BR102014023071A2 - método e aparelho para dispositivos oftálmicos compreendendo dielétricos e redes poliméricas de cristal líquido - Google Patents

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Frederick A Flitsch
James Daniel Riall
Luciano De Sio
Nelson V Tabirian
Olena Uskova
Pandojirao-S Praveen
Randall Braxton Pugh
Svetlana Serak
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Abstract

método e aparelho para dispositivos oftálmicos compreendendo dielétricos e redes poliméricas de cristal líquido. a presente invenção refere-se aos métodos e aparelho para fornecer um elemento de inserção com óptica variável em uma lente oftálmica. *o elemento de inserção com óptica variável pode ter superfícies dentro da qual apresenta diferentes raios de curvatura. uma camada de cristal líquido pode ser utilizada para proporcionar uma função óptica variável e, em algumas modalidades, a camada de cristal líquido pode compreender regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido localizado no interstício. uma fonte de energia é capaz de energizar o elemento de inserção com óptica variável incluído dentro da lente oftálmica. em algumas modalidades, uma lente oftálmica é moldada em molde a partir de um hidrogel de silicone. as diversas entidades de lente oftálmica podem incluir camadas de cristal líquido eletroativo para controlar eletricamente características refrativas.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÉTODO E APARELHO PARA DISPOSITIVOS OFTÁLMICOS COMPREENDENDO DIELÉTRICOS E REDES POLIMÉRICAS DE CRISTAL LÍQUIDO".
REFERÊNCIA REMISSIVA A PEDIDOS DE DEPÓSITO CORRELA-TOS
[001] Este pedido reivindica o benefício do pedido provisório n° U.S. n° 61/878.723, depositado em 17 de setembro de 2013. ANTECEDENTES DA INVENÇÃO 1. Campo da Invenção [002] A presente invenção está relacionada a um dispositivo de lente oftálmica com uma capacidade óptica variável e, mais especificamente, em algumas modalidades, à fabricação de uma lente oftálmica com um elemento de inserção com óptica variável que utiliza elementos de cristal líquido. 2. Discussão da Técnica Relacionada [003] Tradicionalmente, uma Lente Oftálmica, como uma lente de contato ou uma lente intraocular, oferece uma qualidade óptica predeterminada. Uma lente de contato, por exemplo, pode fornecer um ou mais dentre os seguintes: funcionalidade de correção da visão; melhoria cosmética; e efeitos terapêuticos, porém, apenas um conjunto de funções de correção de visão. Cada função é fornecida por uma característica física da lente. Basicamente, um design que incorpora uma qualidade refrativa em uma lente fornece funcionalidade corretiva de visão. Um pigmento incorporado na lente pode fornecer uma melhoria cosmética. Um agente ativo incorporado em uma lente pode fornecer uma funcionalidade terapêutica.
[004] Até o momento, a qualidade óptica em uma lente oftálmica vinha sendo planejada nas características físicas da lente. De modo geral, um design óptico foi determinado e, então, aplicado à lente du- rante a fabricação da mesma, por exemplo, por meio de moldagem por fundição ou armação. As qualidades ópticas da lente permaneceram estáticas uma vez que a mesma foi formada. Entretanto, às vezes os usuários podem considerar benéfico ter mais de uma potência focal disponível, de modo a proporcionar acomodação visual. Ao contrário dos usuários de óculos, que podem trocar de óculos para alterar uma correção óptica, os usuários de lentes de contato ou de pessoas com lentes intraoculares não são capazes de modificar as características ópticas de suas correções de visão sem esforços significativos ou a comple-mentação de óculos com lentes de contato ou lentes intraoculares. SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[005] Consequentemente, a presente invenção inclui inovações relacionadas a um elemento de inserção com óptica variável com elementos de cristal líquido que pode ser energizado e incorporado em um dispositivo oftálmico, que é capaz de mudar a qualidade óptica do dispositivo. Os exemplos de tais dispositivos oftálmicos podem incluir uma Lente de Contato ou uma Lente Intraocular. Além disso, os métodos e aparelho para formação de uma Lente Oftálmica com um elemento de inserção de Óptica Variável com elementos de Cristal Líquido são apresentados. Algumas modalidades exemplificadoras podem ainda incluir uma lente de contato de hidrogel de silicone moldada por fundição com um elemento de inserção energizado rígido ou modelá-vel, que inclui adicionalmente uma porção óptica variável, em que o elemento de inserção é incluído no interior da lente oftálmica de forma biocompatível.
[006] A descrição da presente invenção, portanto, inclui a divulgação de uma lente oftálmica com um elemento de inserção com óptica variável, um aparelho para formar uma lente oftálmica com um elemento de inserção com óptica variável e métodos para a produção do mesmo. Uma fonte de energia pode ser depositada ou montada em um elemento de inserção com óptica variável e o elemento de inserção pode ser colocado próximo a uma ou ambas de uma primeira parte de molde e uma segunda parte de molde. Uma composição que compreende uma mistura de monômeros reativos (doravante referida como uma mistura de monômeros reativos) é colocada entre a primeira parte de molde e a segunda parte de molde. A primeira parte de molde é posicionada próxima à segunda parte de molde de modo que forme, assim, uma cavidade de lente com o elemento de inserção de Meio Energizado e pelo menos uma parte da Mistura de Monômeros Reativos na cavidade de lente; a Mistura de Monômeros Reativos é exposta à radiação actínica para formar uma Lente Oftálmica. As lentes são formadas através do controle da radiação actínica à qual a Mistura de Monômeros Reativos é exposta. Em algumas modalidades exemplifi-cadoras, uma borda de lente oftálmica ou uma camada de encapsula-ção de elemento de inserção compreende formulações de lente oftálmica de hidrogel padrões. Materiais exemplificadores com características que podem fornecer uma combinação adequada a numerosos materiais de elemento de inserção podem incluir, por exemplo, a família Narafilcon (incluindo Narafilcon A e Narafilcon B), a família Etafilcon (incluindo Etafilcon A), Galyfilcon A e Senofilcon A.
[007] Os métodos de formação do elemento de inserção com óptica variável com elementos de cristal líquido e os elementos de inserção resultantes são aspectos importantes de várias modalidades e-xemplificadoras da invenção. Em algumas modalidades exemplificado-ras, o cristal líquido pode estar situado entre duas camadas de alinhamento, que podem definir a orientação de repouso para o cristal líquido. Aquelas duas Camadas de Alinhamento podem estar em Comunicação Elétrica com uma Fonte de Energia através de eletrodos depositados em camadas de substrato que contêm a porção de Óptica Variável. Os eletrodos podem ser energizados através de uma interco- nexão intermediária a uma Fonte de Energia ou diretamente através de componentes embutidos no elemento de inserção.
[008] A energização das camadas de eletrodo pode causar um deslocamento no cristal líquido de uma orientação de repouso para uma orientação energizada. Em modalidades que operam com dois níveis de energização, ligado ou desligado, o Cristal Líquido pode a-penas ter uma Orientação Energizada. Em outras modalidades exem-plificadoras alternativas, onde a energização ocorre ao longo de uma escala de níveis de energia, o cristal líquido pode ter múltiplas orientações energizadas. Ainda modalidades exemplificadoras adicionais podem derivar onde o processo de energização pode causar um deslocamento entre diferentes estados através de um pulso de energização.
[009] O alinhamento e a orientação das moléculas resultantes podem afetar a luz que passa através da camada de Cristal Líquido de forma que cause, assim, a variação no elemento de inserção de Óptica Variável. Por exemplo, o alinhamento e a orientação podem agir com características refrativas sobre a luz incidente. Adicionalmente, o efeito pode incluir uma alteração da polarização da luz. Algumas modalidades exemplificadoras podem incluir um elemento de inserção com óptica variável em que a energização altera uma característica focal da lente.
[0010] Em algumas modalidades exemplificadoras, a camada de cristal líquido pode ser formada de modo em que uma mistura polime-rizável que compreende moléculas de cristal líquido polimeriza. O(s) monômero(s) utilizado(s) para formar a matriz polimérica podem conter, em si, porções de cristal líquido fixadas. Ao controlar a polimerização e incluir moléculas de cristal líquido não ligadas aos compostos mono-méricos, uma matriz de regiões de polímero reticuiadas pode ser formada que abrange regiões onde as moléculas de cristal líquido individuais estão localizadas. Em alguma terminologia, tal combinação de moléculas polimerizadas reticuladas com moléculas de cristal líquido incluídas intersticiais pode ser chamada de uma disposição de rede. As camadas de alinhamento podem guiar o alinhamento das moléculas de cristal líquido que são fixadas ao monômero, de modo que a rede de material polimerizado está alinhada com as camadas de alinhamento guias. As moléculas de cristal líquido fixadas estão presas em uma orientação durante a polimerização, entretanto, as moléculas de cristal líquido localizadas no interstício podem estar livres para se orientar no espaço. Quando nenhuma influência externa está presente, o alinhamento das moléculas de cristal líquido livres será influenciado pela matriz das moléculas de cristal líquido alinhadas.
[0011] Consequentemente, em algumas modalidades exemplifica-doras, um dispositivo oftálmico pode ser formado pela incorporação de um elemento de inserção com óptica variável que compreende moléculas de cristal líquido dentro de um dispositivo oftálmico. O elemento de inserção variável pode compreender ao menos uma porção que pode estar localizada na zona óptica do dispositivo oftálmico. O elemento de inserção variável pode compreender uma peça de elemento de inserção frontal e uma peça de elemento de inserção posterior. As peças de elemento de inserção frontal e posterior podem ter uma ou ambas as suas superfícies curvadas de várias maneiras, e em algumas modalidades exemplificadoras, o raio de curvatura de uma superfície posterior sobre a peça de elemento de inserção frontal pode ser diferente do raio de curvatura da superfície frontal da peça de elemento de inserção posterior. Em um modo alternativo da descrição, em algumas modalidades exemplificadoras, a peça de elemento de inserção frontal pode ter uma superfície com uma primeira curvatura, e a peça de elemento de inserção posterior pode ter uma segunda superfície com uma segunda curvatura. Em algumas modalidades exemplificadoras, a primeira curvatura pode ser diferente da segunda curvatura.
Uma fonte de energia pode estar incluída na iente e dentro do elemento de inserção e, em algumas modalidades, a fonte de energia pode estar localizada, em que ao menos uma porção da fonte de energia está na zona não óptica do dispositivo.
[0012] Em algumas modalidades exemplificadoras, a camada que compreende as regiões em rede polimérícas de material de cristal líquido localizado no interstício pode ser definida adicionalmente de modo que, dentro da camada compreendida de material de cristal líquido intersticial, a região que compreende o cristal líquido é um subconjunto das camadas polimerizadas e tem um perfil conformado capaz de causar um efeito óptico suplementar ao efeito das espessuras dielétricas regionalmente variadas das superfícies do elemento de inserção.
[0013] Em algumas modalidades exemplificadoras, a camada que compreende as regiões em rede polimérícas do material de cristal localizado no interstício pode ser definida adicionalmente de modo que, na camada, a densidade das moléculas de cristal líquido varia espacialmente de modo que a variação é capaz de causar um efeito óptico suplementar ao efeito das espessuras dielétricas regionalmente variadas das superfícies do elemento de inserção.
[0014] Em algumas modalidades exemplificadoras, o dispositivo oftálmico pode ser uma lente de contato.
[0015] Em algumas modalidades exemplificadoras, as modalidades do elemento de inserção do dispositivo oftálmico podem compreender eletrodos feitos de vários materiais, incluindo materiais transparentes como óxido de índio e estanho (ITO), como um exemplo não limitador. Um primeiro eletrodo pode estar situado adjacente a uma superfície posterior de uma peça curva frontal, e um segundo eletrodo pode estar situado adjacente a uma superfície frontal de uma peça curva posterior. Quando um potencial elétrico é aplicado através do primeiro e do segundo eletrodos, um campo elétrico pode ser estabelecido através de uma camada de cristal líquido localizada entre os eletrodos. A aplicação de um campo elétrico pela camada de cristal líquido pode fazer com que as moléculas de cristal líquido livres dentro da camada se alinhem fisicamente com o campo elétrico. Em algumas modalidades exemplificadoras, as moléculas de cristal líquido livres podem estar situadas em regiões intersticiais dentro de uma rede de polímero e, em algumas modalidades exemplificadoras, a cadeia poli-mérica principal pode conter moléculas de cristal líquido quimicamente ligadas, que podem ser alinhadas durante a polimerização por camadas de alinhamento. Quando as moléculas de cristal líquido se alinham com o campo elétrico, o alinhamento pode causar uma alteração nas características ópticas que um raio luminoso pode experimentar conforme ele atravessa a camada contendo moléculas de cristal líquido. Um exemplo não-limitador pode ser que o índice de refração pode ser alterado pela alteração no alinhamento. Em algumas modalidades e-xemplificadoras, a alteração nas características ópticas pode resultar em uma alteração nas características focais da lente que contém a camada contendo moléculas de cristal líquido.
[0016] Em algumas modalidades exemplificadoras, os dispositivos oftálmicos, conforme descritos, podem incluir um processador.
[0017] Em algumas modalidades exemplificadoras, os dispositivos oftálmicos, conforme descritos, podem incluir um circuito elétrico. O circuito elétrico pode controlar ou direcionar a corrente elétrica para fluir pelo dispositivo õftálmico. O circuito elétrico pode controlar a corrente elétrica para fluir de uma fonte de energia para o primeiro e o segundo elementos de eletrodo.
[0018] O dispositivo de elemento de inserção pode compreender mais de uma peça de elemento de inserção frontal e uma peça de e-lemento de inserção posterior, em algumas modalidades. Uma peça ou peças intermediárias pode(m) estar situada(s) entre a peça de elemento de inserção frontal e a peça de elemento de inserção posterior. Em um exemplo, uma camada contendo cristal líquido pode estar situada entre a peça de elemento de inserção frontal e a peça intermediária. O elemento de inserção variável pode compreender ao menos uma porção que pode estar localizada na zona óptica do dispositivo oftálmi-co. A peça de elemento de inserção frontal, intermediário e posterior pode ter uma ou ambas as suas superfícies curvadas de várias maneiras, e em algumas modalidades exemplificadoras, o raio de curvatura de uma superfície posterior sobre a peça de elemento de inserção frontal pode ser diferente do raio de curvatura da superfície frontal da peça de elemento de inserção intermediário. Uma fonte de energia pode estar incluída na lente e dentro do elemento de inserção e, em algumas modalidades exemplificadoras, a fonte de energia pode estar localizada, em que ao menos uma porção da fonte de energia está na zona não óptica do dispositivo.
[0019] O elemento de inserção com uma peça de elemento de inserção frontal, uma peça de elemento de inserção posterior e ao menos uma primeira peça de elemento de inserção intermediário pode compreender ao menos uma primeira molécula de cristal líquido, e a molécula ou moléculas de cristal líquido também podem ser encontradas nas regiões em rede poliméricas das moléculas de cristal líquido localizadas no interstício.
[0020] Em algumas modalidades exemplificadoras com uma peça de elemento de inserção frontal, uma peça de elemento de inserção posterior e ao menos uma primeira peça de elemento de inserção intermediário, o dispositivo oftálmico pode ser uma lente de contato.
