BR102019011351A2 - Equipamento de ciclagem aplicado nos ensaios de flexão, em seção isolante de material compósito sujeito à fadiga - Google Patents

Equipamento de ciclagem aplicado nos ensaios de flexão, em seção isolante de material compósito sujeito à fadiga Download PDF

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resumo equipamento de ciclagem aplicado nos ensaios de flexão, em seção isolante de material compósito sujeito à fadiga o seguinte resumo para invenção se refere ao desenvolvimento de equipamento de ciclagem aplicado nos ensaios de flexão, em seção isolante de material compósito sujeito à fadiga, por exemplo, nos braços isolados de equipamentos de elevação de pessoas nos trabalhos em alturas, sendo que dito equipamento compreende uma primeira estrutura (a) que emprega uma bancada de apoio e fixação (2), onde se fixa a lança de material compósito (1) para teste, sendo que dita lança (1) é mantida presa entre o fixador superior (3) e o fixador inferior (4), estando dita bancada de apoio e fixação (2) solidária à coluna de sustentação (8) que se apoia à base de sustentação (9), sendo que cooperando com a primeira estrutura (a) existe uma segunda estrutura (b) montada sobre trilhos (5), onde esta segunda estrutura (b) é capaz de se deslocar pelos ditos trilhos (5), de modo a se aproximar ou afastar-se da primeira estrutura (a).

Description

EQUIPAMENTO DE CICLAGEM APLICADO NOS ENSAIOS DE FLEXÃO, EM SEÇÃO ISOLANTE DE MATERIAL COMPÓSITO SUJEITO À FADIGA CAMPO TÉCNICO
[001] O seguinte relatório descritivo para invenção se refere ao desenvolvimento de equipamento de ciclagem aplicado nos ensaios de flexão, em seção isolante de material compósito sujeito à fadiga, por exemplo, nos braços isolados de equipamentos de elevação de pessoas nos trabalhos em alturas.
ESTADO DA ARTE
[002] Para abordar o estado da arte, deve-se entender as principais características e evolução dos compósitos, de modo a compreender os processos de fabricação de lanças construídas com materiais compósitos para aplicação em equipamentos de elevação de pessoas no trabalho em alturas, muito utilizado na manutenção de linhas energizadas, chegando aos equipamentos de alta confiabilidade.
[003] Sabe-se da necessidade de fornecer eletricidade e/ou evitar os desligamentos para manutenção de linhas energizadas evitando grandes perdas para tais usuários. Por tais razões, os equipamentos de trabalho em altura devem cumprir com as norma vigentes, sendo que para isso, se faz necessário trabalhar com elevado coeficiente de segurança e grande confiabilidade estrutural, sendo necessário investir em tecnologias, valendo-se de computadores, rotinas de trabalho, processos de fabricação, instrumentos de testes, tais como ensaios não destrutivos (END) e ensaios destrutivos (ED) para avaliar os limites de resistência dos materiais, garantindo a integridade de tais equipamento no trabalho em alturas em redes energizadas.
[004] Um método para resolver este problema é usar dispositivos de controle de materiais e dos processos de fabricação dos componentes de fibra de vidro isolante (componentes de plástico reforçado - FRP). Isto é importante, pois o FRP é um material relativamente novo, quando comparado com os metais, suas características de desempenho não são tão amplamente compreendidas, saber algo sobre a evolução destes materiais compósitos, sua história, combinado com conhecimento básico de design, fabricação e problemas de qualidade, cabendo aos usuários fazerem suas escolhas com base nas informações cedidas pelos respectivos fabricantes, para usar os equipamentos de trabalho em alturas com lanças de FRP.
[005] Na década de 1920, começaram os estudos para o uso potencial da fibra de vidro como material estrutural, ampliando os horizontes da engenharia, pois, conforme relatos, um dos pontos fortes das fibras de vidro estiradas até 900.000 psi (6000 Mpa) é sua resistência à corrosão. No entanto, o uso de fibra de vidro não se tornou comum até o final da década de 1940. Uma grande vantagem no uso destes materiais compósitos é a natureza de ser resistente a corrosão e baixo coeficiente de condutividade elétrica.
