BR102018072161A2 - conjunto de fixação e condução interna de ramos para endopróteses endovasculares - Google Patents

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Abstract

a presente invenção se refere a um conjunto de fixação e condução interna de ramos para endopróteses endovasculares, sendo o conjunto de fixação e condução (300) destinado à utilização em endopróteses (200) dotadas de uma estrutura (201) e de um revestimento (202), compreendendo um corpo principal (310) e pelo menos um elemento de fixação (320), em que o corpo principal (310) é helicoidal de altura total (h), diâmetro total (d) e diâmetro interno (d), sendo formado por espiras de espessura (e) afastadas entre si por distâncias (hx).

Description

CONJUNTO DE FIXAÇÃO E CONDUÇÃO INTERNA DE RAMOS PARA ENDOPRÓTESES ENDOVASCULARES
Campo de aplicação [001] A presente invenção pertence ao campo das próteses implantáveis no interior do corpo humano, especialmente ao campo dos dispositivos que previnem colapso de estruturas tubulares do corpo como próteses vasculares endoluminais ou endopróteses arteriais revestidas (stent graft).
Introdução [002] A presente invenção se refere a um conjunto de fixação e condução interna de ramos para endopróteses endovasculares, especialmente para endopróteses para o tratamento de aneurismas ou dissecções localizadas em locais de emergência e/ou confluência de ramos arteriais importantes.
Estado da técnica [003] O tratamento endovascular de aneurisma ou dissecção de aorta é realizado através do implante de uma endoprótese vascular revestida ou stent graft que, em termos gerais, é um dispositivo tubular formado por um material sintético que o reveste sendo suportado por uma estrutura de sustentação que lhe confere forma e resiliência.
[004] Um aneurisma da aorta é uma saliência - dilatação - na parede da artéria aorta, geralmente ocorrendo em uma parte enfraquecida da parede da artéria, podendo ocorrer em qualquer local ao longo da aorta. Frequentemente ocorre a formação de um coágulo sanguíneo ou trombo dentro do aneurisma, o qual pode disseminar-se ao longo de toda a parede. [005] Já uma dissecção da aorta, também chamada de aneurisma dissecante da aorta, é uma condição frequentemente fatal na qual o revestimento interno da parede da aorta sofre uma laceração, enquanto o revestimento externo permanece intacto, ocorrendo uma passagem de sangue através da laceração, com dissecação - separação - da camada média e a criação de um novo canal na parede da artéria aorta.
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2/13 [006] A endoprótese é disposta no interior da artéria de modo a excluir ou isolar o saco aneurismático ou a região de dissecção, restabelecendo, assim, o fluxo sanguíneo normal da artéria comprometida.
[007] No entanto, a incidência de aneurismas ou dissecções em regiões onde existem ramificações vitais na aorta dificulta o implante de endopróteses vasculares convencionais, “de prateleira”, disponíveis no mercado de dispositivos médicos. As ramificações vitais não podem ser obstruídas, uma vez que isso provocaria a insuficiência dos órgãos ou regiões irrigadas por esses ramos vitais.
[008] Há disponíveis no mercado diversos tipos de endopróteses voltadas ao tratamento de aneurismas em regiões críticas como, por exemplo, as endopróteses fenestradas para tratar aneurismas de aorta abdominal justarenal (próximo à circulação dos rins). Estas endopróteses possuem fenestras ou orifícios especialmente providos para permitir a passagem de fluxo sanguíneo para as artérias renais e, em alguns casos, para a artéria mesentérica superior, dependendo do comprometimento causado pelo aneurisma. Estas endopróteses, entretanto, têm diversas limitações anatômicas: na maioria das vezes precisam ser customizadas por conta dos diferentes tipos anatômicos dos aneurismas, da altura e angulação da emergência do vaso visceral em relação aos outros vasos e/ou da necessidade de revascularização de 1,2, 3 ou 4 vasos viscerais. Além disso, há de se lembrar que pode ocorrer a dificuldade de seletivação dos vasos viscerais por conta de tortuosidade da aorta.
[009] Existem também as endopróteses ramificadas, com ramos parcialmente internos e externos e algumas vezes totalmente externos. Dependendo da anatomia individual do paciente, essas endopróteses são customizadas, o que demanda um tempo de espera de algumas semanas, podendo atrasar sensivelmente a cirurgia.
