BR102016023957A2 - processo contínuo para separação de terras-raras leves - Google Patents

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Abstract

processo contínuo para separação de terras-raras leves refere-se a presente invenção a um processo contínuo para separar lantânio (la) do didímio (pr+ nd) presentes em um licor aquoso de terrasraras leves, pela técnica de extração por solvente, à temperatura ambiente e em meio clorídrico. o processo é conduzido em três etapas distintas, a saber: (i) etapa de extração em presença de um complexante ácido orgânico e de um agente extratante organofosfônico; (ii) etapa de lavagem seletiva com solução ácida, e (iii) etapa de reextração com solução ácida. de acordo com o processo agora proposto obtém-se lantânio e didímio com alto grau de recuperação e elevadas purezas.

Description

(54) Título: PROCESSO CONTINUO PARA SEPARAÇÃO DE TERRAS-RARAS LEVES (51) Int. Cl.: C22B 59/00; B01D 11/04; C22B 3/32; C22B 3/38 (73) Titular(es): CENTRO DE TECNOLOGIA MINERAL - CETEM (72) Inventor(es): YSRAEL MARRERO VERA; RAFAEL DE CARVALHO GOMES; LUCIANA AMARAL SERUFF; MAÍRA LABANCA WAINERAICH SCAL (85) Data do Início da Fase Nacional:
14/10/2016 (57) Resumo: PROCESSO CONTINUO PARA SEPARAÇÃO DE TERRAS-RARAS LEVES Refere-se a presente invenção a um processo contínuo para separar lantânio (La) do didímio (Pr+ Nd) presentes em um licor aquoso de terrasraras leves, pela técnica de extração por solvente, à temperatura ambiente e em meio clorídrico. O processo é conduzido em três etapas distintas, a saber: (i) etapa de extração em presença de um complexante ácido orgânico e de um agente extratante organofosfônico; (ii) etapa de lavagem seletiva com solução ácida, e (iii) etapa de reextração com solução ácida. De acordo com o processo agora proposto obtémse lantânio e didímio com alto grau de recuperação e elevadas purezas.
Figure BR102016023957A2_D0001
1/13
PROCESSO CONTÍNUO PARA SEPARAÇÃO DE TERRAS-RARAS LEVES
Campo da Invenção [1] Trata a presente invenção de um processo contínuo para separação de terras-raras leves por meio de extração por solvente. Mais particularmente, o processo conduzido em três etapas: extração, lavagem e reextração, e tem por objetivo de separar lantânio (La) do didímio (Pr+Nd) a partir de um licor ácido de cloreto de terras-raras condicionado com um agente complexante e utilizando como extratante um ácido organofosforado.
Fundamentos da Invenção [2] “Terras-raras” é um termo usado para designar um grupo de elementos que compreendem os lantanídeos - série de elementos químicos da tabela periódica entre lantânio e lutécio - escândio e ítrio. No Brasil a monazita se destaca como fonte mineral desses elementos, sendo rica em terras-raras leves: lantânio, cério, praseodímio e neodímio. Entretanto, a separação individual desses elementos constitui um grande desafio devido à similaridade de suas propriedades químicas.
[3] As terras-raras são utilizadas em diversos materiais considerados estratégicos, como ímãs permanentes de alta eficiência, catalisadores para a indústria química e petroquímica, entre outros produtos, com elevado valor econômico no mercado internacional. Portanto, por conta do tamanho de suas reservas, o Brasil também possui grande interesse em ingressar neste mercado, adotando um processo que seja eficiente, economicamente rentável, e que não traga prejuízo ao meio ambiente.
[4] São conhecidos do estado da técnica processos de extração no qual o solvente orgânico é saponificado. Embora sejam eficientes apresentam a desvantagem de gerar resíduos danosos ao meio ambiente, como sódio e amônio. Em função de legislações restritivas adotadas por
2/13
Organismos Internacionais com vistas à preservação ambiental, incluindo pesadas multas para empresas poluidoras, muitas pesquisas estão sendo desenvolvidas em busca de alternativa para solucionar a questão. Esta nova postura com foco na preservação ambiental deu origem aos chamados “processos verdes”.
