BR102016003493A2 - Clothing clothing to keep catheder's long segments or exteriorized probes of an agency - Google Patents

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Abstract

“vestimenta coletora para guarda de segmentos longos de cateteres ou sondas exteriorizadas de um organismo” a vestimenta coletora para guarda de cateteres ou sondas de longa permanência exteriorizadas de um organismo humano ou animal tem o objetivo de prover uma vestimenta caracterizada por uma bolsa, ou cavidade coletora, toda constituída em tecido não tecido (tnt) com intuito de guardar, fixar, e proteger segmentos longos de cateter ou sondas que se encontram pendurados a um organismo vivo e livremente expostos a ações nocivas do meio ambiente. é objeto da invenção preservar a integridade de cateteres ou sondas implantadas num organismo por período prolongado. é objeto da invenção provisionar uma vestimenta coletora de dispositivo que possa atuar num ambiente clínico desfavorável, sobre uma epiderme que esteja comprometida por doença. é objeto da invenção prover uma vestimenta coletora de dispositivo cujo método de fixação a um organismo humano ou animal ocorra através de um mecanismo de alças fixantes. é objeto da invenção prover uma vestimenta coletora confeccionada em tecido não tecido (tnt) onde sua característica antialérgica é própria para uso prolongado. é objeto da invenção oferecer condições de menor desconforto aos pacientes necessitados de uma portabilidade crônica de cateteres ou sondas.

Description

"VESTIMENTA COLETORA PARA GUARDA DE SEGMENTOS LONGOS DE CATETERES OU SONDAS EXTERIORIZADAS DE UM ORGANISMO" Campo da Invenção [001] O objeto inventivo tem na medicina a sua principal área de utilização. Refere-se a um tipo de acessório para cuidados médicos e é aqui caracterizado por uma vestimenta coletora para guardar e proteger longas estruturas tubulares de dispositivos como cateteres ou sondas que devem permanecer parcialmente exteriorizadas através de um organismo por longos períodos de tempo.
[002] A invenção tem como objetivo principal a proteção desta parte, ou segmento externo de cateteres ou sondas contra eventuais ações externas que podem ser danosas ao seu funcionamento, levando algumas vezes à necessidade de retirada prematura.
[003] Portanto, o objeto da invenção visa guardar o segmento externo do dispositivo implantado num ambiente higienicamente apropriado, o que provavelmente levará como resultado a uma redução nos índices de infecção local.
[004] Igualmente, a invenção visa promover uma ação de escoramento do segmento exteriorizado do dispositivo implantado, contribuindo assim para evitar que seu próprio peso possa eventualmente ser o causador de um desprendimento espontâneo.
[005] Outro propósito da invenção visa eliminar a necessidade de curativos aderentes como, por exemplo, esparadrapos ou similares para fixar segmentos de dispositivos exteriorizados através da pele. A utilização de métodos aderentes como fixadores é o estado da arte para a manutenção da parte exteriorizada de cateteres e sondas.
Fundamentos da Invenção [004] É amplamente do conhecimento médico que algumas doenças para serem tratadas necessitam de certos tipos de dispositivos que devem ser implantados no organismo com intuito de serem utilizados por longo período de tempo. Como característica, muitos deles são apenas parcialmente implantados apresentando longos segmentos distais mantidos externamente pendurados ao organismo. É o caso dos cateteres venosos centrais de longa permanência do tipo semi-implantável (CVCLP-SI) e das sondas enterais. Os CVCLP-SI são amplamente utilizados para quimioterapia do câncer, transplante de medula óssea, nutrição parenteral, e hemodiálise. Enquanto as sondas enterais são necessárias em várias situações de restrição nutricional de um paciente.
[005] É notório, e estamos aqui grifando, que tais dispositivos são necessários para atender situações que demandam portabilidade prolongada de meses ou anos e o objeto da invenção está diretamente relacionado a esta necessidade. Ou seja, de cuidados constantes, diários e duradouros, de um dispositivo posicionado sobre uma mesma área anatômica na pele.
