BR102013005949A2 - Zonas de fluido dinâmicas em lentes de contato - Google Patents

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Salvatore G Caldarise
Jeffrey H Roffman
Lenora L Copper
Ryan Hawke
Daniel B Otts
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Johnson & Johnson Vision Care
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Abstract

ZONAS DE FLUIDO DINÂMICAS EM LENTES DE CONTATO. A presente invenção refere-se a uma lente de contato que incorpora uma ou mais zonas de fluido dinâmicas fabricadas de um material que é prontamente deformável sob pressão da pálpebra durante piscamento que permite a entrega de um ou mais agentes para o olho, melhoramento cosmético dinâmico para os olhos, e/ou correção de desalinhamento rotacional dinâmico. O um ou mais agentes podem incluir agentes terapêuticos, agentes nutricionais e agentes farmacológicos.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "ZONAS DE FLUIDO DINÂMICAS EM LENTES DE CONTATO".
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO 1. Campo da Invenção 5 A presente invenção refere-se a zonas de fluido/gel dinâmicas
para lentes de contato e, mais particularmente, a lentes de contato que in- corporam uma ou mais zonas de fluido/gel dinâmicas que podem ser utiliza- das para fornecer um ou mais agentes terapêuticos, nutricionais ou farmaco- lógicos, e aprimoramento cosmético e dinâmico aos olhos.
2. Discussão da Técnica Relacionada
Miopia ou vista deficiente para longe é um defeito óptico ou re- frativo dos olhos em que raios de Iuz de uma imagem focam em um ponto antes de atingirem a retina. A miopia, em geral, ocorre porque o globo ocular ou globo é muito longo ou a córnea é muito íngreme. Uma lente esférica de 15 baixa potência pode ser utilizada para corrigir a miopia. Hipermetropia ou vista deficiente para perto é um defeito óptico ou refrativo dos olhos em que raios de Iuz de uma imagem focam em um ponto após atingirem ou atrás da retina. A hipermetropia, em geral, ocorre porque o globo ocular ou globo é muito curto ou a córnea é muito plana. Uma lente esférica de alta potência 20 pode ser utilizada para corrigir a hipermetropia. Astigmatismo é um defeito óptico ou refrativo em que a visão de um indivíduo é embaçada devido à incapacidade de os olhos focarem um objeto pontual em uma imagem foca- lizada na retina. Ao contrário da miopia e/ou hipermetropia, o astigmatismo não está relacionado ao tamanho do globo ou inclinação da córnea, mas, 25 principalmente, é causado por uma curvatura anormal da córnea. Uma cór- nea perfeita é esférica, enquanto que em um indivíduo com astigmatismo, a córnea não é esférica. Em outras palavras, a córnea é realmente mais cur- vada ou mais íngreme em uma direção que em outra, assim fazendo com que uma imagem seja estendida em vez de ser focalizada em um ponto. 30 Uma lente cilíndrica em vez de uma lente esférica pode ser utilizada para resolver o astigmatismo.
Uma lente tórica é um elemento óptico que tem duas potências diferentes em duas orientações que são perpendiculares entre si. Essenci- almente, uma lente tórica tem uma potência, esférica, para corrigir a miopia ou hipermetropia e uma potência, cilíndrica, para corrigir o astigmatismo embutido em uma única lente. Essas potências são criadas com curvaturas 5 em ângulos diferentes que são, de preferência, mantidos em relação ao o- lho. As lentes tóricas podem ser utilizadas em óculos, lentes intraoculares e lentes de contato. As lentes tóricas usadas em óculos e íentes intraoculares são mantidas fixas em relação ao olho, dessa forma, sempre fornecendo ótima correção visual. Entretanto, as lentes de contato tóricas tendem a girar 10 nos olhos, desse modo, fornecendo temporariamente correção visual não satisfatória. Consequentemente, lentes de contato tóricas também incluem um mecanismo para manter as lentes de contato relativamente estáveis nos olhos quando o usuário pisca ou olha ao redor.
