BR102016022422A2 - Composição despigmentante para aplicação tópica - Google Patents

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Feital Da Costa Pereira Andreia
Mercuri Maurizio
Teodoro De Figueredo Tatiane
Giehl Zanetti Ramos Betina
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Abstract

a invenção refere-se a uma composição despigmentante capaz de agir contra os sinais de escurecimento da pele e, em particular, agindo na interface derme-epiderme, o que possibilita, quando combinados, promover o clareamento da pele. mais particularmente, tal composição despigmentante, compreende uma combinação de pelo menos um ácido tranexâmico e um alfa arbutin encapsulada em uma nanopartícula biocompatível sem causar efeitos indesejados como genotoxicidade ou comedogenicidade, reações adversas típicas de composições despigmentantes ou de clareamento da pele.

Description

(54) Título: COMPOSIÇÃO
DESPIGMENTANTE PARA APLICAÇÃO TÓPICA (51) Int. CL: A61K 8/60; A61K 8/44; A61Q 19/00; A61Q 19/04 (52) CPC: A61K 8/602,A61K 8/44,A61Q 19/00, A61Q 19/04,A61K 2800/413 (73) Titular(es): HYPERMARCAS S/A (72) Inventor(es): ANTONIO CARLOS VANZO JUNIOR; ANDREIA FEITAL DA COSTA PEREIRA; MAURIZIO MERCURI; TATIANE TEODORO DE FIGUEREDO; BETINAGIEHL ZANETTI RAMOS (74) Procurador(es): LUCAS MARTINS GAIARSA (57) Resumo: A invenção refere-se a uma composição despigmentante capaz de agir contra os sinais de escurecimento da pele e, em particular, agindo na interface derme-epiderme, o que possibilita, quando combinados, promover o clareamento da pele. Mais particularmente, tal composição despigmentante, compreende uma combinação de pelo menos um ácido tranexâmico e um alfa arbutin encapsulada em uma nanopartícula biocompatível sem causar efeitos indesejados como genotoxicidade ou comedogenicidade, reações adversas típicas de composições despigmentantes ou de clareamento da pele.
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COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE PARA APLICAÇÃO TÓPICA Campo da invenção [1] A presente invenção refere-se a uma composição despigmentante capaz de agir contra os sinais de escurecimento da pele e, em particular, agindo na interface derme-epiderme, o que possibilita, quando combinados, promover o clareamento da pele. Mais particularmente, tal composição despigmentante, compreende uma combinação de pelo menos um ácido tranexâmico e um alfa arbutin encapsulada em uma nanopartícula biocompatível sem causar efeitos indesejados como genotoxicidade ou comedogenicidade, reações adversas típicas de composições despigmentantes ou de clareamento da pele.
Antecedentes da invenção [2] O clareamento ou despigmentação da pele é desejável quando os consumidores estão preocupados com o escurecimento inadvertido da pele e consequentes problemas em sua aparência. Por exemplo, as pessoas com o tipo de pele escura são particularmente afetadas pela hiperpigmentação facial e os consumidores se sentem desconfortáveis com as regiões da pele sujeitas ao escurecimento. Ao passo que as mulheres caucasianas estão mais preocupadas com manchas escuras e sardas no rosto e nas mãos.
[3] Hoje em dia, o mercado de clareamento ou despigmentação já percorreu um longo caminho desde a abordagem de clareamento (despigmentação) básica. Os consumidores estão globalmente preocupados com o envelhecimento e hiperpigmentação causados pelo sol e estão à procura de produtos para melhorar a sua pele e evitar as manchas da idade.
[4] Muitos dos ingredientes de clareamento de pele comuns no mercado de cosméticos são relatados por serem inseguros, citotóxicos, instáveis ou ineficazes em baixas concentrações.
[5] A pele, no corpo humano, é o órgão que mais sofre
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2/11 estresse causado pelo ambiente. A pele humana está sujeita a uma diversidade de agressões, por fatores tanto extrínsecos como intrínsecos. Os fatores extrínsecos incluem radiação ultravioleta, poluição ambiental, vento, calor, radiação infravermelha, baixa umidade, tensoativos fortes, abrasivos, etc. Os fatores intrínsecos, por outro lado, incluem o envelhecimento cronológico e outras alterações biológicas internas à pele.
