BR102017013407A2 - sistema micelar termoreversível de poloxâmero 407, óleo vegetal e insulina, processo de obtenção, composição farmacêutica e usos - Google Patents

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José Mário Barichello
Lucas Andrade Ferreira
Luana Christian Gonçalves Da Silva
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Universidade Federal De Ouro Preto
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sistema micelar termorreversível de poloxâmero 407, óleo vegetal e insulina, processo de obtenção, composição farmacêutica e usos. resumo este relatório diz respeito a um sistema micelar termo reversível de poloxâmero 407 (sm), a óleos vegetais, mais especificamente, o óleo de açaí (açai) e o óleo de buriti (buriti) e a um fármaco, mais especificamente a insulina (ins), seu processo de obtenção e uso no tratamento do diabetes mellitus tipos 1 e 2. estudo pré-clínico das preparações sm-açai-ins e sm-buriti-ins administrada na mucosa de ratas albinas normais e diabéticas da linhagem fischer demonstra efeito hipoglicêmico prolongado quando comparado à formulação sm contendo apenas ácido oleico puro (controle positivo). açai e buriti oferecem o diferencial de serem produtos naturais muito consumidos pelas comunidades nativas da região de produção dos frutos, podendo ser utilizados como agentes que promovam a absorção de ins por vias não invasivas de maneira segura, e sem efeitos colaterais no uso continuado, uma premissa no tratamento do diabetes mellitus tipos 1 e 2 .

Description

SISTEMA MICELAR TERMORREVERSÍVEL DE POLOXÂMERO 407, ÓLEO VEGETAL E INSULINA, PROCESSO DE OBTENÇÃO, COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA E USOS.
CAMPO DA INVENÇÃO [0001] A presente invenção diz respeito a um sistema micelar termorreversível de poloxâmero 407 (SM) a óleos vegetais, mais especificamente, o óleo de açaí (AÇAI) e o óleo de buriti (BURITI) e a um fármaco, mais especificamente a insulina (INS), seu processo de obtenção e composições farmacêuticas. A presente invenção diz respeito ainda ao uso de tais composições no tratamento do diabete mellitus por via não invasiva, preferencialmente para a promoção de absorção/permeação de INS em mucosas e na pele de seres humanos.
ESTADO DA TÉCNICA [002] Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes, o diabetes mellitus é um problema de saúde pública mundial que atingiu cerca de 366 milhões de indivíduos no ano de 2012. A terapia convencional para o tratamento do diabetes mellitus tipo 1 e 2 utiliza formulações de insulina (INS) administradas por via parenteral (subcutânea, intravenosa e intramuscular). Em pacientes diabéticos que fazem uso diário de INS, a administração ocorre principalmente pela via subcutânea. Estas aplicações geram efeitos secundários indesejáveis como lipoatrofia e lipoipertrofia nos locais de aplicação, além do incômodo diário da picada (injeção), limitando a completa adesão de pacientes diabéticos tipo 2 ao tratamento com INS.
[003] As pesquisas em formulações não invasivas de INS utilizam, em sua maioria, promotores de absorção/permeação, pois a permeabilidade da molécula deste fármaco é limitada devido ao seu elevado peso molecular e a sua reduzida lipofilia. Ácidos graxos têm se destacado como promotores de absorção/permeação de INS em mucosas por serem compostos endógenos constituintes de biomembranas e da pele, estando presentes em quase todos os tecidos humanos (FISCHER, S. Dietary polyunsaturated fatty acids and eicosanoid formation in humans. Adv. Lip. Res., v.23, p.169-198, 1989).
[004] Em destaque, o ácido oleico e o ácido linoleico puro se mostraram eficazes promotores de absorção/permeação de INS em diferentes mucosas utilizando diferentes
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2/13 formulações (SUZUKI, A; MORISHITA, M; KAJITA, M.; TAKAYAMA, K.; ISOWA, K.; CHIBA, Y.; TOKIWA, S.; NAGAI, T. Enhanced colonic and rectal absorption of insulin using a multiple emulsion containing eicosapentaenoic acid and docosahexaenoic acid. J. Pharm. Sci., v.87, n.10, p.1196-202, 1998; MORISHITA, M.; BARICHELLO, J.M.; TAKAYAMA, K.; CHIBA, Y.; TOKIWA, S.; NAGAI,T. Pluronic® F127 gels incorporating highly purified unsaturated fatty acids for buccal delivery of insulin. Int. J. Pharm., v.212, n.2, p.289-293, 2001). O ácido palmítico puro, por outro lado, auxiliou no controle da liberação de fármacos e na adesão eficiente de micelas a mucosa quando foi usado como co-surfactante ou biossurfactante, formando uma camada micelar rígida (MESIHA, M.; PLAKOGIANNIS, F.; VEJOSOTH, S. Enhanced oral absorption of insulin from desolvated fatty acid-sodium glycocholate emulsions. Int. J. Pharm., v.111, n.3, p.213-216, 1994).