[006] Em poucos anos, passou a ser um dos melhores materiais devido as excelentes propriedades dielétricas dos materiais FRP e estavam sendo usadas com vantagem para trabalhar nas linhas de redes de distribuição de energia. As primeiras lanças foram feitas artesanalmente a mão, usando-se mantas de fibra de vidro impregnada de resina de poliéster, obtendo-se bom resultado no isolamento e na resistência estrutural dos equipamentos. Com o passar do tempo, foram desenvolvidos novos métodos de fabricação das lanças, substituindo o alumínio e/ou aço pelo compósito (fibra de vidro impregnada com resina de poliéster) como elemento estrutural e isolante. Ao longo dos anos, as práticas de trabalho em linha viva evoluíram, operando em tensões elevadas, na distribuição e nas linhas de transmissão energizadas. Os equipamentos para trabalho em alturas também evoluíram continuamente ao longo do tempo, através de novos desenhos para o atendimento às normas reguladoras, impulsionando a necessidade de fornecer equipamentos de acesso seguro para o contratante e/ou usuários dos serviços ao potencial. Entre as mais recentes melhorias, está o refinamento de design e evolução das normas, apelo este que está elevando os fatores de segurança das máquinas que podem fornecer acesso sem a necessidade de barreiras para desviar o tráfego, nem a interrupção das redes, nem desligamento das linhas de transmissão.
[007] Outra melhoria importante são os projetos das novas lanças mais leves, com alta rigidez dielétrica e que são menos susceptíveis as descargas elétricas em árvores ou fios nas áreas de trabalho. A evolução dos materiais compósitos propiciou produzir lança isolante para ambos os braços mais reforçadas, capaz de fornecer isolamento do chassi. Isso oferece maior proteção no caso de contato na parte inferior do equipamento.
[008] Todas essas melhorias foram moldadas pela experiência de campo, surgindo novos projeto de lança de FRP, métodos de produção e testes amadureceram muito nas últimas décadas. ANSI, que define padrões nos EUA, atualmente aos poucos foram chegando no Brasil, determinando novas regras, periodicamente submetidos aos testes dielétricos, bem como a definição de novos fatores de segurança operacional e estruturais, aumentando a segurança operacional do equipamento e do usuário, aumentou o nível de confiança e segurança das concessionárias que utilizam equipamentos dotados de lanças de FRP. As poucas falhas estruturais que ocorreram nas últimas décadas foram atribuídas a sobrecarga e/ ou fadiga de lanças que não atendiam as normas nem tinham boa resistência à fadiga.
[009] À medida que os materiais evoluem, se faz necessário atualizar os processos de fabricação, de forma a atender a legislação vigente que garanta a segurança na operação de equipamentos de elevar pessoas nos trabalhos em alturas, que trabalhem em redes elétricas energizadas.
[010] As estruturas mistas, fabricadas com componentes metálicos mesclados com materiais compósitos, aplicados na fabricação dos componentes isolantes de equipamentos para elevação de pessoas no trabalho em altura, são normalmente submetidos a ensaios pelo método END (Ensaios Não Destrutivos) que garantam a sua integridade, estabelecendo a vida útil de tais componentes em conformidade com as normas vigentes. Para tal, os fabricantes de equipamentos para trabalhos em alturas nas redes energizadas, devem providenciar um exemplar de cada novo modelo que utilize material compósito para isolamento elétrico, e submetê-lo a um (ensaio de fadiga por flexão nos braços superior e inferior com seção isolante fabricada de material compósito). Tais braços, mesmo aprovados no teste de fadiga, serão tratados por meio de ensaio destrutivo, (sem condição de aproveitamento) servindo apenas de modelo (cabeça de série) para os demais equipamentos fabricados com lanças isoladas, de mesma classificação, projetado como réplica dos exemplares aprovados no teste destrutivo.