[6] A pele é uma estrutura altamente organizada que consiste em duas partes principais. A parte exterior, mais delgada, da epiderme, está organizada em quatro ou cinco camadas de células. Estas camadas são (1) o estrato córneo, (2) estrato lúcido (geralmente presente apenas quando a pele é engrossada), (3) estrato granuloso, (4) estrato espinhoso e (5) estrato basal. A parte interna, mais espessa da pele, a derme, é composta por uma camada papilar superior e uma camada reticular inferior. A derme também compreende vasos sanguíneos, nervos, folículos capilares e glândulas sudoríparas. A camada abaixo da derme, a hipoderme, compreende células de tecido conjuntivo e adiposo soltos e podem ser consideradas como fazendo parte da pele na medida em que funciona para ancorar a epiderme e derme aos ossos subjacentes e músculos. A hipoderme também fornece a derme vasos sanguíneos e nervos.
[7] Ainda, a epiderme é um epitélio de pavimento estratificado, queratinizado, 90% constituída de queratinócitos. A diferenciação gradual das células da membrana basal, que separa uma derme de uma epiderme, em direção à superfície de uma epiderme especialmente inclui a diferenciação de queratinócitos, que migram em direção à superfície da pele, onde eles descarnam.
[8] A coesão entre epiderme e a derme é provida pela junção dermo-epidérmica. Esta é uma região complexa com cerca de 100 nm de espessura, que compreende o polo basal dos queratinócitos basais, a membrana epidérmica e a zona sub-basal da derme superficial.
[9] Existe atualmente, à disposição dos consumidores, um
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3/11 grande número de produtos para cuidados pessoais destinados a melhorar a saúde e a aparência física dos tecidos queratinosos, como a pele, promovendo seu clareamento. Dentre diversos objetivos, temos produtos que se destinam a proporcionar o clareamento da pele.
[10] O US 5670487 revela uma composição para combater a manchas na pele contendo alfa arbutin e pelo menos um agente de proteção de raios ultravioleta escolhido a partir do grupo que consiste em benzilidenocanfora e seus derivados, em um meio cosmeticamente aceitável. Revela que a composição pode estar em qualquer forma farmacêutica normalmente utilizada para aplicação tópica, tais como soluções, aquosas ou aquosas-alcoólicas, géis, emulsões óleo-em-água ou emulsões água-em-óleo, e as gotas de óleo são dispersas por esférulas em uma fase aquosa. Estas esférulas podem ser nanopartículas poliméricas, tais como nanoesferas e nanocápsulas, ou vesículas lipídicas de um modo preferido, sendo possível que os lipídios destas vesículas serem iônicos ou não iônicos. Não revela composições específicas envolvendo o ácido tranexâmico e alfa arbutin.
[11] O CN103932898 revela uma máscara facial de função completa para alcançar os efeitos de clareamento que compreende os componentes em percentagem em massa: 0,01-2 % de ácido hialurônico, de 0,01-1 % de glutationa reduzida, 0,01-2 % de L-vitamina C, 0,01-2 % de ácido tranexâmico, 0,01-2 % de liquiritigenina, 0,01-5 % de vitamina E, de 0,01-1 % de EGF em pó liofilizado, 0,01-2 % de peptídeo ativo, 0,01-3 % de SOD, 0,01-2 % de alfa arbutina, 0,1-2 % de alantoína, 0,5 -5 % de glicerina, 0,5-5 % de propileno-glicol e o restante de água, em que os componentes eficazes são combinados de forma independente com lipossomas ou nanocápsulas ou microcápsulas antes de serem misturados. Apesar de revelar o uso combinado de ácido tranexâmico e alfa arbutina na busca de um agente cosmético com um efeito de clareamento combinados de forma independente com lipossomas ou nanocápsulas ou microcápsulas, falha em revelar composições ideais.
[12] Portanto, existe uma necessidade por produtos e métodos
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4/11 que busquem aliviar e melhorar essas condições da pele, em especial no tecido queratinoso, promovendo sua despigmentação e clareamento, capaz de provocar o clareamento da pele sendo, contudo, não comedogênico e de baixa genotoxicidade.