[0021] Em algumas modalidades exemplificadoras, o elemento de inserção do dispositivo oftálmico com uma peça de elemento de inserção frontal, uma peça de elemento de inserção posterior e ao menos uma primeira peça de elemento de inserção intermediário pode compreender eletrodos feitos de vários materiais, incluindo materiais transparentes como ITO, como um exemplo não limitador. Um primeiro eletrodo pode estar situado adjacente a uma superfície posterior de uma peça curva frontal, e um segundo eletrodo pode estar situado adjacente a uma superfície frontal de uma peça intermediária. Quando um potencial elétrico é aplicado através do primeiro e segundo eletrodos, um campo elétrico pode ser estabelecido através de uma camada de cristal líquido localizada entre os eletrodos. A aplicação de um campo elétrico pela camada de cristal líquido pode fazer com que as moléculas de cristal líquido dentro da camada se alinhem fisicamente com o campo elétrico. Em algumas modalidades exemplificadoras, as moléculas de cristal líquido podem estar situadas nas regiões em rede poliméricas do material de cristal líquido localizado no interstício. Quando as moléculas de cristal líquido se alinham com o campo elétrico, o alinhamento pode causar uma alteração nas características ópticas que um raio luminoso pode experimentar conforme ele atravessa a camada contendo moléculas de cristal líquido. Um exemplo não-limitador pode ser que o índice de refração pode ser alterado pela alteração no alinhamento. Em algumas modalidades exemplificadoras, a alteração nas características ópticas pode resultar em uma alteração nas características focais da lente que contém a camada contendo moléculas de cristal líquido.
[0022] Em algumas modalidades exemplificadoras, a peça intermediária pode compreender várias peças que são unidas entre si.
[0023] Em algumas modalidades exemplificadoras onde o dispositivo de elemento de inserção pode ser compreendido de uma peça de elemento de inserção frontal, uma peça de elemento de inserção posterior e uma peça ou peças intermediárias, uma camada contendo cristal líquido pode estar situada entre a peça de elemento de inserção frontal e a peça intermediária ou entre a peça intermediária e a peça de elemento de inserção posterior. Além disso, um elemento de polarização pode estar situado dentro do dispositivo do elemento de inserção variável, da mesma forma. O elemento de inserção variável pode compreender ao menos uma porção que pode estar localizada na zona óptica do dispositivo oftálmico. As peças de elemento de inserção frontal, intermediário e posterior podem ter uma ou ambas as suas superfícies curvadas de várias maneiras, e em algumas modalidades e-xemplificadoras, o raio de curvatura de uma superfície posterior sobre a peça de elemento de inserção frontal pode ser diferente do raio de curvatura da superfície frontal da peça de elemento de inserção intermediário. Uma fonte de energia pode estar incluída na lente e dentro do elemento de inserção e, em algumas modalidades exemplificadoras, a fonte de energia pode estar localizada, de modo que ao menos uma porção da fonte de energia esteja na zona não óptica do dispositivo.
[0024] Em algumas modalidades exemplificadoras, pode ser possível referenciar superfícies dentro do elemento de inserção com óptica variável ao invés de peças. Em algumas modalidades exemplificadoras, um dispositivo de lente oftálmica pode ser formado onde um elemento de inserção com óptica variável pode ser posicionado dentro do dispositivo de lente oftálmica, onde ao menos uma porção do elemento de inserção com óptica variável pode ser posicionado na zona óptica do dispositivo da lente. Essas modalidades exemplificadoras podem incluir uma superfície frontal curva e uma superfície posterior curva. Em algumas modalidades exemplificadoras, a superfície frontal e a superfície posterior podem ser configuradas para formar ao menos uma primeira câmara. O dispositivo de lente oftálmica pode também incluir uma fonte de energia imersa no elemento de inserção em ao menos uma região que compreende uma zona não óptica. O dispositivo de lente oftálmica pode também incluir uma camada contendo ma- terial de cristal líquido posicionado dentro da câmara, em que a camada é compreendida de regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido localizado no interstício.
[0025] Em algumas modalidades exemplificadoras, um dispositivo de lente de contato pode ser formado onde um elemento de inserção com óptica variável pode ser posicionado dentro do dispositivo de lente oftálmica, onde ao menos uma porção do elemento de inserção com óptica variável pode ser posicionada na zona óptica do dispositivo da lente. Essas modalidades exemplificadoras podem incluir uma superfície frontal curva e uma superfície posterior curva. Em algumas modalidades exemplificadoras, a superfície frontal e a superfície posterior podem ser configuradas para formar ao menos uma primeira câmara. O dispositivo de lente de contato pode também incluir uma camada contendo material de cristal líquido posicionado dentro da câmara, em que a camada é compreendida de regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido localizado no interstício.
[0026] Em algumas modalidades exemplificadoras, um dispositivo de lente de contato pode ser formado onde um elemento de inserção com óptica variável pode ser posicionado dentro do dispositivo de lente oftálmica, onde ao menos uma porção do elemento de inserção com óptica variável pode ser posicionada na zona óptica do dispositivo da lente. O dispositivo de lente de contato pode também incluir uma camada contendo material de cristal líquido posicionado dentro da câmara, em que a camada pode ser compreendida de regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido localizado no interstício, e em que ao menos uma primeira superfície da camada pode ser curvada.
[0027] Em algumas modalidades exemplificadoras, um dispositivo de lente oftálmica pode ser formado onde um elemento de inserção com óptica variável pode ser posicionado dentro do dispositivo de lente oftálmica, onde ao menos uma porção do elemento de inserção com óptica variável pode ser posicionada na zona óptica do dispositivo da lente. Essas modalidades exemplificadoras podem incluir uma superfície frontal curva e uma superfície posterior curva. Em algumas modalidades exemplificadoras, uma primeira superfície frontal curva e uma primeira superfície posterior curva podem ser configuradas para formar, ao menos, uma primeira câmara. Uma segunda superfície frontal curva e uma segunda superfície posterior curva podem ser configuradas para formar ao menos uma segunda câmara. O dispositivo de lente of-tálmica pode também incluir uma camada contendo material de cristal líquido posicionado dentro da primeira câmara, em que a camada é compreendida de regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido localizado no interstício. O dispositivo de lente oftálmica pode também incluir uma fonte de energia imersa no elemento de inserção em ao menos uma região que compreende uma zona não óptica. Em algumas modalidades exemplificadoras, a lente oftálmica pode ser uma lente de contato.
[0028] Em algumas modalidades exemplificadoras, um dispositivo de lente de contato pode ser formado onde um elemento de inserção com óptica variável pode ser posicionado dentro do dispositivo de lente oftálmica, onde, ao menos, uma porção do elemento de inserção com óptica variável pode ser posicionada na zona óptica do dispositivo da lente. A lente de contato pode incluir uma primeira superfície frontal curva e uma primeira superfície posterior curva, em que a primeira superfície frontal e a primeira superfície posterior são configuradas para formar, ao menos, uma primeira câmara. A lente de contato pode também incluir uma primeira camada de material de eletrodo adjacente à superfície posterior da primeira superfície frontal curva. A lente de contato pode compreender também uma segunda camada de material de eletrodo adjacente à superfície frontal da primeira peça curva posterior. A lente de contato pode também incluir uma primeira camada conten- do material de cristal líquido posicionado dentro da primeira câmara, em que a primeira camada é compreendida de regiões em rede poli-méricas do material de cristal líquido localizado no interstício, em que a rede de polímero compreende moléculas de cristal líquido quimica-mente ligadas, e em que a primeira camada de material de cristal líquido varia o seu índice de refração afetando um raio de luz que atravessa a primeira camada de material de cristal líquido quando um potencial elétrico é aplicado através da primeira camada de material de eletrodo e a segunda camada de material de eletrodo. O dispositivo de lente de contato pode adicionalmente incluir uma segunda superfície frontal curva e uma segunda superfície posterior curva, em que a segunda superfície frontal e a segunda superfície posterior são configuradas para formar, ao menos, uma segunda câmara. O dispositivo de lente de contato pode compreender também uma terceira camada de material de eletrodo adjacente à superfície posterior da segunda superfície frontal curva, e uma quarta camada de material de eletrodo adjacente à superfície frontal da segunda peça curva posterior. Uma segunda camada contendo o material de cristal líquido posicionado dentro da segunda câmara também pode ser incluída, em que a segunda camada é compreendida de regiões em rede poliméricas do material de cristal líquido localizado no interstício, em que a rede de polímero compreende moléculas de cristal líquido quimicamente ligadas, e em que a segunda camada de material de cristal líquido varia o seu índice de refração afetando um raio de luz que atravessa a primeira camada de material de cristal líquido quando um potencial elétrico é aplicado através da terceira camada de material de eletrodo e a quarta camada de material de eletrodo. A lente de contato também pode incluir uma fonte de energia imersa no elemento de inserção em, ao menos, uma região que compreende uma zona não óptica. A lente de contato pode também incluir um circuito elétrico que compreende um processador, em que o circuito elétrico controla o fluxo de energia elétrica da fonte de energia para uma ou mais da primeira, segunda, terceira ou quarta camadas de eletrodo. E o elemento de inserção com óptica variável da lente de contato pode também alterar uma característica focal da lente oftálmíca, BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0029] As características e vantagens mencionadas anteriormente, bem como outras da presente invenção serão aparentes a partir da descrição mais particular a seguir de modalidades preferenciais da invenção, conforme ilustrado nos desenhos anexados.
[0030] A Figura 1 ilustra exemplos de componentes do aparelho de montagem de molde que podem ser úteis na implementação de algumas modalidades exemplificadoras da presente invenção.
[0031] As Figuras 2A e 2B ilustram uma lente oftálmica energizada exemplificadora com um elemento de inserção com óptica variável.
[0032] As Figuras 3A e 3B ilustram vistas em seção transversal de um elemento de inserção com óptica variável onde as peças curvas frontal e posterior do elemento de inserção com óptica variável podem ter camadas dielétricas que variam pela porção óptica variável.
[0033] As Figuras 4A e 4B ilustram uma vista em seção transversal de uma modalidade de um dispositivo de lente oftálmica com um elemento de inserção com óptica variável, em que a porção óptica variável pode ser compreendida de regiões em rede poliméricas de cristal líquido localizadas no interstício.
[0034] A Figura 5 ilustra uma modalidade exemplificadora ou um elemento de inserção com óptica variável, em que a porção óptica variável pode ser compreendida de regiões em rede poliméricas de cristal líquido localizado no interstício.
[0035] A Figura 6 ilustra uma modalidade exemplificadora alternativa de uma lente óptica variável que compreende um elemento de in- serção, em que as porções ópticas variáveis podem ser compreendidas de regiões em rede poliméricas de cristal líquido localizado no interstício.
[0036] A Figura 7 ilustra as etapas do método para formar uma lente oftálmica com um elemento de inserção com óptica variável que pode ser compreendido de regiões em rede poliméricas de cristal líquido localizado no interstício.
[0037] A Figura 8 ilustra um exemplo de componentes do aparelho para colocar um elemento de inserção com óptica variável compreendido de regiões em rede poliméricas de cristal líquido localizado no interstício em uma parte de molde de lente oftálmica.
[0038] A Figura 9 ilustra um processador que pode ser utilizado para implementar algumas modalidades exemplificadoras da presente invenção.
[0039] As Figuras 10A, 10B e 10C ilustram uma modalidade e-xemplificadora alternativa de uma lente óptica variável que compreende um elemento de inserção, em que as porções ópticas variáveis podem ser compreendidas de regiões com formato de regiões em rede poliméricas de cristal líquido localizado no interstício.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES PREFERENCIAIS
[0040] A presente invenção inclui os métodos e aparelho para fabricar uma lente oftálmica com um elemento de inserção com óptica variável, em que a porção óptica variável é compreendida de um cristal líquido ou um material composto que inclui, em si, os constituintes do cristal líquido. Além disso, a presente invenção inclui uma Lente Oftálmica com um elemento de inserção de Óptica Variável compreendido de Cristal Líquido incorporado dentro da Lente Oftálmica.
[0041] De acordo com a presente invenção, uma Lente Oftálmica é formada com um elemento de inserção embutido e uma Fonte de E-nergia, tal como, uma célula eletroquímica ou bateria conforme o meio de armazenamento para a Energia. Em algumas modalidades exempli-ficadoras, os materiais que compreendem a fonte de energia podem ser encapsulados e isolados de um ambiente no qual uma lente oftál-mica é colocada. Em algumas modalidades exemplificadoras, a fonte de energia pode incluir uma química de célula eletroquímica que pode ser utilizada em uma configuração primária ou recarregável.
[0042] Um dispositivo de ajuste controlado por usuário pode ser utilizado para variar a porção óptica. O dispositivo de ajuste pode incluir, por exemplo, um dispositivo eletrônico ou dispositivo passivo para aumentar ou diminuir uma tensão de saída ou interconectar e des-conectar a fonte de energia. Algumas modalidades exemplificadoras podem ainda incluir um dispositivo de ajuste automatizado para mudar a porção óptica variável através de um aparelho automatizado de a-cordo com um parâmetro medido ou uma entrada de usuário. A entrada de usuário pode incluir, por exemplo, uma chave controlada por meio de aparelho sem fio. Sem fio pode incluir, por exemplo, controle de frequência de rádio, chaveamento magnético, emissões conformadas de luz e chaveamento de indutância. Em outras modalidades e-xemplificadoras, a ativação pode ocorrer em resposta a uma função biológica ou em resposta a uma medição de um elemento de detecção dentro da lente oftálmica. Outras modalidades exemplificadoras podem resultar do desencadeamento da ativação por uma mudança nas condições de iluminação ambiente, como um exemplo não limitador.
[0043] A variação em potência óptica pode ocorrer quando campos elétricos, criados pela energização de eletrodos, causam o reali-nhamento no interior da camada de cristal líquido, deslocamento dessa forma as moléculas da orientação de repouso para uma orientação energizada. Em outras modalidades exemplificadoras alternativas, diferentes efeitos causados pela alteração das camadas de cristal líquido pela energização de eletrodos podem ser explorados, por exemplo, alterando o estado de polarização da luz, particularmente, a rotação de polarização.
[0044] Em algumas modalidades exemplificadoras com camadas de cristal líquido, pode haver elementos na porção de zona não óptica da lente oftálmica que podem ser energizados, enquanto que outras modalidades exemplificadoras podem não necessitar de energização. Nas modalidades exemplificadoras sem energização, o cristal líquido pode ser variável passivamente com base em algum fator externo, tal como, por exemplo, temperatura ambiente ou luz ambiente.
[0045] Uma Lente de Cristal Líquido pode fornecer um índice de refração variável eletricamente para luz polarizada incidente sobre seu corpo. Uma combinação de duas lentes onde a orientação do eixo óptico é girada na segunda lente em relação à primeira lente possibilita que um elemento de lente seja capaz de variar o índice de refração para a luz ambiente não polarizada.
[0046] Combinando-se camadas de cristal líquido eletricamente ativas com os eletrodos, uma entidade física pode ser fornecida e pode ser controlada aplicando-se um campo elétrico através dos eletrodos. Se houver uma camada dielétrica que está presente na periferia da camada de cristal líquido, então o campo através da camada dielétrica e o campo através da camada de cristal líquido podem se combinar no campo através dos eletrodos. Em um formato tridimensional, a natureza da combinação dos campos através das camadas pode ser estimada com base nos diretores eletrodinâmicos principais e na geometria da camada dielétrica e na camada de cristal líquido. Se a espessura elétrica efetiva da camada dielétrica for feita de uma maneira não uniforme, então, o efeito de um campo através dos eletrodos pode ser "formatado" pelo formato efetivo do dielétrico e criar mudanças dimensionalmente formatadas no índice de refração nas camadas de cristal líquido. Em algumas modalidades exemplificadoras, tal formata- ção pode resultar em lentes que têm a habilidade de adotar características focais variáveis.
