BR102018004389A2 - Órtese com tensionamento ativo para membros superiores. - Google Patents

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Abstract

órtese com tensionamento ativo para membros superiores. consiste de uma órtese (1) composta por uma braçadeira superior (2), na posição do bíceps e tríceps, uma luva-tala (3) e um apoio (4) para cotovelo, além de um módulo de tensão ativa formado por barras tensionadoras (5) e molas (m1 e/ou m2 e/ou m3) que são passadas pelos orifícios (6 e 6?) presentes nos suportes (7) as quais tomam lugar nas três peças supracitadas, módulo este que exerce uma tensão calculada, a partir da impulsão suave do cotovelo, no braço com espasticidade, gerando assim um estímulo nervoso muscular no membro superior do usuário.

Description

ÓRTESE COM TENSIONAMENTO ATIVO PARA MEMBROS SUPERIORES Introdução [001] Refere-se o presente pedido de patente de Invenção a uma inédita órtese produzida utilizando termoplásticos de engenharia, metais, borrachas e tecidos cuja tecnologia proporciona uma tensão ativa, a partir da região do cotovelo, nos membros superiores do usuário.
Campo de aplicação [002] A invenção pleiteada é aplicada na área fisioterapia e terapia ocupacional para auxiliar no tratamento da espasticidade, na dinamização e maximização dos resultados da recuperação de pós-lesões e cirurgias musculares do braço, assim como no segmento de educação física em atividades desportivas.
[003] Neste contexto a órtese é empregada em históricos de espasticidade causados por quadros clínicos de Acidente Vascular Cerebral (AVC), lesão cerebral, lesão medular, paralisia cerebral, esclerose múltipla, paraplegias espásticas hereditárias, doença de Krabbe, além de outros casos clínicos que possam apresentar espasticidade.
[004] A órtese é para uso dos terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, assim como dos profissionais de educação física para implementação e melhoria dos exercícios isométricos e de fortalecimento dos membros superiores. Aplica-se também como dispositivo para o desenvolvimento muscular, tendo o uso permitido, inclusive em hidroginástica.
Convencimento [005] Os casos de AVC, lesão cerebral, lesão medular, paralisia cerebral, esclerose múltipla, paraplegias espásticas hereditárias, doença de Krabbe e outros quadros clínicos que possam apresentar espasticidade (aumento involuntário da contração muscular), que impede a pessoa de fazer suas atividades diárias, até bem pouco tempo tinham os tratamentos disponíveis baseados apenas em fisioterapia e terapia ocupacional. A espasticidade mais frequente é aquela que aparece após uma alteração neurológica como AVC ou como consequência da paralisia cerebral, que pode afetar
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2/6 apenas um grupo muscular, como o braço, ou surgir em vários locais como do lado direito do corpo a depender das lesões neurológicas.
[006] Os tratamentos baseados em fisioterapia e terapia ocupacional são invasivos, demorados e dolorosos para o paciente.
Estado da técnica [007] O atual estado da técnica antecipa alguns documentos de patentes que versam sobre órteses para o membro superior aplicada às pessoas com problemas de espasticidade, como, por exemplo, o BR 202016006506-8 intitulado “Disposição Construtiva Introduzida em Órtese” - a ser utilizada no membro superior na fase aguda do Acidente Vascular Encefálico, com potencial para prevenir a luxação do ombro, ombro doloroso e deformidades de extremidade do membro superior. A parte utilizada no antebraço também permite a estabilização do punho e da mão prevenindo deformidades. A órtese compreende três partes. Uma braçadeira, um cinto e o corpo.
[008] A órtese antecipada no documento acima, apesar de ser aplicada no membro superior em pessoas acometidas por AVC, é de atuação passiva, ou seja, não promove nenhuma resultante de forças entre as suas partes e consequentemente com o membro superior do usuário, servindo tão somente para prevenir luxações e dores no ombro.
Objetivos da invenção [009] É objetivo da presente invenção propor uma órtese de tensionamento ativo, de atuação dinâmica, proporcionando ao usuário um tratamento e / ou atividade física modernos, pouco invasivos, mais indolor e eficaz. O tensionamento ativo atua diretamente no restabelecimento anátomo-fisiológico do membro superior.
[010] É objetivo da presente invenção propor uma órtese de tensionamento ativo, que respeita os movimentos anatômicos do membro superior do usuário, de maneira suave, confortável e precisa.
[011] É objetivo da presente invenção propor uma órtese de tensionamento ativo, eficaz passível de ser utilizada tanto nos tratamentos convencionais espasticidades quanto nos treinamentos físicos, que se tornam diferentes e mais motivadores.
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3/6 [012] É objetivo da presente invenção propor uma órtese de tensionamento ativo capaz de promover melhoria na qualidade de vida do usuário, assim como melhor recuperação muscular, melhor treinamento e isometria muscular. A referida isometria se caracteriza pela contração muscular, em que se tem o equilíbrio entre os músculos agonista e antagonista. A isometria muscular também está sendo muito utilizada para aumentar a resistência física dos praticantes, sendo ótima ferramenta para a prática de novatos e aqueles que se recuperam de lesões.
[013] É objetivo da presente invenção propor uma órtese de tensionamento ativo capaz de reduzir o tempo de tratamento da espasticidade e perda da atividade seletiva do complexo muscular dos membros superiores causados por AVC e outras doenças nos usuários, que poderão voltar mais rapidamente às atividades diárias.
[014] É objetivo da presente invenção propor uma órtese de tensionamento ativo capaz de auxiliar na manutenção da amplitude das articulações, evitando assim outras complicações como a rigidez muscular devido a falta de uso da articulação do membro superior afetado.
[015] É objetivo da presente invenção propor uma órtese de tensionamento ativo cujo usuário reduza o seu grau de espasticidade gradativamente.
[016] É objetivo da presente invenção propor uma órtese de tensionamento ativo, que de certa forma cria um diferencial mercadológico para o profissional que a utiliza.
