BR102015002423A2 - roda que forma ferramenta agrícola melhorada - Google Patents

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Abstract

roda que forma ferramenta agrícola melhorada. a presente invenção refere-se a uma ferramenta (1) de trabalho no campo compreende um primeiro flange (7) e um segundo flange (9) que são montados um sobre o outro formando assim um corpo de roda (3). o primeiro flange (7) compreende uma parte central (71), uma parte periférica (73) de forma geral anular e braços (75) que ligam a parte central (71) e a parte periférica (73) uma com a outra. o segundo flange (9) é homólogo ao primeiro flange (7). no estado montado, o corpo de roda (3) apresenta um aro (121) formado conjuntamente pela parte periférica (73) do primeiro flange (7) e pela parte periférica homóloga (63) do segundo flange e por um cubo formado pela parte central (71) do primeiro flange (7). a parte central (61) do segundo flange (9) recebe o cubo formado pela parte central (71) do primeiro flange (7).

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "RODA QUE FORMA FERRAMENTA AGRÍCOLA MELHORADA". [001] A invenção refere-se às ferramentas agrícolas, e mais especialmente àquelas que compreendem principalmente uma ou várias rodas. [002] Nas ferramentas desse tipo, a ou as rodas são geralmente utilizadas para trabalhar o solo. As rodas podem operar sozinhas, ou em operação conjunta com outras partes da ferramenta. [003] No caso de um semeador, por exemplo, a ferramenta compreende uma parte disposta para abrir um sulco no solo, tipicamente uma relha, um disco ou um dente, e uma ou várias rodas para fechar o sulco e/ou para comprimir a terra, depois que as sementes foram colocadas no fundo do sulco. [004] Certas ferramentas, como o semeador precitado, compreendem também rodas ditas “de calibre”, rodas essas que regulam a profundidade de trabalho do resto da ferramenta. No caso de uma ferramenta que compreende uma relha, por exemplo, rodas de calibre são montadas solidariamente à relha, de modo que rodando sobre o solo, as rodas mantêm a parte ativa da relha a uma profundidade substancialmente constante. [005] Na maior parte das vezes, as rodas que equipam as ferramentas agrícolas são destinadas a rodar sobre o solo. Elas compreendem nesse caso um pneumático montado em torno de uma parte da roda que forma o corpo dessa última. [006] Para evitar que o pneumático se dessolidarize do corpo de roda por ocasião do trabalho, a parte do corpo de roda que forma o aro é conformada de maneira especial. Disso resultam formas geralmente complexas, que complicam a fabricação do corpo de roda, e também a montagem do pneumático sobre esse último. [007] É por essa razão que as rodas compreendem dois flanges similares que são montados um sobre o outro para formar o corpo da roda. Os flanges são unidos um ao outro por intermédio de uma de suas faces principais, ao mesmo tempo em que contêm o pneumático. [008] Em FR 2 933 903, a requerente propôs uma roda inovadora, da qual a forma do corpo de roda evita que o pneumático saia do aro em serviço, inclusive em condições extremas. O corpo em questão é formado pela união mútua de dois flanges similares, face contra face. [009] Quando elas são utilizadas como ferramentas, as rodas são geralmente submetidas a grandes esforços em funcionamento. [0010] Em certos casos, em especial quando ela equipa um semeador, a orientação da roda na máquina não corresponde à direção de deslocamento dessa última: ocorre frequentemente que a roda seja inclinada de maneira importante em relação à direção de deslocamento. Por outro lado, a roda pode ser inclinada em relação à vertical ao solo. Disso resulta, em funcionamento, tensões muito grandes sobre o corpo de roda. [0011] Para assegurar a rotação da roda em torno de um eixo, os atritos entre o cubo e o eixo devem ser reduzidos, por exemplo, alojando para isso um mancai no corpo de roda. Ora, a requerente constatou que a inserção do corpo de roda em torno de um eixo e/ou a inserção de um mancai no cubo pode ser difícil, e mesmo se tornar impossível, no decorrer da utilização da roda. Esse risco é ainda maior visto que o ajuste do cubo em elação ao eixo e/ou do mancai em relação ao cubo é especialmente preciso e as tolerâncias pequenas. Esse risco se agrava quando as condições de funcionamento são severas e as tensões sofridas são grandes como no caso do semeador descrito acima. [0012] A requerente se fixou com o objetivo melhorar a situação. [0013] Ela propõe uma ferramenta de trabalho do tipo que com- preende um primeiro flange e um segundo flange que são montados um sobre o outro formando assim um corpo de roda. O primeiro flange compreende uma parte central, uma parte periférica de forma geral anular e braços que ligam a parte central e a parte periférica uma com a outra. O segundo flange é homólogo ao primeiro flange. No estado montado, o corpo de roda apresenta um aro formado conjuntamente pela parte periférica do primeiro flange e pela parte periférica homóloga do segundo flange e por um cubo formado pela parte central do primeiro flange. A parte central do segundo flange recebe o cubo formado pela parte central do primeiro flange. [0014] Uma tal ferramenta apresenta uma melhor robustez. Sua longevidade é aumentada. As intervenções em manutenção para trocar o mancai da ferramenta são facilitadas. [0015] A ferramenta pode apresentar as características opcionais seguintes, sozinhas ou em combinação umas com as outras: [0016] - A parte central do primeiro flange é configurada de maneira a reter aí um mancai orientado coaxial com um eixo principal do corpo de roda. Um mancai pode assim ser inserido na ferramenta antes que essa última seja fixada em um eixo. O mancai pode compreender, por exemplo, um rolamento padrão. O posicionamento adequado do mancai pode ser independente do segundo flange. [0017] - A parte central do primeiro flange é configurada de maneira a permitir um movimento de translação de acordo com um eixo principal do corpo de roda de um mancai alojado na parte central do primeiro flange. O mancai pode ser inserido e extraído axialmente na parte central, por exemplo, para ser trocado em manutenção, sem seu alinhamento seja falseado. [0018] - A parte central do primeiro flange compreende um batente axial configurado de maneira a limitar um movimento de translação de acordo com um eixo principal do corpo de roda de um mancai alo- jado na parte central do primeiro flange. O posicionamento axial do mancai pode nesse caso ser predefinido pelo batente. Uma regulagem fina permanece, no entanto, possível para uma aplicação especial, por exemplo, interpondo-se para isso uma arruela. [0019] - A parte central do segundo flange forma batente axial que limita um movimento de translação de acordo com um eixo principal do corpo de roda de um mancai alojado na parte central do primeiro flange. O posicionamento axial do mancai pode nesse caso ser predefinido pelo batente. Uma regulagem fina permanece, no entanto, possível para uma aplicação especial, por exemplo, interpondo-se para isso uma arruela. Quando cada um dos dois flanges compreende um batente axial, o mancai é mantido dentro de um espaço axial predefinido. Por outro lado, o mancai é melhor protegido do ambiente exterior. [0020] - A ferramenta compreende por outro lado uma peça adaptada conformada de maneira a ser fixada no corpo de roda contendo assim um mancai alojado na parte central do primeiro flange. O mancai é mantido dentro de um espaço axial predefinido. Ele é melhor protegido do ambiente exterior. O mancai pode ser liberado de seu alojamento desmontando-se para isso a peça adaptada, por exemplo, para ser trocado em manutenção. Essa liberação é possível qualquer que seja o estado, unido ou não, do segundo flange com o primeiro flange. [0021] - A parte central do segundo flange compreende um anel que liga umas com as outras uma extremidade de cada um dos braços do segundo flange, o anel se ajustando em torno do cubo formado pela parte central do primeiro flange no decorrer da montagem do primeiro flange e do segundo flange um sobre o outro. A centragem do segundo flange em torno do cubo do primeiro flange é nesse caso melhorada. O risco de saída do eixo dos dois flanges um em relação ao outro é limitado. [0022] - O primeiro flange e o segundo flange são feitos de dois materiais diferentes. Assim, as propriedades mecânicas de cada um dos materiais são melhor adaptadas às funções especiais de cada um dos dois flanges. [0023] - O primeiro flange é feito de um material plástico. O primeiro flange é nesse caso leve e pouco custoso. [0024] - O segundo flange é feito de metal. O segundo flange apresenta uma boa resistência mecânica, em especial aos choques. O segundo flange pode nesse caso formar escudo de proteção para o primeiro flange e para as partes do corpo de roda que ele cobre. Isso é especialmente vantajoso em caso de projeção de seixos em funcionamento ou de acumulação e de endurecimento de terra nas partes móveis da ferramenta. [0025] - O cubo compreende em seu centro uma perfuração transpassante de acordo com um eixo principal do corpo de roda. A perfuração compreende pelo menos duas porções substancialmente cilíndricas de diâmetros diferentes ligadas por um ressalto anular. O ressalto pode nesse caso formar batente axial por operação conjunta com uma superfície correspondente de um mancai alojado na perfuração. [0026] Outras características, detalhes e vantagens da invenção aparecerão com a leitura da descrição detalhada abaixo, e dos desenhos anexos, nos quais: [0027] - a figura 1 mostra uma vista explodida e em perspectiva de uma ferramenta de acordo com a invenção, [0028] - a figura 2 mostra uma vista em corte da ferramenta da figura 1, [0029] - a figura 3 mostra uma vista do detalhe III da figura 2, [0030] - a figura 4 mostra uma vista em perspectiva de uma ferramenta de acordo com a invenção desprovida de pneumático, e [0031] - a figura 5 mostra uma vista da ferramenta da figura 4 a partir de um outro ponto de vista, [0032] - as figuras 6A a 6D mostram uma máquina agrícola sobre a qual são montadas duas ferramentas de acordo com a invenção. [0033] Os desenhos e a descrição abaixo contêm, essencialmente, elementos de caráter seguro. Eles poderão, portanto, não somente servir para fazer compreender melhor a presente invenção, mas também contribuir para sua definição, se for o caso. [0034] As figuras 1 a 3 mostram uma ferramenta de trabalho no campo sob a forma de uma roda 1. A roda 1 compreende um corpo de roda 3 em torno do qual é montado um pneumático 5. [0035] Na sequência da descrição, é designado por corpo de roda (“body” ou “wheel òoby” em inglês) a parte praticamente indeformável da roda, por oposição à parte deformável que o pneumático constitui. É designado por aro (“rim” ou “wheel rim” em inglês) a parte situada na periférica do corpo de roda e destinada a sustentar o pneumático. O resto do corpo de roda