[0047] Uma modalidade exemplifica d ora alternativa pode ser fornecida quanto os elementos da lente física que contêm as camadas de cristal líquido são em si conformados para terem diferentes características focais. O índice de refração eletricamente variável de uma camada de cristal líquido pode, então, ser utilizado para introduzir alterações nas características focais da lente com base na aplicação de um campo elétrico pela camada de cristal líquido por meio do uso de eletrodos. O índice de refração de uma camada de cristal líquido pode ser chamado de índice de refração efetivo, e pode ser possível considerar cada tratamento relacionado a um índice de refração como referindo-se equivalentemente a um índice de refração efetivo. O índice de refração efetivo pode ser obtido, por exemplo, a partir da sobreposição de múltiplas regiões com diferentes índices de refração. Em algumas modalidades exemplificadoras, o aspecto efetivo pode ser uma média das várias contribuições regionais, enquanto que, em outras modalidades exemplificadoras, o aspecto efetivo pode ser uma sobreposição dos efeitos regionais ou moleculares por meio da luz incidente. O formato que a superfície de confinamento frontal faz com a camada de cristal líquido e o formato que a superfície de confinamento posterior faz com a camada de cristal líquido pode determinar, à primeira ordem, as características focais do sistema.
[0048] Nas seções a seguir, serão fornecidas descrições detalhadas das modalidades da invenção. A descrição de ambas as modalidades preferenciais e modalidades alternativas são apenas exemplos de modalidades e deve-se compreender que, para os versados na técnica, variações, modificações e alterações poderão ser aparentes. Portanto, deve-se compreender que as ditas modalidades exemplificadoras não limitam o escopo da invenção na qual se baseiam.
GLOSSÁRIO
[0049] Nesta descrição e nas reivindicações relacionadas à invenção apresentada, vários termos podem ser utilizados, aos quais serão aplicadas as seguintes definições: [0050] Camada de Alinhamento: como utilizado aqui, refere-se a uma camada adjacente a uma camada de Cristal Líquido que influencia e alinha a orientação de moléculas no interior da Camada de Cristal Líquido. O alinhamento resultante e a orientação das moléculas pode afetar a luz que passa através da camada de Cristal Líquido. Por exemplo, o alinhamento e orientação podem agir com características refrativas sobre a luz incidente. Adicionalmente, o efeito pode incluir alteração da polarização da luz.
[0051] Comunicação Elétrica: como utilizado aqui, refere-se a ser influenciado por um campo elétrico. No caso de materiais condutivos, a influência pode ter origem a partir de ou resultar no fluxo de corrente elétrica. Em outros materiais, ele pode ser um campo de potencial elétrico que causa uma influência, por exemplo, a tendência de orientar dipolos moleculares permanentes e induzidos ao longo das linhas de campo.
[0052] Energízado: como utilizado aqui, refere-se ao estado de ser capaz de suprir corrente elétrica ou de ter energia elétrica armazenada em si.
[0053] Orientação Energizada: como utilizado aqui, refere-se à orientação das moléculas de um Cristal Líquido quando influenciado por um efeito de um campo de potencial alimentado por meio de uma Fonte de Energia. Por exemplo, um dispositivo que contém Cristais Líquidos pode ter uma Orientação Energizada se a Fonte de Energia opera tanto como ligada ou desligada. Em outras modalidades exemplifica-doras, a orientação energizada pode mudar ao longo de uma escala afetada pela quantidade de energia aplicada.
[0054] Energia: como utilizado aqui, refere-se à capacidade de um sistema físico de realizar trabalho. Muitos usos compreendidos na presente invenção podem estar relacionados à capacidade de executar ações elétricas na realização de trabalho.
[0055] Fonte de Energia: como utilizado aqui, refere-se a um dispositivo capaz de fornecer energia ou de colocar um dispositivo bio-médico em um estado energizado.
[0056] Extratores de Energia: como utilizado aqui, refere-se a um dispositivo capaz de extrair energia do ambiente converte-la em energia elétrica.
[0057] Lente Intraocular: como utilizado aqui, refere-se a uma Lente Oftálmica que é embutida no interior do olho.
[0058] Mistura de formação de lente ou Mistura Reativa ou Mistura de Monômero Reativo (RMM): como utilizado aqui, na presente invenção, refere-se a um material de monômero ou pré-polímero que pode ser curado e reticulado ou reticulado a fim de formar uma lente oftálmica. Várias modalidades podem incluir misturas para formação de lentes com um ou mais aditivos como bloqueadores de UV, tonalizantes, fotoiniciadores ou catalisadores e outros aditivos que podem ser desejáveis em lentes oftálmicas, por exemplo, lentes intraoculares ou de contato.
[0059] Superfície de Formação de Lente: como utilizado aqui, refere-se a uma superfície que é utilizada para moldar uma lente. Em algumas modalidades exemplificadoras, qualquer tal superfície pode ter um acabamento superficial de qualidade óptica que indica que ela é suficientemente lisa e formada, de modo que uma superfície de lente criada pela polimerização de uma mistura formadora de lente em contato com a superfície de moldagem seja opticamente aceitável. Adicionalmente, em algumas modalidades exemplificadoras, a superfície formadora de lente pode ter uma geometria que é necessária para conferir à superfície da lente as características ópticas desejáveis, incluindo, por exemplo, potência esférica, anesférica e cilíndrica, correção de aberração frontal da onda e correção da topografia da córnea.
[0060] Cristal Líquido: como utilizado aqui, refere-se a um estado da matéria que tem propriedades entre um líquido convencional e um cristal sólido. Um cristal líquido pode não pode ser caracterizado como um sólido, mas suas moléculas apresentam algum grau de alinhamento. Como utilizado aqui, um cristal líquido não se limita a uma fase ou estrutura específica, mas um cristal líquido pode ter uma orientação de repouso específica. A orientação e as fases de um cristal líquido podem ser manipuladas por forças externas como, por exemplo, temperatura, magnetismo ou eletricidade, dependendo da classe do cristal líquido.
[0061] Célula de íon de Lítio: como utilizado, na presente invenção, refere-se a uma célula eletroquímica em que íons de lítio se movem através da célula a fim de gerar energia elétrica. Essa célula eletro-química, tipicamente chamada de bateria, pode ser re-energizada ou recarregada em suas formas típicas.
[0062] Elemento de inserção de Meio ou elemento de inserção: como utilizado aqui, refere-se a um substrato modelável ou rígido capaz de suportar uma Fonte de Energia em uma lente oftálmica. Em algumas modalidades exemplificadoras, o elemento de inserção de meio inclui também uma ou mais porções ópticas variáveis.
[0063] Molde: como utilizado aqui, na presente invenção, refere-se a um objeto rígido ou semirrígido que pode ser utilizado a fim de formar lentes de formulações não curadas. Alguns moldes preferenciais incluem duas partes de molde que formam uma parte de molde curvada frontal e uma parte de molde curvada posterior.
[0064] Lente Oftálmica ou Lente: como utilizado aqui, na presente invenção, referem-se a qualquer dispositivo oftálmico que resida no ou sobre o olho. Esses dispositivos podem proporcionar correção ou modificação óptica ou podem ser cosméticos. Por exemplo, o termo "lente" pode se referir a uma lente de contato, uma lente intraocular, uma lente de sobreposição, um elemento de inserção ocular, um elemento de inserção óptico ou outro dispositivo similar através do qual a visão é corrigida ou modificada ou através do qual a fisiologia ocular é cosme-ticamente acentuada (por exemplo, cor da íris) sem impedir a visão. Em algumas modalidades exemplificadoras, as lentes preferenciais da invenção são lentes de contato gelatinosas que são feitas de hidrogéis ou elastômeros de silicone, as quais incluem, por exemplo, hidrogéis de silicone e flúor-hidrogéis.
[0065] Zona óptica: como utilizado aqui, refere-se a uma área de uma lente oftálmica através da qual um usuário da mesma enxerga.
[0066] Potência: como utilizado aqui, refere-se ao trabalho realizado ou à energia transferida por unidade de tempo.
[0067] Recarregável ou re-energizável: como utilizado aqui, refere-se a uma capacidade de restauração para um estado com maior capacidade de realização de trabalho. Muitos usos compreendidos na presente invenção podem estar relacionados à capacidade de ser restaurado com o poder de fluir corrente elétrica a uma certa taxa durante um determinado período de tempo restabelecido.
[0068] Reenergizar ou Recarregar: como utilizado aqui, refere-se à restauração de uma Fonte de Energia para um estado com capacidade superior para realizar trabalho. Muitos usos compreendidos na presente invenção podem estar relacionados à restauração de um dispositivo à capacidade de fluir corrente elétrica a uma certa taxa durante um certo período de tempo restabelecido.
[0069] Liberado de um Molde: como utilizado aqui, refere-se a uma lente que é ou separada completamente do molde ou é apenas fixada de maneira frouxa de forma que a mesma pode ser removida com agi- tação moderada ou retirada com um chumaço.
[0070] Orientação de Descanso: como utilizado aqui, refere-se à orientação das moléculas de um dispositivo de Cristal Líquido em seu estado de descanso, não energizado.
[0071] Óptica Variável: como utilizado aqui, refere-se à capacidade de alterar uma qualidade óptica como, por exemplo a potência óptica de uma lente ou o ângulo de polarização.
LENTES OFTÁLMÍCAS
[0072] Referindo-se à Figura 1, um aparelho 100 para formar dispositivos oftálmicos que compreendem elementos de inserção vedados e encapsulados é representado. O aparelho inclui um exemplo de molde de curva frontal 102 e um molde de curva posterior 101 semelhante. *Um elemento de inserção de Óptica Variável 104 e um corpo 103 do dispositivo oftálmico pode estar situado dentro do Molde de curva frontal 102 e o Molde de curva posterior 101. Em algumas modalidades exemplificadoras, o material do corpo 103 pode ser um material de hidrogel, e o elemento de inserção com óptica variável 104 pode ser circundado em todas as superfícies por esse material.
[0073] O elemento de inserção com óptica variável 104 pode compreender múltiplas camadas de cristal líquido 109 e 110. Outras modalidades exemplificadoras podem incluir uma camada de cristal líquido única, algumas das quais são discutidas nas seções seguintes. O uso do aparelho 100 pode criar um dispositivo oftálmico inovador compreendido de uma combinação de componentes com inúmeras regiões vedadas.
[0074] Em algumas modalidades exemplificadoras, uma lente com um elemento de inserção com óptica variável 104 pode incluir um de-sign de borda suave de centro rígido em que um elemento óptico rígido central que inclui as camadas de cristal líquido 109 e 110 está em contato direto com a atmosfera e a superfície de córnea nas respecti- vas superfícies anterior e posterior. O material da borda macia da lente (tipicamente um material de hidrogel) é anexado a uma periferia do elemento óptico rígido, e o elemento óptico rígido, o qual pode também adicionar energia e funcionalidade à lente oftáfmica resultante.
[0075] Com referência à Figura 2A, em 200 uma representação de cima para baixo e a Figura 2B, em 250 uma representação em seção transversal de uma modalidade exemplificadora de um elemento de inserção com óptica variável é mostrada. Nessa representação, uma Fonte de Energia 210 é mostrada em uma porção de periferia 211 do elemento de inserção de Óptica Variável 200. A Fonte de Energia 210 pode incluir, por exemplo, um filme fino, bateria recarregável à base de íons de lítio ou uma bateria à base de célula alcalina. A fonte de energia 210 pode ser conectada para interconectar os recursos 214, para permitir a interconexão. Interconexões adicionais em 225 e 230, por exemplo, podem conectar a fonte de energia 210 a um circuito, como o item 205. Em outras modalidades exemplificadoras, um elemento de inserção pode ter recursos de interconexão depositados em sua superfície.
[0076] Em algumas modalidades exemplificadoras, o elemento de inserção com óptica variável 200 pode incluir um substrato flexível. Esse substrato flexível pode ser feito em um formato que se aproxima de uma forma de lente típica de modo similar ao anteriormente discutido ou por outros meios. Entretanto para adicionar flexibilidade adicional, o elemento de inserção de Óptica Variável 200 pode incluir recursos de formato adicionais, tais como, cortes radiais ao longo de seu comprimento. Pode haver múltiplos componentes eletrônicos, como aqueles indicados por 205, como circuitos integrados, componentes discretos, componentes passivos e tais dispositivos que também podem ser incluídos.
[0077] Uma porção óptica variável 220 também é ilustrada. A por- ção óptica variável 220 pode variar mediante o comando através da aplicação de uma corrente através do elemento de inserção com óptica variável que, por sua vez, pode variar tipicamente um campo elétrico estabelecido por uma camada de cristal líquido. Em algumas modalidades exemplificadoras, a porção óptica variável 220 compreende uma camada fina que compreende cristal líquido entre duas camadas de substrato transparente. Pode haver numerosas maneiras de ativar eletricamente e controlar o componente óptico variável, tipicamente através da ação do circuito eletrônico 205. O circuito eletrônico 205 pode receber sinais de várias maneiras e também pode se conectar aos elementos sensoriais que também podem estar no elemento de inserção, como o item 215. Em algumas modalidades exemplificadoras, o elemento de inserção com óptica variável pode ser encapsulado em uma borda da lente 255, que pode ser compreendida de material de hidrogel ou outro material adequado para formar uma lente oftálmica. Nessas modalidades exemplificadoras, a lente oftálmica pode ser compreendida da borda oftálmica 255 e um elemento de inserção de lente oftálmica encapsulado 200, que pode, em si, compreender camadas ou regiões de material de cristal líquido ou compreender material de cristal líquido e, em algumas modalidades exemplificadoras, as camadas podem compreender regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido localizado no interstício.
UM ELEMENTO DE INSERÇÃO DE ÓPTICA VARIÁVEL QUE INCLUI ELEMENTOS DE CRISTAL LÍQUIDO
[0078] Referindo-se à Figura 3A, uma porção óptica variável 300 que pode ser inserida dentro de uma lente oftálmica é ilustrada com uma camada de cristal líquido 325. A porção óptica variável 300 pode ter uma diversidade similar de materiais e relevância estrutural conforme foi discutido em outras seções desse relatório descritivo. Em algumas modalidades exemplificadoras, um eletrodo transparente 350 pode ser colocado sobre um primeiro substrato transparente 355. A primeira peça da lente pode incluir uma camada dielétrica 340. A camada pode ser compreendida de um filme dielétrico, e em algumas modalidades exemplificadoras, camadas de alinhamento podem ser colocadas sobre a camada 340. Em outras modalidades exemplificadoras, as camadas dielétricas podem se formar de modo a ter uma função dupla de uma camada de alinhamento. Em modalidades exemplificadoras que compreendem camadas dielétricas, o formato da camada dielétrica da primeira superfície da lente 340 pode formar uma espessura dielétrica que varia regionalmente, como mostrado. Tal formato que varia regionalmente pode conferir potência adicional de foca-lização do elemento da lente acima dos efeitos geométricos das camadas curvas. Em algumas modalidades exemplificadoras, por exemplo, a camada dielétrica conformada pode ser formada por modelagem por injeção após a combinação do primeiro eletrodo transparente 350 e do primeiro substrato transparente 355.