Com a finalidade de tratar infecção, inflamação, glaucoma e ou- tras doenças oculares, frequentemente, é exigido que fármacos sejam ad- ministrados aos olhos. Um método convencional de aplicação de fármacos é através da aplicação tópica na superfície dos olhos. O olho é, de modo ine- quívoco, adequado a essa via de superfície de administração de fármacos porque, adequadamente constituídos, os fármacos podem penetrar através da córnea, se elevarem a níveis de concentração terapêuticos dentro do o- Iho e exercerem seus efeitos benéficos. Na prática, atualmente, os colírios são responsáveis por mais de noventa e cinco (95) por cento dos métodos de aplicação de fármacos para os olhos. Raramente existem fármacos para a administração oral ou através de injeção nos olhos, devido ao fato de atin- girem o olho em uma concentração muito baixa para ter o efeito farmacoló- gico desejado ou devido ao fato de seu uso ser complicado por efeitos cola- terais sistêmicos complicados.
Colírios, apesar de eficazes, são não refinados e ineficientes. Quando um colírio é instilado no olho, esse tipicamente transborda o saco conjuntival, o bolso entre o olho e as pálpebras, fazendo com que uma por- ção substancial da gota seja perdida devido ao transbordamento da margem da pálpebra sobre a bochecha. Além disso, uma porção substancial da gota que permanece na superfície ocular é lavada por lágrimas no sistema de drenagem lacrimal, assim, diluindo a concentração do fármaco. Não é ape- nas essa porção da dose de fármaco perdida antes dela cruzar a córnea, mas esse fármaco em excesso pode ser levado para dentro nariz e garganta 5 onde é absorvido pela circulação geral, algumas vezes, levando a graves efeitos colaterais sistêmicos. A pequena porção do fármaco no colírio que não penetra na córnea resulta em uma concentração de tecido de pico inici- al, um nível superior àquele exigido para o efeito farmacológico inicial. Essa concentração de tecidò, entãõ, diminui gradualmente, de modo que no mo- 10 mento em que o próximo colírio é administrado, a concentração de tecido e o efeito farmacológico pretendido podem ser muito baixos.
Para agravar os problemas descritos acima, os pacientes muitas vezes não usam seus colírios conforme prescrito. Frequentemente, essa adesão insatisfatória do paciente ao tratamento é devido a uma sensação 15 picante ou de queimação inicial causada pelo colírio. Certamente, instilar colírios nos próprios olhos pode ser difícil, em parte, devido ao reflexo nor- mal de proteger os olhos. Pacientes mais velhos podem ter problemas adi- cionais ao instilar gotas devido à artrite, instabilidade e visão reduzida, e po- pulações de pacientes pediátricos e psiquiátricos também apresentam pro- 20 blemas. Consequentemente, lentes de contato podem proporcionar meios viáveis para solucionar os problemas de aplicação de fármacos nos olhos de forma eficiente e confiável.
O uso de lentes de contato tingidas ou coloridas para alterar ou acentuar a cor natural da íris é bem conhecido. Na fabricação de lentes de 25 contato convencionais tingidas, é conhecido o uso de cores translúcidas ou opacas, ou de ambos os tipos, em uma ou mais camadas coloridas com o objetivo de criar uma íris tingida de aparência natural. Tipicamente, as ca- madas coloridas são cada uma aplicadas em uma espessura única. Isso fornece variação de cor apenas com o uso de múltiplas cores ou pontos co- 30 Ioridos nos quais a cor translúcida se sobrepõe a outra camada colorida. Entretanto, a íris natural é composta de um grande número de cores diferen- tes e combinações de cores intermisturadas para criar variações de cor. O número relativamente pequeno de cores e camadas coloridas que podem ser usados na produção de lentes de contato tingidas limita a capacidade do designer de criar uma lente de aparência natural. Consequentemente, seria vantajoso criar uma forma de acentuação dinâmica da cor dos olhos acima, 5 simplesmente, alterando a cor da íris.
Consequentemente, seria vantajoso fazer o design de uma uma lente de contato com zonas de estabilização dinâmicas que autoposicionem as lentes de contato rapidamente e segurem e/ou mantenham a posição desejada para uma acuidade visual excelente, independentemente do mo- 10 vimento, piscar e lágrimas nos olhos. Também seria vantajoso projetar uma lente de contato para fornecer um ou mais agentes terapêuticos, nutricionais ou farmacológicos aos olhos. Também seria vantajoso fornecer aprimora- mento cosmético e dinâmico aos olhos utilizando lentes de contato.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO As zonas de fluido dinâmicas em lentes de contato da presente
invenção superam inúmeras desvantagens associadas às lentes de contato da técnica anterior conforme brevemente descritas acima.