pode ser chamado de anteparo de roda (“disc”, “wheel disc”, “dish”, ou ainda “wheel dish” em inglês). Dito de outro modo, o corpo de roda é constituído pelo aro e pelo anteparo de roda. Aqui, o termo aro não designa a integralidade do corpo de roda, contrariamente ao uso, abusivo, que pode ser feito dele comumente. [0036] O corpo de roda 3 é formado por um primeiro flange 7 e por um segundo flange 9 geralmente circulares. O primeiro flange 7 e o segundo flange 9, representados de maneira separada na figura 1, são montados um sobre o outro para formar o corpo de roda 3 como está representado nas figuras 2 e 3. [0037] O primeiro flange 7 e o segundo flange 9 apresentam cada um deles um eixo central, ou eixo de revolução. Esses eixos centrais são confundidos no estado unido e coincidem com o eixo de rotação da roda 1 em funcionamento. Esses eixos são referenciados XX nas figuras. [0038] O primeiro flange 7 e o segundo fiange 9 apresentam cada um deles uma face interna, respectivamente 77 e 97, e uma face externa oposta, respectivamente 79 e 99. Por ocasião da união do primeiro flange 7 e do segundo flange 9 um sobre o outro, as faces internas 77 e 97 são colocados em frente uma à outra. As faces externas 79 e 99 são orientadas no lado oposto uma à outra, na direção do exterior do corpo de roda 3. [0039] O primeiro flange 7 e o segundo flange 9 são fixados, aqui de maneira reversível, um ao outro para formar o corpo de roda 3 com o auxílio de fixações. No exemplo descrito aqui, as fixações compreendem pares parafuso-porca 13. Os pares parafuso-porca 13 permitem manter juntos o primeiro flange 7 e o segundo flange 9. Aqui, pares parafuso-porca 13 são distribuídos de acordo com a periferia do corpo de roda enquanto que pares parafuso-porca 13 são distribuídos na proximidade do centro do corpo de roda 3. Em substituição ou em suplemento, outros meios de fixação podem ser utilizados, por exemplo, grampos ou rebites. [0040] O primeiro flange 7 compreende uma parte central 71, uma parte periférica 73 e pelo menos um braço 75 que liga a parte central 71 à parte periférica 73. Aqui, o primeiro flange 7 compreende três braços 75. [0041] A parte central 71 apresenta uma forma geral de revolução. No estado unido, a parte central 71 forma o cubo da roda 1. O espaço central da forma de revolução da parte central 71 é própria para receber um eixo ou um munhão destinados a sustentar a roda 1 livre em rotação de acordo com o eixo de rotação XX. A roda 1 compreende um mancai rotativo alojado na parte central 71, aqui sob a forma de um rolamento de esferas 11. Em variante, o rolamento de esferas 11 pode ser substituído por outros tipos de rolamentos, e mais geralmente por um mancai de tipo diferente, tal como um mancai liso por exemplo. [0042] A parte central 71 apresenta uma superfície interna 81, geralmente orientada na direção do eixo principal XX e que forma, aqui, uma perfuração própria para alojar o rolamento 11. A parte central 71 apresenta uma superfície externa 83, periférica, oposta à superfície interna 81. [0043] A parte periférica 73 tem uma forma geral anular. A parte periférica 73 é delimitada, de acordo com a direção do eixo principal XX, por uma borda interna e uma borda externa. A parte periférica 73 e a parte central 71 são substancialmente concêntricas e centradas no eixo principal XX. A parte periférica 73 circunda a parte central 71. No exemplo representado na figura 2, a parte periférica 73 e a parte central 71 são deslocadas uma em relação à outra de acordo com a direção do eixo principal XX. No lado da face interna 77 (à esquerda na figura 2), a parte central 71 é saliente de acordo com a direção do eixo principal XX em relação à borda interna da parte periférica 73, substancialmente da metade do comprimento da parte central 71. No lado da face externa 79 (à direita na figura 2), a parte central 71 é disposta em recuo em relação à borda externa da parte periférica 73. Em variante, a parte periférica 73 e a parte central 71 podem ser substancialmente coplanares de acordo com um plano perpendicular ao eixo principal XX. [0044] A parte periférica 73 apresenta uma superfície interna 91, ou diametralmente interna, geralmente orientada na direção da parte central 71 e uma superfície externa 93, ou diametralmente exterior e periférica, oposta à superfície interna 91. Aqui, a superfície interna 91 apresenta uma forma geral cilíndrica interrompida pelos braços 75. Aqui a superfície externa 93 apresenta uma forma geral anular, de perfil arredondado e recurvado para o exterior. [0045] Cada braço 75 apresenta uma extremidade interna 101 ligada à parte central 71 em sua superfície externa 83, e uma extremi- dade externa 103, oposta à extremidade interna 101 e ligada à parte periférica 73 em sua superfície interna 91. Cada braço 75 liga nesse caso a parte central 71 e a parte periférica 73 uma com a outra. Os braços 75 se estendem radialmente. Eles formam raios da roda 1. [0046] Aqui, a extremidade interna 101 de cada um dos braços 75 é ligada à superfície externa 83 substancialmente na metade da parte central 71 no lado da face externa 79. Os braços 75 apresentam uma espessura, de acordo com a direção do eixo principal XX, que cresce de maneira regular a partir da parte central 71 até a extremidade externa 103, onde ela é máxima e substancialmente igual à espessura da parte periférica 73. Assim, a extremidade externa 103 de cada braço 75 se confunde substancialmente com a parte