[010] Uma das endopróteses ditas “universais” disponíveis atualmente no mercado é a endoprótese Zenith t-Branch, da empresa Cook Medical, que,
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3/13 segundo a fabricante, é um dispositivo “off-the-shelf’ (“de prateleira”), ou seja, para uso na maioria dos pacientes com aneurisma toracoabdominal, mesmo que com diferentes anatomias e sem a necessidade de aguardar a customização. Entretanto, observou-se que o dispositivo Zenith t-Branch tem a desvantagem de servir apenas quando se tem os 4 ramos viscerais pérvios para serem revascularizados. Tem o seu introdutor de perfil calibroso 22 Fr (OD), o que dificulta a passagem do dispositivo em artérias femorais e ilíacas de pequeno calibre. Tem apenas uma configuração e disposição dos 4 ramos, não podendo ser modificada.
[011] Já a empresa W.L. GORE & ASSOCIATES, INC. está em fase de testes em humanos de uma endoprótese para tratamento dos aneurismas toracoabdominais, com 4 ramos internos feitos do próprio tecido da endoprótese (politetrafluoretileno ou PTFE), sendo 2 em posição superior e 2 em posição inferior.
[012] Parte desta solução de um sistema de ramos internos feitos com o próprio tecido da endoprótese, para fixação ou conexão das endopróteses que irão revascularizar os vasos viscerais, pode ser encontrada nos documentos patentários WO 2013/025727 (A1) e US 8,945,200 (B1). A empresa W.L. GORE & ASSOCIATES, INC. pretende que esta endoprótese seja um produto “de prateleira” e que concorrerá, portanto, com a endoprótese Zenith t-Branch da Cook Medical. Suas desvantagens, entretanto, são praticamente as mesmas da sua concorrente. Poder ser utilizada apenas quando se tem os 4 ramos viscerais pérvios para serem revascularizados. Tem apenas uma configuração e disposição dos 4 ramos, não podendo ser modificada. Os ramos internos possuem tecido de revestimento em PTFE e esqueleto de metal, tipo stent, tendo grande quantidade de material interno para formação destes ramos, aumentando o perfil do introdutor desta endoprótese e dificultando o implante em pacientes com artérias femorais e ilíacas de pequeno calibre.
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4/13 [013] Existem outros documentos patentários relativos a este objeto de invenção, os quais revelam um ou mais canais internos com stents metálicos com ou sem revestimento de tecido (poliéster ou PTFE) para fixação ou conexão das endopróteses que irão revascularizar os vasos viscerais. Alguns exemplos desse tipo de solução são revelados pelos documentos US 6,645,242 (B1), WO 2010/024879 (A1), WO 201371222 (A1), US 2007/0233220 (A1), US 2008/0269866 (A1) e US 2011/257731 (A1).
[014] Este tipo de dispositivo necessita de grande quantidade de material (metal e/ou tecido) para a formação dos canais, o que resulta em uma endoprótese de perfil calibroso, dificultando o implante em pacientes com acesso(s) de menor calibre. Caso sejam customizadas, apresentarão a mesma desvantagem supracitada relativa à importante demora para sua confecção e a consequente demora a realizar a cirurgia. Caso sejam tencionadas a servir como sendo “de prateleira”, acabarão tendo uma configuração única causando igualmente uma limitação em relação à anatomia de cada paciente (necessidade de os 4 vasos viscerais estarem pérvios e obrigatoriedade de revascularização dos 4 vasos viscerais). O custo final destes dispositivos também será alto devido ao material necessário para sua confecção.
[015] Malina et al. (Malina M. et al., “EVAR and complex anatomy: An update on fenestrated and branched stent grafts”, 2008, Scandinavian Journal of Surgery, n.97: 195-204, 2008) estimam que 20% dos pacientes que desenvolvem aneurismas da aorta apresentam morfologias de colo de aneurisma da aorta abdominal não apropriadas para o uso das endopróteses padrão ou convencionais necessitando cruzar os ramos viscerais para conseguir um selamento eficiente da endoprótese, ou seja, o isolamento do aneurisma.
[016] Tsilimparis et al. (Tsilimparis, N. and Ricotta II, J.J., “Type IV Thoracoabdominal Aneurysms: What’s Next?”, 2012, Endovascular Today, March.) corroboram as estimativas de Malina et al, destacando que 20% dos
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5/13 pacientes com aneurismas da aorta não podem ser tratados com os dispositivos comercialmente disponíveis pelo fato do aneurisma comprometer os ramos viscerais.