[5] Desta forma, vêm sendo estudados agentes complexantes em substituição à prática de saponificação do solvente orgânico, altamente poluidoras do meio ambiente. É sabido que o ácido lático, que é um composto orgânico biodegradável, é um dos agentes complexantes que melhora a extração e separação das terras-raras, funcionando como um tampão e evitando que o meio aquoso fique excessivamente ácido.
[6] O processo agora proposto está alinhado a esta tendência mundial, tendo como principais diretrizes a obtenção de:
— um processo contínuo para extração, separação e recuperação de lantânio e didímio, com alto grau de pureza;
— um processo que utiliza um agente complexante que é mais ambientalmente amigável do que a prática de saponificação do extratante;
— um processo que seja viável econômica e tecnicamente.
Sumário da Invenção [7] Refere-se a presente invenção a um processo contínuo para separar lantânio (La) do didímio (Pr, Nd) presentes em um licor aquoso ácido de cloreto de terras-raras leves, pela técnica de extração por solvente, à temperatura ambiente e em meio ácido. O processo é conduzido em três etapas distintas, a saber: extração por solvente em presença de um complexante ácido orgânico e de um agente extratante organofosfônico; lavagem seletiva com solução ácida e reextração com solução ácida. De acordo com o processo da invenção é possível obter lantânio e didímio com alto grau de recuperação e elevadas purezas.
[8] O processo contínuo para separação de terras-raras leves
3/13 compreende as seguintes etapas:
a) alimentar, a uma primeira série misturadores/decantadores, uma corrente de licor aquoso contendo uma mistura de cloreto de terrasraras leves condicionada com um agente complexante, em contracorrente com uma corrente contendo um agente de extração dissolvido em isoparafina;
b) separar a corrente aquosa de rafinado rica em lantânio (La) da corrente oleosa da extração contendo praseodímio (Pr) e neodímio (Nd);
c) conduzir a corrente oleosa de extração obtida na etapa a) para uma segunda série de misturadores/decantadores, que é alimentada em contracorrente com uma corrente ácida de lavagem e que pode conter também o agente complexante em mistura com Pr+Nd;
d) separar uma segunda corrente aquosa contendo lantânio da segunda corrente oleosa rica em didímio (Pr+Nd) resultante da etapa de lavagem;
e) conduzir a segunda corrente oleosa de lavagem rica em didímio obtida na etapa c) para uma terceira série de misturadores/decantadores, que é alimentada em contracorrente com uma corrente de ácido, para reextração de didímio;
f) separar uma terceira corrente aquosa rica em didímio, com elevada pureza, resultante da etapa e) de reextração, da corrente oleosa, a qual é reciclada e adicionada à corrente de extração da etapa a).
Breve descrição da Figura [11] A Figura 1 apresenta um fluxograma simplificado do processo da invenção.
[12] A Figura 2 apresenta um fluxograma simplificado alternativo do processo da invenção.
Descrição detalhada da Invenção [13] Como mencionado anteriormente, devido à similaridade de suas
4/13 propriedades, tem sido um grande desafio desenvolver processos que permitam separar com eficiência os elementos de terras-raras que ocorrem comumente na natureza. Os métodos até então empregados industrialmente utilizam-se de solventes orgânicos saponificados, o que gera grande quantidade de resíduos poluentes do meio ambiente, como íons sódio e amônio. Por consequência, devido ao rigor das legislações governamentais relativas à preservação do meio ambiente, muitas pesquisas estão sendo desenvolvidas em busca de alternativas menos agressivas, mas que sejam técnica e economicamente viáveis. Neste sentido, têm sido revelados agentes complexantes capazes de promover a separação de elementos de terras-raras de forma limpa e eficiente. Desperta particular interesse os complexantes a base de ácidos orgânicos, como ácido cítrico, ácido ascórbico e ácido lático.