[005] Como agentes promotores de absorção, o ácido oleico, linoleico, linolênico, docosaexaenoico e eicosapentaenoico puros, formulados isoladamente em emulsões do tipo A/O/A promoveram a absorção de insulina em diferentes porções do intestino (MORISHITA, M.; MATSUZAWA, A.; TAKAYAMA, K.; ISOWA, K.; NAGAI, T. Improving insulin enteral absorption using water-in-oil-in-water emulsion. Int. J. Pharm., v.172, n.1-2, p.189-198, 1998), enquanto o ácido oleico, docosaexaenoico e eicosapentaenoico puros, formulados em hidrogéis de poloxâmero 407, promoveram a absorção bucal e retal de INS (BARICHELLO, J.M.; MORISHITA, M; TAKAYAMA, K; CHIBA, Y; TOKIWA, S.; NAGAI, T. Enhanced rectal absorption of insulin-loaded Pluronic® F-127® gels containing unsatured fatty acids. Int. J. Pharm., v.183, n.2, p.125-132, 1999).
[006] Adicionalmente, o uso do ácido linoleico em micelas mistas evitou danos à mucosa de cães após a administração endoscópica, o que não ocorreu quando sais biliares puros nas mesmas concentrações foram administrados. O ácido oleico também demonstrou aumentar a permeabilidade da INS presente em soluções micelares mistas administradas no duodeno e jejuno médio e distal dos animais (SCHILLING, R. J.; MITRA, A. K. Intestinal mucosal transport of insulin. Int. J. Pharm., v. 62, p. 53-64, 1990).
[007] O ácido linoleico apresenta outras propriedades como, por exemplo, diminuiu o risco de doenças cardiovasculares, por promover a redução dos níveis de colesterol LDL no organismo. A este óleo também é relatado aplicação no tratamento de
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3/13 doenças como dermatites, como “agente protetor” na prevenção do câncer de próstata, na degeneração muscular, isquemias e epilepsias (WHIGHAM, L.D., COOK, M.E., ATKINSON, R.L. Conjugated linoleic acid: Implications for human health. Pharmacol. Res. v.42, p500-512, 2000). Já o ácido oleico apresenta potencial para ser utilizado no controle de processos inflamatórios.
[008] O poloxamero 407 (P407) é formado por duas cadeias de óxido de etileno (OE) nas extremidades e uma cadeia de óxido de propileno (OP) na parte central da molécula, originando um copolímero tribloco (OE95.105-OP54-60-OE95.105). P407 é comercializado sob os nomes Pluronic® F127, Lutrol® F127, Synperonic™ PE/F127, Tetronic® 908, dentre outros. P407 foi descrito pelo Food andDrug Adminislralion dos Estados Unidos da América como inerte para preparações intravenosas, suspensões, preparações oftálmicas, tópicas e orais (ROWE, R.; SHESKEY, P.; OWEN, S. Pharmaceutical Handbook of Pharmaceutical Excipients, 5th Edition. London UK and American Pharmaceutical Association: Washington, 2005).
[009] Em solução aquosa, a interação entre os segmentos de P407 permite que a formulação se apresente como uma solução micelar (estado sol) a baixa temperatura, se transformando em gel micelar semirrígido (estado gel) com o aumento da temperatura acima de 25°C. Um fator de extrema importância nos géis formados a partir de P407, diz respeito à capacidade destes géis formarem matrizes que promovem a estabilidade de proteínas e peptídeos presentes na formulação (STRATTON L. P., DONG A, MANNING M. C., CARPENTER J. F. Drug delivery matrix containing native protein precipitates suspended in a poloxamer gel. J. Pharm. Sci, v86, n9, p1006-1010, 1997). Outro fator de extrema importância dos géis de P407 é a capacidade de liberar simultaneamente, de forma segura e em concentração considerável e contínua, o fármaco e o agente promotor de absorção/permeação no sitio de entrega.
[010] Visto que pacientes diabético necessitam realizar a terapia farmacológica de administração de INS pelo resto da vida, o desenvolvimento de estratégias não invasivas contendo agentes que promovam a absorção de INS de maneira segura, e sem efeitos colaterais no uso continuado é desejado.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO [011] O objeto da presente invenção diz respeito a um sistema micelar termo reversível de poloxâmero 407 (SM), a óleos vegetais, mais especificamente, o óleo de
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4/13 açaí (AÇAI) e o óleo de buriti (BURITI), e a um fármaco, mais especificamente a insulina (INS), seu processo de obtenção e composições farmacêuticas. A presente invenção diz respeito ainda ao uso de tais composições no tratamento do diabete mellitus por via não invasiva, preferencialmente para a administração e a absorção/permeação de INS em mucosas e na pele de seres humanos. Especificamente, os aspectos da presente invenção provem o que segue.