[13] Neste aspecto, os inventores verificaram, de modo surpreendente e inesperado, que a composição despigmentante compreendendo uma combinação de pelo menos um ácido tranexâmico e pelo menos um alfa arbutin é capaz de provocar o clareamento da pele; em especial se os ativos estiverem carreados em nanopartículas biocompatíveis, que promovem a entrega na região alvo da pele e assim agem contra o escurecimento da pele e, em particular, promovem o clareamento da pele. Sumário da invenção [14] A presente invenção apresenta uma composição despigmentante capaz de agir contra os sinais de escurecimento da pele e, em particular, agindo na interface derme-epiderme, o que possibilita, quando combinados, promover o clareamento da pele. Mais particularmente, tal composição despigmentante, compreende uma combinação de pelo menos um ácido tranexâmico e um alfa arbutin encapsulada em uma nanopartícula biocompatível sem causar efeitos indesejados como genotoxicidade ou comedogenicidade, reações adversas típicas de composições despigmentantes ou de clareamento da pele.
[15] A composição é particularmente útil para promover o clareamento e tratamento da pele, mais particularmente para o clareamento da pele, de uso contínuo e sustentado.
Descrição detalhada da invenção [16] Exceto onde definido o contrário, todos os termos técnicos e científicos usados na presente invenção têm o significado comumente compreendido pelo versado na técnica à qual pertence a invenção. Todas as publicações, pedidos de patentes, patentes e outras referências mencionadas na presente invenção estão aqui incorporadas em sua inteireza a título de
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5/11 referência. Exceto onde indicado o contrário, porcentagem refere-se a porcentagem em peso [isto é, % (peso/peso) da composição], [17] Os inventores descobriram, surpreendentemente, que com o uso de uma composição despigmentante apresentando uma combinação de pelo menos um ácido tranexâmico e um alfa arbutin em associação com um veículo cosmeticamente aceitável, é capaz de agir contra os sinais de escurecimento da pele e, em particular, agir na interface derme-epiderme, o que possibilita, quando combinados, promover o clareamento da pele. Mais particularmente, tal composição despigmentante, quando encapsulada em uma nanopartícula biocompatível, promove o clareamento da pele sem causar efeitos indesejados como genotoxicidade ou comedogenicidade, reações adversas típicas de composições despigmentantes ou de clareamento da pele.
[18] Um primeiro objetivo da presente invenção é prover uma composição despigmentante, preferencialmente de clareamento da pele, compreendendo a entrega eficaz de ativos despigmentantes à camadas alvo da pele, assim como a sua liberação de acordo com um perfil adequado.
[19] Para atingir este objetivo, a presente invenção refere-se a uma composição despigmentante que proporciona clareamento da pele bem como o uso da dita composição. O primeiro objeto da presente invenção é uma composição despigmentante para aplicação tópica, objetivando uma ação local, compreendendo pelo menos um ácido tranexâmico combinado com um alfa arbutin, apresentando entrega eficaz dos ativos a camadas alvo da pele, assim como a sua liberação de acordo com um perfil adequado. Um segundo objeto da presente invenção é uma composição despigmentante compreendida em nanopartículas biocompatíveis.
[20] Esta combinação é capaz de produzir clareamento da pele de maneira eficaz e é segura, biocompatível e passível de uso prolongado em comparação ao já descrito no estado da técnica.
[21] A composição despigmentante, objeto da presente invenção, está preferencialmente compreendida em nanopartículas e são
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6/11 entregues na interface da pele-epiderme, onde os ativos despigmentantes são liberados de maneira controlada. Sem nos vincularmos à teoria, o efeito clareador do alfa arbutin e ácido tranexâmico na interface da derme-epiderme é devido à capacidade destes ativos agirem como substratos à tirosinase, inibindo-a. Estes ativos têm as propriedades de minimizar as manchas existentes na pele e de reduzirem o grau de bronzeamento da pele após a exposição UV. A junção dérmica-epidérmica é uma membrana basal que separa os queratinócitos na epiderme a partir da matriz extracelular, que se encontra embaixo na derme.
[22] A presente invenção compreende uma composição despigmentante em um sistema constituído por nanopartículas biocompatíveis de baixa genotoxicidade, preferencialmente um carreador lipídico nanoestruturado, que permite a eficaz entrega dos ativos a camadas alvo da pele, assim como a sua liberação de acordo com um perfil adequado.
[23] Para uso na presente invenção, cosmeticamente aceitável significa que os ingredientes que o termo descreve são adequados para uso em contato com tecidos (por exemplo, pele ou mucosa) sem toxicidade, incompatibilidade, instabilidade, irritação, ou reação alérgica indevida, ou similares.