[017] No mesmo sentido, Murphy et al. (Murphy, E.H. et al., “Fenestrated Endografting for the Treatment of Descending Thoracic Aneurysms”, 2009, Endovascular Today, January, pp26-33.) afirmam que mais de 20% dos pacientes com aneurisma de aorta abdominal poderíam evitar a cirurgia aberta e se beneficiar do tratamento endovascular caso existissem dispositivos que pudessem ser usados sobre as ramificações vitais.
[018] Esforços têm sido feitos para superar essas limitações incorporando fenestrações (orifícios ou janelas) ou ramos nas endopróteses durante o processo de fabricação - ver Anderson (Anderson, J. L, Fenestrated and branch aortic stent grafts, Endovascular Today, April, 2004, pp. 40-46) e Stanley et al. (Stanley, B.M.; Semmens, J.B.; Lawrence-Brown, M.M.D.; Goodman, M.A. e Hartley, D. E., Fenestration in endovascular grafts for aortic aneurysm repair: new horizons for preserving blood flow in branch vessels, J. Endovasc. Then, 2001, v. 8, pp. 16-24).
[019] Apesar de apresentarem resultados satisfatórios, estes dispositivos exigem um elevado grau de customização, levando em consideração a anatomia de cada paciente, o que aumenta significativamente o custo de produção destes dispositivos e o tempo de espera para realizar o procedimento, uma vez que devem ser produzidos sob encomenda.
[020] Uma solução técnica encontrada para a manutenção dos ramos vitais da artéria aorta é descrita por Kasirajan (Kasirajan, K., “Tandem Endografts for Type II TAAAs”, 2011, vol.10, n.5, pp.30-34.) através do tratamento de um aneurisma aórtico toracoabdominal usando inúmeras endopróteses comerciais (off-the-shelf). Kasirajan (2011) utiliza uma técnica usando endopróteses arteriais simplesmente conectadas (uma dentro da outra) ou conectadas em paralelo, ou seja, posicionando uma ou duas endopróteses em paralelo dentro de outra endoprótese arterial reta ou bifurcada.
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6/13 [021] Segundo Lobato et al. (Lobato, A.C. et al., “The sandwich technique: how to make it work for thoracoabdominal aneurysm exclusion”, Journal of Vascular and Endovascular Surgery, 2011, vol.18, pp-1-2.) e Kolvenbach et al. (Kolvenbach, R.R. et al., “Urgent Endovascular Treatment of Thoracoabdominal Aneurysm Using a Sandwich Technique and Chimney Grafts - A Technical Description”, European Journal of Vascular Surgery, 2010, xx, pp1-7.), as técnicas de uso de endopróteses em paralelo (chimney, snorkel e sandwich) têm se difundido atualmente como uma solução possível para os casos de extrema urgência, pois fazem uso de endopróteses comerciais convencionais (off-the-shelf).
[022] Porém, como destacam Tsilimparis e Ricotta II (2012), não existem dados de médio ou longo prazo confirmando a eficiência desses tipos de técnicas, fazendo com que o seu uso em procedimentos eletivos seja ainda questionável no meio médico. Malina et al. (2008) alertam que a técnica em paralelo chimney, quando usada em grandes comprimentos, pode gerar grandes canais entre as endopróteses ocasionando vazamentos tipo I (Type I endoleak).
[023] Iniciativas para resolver o tratamento tanto de aneurismas do arco aórtico quanto de aneurismas toracoabdominais foram feitas por Chuter (W02005027784), cuja solução busca construir endopróteses já ramificadas sem necessidade de customização. Conforme descrito por Chuter (2005) a endoprótese revestida possui pequenos ramos pré-definidos que são prolongados com outras endopróteses para a manutenção das ramificações vitais da aorta. Porém, como descreve Chuter (2005), são necessárias diferentes configurações para diferentes regiões da aorta, ou seja, a solução não é universal. Chuter (2005) descreve ainda algumas configurações de soluções para próteses endoluminais com vários segmentos cilíndricos paralelamente posicionados dentro de um cilindro maior, porém os cilindros são grandes e ocupam muito espaço interno.