[011] As instruções contidas na NR 12 e na ABNT NBR 16092 atualizadas são as seguintes:
- Um ensaio de flexão deve ser conduzido no braço inferior com seção isolante, visando simular as condições operacionais projetadas. O ensaio deve consistir na aplicação de 10.000 ciclos de carga em cada componente (braço superior e bração inferior). As forças de flexão a serem aplicadas devem corresponder a:
  • a) Braço superior: carga resultante da soma da(s) capacidade(s) da(s) caçamba(s) ou da plataforma, da capacidade do JIB (quando existente) e dos pesos próprios destes componentes e seus itens de fixação ao braço; e
  • b) Braço inferior: carga correspondente ao momento resultante do braço superior, de seus componentes e das capacidades da(s) caçamba(s) ou da plataforma e capacidade do JIB (quando existente).

- Em caso de dúvidas ou controvérsias, o arranjo de ensaio deve ser no regime de funcionamento habitual, ou seja, cargas aplicadas na(s) caçamba(s) ou na plataforma e no JIB;
- Após a realização deste ensaio, os braços devem ser submetidos a uma análise por métodos não destrutivos (por exemplo: raios X, ultrassom, emissão acústica) para constar a inexistência de degradação significativa da estrutura. Um ensaio elétrico de qualificação conforme 5.4.2 deve ser realizado para constar a inexistência de degradação da capacidade de isolação das seções isolantes; e
- Um arranjo de ensaio equivalente pode ser utilizado, desde que os mesmos momentos de flexão para os braços inferior e superior sejam reproduzidos. Esse arranjo equivalente deve ser devidamente registrado. PROBLEMA DA TÉCNICA
[012] Pelo que se pode observar do estado da arte, não existe um mecanismo gerador de fadiga por flexão para definir o fator de estresse suportável das lanças a serem utilizadas nos braços isolados, aplicados nas cestas aéreas isoladas.
SOLUÇÃO PROPOSTA
[013] O desenvolvimento de um determinado produto tem início quando surge uma solicitação, quando se precisa atender uma exigência e/ou quando é detectada uma necessidade em relação ao mercado consumidor, para produzir aquele tipo de produto. A partir deste ponto é desencadeada toda uma sequência de ações, que tem como ponto de partida o estabelecimento dos requisitos de projeto, requisitos estes que deverão ser bem elaborados, de modo a definir com precisão e clareza o que deverá se tornar o produto, pois todo o desenvolvimento do projeto e as especificações do produto, definindo-se a melhor forma possível de execução do produto, a definição dos materiais, cuja funcionalidade e expectativa de vida do objeto, precisam que atendam a solicitação e estejam alinhadas com as normas vigentes.
[014] A partir da necessidade de se produzir equipamentos para trabalhos em altura cada vez mais seguros e alinhados com as normas vigentes, resolve-se desenvolver um equipamento de teste que atendesse os requisitos solicitados nas normas acima citadas.
[015] Após muita pesquisa de campo e experiência de projeto e fabricação em equipamentos destinados ao trabalho em alturas, utilizado em redes energizadas, partiu-se para a execução de um mecanismo gerador de fadiga por flexão para definir o fator de estresse suportável das lanças a serem utilizadas nos braços isolados, aplicados nas cestas aéreas isoladas. Por se tratar de ensaio destrutivo, as lanças que foram submetidas ao teste de flexão, submetidas à fadiga até o limite de estresse do compósito, devem ser descartadas, e servirão de modelo para as demais lanças que forem réplicas dos modelos aprovados.
[016] Com base no resultado dos testes de fadiga (flexão de braços por aplicação de carga) aplicado em nossos equipamentos, conforme informações disponíveis em nosso acervo, chegou-se à conclusão de que se pode estabelecer a vida útil do compósito aplicado nos braços do equipamento para trabalho em alturas. De posse das informações do MTE, segundo as instruções contidas nas normas vigentes, desenvolveu-se um equipamento para atender a legislação.