[24] Como aqui usado o termo clareamento da pele refere-se genericamente ao clareamento, luminosidade, branqueamento, e/ou uniformidade do tom da pele, cor da pele, e/ou tonalidade da pele, e/ou para redução do amarelamento, e/ou para clareamento e/ou desaparecimento de marcas hiperpigmentadas e/ou lesões que incluem, mas não se limitam a, manchas pigmentadas, manchas de melanina, sinais da idade, manchas de sol, lentigo senil, sardas, lentigo simples, ceratose solar pigmentada, ceratose seborréica, melasma, marcas de acne, hiperpigmentação pós-inflamatória, lentigem, efélides, combinações de dois ou mais dos mesmos e similares. Em certas modalidades, clareamento da pele também se refere ao aumento da radiância da pele, brilho, translucidez e/ou luminescência e/ou obtenção de
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7/11 uma aparência de tonalidade de pele mais radiante, brilhante, translúcida ou luminosa ou uma tonalidade da pele menos amarelada ou pálida. Em certas modalidades preferenciais, clareamento da pele refere-se ao clareamento e equilíbrio da tonalidade da pele, aumento da radiância da pele e/ou clareamento de sinais de idade.
[25] A composição despigmentante, objeto da presente invenção, compreende pelo menos um ácido tranexâmico e pelo menos um alfa arbutin. Preferencialmente, a composição despigmentante compreende pelo menos uma combinação substancialmente equimolar de um ácido tranexâmico e alfa arbutin.
[26] O alfa arbutin é tanto um éter e/ou um glicosídeo, sendo a hidroquinona glicosilada extraída da planta uva-ursina no gênero Arctostaphylos.
[27] As composições tópicas podem, vantajosamente, ser usadas para todas as aplicações onde o ácido tranexâmico ou o alfa arbutin podem ser usados topicamente. Por causa da alta estabilidade destes ativos quando carreados em nanopartículas presentes na composição tópica, as composições tópicas da presente invenção são vantajosas em todos os campos de aplicação conhecido de ácido tranexâmico e/ou alfa arbutin.
[28] A composição despigmentante, vantajosamente, pode estar nanoencapsulada em nanopartículas biocompatíveis que apresentam de 0,01% a 30% do peso total da composição em ativos despigmentantes. Preferivelmente de 0,01% a 15% do peso total da composição de alfa arbutin e de 0,01% a 15% do peso total da composição de ácido tranexâmico, mais preferivelmente de 0,01% a 30% de uma combinação de ácido tranexâmico e alfa arbutin.
[29] Existem diversos tipos de carreadores. A nanopartícula biocompatível, preferencialmente, é um carreador lipídico nanoestruturado. O carreador lipídico nanoestruturado encontra-se no formato de nanoesferas lipídicas. Os carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN), utilizados na
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8/11 composição tópica, objeto da presente invenção, consistem em um complexo de lipídios sólidos e líquidos e são considerados a segunda geração de nanocápsulas lipídicas. Segundo Muller (2002), apud Puglia & Bonina (2012), é afirmado que a adição de lipídios líquidos aos lipídeos sólidos altera a formação dos cristais lipídicos o que minimiza o fenômeno de expulsão dos ativos durante o armazenamento. O carreador lipídico nanoestruturado é a segunda geração das nanocápsulas e são preferencialmente produzidos usando complexos de lipídios sólidos e líquidos misturados em proporção de 70:30 até uma proporção de 99,9:0,1. Os lipídios utilizados para preparar os CLN são os triglicerídeos, ácidos graxos, ceras e glicerídeos parcialmente hidrolisados. Vantajosamente, não são utilizados solventes orgânicos em sua produção.
[30] A nanopartícula biocompatível é livre de solventes orgânicos, preferivelmente na forma de uma matriz lipídica. Tal carreador é capaz de penetrar a pele, por permeação através da fenda de epiderme e atinge a interface derme-epiderme, promovendo a liberação do ativo pelo rompimento da nanopartícula promovido por enzimas presentes na pele. Este sistema de liberação é chamado de gatilho enzimático. Tal gatilho enzimático, combinado com a dimensão da nanopartícula, vantajosamente, controlam o momento e local de liberação do ativo desejados e conduz à adequada liberação dos ativos.
[31] A nanopartícula biocompatível é proveniente de lipídios naturais, sendo um exemplo preferencial os ácidos graxos, um material biodegradável e biocompatível. As nanopartículas biocompatíveis da invenção são produzidas pela técnica de homogeneização a alta pressão em meio aquoso e sem adição de catalisador, o que permite a obtenção de nanopartículas com melhores resultados em termos de rendimento e homogeneidade no tamanho de partícula. Neste sentido, o processo de obtenção das ditas nanopartículas compreende sua polimerização conduzida em meio aquoso, dispensando assim a indesejável utilização de solventes
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9/11 orgânicos. As nanopartículas são, assim, não só livres de solventes orgânicos, como também são produzidas por processo livre de solventes orgânicos, resultando em nanopartículas altamente biocompatíveis.