[006] Também é notório que as doenças básicas que determinam a necessidade de tais cateteres muitas vezes comprometem difusamente a pele dos pacientes, como ocorre, por exemplo, nos Linfomas Não Hodgkin e na Síndrome de Sezary. Portanto, o ambiente clínico onde vão ser usados tais cateteres deve ser levado em consideração para análise dos argumentos patentários que serão aqui expostos.
[007] Certos tipos de CVCLP-SIs são considerados pelos médicos como sendo de diâmetros largos, pois são necessários para atender algumas formas de tratamento que necessitam alto fluxo corrente, algo em torno de 400ml/min como, por exemplo, para realização da hemodiálise. Tais diâmetros podem chegar a 4.5mm, e com um segmento de até 30cm de comprimento exteriorizado para ser guardado e protegido.
[008] Outros tipos de CVCLP-SIs, como aqueles para uso em oncologia possuem um diâmetro menor, em torno de 3mm, mas com um segmento exteriorizado mais longo, em torno de 45cm de comprimento para ser guardado e protegido. Nestes casos a obtenção de um alto fluxo circulante não é o fundamental, pois o que se deseja é apenas a administração da quimioterapia do câncer.
[009] Podemos dizer que os CVCLP-SIs são tubos longos, grossos, e confeccionados em borracha de silicone que exigem cuidados especiais para mantê-los numa condição médica satisfatória de higienização e devidamente posicionado dentro do sistema venoso central a fim de obter o resultado esperado. Movimentos constantes durante a manipulação para sua utilização ou utilização de curativos aderentes sobre estes segmentos podem rasgá-los e dificultar a cicatrização da pele em torno do orifício de saída do cateter, ocasionando infecção local ou até mesmo deslocamento interno do sistema.
[010] A mesma questão pode ser considerada para sondas exteriorizadas através de orifícios naturais do organismo. As sondas enterais, por exemplo, são utilizadas por longos períodos em tratamentos cirúrgicos de tumores da cabeça e pescoço e a fixação delas se torna problemática muitas vezes em função da proximidade com a área operada.
[011] É reconhecido no meio acadêmico que estas longas estruturas tubulares exteriorizadas precisam de alguma forma serem fixadas para evitar desprendimentos e protegê-las contra agressões naturais quando expostas ao meio ambiente, como traumas inadvertidos e infecções localizadas.
[012] No entanto, o estado da arte relacionado a dispositivos de fixação e guarda de segmentos exteriorizados, principalmente cateteres venosos, tem sido relatado como curativos ou vestimentas-dispositivo considerando sempre um componente de aderência à pele, algumas vezes chamados de camada de aderência na sua concepção inventiva, como descrito por Becton, Dicckson and company, registro INPI BR1120140138710. Neste contexto não observamos um método de aplicação que leve em consideração as condições clinicas desfavoráveis da pele em receber dispositivos de vestimenta aderente, pois este fato inviabilizaria sua utilização.
[013] Outra questão relacionada ao estado da arte se refere ao comprimento do segmento exteriorizado a ser guardado. A literatura tem relatado patentes protetoras de cateteres, como aquela especificada acima, para guarda e proteção apenas da parte rígida da empunhadura, ou canhão, de um cateter intravenoso. Não contempla, e não são admitidos segmentos longos de cateter ou sonda no seu interior.
[014] Em se tratando de dispositivos relacionados à saúde, é preciso considerar as condições patológicas do organismo onde a concepção inventiva deve atuar, pois estará em contado direto com ele. Naquelas condições onde a doença básica agride o paciente comprometendo a integridade de uma área como no caso a pele, nenhum tipo de camada aderente pode ou deve ser usada sobre ela, o que torna algumas referências patentárias contraindicadas ou inviáveis para serem usadas nestes casos.