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7/13 [024] Em outro documento, Chuter et al. (US20100312326) descreve algumas configurações de soluções para endopróteses bifurcadas modulares que baseiam-se em um corpo cilíndrico principal com cilindros internos conectados e direcionados para fora do cilindro principal transformando-se em ramos, similares às configurações descritas por Greenberg (US20090048663). Essa solução também ocupa precioso espaço interno, tornando endopróteses dessa natureza mais difíceis (quiçá impossíveis) de ser utilizadas em pacientes com acesso(s) de menor calibre. [025] Parodi (WO2013071222) descreve, de forma genérica, soluções de endopróteses fenestradas e ramificadas chamadas de “universais” para o tratamento de aneurisma da aorta. Segundo Parodi (WO2013071222) sua solução baseia-se em diferentes configurações de cilindros de diferentes diâmetros posicionados lado a lado paralelamente ao longo do eixo da aorta, compartilhando paredes internas e externas, dependendo da configuração (Parodi, WO2013071222, [0095] p.20).
[026] A solução de Parodi (2013) se assemelha às configurações descritas por Greenberg et al. (US20060247761). Além dos evidentes problemas de vazamento entre os cilindros conectados lateralmente, a posição de cilindros perpendiculares ou inclinados em relação ao movimento do sangue na artéria também ocupa muito espaço interno.
[027] Soluções mais recentes como a revelada pelo documento patentário US 2014/0277347 descrevem uma endoprótese fenestrada que possui um canal de suporte para receber uma ramificação protética, sendo a endoprótese dotada em sua parede interior de uma cobertura de material flexível cobrindo a fenestra, porém com extremidades abertas que, com a passagem de uma prótese ou duto de ramificação, cede para o interior da prótese definindo um canal de suporte para receber a referida ramificação protética. A principal desvantagem desta solução é a necessidade de se aplicar a cobertura de material flexível exatamente sobre a fenestra que será utilizada, o que demanda trabalhos prévios de customização. Além disso,
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8/13 não como garantir a estabilidade dimensional de uma peça de material flexível, o que pode aumentar o tempo necessário à colocação das ramificações, além de comprometer a precisão dimensional.
[028] Outro documento que descreve uma solução de suporte para a condução e fixação de ramos protéticos é o documento de número US 20180116783, que revela a construção de suportes a partir da costura e armação de partes do material da prótese e a formação de um túnel ou canal de suporte, o que, como resta evidente a partir da simples observação das figuras, demanda significativo tempo de costura e, assim, maior tempo para a colocação da ramificação interna, além de não permitir o controle dobre a precisão dimensional do canal de suporte resultante.
[029] Finalmente, outro documento relevante é o documento patentário de número W02018018114 que revela uma endoprótese dotada de fenestras com uma ou mais oclusões e um conjunto de elementos de fixação e condução que forma um ou mais canais internos da endoprótese, preferencialmente na região adjacente a uma das fenestras, podendo estes elementos de fixação e condução ser tanto um conjunto de arcos flexíveis fixados individualmente ao revestimento ou um conjunto de anéis rígidos de fixação e condução, fixados individualmente ao revestimento. Apesar de prover uma solução de elevada flexibilidade em matéria de aneurismas e dissecções em que pode ser aplicada, a fixação individual de arcos flexíveis ou de anéis rígidos demanda bastante tempo para ser executada e, em especial no caso dos arcos flexíveis, nem sempre haverá garantia de precisão dimensional, o que pode se tornar um agravante para a condução das ramificações.
[030] Como pode ser inferido da descrição anterior, existe espaço para um conjunto de fixação e condução interna de ramos que supere as deficiências do estado da técnica e que permita a aplicação rápida e precisa no tratamento de aneurismas ou dissecções da aorta com a maior abrangência
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9/13 possível, desde o arco aórtico até a região toracoabdominal, especialmente em locais de emergência e/ou confluência de ramos arteriais importantes. Objetivos da invenção [031] Um dos objetivos da presente invenção é, portanto, prover um conjunto de fixação e condução interna de ramos para endopróteses endovasculares que supere os defeitos do estado da técnica.
Breve descrição das figuras [032] Para melhor entendimento e visualização do objeto da presente invenção, a mesma será agora descrita com referência às figuras anexas, representando o efeito técnico obtido por meio de uma modalidade exemplar não limitante do escopo da presente invenção, em que:
[033] Figura 1a: apresenta esquematicamente uma vista lateral de uma endoprótese endovascular dotada de um conjunto de fixação e condução de acordo com a invenção;
Figura 1 b: apresenta esquematicamente um corte parcial da vista da endoprótese da figura 1a, mostrando parcialmente seu interior;
Figura 1 c: apresenta esquematicamente uma vista lateral ampliada do detalhe A da figura 1b;
Figurai d: apresenta esquematicamente uma vista superior ampliada do detalhe A da figura 1b;
Figura 2: apresenta esquematicamente uma vista lateral do corpo principal de um conjunto de fixação e condução de acordo com a invenção;
Figura 3: apresenta uma imagem digital da parte interna de uma endoprótese endovascular dotada de um conjunto de fixação e condução de acordo com a invenção;
Figura 4: apresenta uma imagem digital da parte interna de uma endoprótese endovascular dotada de um conjunto de fixação e condução de acordo com a invenção; e
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10/13
Figura 5: apresenta uma imagem digital da parte interna de uma endoprótese endovascular dotada de um conjunto de fixação e condução de acordo com a invenção.