periférica 73 à qual ela é ligada. A parte da face interna 77 do primeiro flange 7 definida pelos braços 75 é substancialmente plana e alinhada com a borda interna da parte periférica 73. Somente a parte central 71 é saliente dela. A parte da face externa 79 do primeiro flange 7 definida pelos braços 75 é substancialmente côncava, em forma de cuba centrada no eixo principal XX. [0047] Espaços 78 são definidos entre os braços 75 e a superfície interna 91 da parte periférica 73. A distribuição dos braços 75 em torno da parte central 71 define o mesmo número de espaços intercalares 78. Esses espaços 78 são livres e transpassantes de acordo com a direção do eixo principal XX, da face interna 77 à face externa 79. Em funcionamento, os espaços 78 facilitam a evacuação de detritos e de lama através do primeiro flange 7. Os braços 75 e os espaços 78 intercalares formam conjuntamente um anteparo de roda aberto. [0048] Os braços 75 são regularmente distribuídos de modo angular em torno do eixo principal XX. Nos exemplos descritos aqui, eles são em número de três e afastados de 120° uns dos outros. Essa configuração permite assegurar uma resistência mecânica suficiente para as aplicações consideradas ao mesmo tempo em que permite uma economia de matéria em relação a um anteparo de roda cheio. Em variantes, o número e/ou a distribuição dos braços 75 podem ser diferentes. [0049] Nos exemplos descritos aqui, o primeiro flange 7 é conformado em uma peça monobloco. O primeiro flange 7 é obtido, por exemplo por injeção. O primeiro flange 7 é, aqui, feito de material plástico, por exemplo poliamida tal como poliamida 6-6 ou polipropileno. O primeiro flange 7 feito de plástico apresenta custos baixos em matéria prima e em fabricação. No entanto, o primeiro flange 7 pode também ser realizado em metal. O primeiro flange 7 feito de metal apresenta nesse caso uma resistência melhorada aos choques, por exemplo em caso de projeções de pedras por ocasião da rodagem da máquina. [0050] Como aparece nas figuras 2 a 6, o primeiro flange 7 pode tomar a forma de um invólucro consolidado por paredes internas de reforço, ou nervuras, entre as quais múltiplas cavidades são deixadas vazias. As nervuras conferem ao primeiro flange 7 uma boa resistência mecânica, comparável a uma peça metálica e/ou uma peça plástica cheia. Elas permitem assegurar a resistência mecânica necessária com pouca matéria prima. O volume ocupado pelo primeiro flange 7 é em grande parte vazado. [0051] Se for o caso, o número, a distribuição e a forma das nervuras podem ser adaptados em função da resistência mecânica desejada para o primeiro flange 7. Ferramentas de modelação de tipo com elementos acabados podem ser utilizadas. [0052] A parte central 71 aloja o rolamento 11. Na montagem, o rolamento 11 é montado coaxialmente ao eixo principal XX do corpo de roda 3. O rolamento 11 é mantido nessa posição graças ao alojamento de modo que o eixo principal XX do corpo de roda 3 coincide com o eixo de rotação da roda 1 em utilização. [0053] Em especial, a superfície interna 81 da parte central 71 define em parte o alojamento e toma a forma de uma perfuração cilíndrica da qual o diâmetro corresponde àquele da forma cilíndrica exterior do rolamento 11. [0054] O comprimento da superfície interna 81, de acordo com a direção do eixo principal XX, é escolhida suficiente para assegurar uma centragem longa. Por exemplo, o comprimento da superfície interna 81 é superior à metade do comprimento do rolamento 11. A adição de uma outra peça para assegurar a centragem é supérflua. Aqui, o comprimento do alojamento é substancialmente igual ao comprimento do anel exterior do rolamento 11. [0055] No exemplo da figura 3, a parte central 71 do primeiro flan-ge 7 é configurada de maneira a permitir um movimento de translação do rolamento 11 de acordo com o eixo principal XX, na ausência do segundo flange 9. Assim, o rolamento 11 pode ser inserido em seu alojamento, e extraído desse último, facilmente. [0056] A parte central 71 compreende, por outro lado, um batente axial 72 configurado de maneira a limitar o movimento de translação do rolamento 11.0 batente axial 72 é, aqui, formado no lado da face externa 79 do primeiro flange 7. Consequentemente, a inserção e a extração do rolamento 11 podem ser feitas no lado oposto. O batente axial 72 permite regular o posicionamento do rolamento 11 em relação ao primeiro flange 7. O batente axial 72 pode ser visto como um fundo do alojamento. [0057] O fundo é aqui ajustado para estar em contato com a extremidade do anel exterior do rolamento 11 ao mesmo tempo em que deixa livre uma passagem central. Assim, um eixo pode exceder do lado externo do primeiro flange 7 (à direita nas figuras 2 e 3). [0058] O anel interno do rolamento 11 é mais longo do que o anel externo e excede na abertura do fundo do alojamento (à direita na figu- ra 3). O anel externo excede também da extremidade oposta do alojamento (à esquerda na figura 3). Assim, a penetração de poluentes diversos que poderíam deteriorar o rolamento 11, tais como poeira ou terra, é impedida. [0059] O segundo flange 9 é homólogo ao primeiro flange 7. O segundo flange 9 compreende uma parte central 61, uma parte periférica 63 e braços 65. Para não sobrecarregar as figuras, as superfícies do segundo flange 9 homólogas às superfícies 81, 83, 91, 93 do primeiro flange 7 não são referenciadas. Os espaços do segundo flange 9 homólogos aos espaços 78 do primeiro flange 7 não são