[32] As nanopartículas da composição tópica, carreante da composição despigmentante, objeto da presente invenção, apresentam dimensão de 100 nm a 400 nm, preferivelmente 100 nm a 300 nm, mais preferivelmente apresentando uma dimensão média de partícula de substancialmente 270 nm, e são, vantajosamente, produzidas a partir de ingredientes selecionados a partir do grupo que consiste em ácido linoleico, ácido oleico, triglicerídeos, ácido caprílico, ácido cáprico, polisorbatos e/ou PPG-15 estearil éter, steareth, óleo de sementes de Avena sativa, óleo da flor de Arnica montana. A utilização de ingredientes e processo, livres de solventes orgânicos resultam em uma nanopartícula biocompatível não-comedogênica.
[33] Desta maneira, a composição despigmentante, objeto da presente invenção, compreende, além dos ativos despigmentantes, ingredientes não-comedogênicos.
[34] A composição despigmentante, objeto da presente invenção é, da mesma maneira, não comedogênica e de baixa genotoxicidade.
[35] Adicionalmente, a composição despigmentante, quando em nanopartículas, apresenta liberação controlada dos ativos despigmentantes. Preferencialmente, a liberação de ativos é de pelo menos até 50% do ativo encapsulado após 8 horas de aplicação. Mais preferencialmente, a liberação controlada é de pelo menos até 70% do ativo encapsulado após 8 horas de aplicação.
[36] As nanopartículas da composição despigmentante são, preferivelmente, recobertas por um agente surfactante, preferivelmente um surfactante não-iônico e apresentam ótima dispersão de partículas na composição tópica, substancialmente de 4,25 χ 1012 nanoparticulas/mL. Vantajosamente, devido à sua diminuta dimensão e boa dispersão, as nanopartículas possuem o efeito oclusivo na pele e são responsáveis por uma
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10/11 redução da perda de água e consequente aumento da hidratação. O efeito oclusivo permite maior hidratação da pele e influencia sua aparência e condição. Este efeito aumenta o benefício de oclusão e consequentemente melhora a hidratação e permeação dos ativos carreados.
[37] A estrutura das na nanopartículas biocompatíveis que carreiam a composição despigmentante pode ser influenciada pelo agente surfactante não-ionico e ativos carreados, sendo sua estabilidade resultante medida pelo seu potencial zeta. Assim, as nanopartículas da composição despigmentante ainda apresentam um potencial zeta substancialmente de 16,2 mV.
[38] A composição despigmentante, objeto da presente invenção é voltada ao uso para o clareamento da pele, para a regeneração ou a ativação de células ou tecidos da pele. Como as nanopartículas são biocompatíveis, não há restrição ao seu uso e, preferivelmente, a composição tópica é voltada ao uso contínuo para a regeneração ou a ativação de células ou tecidos da pele, ou clareamento da pele, inclusive durante o dia.
[39] A composição tópica, objeto da presente invenção, compreende ainda umectantes, controladores de viscosidade, estabilizantes de emulsão, sequestrantes, emolientes, emulsionantes, conservantes, antioxidantes, vitaminas, despigmentantes, retinóis, corretores de pH.
[40] Pode-se, vantajosamente, utilizar ingredientes adicionais com propriedades despigmentantes ou clareantes da pele, como, por exemplo ácido kójico, ácido caféico, ácido ascórbico e seus derivados, ácido elágico, ácido azeláico, ácido linoleico, ácidos alfa ou beta-hidroxi, 4-n-butilresorcinol, extrato de camomila, extrato de placenta, niacina, niacinamida, hexamidina, resveratrol, hidroquinona, alfa-arbutin, palmitato de retinol, trimetilglicina, retinol, ácido retinóico, e muitos outros.
[41] Desta maneira, uma composição tópica compreendendo a composição despigmentante, apresenta, preferivelmente, de 0,01 a 10% de umectantes, de 0,01 a 2% de controladores de viscosidade, de 0,01 a 0,05%
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11/11 de estabilizantes de emulsão, de 0,01 a 1% de sequestrantes, de 1 a 20% de emolientes, de 0,01 a 5% de emulsionantes, de 0,01 a 2% de conservantes, de 0,0001 a 1% de antioxidantes, de 0,0001 a 1% de vitaminas, de 0,01 a 20% de despigmentantes, de 0,01 a 20% de retinóis, de 0,01 a 2% de corretores de pH.
