BR102017021257A2 - Processo integrado à produção de etanol celulósico, lignina e seus derivados para produção de biomassa de leveduras e coprodutos obtidos a partir de substratos hemicelulósicos - Google Patents

Processo integrado à produção de etanol celulósico, lignina e seus derivados para produção de biomassa de leveduras e coprodutos obtidos a partir de substratos hemicelulósicos Download PDF

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Abstract

processo integrado à produção de etanol celulósico, lignina e seus derivados para produção de biomassa de leveduras e coprodutos obtidos a partir de substratos hemicelulósicos. o presente pedido de patente de invenção descreve o processo para produção de biomassa celular e coprodutos, a partir da utilização de leveduras capazes de assimilar e metabolizar as pentoses das hemiceluloses, proveniente do hidrolisado de bagaço de cana, que passa a ser utilizada como fonte proteica; conferindo, dessa maneira, uma nova utilização para essa fração, que, em geral, acaba não sendo utilizada para a produção de etanol de segunda geração.

Description

PROCESSO INTEGRADO À PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO, LIGNINA E SEUS DERIVADOS PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DE LEVEDURAS E COPRODUTOS OBTIDOS A PARTIR DE SUBSTRATOS HEMICELULÓSICOS
BREVE DESCRIÇÃO [001] Trata a presente solicitação de patentes de invenção de um inédito “PROCESSO INTEGRADO À PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO, LIGNINA E SEUS DERIVADOS PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DE LEVEDURAS E COPRODUTOS OBTIDOS A PARTIR DE SUBSTRATOS HEMICELULÓSICOS” que se refere ao processo de produção de biomassa de leveduras e de coprodutos, integrado à produção de etanol celulósico, lignina e seus derivados, a partir de substratos hemicelulósicos, com a utilização de flegmaça, vinhaça e águas residuais.
CAMPO DE APLICAÇÃO [002] A presente invenção pertence à seção de química, ao setor de bioquímica e biotecnologia, por se tratar de um processo de produção de biomassa de leveduras e coprodutos, integrados a processos de produção de etanol celulósico, lignina e seus derivados.
CONVENCIMENTO [003] A busca e utilização de processos e produtos que visam menores danos ambientais e maior reaproveitamento de matéria-prima é cada vez maior, prova disso é o grande desenvolvimento da biotecnologia nos últimos anos. Os combustíveis renováveis, maior parte proveniente da atividade de microrganismos em matérias-primas de origem vegetal são referência quando se pensa em biotecnologia.
[004] O reaproveitamento de resíduos da indústria sucro-alcooleira, a fim de a melhorar a produção de etanol tem sido uma alternativa eficiente para minimizar problemas relacionados ao grande volume de resíduo gerado, representado pelo bagaço, pela palha da cana e pela vinhaça, e da destinação de grandes áreas ao cultivo de cana-de-açúcar e que deixam de ser utilizadas para o cultivo de alimentos. Esses problemas podem ser amenizados pela possibilidade de produção de energia, através aplicação do bagaço em sistemas de cogeração, tornando a usina autossustentável energeticamente (Conab, 2011); da utilização do bagaço na obtenção de diversos produtos e, ainda na maximização da produção de etanol, através do etanol de segunda geração, o qual
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2/7 possibilita a duplicação da produção da usina, sem haja necessidade de aumento das áreas de cultivo de cana-de-açúcar (Pereira, 2008; Trigueiro, 2013).
[005] O combustível conhecido por etanol de segunda geração é considerado um combustível renovável que apresenta como principais vantagens o aproveitamento da grande área de plantio já existente e o aumento significativo na produção de etanol, devido à utilização do bagaço proveniente da quebra da lignocelulose (Rossi et al., 2014). [006] Para que o etanol de segunda geração seja produzido, o bagaço da cana-deaçúcar, obrigatoriamente, deve passar por um processo de hidrólise, para que haja liberação de açúcares passiveis de redução biológica; e, em alguns casos até por um pré-tratamento, e por fim, o bagaço é fermentado, como o etanol de primeira geração, salvo os casos em que de sacarificação e fermentação ocorrem em conjunto (Huber e Bruce, 2009).