De acordo com um aspecto, a presente invenção é direcionada a um dispositivo oftálmico. O dispositivo que compreende uma lente correti- va que tem uma região óptica, uma região periférica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior, e pelo menos uma zona de fluido dinâmica incorporada na lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica sendo formada a partir de um material deformável e que compreende pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico para aplicação em um olho de um paciente através de uma ou mais aberturas, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica sendo confi- gurada para interagir com as pálpebras, de modo que o piscamento cause o movimento do ao menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é dire- cionada a um dispositivo oftálmico. O dispositivo que compreende a lente corretiva que tem uma região óptica, uma região periférica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior, e pelo me- nos uma zona de fluido dinâmica incorporada na lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos 5 uma zona de fluido dinâmica sendo formada a partir de um material defor- mável e compreendendo um material de melhoramento cosmético para os olhos, a ao menos uma zona de fluido dinâmica sendo configurada para interagir com a.s^pájpebras, de modo que o piscamento faça com que o ma- terial de melhoramento cosmético para os olhos se mova, desse modo, re- 10 fletindo Iuz em um modo dinâmico.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é dire- cionada a um dispositivo oftálmico. O dispositivo que compreende uma lente de contato que tem uma região óptica, uma região periférica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior e estabilida- 15 de rotacional necessária no olho, ao menos uma zona de estabilização di- nâmica incorporada na lente de contato, a ao menos uma zona de estabili- zação dinâmica sendo configurada para facilitar o alinhamento, por meio de rotação, da lente de contato no olho em um ângulo rotacional para uma ex- celente acuidade visual e que compreende um material deformável em tem- 20 peratura ocular, e em que as pálpebras formam um ângulo de contato com a ao menos uma zona de estabilização dinâmica que altera quando as pálpe- bras se movem através da pelo menos uma zona de estabilização dinâmica, e pelo menos uma zona de fluido dinâmica incorporada na lente de contato entre uma superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a 25 pelo menos uma zona de fluido dinâmica sendo formada a partir de um ma- terial deformável e que compreende pelo menos um dentre um agente tera- pêutico, nutricional e farmacológico para aplicação em um olho de um paci- ente através de uma ou mais aberturas, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica sendo configurada para interagir com as pálpebras, de modo que o 30 piscamento cause o movimento do pelo menos um dentre um agente tera- pêutico, nutricional e farmacológico.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é dire-
■ cionada a um dispositivo oftálmico. O dispositivo que compreende uma lente de contato que tem uma região óptica, uma região periférica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior e estabilida- de rotacional necessária no olho, e pelo menos uma zona de estabilização 5 dinâmica incorporada na lente de contato, a ao menos uma zona de estabi- lização dinâmica sendo configurada para facilitar o alinhamento, por meio de rotação, da lente de contato no olho em um ângulo rotacional para excelente acuidade visual e que compreende um material deformável, e em que as pãlpébrãs formam u^m ângLjlo de contato com a ao menos uma zona de es- 10 tabilização dinâmica que altera quando as pálpebras se movem através da pelo menos uma zona de estabilização dinâmica, a ao menos uma zona de estabilização dinâmica também compreendendo um material de melhora- mento cosmético para os olhos, a ao menos uma zona de estabilização di- nâmica sendo configurada para interagir com as pálpebras, de modo que o 15 piscamento faça com que o material de melhoramento cosmético para os olhos se mova, desse modo, refletindo Iuz em um modo dinâmico.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é dire- cionada a um dispositivo oftálmico. O dispositivo que compreende uma lente de contato que tem uma região óptica, uma região periférica que circunda a 20 região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior e estabilida- de rotacional necessária no olho, pelo menos uma zona de estabilização dinâmica incorporada na lente de contato, a pelo menos uma zona de esta- bilização dinâmica sendo configurada para facilitar o alinhamento, por meio de rotação, da lente de contato no olho em um ângulo rotacional para exce- 25 lente acuidade visual e compreendendo um material deformável em tempe- ratura ocular, e em que as pálpebras formam um ângulo de contato com a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica que altera quando as pál- pebras se movem através da pelo menos uma zona de estabilização dinâ- mica, e pelo menos uma zona de fluido dinâmica incorporada na lente de 30 contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica sendo formada a partir de um material deformável e compreendendo um material de melhoramento cos- mético para os olhos, a ao menos uma zona de fluido dinâmica sendo con- figurada para interagir com as pálpebras, de modo que o piscamento faça com que o material de melhoramento cosmético para os olhos se mova, desse modo, refletindo Iuz em um modo dinâmico.