[14] Assim, a maioria dos estudos se concentra na busca de novos reagentes, meios e condições operacionais que facilitem a separação dos elementos de forma eficaz, e, na medida do possível, evitando danos ao meio ambiente. Estudos revelaram que o ácido lático é capaz de melhorar a extração e separação das terras-raras. O controle do pH do meio é importante para promover a separação preferencial da mistura praseodímio e neodímio para a fase orgânica e manter o lantânio na fase aquosa, assim como para aumentar a solubilidade do complexo organometálico, formado entre terras-raras e o extratante, no solvente orgânico. Dentre os produtos comerciais conhecidos o éster mono-2etilhexil do ácido 2-etilhexilfosfônico (P-507) tem se mostrado eficiente.
[15] Foi comprovado, ainda em fase experimental, que o processo contínuo agora proposto conseguiu alcançar plenamente os objetivos traçados.
[16] Inicialmente foram feitos experimentos em bancada de laboratório, em regime de batelada, com o objetivo de determinar o número de estágios teóricos e a relação entre o volume da fase aquosa
5/13 (A) e da fase orgânica (O) das etapas de extração e lavagem. ,O método usado foi o de McCabe-Thiele. Foram feitos experimentos em triplicata, variando-se a relação A/O na faixa de 0,1 a 8 e analisando os rafinados por espectrofotometria no UV-VIS para os elementos Pr e Nd. A concentração total das terras-raras foi determinada por complexometria usando EDTA como agente titulante e a concentração do lantânio foi determinada pela diferença entre as concentrações de terras-raras totais e de Pr+Nd.
[17] Na etapa de extração os melhores resultados foram obtidos com as relações A/O na faixa de 1:1 a 4:1, pH na faixa de 2 - 3,5 e concentração de ácido complexante na faixa de 0,1 a 0,6 mol.L'1. O extratante empregado foi ο P507 diluído em isoparafina na concentração de 0,6 mol.L'1.
[18] Para a etapa de lavagem seletiva foram avaliados dois tipos de soluções: HCI em pH=2 e licor clorídrico contendo Pr+Nd em pH=2, condicionadas com ácido lático 0,1 a 0,4 mol.L'1, para estabilizar o sistema e evitar a formação de emulsão.
[19] A terceira etapa de reextração tem o objetivo de transferir Pr e Nd presentes na corrente oleosa da lavagem para solução aquosa. Foram testadas soluções de HCI e HNO3 em concentrações 6 mol.L1 e 2 mol.L1, sendo escolhida a solução de HCI 2 mol.L'1 por esta ter-se mostrado suficiente para reextrair as terras-raras.
[20] Quanto ao número de estágios foi determinado de 6 a 12 para a etapa de extração e 6 a 9 para a etapa de lavagem e 2 a 4 na etapa de reextração.
[21] Com base nos resultados obtidos foram feitos experimentos em regime contínuo, conforme descrito nos Exemplos mais adiante, com o objetivo de definir as condições operacionais que conduzisse aos melhores resultados para a matéria-prima empregada.
[22] Para que o processo contínuo desenvolvido para extração por
6/13 solvente de terras-raras leves possa ser mais bem compreendido e avaliado sua descrição será feita em conjunto com as Figuras, que acompanham este relatório.