referenciados.O segundo flange 9 funciona de maneira análoga ao primeiro flange 7, com exceções descritas na sequência. [0060] A parte central 61 do segundo flange 9 difere da parte central 71 do primeiro flange 7 pelo fato de que ela não forma cubo no estado unido dos dois flanges 7, 9. O espaço central da parte central 61 do segundo flange 9 é próprio para receber o cubo formado pela parte central 71 do primeiro flange 7. [0061] Nos exemplos representados aqui, a parte central 61 do segundo flange 9 compreende um anel 62. O anel 62 liga a extremidade interna de cada um dos braços 65 do segundo flange 9 umas com as outras. No decorrer da montagem do primeiro flange 7 e do segundo flange 9 um sobre o outro, o anel 62 se ajusta em torno do cubo formado pela parte central 71 do primeiro flange 7. O anel 62 é opcional, mas permite melhorar a centragem mútua do primeiro flange 7 e do segundo flange 9. O anel 62 reforça de maneira geral a resistência do corpo de roda 3. O anel 62, circundando e cobrindo pelo menos parcialmente o cubo, o protege do ambiente. Por exemplo, o anel 62 protege o cubo e o mancai 11 que é alojado nele dos choques devidos às projeções de seixos em funcionamento. O anel 62 protege também das tensões e atritos que podem resultar da acumulação de terra seca na proximidade das partes em movimento da roda 1. Essa proteção é especialmente eficaz quando o anel 62 é feito de metal. Em variante, o anel 62 pode estar ausente e as extremidades internas de cada um dos braços 65 vir em apoio em torno da parte central 71 do primeiro flange 7, independentemente uns dos outros. [0062] No exemplo representado na figura 3, a parte periférica 63 do segundo flange 9 toma a forma de um aro de seção vazada e geralmente triangular. Um dos lados da forma em triângulo leva a superfície externa homóloga da superfície externa 93 da parte periférica 73 do primeiro flange 7. A superfície externa apresenta uma forma geral circular, de perfil arredondado e recurvado para o exterior. [0063] No exemplo representado na figura 3, os braços 65 têm uma forma substancialmente plana de acordo com a direção do eixo principal XX. Os braços 65 do segundo flange 9 e os braços 75 do primeiro flange 7 são substancialmente alinhados dois a dois de acordo com a direção do eixo principal XX por um alinhamento em rotação dos dois flanges 7, 9 um em relação ao outro. Os espaços 78 do primeiro flange 7 e os espaços homólogos do segundo flange 9 são alinhados dois a dois e permanecem transpassantes depois da união dos dois flanges 7, 9. O corpo de roda 3 apresenta um anteparo de roda aberto. [0064] Nos exemplos descritos aqui, o segundo flange 9 é formado por uma peça monobloco. O segundo flange 9 é obtido por estampa-gem a partir de uma chapa metálica. Notadamente, a parte periférica 63 é obtida por uma dobragem sobre si mesma da porção periférica da chapa, o que confere à parte periférica 63 uma forma de colar ou de rebordo periférico. Em variante, o segundo flange 9 pode ser obtido por moldagem ou embutimento. O segundo flange 9 é, aqui, feito de metal, por exemplo aço. Em variante, alumínio pode ser utilizado. O segundo flange 9 pode também ser realizado em um material plástico, por exemplo similar àquele do primeiro flange 7. [0065] O primeiro flange 7 feito de plástico apresenta um baixo custo de fabricação enquanto que o segundo flange 9 feito de metal confere ao corpo de roda 3 a resistência mecânica necessária ao trabalho em campos. No entanto, os dois flanges 7, 9 podem ser realizados ambos em metal, por exemplo, quando as tensões mecânicas previstas são severas, ou ambos feitos de plástico, por exemplo, quando as tensões mecânicas previstas são modestas. A configuração geral do corpo de roda 3 formado pelo primeiro flange 7 e pelo segundo flange 9 permite adaptar o comportamento mecânico do corpo de roda 3 adaptando-se para isso os materiais utilizados sem alterar a configuração geral do corpo de roda 3. Em variante, o primeiro flange 7 e/ou o segundo flange 9 podem ser realizados por união de várias peças em vez de por uma peça monobloco. Por exemplo, a parte periférica 73 e/ou a parte periférica 63 podem ser formadas por várias seções de aro. [0066] No modo de realização das figuras 1 a 3, a parte central 61 do segundo flange 9 compreende uma porção de tampa 64. A porção de tampa 64 é formada, aqui, por um prolongamento do anel 62 na direção da face externa 99 do segundo flange 9 dobrado substancialmente de acordo com uma direção radial para o eixo principal XX. A porção de tampa 64 vem cobrir a extremidade da parte central 71 do primeiro flange 7. A porção de tampa 64 forma uma saliência radial na direção do centro em relação à superfície interna 81 que define o alojamento para o rolamento 11. Dito de outro modo, a porção de tampa 64 vem parcialmente fechar o alojamento para o rolamento 11. A porção de tampa 64 da parte central 61 do segundo flange 9 forma nesse caso um batente axial que limita o movimento de translação do rolamento 11 dentro de seu alojamento. A união dos dois flanges 7, 9 contém o rolamento 11 dentro de seu alojamento. A porção de tampa 64 é, aqui, ajustada para estar em contato com o anel exterior do rolamento 11 ao mesmo tempo em que deixa livre uma passagem central. Assim, um eixo pode exceder no lado externo do segundo flange 9 (à esquerda nas figuras 2 e 3). [0067] A porção de tampa 64 assegura também uma proteção do cubo como descrito antes a propósito do anel 62. A