[012] De acordo com um primeiro aspecto da presente invenção, um óleo vegetal constituído de mistura de ácidos graxos saturados e insaturados para promover a absorção/permeação de INS é caracterizado por incluir majoritariamente um ácido graxo de cadeia longa mono insaturado, o ácido oleico; um ácido graxo de cadeia longa saturada, o ácido palmítico e, um ácido graxo de cadeia longa poli-insaturada, o ácido linoleico.
[013] De acordo com um segundo aspecto da presente invenção, uma preparação homogênea de um óleo vegetal do primeiro aspecto e de um fármaco em solução aquosa, contendo ou não sais e aditivos farmacêuticos, é caracterizada por incluir de 5 a 25% do copolímero tribloco poloxamero 407 (P407).
[014] De acordo com um terceiro aspecto da presente invenção, um sistema promotor de absorção/permeação de um fármaco, mais especificamente de INS, em mucosas e pele de seres humanos é caracterizado por conter um óleo vegetal do primeiro aspecto ou a preparação de um óleo vegetal do segundo aspecto.
[015] De acordo com o primeiro aspecto, um óleo de origem vegetal provido pela presente invenção é, por exemplo, o óleo de açaí (AÇAI). AÇAI é extraído dos frutos do açaizeiro (Euterpe oleracea Martius) se apresentando como um líquido viscoso com coloração verde, rico em ácidos graxos, em antocianinas (substâncias antioxidantes) e em fitoesteróis (β-sitosferol, stigmasterol e campesterol, substâncias que promovem metabolismo celular e reduzem processos inflamatórios). A composição principal de ácidos graxos saturados e insaturados do AÇAI (Beraca®, Brasil) utilizado na presente invenção, conforme determinado por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas é apresentado na Tabela 1. Conforme observado na Tabela 1, os ácidos graxos majoritários do AÇAI são o ácido oleico (67%), o ácido palmítico (15%) e ácido linoleico (5%).
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5/13 [016] De acordo com o primeiro aspecto, outro óleo vegetal provido pela presente invenção é, por exemplo, o óleo de buriti (BURITI), que é extraído da polpa dos frutos do buriti (Mauritia flexuosa). BURITI é rico em ácidos graxos e em carotenoides, sendo considerada a maior fonte natural de β-caroteno (antioxidante e estimulador da renovação celular), e que é responsável pela cor alaranjada do óleo. BURITI também é rico em vitamina C e E, cálcio, ferro e proteínas, além de possuir atividade antibacteriana e cicatrizante. A composição principal de ácidos graxos saturados e insaturados do BURITI (Amazon Oil Industry, Ananindeua, PA, Brasil) utilizado na presente invenção, conforme determinado por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas é apresentado na Tabela 1. Conforme observado na Tabela 1, os ácidos graxos majoritários no BURITI são o ácido oleico (72%), ácido palmítico (16%) e ácido linoleico (2%).
[017] AÇAI e BURITI têm sido consumidos pelas comunidades nativas da região de produção dos frutos, sendo muito importantes para a nutrição humana, pois fornecem calorias, e atuam como veículo para vitaminas do tipo lipossolúveis (vitaminas A, D, K e E), além de serem fontes de ácidos graxos essenciais, como ácido linoleico, linolênico e araquidônico. Desta forma, estes óleos de origem vegetal são muito seguros, privados de efeitos colaterais mesmo quando utilizados continuamente, além de oferecerem outras propriedades e vantagens para os seres humanos.
[018] De acordo com o segundo aspecto, uma preparação do óleo vegetal descrito no primeiro aspecto provida pela presente invenção, obrigatoriamente contem P407 na concentração de 5 a 25% em solução aquosa para a dispersão de AÇAI e BURITI ou mistura de óleos vegetais, podendo conter ou não excipientes farmacêuticos farmacologicamente aceitáveis.
[019] As composições farmacêuticas da presente invenção poderão ser adicionadas de um fármaco, como, por exemplo, a insulina (INS), e ser utilizadas no tratamento não invasivo do diabetes mellitus por via oral, retal, tópica, nasal, vaginal ou pulmonar, de acordo com a forma farmacêutica que pode ser líquida, semissólida ou sólida.