[017] Um ensaio de flexão deve ser conduzido nos braços com seção isolante, visando simular as condições operacionais projetadas. O ensaio deve consistir na aplicação de 10.000 ciclos de carga em cada componente (braço superior e braço inferior). As forças de flexão a serem aplicadas devem corresponder a:
  • a) - Braço superior: carga resultante da soma da(s) capacidade(s) da(s) caçamba(s) ou da plataforma, da capacidade do JIB (quando existente) e dos pesos próprios destes componentes e seus itens de fixação ao braço; e
  • b) - Braço inferior: carga correspondente ao momento resultante do braço superior, de seus componentes e das capacidades da(s) caçamba(s) ou da plataforma e capacidade do JIB (quando existente).
[018] Acredita-se que a aplicação do ensaio de flexão, dará condições de estabelecer o limite de estresse do material compósito e a sua vida útil, tornando-se o cabeça de série de novos projetos de tais componentes com vida útil estabelecida no teste de fadiga, aumentando o fator de segurança operacional, compatíveis com as exigências da NR12 e seu Anexo XII, juntamente com a NBR16092.
[019] Antes de se abordar o equipamento é necessário estabelecer um roteiro de avaliação (a seguir se apresenta as principais características de um exemplar a ser testado), antes do teste de fadiga, que compreende:
  • a) - Descritivo do material utilizado no compósito: Fibra de vidro impregnada com resina de poliéster e catalizador;
  • b) - Processo de laminação: Fio bobinado em molde cônico com camadas progressivas com gradiente de resistência, fita interna e externa para coletar possíveis corrente de fuga acabamento por aplainação e cobertura com tinta de poliuretano;
  • c) - Classe de carga: AD cesta dupla, dimensões, peso próprio, carga de trabalho, carga de teste, acessórios e ferramentas;
  • d) - Engaste metálico embutido no compósito conforme processo do fabricante;
  • e) - Expectativa de vida utilizados: Teste de fadiga com 10.000 ciclos, ensaio de tipo, ciclagem com carga assistida, ensaio virtual por análise de elementos finitos;
  • f) - Ensaios: Avaliação por END, inspeção visual pelo fabricante, avaliação por emissão acústica por laboratório móvel nível 3, avaliação de fuga de corrente por laboratório móvel nível 3, estabilidade no plano e em rampa de até 5° de inclinação pelo fabricante; e
  • g) - Dispositivo de ciclagem para teste de fadiga: Capacidade de tração 1,5 toneladas; curso útil 300 mm; largura útil até 300 mm; frequência de 01 a 30 ciclos por minuto; controlador do atuador elétrico 01 a 60 Hz; contador de ciclo digital; monitoramento fotográfico; atuador servo assistido; controlador MTS 458; célula de carga 10.000 kN; (opcional); unidade de potência 4 Hp; redutor motorizado 1700 / 48 RPM; torque do redutor - no raio mínimo 60 kgf*m no raio máximo 20 kgf*m; ajustador de magnitude de ciclo no raio mínimo 100mm no raio máximo 300mm; cinta de inversão de gravidade capacidade duas toneladas; lastro mínimo 300 kgf aplicável até 1500 kgf configurável conforme carga de teste. Obs.: Os parâmetros funcionais e as capacidades do dispositivo de ciclagem acima indicados, serviram de referência para aplicação dos testes funcionais do protótipo assim como os ajustes das calibrações dos seus componentes, podendo ser recalibrados conforme variações do objeto a ser testado.
