco de contaminação, particularmente superior às válvulas do estado da técnica, cuja exaustão dos gases ocorre através de orifícios muitas vezes sobre o próprio botão de controle.
[035] Durante a fase inspiratória, ambas as válvulas (6 e 15) são fechadas, de acordo com os ajustes de tempo inspiratório e frequência respiratória ajustadas no módulo de controle (20), sendo todo fluxo contínuo direcionado através da via inspiratória (120) para o paciente, e a pressão no sistema irá se elevar à medida que ocorre a insuflação do pulmão do paciente. O fluxo total resultante dos ajustes dos fluxômetros de ar e oxigênio (1 e 2) e o tempo inspiratório programado, irão determinar o volume corrente inspirado (Vol = Fluxo. Tinsp). A relação entre o volume, o fluxo e o tempo inspiratório podem ser obtidos em uma tabela ou por meio de função do próprio módulo de controle.
[036] Volume(L) = Fluxo (L/min) x Tinsp (s)/60
[037] Em função da mecânica respiratória do paciente, a pressão da via aérea irá se elevar (Pva=R.Fluxo+Vol/C), podendo atingir o limite ajustado na válvula limitadora da pressão inspiratória “VLPinsp” (4), e uma vez atingido esse limite sendo mantido nesse valor até o final do tempo inspiratório, sendo que o funcionamento da válvula limitadora da pressão inspiratória “VLPinsp” (4) é análogo ao da válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP” (15), e deve ser capaz de gerar uma pressão ajustável de 15 a 35cmH2O.
[038] Ao final do tempo inspiratório ajustado, ambas as válvulas (6 e 15) são abertas, permitindo a pressão na via aérea diminuir ao nível ajustado pela válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP” (15) e à exalação do volume inspirado pelo paciente, e simultaneamente o enchimento da bolsa flexível de 2L (9).
[039] O paciente poderá respirar espontaneamente em todas as fases do ciclo respiratório, sendo que durante a fase expiratória, ou no aparelho de pressão positiva contínua nas vias aéreas “CPAP” (Continuous Positive Airway Pressure), através do fluxo contínuo e caso exceda o fluxo ajustado poderá inspirar através da válvula unidirecional inspiratória (10) a partir do volume reservado na bolsa flexível (9) na concentração de oxigênio ajustada, e caso ocorra total ausência de gases, poderá respirar pela válvula anti-asfixia (11) do ar ambiente, e da mesma forma durante a fase inspiratória caso o esforço inspiratório do paciente exceda o fluxo ajustado, também poderá inspirar o gás de reserva acumulado na bolsa flexível (9) quando a pressão na via aérea cair ao nível de pressão expiratória final positiva “PEEP” ajustada.
[040] O início dos ciclos respiratórios pode ser acionado em função da frequência respiratória ajustada, configurando um ciclo controlado, ou então sempre que o paciente exercer um esforço inspiratório detectado pelo sistema através da queda de pressão nas vias aéreas de um determinado valor abaixo da pressão expiratória “PEEP” monitorada pelo sensor de pressão (18) do módulo de controle (20), configurando um ciclo assistido.
[041] O Módulo de Controles (20) incorpora o painel de controles (19) constituído, por exemplo, por um display gráfico com tela touchscreen e interface (Figuras 3 a 8) que auxilia o operador na programação da ventilação mecânica de acordo com as características do paciente, mais especificamente, sexo e altura, definindo o volume corrente adequado a partir da fórmula de DeVine para determinação do peso ideal baseado na altura, e a partir do peso ideal, o volume corrente utilizando a relação volume (ml) : peso ideal (kg), clinicamente estabelecida em função da estratégia ventilatória, por exemplo, 6ml/kg para ventilação com estratégia protetora (Figura 3).
[042] Fórmula de DeVine (Devine BJ. Gentamicin therapy. Drug Intell Clin Pharm 1974;8:650–5):
[043] PESO IDEAL (Kg) em função da Altura (cm):
[044] MASCULINO: Peso ideal (kg) = 50 + 0.91 x (Altura - 152.4);
[045] FEMININO: Peso Ideal (kg) = 45.5 + 0.91 x (Altura - 152.4).