[23] Como pode ser observado no fluxograma simplificado da Figura 1 o processo contínuo, objeto da proteção, compreende basicamente as seguintes etapas:
a) alimentar, a um primeiro conjunto de misturadores/decantadores (C1) ligados em série, formado por 6 a 12 estágios, uma corrente de liquor aquoso (1) à temperatura ambiente em pH=3,5 contendo uma mistura de óxidos de terras-raras leves condicionada com um agente complexante, que compreende um ácido orgânico biodegradável como o ácido lático, em contracorrente com uma corrente de extração (2) contendo um agente de extração que compreende um ácido organofosforado, como o éster mono-2-etilhexil do ácido 2-etil-hexil fosfônico dissolvido em isoparafina;
b) separar a corrente aquosa de rafinado (3) rica em lantânio (La) da corrente oleosa da extração (4) contendo praseodímio (Pr) e neodímio (Nd);
c) conduzir a corrente oleosa de extração (4) obtida na etapa b) para um segundo conjunto de misturadores/decantadores (C2), ligados em série formado por 6 a 9 estágios, que é alimentado em contracorrente com uma corrente ácida de lavagem (5) em pH=2, que pode conter HCI ou Pr+Nd em concentração total de 1,5 a 12 g.L'1, e ácido lático em concentração na faixa de 0,10 mol.L'1 a 0,40 mol.L'1 ;
d) separar uma segunda corrente aquosa (6) contendo lantânio da segunda corrente oleosa (7) rica em didímio (Pr+Nd) resultante da etapa de lavagem;
e) conduzir a segunda corrente oleosa (7) de lavagem rica em didímio obtida na etapa d) para um terceiro conjunto de
7/13 misturadores/decantadores (C3) ligados em série, formado por 2 a 4 estágios, que é alimentado em contracorrente com uma corrente de ácido (8), selecionado entre ácido clorídrico e ácido nítrico, para reextração de didímio;
f) separar uma terceira corrente aquosa (9) rica em didímio, com elevada pureza, resultante da etapa e) de reextração da corrente oleosa (10), que é reciclada e adicionada à corrente de extração da etapa a).
[23] Cabe ressaltar que o objetivo do processo da invenção é separar lantânio (La) do didímio (Pr + Nd) em processo contínuo por extração por solvente a partir de um licor condicionado com um agente complexante e utilizando como extratante um ácido organofosforado, para obter produtos com elevado grau de pureza e com alto rendimento. Assim, mecanismos envolvidos nas reações e parâmetros operacionais foram exaustivamente pesquisados e testados a fim de que esses objetivos pudessem ser alcançados.
Exemplos [24] Os exemplos apresentados a seguir têm por objetivo ilustrar, mas não limitar o processo conduzido de acordo com a invenção. Torna-se evidente que os especialistas na matéria poderão introduzir substituições de matérias primas e adequações ao processo, porém sem fugir do conceito inventivo aqui apresentado.
[25] Os experimentos foram conduzidos em regime contínuo em escala semi-piloto a partir de um licor aquoso com características similares a de um lixiviado de monazita contendo 20,3 g.L1 de La2O3; 4,7 g.L'1 de Pr6On; 16,3 g.L'1 de Nd2O3. Os fluxos de reagentes foram alimentados em contracorrente em um conjunto de misturadores/decantadores ligados em série, sendo o volume do misturador igual a 240 mL e do decantador igual a 370 mL, e o número de estágios de cada etapa pré-definidos com base nos diagramas McCabe-Thiele obtidos em experimentos de bancada.
8/13 [26] Desta forma ficou determinado: 10 estágios de extração, 7 estágios de lavagem e 3 estágios de reextração.
Exemplo 1:
[27] Um licor ácido aquoso de cloreto de terras-raras com características similares a de um lixiviado de monazita, em pH=3,5 e à temperatura ambiente foi alimentado a um primeiro conjunto de 10 misturadores/decantadores ligados em série em contracorrente com uma solução do ácido organofosforado dissolvido em isoparafina.
[28] A corrente orgânica resultante da extração foi lavada em um segundo conjunto de 7 misturadores/decantadores ligados em série, com HCI contendo 0,10 mol.L'1 de ácido lático em pH=2,0, na razão A/O igual a 4:1 e vazão de 100 mL.min'1, seguida de uma etapa de reextração com HCI 2 mol L1, em um terceiro conjunto de 3 misturadores/decantadores ligados em série.