[0079] Em algumas modalidades exemplificadoras, o primeiro eletrodo transparente 350 e um segundo eletrodo transparente 315 podem ser conformados de várias maneiras. Em alguns exemplos, a formatação pode resultar na formação de regiões distintas separadas que podem ter energização aplicada separadamente. Em outros e-xemplos, os eletrodos podem ser formados em padrões, como em uma hélice a partir do centro da lente para a periferia, que pode aplicar um campo elétrico variável pela camada de cristal líquido 325. Em qualquer caso, tal formatação de eletrodo pode ser realizada além da formatação da camada dielétrica após o eletrodo ou, em vez disso, de tal formatação. A formatação dos eletrodos dessas maneiras também pode introduzir potência adicional de focalização do elemento da lente sob operação.
[0080] A camada de cristal líquido 325 pode estar situada entre o primeiro eletrodo transparente 350 e um segundo eletrodo transparente 315. O segundo eletrodo transparente 315 pode ser fixado a uma segunda camada de substrato transparente 310, em que o dispositivo formado a partir da segunda camada de substrato transparente 310 para a primeira camada de substrato transparente 355 pode conter a porção óptica variável da lente oftálmica. Duas camadas de alinhamento também podem estar situadas em 320 e 330, na camada dielé-trica, e podem circundar a camada de cristal líquido 325. As camadas de alinhamento em 320 e 330 podem funcionar para definir uma orientação de repouso da lente oftálmica. Em algumas modalidades exem-plificadoras, as camadas de eletrodo 320 e 330 podem estar em comunicação elétrica com a camada de cristal líquido 325 e causar um deslocamento de orientação da orientação de repouso para pelo menos uma orientação energizada.
[0081] Com referência à Figura 3B, uma alternativa de uma porção óptica variável 356 que pode ser inserida em uma lente oftálmica é i-lustrada com uma região em rede de polímero de camada de cristal líquido localizado no interstício 375. Semelhantemente à porção óptica variável 300 na Figura 3A, pode haver camadas de dielétricos conformados dentro do elemento de inserção. Por exemplo, as camadas incluindo 385, 390 e 395 podem formar uma camada dielétrica conformada composta em uma primeira peça da lente 397 exemplificadora. O efeito elétrico da camada dielétrica pode formar o campo elétrico efetivo que é aplicado pela camada contendo cristal líquido 375 quando o elemento de inserção é energizado. Um primeiro eletrodo transparente 396 pode estar situado sobre uma primeira camada de substrato ou peça da lente 397, e um segundo eletrodo transparente 365 pode estar situado sobre uma segunda camada de substrato 360. Em algumas modalidades exemplifica d oras, as camadas de alinhamento 380 e 370 também podem estar localizadas ao redor da camada de cristal líquido 375 e influenciar o alinhamento das moléculas na mesma.
[0082] O elemento de inserção 356 (que pode também ser chamado de porção óptica variável 356) pode ser mostrado com múltiplas camadas dielétricas em 385, 390 e 395. Em algumas modalidades e-xemplificadoras, um tipo de material dielétrico pode compreender as camadas 385 e 395, enquanto que um tipo diferente de material pode compreender a camada 390. Em algumas modalidades exemplificado-ras, tal estrutura relativamente complexa pode permitir a combinação de materiais dielétricos que têm uma constante dielétrica efetiva diferente em frequências diferentes. Por exemplo, as camadas 385 e 395 podem ser compreendidas de dióxido de silício em um sentido não limitador, enquanto que o material na camada 390 pode ser uma solução aquosa. Nas frequências ópticas, essas camadas podem ser formadas de modo que o efeito sobre um feixe de luz pode ser semelhante para todas as camadas. Além disso, em frequências elétricas mais baixas, como podem ser aplicadas aos eletrodos 365 e 396, a camada aquosa 390 pode ter uma propriedade dielétrica diferente das outras camadas, possibilitando efeitos intensificados na formatação regional do campo dielétrico que pode ser funcional pela camada de cristal líquido 375.
[0083] A porção óptica variável 356 pode incluir uma camada de substrato mediana 385 que pode formar uma camada de superfície sobre a qual a camada de cristal líquido 375 pode ser depositada. Em algumas modalidades exemplificadoras, a camada de substrato mediana 385 pode também agir para conter o segundo elemento de lente 390 se o segundo elemento de lente estiver na forma líquida. Algumas modalidades exemplificadoras podem incluir uma camada de cristal líquido 375 localizada entre uma primeira camada de alinhamento 360 e uma segunda camada de alinhamento 370, em que a segunda ca- mada de alinhamento 370 é colocada sobre um segundo eletrodo transparente 365. Uma camada de substrato de topo 360 pode conter a combinação de camadas que forma a porção óptica variável 356, que pode responder aos campos elétricos aplicados através de seus eletrodos 365 e 396. As camadas de alinhamento 370 e 380 podem afetar as características ópticas da porção óptica variável 356 por vários meios.
DISPOSITIVOS DE CRISTAL LÍQUIDO QUE COMPREENDEM CAMADAS DE REGIÕES EM REDE POLIMÉRICAS DE CRISTAL LÍQUIDO LOCALIZADO NO INTERSTÍCIO
[0084] Referindo-se às Figuras 4A e 4B, uma porção óptica variável, 400, que pode ser inserida em uma lente oftálmica, é ilustrada com uma camada de polímero 435 que compreende as regiões em rede poliméricas de cristal líquido localizado no interstício. As regiões intersticiais em rede são ilustradas em vários locais de modo exempli-ficador amplo, um dos quais podendo ser mostrado no exemplo 430. As regiões poiimerizadas podem conferir a definição e o formato estrutural do filme, enquanto que o cristal líquido intersticial, como 430, pode ter um efeito óptico significativo sobre a luz transmitida pela camada. Em algumas modalidades exemplificadoras, a rede polimerizada pode incluir porções de cristal líquido quimicamente fixadas que podem agir sobre a luz de maneiras semelhantes a outras moléculas de cristal líquido. Entretanto, as porções de cristal líquido quimicamente fixadas podem não ser livres para se mover em um campo elétrico. Elas podem ser alinhadas durante o processo de polimerização sob a influência das camadas de alinhamento ou de outras forças de alinhamento. Por sua vez, essas moléculas de cristal líquido podem ajudar a manter um estado de repouso das moléculas de cristal líquido livres na camada.
[0085] As regiões em rede poliméricas do material de cristal líqui- do localizado no interstício podem não criar contornos consistentes e grandes o suficiente para serem significativos em termos de processos de dispersão.
[0086] O confinamento dos cristais líquidos nos locais intersticiais nas matrizes poíiméricas ou redes pode dificultar a rotação das moléculas. Esse efeito pode resultar em campos elétricos maiores sendo usados para alinhar as moléculas de cristal líquido em um estado e-nergizado. Da mesma forma, a engenharia das estruturas químicas das moléculas de cristal líquido também pode ajudar a definir as condições que permitem que campos elétricos mais baixos sejam necessários para estabelecer estados alinhados.
[0087] Há diversas maneiras para formar uma camada de cristal líquido em rede polimérica do tipo ilustrado em 400. Em um primeiro exemplo, uma mistura de um monômero e de uma molécula de cristal líquido pode ser formada com a combinação sendo aquecida para formar uma mistura homogênea. Em seguida, a mistura pode ser aplicada a uma peça de elemento de inserção curvo frontal 410 e, em seguida, encapsulada no elemento de inserção da lente mediante a adição de uma peça de inserção curva ou intermediária posterior 450. O elemento de inserção contendo a mistura de cristal líquido pode, então, ser polimerizado sob condições predeterminadas que formam regiões em rede reticuladas de material polimerizado, bem como regiões intercaladas de líquido nos interstícios da rede de polímero. Em alguns e-xemplos, a radiação actínica pode incidir sobre a mistura para iniciar a polimerização.
[0088] Em um outro exemplo, uma mistura de cristal líquido e monômero de cristal líquido pode também ser utilizada. Nesse exemplo, a mistura pode ser aplicada a uma peça curva frontal 410 ou peça curva posterior ou curva intermediária 450 e, então, uma peça adicional pode ser aplicada. A mistura aplicada pode já conter componentes para a- cionar as reações de polimerização. Ou a radiação actínica pode incidir sobre a mistura para iniciar a polimerização. Com determinadas escolhas de material para o monômero e os agentes de inicialização, a reação de polimerização pode prosseguir a uma taxa e de modo que regiões de alta concentração de monômero de cristal líquido que são similares a gotículas na rede polimerizada de material possam se formar. Essas moléculas de cristal líquido podem ser livres para se mover no interior da matriz polimérica antes de serem completamente polime-rizadas, e podem também ser capazes de perceber os efeitos de orientação em suas regiões vizinhas, que pode ser outras moléculas de cristal líquido ou características de alinhamento sobre as superfícies das peças de elemento de inserção que a mistura de cristal líquido foi aplicada. As regiões de alinhamento, se houver alguma, podem determinar um estado de repouso para as moléculas de cristal líquido no interior da matriz polimérica e podem determinar uma orientação fixa das moléculas de cristal líquido nas regiões polimerizadas após ocorrer significativa polimerização. Da mesma forma, as moléculas de cristal líquido alinhadas no polímero também podem exercer um efeito de orientação sobre as moléculas de cristal líquido dentro das regiões in-tersticiais. Dessa forma, a camada de regiões polimerizadas combinadas e as regiões intersticiais incluídas podem existir em um estado de alinhamento natural predeterminado pela inclusão das características de alinhamento nas peças do elemento de inserção antes do mesmo ser formado com a camada intermediária de cristal líquido.
[0089] Pode haver diversas maneiras de incorporar moléculas de cristal líquido nas regiões polimerizadas ou gelificadas. Nas descrições anteriores, algumas maneiras foram descritas. Entretanto, qualquer método de criação de camadas de cristal líquido em rede de polímero pode compreender a técnica dentro do escopo da presente invenção e pode ser utilizado para criar um dispositivo oftálmico. Os exemplos an- tenores mencionaram o uso de monômeros com porções de cristal líquido fixadas para criar camadas em rede que criam locais intersticiais para moléculas de cristal líquido não ligadas. O estado do polímero pode ser uma forma cristalina, uma forma semicristalina ou uma forma amorfa do material polimerizado ou, em outras modalidades, ele pode também existir como uma forma gelificada ou semigelificada do polímero.
[0090] A porção óptica variável na Figura 4A pode ter outros aspectos que podem ser definidos por uma diversidade similar de materiais e relevância estrutural, conforme foi discutido em outras seções desse relatório descritivo. Em algumas modalidades exemplificadoras, um primeiro eletrodo transparente 420 pode ser colocado sobre o primeiro substrato transparente 410. A primeira superfície da lente pode ser compreendida de um filme dielétrico, e em algumas modalidades exemplificadoras, as camadas de alinhamento que podem ser colocadas sobre o primeiro eletrodo transparente 420. Em tais modalidades, o formato da camada dielétrica da primeira superfície da lente 425 pode formar um formato variado regionalmente na espessura dielétrica. Uma camada dielétrica 445 sobre uma segunda superfície da lente na peça da curva do elemento de inserção intermediário ou da curva posterior 450 também pode se formar para compreender um formato variado na espessura dielétrica. Tal formato que varia regionalmente pode introduzir potência adicional de focalização do elemento da lente, conforme discutido em referência às Figuras 3A e 3B. Em algumas modalidades, por exemplo, a camada conformada pode ser formada por modelagem por injeção após combinação do primeiro eletrodo transparente 420 e do primeiro substrato transparente 410.
[0091] Em algumas modalidades exemplificadoras, o primeiro eletrodo transparente 420 e um segundo eletrodo transparente 440 podem ser conformados de várias maneiras. Em alguns exemplos, a formatação pode resultar na formação de regiões distintas e separadas que podem ter energização aplicada separadamente. Em outros exemplos, os eletrodos podem ser formados em padrões, como uma hélice, a partir do centro da lente para a periferia, que pode aplicar um campo elétrico variável pela camada de cristal líquido 435 e região 430. Em qualquer caso, tal formatação de eletrodo pode ser realizada além da formatação das camadas dielétricas no eletrodo ou, em vez disso, de tal formatação. A formatação dos eletrodos dessas maneiras também pode introduzir potência adicional de focalização do elemento da lente sob operação.
[0092] A camada de cristal líquido dispersa do polímero 435 e a região 430 podem estar situadas entre o primeiro eletrodo transparente 420 e um segundo eletrodo transparente 440. O segundo eletrodo transparente 440 pode ser fixado à peça da curva do elemento de inserção intermediário ou da curva posterior 450, em que o dispositivo formado a partir do primeiro substrato transparente 410 para a peça da curva do elemento de inserção intermediário ou da curva posterior 450 pode compreender a porção óptica variável da lente oftálmica. Duas camadas de alinhamento também podem estar situadas sobre a camada dielétrica, e podem circundar a camada de cristal líquido 435 e a região 430. As camadas de alinhamento podem funcionar para definir uma orientação de repouso da lente oftálmica. Em algumas modalidades exemplificadoras, as camadas de eletrodo 420 e 440 podem estar em comunicação elétrica com a camada de cristal líquido 435 e a região 430, e causar um deslocamento na orientação da orientação de repouso para pelo menos uma orientação energizada.
[0093] Na Figura 4B, o efeito da energização das camadas do eletrodo é mostrado. A energização pode fazer com que um campo elétrico seja estabilizado pelo dispositivo, como ilustrado em 490. O campo elétrico pode induzir as moléculas de cristal líquido a se realinharem em si com o campo elétrico formado. Como mostrado em 460 na rede de polímero que contém cristal líquido, as moléculas de cristal líquido livres podem se realinhar, como mostrado pelas, agora, linhas verticais.
[0094] Com referência à Figura 5, uma alternativa de um elemento de inserção com óptica variável 500 que pode ser inserido em uma lente oftálmica é ilustrada com duas camadas de cristal líquido 525 e 545. Cada um dos aspectos das várias camadas ao redor da região de cristal líquido pode ter diversidade similar, conforme descrito em relação ao elemento de inserção com óptica variável 300 na Figura 3A. Em algumas modalidades exemplificadoras, as camadas de alinhamento podem introduzir sensibilidade de polarização na função de um único elemento de cristal líquido. Ao combinar um primeiro elemento baseado em cristal líquido formado por um primeiro substrato 510, cujas camadas intermediárias no espaço adjacente a 520 e um segundo substrato 530 podem ter uma primeira preferência de polarização, com um segundo elemento baseado em cristal líquido formado por uma segunda superfície sobre o segundo substrato 530, as camadas intermediárias no espaço ao redor de 540 e um terceiro substrato 550 com uma segunda preferência de polarização, uma combinação pode ser formada que pode possibilitar uma característica focal eletricamente variável de uma lente que não é sensível aos aspectos de polarização da luz incidente sobre ela.
[0095] No elemento exemplificador 500, uma combinação de duas camadas de cristal líquido eletricamente ativas de diversos tipos e diversidade associada com o exemplo em 300 pode ser formada utilizando três camadas de substrato. Em outros exemplos, o dispositivo pode ser formado pela combinação de quatro substratos diferentes. Em alguns exemplos, o substrato intermediário 530 pode ser dividido em duas camadas. Se os substratos forem combinados em um momento posterior, um dispositivo que funciona de modo similar ao item 500 pode se formar. A combinação de quatro camadas pode apresentar um exemplo para a fabricação do elemento onde dispositivos similares podem ser construídos nas adjacências de ambas as camadas de cristal líquido 525 e 545, onde a diferença de processamento pode estar relacionada à porção das etapas que definem as características de alinhamento para o elemento de cristal líquido. Em ainda outros e-xemplos, se o elemento da lente ao redor de uma única camada de cristal líquido, como aquela mostrada em 300, for esfericamente simétrico ou simétrico após uma rotação de noventa graus, então duas peças podem ser montadas em uma estrutura do tipo mostrado em 500 por rotação das duas peças noventa graus uma em relação à outra antes da montagem.