[007] O bagaço seco da cana-de-açúcar é constituído basicamente por celulose (45 a 50%), hemicelulose (20 a 25%) e lignina (15 a 20%) além de cinzas, ceras e outros carboidratos (5 a 10%). A celulose é constituída basicamente por moléculas de glicose unidas através de ligações beta 1,4. Por sua vez, a hemicelulose é formada principalmente por pentoses como a xilose e arabinose. Ao contrário da celulose, a hemicelulose é facilmente hidrolisada pela combinação de temperatura e soluções diluídas de ácidos minerais como sulfúrico e clorídrico. No entanto, os açúcares liberados por ela liberado são essencialmente pentoses, difíceis ou mesmo impossíveis de serem fermentados para a produção de etanol pela maioria das espécies de leveduras, porém, algumas leveduras especiais podem assimilar e metabolizar as pentoses para produção de biomassa celular e proteínas de alto valor nutritivo.
[008] A partir disso, foi observada a possibilidade de utilizar o hidrolisado da fração hemicelulose do bagaço de cana para produção de levedura seca como fonte proteica, enquanto a fração de celulose pode ser hidrolisada e fermentada junto com melaço ou com mosto para produção do etanol de segunda geração, sem grandes modificações no processo de produção. O que permite às usinas ampliar as alternativas de uso do bagaço de cana, para além da geração de vapor, cogeração de energia, produção de etanol de segunda geração e, a partir do processo de produção objeto deste pedido de patente,
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3/7 para a produção de biomassa de leveduras e, dessa maneira, reduzir a competição de alimento e combustível.
[009] Nesse contexto, observa-se que o processo descrito por este pedido de patente, que aborda a utilização do hidrolisado de hemicelulose, é de grande importância para a indústria e para o meio ambiente, uma vez que trata-se da destinação de uma fração que, em geral, não é utilizada para a produção de etanol de segunda geração, uma vez que o hidrolisado ácido apresenta baixas concentrações açúcares, inibidores como o acetato, além de, requerer o consumo de vapor para concentrar o caldo e linhagens de leveduras geneticamente modificadas ou selecionadas para fermentação de pentoses. [010] Além disso, o processo descrito neste pedido, ainda permite que leveduras com capacidade de assimilar e metabolizar as pentoses para produção de biomassa celular e proteínas de alto valor nutritivo e que antes eram consideradas um problema por não poderem transformar xilose em etanol, possam a ser empregadas na produção de biomassa, uma vez que a fração de hemicelulose será direcionada para a produção de biomassa celular e proteína, ao invés de ser desviada para a produção de etanol. ANTECEDENTES DA INVENÇÃO [011] No atual estado da técnica, estão presentes alguns documentos que descrevem processos de produção de biomassa a partir da utilização de frações celulósicas. Apesar disso, nenhuma das anterioridades encontradas antecipa completamente a proposta descrita por este pedido de patente.
[012] O documento de patente CA2755981, intitulado Method for producing ethanol and co-products from cellulosic biomass e presente no atual estado da técnica, descreve melhorias em processos de produção de etanol e de coprodutos derivados de biomassa celulósica, no que diz respeito a melhorias em pré-tratamentos da matéria-prima utilizada, por exemplo, na impregnação de ácidos e nos tratamentos à vapor.
[013] O pedido de patente WO2011097065, intitulado Method of producing sugars using a combination of acids to selectively hydrolyze hemicellulosic and cellulosic materials, também presente no atual estado da técnica, descreve um método para a produção de açúcares que utiliza uma combinação de ácidos para a hidrólise da hemicelulose e da celulose. Tal combinação de ácidos é composta por um ácido orgânico fraco, usado para hidrolisar de forma descontínua, semi-continua ou contínua a hemicelulose
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4/7 disponibilizando assim suas pentoses; e de um ácido inorgânico forte, para disponibilizar a fração celulósica na biomassa.