[020] As formas semissólidas podem se apresentar como géis, complexos lipídicos, emulsões O/A, emulsões múltiplas A/O/A, microemulsões O/A, nanoemulsões O/A e sistemas lipídicos auto-emulsificantes. Exemplos de excipientes para composições farmacêuticas semissólidas incluem metilcelulose,
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6/13 hidroxipropilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose, hidroxietilcelulose, carboximetilcelulose, gelatina, polímeros derivados do ácido acrílico e metacrílico, polietilenoglicóis, propilenoglicol, óleos vegetais, silicones, álcool cetílico, álcool estearílico, álcool cetoestearilico, monoestearato de glicerila, monopalmitato de glicerila, monooloeato de glicerila, cera de ésteres cetílicos, cera autoemulsificante não iônica e aniônica, laurilsulfato de sódio, EDTA dissódico, fenol, cresol, D,L-atocoferol, ácido ascórbico, hidroxitolueno butilado (BHT), hidroxianisol butilado (BHA), solução conservante de parabenos, água destilada, cetilestearilsulfato de sódio, glicerina, oleato de decila e cloreto de benzalcônio.
[021] As formas sólidas, por sua vez, podem se apresentar como grânulos, cápsula de gelatina, cápsulas de hidroxipropilcelulose, licaps®, comprimido, comprimido filme revestido, cápsula e comprimido de liberação no cólon, comprimidos de liberação controlada, microcápsula, nanocápsula, micropartícula lipídicas e nanopartículas lipídicas. Exemplos de excipientes para as preparações sólidas são aglutinantes, desintegrantes, diluentes, lubrificantes, tensoativos, como celulose microcristalina, lactose, amido, manitol, estearato de magnésio, talco, dióxido de silício coloidal, óxido de magnésio, gelatina, hidroxipropilcelulose, eudragits® e caulim. Podem ser preparadas composições com um excipiente ou mistura de dois ou mais desses.
[022] O óleo vegetal descrito no primeiro aspecto, bem como, a preparação do óleo vegetal descrito no segundo aspecto da presente invenção podem conter fosfolipídios, sendo preferidos os fosfolipídios derivados de plantas e animais. O tipo de fosfolipídio não é particularmente limitado, e, por exemplo, glicerolfosfolipídios, tais como fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilinositol, fosfatidilserina e ácido fosfatídico, glicerolisofosfatidilcolina, tal como lisofosfatidilcolina, e fosfolipídeos como, por exemplo, esfingofosfolipídeos são exemplificados. Estes fosfolipídios podem ser utilizados sozinhos ou como mistura de dois ou mais destes.
[023] No óleo vegetal descrito no primeiro aspecto, bem como, na preparação do óleo vegetal descrito no segundo aspecto da presente invenção podem ser utilizados derivados de lecitina de plantas e animais que incluem um fosfolipídio sozinho ou como uma mistura de dois ou mais destes fosfolipídios. Por exemplo, lecitinas derivadas de animais tal como a lecitina de ovo ou leite, lecitina derivada de plantas como a soja, colza, trigo, arroz, milho, semente de algodão, cártamo, gergelim, semente de girassol,
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7/13 lecitinas fracionadas e lecitinas hidrogenadas destes, e assim por diante são exemplificados. Eles podem ser utilizados sozinhos, ou em combinação de dois ou mais destes tipos.
[024] O processo para obtenção do sistema micelar que compõe as composições farmacêuticas descritas nesta invenção compreende as seguintes etapas:
a. Adicionar P407, para concentração final de 5 a 25% p/p, à solução tampão fosfato isotônica pH 6,8 a 7,4, sob agitação moderada e em temperatura entre 4 e 8°C;
b. Manter a solução contendo P407 a 4°C por um período de 12 a 24 horas após dispersão do polímero;
c. Adicionar o óleo vegetal ou mistura de óleos vegetais, para concentração final de 3 a 50% p/p, à solução preparada na etapa “a”, e dispersar vigorosamente utilizando homogeneizador Ultra Turrax (IKA® T25) por 10 min, e em temperatura entre 4 e 8°C;
d. INS humana (5 a 100 unidades internacionais (UI) por grama (g) da composição total do sistema micelar) é adicionada a um microtubo e solubilizada em 100pL de ácido clorídrico 0,1M usando agitação por vortex. A solução de INS é imediatamente adicionada a preparação da etapa “c”, e dispersa sob agitação magnética vigorosa por 10 minutos, em temperatura entre 4 e 8°C.
e. Adicionar diretamente à composição micelar obtida na etapa “d” uma solução de hidróxido de sódio 0,1 M, em quantidade equimolar ao ácido clorídrico adicionado na etapa “d”.
[025] Esta invenção pode ser mais bem compreendida pela personificação detalhada dos exemplos a seguir, mas a presente invenção não é de modo algum limitada à personificação que segue, e a presente invenção pode ser realizada com apropriadas modificações no âmbito da presente invenção.