5 De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é dire-
cionada a um dispositivo oftálmico. O dispositivo que compreende uma lente de contato que tem uma região óptica, uma região periférica que circunda a região ópticaL uma superfície frontal e uma superfície posterior e estabilida- de rotacional necessária no olho, pelo menos uma zoria dè fluido dinâmica incorporada na lente de contato entre a superfície frontal e a superfície pos- terior na região periférica, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica sendo formada a partir de um material deformável e que compreende pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico para aplicação em um olho de um paciente através de uma ou mais aberturas, a pelo me- nos uma zona de fluido dinâmica sendo configurada para interagir com as pálpebras de modo que o piscamento cause o movimento do pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico, e pelo menos uma zona de estabilização dinâmica incorporada na lente de contato, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica sendo configurada para facilitar o alinhamento, por meio de rotação, da lente de contato no olho em um ân- gulo rotacional para excelente acuidade visual e que compreende um mate- rial deformável, e em que as pálpebras formam um ângulo de contato com a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica que altera quando as pál- pebras se movem através da pelo menos uma zona de estabilização dinâ- mica, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica também compre- endendo um material de melhoramento cosmético para os olhos, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica sendo configurada para interagir com as pálpebras, de modo que o piscamento faça com que o material de melhoramento cosmético para os olhos se mova, desse modo, refletindo Iuz em um modo dinâmico.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é dire- cionada a um dispositivo oftálmico. O dispositivo que compreende uma lente
I de contato que tem uma região óptica, uma região periférica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior e estabilida- de rotacional necessária no olho, ao menos uma primeira zona de fluido di- nâmica incorporada na lente de contato entre a superfície frontal e a super- 5 fície posterior na região periférica, a pelo menos uma primeira zona de flui- do dinâmica sendo formada a partir de um material deformável e que com- preende pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farma- cológico.para apljcação em um olho de um paciente através de uma ou mais aberturas, a pelo menos uma primeira zona de fluido dinâmica sendo confi- 10 gurada para interagir com as pálpebras, de modo que o piscamento cause o movimento do pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico, ao menos uma segunda zona de fluido dinâmica incorporada na lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na regi- ão periférica, a pelo menos uma segunda zona de fluido dinâmica sendo 15 formada a partir de um material deformável e que compreende um material de melhoramento cosmético para os olhos, a pelo menos uma segunda zo- na de fluido dinâmica sendo configurada para interagir com as pálpebras, de modo que o piscamento faça com que o material de melhoramento cosméti- co para os olhos se mova, desse modo, refletindo Iuz em um modo dinâmi- 20 co, e pelo menos uma zona de estabilização dinâmica incorporada na lente de contato, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica sendo confi- gurada para facilitar o alinhamento, por meio de rotação, da lente de contato no olho em um ângulo rotacional para excelente acuidade visual e que com- preende um material deformável em temperatura ocular, e em que as pálpe- 25 bras formam um ângulo de contato com a pelo menos uma zona de estabili- zação dinâmica que altera quando as pálpebras se movem através da pelo menos uma zona de estabilização dinâmica.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é dire- cionada a um dispositivo oftálmico. O dispositivo que compreende a lente corretiva que tem uma região óptica, uma região periférica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior, e pelo me- nos uma zona de fluido dinâmica incorporada na lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica sendo formada a partir de um material defor- mável e que compreende um material de melhoramento cosmético para os olhos, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica incluindo uma protube- 5 rância configurada para interagir com a pálpebra superior, de modo que o piscamento faça com que o material de melhoramento cosmético para os olhos se mova em um modo ondulatório através da pelo menos uma zona de fluido dinâmica.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é dire- 10 cionada a um dispositivo oftálmico. O dispositivo que compreende a lente corretiva que tem uma região óptica, uma região periférica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior, e pelo me- nos uma zona de fluido dinâmica incorporada na lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos 15 uma zona de fluido dinâmica compreendendo um material de melhoramento cosmético para os olhos que reflete Iuz com base no estímulo gerado inter- namente.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é dire- cionada a um dispositivo oftálmico. O dispositivo que compreende uma lente de contato que tem uma região óptica, uma região periférica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior e estabilida- de rotacional necessária no olho, e pelo menos uma zona de estabilização dinâmica incorporada na lente de contato, a pelo menos uma zona de esta- bilização dinâmica sendo configurada para facilitar o alinhamento, por meio de rotação, da lente de contato no olho em um ângulo rotacional para ótima colocação de padrões de anel límbico assimétricos de forma giratória e que compreende um material deformável, e em que as pálpebras formam um ângulo de contato com a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica que altera quando as pálpebras se movem através da pelo menos uma zona de estabilização dinâmica, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmi- ca também compreendendo um material de melhoramento cosmético para os olhos, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica sendo configu- rada para interagir com as pálpebras, de modo que o piscamento faça com que o material de melhoramento cosmético para os olhos se mova, desse modo, refletindo Iuz em um modo dinâmico.