[0096] Referindo-se à Figura 6, uma lente oftálmica 600 é mostrada com um elemento de inserção com óptica variável embutida 610. A lente oftálmica 600 pode ter uma superfície curva frontal 601 e uma superfície curva posterior 602. O elemento de inserção 610 pode ter uma porção óptica variável 603 com uma camada de cristal líquido 605. Em algumas modalidades exemplificadoras, o elemento de inserção 610 pode ter várias camadas de cristal líquido 604 e 605. As porções do elemento de inserção 610 podem se sobrepor à zona óptica da lente oftálmica 600.
MATERIAIS
[0097] Modalidades de moldagem por microinjeção podem incluir, por exemplo, uma resina de copolímero poii(4-metilpent-1-eno), que são usadas para formar lentes com um diâmetro entre cerca de 6 mm e 10 mm e um raio de superfície frontal entre cerca de 6 mm e 10 mm, um raio de superfície posterior entre cerca de 6 mm e 10 mm e uma espessura central entre cerca de 0,050 mm e 1,0 mm. Algumas modalidades exemplificadoras incluem um elemento de inserção com diâmetro de cerca de 8,9 mm e um raio de superfície frontal de cerca de 7,9 mm e um raio de superfície posterior de cerca de 7,8 mm e uma espessura central de cerca de 0,200 mm e uma espessura de borda de cerca de 0,050 mm.
[0098] O elemento de inserção com óptica variável 104 ilustrado na Figura 1 pode ser colocado em uma parte de molde 101 e 102 utilizada para formar uma lente oftálmica. O material da parte de molde 101 e 102 pode incluir, por exemplo, uma poliolefina de um ou mais dos seguintes: polipropileno, poliestireno, polietileno, metacrilato de polimetila e poliolefinas modificadas. Outros moldes podem incluir um material cerâmico ou metálico.
[0099] Um copolímero alicíclico preferencial contém dois polímeros alicíclicos diferentes. Diversos graus de copolímeros alicíclicos podem ter temperaturas de transição vítrea na faixa de 105°C a 160°C.
[00100] Em algumas modalidades exemplificadoras, os moldes da presente invenção podem conter polímeros como polipropileno, polietileno, poliestireno, metacrilato de polimetila, poliolefinas modificadas contendo uma porção alicíclica na cadeia principal e poliolefinas cíclicas. Essa blenda pode ser utilizada sobre uma ou ambas as metades do molde, sendo preferencial que essa blenda seja utilizada na curva posterior, enquanto a curva frontal consiste em copolímeros alicíclicos.
[00101] Em alguns métodos preferenciais para preparar os moldes 100, de acordo com a presente invenção, a moldagem por injeção é utilizada de acordo com técnicas conhecidas, entretanto, modalidades exemplificadoras podem também incluir moldes criados por outras técnicas incluindo, por exemplo: armação, torneamento por diamante, ou corte a laser.
[00102] Tipicamente, as lentes são formadas em pelo menos uma superfície de ambas as partes de molde 101 e 102. Entretanto, em algumas modalidades exemplificadoras, uma superfície de uma lente pode ser formada a partir de uma parte de molde 101 ou 102, e uma outra superfície de uma lente pode ser formada com o uso de um método de torneamento, ou outros métodos.
[00103] Em algumas modalidades exemplificadoras, um material de lente preferencial inclui um componente contendo silicone. Um "componente contendo silicone" é um que contém pelo menos uma unidade [-Si-O-] em um monômero, macrômero ou pré-polímero. De preferência, o Si total e ligado a O estão presentes no componente contendo silicone em uma quantidade maior que cerca de 20 porcento, em peso, e com mais preferência maior que 30 porcento, em peso, do peso molecular total do componente contendo silicone. Componentes contendo silicone úteis compreendem, de preferência, grupos funcionais polime-rizáveis, como acrilato, metacrilato, acrilamida, metacrilamida, vinila, N-vinilactama, N-vinilamida e grupos funcionais de estirila.
[00104] Em algumas modalidades exemplificadoras, a aba da lente oftálmica, também chamada de camada de encapsulação do elemento de inserção, que circunda o elemento de inserção, pode compreender formulações de lentes oftálmicas com hidrogel padrão. Materiais e-xemplificadores com características que podem fornecer uma semelhança aceitável a vários materiais do elemento de inserção podem incluir, por exemplo, a família Narafilcon (inclusive Narafilcon A e Nara-filcon B) e a família Etafilcon (inclusive Etafilcon A). Uma discussão mais tecnicamente inclusiva segue a natureza dos materiais consistentes com a técnica da presente invenção. Aquele versado na técnica pode reconhecer que outro material que não aqueles discutidos pode também formar um invólucro aceitável ou invólucro parcial dos elementos de inserção vedados e encapsulados e deve ser considerado consistente e incluído no escopo das reivindicações.
[00105] Componentes contendo silicone adequados incluem compostos de fórmula I
[00106] em que [00107] R1 é, independentemente, selecionado dentre grupos mo-novalentes reativos, grupos alquila monovalentes, ou grupos arila mo-novalentes, qualquer um dos anteriores, que podem compreender adicionalmente a funcionalidade selecionada a partir de hidróxi, amino, oxa, carbóxi, carbóxi alquila, alcóxi, amida, carbamato, carbonato, ha-logênio ou as suas combinações; e cadeias de siloxano monovalente compreendendo 1-100 unidades de repetição de Si-O, que podem compreender adicionalmente funcionalidades selecionadas a partir de alquila, hidróxi, amino, oxa, carbóxi, carbóxi alquila, alcóxi, amida, carbamato, halogênio ou as suas combinações;
[00108] onde b = 0 a 500, onde entende-se que quando b é diferente de 0, b é uma distribuição que tem um modo igual a um valor estabelecido;
[00109] em que pelo menos um R1 compreende um grupo reativo monovalente, e em algumas modalidades exemplificadoras entre um e 3 R1 compreendem grupos reativos monovalentes.
[00110] Para uso na presente invenção "grupos reativos monovalentes" são grupos que podem sofrer polimerização por radicais livres e/ou polimerização catiônica. Alguns exemplos não limitadores de grupos reativos de radical livre incluem (met)acrilatos, estirilas, vinilas, éteres de vinila, C^alquiKmetyacrilatos, (met)acrilamidas, 6alquil(met)acrilamidas, N-vinilactamas, N-vinilamidas, C2_12 alquenilas, C2_12alquenilfenilas, C2_12alquenilnaftilas, C^alquenilfenilC^alquilas, O-vinilcarbamatos e O-vinilcarbonatos. Exemplos não limitadores de grupos reativos catiônicos incluem éteres de vinila ou grupos epóxido e misturas dos mesmos. Em uma modalidade, os grupos reativos de radical livre compreendem (met)acrilato, acrilóxi, (met)acrilamida, e misturas dos mesmos.
[00111] Grupos alquila e arila monovalentes adequados incluem grupos Ci a C16alquila monovalentes não substituídos, grupos C6-C14 arila, como metila, etila, propila, butila, 2-hidroxipropila propoxipropila, polietilenoxipropila substituídos e não substituídos, combinações dos mesmos e similares.
[00112] Em uma modalidade exemplificadora, b é zero, um R1 é um grupo reativo monovalente e pelo menos 3 R1 são selecionados dentre grupos alquila monovalentes com um a 16 átomos de carbono, e em uma outra modalidade exemplificadora, dentre grupos alquila monovalentes com um a 6 átomos de carbono. Exemplos não limitadores de componentes de silicone dessa modalidade incluem éster de 2-metil-, 2-hidróxi-3-[3-[1,3,3,3-tetrametil-1-[(trimetilsilil)óxi]dissiloxanil]propóxi] propila ("SiGMA"), [00113] 2-hidróxi-3-metacriloxipropiloxipropil-tris(trimetil silóxi)silano, [00114] 3-metacriloxipropiltris(trimetil silóxi)silano ("TRIS"), [00115] 3-metacriloxipropilbis(trimetil silóxi)metil silano e [00116] 3-metacriloxipropilpentametil dissiloxano.
[00117] Em uma outra modalidade exemplificadora, b é 2 a 20, 3 a 15 ou em algumas modalidades exemplificadoras 3 a 10; pelo menos um R1 terminal compreende um grupo reativo monovalente e os R1 restantes são selecionados a partir de grupos alquila monovalentes que têm 1 a 16 átomos de carbono e, em outra modalidade, a partir de grupos alquila monovalentes que têm 1 a 6 átomos de carbono. Em ainda outra modalidade, b é 3 a 15, um R1 terminal compreende um grupo reativo monovalente, o outro R1 terminal compreende um grupo alquila monovalente que tem 1 a 6 átomos de carbono e os R1 restantes compreendem grupos alquila monovalentes que têm 1 a 3 átomos de carbono. Alguns exemplos não limitadores de componentes de sili- cone desta modalidade incluem polidimetilsiloxano terminado em éter (mono-(2-hidróxi-3-metacriloxipropil)-propílico (peso molecular de 400 a 1000)) ("OH-mPDMS"), polidimetilsiloxanos terminados em mono-n-butila terminados em monometacriloxipropila (peso molecular de 800 a 1000), ("mPDMS").
[00118] Em uma outra modalidade exemplificadora, b é um valor entre 5 e 400 ou entre 10 e 300, ambos os R1 terminais compreendem grupos reativos monovalentes e o R1 restante é independentemente selecionado dentre grupos alquila monovalentes com 1 a 18 átomos de carbono que podem ter ligações éter entre os átomos de carbono e podem compreender, ainda, halogênio.
[00119] Em uma modalidade exemplificadora, em que uma lente de hidrogel de silicone é desejada, a lente da presente invenção será produzida a partir de uma mistura reativa que compreende pelo menos cerca de 20 e, de preferência, entre cerca de 20 e 70%, em peso, de componentes contendo silicone com base no peso total dos componentes monoméricos reativos a partir dos quais o polímero é produzido.
[00120] Em outra modalidade, um a quatro R1 compreendem um carbonato ou carbamato de vinila com a seguinte fórmula: Fórmula II
[00121] em que: Y denota O-, S- ou NH-;
[00122] R denota hidrogênio ou metila; d é 1,2, 3 ou 4; e q é 0 ou 1.
[00123] O carbonato de vinila contendo silicone ou monômeros de carbamato de vinila incluem especificamente: 1,3-bis[4- (viniloxicarbonilóxi)but-1-il]tetrametil-dissiloxano; 3-(viniloxicarboniltio) propil-[tris (trimetil silóxi)silano]; carbamato de 3-[tris(trimetil silóxi)silil] propil alila; carbamato de 3-[tris(trimetil silóxi)silil] propil vinila; carbonato de trimetilsililetil vinila; carbonato de trimetilsililmetil vinila, e [00124] Onde se desejam dispositivos biomédicos com um módulo abaixo de cerca de 200, apenas um R1 deve compreender um grupo reativo monovalente e não mais que dois dos grupos R1 restantes compreenderão grupos siloxano monovalentes.
[00125] Uma outra classe de componentes contendo silicone inclui macrômeros de poliuretano com as seguintes fórmulas: Fórmulas IV-VI (*D*A*D*G)a *D*D*E1; E(*D*G*D*A)a *D*G*D*E1 ou E(*D*A*D*G)a *D*A*D*E1 [00126] em que: [00127] D denota um dirradical alquila, um dirradical alquilcicloalqui-la, um dirradical cicloalquila, um dirradical arila ou um dirradical alquila-rila tendo 6 a 30 átomos de carbono, [00128] G denota um dirradical alquila, um dirradical cicloalquila, um dirradical alquilcicloalquila, um dirradical arila ou um dirradical alquilari-la tendo 1 a 40 átomos de carbono e que pode conter ligações éter, tio ou amina na cadeia principal;
[00129] * denota uma ligação uretano ou ureído;
[00130] a é pelo menos 1;
[00131] A denota um radical polimérico divalente de fórmula: Fórmula VII
[00132] R11 denota independentemente um grupo alquila ou alquila flúor-substituída que tem 1 a 10 átomos de carbono, que pode conter ligações éter entre os átomos de carbono; y é pelo menos 1; e p fornece um peso da porção de 400 a 10.000; cada um de E e E1 denota, independentemente, um radical orgânico insaturado polimerizável representado pela fórmula: Fórmula VIII
[00133] em que: R12 é hidrogênio ou metila; R13 é hidrogênio, um radical alquila que tem 1 a 6 átomos de carbono, ou um radical —CO— Y—R15 em que Y é —O—,Y—S— ou —-NH—; R14 é um radical divalen-te que tem 1 a 12 átomos de carbono; X denota —CO— ou —OCO—; Z denota —O— ou —NH—; Ar denota um radical aromático que tem 6 a 30 átomos de carbono; wé0a6;xé0ou 1;yé0ou 1;ezé0ou 1.
[00134] Um componente contendo silicone preferencial é um ma-crômero de poliuretano representado pela seguinte fórmula: Fórmula IX
[00135] em que R16 é um dirradical de um di-isocianato após remoção do grupo isocianato, como o dirradical de di-isocianato de isoforo-na. Outro macrômero contendo silicone adequado é o composto de fórmula X (no qual x + y é um número na faixa de 10 a 30) formado pela reação de fluoréter, polidimetil siloxano terminado em hidróxi, di-isocianato de isoforona e isocianatoetilmetacrilato.
Fórmula X
[00136] Outros componentes contendo silicone adequados para uso na presente invenção incluem macrômeros contendo polissiloxano, éter de polialquileno, di-isocianato, hidrocarboneto polifluorado, éter polifluorado e grupos de polissacarídeo; polissiloxanos com um grupo lateral ou um enxerto de fluorado polar que tem um átomo de hidrogênio ligado a um átomo de carbono substituído-diflúor terminal; metacri-latos de siloxanila hidrofílicos contendo ligações éter e siloxanila e mo-nômeros reticulantes que contêm grupos poliéter e polissiloxanila. Qualquer um dos polissiloxanos anteriormente mencionados pode também ser utilizado como o componente contendo silicone na presente invenção.
MATERIAIS DE CRISTAL LÍQUIDO
[00137] Pode haver vários materiais que podem ter características consistentes com os tipos de camada de cristal líquido que foram discutidos na presente invenção. Pode-se esperar que os materiais de cristal líquido com toxicidade favorável podem ser preferenciais, e materiais de cristal líquido à base de colesterila de derivação natural podem ser úteis. Em outros exemplos, a tecnologia de encapsulação e os materiais de elementos de inserção oftálmicos podem permitir uma ampla escolha de materiais que pode incluir os materiais relacionados à tela LCD que podem, tipicamente, ser das amplas categorias relacionadas aos cristais líquidos nemático ou colestérico N ou esmético, ou misturas de cristal líquido. Misturas comercialmente disponíveis como misturas Licristal da Merck Specialty Chemicals para aplicações TN, VA, PSVA, IPS e FFS, e outras misturas comercialmente disponíveis podem formar uma escolha de material para formar uma camada de cristal líquido.