Exemplo 1: Preparo e características físico-químicas do sistema micelar termorreversível de poloxâmero 407 contendo óleos vegetais e INS [026] O polímero P407 é adicionado aos poucos à água ultrapura ou solução tampão isotônica de composição variada, mas com pH próximo a neutralidade (6,8 a 7,4), para concentração final de 16% p/p, sob agitação magnética moderada e em temperatura entre 4 a 8°C (método de dispersão a frio) conforme descrito por Schmolka
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8/13 (SCHMOLKA, I. R. Poloxamers in the pharmaceutical industry. In: TARCHA, P.J. Polymers for Controlled Drug Delivery. cap. 10, p.189-214, 1991). Para garantir a completa dissolução do polímero, a solução micelar de P407 (SM) é mantida entre 4°C a 8°C por período de 12 a 24 horas.
[027] Para a dispersão do óleo vegetal, adicionou-se AÇAI e BURITI, para a concentração final de 10%, a preparação SM e homogeneizou-se em Ultra Turrax (IKA® T25) na velocidade de 5.000 rpm por 15 min, e em temperatura entre 4 e 8°C.
INS humana (600 pg/mL) é adicionada a um microtubo e solubilizada em 100pL de ácido clorídrico 0,1M usando agitação por vortex. A solução de INS é imediatamente adicionada à SM contendo o óleo vegetal e homogeneização em Ultra Turrax (IKA® T25) na velocidade de 5.000 rpm por 15 min, e em temperatura entre 4 e 8°C. Volume correspondente de hidróxido de sódio 0,1M é posteriormente adicionado diretamente à SM contendo o óleo vegetal e INS para neutralizar o ácido clorídrico. SM contendo AÇAI e INS (SM-AÇAI-INS) formada nestas condições apresenta-se como uma solução leitosa levemente marrom-esverdeada, enquanto SM contendo BURITI e INS (SM-BURITI-INS) apresenta-se como uma solução leitosa levemente alaranjada.
[028] Conforme determinado pela técnica de espalhamento de luz dinâmico, o diâmetro médio das micelas/gotículas das composições SM-AÇAI-INS e SM-BURITIINS diluídas em água ultrapura foi aproximadamente 373,1 ± 2,4 nm e 335,2 ± 32,9 nm, respectivamente. O diâmetro médio das micelas/gotículas originadas a partir de uma preparação tem um papel importante na permeação de fármacos em membranas biológicas, visto que, sistemas com micelas/gotículas menores do que 1.000 nm tem melhor adesão às mucosas devido ao aumento da área de contato.
[029] A carga superficial das micelas/gotículas de SM-AÇAI-INS (-43,9 ± 1,9 mV) e SM-BURITI-INS (-44,0 ± 1,1 mV) indicam boa estabilidade físico-química destes sistemas, pois grandes forças repulsivas evitam à auto-agregação entre as unidades que compõem estas preparações.
[030] Conforme determinado por espectroscopia de fluorescência do pireno, a polaridade do microambiente do sistema micelar, ou escala “Py” (relação existente entre a intensidade da primeira banda vibrônica (I1) e a intensidade da terceira banda vibrônica (I3)), foi reduzida consideravelmente com a incorporação de AÇAI (0,689) e
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BURITI (0,612), em comparação ao sistema micelar onde foi incorporado o ácido oleico puro (0,916).
[031] A polaridade do microambiente micelar tem um papel importante na modulação do perfil de liberação do fármaco a partir da preparação. Neste caso, é sabido que a INS tem afinidade por superfícies hidrofóbicas. Desta forma é possível observar na Figura 2 que a liberação in vitro de INS a partir das composições SMAÇAI-INS e SM-BURITI-INS utilizando método de dissolução sem membrana ocorreu de forma mais lenta que a liberação de INS a partir do sistema micelar sem a incorporação de óleos.
Exemplo 2: Ensaio de avaliação pré-clínica do efeito hipoglicêmico de SM-AÇAIINS e SM-BURITI-INS administradas por via retal em ratas albinas Fischer saudáveis e diabéticas.
[032] Ratas albinas da linhagem Fischer com aproximadamente 120 dias de vida e peso médio de 200 g foram divididas em 7 grupos de cinco animais cada e submetidos a jejum de 48 horas. Cada grupo de animal recebeu por via retal dose única de 200 pL de um dos seguintes regimes terapêuticos preparados conforme descritos no exemplo 1: (a) Grupo SM: solução micelar sem substância alguma incorporada; (b) Grupo SMAÇAI: solução micelar contendo 10% de óleo de açaí; (c) Grupo SM-BURITI: solução micelar contendo 10% de óleo de buriti; (d) Grupo SM-INS: solução micelar contendo 15 UI/Kg de peso corporal de INS; (e) Grupo SM-AÇAI-INS: solução micelar de açaí contendo 15 UI/Kg de peso corporal de INS; (f) Grupo SM-BURITI-INS: solução micelar de óleo de buriti contendo 15 UI/Kg de peso corporal de INS; (g) Grupo SMOLEICO-INS: solução micelar contendo 5% de ácido oleico puro e 15 UI/Kg de peso corporal de INS. Para evitar que a formulação fosse expelida após administração dos regimes terapêuticos, um “clip” vedando a região do ânus foi utilizado (BARICHELLO, J.M.; MORISHITA, M.; TAKAYAMA K.; CHOBA, Y.; TOKIWA S.; NAGAI T. Enhanced rectal absorption of insulin-loaded Pluronic® F127 gels containing unsaturated fatty acids. Int. J. Pharm., v.183, p.125-132, 1999).