Sumário da invenção [017] A “ÓRTESE COM TENSIONAMENTO ATIVO PARA MEMBROS SUPERIORES” - trata de uma órtese que proporciona eficiência no tratamento por meio do módulo de tensão ativa acionado pela acoplagem de barras tensionadoras e molas, passadas pelos orifícios presentes nos suportes da luva-tala, braçadeira superior e envoltas no apoio do cotovelo, disposto em posicionamento ordenado para a obtenção da tensão exigida, de maneira a fazer, a partir da impulsão suave do cotovelo, uma tensão calculada no braço com espasticidade, gerando assim um estímulo nervoso muscular no membro superior do usuário com quadro de AVC ou outros casos clínicos que possam apresentar espasticidade. A mesma tecnologia de
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4/6 tensionamento ativo poder ser utilizada tanto para recuperação quanto para atividade física.
Descrição das figuras [018] Na sequência são apresentadas as figuras para melhor explicar o pedido de patente de forma ilustrativa e não limitativa:
Figura 1: Vista em perspectiva da órtese com tensionamento ativo para membros superiores.
Figura 2: Vista em perspectiva invertida da órtese com tensionamento ativo para membros superiores.
Figura 3: Vista em corte da órtese com tensionamento ativo para membros superiores.
Figura 4: Vista em perspectiva explodida da órtese com tensionamento ativo para membros superiores.
Figura 5: Vista em perspectiva da órtese com tensionamento ativo para membros superiores, em uma variação construtiva com detalhe de corte da mola chata.
Figura 6: Vista em perspectiva da órtese com tensionamento ativo para membros superiores, mostrando uso com o braço esticado.
Figura 7: Vista em perspectiva da órtese com tensionamento ativo para membros superiores, mostrando uso com o braço dobrado.
Descrição detalhada da invenção [019] A “ÓRTESE COM TENSIONAMENTO ATIVO PARA MEMBROS SUPERIORES”, consiste de uma órtese (1) composta por uma braçadeira superior (2), na posição do bíceps e tríceps, uma luva-tala (3) e um apoio (4) para cotovelo, além de um módulo de tensão ativa formado por barras tensionadoras (5) e molas (M1 e/ou M2 e/ou M3) que são passadas pelos orifícios (6 e 6') presentes nos suportes (7) as quais tomam lugar nas três peças supracitadas, módulo este que exerce uma tensão calculada, a partir da impulsão suave do cotovelo, no braço com espasticidade, gerando assim um estímulo nervoso muscular no membro superior do usuário.
[020] Mais particularmente, a invenção consiste de uma órtese (1) para membros superiores composta por uma braçadeira superior (2), na posição do bíceps e tríceps,
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5/6 um apoio (4) para cotovelo, uma luva-tala (3) e um módulo de tensão ativa composto por molas (M1 e/ou M2 e/ou M3) e barras tensionadoras (5), devidamente posicionadas ao longo da órtese (1) com o objetivo de promover a impulsão suave do cotovelo, estimulando assim o movimento de flexão dos membros superiores, ou seja, o restabelecimento anátomo fisiológico dos mesmos. Nesta forma de viabilização da invenção, a braçadeira superior (2) é composta de borracha dublada com tecido (2B), placas (2P) de termoplástico rígido em formato côncavo e meio de fechamento (2F) em velcro, Zíper ou botão de pressão. O apoio (4) para cotovelo é fabricado em borracha dublada com tecido (4B), amortecedores (4A) internos em polímero de alta memória e baixa dureza, termoplásticos de alta memória e baixa dureza, tecidos e espumas. A composição da luva-tala (3) compreende borracha dublada com tecido (3B), tala côncava (3T) em termoplástico, um abdutor (3A) de termoplástico rígido fixado na tala côncava (3T) e meio de fechamento (3F) em Velcro, zíper ou botão de pressão. O módulo de tensão ativa é formado por pelo menos duas barras tensionadoras (5) de termoplástico de engenharia com alta flexibilidade e memória e duas molas de tensão (M1), além dos suportes côncavos (7) com orifícios (6), em termoplásticos rígidos, para barras tensionadoras (5) e orifícios (6') para as molas (M1), suportes estes que são fixados externamente nas placas (2P) da braçadeira superior (2) e na tala (3T) côncava da luva-tala (3). Um stop (8) evita que o apoio para cotovelo se movimente ao longo das barras tensionadoras (5). A quantidade de barras tensionadoras (5) e o tipo de molas (M1 e/ou M2 e/ou M3) utilizadas são pré-determinadas por orientação médica e necessidade de cada caso.
[021] Em uma variação construtiva da órtese, conforme ilustrado na figura 5, o módulo de tensão ativa é formado por pelo menos três barras tensionadoras (5) de termoplástico de engenharia com alta flexibilidade e memória, uma mola de tração (M2), uma mola de tensão (M1) e uma mola chata (M3), além dos suportes côncavos (7) com orifícios (6 E 6'), em termoplásticos rígidos, das barras tensionadoras (5) e molas (M1 e M2) os quais são fixados externamente nas placas (2P) da braçadeira superior (2) e na tala (3T) côncava da luva-tala (3). No referido orifício (6) dos suportes (7) da braçadeira superior (2) e da luva-tala (3) são inseridas as barras tensionadoras
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6/6 (5), ao passo que nos orifícios (6') as molas (M1 e M2) tomam lugar, sendo a mola M1 passante e a mola de tração (M2), não passante, entre os suportes (7) inferiores da braçadeira superior (2) e luva-tala (3) ao passo que a mola chata (M3) permanece no apoio (4) do cotovelo [022] Conforme ilustrado nas figuras 6 e 7, uma vez vestida a órtese (1), o módulo de tensão ativa acionará o braço enrijecido pela espasticidade, com tensão constante e suave, a partir do cotovelo, propiciando movimentação deste membro e fortalecendo o mesmo e auxiliando nos exercícios e fisioterapia para que o usuário readquira os movimentos durante o tratamento.
[023] A forma de viabilização da invenção acima não é limitada aos materiais citados, podendo os mesmos, sem prejuízo ao conceito inventivo ser estendido para vários tipos de tecidos, metais, termoplásticos, borrachas, aço carbono, aço inoxidável, poliuretanos, silicones, gel, fibras de carbono e vidro. Da mesma forma, a órtese poderá ser fabricada em diferentes tamanhos e configurações das luvas-tala, apoios para cotovelo e braçadeira superior.