[29] Nas etapas de extração e reextração a vazão da solução aquosa usada foi igual a 25 mL.min'1.
[30] A composição dos elementos no rafinado foi de: La =19,72 g.L'1, Pr = 4,12 g.L'1 e Nd = 9,49 g.L'1 e no reextraído foi de: La = 0,00 g.L'1, Pr = 1,11 g.L'1 e Nd = 4,94 g.L'1. A pureza do didímio no reextraído foi de 99,9% e a pureza do La no rafinado igual a 59,1%. Foram recuperados 98% de La, 23% de Pr e 31% de Nd.
Exemplo 2:
[31] Para efeito de comparação do efeito da adição do ácido lático para extração dos elementos de terras-raras (ETR), o experimento foi repetido nas mesmas condições do Exemplo 1, porém foi adicionado à corrente de alimentação do licor aquoso ácido lático na concentração igual a 0,52 mol.L'1.
[32] O rafinado obtido tinha uma composição: La =13,57 g.L'1, Pr = 0,09 g.L'1 e Nd = 0,21 g.L'1 e a solução reextraída uma composição: La = 0,00 g.L'1, Pr = 2,86 g.L'1 e Nd = 9,88 g.L'1. A pureza do didímio no
9/13 reextraído foi de 99,9% e a pureza do La no rafinado igual a 97,8%, indicando uma elevada extração. Neste experimento foram recuperados 68% de La, 63% de Pr e 62% de Nd.
Exemplo 3:
[33] Um licor aquoso ácido de cloreto de terras-raras com características similares a de um lixiviado de monazita, em pH=3,5 e à temperatura ambiente foi alimentado a um primeiro conjunto de 10 misturadores/decantadores ligados em série em contracorrente com uma solução do ácido organofosforado dissolvido em isoparafina.
[34] Neste circuito foi utilizada uma solução de lavagem diferente da usada no Exemplo 1. A corrente orgânica resultante da extração foi lavada em um segundo conjunto de 7 misturadores/decantadores ligados em série, com solução 3,0 g.L'1 de Pr+Nd contendo 0,10 mol.L'1 de ácido lático em pH=2,0, uma razão A/O igual a 2:1 e vazão de 50 mL.min'1, seguida da etapa de reextração com HCI 2 mol L'1, em um terceiro conjunto de 3 misturadores/decantadores ligados em série.
[35] Nas etapas de extração e reextração a vazão da solução aquosa usada foi igual a 25 mL.min'1.
[36] A composição do rafinado foi: La =19,89 g.L'1, Pr = 3,62 g.L'1 e Nd = 9,86 g.L'1 e a da solução reextraída foi: La = 0,00 g.L'1, Pr = 1,77 g.L' 1 e Nd = 7,85 g.L'1. A pureza do didímio no reextraído foi de 99,9% e a pureza do La no rafinado igual a 59,6%. Foram recuperados 98% de La, 30% de Pr e 41% de Nd.
Exemplo 4:
[37] Para efeito de comparação do efeito da adição do ácido lático para extração de La, o experimento foi repetido nas mesmas condições do Exemplo 3, porém foi adicionado à corrente de alimentação do licor aquoso ácido lático na concentração de 0,52 mol.L'1.
[38] Os resultados obtidos para a composição dos elementos no rafinado final foram de: La = 14,03 g.L'1, Pr = 0,09 g.L'1 e Nd = 0,25 g.L'1 e
10/13 no reextraído foi de: La = 1,59 g.L'1, Pr = 3,67 g.L'1 e Nd = 13,97 g.L'1. A pureza do didímio no reextraído foi de 92,0% e a pureza do La no rafinado igual a 97,7%, indicando uma melhoria na extração, porém ocorreu a formação de emulsão, prejudicando a transferência de massa entre os fluxos e impossibilitando a lavagem completa. Neste experimento foram recuperados 70% de La, 62% de Pr e 64% de Nd.