[020] Após o teste de fadiga deve-se seguir o seguinte roteiro:
  • a) - Os braços são submetidos a uma análise por métodos não destrutivos (por exemplo: raios X, ultrassom, emissão acústica) para constar a inexistência de degradação significativa da estrutura;
  • b) - Um ensaio elétrico de qualificação conforme 5.4.2 da NBR 16092 é realizado para constar a inexistência de degradação da capacidade de isolação das seções isolantes, e um ensaio de uma amostra do material compósito conforme item 7.2.6 da NBR 16092-absorção de umidade do isolamento do braço, submetido a câmara úmida;
  • c) - Identificar o braço que for aprovado no teste de fadiga e de isolamento que servirá de modelo (cabeça de série) para os demais equipamentos fabricados que venham a utilizar réplicas do braço modelo aprovado nos testes; e
  • d) - Aceitação e rejeição: O equipamento é aceito quando: os resultados da inspeção estiverem de acordo com os critérios estabelecidos nesta Norma; os resultados dos ensaios de tipo (se aplicável) e de recebimento estiverem compatíveis com as especificações do comprador, com os valores garantidos pelo fabricante na documentação relativa ao fornecimento e com os critérios estabelecidos nesta Norma. A rejeição ocorrerá quando um equipamento for rejeitado no recebimento, cabe ao fornecedor o direito de ensaiar por si próprio e individualmente todos os componentes, eliminando os defeituosos, e apresentá-lo para novos ensaios de recebimento na presença do comprador ou seu representante.
DESCRIÇÃO DO GERADOR DE FADIGA
[021] A caracterização da presente invenção é feita por meio de desenhos representativos do equipamento de ciclagem aplicado nos ensaios de flexão, em seção isolante de material compósito sujeito à fadiga, por exemplo, nos braços isolados de equipamentos de elevação de pessoas nos trabalhos em alturas, de tal modo que produto possa ser integralmente reproduzido por técnica adequada, permitindo plena caracterização da funcionalidade do objeto pleiteado.
[022] A partir das figuras elaboradas que expressam a melhor forma ou forma preferencial de se realizar o produto ora idealizado, se fundamenta a parte descritiva do relatório, através de uma numeração detalhada e consecutiva, onde a mesma esclarece aspectos que possam ficar subentendidos pela representação adotada, de modo a determinar claramente a proteção ora pretendida.
[023] Estas figuras são meramente ilustrativas, podendo apresentar variações, desde que não fujam do inicialmente pleiteado.
[024] Neste caso se tem que:
  • - A FIGURA 1 mostra um gráfico da tensão x curva de resistência à fadiga de material compósito, que correlaciona a resistência a fadiga do compósito tensionado em relação ao número de ciclos sob carga;
  • - A FIGURA 2 mostra uma perspectiva do equipamento de ciclagem; e
  • - A FIGURA 3 mostra detalhes do mecanismo de elevação vertical.
[025] Com base nas informações anteriormente citadas, resolveu-se desenvolver um aparelho gerador de fadiga para estabelecer o limite de estresse (limite de resistência do compósito submetido a número de ciclos de tensionamento da estrutura).
[026] A finalidade do dispositivo de teste de fadiga é reduzir a incidência de rupturas nos braços isolantes fabricados com materiais compósitos, em conformidade com o MTE, desenvolvendo um equipamento de ciclagem para avaliar as condições de resistência e do fator de fadiga, aplicando-se uma carga de teste definida para cada modelo de braço isolante, seguida de inversão (aliviando-se a carga de teste), simulando o uso do equipamento, nas mesmas condições de operação para determinar a vida útil do material compósito utilizado em lanças isoladas para aplicação nos equipamentos de elevar pessoas nos trabalhos em altura.
[027] O equipamento proposto se trata de um mecanismo giratório gerador de torque aplicado em um braço ajustável, que é, por sua vez, conectado a uma cinta inversora de gravidade (aplicando e aliviando a carga de teste ciclicamente), capaz de deflexionar os braços, mesmo com a carga de teste acoplada sob o braço em teste. O braço fabricado com material compósito é tensionado pelos pesos calibrados (equivalente a carga de trabalho somada ao fator de segurança), agindo ciclicamente até que se atinja a quantidade de ciclos (calculados e registrados para que sirva de modelo). Para os demais itens da mesma série. Obs.: Cada novo modelo de braço que envolva material compósito, ou que tenha sofrido alterações de suas características ou que se desviem do modelo aprovado no teste de fadiga, automaticamente cancelará a eficácia do teste. Tal peça, deverá ser etiquetada e armazenada como protótipo (aprovado no ensaio de tipo) por se tratar de ensaio destrutivo.