[015] Até o momento, o estado da arte mantem os CVCLP-SI e sondas enterais expostos ao meio ambiente e presos por curativos aderentes idealizados de várias formas. Porém, quando o paciente portador se encontra fora do ambiente hospitalar procurando viver o dia-a-dia normalmente tal manutenção é motivo de grande desconforto. Na medida em que tais cateteres são usados por longos períodos de tempo a forma de manutenção dos segmentos externos interfere diretamente no cotidiano dos pacientes, dificultando o ato de se banhar, vestir, caminhar e dormir.
[016] Devido a isto, e como os CVCLP-SI são cada vez mais utilizados na medicina, sua portabilidade têm sido frequentemente discutido no meio acadêmico que busca por soluções que venham minorar tal desconforto e aumentar a proteção contra eventuais traumas e infecções localizadas. Apesar do desenvolvimento constante de novos curativos aderentes, sua utilização diária sobre a mesma área de pele ocasiona lesões abrasivas que podem progredir com infecção secundária. Portanto, naqueles casos em que há comprometimento da pele pela doença os adesivos são contraindicados, o que torna ainda mais complexa a questão da portabilidade prolongada.
[017] O desenvolvimento de soluções alternativas que venham modificar o paradigma da manutenção da portabilidade de CVCLP-SI e sondas enterais têm ganhado muita importância no tratamento das doenças crônicas degenerativas. Podemos citar como exemplo o câncer, a insuficiência renal, e a desnutrição patológica, onde tais dispositivos são utilizados frequentemente por longo período de tempo. A questão do cuidado do segmento externo de cateteres e sondas, portanto, é extremamente relevante nestes casos.
[018] O exemplo mais significativo na relação entre uma vestimenta para dispositivos exteriorizados e a utilização de CVCLP-SIs está na quimioterapia do câncer, pois a maioria dos tratamentos oncológicos exige que os mesmos sejam feitos através de acessos venosos profundos. No transplante de medula óssea (TMO) que tem uma forma de tratamento mais complexo, observamos outros agravantes que influenciam ainda mais na manutenção prolongada dos CVCLP-SIs. A recuperação da medula óssea mediante as células transplantadas é gradativa e favorece temporariamente a ocorrência de infecções graves que podem estar relacionadas ao cateter. Os cuidados na proteção ao segmento externo do cateter são fundamentais para evitar contaminações.
[019] Uma complicação frequente nos TMOs é a chamada "doença-enxerto-contra-hospedeiro" (DECH) que atinge mais de 50% dos pacientes e ocasiona um grave e difuso comprometimento da pele dos pacientes, criando grandes dificuldades para a manutenção prolongada dos cateteres. A DECH é uma condição patológica abrasiva, muitas vezes com perda total da epiderme, o que predispõe a infecções localizadas e impossibilita o uso de curativos aderentes. Trata-se de um cenário em que reside uma das grandes utilidades de uso da invenção de Vestimenta Coletora aqui reivindicada, pois ela prescinde de adesivos para fixar o cateter ao organismo.
[020] Notadamente, são as doenças crônicas que exigem CVCLP-SI, cuja estereotipagem é um tubo mono ou multi-lúmen, pendular, com cerca de 45cm de comprimento exteriorizado através do organismo. Muitos pacientes crônicos convivem com cateteres em residência e a maioria realiza seu próprio curativo. Soluções "caseiras", alternativas, com questionável orientação são buscadas para proteger a pele e o próprio cateter. Muitas vezes os pacientes fixam o cateter envolvendo a região com ataduras de tecido para fugir da abrasão da pele causada por fitas adesivas e o resultado pode não ser bom, levando a infecções localizadas, deslocamentos, e até perfurações inadvertidas do cateter.
[021] Apesar da evolução tecnológica na qualidade dos vários tipos de curativos aderentes existentes no mercado, cujo intuito é reduzir os riscos de infecção e aumentar a aceitabilidade prolongada, o fato é que ainda hoje manter a integridade da epiderme com o uso prolongado de adesivos tem sido muito difícil. A literatura médica tem abordado este tema com frequência. (Hoffmann KK, Weber DJ, Samsa GP, Rutala WA. Transparent polyurethane film as an intravenous cateter dressing. A meta-analysis of the infection risks. JAMA 1992; 267:2072-2076). Estes esforços para manter uma interação sadia entre cateteres semi-implantáveis e o organismo humano também pode ser observado em outros estudos (Gallieni M. Transparent film dressings for intravascular cateter exit-site. JVA 2004; 5:69-75).