Claims (4)

REIVINDICAÇÕES
1) “ÓRTESE COM TENSIONAMENTO ATIVO PARA MEMBROS SUPERIORES”, composta por uma braçadeira superior (2), na posição do bíceps e tríceps, um apoio (4) para cotovelo, uma luva-tala (3) caracterizado por possuir um módulo de tensão ativa composto por molas (M1 e/ou M2 e/ou M3) e barras tensionadoras (5) posicionadas em suportes (7) fixados externamente nas placas (2P) da braçadeira superior (2) e na tala (3T) côncava da luva-tala (3) com o objetivo de promover a impulsão suave do cotovelo, estimulando assim o movimento de flexão dos membros superiores; um stop (8) evita que o apoio para cotovelo se movimente ao longo das barras tensionadoras (5).
2) “ÓRTESE COM TENSIONAMENTO ATIVO PARA MEMBROS SUPERIORES” de acordo com a reivindicação 1 caracterizado pelo módulo de tensão ativa ser formado por pelo menos duas barras tensionadoras (5) de termoplástico de engenharia com alta flexibilidade e memória e duas molas de tensão (M1), além dos suportes côncavos (7) com orifícios (6), em termoplásticos rígidos, para barras tensionadoras (5) e orifícios (6') para as molas (M1), suportes estes que são fixados externamente nas placas (2P) da braçadeira superior (2) e na tala (3T) côncava da luva-tala (3); um stop (8) evita que o apoio para cotovelo se movimente ao longo das barras tensionadoras (5).
3) “ÓRTESE COM TENSIONAMENTO ATIVO PARA MEMBROS SUPERIORES” de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por em uma variação construtiva o módulo de tensão ativa ser formado por pelo menos três barras tensionadoras (5) de termoplástico de engenharia com alta flexibilidade e memória, uma mola de tração (M2), uma mola de tensão (M1) e uma mola chata (M3).
4) “ÓRTESE COM TENSIONAMENTO ATIVO PARA MEMBROS SUPERIORES” de acordo com a reivindicação 1 caracterizado pela quantidade de barras tensionadoras (5) e o tipo de molas (M1 e/ou M2 e/ou M3) utilizadas serem pré-determinadas por orientação médica e necessidade de cada caso.
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