[046] A sequência de telas principais da interface gráfica está apresentada nas figuras 3 a 8. A partir da definição do volume corrente “Vc”, o usuário define a concentração desejada para a mistura, e é orientado a ajustar os fluxômetros de ar e oxigênio (1 e 2) adequados (Figura 4). Na sequência o usuário é instruído a ajustar os alarmes, partindo de configurações sugeridas (Figura 5). Na sequência é iniciada a ventilação mecânica de acordo com os ajustes realizados, e monitorada em uma tela de controles (Figura 6). A ocorrência de uma situação de alarme é indicada em conformidade com as normas aplicáveis (figura 7), e a monitoração da pressão pode ser visualizada em um monitor gráfico (figura 8).

Claims (6)

  1. “SISTEMA DE VENTILAÇÃO DE FLUXO CONTÍNUO”, que se destina a prover ventilação pulmonar mecânica de forma invasiva ou não invasiva, a partir de fontes de ar comprimido e oxigênio, através de dois fluxômetros (1 e 2) ligados respectivamente às redes de ar e oxigênio medicinais, caracterizado por estarem interligadas por meio de uma conexão em “Y” (100) e conectadas na entrada (3) de um circuito de ventilação que é interligado a duas vias em paralelo, sendo a via principal direcionada para uma saída (12) conectada ao tubo da via inspiratória (120) e, em paralelo conectado à uma válvula limitadora de pressão inspiratória (4) e à uma válvula unidirecional inspiratória (11); a outra via interligada através de uma válvula (6), acionada pela pressão piloto (200) do módulo de controle (20), por sua vez ajustada por uma válvula reguladora de pressão (16) ligada à um solenoide (17), acionada pela central de processamento do módulo de controle (20), de acordo com os parâmetros de frequência respiratória e tempo inspiratório ajustados em um painel de controles (19), que permanece aberta durante a fase expiratória e fechada durante a fase inspiratória, e quando aberta, permite que o fluxo contínuo dos fluxômetros (1 e 2) seja dirigido através da via com a válvula limitadora de pressão expiratória (5) e válvula unidirecional (7) para enchimento da bolsa flexível de 2L (9) ligada à via por meio de um conector (8), e retornando à via principal através da válvula unidirecional (10), sendo que a pressão de enchimento da bolsa flexível é determinada pelo valor da pressão expiratória ajustada no circuito pela válvula “PEEP” (15), e no caso de uma obstrução do circuito expiratório, limitado pela válvula (5), ajustada em um valor de pressão superior à da válvula “PEEP” (15); o tubo inspiratório (120) é ligado através de um conector “Y” (13) ao paciente e a outra via do conector “Y” (13) é ligada ao tubo expiratório (140), sendo a outra extremidade do ramo expiratório conectado à uma válvula expiratória (14), acionada em paralelo com a válvula (6) pela pressão piloto (200) do módulo de controle (20) de acordo com os parâmetros de frequência respiratória e tempo inspiratório, conectada por sua vez à uma válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP” (15), sendo que a pressão proximal, medida no conector “Y” (13) é transmitida ao módulo de controle (20) e conectada à um sensor de pressão (18) para monitoração e acionamento dos alarmes ajustados no painel de controles (19).
  2. “SISTEMA DE VENTILAÇÃO DE FLUXO CONTÍNUO”, de acordo com a reivindicação 1, para que o fluxo de gás do circuito respiratório possa ser isolado em relação ao ar ambiente, caracterizado por ser a válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP” (15) dotada de uma via de entrada (31) que se prolonga até um bocal (32), onde se assenta um diafragma flexível (40), pressionado pela força de uma mola (33), montada entre dois apoios (34 e 35), sendo que o primeiro apoio (34) se assenta sobre o diafragma e, o segundo apoio (35) se desloca guiado pelos batentes (36) da parte superior da válvula (37), em função da rotação de um eixo roscado (38) pela atuação do operador no botão de regulagem rotativo “knob” (39), sendo que a passagem do fluxo através do bocal (32) irá ocorrer quando a pressão no interior da câmara de entrada (31 a 32) igualar o valor da pressão gerada pelo mecanismo da mola (33) sobre o diafragma (40), e o gás será exalado pela via de exalação (41).