[014] Também está presente no atual estado da técnica o pedido de patente BR8801894, intitulado Processo para a produção de um hidrolisado de hemicelulose e polpa especial que descreve processo para a produção de um hidrolisado de hemicelulose e polpa especial a partir de madeira, matéria-prima que contém lignocelulose, através de duas etapas: a primeira etapa compreende a pré-hidrólise do material e a segunda etapa compreende a dissolução da lignina contida no material pré-hidrolisado, caracterizado pelo fato de que a dissolução da lignina é realizada por meio de cozimento ao sulfito neutro com antraquinona ou um derivado como um catalisador.
[015] Apesar das anterioridades encontradas no atual estado da técnica descreverem processos de produção de produtos e coprodutos a partir de biomassa de hemicelulose ou celulose nenhuma delas antecipa totalmente a proposta do presente pedido de patente. Por mais que todas as propostas apresentadas tenham suas vantagens, todas acabam descrevendo pré-tratamentos e não a utilização a fração de hemicelulose do hidrolisado de bagaço de cana para a produção de produtos e coprodutos, como o presente pedido de patente, que descreve tal processo a partir da utilização de leveduras capazes de assimilar e metabolizar as pentoses das hemiceluloses para produção de biomassa celular.
OBJETIVO DA INVENÇÃO [016] A presente invenção tem como objetivo produzir biomassa de leveduras e coprodutos a partir da utilização do hidrolisado da fração de hemicelulose do bagaço de cana.
DA INVENÇÃO [017] O presente pedido de patente de invenção descreve o processo de produção de biomassa de leveduras e coprodutos que utiliza como fonte proteica a fração de hemicelulose do hidrolisado de bagaço de cana conferindo, dessa maneira, uma nova utilização para essa fração, que, em geral, acaba não sendo utilizada para a produção de etanol de segunda geração, por ela apresentar baixas concentrações de açúcares, possuir inibidores como o acetato e requerer o consumo de vapor para concentrar o
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5/7 caldo e linhagens de leveduras geneticamente modificadas ou selecionadas para fermentação de pentoses.
VANTAGENS DA INVENÇÃO [018] Em suma, a presente invenção apresenta como principais vantagens:
V O processo utilizar o caldo do hidrolisado diretamente após correção de seu pH e clarificação;
V O processo dispensar a necessidade de caldo concentrado;
V O processo dispensar a utilização enzimas;
V O processo utilizar resíduos e/ou efluentes provenientes do processo de produção de etanol, o que reduz o impacto ambiental;
V O processo dispensar a detoxificação do hidrolisado;
V O processo apresentar menor risco de contaminação bacteriana;
V Durante o processamento as leveduras utilizadas transformarem outros compostos, como o acetato, em biomassa celular;
V O processo não requerer o uso de leveduras geneticamente modificadas;
V O vinho resultante da multiplicação das leveduras apresentar pH superior a 6,0;
V O hidrolisado da hemicelulose possibilitar a produção de biomassa celular, enquanto que o hidrolisado da celulose pode ser misturado e fermentado junto com o melaço ou caldo, dessa maneira, aproveitando a estrutura da usina e os reciclos fermentativos.
DESCRIÇÃO DA FIGURA [019] A invenção será descrita em uma realização preferencial, assim, para melhor entendimento serão feitas referências ao fluxograma e à figura anexa.