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DO DISPOSITIVO DE TESTE DE FADIGA
[028] Uma estrutura metálica em forma de carro que suporta os mecanismos funcionais (as cargas de teste) e facilita o acoplamento da carga de teste sob a peça a ser avaliada. Os movimentos dos mecanismos são obtidos por motor acoplado a um redutor que amplia o torque do mecanismo atuador de ciclos, propiciando elevado torque de saída, acoplado a um braço giratório ajustável compatível com a magnitude de flexão do componente em teste de fadiga, flexão esta gerada por pesos calibrado e içadas pelo braço giratório mediante o uso de um elemento flexível (tipo cinta) que interliga o braço extensivo a um suporte de carga, ou seja, um ciclo completo permite que os pesos (por ação da gravidade) desçam com a carga de teste, de forma que a lança flexione (para baixo pela força da gravidade) e suba pela ação do braço giratório ajustável restabelecendo a retilineidade da lança, (neutralizando a ação da gravidade) concluindo o ciclo, repetindo-se sequencialmente até que se atinja a quantidade de ciclos programado. O mecanismo de elevação da peça em teste é extensível, de forma que se possa aplicar a carga e neutralize a ação da gravidade, o ajuste da amplitude é feito pelo braço giratório, responsável pelo deslocamento vertical do elemento em teste, tracionando e aliviando a carga sequencialmente, mediante o uso de um elemento flexível (cinta, cabo de aço, corrente, etc.) que interliga o braço gerador de torque, atuado pelo eixo de saída do redutor, que por sua vez é acionado pelo motor, movimentando o peso para cima pela dita cinta e descendo pela ação da gravidade, trabalhando ciclicamente até atingir o limite de fadiga do material em teste.
PROJETANDO LANÇAS DE MATERIAL COMPÓSITO
[029] Existem apenas alguns critérios básicos de projeto para se obter uma lança de FRP:
  • a) - Primeiro, a lança deve fornecer resistência e rigidez confiáveis para suportar o peso dos componentes, ferramentas de trabalho e principalmente acolher os trabalhadores e seus equipamentos com segurança;
  • b) - Segundo, deve fornecer resistência durante a vida útil (estabelecida pelo fabricante). Um equipamento bem projetado e que atenda aos requisitos das normas vigentes, deve durar na faixa de 10-15 anos se fizer as inspeções e manutenções periodicamente;
  • c) - A lança deve ter alta rigidez dielétrica para fornecer isolamento. Além disso, não deve perder suas propriedades dielétricas devido a exposição à luz solar, umidade, óleo hidráulico ou outros contaminantes ambientais. Normalmente, se utiliza uma capa removível dando proteção as secções isolantes, amenizando possíveis danos causados pelas intempéries quando em transporte e/ou sem uso.
  • d) - Finalmente, deve ser possível montar e desmontar a parte isolante da estrutura metálica na possibilidade de alguma inspeção interna e/ou manutenção na junção dos materiais e/ou componentes internos.
[030] Segundo a exigência das normas (Transcrição parcial da NR 12 e da ABNT NBR 16092 atualizada) cada modelo novo de lança que envolva material compósito e/ou venha a sofrer alguma alteração que desvie do projeto original, deve ser submetida ao ensaio de flexão para garantir a vida útil dos equipamentos que fizerem uso do modelo aprovado no teste de fadiga.
[031] Para avaliação da vida útil do material compósito é necessário verificar as características construtiva do braço (conforme projeto), fixá-lo à mesa de teste, aproximar o carro de teste com seus dispositivos, medir a deflexão inicial devido ao peso próprio da lança, aplicar a carga de teste, submeter o braço de material compósito ao dispositivo de ciclagem, constatar a inexistência de degradação significativa da estrutura e teste de isolamento.