porção de tampa 64 forma um escudo de proteção para o cubo. Cobrindo pelo menos parcialmente o cubo, a porção de tampa 64 protege o cubo e o rolo 11 que é alojado nele dos choques devidos às projeções de seios em funcionamento. A porção de tampa 64 protege também das tensões e atritos que podem resultar da acumulação de terra seca na proximidade das partes em movimento da roda 1. [0068] O segundo flange 9 não retém radialmente o rolamento 11 e não participa portanto para sua centragem. O segundo flange 9 participa somente, opcionalmente, para seu bloqueio axial. Em funcionamento, o segundo flange 9 não opera junto diretamente com o eixo. As forças sofridas pela parte periférica 63 do segundo flange 9 são transmitidas para a parte central 71 do primeiro flange 7 via os braços 65 do segundo flange 9. [0069] O modo de realização das figuras 4 e 5 são similares àquele das figuras 1 a 3. As partes funcionalmente idênticas levam nesse modo de realização as mesmas referências numéricas. A porção de tampa 64 do segundo flange 9 está ausente nesse modo de realização. A roda 1 compreende uma peça adaptada 164, ou copela. A peça adaptada 164 é conformada de maneira a ser fixada ao corpo de roda 3 envolvendo para isso o rolamento 11 alojado na parte central 71 do primeiro flange 7. A peça adaptada 164 funciona de maneira similar à porção de tampa 64 do modo de realização das figuras 1 a 3. No modo de realização das figuras 4 e 5, o rolamento 11 pode ser extraído de seu alojamento, por exemplo, para ser substituído em manutenção, sem que seja necessário desunir os dois flanges 7, 9. A desmontagem da peça adaptada 164 basta para abrir o alojamento e para liberar o rolamento 11. [0070] A peça adaptada 164 pode ser realizada por deformação de uma chapa. Em funcionamento, a peça adaptada 164 assegura a retenção axial do rolamento 11 e é submetida a forças moderadas. A peça adaptada 164 pode ser realizada em um material menos nobre e menos custoso do que os flanges 7, 9, por exemplo, chapa. [0071] Em variantes, o cubo formado pela parte central 71 do primeiro flange 7 compreende em seu centro uma perfuração transpas-sante de acordo com o eixo principal XX que compreende pelo menos duas porções substancialmente cilíndricas de diâmetros diferentes ligadas por um ressalto anular. O mancai 11 apresenta nesse caso uma forma exterior adaptada de modo que o ressalto anular forme batente axial para o mancai 11. [0072] Uma vez que os dois flanges 7, 9 estão mutuamente unidos, o corpo de roda 3 apresenta um aro 121 formado conjuntamente pela parte periférica 73 do primeiro flange 7 e pela parte periférica 63 homóloga do segundo flange 9. O aro 121 apresenta nesse caso uma superfície externa formada conjuntamente pela superfície externa 93 da parte periférica 73 do primeiro flange 7 e pela superfície externa homóloga do segundo flange 9. Essa superfície externa do aro forma um assento 201 de corpo de roda 3. O assento 201 acolhe o pneumático 5. [0073] Uma vez que o pneumático 5 foi enfiado sobre o aro 121, o primeiro flange 7 e o segundo flange 9 sustentam o pneumático 5, aqui cada um deles substancialmente a metade. A área da superfície externa 93 do primeiro flange 7 coberta pelo pneumático 5 é substancialmente equivalente à área da superfície externa homóloga do segundo flange 9 coberta pelo pneumático 5. O primeiro flange 7, o segundo flange 9 e o pneumático 5 são mutuamente configurados de modo que a força radial aplicada pelo pneumático 5 que cerca o corpo de roda 3 se distribui substancialmente de maneira equivalente sobre os dois flanges 7, 9. Nenhum deles, nem o primeiro flange 7 nem o segundo flange 9, tem como função única o bloqueio do pneumático 5 de acordo com a direção do eixo principal XX. Em variante, a distribuição das forças pode se desequilibrada, por exemplo, até uma relação de 4 para 1. [0074] O pneumático 5 compreende uma base 131 apoiada sobre o assento 201 do aro 121. As configurações da base 131 por um lado, e do assento 201 por outro lado, são escolhidas concordantes, substancialmente em correspondência de forma. O pneumático 5 é mantido em torno do corpo de roda 3. O risco de saída do aro acidental é pequeno, mesmo em condições difíceis. [0075] Nos exemplos descritos aqui, o pneumático 5 é um pneumático do tipo semivazado. O pneumático 5 é do tipo não inflável. O espaço interno entre a base 131 e a banda de rodagem está em comunicação fluídica com o exterior, por uma abertura não representada. Isso permite uma maior deformação do pneumático 5 em funcionamento, facilitando assim o descolamento da lama. [0076] Nos modos de realização representados nas figuras, o assento 201 apresenta um diâmetro que varia ao longo da direção do eixo principal XX. O assento 201 apresenta uma forma não estritamente cilíndrica. Na proximidade da interface entre o primeiro flange 7 e o segundo flange 9, quer dizer na proximidade das faces internas 77, 97, o diâmetro do assento 201 é substancialmente diferente do diâmetro do assento 201 na proximidade das faces opostas, quer dizer as faces externas 79, 99. Isso é visível na figura 2 em corte. Porções do assento 201 se opõem assim ao deslocamento axial do pneumático 5. O risco de saída do aro acidental é especialmente pequeno. A adição de uma peça específica que desempenha o papel de bloqueio é supérflua. [0077] Nos modos de realização das figuras, na proximidade das interfaces entre o primeiro flange 7 e o segundo flange 9, o diâmetro do assento 201 