[022] A arte relacionada à invenção aqui solicitada, diz respeito ao segmento distai de cateteres ou sondas, ou seja, a guarda e proteção de um segmento tubular não estéril que se prolonga para além do orifício de saída da pele, portanto, sem qualquer intenção curativa ou cicatricial.
[023] Neste quesito o objeto inventivo aqui reivindicado difere no estado da arte daquelas vestimentas para dispositivos exteriorizados que possuem ação cicatricial auxiliar no processo de incorporação ao organismo, o que permite concluir que apesar de não usar adesivos no seu método de fixação o objeto inventivo pode alternativamente ser colado sobre algum curativo previamente existente, mas não diretamente sobre a pele.
[024] A concepção construtiva do objeto inventivo utiliza um método de fixação através de alças que envolvem o organismo sem precisar de adesivos. É, portanto, uma vestimenta que pode ser usada isoladamente, mantendo o orifício de saída do cateter absolutamente livre, sem curativo, onde apenas o segmento exteriorizado é guardado em seu interior e cujo método fixador é feito através de alças de contenção.
[025] Assim sendo, devemos concluir que a invenção apresentada é uma vestimenta coletora, ou bolsa, que não possui uma condição de curativo na sua formulação e funcionalidade, pois não auxilia na cicatrização, nem na cura da ferida. Nenhum tipo de substância antibacteriana ou cicatrizante é juntado a ela.
[026] A reivindicação inventiva recai tão somente sobre a condição de guardar, vestir, e proteger o segmento não estéril exteriorizado de um cateter ou sonda parcialmente implantada num organismo vivo, agindo apenas como uma forma auxiliar na manutenção de longo prazo.
[027] Diferentemente, outras vestimentas podem ter condições auxiliares na cura da ferida ocasionada pelo implante quando se posicionam diretamente sobre o óstio de saída de um segmento de cateter. Muitas vezes até possuem substâncias bactericidas em sua formulação.
[028] A invenção reivindicada tem sua utilidade reconhecida como uma nova forma de preservar a funcionalidade prolongada de cateteres, ou sondas, sem agressão à epiderme; e ao mesmo tempo, proteger todo o sistema exteriorizado contra ações do meio ambiente.
[029] Outro aspecto relacionado ao estado da arte tem a ver com o processo cicatricial. Considerando que na prática o óstio de saida do cateter na pele não precisa necessariamente de curativo após cerca de quatro semanas, quando ocorre a total cicatrização e fixação do cateter ao organismo, pode-se concluir que a manutenção de um curativo-adesivo é desnecessária a partir dai. Entretanto, como todo o resto do segmento exteriorizado necessita cuidados, o objeto da invenção continua necessário, pois mantem o cateter protegido em seu interior.
[030] De uma forma geral a literatura não tem sido fértil nos cuidados dispensados com a guarda e proteção de segmentos longos de próteses exteriorizadas, em especial de cateteres e sondas. Em tese isto provavelmente se deve ao fato de que apenas o ponto de contato entre a pele e a saida da prótese merecería uma maior preocupação, pois responde pela cicatrização do sistema, o local onde um processo infeccioso poderia se instalar e ocasionar a expulsão da prótese. Nesta linha de raciocínio uma vestimenta capaz de acolher o segmento distai não estéril de um dispositivo sem focar necessariamente o orifício de saída torna a invenção reivindicada um processo único.
[031] Não existe nenhuma relação entre a invenção reivindicada e um curativo atuando sobre a ferida operatória, que deve ser realizado sempre seguindo protocolos estabelecidos em acordo com cada unidade hospitalar de tratamento.