Exemplo 5:
[39] Em função do ocorrido no Exemplo 4, neste experimento a concentração de ácido lático na solução de lavagem foi aumentada para 0,25 mol.L'1 com o objetivo de estabilizar o sistema e evitar a formação de emulsão.
[40] Um licor ácido aquoso de cloreto de terras-raras com características similares a de um lixiviado de monazita, em pH=3,5 e à temperatura ambiente foi alimentado a um primeiro conjunto de 10 misturadores/decantadores ligados em série em contracorrente com uma solução do ácido organofosforado dissolvido em isoparafina.
[41] A corrente orgânica resultante da extração foi lavada em um segundo conjunto de 7 misturadores/decantadores ligados em série, com solução 3,0 g.L'1 de Pr+Nd contendo 0,25 mol.L'1 de ácido lático em pH=2,0, na razão A/O igual a 3:1 e vazão de 75 mL/min'1, seguida de uma etapa de reextração com HCI 2 mol L'1, em um terceiro conjunto de 3 misturadores/decantadores ligados em série.
[42] Nas etapas de extração e reextração a vazão da solução aquosa usada foi igual a 25 mL.min'1.
[43] A composição do rafinado foi: La = 16,52 g.L'1, Pr = 0,09 g.L'1 e Nd = 0,21 g.L'1 e a composição na solução reextraída foi: La = 0,00 g.L'1, Pr = 2,35 g.L'1 e Nd = 9,19 g.L'1. A pureza do didímio no reextraído foi de 99,9% e a pureza do La no rafinado igual a 97,9%. Foram recuperados 72% de La, 34% de Pr e 35% de Nd.
Exemplo 6:
11/13 [44] Um licor ácido aquoso de cloreto de terras-raras com características similares a de um lixiviado de monazita, em pH=3,5 e à temperatura ambiente foi alimentado a um primeiro conjunto de 10 misturadores/decantadores ligados em série em contracorrente com uma solução do ácido organofosforado dissolvido em isoparafina.
[45] Em razão da lavagem excessiva de Pr e Nd que ocorreu no Exemplo 5, foi realizado um novo ensaio com razão A/O menor. A corrente orgânica resultante da extração foi lavada em um segundo conjunto de 7 misturadores/decantadores ligados em série, com solução 3,0 g.L'1 de Pr+Nd contendo 0,25 mol.L'1 de ácido lático em pH=2,0. A razão A/O desta etapa foi igual a 1:1 e a vazão da solução de lavagem foi 25 mL.min' 1. A reextração foi realizada com HCI 2 mol L'1, em um terceiro conjunto de 3 misturadores/decantadores ligados em série.
[46] Nas etapas de extração e reextração a vazão da solução aquosa usada foi igual a 25 mL.min'1.
[47] A composição do rafinado foi: La = 14,55 g.L'1, Pr = 0,18 g.L'1 e Nd - 0,23 g.L'1 e a composição na solução reextraída: La = 0,00 g.L'1, Pr = 3,86 g.L'1 e Nd = 14,37 g.L'1. A pureza do didímio no reextraído foi de 99,9% e a pureza do La no rafinado igual a 97,7%. Foram recuperados 70% de La, 77% de Pr e 77% de Nd.
[48] Este experimento comprova a eficiência do processo, permitindo uma lavagem mais seletiva e melhor recuperação dos elementos de terras-raras [49] Como se observa, em quase todos os circuitos a pureza do didímio chegou praticamente a 100%, o que indica que todo o La extraído foi lavado, com exceção do Exemplo 4, devido à formação de emulsão.
[50] A pureza de La no rafinado nos circuitos em que foi empregado o ácido lático (Exemplos 2, 4, 5 e 6) se manteve alta, na faixa de 97 98%, devido à elevada extração de Pr e Nd nesses circuitos. Sem a presença do ácido lático Pr e Nd permanecem em grande parte na fase
12/13 aquosa junto com o La, reduzindo a pureza do La na extração a 59% aproximadamente.