[00138] Em um sentido não limitador, misturas ou formulações podem compreender os seguintes materiais de cristal líquido: cristal líquido de 1-(trans-4-hexilciclo-hexil)-4-isotiocianatobenzeno, compostos de ácido benzoico incluindo (ácido 4-octilbenzoico e ácido 4-hexilbenzoico), compostos de carbonitrila incluindo (4'-pentil-4-bifenilcarbonitrila, 4'-octil-4-bifenilcarbonitrila, 4'-(octilóxi)-4-bifenilcarbonitrila, 4'-(hexilóxi)-4-bifenilcarbonitrila, 4-(trans-4-pentilciclo-hexil)benzonitrila, 4'-(pentilóxi)-4-bifenilcarbonitrila, 4'-hexil-4-bifenilcarbonitrila) e 4,4-azoxianisol.
[00139] Em um sentido não limitador, as formulações apresentando birrefringência particularmente alta de npar - nperp > 0,3 em temperatura ambiente podem ser usadas como um material de formação de camada de cristal líquido. Por exemplo, tal formulação referida como W1825 pode ser disponível junto à AWAT e BEAM Engineering for Advanced Measurements Co. (BEAMCO).
[00140] Pode haver outras classes de materiais de cristal líquido que podem ser úteis para os conceitos inventivos da presente invenção. Por exemplo, cristais líquidos ferroelétricos podem conferir função para as modalidades de cristal líquido de campo elétrico orientado, mas também podem conferir outros efeitos, como interações de campo magnético. As interações de radiação eletromagnética com os materiais também podem ser diferentes.
MATERIAIS DA CAMADA DE ALINHAMENTO
[00141] Em muitas das modalidades exemplificadoras que foram descritas na presente intenção, as camadas de cristal líquido nas lentes oftálmicas podem precisar ser alinhadas de várias maneiras nos contornos do elemento de inserção. O alinhamento, por exemplo, pode ser paralelo ou perpendicular aos contornos dos elementos de inserção, e esse alinhamento pode ser obtido pelo processamento adequado das várias superfícies. O processamento pode envolver o revestimento dos substratos dos elementos de inserção que contêm o cristal líquido (LC) pelas camadas de alinhamento. Aquelas camadas de alinhamento são descritas na presente invenção.
[00142] Uma técnica comumente praticada nos dispositivos à base de cristal líquido de diversos tipos pode ser a técnica de esfregação. Essa técnica pode ser adaptada para responder pelas superfícies curvas, como aquelas das peças do elemento de inserção usadas para circundar o cristal líquido. Em um exemplo, as superfícies podem ser revestidas por uma camada de álcool polivinílico (PVA). Por exemplo, uma camada de PVA pode ser revestida por rotação com o uso de uma solução aquosa a 1% em peso. A solução pode ser aplicada com revestimento por rotação a 1000 rpm por tempo durante aproximadamente 60 s e, então, seca. Posteriormente, a camada seca pode ser, em seguida, esfregada com um pano macio. Em um exemplo não limitador, o pano macio pode ser veludo.
[00143] O fotoalinhamento pode ser uma outra técnica para produzir camadas de alinhamento nos limites do cristal líquido. Em algumas modalidades exemplificadoras, o fotoalinhamento pode ser desejável devido à sua natureza de não contato e à capacidade de fabricação de grande escala. Em um exemplo não limitador, a camada de fotoalinhamento utilizada na porção óptica variável de cristal líquido pode ser compreendida de um corante azobenzeno dicroico (corante azo) capaz de alinhar predominantemente na direção perpendicular à polarização da luz polarizada linear tipicamente de comprimentos de onda UV. Tal alinhamento pode ser o resultado de processos de fotoisomerização trans-cis-trans repetitivos.
[00144] Como um exemplo, os corantes azobenzeno da série PAAD podem ser revestidos por rotação de uma solução 1% em peso em DMF a 3000 rpm durante 30 s. Subsequentemente, a camada obtida pode ser exposta a um feixe de luz polarizada linear de um comprimento de onda UV (como, por exemplo, 325 nm, 351 nm, 365 nm) ou até mesmo um comprimento de onda visível (400-500 nm). A fonte da luz pode assumir várias formas. Em algumas modalidades exemplifi- cadoras, a luz pode ser originária, por exemplo, de fontes de laser. Outras fontes de luz, como LEDs, fontes de halogênio e incandescentes podem ser outros exemplos não limitadores. Antes ou após as várias formas de luz serem polarizadas em diferentes padrões, conforme for adequado, a luz pode ser colimada de várias maneiras, como através do uso de dispositivos de lente óptica. A luz de uma fonte de laser pode ter, inerentemente, por exemplo, um grau de colimação.
[00145] Uma grande variedade de materiais fotoanisotrópicos são conhecidos atualmente, à base de polímeros azobenzeno, poliésteres, cristais líquidos de polímero fotorreticulável com grupos laterais de 4-(4-metoxicinamoilóxi) bifenila mesogênicos e similares. Exemplos desses materiais incluem os corantes bisazo sulfônicos SD1 e outros corantes azobenzenos, particularmente, materiais da série PAAD disponíveis junto à BEAM Engineering for Advanced Measurements Co. (BEAMCO), cinamatos de poli(vinila) e outros. _____ [00146] Em algumas modalidades exemplificadoras, pode ser desejável usar água ou soluções alcoólicas dos corantes azo da série PAAD. Alguns corantes de azobenzeno, por exemplo, vermelho de metila, podem ser usados para o fotoalinhamento por dopagem direta de uma camada de cristal líquido. A exposição do corante azobenzeno à luz polarizada pode causar a difusão e a adesão dos corantes azo a e dentro do volume da camada de cristal líquido às camadas de contorno que criam as condições de alinhamento desejadas.
[00147] Os corantes azobenzeno, como vermelho de metila, também podem ser usados em combinação com um polímero, por exemplo, PVA. Outros materiais fotoanisotrópicos capazes de reforçar o alinhamento das camadas adjacentes dos locais intersticiais que podem ser aceitáveis são atualmente conhecidos. Esses exemplos podem incluir materiais à base de cumarinas, poliésteres, cristais líquidos de polímero fotorreticulável com grupos laterais de 4-(4- metoxicinamoilóxi)-bifenila mesogênicos, cinamatos de (poli)vinila e outros. A tecnologia de fotoalinhamento pode ser vantajosa para as modalidades que compreendem a orientação dotada de um padrão do cristal líquido.
[00148] Em uma outra modalidade exemplificadora de produção de camadas de alinhamento, a camada de alinhamento pode ser obtida por deposição a vácuo de óxido de silício (SiOx, onde 1<=X<=2) nos substratos de peça de elemento de inserção. Por exemplo, Si02 pode ser depositado sob baixa pressão, como -1CT4 Pa (10'6 mbar). Pode ser possível fornecer recursos de alinhamento em nanoescala que sejam moldados por injeção na criação das peças de elemento de inserção frontal e posterior. Esses recursos moldados podem ser revestidos de várias maneiras com os materiais que foram mencionados ou outros materiais que podem interagir diretamente com as características de alinhamento físico e transmitir o padrão de alinhamento na orientação de alinhamento das moléculas de cristal líquido.
[00149] O alinhamento por feixe de íons pode ser outra técnica para produzir camadas de alinhamento nos limites do cristal líquido. Em algumas modalidades exemplificadoras, um feixe de íons argônio coli-mado ou de íons gálio focalizado pode ser bombardeado na camada de alinhamento em um ângulo/orientação definido. Esse tipo de alinhamento também pode ser utilizado para alinhar o óxido de silício, carbono tipo diamante (DLC), poli-imida e outros materiais de alinhamento.
[00150] Adicionalmente, outras modalidades exemplificadoras podem estar relacionadas com a criação de características de alinhamento físico nas peças de elemento de inserção após serem formadas. As técnicas de esfregação, como são comuns em outras técnicas à base de cristal líquido, podem ser realizadas sobre as superfícies moldadas para criar sulcos físicos. As superfícies também podem ser submetidas a um processo de gofragem pós-moldagem para criar pequenos recursos sulcados nos mesmos. Além disso, outras modalidades podem derivar do uso de técnicas de gravação que podem envolver processos de padronização óptica de vários tipos.
MATERIAIS DIELÉTRICOS
[00151] Os filmes dielétricos e dielétricos são descritos na presente invenção. Por meio de exemplos não limitadores, o filme dielétrico ou os dielétricos usados na porção óptica variável de cristal liquido possuem características adequadas para a invenção aqui descrita. Um dielétrico pode compreender uma ou mais camadas de material que funcionam juntas ou sozinhas, como um dielétrico. Múltiplas camadas podem ser usadas para atingir desempenho dielétrico superior ao de um único dielétrico.
[00152] O dielétrico pode possibilitar uma camada isolante isenta de defeitos com uma espessura desejada para a porção óptica discretamente variável, por exemplo, entre 1 e 10 pm. Um defeito pode ser chamado de um furo, tal como é conhecido pelos versados na técnica, como sendo um orifício no dielétrico que permite o contato elétrico e/ou químico através do dielétrico. O dielétrico, em uma determinada espessura, pode atender às exigências para a tensão de ruptura, por exemplo, de que o dielétrico deve suportar 100 volts ou mais.
[00153] O dielétrico pode permitir a fabricação sobre superfícies tridimensionais curvas, cônicas, esféricas e complexas (por exemplo, superfícies curvas ou superfícies não planares). Métodos típicos de revestimento por imersão e rotação podem ser usados, ou outros métodos podem ser empregados.
[00154] O dielétrico pode resistir a danos de compostos químicos na porção óptica variável, por exemplo, o cristal líquido ou a mistura de cristal líquido, solventes, ácidos e bases, ou outros materiais que podem estar presentes na formação da região de cristal líquido. O dielé- trico pode resistir a danos de luz infravermelha, ultravioleta e visível. Danos indesejáveis podem incluir a degradação dos parâmetros aqui descritos, por exemplo, tensão de ruptura e transmissão óptica. O die-létrico pode resistir à permeação de íons. O dielétrico pode impedir a eletromigração, crescimento de dendritos e outras degradações dos eletrodos subjacentes. O dielétrico pode aderir-se a um eletrodo e/ou substrato subjacente, por exemplo, com o uso de uma camada promotora de adesão. O dielétrico pode ser fabricado com o uso de um processo que possibilita baixa contaminação, baixo índice de defeitos de superfície, revestimento conformai e baixa aspereza de superfície.
[00155] O dielétrico pode possibilitar permissividade relativa ou uma constante dielétrica que é compatível com a operação elétrica do sistema, por exemplo, uma baixa permissividade relativa para reduzir a capacitância para uma determinada área do eletrodo. O dielétrico pode possuir alta resistividade, permitindo assim o fluxo de uma corrente muito pequena, mesmo sob aplicação de alta tensão. O dielétrico pode apresentar qualidades desejadas para um dispositivo óptico, por e-xemplo, de alta transmissão, baixa dispersão e índice de refração dentro de uma determinada faixa.
[00156] Materiais dielétricos exemplificadores e não limitadores incluem um ou mais dentre Parileno-C, Parileno-HT, dióxido de silício, nitreto de silício e Teflon AF.
MATERIAIS DE ELETRODO
[00157] Os eletrodos são descritos na presente invenção para aplicar um potencial elétrico para obter um campo elétrico pela região de cristal líquido. Um eletrodo de modo geral compreende uma ou mais camadas de material que funcionam sozinhas ou em conjunto, como um eletrodo.
[00158] O eletrodo pode aderir a um substrato subjacente, revestimento dielétrico ou outros objetos no sistema, provavelmente com o uso de um promotor de adesão (por exemplo, metacriloxipropiltrimeto-xissilano). O eletrodo pode formar um óxido nativo benéfico, ou ser processado para criar uma camada de óxido benéfica. O eletrodo pode ser transparente, substancialmente transparente ou opaco, com elevada transmissão óptica e pouca reflexão. O eletrodo pode ser dotado de um padrão ou gravado com métodos de processamento conhecidos. Por exemplo, os eletrodos podem ser evaporados, descarregados ou eletroplaqueados, usando processos de padronização fotolitográficos e/ou descolagem.
[00159] O eletrodo pode ser projetado para ter resistividade adequada para uso no sistema elétrico aqui descrito, por exemplo, atendendo às exigências para resistência em um determinado construto geométrico.
[00160] Os eletrodos podem ser fabricados a partir de um ou mais dentre óxido de índio e estanho (ITO), óxido de zinco dopado com a-lumínio (AZO), ouro, aço inoxidável, cromo, grafeno, camadas dopa-das com grafeno e alumínio. Será compreendido que esta não é uma lista exaustiva.
[00161] Os eletrodos podem ser usados para estabelecer um campo elétrico em uma região entre os eletrodos. Em algumas modalidades exemplificadoras, pode haver numerosas superfícies sobre as quais os eletrodos podem ser formados. Pode ser possível colocar os eletrodos sobre qualquer uma ou todas as superfícies que são definidas, e um campo elétrico pode ser estabelecido na região entre qualquer uma das superfícies sobre as quais os eletrodos se formaram pela aplicação de potencial elétrico a ao menos aquelas duas superfícies. PROCESSOS
[00162] As seguintes etapas metodológicas são fornecidas como exemplos de processos que podem ser implementados de acordo com alguns aspectos da presente invenção. Deve-se compreender que a ordem na qual as etapas metodológicas são apresentadas não se destina a ser limitante e outras ordens podem ser usadas para implementar a invenção. Além disso, nem todas as etapas são necessárias para implementar a presente invenção e etapas adicionais podem estar incluídas em várias modalidades exemplificadoras da presente invenção. Pode ser óbvio ao versado na técnica que modalidades adicionais podem ser práticas, e tais métodos estão devidamente dentro do escopo das reivindicações.
[00163] Referindo-se à Figura 7, um fluxograma ilustra etapas e-xemplificadoras que podem ser usadas para implantar a presente invenção. Em 701, uma primeira camada de substrato é formada que pode compreender uma superfície curva posterior e ter uma superfície de topo com um formato de um primeiro tipo que pode diferir o formato da superfície de outras camadas de substrato. Em algumas modalidades exemplificadoras, a diferença pode incluir um raio diferente de curvatura da superfície, ao menos em uma porção que pode residir na zona óptica. Em 702, uma segunda camada de substrato é formada que pode compreender uma superfície curva frontal, uma superfície intermediária ou uma porção de uma superfície intermediária para dispositivos mais complicados. Em 703, uma camada de eletrodo pode ser depositada sobre a primeira camada de substrato. A deposição pode ocorrer, por exemplo, por meio de deposição de vapor ou galva-noplastia. Em algumas modalidades exemplificadoras, a primeira camada de substrato pode ser uma parte de um elemento de inserção que tem regiões tanto na zona óptica quanto regiões na zona não óptica. O processo de deposição de eletrodo pode definir simultaneamente recursos de interconexão em algumas modalidades. Em algumas modalidades exemplificadoras, uma camada dielétrica pode ser formada sobre as interligações ou os eletrodos. A camada dielétrica pode compreender numerosas camadas isolantes e dielétricas como, por exemplo, dióxido de silício.
[00164] Em 704, a primeira camada de substrato pode ser processada adicionalmente para adicionar uma camada de alinhamento sobre a camada dielétrica ou de eletrodo depositada anteriormente. As camadas de alinhamento podem ser depositadas sobre a camada superior sobre o substrato e, então, processadas de maneiras padronizadas, por exemplo, por técnicas de esfregação, para criar as características de sulco que são peculiares das camadas de alinhamento padrão, ou por tratamento com exposição a partículas energética ou luz. Camadas finas de materiais fotoanisotrópicos podem ser processadas com exposição à luz para formar camadas de alinhamento com várias características. Como anteriormente mencionado, nos métodos para formar camadas de cristal líquido, em que as regiões em rede polimé-ricas de cristal líquido localizadas no interstício são formadas, os métodos podem não incluir as etapas relacionadas com a formação das camadas de alinhamento.