[032] Não há nenhuma necessidade, ou vínculo, de existir um curativo para que a invenção reivindicada possa ser utilizada; muito pelo contrário, num período mais tardio quando a cicatrização do orifício de saída do cateter já estiver completamente cicatrizada o curativo é dispensável, mas a invenção reivindicada não. 0 curativo e a invenção reivindicada podem coexistir sem que um dependa ou faça parte do outro, pois são independentes e com funções diferentes.
[033] Os curativos possuem um propósito cicatricial sobre o óstio de saida de próteses parcialmente exteriorizadas, como cateteres, ou sondas, e devem ser realizados ambulatoriamente ou em residência segundo protocolos pré-definidos considerando a necessidade de assepsia e antissepsia que muitas vezes podem ser complexos em função da apresentação da doença. Já a invenção reivindicada prescinde de maiores cuidados médicos e de enfermagem, podendo ser realizado pelo próprio paciente em ambiente não hospitalar.
[034] Definitivamente a invenção não é um curativo, mas apenas uma vestimenta coletora de cateteres e sondas.
Breve Descrição das Figuras [035] A Figura 1 retrata em perspectiva a vestimenta tipo bolsa, ou cavidade coletora, confeccionada em tecido não tecido (TNT) de polipropileno grau médico e composta por um primeiro-elemento constituído de uma face, parede, ou lâmina anterior 1 e uma face, parede, ou lâmina posterior 2 unidas nos seus bordos laterais direito e esquerdo 6 e inferior 7; porém, o lado tido como superior permanece aberto para permitir a entrada do dispositivo desejado.
[036] Um segundo-elemento é constituído pela formação de duas tiras ou fitas 4 concebidas com o mesmo material TNT e que correm soldadas ou costuradas sobre os bordos laterais direito e esquerdo 6, se estendendo para cima e para baixo além do primeiro-elemento num sentido vertical quando em posição de repouso, mas que podem ser mobilizadas lateralmente para qualquer lado desejado para se adaptar à região anatômica onde a vestimenta coletora será utilizada.
[037] Um terceiro-elemento é constituído mediante a adesão de uma lâmina 3, também concebida em tecido não tecido (TNT), fixada longitudinalmente no segmento mediai do bordo superior da face posterior 2 do primeiro-elemento, e cujo terço superior se eleva em forma de "V" (5), e os dois terços inferiores escorrem livremente, como uma franja livre e paralela à face posterior 2 do primeiro-elemento, ou bolsa coletora primariamente formada.
[038] A Figura 2 retrata a vestimenta tipo bolsa, ou cavidade coletora, confeccionada em tecido não tecido (TNT) de polipropileno grau médico e objeto da presente invenção numa visão antero-posterior. Nesta figura 2, podemos observar o segmento superior da peça 3 em forma de "V" (5) sobressaindo da porção mediai do bordo superior da face anterior 1 do primeiro-elemento que se projeta anteriormente à face posterior 2, e demonstra que a mesma não se estende até os limites laterais 6 do primeiro-elemento .
[039] A Figura 3 retrata a vestimenta tipo bolsa, ou cavidade coletora, confeccionada em tecido não tecido (TNT) de polipropileno grau médico e objeto da presente invenção na sua visão postero-anterior. Conforme também é demonstrado na figura 1 observamos que a lâmina 3 que constitui o terceiro-elemento também é concebida em TNT e está fixada no bordo superior 9 da face posterior 2 do primeiro-elemento, ou cavidade coletora, na altura do seu terço médio. A formação do terço superior do terceiro- elemento, portanto, ultrapassa o bordo superior 9 do primeiro elemento numa formatação tipo "V" (5).
[040] A Figura 4 retrata a visão do objeto inventivo devidamente posicionado numa das regiões onde usualmente os CVCLP-SIs são implantados e o segmento distai é exteriorizado, no caso a região torácica. Na figura 4 observamos também que os elementos superiores tipo fita ou tira de TNT que compõem o segundo-elemento 4 direito e esquerdo circundam e se entrelaçam no pescoço, enquanto os elementos inferiores 4 direito e esquerdo circundam e se entrelaçam na caixa torácica, estabelecendo assim a fixação da invenção ao organismo, e sem necessidade de adesivos.