é superior ao diâmetro do assento 201 na proximidade das faces opostas dos flanges 7, 9, com exceção de uma ranhura 161. O assento 201 apresenta nesse caso uma forma geral convexa. Essa configuração permite, por exemplo, a utilização de pneumáticos dos quais a base 131 é côncava e cobre um assento 201 convexo circundando para isso o mesmo parcialmente. Tais pneumáticos são, por exemplo, descritos em FR 2 933 903. [0078] Em variante, na proximidade da interface entre o primeiro flange 7 e o segundo flange 9, o diâmetro do assento 201 é inferior ao diâmetro do assento 201 na proximidade das faces opostas. O assento 201 apresenta nesse caso uma forma geral côncava. O assento 201 apresenta superfícies que se opõem ao deslocamento axial do pneumático 5. [0079] Nos exemplos de realização das figuras, a parte periférica 73 do primeiro flange 7 e a parte periférica 63 do segundo flange 9 são mutuamente conformadas de modo que a união das mesmas defina a ranhura 161. A ranhura 161 se estende substancialmente na circunferência do corpo de roda 3, na interface da parte periférica 73 do primeiro flange 7 e da parte periférica 63 do segundo flange 9. A ranhura 161 é própria para alojar um talão 53 correspondente do pneumático 5. A retenção do pneumático 5 em torno do corpo de roda 3 é ainda mais melhorado. [0080] Em cada um dos modos de realização representados nas figuras, o corpo de roda 3 é assimétrico. Em especial, o cubo formado pela parte central 71 do primeiro flange 7 é deslocado em relação ao meio do corpo de roda 3 de acordo com o eixo principal XX. O cubo do primeiro flange 7 excede pelo menos em parte no espaço interno definido pela forma anular da parte periférica 63 do segundo flange 9. Essa característica é opcional, mas permite um melhor equilíbrio da ferramenta 1 uma vez que ela está instalada no resto da máquina. [0081] O pneumático 5 tal como representado na figura 2 apresenta um perfil assimétrico. A base 131 e o assento 201 apresentam cada um deles um plano de simetria perpendicular ao eixo principal XX. A parte do pneumático 5 oposta à base 131, a banda de rodagem, é assimétrica. A banda de rodagem apresenta um lábio 55. O lábio 55 é saliente a partir do pneumático 5, substancialmente de acordo com a direção do eixo principal XX, na direção do exterior, no lado da face externa 99 do segundo flange 9. O lábio 55 se estende substancialmente ao longo da circunferência do pneumático 5. Uma tal roda 1 provida de um pneumático 5 de lábio 55 é prevista para ser instalada em uma máquina tal como representada esquematicamente nas figuras 6A a 6D. [0082] As figuras 6A a 6D representam parcialmente um semeador 500 no qual ferramentas 1 similares àquele das figuras 1 a 5 operam junto cada um deles com um disco 501. A ferramenta 1 forma nesse caso uma roda de calibre. A ferramenta 1 é livre em rotação mas solidária do disco 501 de acordo com uma direção substancialmente vertical. Assim, mesmo em presença de desnivelamentos em um campo, o disco 501 trabalha a uma profundidade substancialmente constante em relação à superfície do solo. Por outro lado, os eixos respectivos da ferramenta 1 e do disco 501 são deslocados um em relação ao outro. No decorrer do avanço do semeador 500, o lábio 55 da ferramenta 1 raspa contra uma das faces do disco 501, limpando-o assim da lama e dos detritos que poderíam ter se fixado aí. Nesse exemplo de aplicação da ferramenta 1, uma das duas faces da ferramenta 1 é inacessível em funcionamento: o lado da ferramenta 1 que corresponde à face externa 99 do segundo flange 9 é pouco acessível por causa da presença do disco 501. [0083] Na figura 2, o lábio 55 do pneumático 5 está situado no lado do segundo flange 9. Nessa configuração, um espaço livre grande é disposto na parte de dentro da roda 1 no lado do lábio 55. O espaço livre permite notadamente alojar, em parte no espaço interno definido pelo pneumático 5, um braço 502 de uma estrutura de máquina agrícola que sustenta um eixo disposto substancialmente de acordo com o eixo principal XX. As figuras 6A a 6D mostram um exemplo de uma tal montagem. Nesse exemplo, o braço 502 da estrutura deve poder se estender entre o eixo principal XX na proximidade do rolamento 11 e a periferia da roda 1. O braço 502 da estrutura deve por outro lado não dificultar o funcionamento do disco 501 disposto em contato com uma parte do lábio 55 e que obtura em parte uma face da roda 1. Em variantes, o lábio 55 pode ser disposto no mesmo lado da roda 1 que o primeiro flange 7, em frente ao disco 501. [0084] Como aparece na vista de frente da figura 6B, quer dizer orientada para trás de acordo com o sentido de avanço do semeador 500, o semeador 500 apresenta uma configuração dita “em V”. Dois discos 501 operam juntos para cavara um sulco na terra. Os dois discos 501 são o simétrico um do outro em relação a um plano vertical que se estende de acordo com a direção de avanço representada pela flecha A. Os discos 501 não são dispostos na vertical, mas ao contrário orientados em parte na direção do solo. Eles formam, por exemplo, um ângulo de cerca de 5o com a vertical. Uma roda 1 opera junto com cada um dos discos 501. As duas rodas 1 apresentam uma orientação similar àquela dos discos 501, ainda que o valor do ângulo possa ser diferente. [0085] Como aparece na vista de cima da figura 6C, o semeador 500 apresenta, por outro lado, uma configuração “em V” de acordo com uma outra orientação no espaço. Os dois discos 501 formam assim