Descrição detalhada da invenção [034] A presente invenção será agora detalhadamente descrita com base nas figuras supracitadas, porém sem se limitar às mesmas.
[035] Um conjunto de fixação e condução interna de ramos para endopróteses endovasculares, de acordo com a invenção, é um conjunto de fixação e condução (300) destinado à utilização em endopróteses (200) dotadas de uma estrutura (201) e de um revestimento (202).
[036] Ditas endopróteses são, preferencialmente, aquelas em que o manto externo do revestimento (202) é dotado de fenestras (210, 220, 230, 240), ocluídas reversivelmente por uma ou mais oclusões (215, 225, 235, 245) fixadas ao revestimento (202) por meio de suturas (216, 226, 236, 246) ou outros meios adequados de fixação reversível.
[037] O conjunto de fixação e condução (300) compreende um corpo principal (310) e pelo menos um elemento de fixação (320).
[038] O corpo principal (310) é preferencialmente helicoidal de altura total (H), diâmetro total (D) e diâmetro interno (d), sendo formado por espiras de espessura (e) afastadas entre si por distâncias (hx), em que as distâncias (hx) entre cada uma das espiras podem ser iguais ou diferentes e o número de espiras dependerá da aplicação, sendo, entretanto, entre 2 e 10, preferencialmente de 5 espiras.
[039] O corpo principal (310) é fabricado em material metálico biocompatível apropriado para dispositivos desta natureza como, por exemplo, mas não se limitando a ligas metálicas de níquel e titânio, preferencialmente nitinol.
[040] O corpo principal (310) é dotado de uma extremidade superior (311) e de uma extremidade inferior (312), em que a extremidade superior (311) forma com o plano horizontal um primeiro ângulo superior (ou) e com a espira
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11/13 adjacente um segundo ângulo superior (βι), enquanto a extremidade inferior (312) forma com o plano horizontal um primeiro ângulo inferior (0.2) e com a espira adjacente um segundo ângulo inferior (β2).
[041] Os primeiros ângulos (ai, 0.2) variam entre 0o e 90°, podendo ser iguais ou diferentes entre si, enquanto os segundos ângulos (βι, β2) variam entre 0o e 70°, podendo ser iguais ou diferentes entre si.
[042] Os primeiros ângulos (ai, 0.2) podem ser iguais ou diferentes aos segundos ângulos (βι, β2).
[043] De modo geral, as angulações entre as demais espiras são tais que uma espira forma com a adjacente um primeiro ângulo geral (γ) e até mesmo um segundo ângulo geral (δ), sendo que os ângulos gerais (γ, δ) têm seus valores entre 0o e 70°, podendo ser iguais ou diferentes entre si, de acordo com a necessidade da aplicação.
[044] O corpo principal (310) é fixado à parede interna do revestimento (202) por meio de pelo menos um elemento de fixação (320), preferencialmente na região adjacente a uma das fenestras (210, 220, 230, 240), formando um ou mais canais internos (313) do revestimento (202) para receber uma ou mais endopróteses de revascularização (não mostrada).
[045] O elemento de fixação (320) poderá ser um elemento qualquer adequado à aplicação, preferencialmente uma sutura de fio cirúrgico para sutura cardiovascular feito de, por exemplo, mas não se limitando a fibras de poliéster (Mersilene®), seda, algodão e demais materiais usuais e apropriados.
[046] A figura 3 mostra a imagem digital de uma endoprótese (200) dotada de um conjunto de fixação e condução (300) formando um canal interno partindo de uma das fenestras (210) ainda fechada por uma oclusão (215), fixada por elementos de fixação (320) em forma de suturas à parede interna da estrutura (202) da endoprótese (200). A figura mostra também um fio guia (500) passando pelo canal interno (313) formado pelo conjunto de fixação e condução (300).