[033] No experimento com animais diabéticos, após 8 horas de jejum, foi administrado em cada animal uma dose única intraperitoneal de aloxano (135mg/Kg de peso corpóreo) (Sigma Aldrich®, EUA) dissolvido em 0,2 mL de solução fisiológica de NaCl 0,9%. Solução de glicose 10% como única fonte hídrica, por aproximadamente 4 horas, foi fornecida aos animais para evitar hipoglicemia fatal ocasionada por liberação
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10/13 excessiva de insulina após a destruição das células beta-pancreáticas. Três dias após indução, o estado diabético foi confirmado por meio de avaliação dos níveis de glicose plasmática após jejum de 8 horas, utilizando-se uma gota de sangue coletada da veia caudal dos animais. Os níveis de glicose em mg/dl foram quantificados por meio de glicosímetro Contour TS® (Bayer, Mishawaka, USA). Animais com glicemia de jejum superior a 250 mg/dL (~13mmol/L) foram considerados diabéticos e selecionados para o experimento. A Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal de Ouro Preto aprovou a realização destes estudos sob o protocolo n° 2014/33.
[034] Aproximadamente 5 minutos antes da administração dos regimes terapêuticos, o nível de glicose no sangue retirado da veia caudal dos animais saudáveis e diabéticos foi medido por meio do glicosímetro Contour TS® Bayer (Mishawaka, IN, USA). Posteriormente, os níveis de glicose foram determinados nos tempos de 1, 3 e 6 horas utilizando o mesmo procedimento para retirada do sangue e avaliação da glicemia.
[035] As composições SM-AÇAI-INS (Figura 2) e SM-BURITI-INS (Figura 2) promoveram uma redução significativa e constante dos níveis de glicose sanguínea até o tempo de 360 minutos em que o experimento foi realizado. Entre os tempos de 60 e 180 min após a administração retal dos regimes terapêuticos, a redução nos níveis de glicose plasmática promovida por SM-AÇAI-INS e SM-BURITI-INS foi semelhante à composição SM-OLEICO-INS (controle positivo). No entanto, entre os tempos de 180 e 360 min, os níveis plasmáticos de glicose das ratas tratadas com o regime terapêutico SM-OLEICO-INS retornaram aos níveis iniciais enquanto que os níveis plasmáticos de glicose promovidos pela composição SM-AÇAI-INS e SM-BURITI-INS permaneceram baixos e constantes até o tempo de 360 min.
[036] Desta forma, enquanto que efeito hipoglicêmico da composição SMOLEICO-INS apresentou um pico entorno de 90 min, o efeito hipoglicêmico das composições SM-AÇAI-INS e SM-BURITI-INS foi intenso e contínuo entre 60 e 360 min, demonstrando que a composição natural de ácidos graxos em AÇAI e BURITI formulada em SM promove de modo continuo a liberação e a permeação/absorção de INS na mucosa retal. Neste sentido, acreditasse que o ácido palmítico desempenhe um papel importante no controle de liberação de INS e na adesão eficiente de micelas/gotículas dos óleos e INS na camada de muco que reveste a mucosa do reto. Neste sentido, o ácido palmítico deve desempenhar um papel importante no controle de
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11/13 liberação de INS e na adesão eficiente de micelas na camada de muco que reveste a mucosa (MESIHA M.S., PLAKOGIANNIS F., VEJOSOTH S. Enhanced oral absorption of insulin from desolvated fatty-acid sodium glycocholate emulsions. Int. J. Pharm., v.111, p.213-216, 1994).
[037] Em animais diabéticos (Figura 4), o efeito hipoglicêmico das formulações SM-AÇAI-INS e SM-BURITI-INS da invenção descrita neste relatório foi ainda mais pronunciado do que o efeito hipoglicêmico observado em animais saudáveis, demonstrando que a eficácia da invenção descrita neste relatório foi ainda superior na doença (diabetes mellitus) estabelecida. Nos animais diabéticos também foi observado o mesmo perfil constante de efeito hipoglicêmico no tempo em que o experimento foi realizado (360 min), demonstrando que a INS veiculada em SM-AÇAI e SM-BURITI administrada por via retal atua de maneira significativa para a manutenção da homeostase glicêmica em animais saudáveis e diabéticos.