[51] No caso da porcentagem de recuperação (%REC), observamos que a recuperação de Pr e Nd é baixa devido ao alto percentual de lavagem ocorrido neste circuito. Entretanto, os melhores resultados foram alcançados no Exemplo 6, comprovando-se a seletividade de lavagem para os elementos citados.
Exemplo 7:
[52] Com o objetivo de aumentar a recuperação dos elementos de terras-raras foi proposto um circuito juntando a segunda corrente aquosa (6), que representa o rafinado de lavagem, com a corrente de licor aquoso (1), alimentação aquosa para o primeiro conjunto de 10 misturadores/decantadores ligados em série em contracorrente com uma solução de ácido organofosforado dissolvido em isoparafina. O fluxograma do Exemplo 7 pode ser visualizado na Figura 2.
[53] A corrente de alimentação (1) é um licor ácido aquoso de cloreto de terras-raras com características similares ás de um lixiviado de monazita, em pH=3,5 e à temperatura ambiente na vazão de 25 mL/min'1.
[54] A corrente orgânica resultante da extração foi lavada em um segundo conjunto de 7 misturadores/decantadores ligados em série, com uma solução 3,0 g.L'1 de Pr+Nd contendo 0,25 mol.L-1 de ácido lático em pH=2,0, na razão A/O igual a 1:1 e vazão de 25 mL/min'1, seguida de uma etapa de reextração com HCI 2 mol L'1 na razão A/O igual a 1:1 e vazão de 25 mL/min-1, e em um terceiro conjunto de 3 misturadores/decantadores ligados em série.
[55] A composição do rafinado obtido foi: La =10,52 g.L-1, Pr = 0,09 g.L-1 e Nd = 0,23 g.L-1 e a da solução reextraída foi: La = 2,13 g.L-1, Pr = 4,67 g.L-1 e Nd = 18,21 g.L-1. A pureza do didímio no reextraído foi de 90% e a pureza do La no rafinado igual a 97,2%. Foram recuperados 88% de La, 95% de Pr e 96% de Nd. Comparando o Exemplo 7 com o 6 a
13/13 recuperação dos ETRs aumentou porém diminuiu a pureza do didímio de 99,9% para 90%.
Exemplo 8:
[56] Com o objetivo de melhorar a pureza do didímio, o experimento foi repetido nas mesmas condições do Exemplo 7, porém o pH da solução de lavagem foi diminuído para 1,5 com a finalidade de obter um maior percentual de lavagem do elemento La.
[57] A composição do rafinado obtido foi: La =10,01 g.L'1, Pr = 0,20 g.L'1 e Nd = 0,28 g.L'1 e a composição da solução reextraída foi: La = 0,00 g.L'1, Pr = 3,15 g.L'1 e Nd = 14,36 g.L*1. A pureza do didímio no reextraído foi de 99,9% e a pureza do La no rafinado igual a 96%. Foram recuperados 99% de La, 86% de Pr e 92% de Nd.
[58] Comparando este exemplo com o Exemplo 7, a pureza do didímio aumentou de 90% para 99,9%. Além disso, a recuperação do La neste exemplo aumentou e as de Pr e Nd diminuíram.
[59] Comparando os Exemplos 6 e 8, as recuperações dos ETRs são maiores no Exemplo 8. A pureza do didímio nos dois exemplos foi de 99,9%. A pureza do La foi levemente mais baixa no Exemplo 8, ainda assim o La foi obtido com elevada pureza (96%).
[60] A invenção foi descrita com ênfase em sua concretização preferida. Todavia, deve ficar claro para os especialistas na matéria que adaptações, substituir materiais e componentes são possíveis de serem efetuadas sem se afastar do conceito inventivo agora apresentado e descrito, que está representado pelas reivindicações que se seguem.