  3. “MÉTODO DE VENTILAÇÃO DE FLUXO CONTÍNUO” de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por permitir que a administração da ventilação mecânica do paciente seja realizada utilizando o fluxo contínuo proveniente dos fluxômetros de ar e oxigênio (1 e 2) com valores sendo calculados e apresentados por meio de função no módulo de controle (20), onde o controle da FiO2 da mistura de ar e oxigênio é obtido pelo ajuste dos fluxos de ar e oxigênio de acordo com uma relação estabelecida em função da FiO2 e do fluxo total desejados:
    FiO2= (FluxoO2 + 0,21 . FluxoAr)/(FluxoO2 + FluxoAr)
    Fluxo Total= FluxoO2 + FluxoAr
  4. “MÉTODO DE VENTILAÇÃO DE FLUXO CONTÍNUO”, de acordo com as reivindicações 1, 2 e 3, caracterizado por permitir que durante a fase expiratória do ciclo respiratório as válvulas (6 e 14) permanecem abertas, permitindo a passagem do fluxo contínuo, tanto para a válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP” (15) como para a bolsa flexível de 2L (9), sendo que a válvula de “PEEP” (15), por meio de uma mola (33) atuando sobre um diafragma (40), irá manter uma pressão expiratória final positiva “PEEP” no circuito de acordo com o ajuste do operador, sendo essa pressão ajustável, preferencialmente de 5 a 20 cmH2O.
  5. “MÉTODO DE VENTILAÇÃO DE FLUXO CONTÍNUO”, de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por permitir que durante a fase inspiratória, ambas as válvulas (6 e 15) sejam fechadas, de acordo com os ajustes de tempo inspiratório e frequência respiratória ajustadas no módulo de controle (20), sendo todo fluxo contínuo direcionado através da via inspiratória (120) para o paciente, e a pressão no sistema irá se elevar à medida que ocorre a insuflação do pulmão do paciente; o fluxo total resultante dos ajustes dos fluxômetros de ar e oxigênio (1 e 2) e o tempo inspiratório programado, irão determinar o volume corrente inspirado (Vol = Fluxo. Tinsp); a relação entre o volume, o fluxo e o tempo inspiratório podem ser obtidos em uma tabela ou por meio de função do próprio módulo de controle (20), sendo: Volume(L) = Fluxo (L/min) x Tinsp (s)/60; em função da mecânica respiratória do paciente, a pressão da via aérea irá se elevar (Pva=R.Fluxo+Vol/C), podendo atingir o limite ajustado na válvula limitadora da pressão inspiratória (4) e, uma vez atingido esse limite sendo mantido nesse valor até o final do tempo inspiratório, sendo que o funcionamento da válvula limitadora da pressão inspiratória (4) é análogo ao da válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP” (15) e, deve ser capaz de gerar uma pressão ajustável de 15 a 35cmH2O; ao final do tempo inspiratório ajustado, ambas as válvulas (6 e 15) são abertas, permitindo a pressão na via aérea diminuir ao nível ajustado pela válvula de pressão expiratória final positiva “PEEP” (15) e à exalação do volume inspirado pelo paciente, e simultaneamente o enchimento da bolsa flexível de 2L (9).
  6. “MÉTODO DE VENTILAÇÃO DE FLUXO CONTÍNUO”, de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizado por permitir que paciente possa respirar espontaneamente em todas as fases do ciclo respiratório através da válvula unidirecional inspiratória (10) a partir do volume reservado na bolsa flexível (9) na concentração de oxigênio ajustada. 7) “MÉTODO DE VENTILAÇÃO DE FLUXO CONTÍNUO”, de acordo com as reivindicações 1 a 5, caso ocorra total ausência de gases, caracterizado por permitir que paciente possa respirar pela válvula anti-asfixia (11) do ar ambiente, e da mesma forma durante a fase inspiratória caso o esforço inspiratório do paciente exceda o fluxo ajustado, permitindo também que o paciente possa inspirar o gás de reserva acumulado na bolsa flexível (9) quando a pressão na via aérea cair ao nível de pressão expiratória final positiva “PEEP” ajustada.
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