As lentes ou lentes de contato são simplesmente lentes coloca- das sobre os olhos. As lentes de contato são consideradas como dispositi- vos médicos e podem ser usadas para corrigir a visão e/ou por razões cos- méticas ou outras razões terapêuticas. As lentes de contato têm sido utiliza- das comercialmente para aprimorar a visão desde a década de 1950. As lentes de contato antigas eram produzidas ou fabricadas a partir de materi- ais rígidos e eram relativamente dispendiosas e frágeis. Ademais, essas len- tes de contato antigas eram fabricadas a partir de materiais que não permiti- am a transmissão de oxigênio o suficiente através das lentes de contato pa- ra a conjuntiva e córnea que poderiam causar, potencialmente, vários efeitos clínicos adversos. Embora essas lentes de contato ainda sejam utilizadas, elas não são adequadas para todos os pacientes devido a seu conforto ini- cial insatisfatório. Os desenvolvimentos posteriores no campo promoveram o surgimento de lentes de contato moles, baseadas em hidrogeis, que são extremamente populares e amplamente utilizadas atualmente. Especifica- mente, as lentes de contato de hidrogel e silicone que estão disponíveis hoje combinam o benefício do silicone, que tem permeabilidade ao oxigênio ex- tremamente alta, e o conforto comprovado e desempenho clínico dos hidro- geis. Essencialmente, essas lentes de contato à base de hidrogel e silicone têm permeabilidades mais alta ao oxigênio e são, em geral, mais confortá- veis para se usar do que as lentes de contato produzidas a partir dos mate- riais rígidos anteriores.
As lentes de contato atualmente disponíveis permanecem um meio de baixo custo para correção da visão. As lentes de plástico fino se ajustam sobre a córnea do olho para corrigir defeitos de visão, incluindo mi- opia ou hipometropia, hiperopia ou hipermetropia, astigmatismo, isto é, asfe- 30 ricidade na córnea, e presbiopia, isto é, a perda da capacidade da lente do cristalino para se acomodar. As lentes de contato estão disponíveis em uma variedade de formas e são produzidas, a partir de uma variedade de materi- ais, para fornecer funcionalidade diferente. As lentes de contato suaves de uso diário são produzidas, tipicamente, a partir de materiais de polímero macio combinados com água para permeabilidade ao oxigênio. As lentes de contato suaves de uso diário podem ser descartadas diariamente ou descar- 5 tadas após uso prolongado. As lentes de contato descartáveis diariamente são geralmente usadas por um único dia e, então, jogadas fora, enquanto as lentes de contato descartáveis de uso prolongado são geralmente usadas durante um período de até trinta dias. As lentes de contato suaves coloridas usam materiais diferentes para fornecer funcionalidade diferènte. Por exem- 10 pio, uma lente de contato com tonalidade de visibilidade usa uma tonalidade leve para ajudar ao usuário a localizar uma lente de contato que foi deixada cair, lentes de contato com tonalidade de intensificação possuem uma tona- lidade translúcida que se destina a melhorar a cor natural do olho de uma pessoa, a lente de contato com tonalidade de cor compreende uma tonali- 15 dade mais escura e opaca destinada a mudar a cor do olho de uma pessoa e a lente de contato com tonalidade para filtração de Iuz funciona para au- mentar certas cores enquanto muda outras. As lentes de contato duras per- meáveis a gás rígidas são produzidas a partir de polímeros contendo siloxa- no, mas são mais rígidas do que as lentes de contato suaves e, assim, man- 20 têm seu formato e são mais duráveis. As lentes de contato bifocais são pro- jetadas especificamente para pacientes com presbiopia e estão disponíveis em ambas as variedades suave e rígida. As lentes de contato tóricas são projetadas especificamente para pacientes com astigmatismo e, também, estão disponíveis em ambas as variedades suave e rígida. Lentes de com- 25 binação que combinam diferentes aspectos dos acima, também, estão dis- poníveis, por exemplo, lentes de contato híbridas.