um ângulo com a direção de avanço do semeador 500. O ângulo vale aqui, cerca de 5o também. As rodas 1 apresentam uma orientação similar àquela dos discos 501, ainda que o valor do ângulo possa ser diferente. [0086] Por causa dessas orientações especiais, os esforços sofridos pelas rodas 1 e devidos à resistência do terreno e aos atritos são grandes. Eles são superiores àqueles que uma roda 1 idêntica da qual o eixo de rotação XX seria substancialmente perpendicular à direção de avanço e/ou horizontal sofreria. [0087] As tensões tendem a se concentrar ao nível do cubo e da ligação com o eixo. As melhorias trazidas pela invenção apresentam, portanto, um interesse específico para as ferramentas agrícolas que apresentam uma configuração similar. [0088] Nas rodas clássicas, o mancai é colocado sobreposto em uma perfuração em duas partes dispostas em flanges respectivos. A centragem do mancai é delicada por causa dos defeitos de alinhamento dos dois flanges. Na montagem e em funcionamento, esse alinhamento tende a ser falseado por qualquer deslocamento dos dois meios alojamentos um em relação ao outro, deslocamentos causados, por exemplo, por tensões e choques. [0089] Graças ao caráter monobloco do alojamento na ferramenta de acordo com a invenção, a centragem do mancai é insensível aos deslocamentos relativos eventuais entre os dois flanges. A perfuração do alojamento conserva sua forma interna qualquer que seja a folga entre os dois flanges. Uma tal ferramenta apresenta uma robustez melhorada ao mesmo tempo em que apresenta uma capacidade de desmonte fácil, uma massa e um custo razoáveis. [0090] As tolerâncias de fabricação e de montagem podem ser aumentadas, em especial no que diz respeito à união dos dois flanges um com o outro. [0091] A invenção não se limita aos exemplos descritos acima, somente a título de exemplo, mas sim ela engloba todas as variantes que o profissional poderá considerar no âmbito das reivindicações abaixo.

Claims (11)

1. Ferramenta (1) de trabalho no campo do tipo que compreende um primeiro flange (7) e um segundo flange (9) que são montados um sobre o outro formando assim um corpo de roda (3), caracterizada pelo fato de que o primeiro flange (7) compreende uma parte central (71), uma parte periférica (73) de forma geral anular e braços (75) que ligam a parte central (71) e a parte periférica (73) uma com a outra, pelo fato de que o segundo flange (9) é homólogo ao primeiro flange (7), pelo fato de que no estado montado, o corpo de roda (3) apresenta um aro (121) formado conjuntamente pela parte periférica (73) do primeiro flange (7) e pela parte periférica homóloga (63) do segundo flange e por um cubo formado pela parte central (71) do primeiro flange (7), e pelo fato de que a parte central (61) do segundo flange (9) recebe o cubo formado pela parte central (71) do primeiro flange (7).
2. Ferramenta (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a parte central (71) do primeiro flange (7) é configurada de maneira a reter aí um mancai (11) orientado coaxial com um eixo principal (XX) do corpo de roda (3).
3. Ferramenta (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a parte central (71) do primeiro flange (7) é configurada de maneira a permitir um movimento de translação de acordo com um eixo principal (XX) do corpo de roda (3) de um mancai (11) alojado na parte central (71) do primeiro flange (7).
4. Ferramenta (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a parte central (71) do primeiro flange (7) compreende um batente axial (72) configurado de maneira a limitar um movimento de translação de acordo com um eixo principal (XX) do corpo de roda (3) de um mancai (11) alojado na parte central (71) do primeiro flange (7).
5. Ferramenta (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a parte central (61) do segundo flange (9) forma batente axial (64) que limita um movimento de translação de acordo com um eixo principal (XX) do corpo de roda (3) de um mancai (11) alojado na parte central (71) do primeiro flange (7).
6. Ferramenta (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que ela compreende por outro lado uma peça adaptada (164) conformada de maneira a ser fixada no corpo de roda (3) contendo assim um mancai (11) alojado na parte central (71) do primeiro flange (7).
7. Ferramenta (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a parte central (61) do segundo flange (9) compreende um anel (62) que liga umas com as outras uma extremidade de cada um dos braços (65) do segundo flange (9), o anel (62) se ajustando em torno do cubo formado pela parte central (71) do primeiro flange (7) no decorrer da montagem do primeiro flange (7) e do segundo flange (9) um sobre o outro.
8. Ferramenta (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o primeiro flange (7) e o segundo flange (9) são feitos de dois materiais diferentes.
9. Ferramenta (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o primeiro flange (7)é feito de material plástico.
10.Ferramenta (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o segundo flange (9) é feito de metal.
11.Ferramenta (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o cubo com- preende em seu centro uma perfuração transpassante de acordo com um eixo principal (XX) do corpo de roda (3), a perfuração compreendendo pelo menos duas porções substancialmente cilíndricas de diâmetros diferentes ligadas por um ressalto anular.
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