V Figura 1: Fluxograma do processo para produção de biomassa de leveduras e coprodutos obtidos a partir de substratos hemicelulósicos;
V Figura 2: Consumo de acetato pelas leveduras e sua influência sobre o pH do vinho do hidrolisado.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO [020] O PROCESSO INTEGRADO À PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO, LIGNINA E SEUS DERIVADOS PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DE LEVEDURAS E COPRODUTOS OBTIDOS A PARTIR DE SUBSTRATOS HEMICELULÓSICOS
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6/7 (Fig.1) se dá através das seguintes etapas: inicialmente a biomassa vegetal (ex: bagaço e/ou palha de cana ) (1) é tratado (E1) com flegmaça (2) e ácido sulfúrico diluído (3), originando o hidrolisado (4) que é então aquecido (E2) por 30 minutos à 120°C e, em seguida, resfriado (E3) a temperatura ambiente e tem seu pH ajustado (E4) para 5, utilizando-se parte da vinhaça (5) recirculada do processo de fermentação convencional e leite de cal. Após o ajuste do pH, o hidrolisado (6) é peneirado/filtrado (E5) e origina um “mosto” de xilose (7) e um residual de bagaço (8), contendo celulose e lignina. Este mosto (7) é então decantado (E6), passando por um processo de separação de terra, é resfriado e enviado ao propagador (E7), juntamente com o inoculo da levedura (9) a ser produzida (E8), na forma de batelada e/ou continuamente. Finalizado o processo de multiplicação da levedura (E8), a mistura mosto+levedura (10) é centrifugada (E9), originando o creme/levedo (11) e “vinhaça” residual (12). Uma parte da “vinhaça” residual é enviada ao campo, para fertirrigação (E10) e a outra parte reutilizada no processo de hidrólise (E11) do bagaço residual (8), contendo celulose e lignina, e seguem a rota convencional do etanol celulólico (13). Uma pequena parte do creme/levedo (11) é reenviado ao propagador/multiplicador (E7), servindo como inóculo para um novo processo de multiplicação. O restante pode ser utilizado na produção de levedura seca (E12), em processos que podem ser diretos (E15) ou por separação de RNA (E16), na produção de extrato de levedura (E13) e de parede celular (E14). Em todos os casos, os materiais obtidos desses processos são enviados a um processo de secagem (E17) e então ensaque (E18).
[021] A partir do processo de produção anteriormente descrito, tem-se que, partir de 01 tonelada de bagaço e/ou palha de cana (1), com 50% de umidade, ou seja, 500 kg de massa seca, obtém-se aproximadamente 52,85 kg de biomassa seca. Nesta massa seca, 27,5% de sua composição é de hemicelulose, a qual ao passar por um processo de hidrólise, com eficiência de 80%, incorporará moléculas de água e gerará 113 kg de Xilose. A taxa de conversão de xilose em biomassa celular seca é, em média, de 3:1, gerando assim 38,6 kg de biomassa seca. Além disso, produz-se 30g de ácido acético por kg de bagaço seco. A conversão de ácido acético em biomassa celular, pela via do glioxalato possui razão entre 1:1 e 2:1, com eficiência de 95%, gerando 14,25 kg de
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7/7 biomassa seca. Logo, o total gerado, em 01 tonelada de bagaço é de, aproximadamente, 52,85 kg de biomassa seca.
[022] Os resultados obtidos a partir da utilização das leveduras Candida utilis, também conhecida por Torula, e Candida tropicalis, demonstraram que elas foram capazes de assimilar e metabolizar as pentoses para produção de biomassa celular e proteínas de alto valor nutritivo, pois foram capazes de se multiplicar no hidrolisado, aumentando a turbidez do meio e a densidade óptica (D.O.) medida a 600nm. Contagens realizadas ao microscópio revelaram populações finais de 5x107 a 2,3x108/mL, enquanto que, para a biomassa seca foram obtidas concentrações que variaram de 15,5 a 22,0 g/L após 72 horas de multiplicação, como pode ser observado na tabela a seguir. Em relação ao consumo de xilose as leveduras apresentaram as seguintes taxas: 99,85% (levedura C), 66,70% (levedura D), 41,66% (levedura B) e 30,67% (levedura A).