A presente invenção utiliza zonas dinâmicas de gel ou fluido po- sicionadas entre a superfície frontal e a posterior de uma lente de contato ou lente intraocular, lentes intracorneanas (inlay/onlay). Mediante a interação 30 com as pálpebras superior e inferior, essas zonas de fluido podem ser de- formadas, de modo que a deformação resultante possa ser elevada para fornecer estabilidade rotacional, para transportar/bombear fluidos/materiais a partir de um reservatório até o olho, para agitar fluido/materiais contidos em um reservatório ou para várias combinações e/ou permutações de qual- quer uma das funções diferentes aqui descritas. Em uma primeira modalida- de, à medida que o material nas zonas deforma, o ângulo de contato entre 5 as pálpebras e as zonas altera, visto que a força rotacional atua sobre as lentes de contato. Em uma segunda modalidade, uma ou mais zonas de fluido podem compreender um agente a ser aplicado nos olhos. Em uma realização física dessa modalidade, duas zonas de fluido não ligadas entre si, mas que têm a capacidade de interagir entre si para-alcançar o-mov.imen- 10 to de um agente contido em um reservatório, sob pressão da pálpebra, po- dem mover um agente para fora do reservatório e sobre os olhos. Em uma segunda realização dessa modalidade, múltiplas zonas de fluido, algumas dessas podem estar em comunicação fluida uma com a outra para transpor- te de fluido a partir de um reservatório central para ou na direção de uma 15 porta de saída ou segundo reservatório, sob pressão de pálpebra, e, dessa forma, eventualmente sobre a superfície dos olhos. Em uma terceira moda- lidade, uma única zona de fluido pode compreender partículas reflexivas e/ou tingidas. A geometria dessa única zona de fluido pode ser configurada, de modo que mediante piscamento, uma resposta dinâmica da zona de flui- 20 do resulta na agitação do fluido e quaisquer partículas ali contidas e, dessa forma, causando o movimento, isto é, cintilação. Múltiplas zonas de fluido contendo cada uma partículas reflexivas também podem ser utilizadas para alcançar efeitos cosméticos dinâmicos diferentes mediante a interação com as pálpebras.
As lentes de contato que incorporam a zona de fluido dinâmica
são relativamente simples para projeção e fabricação. As lentes de contato que incorporam a zona de fluido dinâmica também são relativamente bara- tas para fabricação em comparação com as lentes de contato atualmente fabricadas. Em outras palavras, a incorporação de zonas de fluido dinâmi- cas não exige um aumento significativo no custo de fabricação.
Embora seja focada em aplicações oculares, especificamente, lentes de contato, é reconhecido que a presente invenção pode ser usada em outras áreas do corpo.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
As características e vantagens mencionadas anteriormente bem como outras da presente invenção serão aparentes a partir da descrição mais particular a seguir de modalidades preferenciais da invenção, conforme ilustrado nos desenhos anexados.
A Figura 1 é uma representação diagramática de uma lente de contato jla técnica anterior que tem recurso de design estabilizado de pálpe- bra em vistas plana e em seção transversal.
A Figura 2 é uma representação diagramática detalhada da zo-
na de interação entre a pálpebra superior e as lentes de contato da Figura 1.
As Figuras 3A, 3B e 3C são representações diagramáticas da al- teração progressiva em formato de uma zona de estabilização dinâmica co- mo uma função de movimento de pálpebra de acordo com a presente inven- ção.
A Figura 4 é uma representação diagramática da zona de esta- bilização dinâmica com as pálpebras superior e inferior em posição de pis- camento completo de acordo com a presente invenção.
A Figura 5 é uma representação diagramática de uma primeira lente de contato exemplificadora de acordo com a presente invenção.
A Figura 6 é uma representação diagramática de uma segunda lente de contato exemplificadora de acordo com a presente invenção.