[00165] Em 705, a segunda camada de substrato pode ser processada adicionalmente. Uma camada de eletrodo pode ser depositada sobre a segunda camada de substrato em um modo análogo à etapa 703. Então, em algumas modalidades exemplificadoras, em 706, uma camada dielétrica pode ser aplicada sobre a segunda camada de substrato sobre a camada de eletrodo. A camada dielétrica pode ser formada para ter uma espessura variável através de sua superfície. Conforme um exemplo, a camada dielétrica pode ser moldada sobre a primeira camada de substrato. Alternativamente, uma camada dielétrica formada anteriormente pode ser aderida sobre a superfície de eletrodo da segunda peça de substrato.
[00166] Em 707, uma camada de alinhamento pode ser formada sobre a segunda camada de substrato de modo similar à etapa de processamento em 704. Após 707, duas camadas de substrato sepa- radas que podem formar pelo menos uma porção de um elemento de inserção de Lente Oftálmica podem estar prontas para serem unidas. Em algumas modalidades exemplificadoras, em 708, as duas peças serão colocadas em uma posição próxima uma à outra e, então, o material de cristal líquido pode ser preenchido entre as peças. Pode haver várias maneiras de preencher o cristal líquido entre as peças incluindo, como exemplos não limitadores, preenchimento à base de vácuo, onde a cavidade é submetida a vácuo e o material de cristal líquido é subsequentemente deixado fluir pra dentro do espaço submetido a vácuo. Além disso, as forças capilares que estão presentes no espaço entre as peças de elemento de inserção da lente podem auxiliar no preenchimento do espaço com material de cristal líquido. Em 709, as duas peças podem ser colocadas adjacentes uma à outra e, então, vedadas para formar um elemento de óptica variável com cristal líquido. Pode haver várias maneiras de vedar as peças entre si, incluindo o uso de adesivos, vedantes e componentes de vedação física, como anéis em O e recursos de trava de encaixe por pressão, como exemplos não limitadores.
[00167] Em algumas modalidades exemplificadoras, duas peças do tipo formado em 709 podem ser criadas repetindo-se as etapas do método 701 a 709, em que as camadas de alinhamento são desviadas uma da outra para permitir uma lente que possa ajustar a potência focal da luz não polarizada. Em tais modalidades exemplificadoras, as duas camadas ópticas variáveis podem ser combinadas para formar um único elemento de inserção com óptica variável. Em 710, a porção de óptica variável pode ser conectada à fonte de energia e componentes intermediários ou anexados podem ser colocados na mesma.
[00168] Em 711, o elemento de inserção de óptica variável resultante na etapa 710 pode ser colocado dentro de uma parte de molde. O elemento de inserção com óptica variável também pode conter ou não um ou mais componentes. Em algumas modalidades preferenciais, o elemento de inserção de óptica variável é colocado na parte de molde através de colocação mecânica. A colocação mecânica pode incluir, por exemplo, um robô ou outra automação, tal como aquela conhecida na indústria para colocar componentes de montagem de superfície. A colocação humana de um elemento de inserção de óptica variável também é abrangida pelo escopo da presente invenção. Consequentemente, qualquer colocação mecânica ou automação pode ser utilizada que seja eficaz para colocar um elemento de inserção de óptica variável com uma fonte de energia no interior de uma parte de molde fundido, de tal modo que a polimerização de uma mistura de reativo contida pela parte de molde incluirá a óptica variável em uma lente of-tálmica resultante.
[00169] Em algumas modalidades exemplificadoras, um elemento de inserção com óptica variável pode ser colocado em uma parte do molde fixada a um substrato. Uma fonte de energia e um ou mais componentes também podem ser anexados ao substrato e podem estar em comunicação elétrica com o elemento de inserção com óptica variável. Os componentes podem incluir, por exemplo, um circuito para controlar a potência aplicada ao elemento de inserção com óptica variável. Consequentemente, em algumas modalidades exemplificadoras, um componente inclui um mecanismo de controle para acionar o elemento de inserção óptica variável para mudar uma ou mais características ópticas, tais como, por exemplo, uma mudança de estado entre uma primeira potência óptica e uma segunda potência óptica.
[00170] Em algumas modalidades exemplificadoras, um dispositivo processador, sistema microeletromecânico (MEMS), sistema nanoele-tromecânico (NEMS) ou outro componente também pode ser colocado no elemento de inserção com óptica variável e em contato elétrico com a fonte de energia. Em 712, uma mistura de monômeros reativos pode ser depositada dentro de uma parte de molde. Em 713, o elemento de inserção com óptica variável pode ser posicionado em contato com a mistura reativa. Em algumas modalidades exemplificadoras, a ordem de colocação da óptica variável e de depósito da mistura de monôme-ro pode ser invertida. Em 714, a primeira parte de molde é colocada próxima a uma segunda parte de molde para formar uma cavidade de formação de lente com pelo menos parte da mistura de monômeros reativos e o elemento de inserção com óptica variável na cavidade. Conforme discutido acima, modalidades preferenciais incluem uma fonte de energia e um ou mais componentes também no interior da cavidade e em comunicação elétrica com o elemento de inserção de óptica variável.
[00171] Em 715, a mistura de monômero reativo dentro da cavidade é polimerizada. A polimerização pode ser realizada, por exemplo, por exposição a um ou ambos, a radiação actínica e calor. Em 716, a lente oftálmíca é removida das partes de molde com o elemento de inserção com óptica variável aderido ou encapsulado no material polimerizado de encapsulação do elemento de inserção que compõe a lente oftálmi-ca.
[00172] Embora a presente invenção possa ser utilizada para fornecer lentes de contato gelatinosas ou rígidas, produzidas a partir de qualquer material de lente conhecido, ou material adequado para fabricar estas lentes, de preferências, as lentes da invenção são lentes de contato gelatinosas que têm conteúdos de água de cerca de 0 a cerca de 90 porcento. Com mais preferência, as lentes são produzidas a partir de monômeros contendo grupos hidróxi, grupos carboxila, ou ambos, ou são produzidas a partir de polímeros contendo silicone, como siloxanos, hidrogéis, hidrogéis de silicone, e combinações dos mesmos. O material útil para formar as lentes da invenção pode ser produzido através da reação de blendas de macrômeros, monômeros, e combinações dos mesmos, junto com aditivos, como iniciadores de polimerização. Os materiais adequados incluem, porém não se limitam a, hidrogéis de silicone produzidos a partir de macrômeros de silicone e monômeros hidrofílicos.
APARELHOS
[00173] Com referência, agora, à Figura 8, o aparelho automatizado 810 é ilustrado com uma ou mais interfaces de transferência 811. Múltiplas partes de molde, cada uma com um elemento de inserção de óptica variável 814 associado, são contidas em um palete 813 e apresentadas a interfaces de transferência 811. Modalidades exemplifica-doras podem incluir, por exemplo, uma interface única colocando individualmente o elemento de inserção com óptica variável 814, ou múltiplas interfaces (não mostradas) colocando simultaneamente os elementos de inserção ópticos variáveis 814 dentro das múltiplas partes de molde, e em algumas modalidades, em cada parte de molde. A colocação pode ocorrer através de movimento vertical 815 das interfaces de transferência 811.
[00174] Um outro aspecto das modalidades exemplificadoras da presente invenção inclui um aparelho para dar suporte ao elemento de inserção com óptica variável 814, ao mesmo tempo em que o corpo da lente oftálmica é moldado em torno desses componentes. Em algumas modalidades exemplificadoras, o elemento de inserção com óptica variável 814 e uma fonte de energia podem ser afixados a pontos de retenção em um molde de lente (não ilustrado). Os pontos de retenção podem ser afixados com o mesmo tipo de material polimerizado que será formado no corpo da lente. Outras modalidades exemplificadoras incluem uma camada de pré-polímero na parte de molde sobre a qual o elemento de inserção com óptica variável 814 e uma fonte de energia podem ser afixados.
PROCESSADORES INCLUÍDOS EM DISPOSITIVOS DE ELEMENTO
DE INSERÇÃO
[00175] Agora com referência à Figura 9, é ilustrado um controlador 900 que pode ser utilizado em algumas modalidades exemplificadoras da presente invenção. O controlador 900 inclui um processador 910, que pode incluir um ou mais componentes de processador acoplados a um dispositivo de comunicação 920. Em algumas modalidades e-xemplificadoras, um controlador 900 pode ser utilizado para transmitir energia para a fonte de energia colocada na lente oftálmica.
[00176] O controlador pode incluir um ou mais processadores, acoplados a um dispositivo de comunicação configurado para transmitir energia através de um canal de comunicação. O dispositivo de comunicação pode ser utilizado para controlar eletronicamente uma ou mais colocações de um elemento de inserção com óptica variável dentro da lente oftálmica ou a transferência de um comando para operar um dispositivo óptico variável.
[00177] O dispositivo de comunicação 920 pode também ser utilizado para se comunicar, por exemplo, com um ou mais aparelhos de controle ou componentes de equipamento de produção.
[00178] O processador 910 também está em comunicação com um dispositivo de armazenamento 930. O dispositivo de armazenamento 930 pode compreender qualquer dispositivo de armazenamento de informações adequado, inclusive combinações de dispositivos de armazenamento magnético (por exemplo, fita magnética e unidades de disco rígido), dispositivos de armazenamento óptico e/ou dispositivos de memória semicondutora, tais como, dispositivos de Memória de Acesso Aleatório (RAM) e dispositivos de Memória Somente de Leitura (ROM).
[00179] O dispositivo de armazenamento 930 pode armazenar um programa 940 para controlar o processador 910. O processador 910 executa instruções do programa 940 e, assim, opera de acordo com a presente invenção. Por exemplo, o processador 910 pode receber informações descritivas de colocação de elemento de inserção de óptica variável, colocação de dispositivo de processamento e similares. O dispositivo de armazenamento 930 também pode armazenar dados relacionados à oftálmica em uma ou mais bases de dados 950, 960. A base de dados 950 e 960 pode incluir lógica de controle específico para controlar energia para e de uma lente de óptica variável. DISPOSITIVOS DE CRISTAL LÍQUIDO QUE COMPREENDEM CAMADAS DE REGIÕES COM FORMATO DE REGIÕES EM REDE PO-LIMÉRICAS DE CRISTAIS LÍQUIDOS LOCALIZADOS NO INTERSTÍCIO
[00180] Referindo-se às Figuras 10A a C, uma alternativa de um elemento de inserção com óptica variável 1000 que pode ser inserido em uma lente oftálmica é ilustrada com uma camada de cristal líquido que compreende regiões polimerizadas 1020 e regiões polimerizadas ricas em cristal líquido 1030. Cada um dos aspectos dos vários elementos que podem ser definidos ao redor da região de cristal líquido pode ter diversidade semelhante, conforme descrito em relação ao e-lemento de inserção com óptica variável aqui descrito. Portanto, pode haver um elemento óptico frontal 1010 e um elemento óptico posterior 1040 onde, em algumas modalidades exemplificadoras, esses elementos ópticos podem ter um ou mais dentre eletrodos, camadas dielétri-cas e camadas de alinhamento, por exemplo, sobre eles. Conforme discutido em seções anteriores, as camadas dielétricas podem ser conformadas para ter espessuras que variam regionalmente pelo dispositivo e isso pode possibilitar um campo elétrico variável pelas camadas contendo cristal líquido. As várias modalidades exemplificadoras relacionadas ao controle e à formação das camadas dielétricas discutidas anteriormente e na presente invenção são relevantes para as modalidades exemplificadoras relacionadas às Figuras 10 A a C.
[00181] Com referência à Figura 10A, um padrão global no local das regiões em rede pode ser observado, como pode ser ilustrado pela linha tracejada 1005. A região polimerizada ao redor de 1020 pode ser formada de modo a ser desprovida ou relativamente desprovida de regiões em rede de cristal líquido localizado no interstício, enquanto que regiões de cristal líquido, como 1030, podem se formar em outros locais. Um perfil conformado de regiões em rede de cristal líquido localizado no interstício, como ilustrado por um contorno em 1005, pode definir meios adicionais para formar dispositivos usando uma camada de cristal líquido de um elemento de inserção com óptica variável.
[00182] A radiação óptica que atravessa a camada de cristal líquido terá o efeito acumulado das regiões de cristal líquido com as quais ela interage. Dessa forma, porções da camada que apresentam uma maior quantidade de regiões de cristal líquido para a luz terão efetivamente um maior índice de refração efetivo para a luz. Em uma interpretação alternativa, a espessura da camada de cristal líquido pode ser eficazmente considerada como variando com o contorno 1005 sendo definido onde há menos moléculas de cristal líquido.
[00183] Com referência à Figura 10B, as moléculas de cristal líquido podem estar localizadas no interstício em uma rede polimerizada e, em algumas modalidades exemplificadoras, elas podem ser formadas em uma camada onde a cadeia polimérica principal da rede pode conter, também, regiões de cristal líquido orientadas que podem orientar o cristal líquido localizado no interstício livre. Conforme mostrado em 1050, o cristal líquido pode ser orientado pela rede de polímero.
[00184] Procedendo para a Figura 10C, a aplicação de um campo elétrico 1070 pela aplicação de um eletropotencial aos eletrodos em ambos os lados da camada de cristal líquido pode resultar no alinhamento das moléculas de cristal líquido dentro das regiões em rede, como ilustrado no exemplo do item 1060. Esse alinhamento resultará em uma alteração do índice de refração efetivo que um feixe de luz na adjacência de uma região em rede se submeterá. Isso, juntamente com a variação na densidade ou presença de regiões em rede na camada de cristal líquido, pode formar um efeito de focalização eletricamente variável pela alteração do índice de refração efetivo em uma região adequadamente conformada contendo regiões em rede com moléculas de cristal líquido.
[00185] Em algumas das modalidades exemplificadoras que foram descritas, as peças do elemento de inserção podem ter uma curvatura característica de suas superfícies. Em algumas modalidades exempli-flcadoras, a curvatura pode ser igual ou semelhante e, em outras modalidades, a curvatura pode ser diferente entre algumas ou todas dentre as superfícies da peça do elemento de inserção. A configuração das peças do elemento de inserção pode formar regiões entre as peças que criam um espaço onde vários elementos aqui descritos podem estar situados, como camadas do eletrodo, camadas de alinhamento e camadas de cristal líquido. O espaço entre as peças do elemento de inserção pode criar uma câmara na qual uma camada de material de cristal líquido pode ser preenchida e, em algumas modalidades, contida.
[00186] Na presente invenção, uma camada de cristal líquido pode ser polimerizada das maneiras discutidas e, portanto, pode criar o seu próprio grau de confinamento. A camada polimerizada pode ser formada dentro da câmara anteriormente mencionada, em algumas modalidades. Em outras modalidades exemplificadoras, uma primeira peça do elemento de inserção e uma segunda peça do elemento de inserção podem ter uma camada de cristal líquido polimerizada entre as mesmas, em que a camada de cristal líquido polimerizada cria o seu próprio confinamento.