[42] A composição despigmentante preferivelmente compõe uma composição tópica, voltada ao clareamento da pele, que compreende ainda uma segunda nanopartícula biocompatível carreando um ativo despigmentante diverso do ácido tranexâmico e alfa arbutin, preferivelmente um agente de clareamento diverso, mais preferencialmente um retinol. Tal segunda nanopartícula biocompatível é um segundo carreador que coexiste com a primeira nanopartícula da composição despigmentante da presente invenção. Tal segundo carreador apresenta de 0,01 a 20% de ativo, preferivelmente o retinol, em peso da segunda nanopartícula biocompatível, sendo que o primeiro carreador e segundo carreador apresentam, substancialmente, o mesmo perfil de liberação de ativos. Adicionalmente, o segundo carreador também libera o ativo na interface derme-epiderme. O segundo carreador também é, preferencialmente, liberado por rompimento promovido através de gatilho enzimático.
Métodos de uso [43] As composições despigmentantes da presente invenção preferivelmente integram uma composição tópica que pode ser aplicada à pele de mamíferos. Em uma modalidade, as composições são aplicadas na pele que necessita de tratamento para linhas e rugas e/ou perda de elasticidade. As composições despigmentantes da presente invenção também podem ser aplicadas à pele que necessita de tratamento de clareamento de pele, por exemplo, pigmentação aumentada. As composições podem ser aplicadas na pele que precisa de tal tratamento de acordo com um regime de tratamento adequado, por exemplo, a cada mês, cada semana, cada dia, todos os dias, duas vezes ao dia, durante o dia, à noite ou similares.
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Claims (13)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE PARA APLICAÇÃO TÓPICA, objetivando uma ação local, caracterizada por compreender pelo menos um ácido tranexâmico e um alfa arbutin.
  2. 2. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por apresentar quantidades substancialmente equimolares entre o ácido tranexâmico e o alfa arbutin.
  3. 3. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por estar carreada em nanopartículas biocompatíveis.
  4. 4. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por estar carreada em nanopartículas biocompatíveis de baixa genotoxicidade.
  5. 5. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelas nanopartículas biocompatíveis serem um carreador lipídico nanoestruturado.
  6. 6. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por apresentar uma liberação controlada de pelo menos até 50% do ativo carreado após 8 horas de aplicação.
  7. 7. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por apresentar uma liberação controlada de pelo menos até 70% do ativo carreado após 8 horas de aplicação.
  8. 8. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por ter uma dimensão média de partícula de substancialmente 270 nm.
  9. 9. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por ter um potencial zeta substancialmente de 16,2 mV.
  10. 10. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelas nanopartículas biocompatíveis serem
    19/21
    2/2 constituídas a partir de ingredientes selecionados a partir do grupo que consiste em ácido linoleico, ácido oleico, triglicerídeos, ácido caprílico, ácido cáprico, polisorbatos e/ou PPG-15 estearil éter, steareth, óleo de sementes de Avena sativa, óleo da flor de Arnica montana.
  11. 11. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por ser adequada para uso em uma composição cosmética compreendendo ingredientes selecionados entre umectantes, controladores de viscosidade, estabilizantes de emulsão, sequestrantes, emolientes, emulsionantes, conservantes, antioxidantes, vitaminas, despigmentantes, retinóis e corretores de pH.
  12. 12. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 11, caracterizada por ser adequada para uso em uma composição cosmética compreendendo ingredientes selecionados preferivelmente, de 0,01 a 10% de umectantes, de 0,01 a 2% de controladores de viscosidade, de 0,01 a 0,05% de estabilizantes de emulsão, de 0,01 a 1% de sequestrantes, de 1 a 20% de emolientes, de 0,01 a 5% de emulsionantes, de 0,01 a 2% de conservantes, de 0,0001 a 1% de antioxidantes, de 0,0001 a 1% de vitaminas, de 0,01 a 20% de despigmentantes, de 0,01 a 20% de retinóis, de 0,01 a 2% de corretores de pH.
  13. 13. COMPOSIÇÃO DESPIGMENTANTE, de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por apresentar um efeito de oclusão da pele, melhorando a sua hidratação.
    20/21
    1/1
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