[038] Teste paramétrico Two-way ANOVA com teste de comparações múltiplas de Tukey foi utilizado na análise estatística do efeito hipoglicêmico. O intervalo de confiança adotado foi de 90% e foram consideradas significativas as diferenças quando P<0,01. Para a realização da análise estatística foi utilizado o software Graph Pad Prism® 6, versão 2014. Foi observada diferença significativa entre os efeitos hipoglicêmicos promovidos pelas formulações SM-AÇAI-INS e SM-BURITI-INS em relação aos controles negativos (SM, SM-INS e SM-AÇAI ou SM-BURITI), mas não em relação ao controle positivo (SM-OLEICO-INS).
[039] Visto que os ácidos graxos que constituem os óleos de açaí e buriti são compostos endógenos constituintes de biomembranas e da pele humana, e que o óleo de açaí e buriti são muito seguros e privados de efeitos colaterais importantes, esta invenção pode ser utilizado de um modo contínuo e com segurança para a administração de INS por vias não invasivas, permitindo assim, a criação de novas opções de tratamentos para pacientes diabetes tipo 2 e pacientes insulínicos dependentes (tipo 1), com um impacto considerável na qualidade de vida destes pacientes.
Tabela 1. Representação descritiva dos principais ácidos graxos quantificados no óleo de açaí e no óleo de buriti por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas utilizado no desenvolvimento desta invenção.
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Tipo de ácido graxo Concentração no
Óleo de açaí (%) Óleo de buriti (%)
Valérico 0,95
Mirístico 0,10
Palmitoleico 2,19
Palmítico 15,14 15,61
Esteárico 0,98 1,26
Oleico 66,60 71,67
Linoleico 4,65 1,39
n-docosano 1,41
2-monoestearina 0,97
Monopalmitina 1,18
Mono oleil glicerol 3,10 0,45
Outros ou não 4,96 7,47
identificados
Condições de análise: Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de massas; Coluna capilar de sílica fundida DB-5MS com 30 m x 0,25 mm x 0,25 pm de espessura de filme; Temperatura do injetor: 250 °C; Gás de arraste: Hélio; Temperatura inicial do forno: 200 °C por 12 minutos atingindo a temperatura de 290 °C a uma velocidade linear de 38,7 cm/s e permanecendo nessa temperatura por 35 minutos.
DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
Figura 1. Representação gráfica do perfil de liberação in vitro de insulina incorporada em diferentes preparações. (1) SM-INS: insulina incorporada no sistema micelar; (2) SM-BURITI-INS: óleo de buriti e insulina incorporados no sistema micelar; (3) SMAÇAI-INS: óleo de açaí e insulina incorporados no sistema micelar.
Figura 2. Representação gráfica do perfil glicêmico de ratas albinas saudáveis da linhagem Fischer após administração retal de vários tratamentos. (1) SM: grupo que recebeu o sistema micelar sem nenhum produto incorporado; (2) SM-BURITI: grupo que recebeu o óleo de buriti incorporado no sistema micelar; (3) SM-INS: grupo que recebeu a insulina incorporada no sistema micelar; (4) SM-OLEICO-INS: grupo que recebeu o ácido oleico e a insulina incorporados no sistema micelar (5) SM-BURITIINS: grupo que recebeu o óleo de buriti e a insulina incorporados no sistema micelar.
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Figura 3. Representação gráfica do perfil glicêmico de ratas albinas saudáveis da linhagem Fischer após administração retal de vários tratamentos. (1) SM: grupo que recebeu o sistema micelar sem nenhum produto incorporado; (2) SM-AÇAI: grupo que recebeu o óleo de açaí incorporado no sistema micelar; (3) SM-INS: grupo que recebeu a insulina incorporada no sistema micelar; (4) SM-OLEICO-INS: grupo que recebeu o ácido oleico e a insulina incorporados no sistema micelar (5) SM-AÇAI-INS: grupo que recebeu o óleo de açaí e a insulina incorporados no sistema micelar.
Figura 4. Representação gráfica do perfil glicêmico de ratas albinas diabéticas da linhagem Fischer após administração retal de vários tratamentos. (1) SM-BURITI-INS: grupo que recebeu o óleo de buriti e a insulina incorporados no sistema micelar (2) SMAÇAI-INS: grupo que recebeu o óleo de açaí e a insulina incorporados no sistema micelar.