[032] Após passar pelo equipamento de ciclagem:
  • a) - Os braços são submetidos a uma análise por métodos não destrutivos (por exemplo: raios X, ultrassom, emissão acústica) para constar a inexistência de degradação significativa da estrutura;
  • b) - Um ensaio elétrico de qualificação conforme 5.4.2 da NBR 16092 é realizado para confirmar a inexistência de degradação da capacidade de isolação das seções isolantes, mediante um ensaio de uma amostra do material compósito conforme 7.2.6 da NBR 16092-Absorção de umidade do isolamento do braço. Obs.: Tal ensaio pode ser aplicado diretamente na seção isolante da lança modelo (cabeça de série) para comprovar a rigidez dielétrica do compósito antes do descarte;
  • c) - Identificar o braço que for aprovado no teste de fadiga e de isolamento que servirá de modelo (cabeça de série) para os demais equipamentos fabricados que venham a utilizar réplicas do braço modelo aprovado nos testes; e
  • d) - Aceitação e rejeição: O equipamento é aceito quando os resultados da inspeção estiverem de acordo com os critérios estabelecidos nesta Norma e quando os resultados dos ensaios de tipo (se aplicável) e de recebimento estiverem compatíveis com as especificações do comprador, com os valores garantidos pelo fabricante na documentação relativa ao fornecimento e com os critérios estabelecidos nesta Norma. A rejeição vai ocorrer quando um equipamento for rejeitado no recebimento, cabe ao fornecedor o direito de ensaiar por si próprio e individualmente todos os componentes, eliminando os defeituosos, e apresentá-lo para novos ensaios de recebimento na presença do comprador ou seu representante.
[033] O equipamento de ciclagem compreende uma primeira estrutura (A) que emprega uma bancada de apoio e fixação (2), onde se fixa a lança de material compósito (1) para teste, sendo que dita lança (1) é mantida presa entre o fixador superior (3) e o fixador inferior (4), estando dita bancada de apoio e fixação (2) solidária à coluna de sustentação (8) que se apoia à base de sustentação (9). Cooperando com a primeira estrutura (A) existe uma segunda estrutura (B) montada sobre trilhos (5), onde esta segunda estrutura (B) é capaz de se deslocar pelos ditos trilhos (5), de modo a se aproximar ou afastas da primeira estrutura (A).
[034] A segunda estrutura (B) se apoia em um carro posicionador (7), dotado de braços laterais (36) contendo rodízios (35) para deslocamento pelo dito trilho (5), onde os ditos braços laterais (36) apresentam apoios transversais (6) e estão ligados na parte posterior por uma barra (37) que contém o sistema de elevação (11) e posicionamento do lastro e o reservatório de alimentação do sistema de elevação (12), sendo que nesta barra (37) se apoia a torre fixa inferior (13) que recebe a torre móvel superior telescópica (14) que pode se deslocar por atuação de uma cilindro de elevação vertical (30), sendo que esta torre móvel telescópica superior suporte o travessão (26) de sustentação dos roletes (17) da cinta inversora de gravidade (19), o dispositivo controlador de ciclos (10) e o conjunto redutor (20) e motor (21).
[035] A cinta inversora de gravidade (19) apoiada nos roletes (17) do travessão (26), contém um acoplador (18) para suspensão da carga de teste (23 e 24), onde dito acoplador (18) está ligado a dois braços (15 e 16) acopladores da cinta inversora de gravidade (19) para suspender a carga de teste (23 e 24), onde estes dois braços (15 e 16) estão ligados ao eixo (25) que suporta a carga de teste (23 e 24) por meio de braços complementares (38) que se prendem ao suporte de sustentação (31) da carga de teste (23 e 24).
[036] A cinta inversora de gravidade (19) contém na outra extremidade um acoplador (22) que se liga ao braço de ciclagem (34), sendo este braço de ciclagem (34) mancalizado (29) no eixo de torque de ciclagem (27), estando dito braço de ciclagem (34) posicionado de modo paralelo à capa (33) do braço ajustador de raio, onde esta capa (33) acondiciona o fuso extensor de raio (32).