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12/13 [047] As figuras 4 e 5 mostram a mesma configuração da figura 3, mas vista de outros ângulos.
[048] Fica evidente que o conjunto de fixação e condução (300) de acordo com a invenção implica em menor tempo de costura, menor tempo de colocação, maior precisão dimensional e maior precisão posicionai, uma vez que as medidas do corpo principal (310) se mantêm sempre constantes e independem das condições da operação de colocação. A constância dimensional facilita todas as etapas da colocação da endoprótese de vascularização.
[049] Além disso, resta evidente a menor quantidade de material dentro da endoprótese (200) para formar o canal que irá fixar e conectar a endoprótese de vascularização e, desse modo, a possível diminuição do perfil do fio guia (500), diminuindo sensivelmente os riscos no implante em pacientes com artérias de pequeno calibre.
[050] Além disso, resta claro
Considerações finais [051] Como pode ser inferido a partir da descrição acima, o conjunto de fixação e condução (300) de acordo com a invenção possui efeito técnico novo e inventivo.
[052] A solução descrita neste documento apresenta, portanto, algumas vantagens significativas em relação aos dispositivos descritos do estado da técnica.
[053] De acordo com a descrição acima, o conjunto de fixação e condução (300) de acordo com a invenção provê uma solução que, em relação ao estado da técnica pertinente, apresenta uma quantidade menor de material dentro da endoprótese (200) para formar o canal que irá fixar e conectar uma endoprótese de revascularização para revascularizar um vaso visceral, com isto, diminuindo o perfil do fio guia (500), podendo diminuir os riscos no implante em pacientes com artérias femorais e ilíacas de pequeno calibre.
Petição 870180145194, de 26/10/2018, pág. 18/26
13/13 [054] Como será necessário menos material para confecção dos canais internos, do tipo metal e tecido, o conjunto de fixação e condução (300) de acordo com a invenção terá também um custo de fabricação menor com relação aos seus similares do estado da técnica.
Conclusão [055] Será facilmente compreendido por aqueles versados na técnica que modificações podem ser realizadas na presente invenção sem com isso se afastar dos conceitos expostos na descrição acima. Essas modificações devem ser consideradas como compreendidas pelo escopo da presente invenção. Consequentemente, as concretizações particulares descritas em detalhe anteriormente são somente ilustrativas e exemplares e não limitativas quanto ao escopo da presente invenção, ao qual deve ser dada a plena extensão das reivindicações em anexo e de todos e quaisquer equivalentes da mesma.

Claims (8)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Conjunto de fixação e condução interna de ramos para endopróteses endovasculares, sendo o conjunto de fixação e condução (300) destinado à utilização em endopróteses (200) dotadas de uma estrutura (201) e de um revestimento (202) e caracterizado por compreender um corpo principal (310) e pelo menos um elemento de fixação (320), em que o corpo principal (310) é helicoidal de altura total (H), diâmetro total (D) e diâmetro interno (d), sendo formado por espiras de espessura (e) afastadas entre si por distâncias (hx).
  2. 2. Conjunto de fixação e condução, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as distâncias (hx) entre cada uma das espiras serem iguais ou diferentes entre si e por o número de espiras ser de 2 a 10, preferencialmente de 5 espiras.
  3. 3. Conjunto de fixação e condução, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o corpo principal (310) ser dotado de uma extremidade superior (311) e de uma extremidade inferior (312).
  4. 4. Conjunto de fixação e condução, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a extremidade superior (311) formar com o plano horizontal um primeiro ângulo superior (ai) e com a espira adjacente um segundo ângulo superior (βι).
  5. 5. Conjunto de fixação e condução, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a extremidade inferior (312) formar com o plano horizontal um primeiro ângulo inferior (0.2) e com a espira adjacente um segundo ângulo inferior (β2).
  6. 6. Conjunto de fixação e condução, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as demais espiras formarem, cada uma com a espira adjacente, um primeiro ângulo geral (γ) e um segundo ângulo geral (δ).
  7. 7. Conjunto de fixação e condução, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por os ângulos gerais (γ, δ) serem iguais ou diferentes entre si.
    Petição 870180145194, de 26/10/2018, pág. 20/26
    2/2
  8. 8. Conjunto de fixação e condução, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o corpo principal (310) ser fixado à parede interna do revestimento (202) por meio de pelo menos um elemento de fixação (320), formando um ou mais canais internos (313) do revestimento (202) para receber uma ou mais endopróteses de revascularização.
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