Claims (15)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Um óleo vegetal para promover a absorção e/ou permeação de insulina em mucosas e pele humana caracterizado por ser o óleo de açaí e conter em sua composição de 45 a 75% de um ácido graxo de cadeia longa insaturada, o ácido oleico, de 8 a 30 % de um ácido graxo de cadeia longa saturada, o ácido palmítico e, de 1 a 25% de um ácido graxo de cadeia longa poli-insaturada, o ácido linoleico.
  2. 2. Um óleo vegetal para promover a absorção e/ou permeação de insulina em mucosas e pele humana caracterizado por ser o óleo de buriti e conter em sua composição de 50 a 80% de um ácido graxo de cadeia longa insaturada, o ácido oleico, de 8 a 30 % de um ácido graxo de cadeia longa saturada, o ácido palmítico e, de 1 a 25 % de um ácido graxo de cadeia longa poli-insaturada, o ácido linoleico.
  3. 3. Um mistura de óleos vegetais, de acordo com as reivindicação 1 e 2, caracterizado por conter em sua composição de 45 a 80% de um ácido graxo de cadeia longa insaturada, o ácido oleico, de 8 a 30 % de um ácido graxo de cadeia longa saturada, o ácido palmítico e, de 1 a 25 % de um ácido graxo de cadeia longa poliinsaturada, o ácido linoleico, selecionados do grupo de óleos fixos e essenciais, e que podem ou não apresentar propriedades farmacológicas, podendo ser óleo de abacate, açafrão, açaí, alcarávia, algodão, amêndoa doce, amêndoas, amendoim, amyris, andiroba, arnica, anis, anis estrelado, arroz, aveia, bacuri, bálsamo, basilicão, benjoim, bétula, breu, buriti, cabreúva, cacau, cajepute, caiué, cálamo, cártamo, carnaúba, castanho de caju, castanha do Brasil, castanha de galinha, castanha do Pará, cedro, centeio, cenoura, cipestre, colza, coco babaçu, coco palmiste, cominho, copaíba, cumaru, cupuaçu, cutite grande, dendê, flores de pupunha, gálbano, gengibre, gerânio, gergelim, germe de trigo, girassol, guaraná, jasmim, jojoba, linhaça, mamona, maracujá, mari, marmeleiro, mate-verde, melaleuca, milho, muru-muru, nabo, nem, oiticica, olíbano, oliva, palma, patauá, patchouli, pau-rosa, piquiá, pitanga, pracaxi, priprioca, pupunha, puxuri, rícino, rosa, salsa, sálvia, sândalo, semente de uva, soja, sorva, tangerina, tomilho, tucum, tucumã, tungue, ucuuba, uricuri, urucum, uxi coroa, verbena, vetiver, virola.
  4. 4. Sistema micelar aquoso termo reversível, de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizado por conter de 5 a 25% de poloxâmero 407 na composição total.
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  5. 5. Sistema micelar, de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizado por conter de 3 a 25% de um óleo vegetal na composição total.
  6. 6. Sistema micelar, de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizado por conter de 3 a 50% de um mistura de óleos vegetais na composição total.
  7. 7. Sistema micelar, de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizado por conter de 5 a 100 unidades internacionais (UI) de insulina por grama (g) do sistema micelar na composição total.
  8. 8. Sistema micelar, de acordo com as reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato da técnica de solubilização/dispersão do óleo vegetal ou mistura de óleos vegetais e da insulina utilizar homogeneizador de alta velocidade, e velocidade de homogeneização variável de 2.500 a 15.000 rpm.
  9. 9. Sistema micelar, de acordo com as reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato da técnica de solubilização/dispersão do óleo vegetal ou mistura de óleos vegetais e insulina utilizar agitador magnético e velocidade de agitação variável de 500 a 2.500 rpm.
  10. 10. Sistema micelar, de acordo com as reivindicações 1 a 9, caracterizado por ser administrado por via não invasiva, em mucosas e na pele humana, no estado sol e também no estado gel.
  11. 11. Sistema micelar, de acordo com as reivindicações 1 a 10, caracterizado por liberar micelas/gotículas contendo o óleo vegetal ou a mistura de óleos vegetais e a insulina com tamanho de particula entre 100 nm e 500 nm.
  12. 12. Uso do sistema micelar definido nas reivindicações 4 a 11, caracterizado por ser para o tratamento da diabetes mellitus tipos 1 e 2.
  13. 13. Composição farmacêutica caracterizada por compreender um sistema micelar termo reversível de poloxâmero 407 contendo óleo vegetal ou mistura de óleos vegetais e a insulina e excipientes farmacológica e farmaceuticamente aceitáveis.
  14. 14. Composição farmacêutica, de acordo com a reivindicação 13, caracterizada por se apresentar na forma líquida, semissólida ou sólida.
  15. 15. Uso da composição farmacêutica definida nas reivindicações 12 e 13, caracterizado por ser para o tratamento da diabetes mellitus tipos 1 e 2.
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