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Claims (7)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. PROCESSO CONTÍNUO PARA SEPARAÇÃO DE TERRASRARAS LEVES, caracterizado por compreender as seguintes etapas:
    a) alimentar, a um primeiro conjunto de misturadores/decantadores (C1) ligados em série, formado por 6 a 12 estágios, uma corrente de licor aquoso (1) à temperatura ambiente em pH=3,5 contendo uma mistura de cloretos de terras-raras leves condicionada com um agente complexante, que compreende um ácido orgânico biodegradável como o ácido lático, em contracorrente com uma corrente de extração (2) contendo um agente de extração que compreende um ácido organofosforado, como o éster mono-2-etilhexil do ácido 2-etil-hexil fosfônico dissolvido em isoparafina;
    b) separar a corrente aquosa de rafinado (3) rica em lantânio (La) da corrente oleosa da extração (4) contendo praseodímio (Pr) e neodímio (Nd);
    c) conduzir a corrente oleosa de extração (4) obtida na etapa b) para um segundo conjunto de misturadores/decantadores (C2), ligados em série, formado por 6 a 9 estágios, que é alimentado em contracorrente com uma corrente ácida de lavagem (5) em pH de
    1,5 a 2,0, que pode conter HCI ou Pr+Nd em concentração total de
    1,5 a 12 g.L1, e ácido lático em concentração na faixa de 0,10 mol.L'1 a 0,40 mol.L'1;
    d) separar uma segunda corrente aquosa (6) contendo lantânio da segunda corrente oleosa (7) rica em didímio (Pr+Nd) resultante da etapa de lavagem;
    e) conduzir a segunda corrente oleosa (7) de lavagem rica em didímio obtida na etapa d) para um terceiro conjunto de misturadores/decantadores (C3) ligados em série, formado por 2 a 4 estágios, que é alimentado em contracorrente com uma corrente de ácido (8), selecionado entre ácido clorídrico e ácido nítrico, para
  2. 2/3 reextração de didímio;
    f) separar uma terceira corrente aquosa (9) rica em didímio, com elevada pureza, resultante da etapa e) de reextração da corrente oleosa (10), que é reciclada e adicionada à corrente de extração da etapa a).
    2. PROCESSO CONTÍNUO PARA SEPARAÇÃO DE TERRASRARAS LEVES de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por empregar preferencialmente conjunto de misturadores/decantadores contendo 10 estágios na etapa de extração, 7 estágios para a lavagem seletiva e 3 estágios para a reextração.
  3. 3. PROCESSO CONTÍNUO PARA SEPARAÇÃO DE TERRASRARAS LEVES de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por utilizar para a lavagem seletiva preferencialmente uma corrente contendo Pr+Nd em concentração total de 1,5 a 12 g.L'1,adicionada com ácido lático em concentração na faixa de 0,10 a 0,40 mol.L'1.
  4. 4. PROCESSO CONTÍNUO PARA SEPARAÇÃO DE TERRASRARAS LEVES de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por obter didímio com grau de pureza na faixa de 92 a 99,9% e lantânio com pureza no entorno de 98%.
  5. 5. PROCESSO CONTÍNUO PARA SEPARAÇÃO DE TERRASRARAS LEVES de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por recuperar cerca de 78% de lantânio, 77% de praseodímio e 77% de neodímio do licor de alimentação.
  6. 6. PROCESSO CONTÍNUO PARA SEPARAÇÃO DE TERRAS-RARAS LEVES de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por alternativamente juntar a segunda corrente aquosa (6), de rafinado de lavagem, com a corrente de licor aquoso (1), de alimentação para o primeiro conjunto de 10 misturadores/decantadores ligados em série em contracorrente com uma solução de ácido organofosforado dissolvido em isoparafina
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  7. 7. PROCESSO CONTÍNUO PARA SEPARAÇÃO DE TERRAS-RARAS LEVES de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por recuperar cerca de 99% de lantânio, 86% de praseodímio e 92% de neodímio do licor de alimentação.
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