A Figura 7 é uma representação diagramática de uma terceira lente de contato exemplificadora de acordo com a presente invenção.
A Figura 8 é uma representação diagramática de uma cápsula
de zona dinâmica exemplificadora para uma lente de contato de acordo com a presente invenção.
A Figura 9 é uma representação diagramática de um processo exemplificador para a fabricação de uma lente de contato que incorpora uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas de acordo com a presente inven- ção.
As Figuras 10A e 10B são representações diagramáticas de uma primeira modalidade exemplificadora de uma zona de fluido dinâmica para a aplicação de um agente no olho de acordo com a presente invenção.
A Figuras 10C é uma representação diagramática de uma se- gunda modalidade exemplificadora de uma zona de fluido dinâmica para a aplicação de um agente no olho de acordo com a presente invenção.
A Figura 11 é uma representação diagramática de uma terceira modalidade exemplificadora de uma zona de fluido dinâmica para a aplica- ção de um agente no olho de acordo com a presente invenção.
As Figuras 12A e 12B são representações diagramáticas de uma primeira modalidade exemplificadora de uma zona de fluido dinâmica configurada como um reservatório de melhoramento cosmético de acordo com a presente invenção.
A Figura 13 é uma representação diagramática de uma segunda modalidade exemplificadora de uma zona de fluido dinâmica configurada como um reservatório de melhoramento cosmético de acordo com a presen- te invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES PREFEREN- CIAIS
Atualmente, as lentes de contato que necessitam de estabiliza- ção rotacional com a finalidade de manter uma excelente acuidade visual, por exemplo, lentes de contato tóricas, contam com o peso ou pressão da pálpebra para manter as lentes de contato orientadas nos olhos. Referindo- se à Figura 1, é ilustrado em vista plana e em seção transversal um design estabilizado de pressão da pálpebra em que as lentes de contato 120 são mais espessas em uma região ou zona de estabilização 122. A lentes de contato 120 é posicionada sobre o olho 100, de modo que cubra a pupila 102, a íris 104 e uma porção da esclera 106 e se situe abaixo das pálpebras superior e inferior 108 e 110, respectivamente. A zona de estabilização mais espessa 122 nesse design está posicionada sobre a córnea 112. Uma vez estabilizada, a zona de estabilização 122 é mantida entre as pálpebras su- perior e inferior 108 e 110.
A Figura 2 ilustra em maiores detalhes como a zona de estabili- zação mais espessa 222 interage com a pálpebra superior 208 para induzir uma força que tende a girar a lente de contato 220. O parâmetro mais im- portante que aciona essa força rotacional é o ângulo da área de contato en- tre a pálpebra superior 208 e a zona de estabilização 222 da lente de conta- 5 to 220. Conforme ilustrado, a força normal, representada pelo vetor 230, em um ponto de contato entre a pálpebra superior 208 e a periferia da zona de estabilização mais espessa 222 pode ser separada em uma força rotacional, representada pelo vetor 232. Quanto mais íngreme for o ângulo da zona de estabilização 222, maior será o componente da força rotacional da força 10 normal que atua na lente de contato 220. De modo contrário, quanto menor ou mais plano for o ângulo da zona de estabilização 222, menor será o componente da força rotacional da força normal que atua na lente de conta- to 220.
As zonas de fluido dinâmicas da presente invenção, conforme apresentado acima, podem ser utilizadas para inúmeras funções. Na função de estabilização, as zonas de fluido dinâmicas são chamadas de zonas de estabilização dinâmicas, enquanto que em outras funções, são simplesmen- te chamadas de zonas de gel ou fluido dinâmicas.