[041] A figura 5 retrata o objeto inventivo posicionado para guardar outro exemplo de cateter venoso, qual seja aqueles de acesso periférico. Nestes casos é usada a região anterior do antebraço e tanto os elementos superiores como os elementos inferiores do segundo-elemento 4 entrelaçam o antebraço para fixação sem necessidade de adesivos sobre a pele.
Descrição Detalhada da Invenção [042] As figuras 1, 2 e 3 retratam o objeto inventivo respectivamente numa visão em perspectiva, antero-posterior, e postero-anterior para demonstra-lo detalhadamente. Enquanto as figuras 4 e 5 demonstram dois locais de anatômicos onde deverão ser frequentemente utilizado.
[043] O objeto inventivo é todo construído em material polipropileno tecido não tecido (TNT) numa gramatura variável entre 12 e 30 g/m2, e numa condição preferencialmente impermeável.
[044] O objeto inventivo possui uma formatação retangular, mas pode ser concebido em qualquer outra formatação geométrica tendo em vista que este fato não modifica ou influencia na sua funcionalidade.
[045] Através das figuras 1, 2 e 3, podemos observar que o dispositivo inventivo é constituído de um primeiro elemento, chamado primeiro-elemento, concebido pela união entre duas lâminas de TNT por meio da costura ou solda dos bordos laterais 6 direito, esquerdo, e inferior 7, vindo a formar, portanto, uma parede, ou face anterior 1 e outra posterior 2, mas cujo bordo superior é mantido aberto, sem costura ou solda. Desta forma, o chamado primeiro-elemento fica constituído à semelhança de uma bolsa, ou cavidade coletora, onde um dos lados permanece aberto com a finalidade de permitir a entrada de dispositivos ao seu interior.
[046] A cavidade coletora que constitui o primeiro-elemento possui soldado ou costurado a seus bordos laterais direito e esquerdo um segundo elemento, chamado segundo-elemento, constituído de duas tiras ou fitas 4, também confeccionadas no mesmo material tecido não tecido (TNT) do primeiro-elemento, que se prolongam verticalmente para cima e para baixo com a função de envolver regiões de um organismo, notadamente o humano, mas também o animal, a fim de promover sua fixação sem qualquer tipo de adesivo necessário para exercer tal função.
[047] O objeto inventivo é estruturalmente finalizado com a fixação por meio de costura ou solda de um terceiro elemento, chamado terceiro-elemento, também constituído de TNT e que representa uma segunda face, parede, ou lâmina 3, aderida linearmente ao bordo superior 9 da face, parede, ou lâmina posterior 2 do primeiro-elemento, e que possui duas finalidades.
[048] Primeiramente, a porção superior compreendendo seu terço superior é concebida em forma de "V" (5) e emerge por cima do bordo superior do primeiro-elemento com a finalidade de dar o direcionamento, ou orientação, para o dispositivo exteriorizado através do organismo que está para ser introduzido dentro da cavidade coletora, ou primeiro-elemento, do objeto de invenção. Ao mesmo tempo a área de pano TNT em "V" (5) também pode ser utilizada para qualquer tipo de fixação adesiva sobre um curativo previamente existente caso seja do interesse do operador ou do próprio paciente.
[049] Em segundo lugar, os dois terços inferiores do terceiro-elemento que se encontram abaixo da linha de fixação linear ao bordo superior 9 da face, parede, ou lâmina posterior 2 do primeiro-elemento possui um posicionamento livre, pendular, desprendido, de tal forma a oferecer uma segunda opção de fixação sem adesivos, como, por exemplo, ao prender-se a alguma faixa circular ao organismo e assim liberar a cavidade coletora que compõe o primeiro-elemento a receber um maior volume de dispositivo no seu interior.
[050] As figuras 4 e 5 retratam dois exemplos da integração entre o dispositivo inventivo e o corpo humano nas regiões mais frequentemente usadas, qual sejam a região torácica anterior na figura 4 e o antebraço na figura 5.