[00187] Em ainda outras modalidades, pode ser possível criar uma camada curva de material de cristal líquido polimerizado que, após o processamento, sai em sua própria forma endurecida e não está mais fixado às peças do elemento de inserção ou às peças de moldagem que podem ter sido úteis para formar o material na camada curva. A camada curva isolada resultante de material de cristal líquido polimerizado pode, depois disso, ter superfícies sobre as quais boa parte do processamento adicional aqui descrito pode ser feito. Por exemplo, os eletrodos podem ser formados sobre uma ou ambas as superfícies em uma camada de cristal líquido polimerizada em muito como eles podem ser formados sobre as peças do elemento de inserção. Em algumas modalidades exemplificadoras, as camadas de alinhamento podem ser formadas sobre a camada curva isolada resultante de material de cristal líquido polimerizado. Em algumas outras modalidades exemplificadoras, as camadas de alinhamento poderíam estar presentes e dotadas de um padrão sobre as peças do elemento de inserção ou as peças de molde que foram usadas para criar a peça polimerizada. Essas camadas de alinhamento presentes sobre as peças do elemento de inserção ou as peças de molde podem conferir a orientação definida dos materiais poliméricos de cristal líquido, como anteriormente discutido. No processo utilizado para remover as peças do elemento de inserção ou as peças do molde para isolar a camada de cristal líquido polimerizada curva, a camada de alinhamento pode ser removida, em algumas modalidades exemplificadoras, ou pode permanecer sobre a parte polimerizada, parcialmente ou completamente, em outras.
[00188] A entidade resultante criada pela formação de uma peça isolada com uma ou mais camadas de cristal líquido curvas pode ser tratada de maneiras equivalentes a um dispositivo de elemento de inserção para formar dispositivos oftálmicos, conforme discutido neste documento.
[00189] Nessa descrição detalhada, referência também foi feita aos elementos ilustrados nas Figuras. Muitos dos elementos são mostrados para fins de referência para demonstrar as modalidades exemplifi-cadoras da técnica da invenção, para fins de compreensão. A escala relativa de recursos efetivos pode ser significativamente diferente da que foi mostrada, e variações das escalas relativas mostradas devem ser consideradas como estando dentro do espírito da técnica da presente invenção. Por exemplo, as moléculas de cristal líquido podem ser de uma escala impossivelmente pequena para representar em relação à escala das peças do elemento de inserção. A descrição dos recursos que representam as moléculas de cristal líquido em uma escala semelhante às peças do elemento de inserção para permitir a representação de fatores, como o alinhamento das moléculas, é, portanto, um exemplo de uma escala mostrada que, em modalidades efetivas, pode assumir escalas relativas muito diferentes.
[00190] Embora mostrado e descrito no que se acredita ser as modalidades mais práticas e preferenciais, é óbvio que divergências de projetos e métodos específicos descritos e mostrados serão sugeridas por aqueles versados na técnica e podem ser usadas sem que se desvie do espírito e do escopo da invenção. A presente invenção não é restrita a construções particulares descritas e ilustradas, mas deve ser construída de modo coeso com todas as modificações que possam estar no escopo das reivindicações em anexo.
REIVINDICAÇÕES

Claims (40)

1. Dispositivo de lente oftálmica com um elemento de inserção com óptica variável posicionado dentro de ao menos uma porção de uma zona óptica do dispositivo de lente oftálmica, caracterizado pelo fato de que o elemento de inserção com óptica variável compreende: uma superfície frontal curva e uma superfície posterior curva, em que a superfície frontal e a superfície posterior são configuradas para se ligar ao menos a uma porção de uma câmara; uma camada dielétrica adjacente ao menos a uma dentre a superfície frontal curva e a superfície posterior curva, em que a camada dielétrica varia em espessura ao menos dentro da porção na zona óptica; uma fonte de energia embutida no elemento de inserção com óptica variável em ao menos uma região que compreende uma zona não óptica; e uma camada contendo material de cristal líquido posicionado dentro de pelo menos uma câmara, em que a camada inclui regiões em rede poiiméricas de material de cristal líquido localizado no interstício.
2. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a rede de polímero compreende moléculas de cristal líquido quimicamente ligadas.
3. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que dentro da camada compreendida de regiões em rede poiiméricas de material de cristal líquido, a região que compreende o cristal líquido nos locais de rede intersticiais é um subconjunto da camada entre a superfície frontal curva e a superfície posterior curva e tem um perfil conformado capaz de causar um efeito óptico suplementar ao efeito da variação de espessura na camada dielétrica.
4. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a lente é uma lente de contato.
5. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de compreender adicionalmente: uma primeira camada de material de eletrodo adjacente à superfície posterior curva; e uma segunda camada de material de eletrodo adjacente à superfície frontal curva.
6. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o formato da peça frontal do elemento de inserção e a peça posterior do elemento de inserção compensam a variação de espessura do filme dielétrico, de modo que a camada de cristal líquido é aproximadamente uniforme em espessura, ao menos em uma região que compreende a zona óptica.
7. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o elemento de inserção com óptica variável altera uma característica focal da lente.
8. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de compreender adicionalmente um circuito elétrico, em que o circuito elétrico controla o fluxo de energia elétrica de uma fonte de energia para a primeira e a segunda camadas do eletrodo.
9. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que o circuito elétrico compreende um processador.
10. Dispositivo de lente oftálmica com um elemento de inserção com óptica variável posicionado dentro de ao menos uma porção da zona óptica do dispositivo de lente oftálmica, caracterizado pelo fato de que o elemento de inserção com óptica variável compreende: uma primeira superfície frontal curva e uma primeira superfície posterior curva, em que a primeira superfície frontal e a primeira superfície posterior são configuradas para ligar ao menos uma porção de uma primeira câmara; uma segunda superfície frontal curva e uma segunda superfície posterior curva, em que a segunda superfície frontal e a segunda superfície posterior são configuradas para ligar ao menos uma porção de uma segunda câmara; uma camada dielétrica adjacente ao menos a uma dentre a primeira superfície frontal curva, a segunda superfície frontal curva, a primeira superfície posterior curva e a segunda superfície posterior curva, em que a camada dielétrica varia em espessura ao menos dentro da porção dentro da zona óptica; uma camada contendo material de cristal líquido posicionado dentro de ao menos, uma dentre a primeira câmara e a segunda câmara, em que a camada é compreendida de regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido localizado no interstício; e uma fonte de energia embutida no elemento de inserção em ao menos uma região que compreende uma zona não óptica.
11. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que a rede de polímero compreende moléculas de cristal líquido quimicamente ligadas.
12. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que dentro da camada compreendida de regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido, a região que compreende o cristal líquido nos locais de rede intersticiais é um subconjunto da camada entre a superfície frontal curva e a superfície posterior curva e tem um perfil conformado capaz de causar um efeito óptico suplementar ao efeito da camada dielétrica diferente.
13. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindi- cação 10, caracterizado pelo fato de que a lente é uma lente de contato.
14. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de compreender adicionalmente: uma primeira camada de material de eletrodo adjacente à primeira superfície posterior curva; e uma segunda camada de material de eletrodo adjacente à primeira superfície frontal curva.
15. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que a camada de material de cristal líquido varia o seu índice de refração que afeta um raio de luz que atravessa a camada de material de cristal líquido quando um potencial elétrico é aplicado através da primeira camada de material de eletrodo e a segunda camada de material de eletrodo.
16. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que o elemento de inserção com óptica variável altera uma característica focal da lente.
17. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de compreender adicionalmente um circuito elétrico, em que o circuito elétrico controla o fluxo de energia elétrica da fonte de energia para a primeira e a segunda camadas do eletrodo.
18. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que o circuito elétrico compreende um processador.
19. Dispositivo de lente de contato com um elemento de inserção com óptica variável posicionado dentro de ao menos uma porção da zona óptica do dispositivo de lente de contato, caracterizado pelo fato de que o elemento de inserção com óptica variável compreende: uma primeira superfície frontal curva e uma primeira superfície posterior curva, em que a primeira superfície frontal e a primeira superfície posterior são configuradas para formar ao menos uma primeira câmara; uma primeira camada de material de eletrodo adjacente à primeira superfície frontal curva; uma segunda camada de material de eletrodo adjacente à primeira superfície posterior curva; uma primeira camada contendo material de cristal líquido posicionado dentro da primeira câmara, em que a primeira camada é compreendida de regiões em rede poliméricas do material de cristal líquido localizado no interstício, em que a rede de polímero compreende moléculas de cristal líquido quimicamente ligadas, e em que a primeira camada de material de cristal líquido varia o seu índice de refra-ção afetando um raio de luz que atravessa a primeira camada de material de cristal líquido quando um potencial elétrico é aplicado através da primeira camada de material de eletrodo e a segunda camada de material de eletrodo; uma segunda superfície frontal curva e uma segunda superfície posterior curva, em que a segunda superfície frontal e a segunda superfície posterior são configuradas para formar ao menos uma segunda câmara; uma terceira camada de material de eletrodo adjacente à segunda superfície frontal curva; uma quarta camada de material de eletrodo adjacente à segunda superfície posterior curva; uma segunda camada contendo o material de cristal líquido posicionado dentro da segunda câmara, em que a segunda camada é compreendida de regiões em rede poliméricas do material de cristal líquido localizado no interstício, em que a rede de polímero compreen- de moléculas de cristal líquido quimicamente ligadas, e em que a segunda camada de material de cristal líquido varia o seu índice de retração afetando um raio de luz que atravessa a primeira camada de material de cristal líquido quando um potencial elétrico é aplicado através da terceira camada de material de eletrodo e a quarta camada de material de eletrodo; uma camada dielétrica adjacente ao menos a uma dentre a primeira superfície frontal curva, a segunda superfície frontal curva, a primeira superfície posterior curva e a segunda superfície posterior curva, em que a camada dielétrica varia em espessura ao menos dentro da porção dentro da zona óptica; uma fonte de energia embutida no elemento de inserção em ao menos uma região que compreende uma zona não óptica; um circuito elétrico que compreende um processador, em que o circuito elétrico controla o fluxo de energia elétrica da fonte de energia para uma ou mais da primeira, segunda, terceira ou quarta camaaas oe eieirooo, e em que o elemento de inserção com óptica variável altera uma característica focal da lente oftálmica.
20. Dispositivo de lente de contato com um elemento de inserção com óptica variável posicionado dentro de, ao menos, uma porção da zona óptica do dispositivo de lente de contato, caracterizado pelo fato de que o elemento de inserção com óptica variável compreende: uma camada contendo material de cristal líquido posicionado dentro do elemento de inserção com óptica variável, em que a camada pode ser compreendida de regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido localizado no interstício, em que ao menos uma primeira superfície da camada é curva; e uma camada dielétrica adjacente à camada contendo mate- rial de cristal líquido, em que a camada dielétrica varia em espessura ao menos dentro da porção dentro da zona óptica.
21. Dispositivo de lente oftálmica com um elemento de inserção com óptica variável posicionado dentro de, ao menos, uma porção da zona óptica do dispositivo de lente oftálmica, caracterizado pelo fato de que o elemento de inserção com óptica variável compreende: uma peça curva frontal do elemento de inserção e uma peça curva posterior do elemento de inserção, em que uma superfície posterior da peça curva frontal tem uma primeira curvatura e uma superfície frontal da peça curva posterior tem uma segunda curvatura; uma camada dielétrica adjacente à camada contendo material de cristal líquido, em que a camada dielétrica varia em espessura ao menos dentro da porção dentro da zona óptica; uma fonte de energia embutida no elemento de inserção em ao menos uma região que compreende a zona não óptica; e uma camada contendo material de cristal líquido, em que a camada é compreendida de regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido localizado no interstício.
22. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo fato de que a rede de polímero compreende moléculas de cristal líquido quimicamente ligadas.
23. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 22, caracterizado pelo fato de que dentro da camada compreendida de regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido, a região que compreende o cristal líquido nos locais de rede intersticiais é um subconjunto da camada entre as peças ópticas e tem um perfil conformado capaz de causar um efeito óptico suplementar ao efeito da curvatura das superfícies.
24. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindi- cação 21, caracterizado pelo fato de que a primeira curvatura é diferente da segunda curvatura.
25. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo fato de que a lente é uma lente de contato.
26. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 25, caracterizado pelo fato de compreender adicionalmente: uma primeira camada de material de eletrodo próxima à superfície posterior da peça curva frontal; e uma segunda camada de material de eletrodo adjacente à superfície frontal da peça curva posterior.
27. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato de que a camada de material de cristal líquido varia o seu índice de refração que afeta um raio de luz que atravessa a camada de material de cristal líquido quando um potencial elétrico é aplicado através da primeira camada de material de eletrodo e a segunda camada de material de eletrodo.
28. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 27, caracterizado pelo fato de que o elemento de inserção com óptica variável altera uma característica focal da lente.
29. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 28, caracterizado pelo fato de compreender adicionalmente um circuito elétrico, em que o circuito elétrico controla o fluxo de energia elétrica da fonte de energia para a primeira e a segunda camadas do eletrodo.
30. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 29, caracterizado pelo fato de que o circuito elétrico compreende um processador.
31. Dispositivo de lente oftálmica com um elemento de inserção com óptica variável posicionado dentro de, ao menos, uma porção da zona óptica do dispositivo de lente oftálmica, caracterizado pelo fato de que o elemento de inserção com óptica variável compreende: uma peça curva frontal do elemento de inserção, ao menos uma primeira peça curva intermediária e uma peça curva posterior do elemento de inserção, em que uma superfície posterior da peça curva frontal tem uma primeira curvatura e uma superfície frontal da primeira peça curva intermediária tem uma segunda curvatura; uma camada dielétrica adjacente, ao menos, a um dentre a peça curva frontal do elemento de inserção, a primeira peça curva intermediária e a peça curva posterior do elemento de inserção, em que a camada dielétrica varia em espessura ao menos dentro da porção dentro da zona óptica; uma fonte de energia embutida no elemento de inserção em ao menos uma região que compreende a zona não óptica; e o elemento de inserção com óptica variável compreendendo uma camada contendo material de cristal líquido, em que a camada é compreendida de regiões em rede poliméricas de material de cristal líquido localizado no interstício.
32. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 31, caracterizado pelo fato de que a rede de polímero compreende moléculas de cristal líquido quimicamente ligadas.
33. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 32, caracterizado pelo fato de que a primeira curvatura é diferente da segunda curvatura.
34. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 31, caracterizado pelo fato de que a lente é uma lente de contato.
35. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 34, caracterizado pelo fato de compreender adicionalmente: uma primeira camada de material de eletrodo adjacente à peça curva frontal; e uma segunda camada de material de eletrodo adjacente a uma ou mais da peça curva intermediária e da peça curva posterior.
36. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 34, caracterizado pelo fato de compreender adicionalmente: uma primeira camada de material de eletrodo adjacente à peça curva frontal; e uma segunda camada de material de eletrodo adjacente à peça curva intermediária.
37. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 36, caracterizado pelo fato de que a camada de material de cristal líquido varia o seu índice de refração que afeta um raio de luz que atravessa a camada de material de cristal líquido quando um potencial elétrico é aplicado através da primeira camada de material de eletrodo e a segunda camada de material de eletrodo.
38. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 37, caracterizado pelo fato de que o elemento de inserção com óptica variável altera uma característica focal da lente.
39. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 38, caracterizado pelo fato de compreender adicionalmente um circuito elétrico, em que o circuito elétrico controla o fluxo de energia elétrica de uma fonte de energia para a primeira e a segunda camadas do eletrodo.
40. Dispositivo de lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 39, caracterizado pelo fato de que o circuito elétrico compreende um processador.
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