[023] Multiplicação das leveduras utilizando o hidrolisado do bagaço de cana
Leveduras D.O. inicial D.O. final D.O. obtida População final (células/mL) Biomassa seca (g/L)
A 0,194 2,523 2,329 2.3 x 108 22,0
B 0,184 2,097 1,913 5.4 x IO7 20,0
C 0,284 2,700 2.416 1.5 xlO8 15,5
D 0,183 2,301 2,118 6,0 x IO7 18,5
[024] Outro resultado importante, revelou que as leveduras foram capazes de metabolizar o ácido acético. O que pôde ser comprovado pelo aumento do pH do meio, pela redução da concentração de acetado no meio e, pelos rendimentos em biomassa celular acima do esperado de algumas das leveduras. Estes resultados sobre a produção adicional de biomassa, consumo de acetato e elevação do pH pelas leveduras estão diretamente relacionados com a habilidade de algumas espécies em transformar diferentes substratos em biomassa celular. Tal resultado encontra-se apresentado no gráfico da figura 2.

Claims (4)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1) PROCESSO INTEGRADO À PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO, LIGNINA E SEUS DERIVADOS PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DE LEVEDURAS E COPRODUTOS OBTIDOS A PARTIR DE SUBSTRATOS HEMICELULÓSICOS caracterizado pela utilização das leveduras Candida utilis, e Candida tropicalis.
  2. 2) PROCESSO INTEGRADO À PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO, LIGNINA E SEUS DERIVADOS PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DE LEVEDURAS E COPRODUTOS OBTIDOS A PARTIR DE SUBSTRATOS HEMICELULÓSICOS, de acordo com a reivindicação 1, ser caracterizado por compreender as seguintes etapas de execução: o bagaço e/ou palha de cana (1) ser tratado (E1) com flegmaça (2) e ácido sulfúrico diluído (3), originar o hidrolisado (4) que é aquecido (E2) e, em seguida, resfriado (E3), ter seu pH ajustado (E4) utilizando-se vinhaça (5) recirculada e leite de cal; após ajuste do pH, o hidrolisado (6) é peneirado/filtrado (E5) originando “mosto” de xilose (7) e residual de bagaço (8); o mosto (7) é decantado e resfriado (E6) e, então, adicionado (E7) ao propagador, juntamente com o inoculo da levedura (9) a ser produzida (E8); após a multiplicação da levedura (E8), a mistura mosto+levedura (10) é centrifugada (E9), originando o creme/levedo (11) e “vinhaça” residual (12), da qual uma parte é utilizada em fertirrigação (E10) e a outra parte reutilizada no processo de hidrólise (E11) do bagaço residual (8), o qual segue à rota convencional do etanol celulósico (13); uma parte do creme/levedo (11) é reenviado ao propagador/multiplicador (E7), para ser utilizado como inóculo em um novo processo de multiplicação; o restante pode ser utilizado na produção de levedura seca (E12), em processos diretos (E15) ou por separação de RNA (E16), na produção de extrato de levedura (E13) e de parede celular (E14); em todos os casos, os materiais obtidos desses processos (E12, E13 e E14) são secos (E17) e embalados (E18).
  3. 3) PROCESSO INTEGRADO À PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO, LIGNINA E SEUS DERIVADOS PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DE LEVEDURAS E COPRODUTOS OBTIDOS A PARTIR DE SUBSTRATOS HEMICELULÓSICOS, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, ser caracterizado pelo creme/levedo (11) obtido no processo poder ser reutilizado como inóculo para um novo processo de multiplicação, na produção de levedura seca (E12), em processos que
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    2/2 podem ser diretos (E15) ou por separação de RNA (E16), na produção de extrato de levedura (E13), ou ainda, na de parede celular (E14).
  4. 4) PROCESSO INTEGRADO À PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO, LIGNINA E SEUS DERIVADOS PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DE LEVEDURAS E COPRODUTOS OBTIDOS A PARTIR DE SUBSTRATOS HEMICELULÓSICOS, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, o processo seja caracterizado por resultar em, para cada tonelada de bagaço e/ou palha de cana-de-açúcar (1) processada, 52,85 kg de biomassa seca, provenientes da conversão de xilose e da conversão de ácido acético.
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