[051] Na figura 4 está retratado o local onde os acessos venosos profundos proximais são obtidos e expõem o segmento distai de um Cateter Venoso Central de Longa Permanência do tipo Semi-Implantável (CVCLP-SI). Nesta posição sobre a região torácica anterior, o segmento de cateter exteriorizado é introduzido na cavidade coletora, ou primeiro-elemento, e as alças laterais superiores que compõem o segundo-elemento entrelaçam o pescoço para dar sustentação ao objeto inventivo, enquanto as inferiores entrelaçam a caixa torácica para imobilizá-lo no local desejado.
[052] Na figura 5 está retratado outro tipo de acesso venoso, qual seja o distai, ou periférico. Nesta condição são utilizados cateteres de diâmetros mínimos, algo em torno de lmm. Nestes casos o segmento exteriorizado é curto, mas os cuidados com a manutenção deve ser a mesma. 0 acesso venoso é realizado sobre a região anterior do antebraço e as alças laterais superiores e inferiores do segundo-elemento o entrelaçam para fixar e manter o objeto inventivo localmente posicionado.
REIVINDICAÇÕES

Claims (10)

1. Vestimenta Coletora para Guarda de Cateteres ou Sondas de Longa Permanência Exteriorizadas de um Organismo Humano ou Animal caracterizada por compreender: a formação de uma cavidade coletora, ou bolsa, denominada primeiro-elemento; e cujos bordos laterais direito e esquerdo se prolongam para cima e para baixo em forma de tira ou fita para formarem o denominado segundo-elemento; e um elemento laminar, denominado terceiro-elemento, acoplado linearmente ao bordo superior da parede posterior do denominado primeiro-elemento, e cujo segmento inferior se estende livremente para baixo em paralelo e o segmento superior ultrapassa o bordo superior da vestimenta coletora, ou bolsa, denominada primeiro-elemento, num formato em V.
2. Vestimenta coletora, de acordo com a reivindicação 1, caracterizados por o primeiro-elemento, o segundo-elemento, e o terceiro-elemento serem confeccionados em material Tecido Não Tecido (TNT).
3. Vestimenta coletora, de acordo com a reivindicação 1 caracterizada por ser a formação do segundo-elemento constituída a partir dos bordos laterais direito e esquerdo do terceiro-elemento.
4. Vestimenta coletora, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por o primeiro-elemento, o segundo-elemento, e o terceiro-elemento serem confeccionados em material Tecido Não Tecido (TNT).
5. Vestimenta coletora, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por a fusão entre os bordos laterais do primeiro-elemento com o segundo-elemento, e do bordo superior da parede posterior do primeiro-elemento com o terceiro-elemento, ser feito por pressão.
6. Vestimenta coletora, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por a fusão entre os bordos laterais do primeiro-elemento com o segundo-elemento, e do bordo superior da parede posterior do primeiro-elemento com o terceiro-elemento, ser feito por alinhamento.
7. Vestimenta coletora, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por a fusão entre os bordos laterais do primeiro-elemento com o segundo-elemento, e do bordo superior da parede posterior do primeiro-elemento com o terceiro-elemento, ser feito por pressão.
8. Vestimenta coletora, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por a fusão entre os bordos laterais do primeiro-elemento com o segundo-elemento, e do bordo superior da parede posterior do primeiro-elemento com o terceiro-elemento, ser feito por alinhamento.
9. Método de Aplicação de uma Vestimenta Coletora para Guarda de Cateteres e Sondas de Longa Permanência Exteriorizadas de um Organismo Humano ou Animal caracterizado por: utilizar alças de tecido não tecido (TNT) como veiculo para sua fixação ao corpo humano.
10. Método de Aplicação de uma Vestimenta Coletora para Guarda de Cateteres e Sondas de Longa Permanência Exteriorizadas de um Organismo Humano ou Animal, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada por: utilizar um elemento em forma de "V" que oriente o caminho pelo qual um segmento tubular de cateter ou sonda deve ser nela introduzido.
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