[037] A carga de teste (23 e 24) compreende um lastro permanente menor (23) e um lastro configurável (24).

Claims (5)

  1. EQUIPAMENTO DE CICLAGEM APLICADO NOS ENSAIOS DE FLEXÃO, EM SEÇÃO ISOLANTE DE MATERIAL COMPÓSITO SUJEITO À FADIGA, caracterizado por compreender uma primeira estrutura (A) que emprega uma bancada de apoio e fixação (2), onde se fixa a lança de material compósito (1) para teste, sendo que dita lança (1) é mantida presa entre o fixador superior (3) e o fixador inferior (4), estando dita bancada de apoio e fixação (2) solidária à coluna de sustentação (8) que se apoia à base de sustentação (9), sendo que cooperando com a primeira estrutura (A) existe uma segunda estrutura (B) montada sobre trilhos (5), onde esta segunda estrutura (B) é capaz de se deslocar pelos ditos trilhos (5), de modo a se aproximar ou afastar-se da primeira estrutura (A).
  2. EQUIPAMENTO DE CICLAGEM APLICADO NOS ENSAIOS DE FLEXÃO, EM SEÇÃO ISOLANTE DE MATERIAL COMPÓSITO SUJEITO À FADIGA, de acordo com a reivindicação 1 e caracterizado pela segunda estrutura (B) se apoiar em um carro posicionador (7), dotado de braços laterais (36) contendo rodízios (35) para deslocamento pelo dito trilho (5), onde os ditos braços laterais (36) apresentam apoios transversais (6) e estão ligados na parte posterior por uma barra (37) que contém o sistema de elevação (11) e posicionamento do lastro e o reservatório de alimentação do sistema de elevação (12), sendo que nesta barra (37) se apoia a torre fixa inferior (13) que recebe a torre móvel superior telescópica (14) que pode se deslocar por atuação de uma cilindro de elevação vertical (30), sendo que esta torre móvel telescópica superior suporte o travessão (26) de sustentação dos roletes (17) da cinta inversora de gravidade (19), o dispositivo controlador de ciclos (10) e o conjunto redutor (20) e motor (21).
  3. EQUIPAMENTO DE CICLAGEM APLICADO NOS ENSAIOS DE FLEXÃO, EM SEÇÃO ISOLANTE DE MATERIAL COMPÓSITO SUJEITO À FADIGA, de acordo com a reivindicação 1 e caracterizado pela cinta inversora de gravidade (19) apoiada nos roletes (17) do travessão (26), conter um acoplador (18) para suspensão da carga de teste (23 e 24), onde dito acoplador (18) está ligado a dois braços (15 e 16) acopladores da cinta inversora de gravidade (19) para suspender a carga de teste (23 e 24), onde estes dois braços (15 e 16) estão ligados ao eixo (25) que suporta a carga de teste (23 e 24) por meio de braços complementares (38) que se prendem ao suporte de sustentação (31) da carga de teste (23 e 24).
  4. EQUIPAMENTO DE CICLAGEM APLICADO NOS ENSAIOS DE FLEXÃO, EM SEÇÃO ISOLANTE DE MATERIAL COMPÓSITO SUJEITO À FADIGA, de acordo com a reivindicação 3 e caracterizado pela cinta inversora de gravidade (19) conterm na outra extremidade um acoplador (22) que se liga ao braço de ciclagem (34), sendo este braço de ciclagem (34) mancalizado (29) no eixo de torque de ciclagem (27), estando dito braço de ciclagem (34) posicionado de modo paralelo à capa (33) do braço ajustador de raio, onde esta capa (33) acondiciona o fuso extensor de raio (32).
  5. EQUIPAMENTO DE CICLAGEM APLICADO NOS ENSAIOS DE FLEXÃO, EM SEÇÃO ISOLANTE DE MATERIAL COMPÓSITO SUJEITO À FADIGA, de acordo com a reivindicação 3 e caracterizado pela carga de teste (23 e 24) compreender um lastro permanente menor (23) e um lastro configurável (24).
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