De acordo com a presente invenção, a zona ou zonas de estabi- lização dinâmicas podem, de preferência, ser preenchidas com uma subs- tância que pode ser redistribuída enquanto a pressão é aplicada. Essenci- almente, a presente invenção é direcionada a uma lente de contato que in- corpora uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas que compreendem um material que cria uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas que têm propriedades físicas diferentes. Em uma modalidade exemplificadora, con- forme será descrito em maiores detalhes subsequentemente, a lente de con- tato compreende uma ou mais cavidades preenchidas com fluido ou gel que formam zonas de estabilização dinâmicas. Quando a força ou pressão das pálpebras comprime a borda da uma ou mais zonas de estabilização dinâ- micas, o fluido ou gel é redistribuído, de preferência, com a cavidade ou ca- vidades, assim, fazendo com que a uma ou mais zonas de estabilização di- nâmicas alterem o formato. Mais especificamente, a pressão aumentada das pálpebras faz com que o formato local da uma ou mais zonas de estabi- lização no ponto de contato da pálpebra aumente, assim, ocasionando uma força rotacional maior do que com uma zona ou zonas de estabilização de formato fixo. À medida que o movimento das pálpebras continua, por exem- 5 pio, durante um piscamento, essa alteração no formato resultará em uma inclinação do ângulo de contato e, assim, aplicará maior força rotacional na lente de contato. Em outras palavras, à medida que as pálpebras continuam a passar sobre a uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas, o fluido ou gel continua a ser redistribuído e os coeficientes angulares da superfície 10 continuam a alterar. Pode ser possível, juntamente com técnicas de mode- lagem avançadas, projetar zona(s) de estabilização dinâmica(s) que forne- çam velocidade de rotação aprimorada mediante a inserção (autoposicio- namento) e estabilidade aumentada das lentes de contato quando estão na posição.
Referindo-se às Figuras 3A, 3B e 3C, é ilustrada a alteração no
formato de uma única zona de estabilização dinâmica como uma função do movimento da pálpebra sobre a lente de contato. Embora uma ou mais zo- nas de estabilização dinâmicas possa ser utilizadas em uma única lente de contato, para facilidade de explicação apenas uma única zona de estabiliza- 20 ção dinâmica será descrita. A Figura 3A ilustra a posição da zona de estabi- lização dinâmica 322 da lente de contato 320 antes do piscamento ou mo- vimento das pálpebras. Conforme ilustrado, as pálpebras 308 e 310 são po- sicionadas sobre a lente de contato 320, mas não entram em contato com a zona de estabilização dinâmica 322 e, dessa forma, não causam nenhum 25 redistribuição do fluido ou gel 324 dentro da cavidade que define a zona de estabilização dinâmica 322. A Figura 3B ilustra a posição alterada (ângulo mais íngreme) da zona de estabilização dinâmica 322 durante um piscamen- to. À medida que as pálpebras 308 e 310 se convergem, a pressão disso causa a redistribuição do fluido ou gel 324 na cavidade que define a zona de 30 estabilização dinâmica 322, aumentando assim o ângulo da zona de estabi- lização dinâmica 322. A Figura 3C ilustra a posição adicionalmente alterada da zona de estabilização dinâmica 322 à medida que as pálpebras 308 e
I 310 continuam se convergindo durante o piscamento. Conforme pode ser prontamente compreendido a partir da Figura 3C, quanto mais íngreme for o ângulo da zona de estabilização dinâmica 322, mais perto se torna a força rotacional representada pelo vetor 332 da força normal representada pelo 5 vetor 330 que, por sua vez, indica que uma proporção maior da força normal é transladada ou separada em força rotacional que atua na lente de contato 320.
Em adição a uma melhor estabilidade rotacional da lente de con- tato devido à força rotacional aumentada conferida pelas pálpebras, o de- sign da zona de estabilização dinâmica da presente invenção aumenta, de preferência, o conforto do usuário. Referindo-se à Figura 4, visto que o pis- camento completo é alcançado e as pálpebras 408 e 410 passam sobre substancialmente toda a zona de estabilização dinâmica 422, o fluido ou gel 424 dentro da cavidade que define a zona de estabilização dinâmica 422 será, mais uma vez, redistribuído devido à pressão exercida pelas pálpebras 408 e 410 em uma configuração mais plana. Essa configuração mais plana permite que as pálpebras 408 e 410 passem sobre a lente de contato 420 com menos força dirigida para baixo sobre o olho já que a espessura máxi- ma foi reduzida devido à redistribuição. As zonas de estabilização fixas não se adelgaçam e, dessa forma, podem ser menos confortáveis devido à inte- ração aumentada com as pálpebras que passam sobre a lente de contato.
Conforme apresentado no presente documento, a lente de con- tato da presente invenção podem compreender uma ou mais zonas de esta- bilização dinâmicas. Essas uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas 25 podem compreender qualquer configuração adequada e podem ser posicio- nadas em qualquer local adequado sobre a lente de contato para atender a qualquer número de exigências de design. No entanto, é importante obser- var que, na configuração de qualquer design, as pálpebras superior e inferior não se movem estritamente em uma direção vertical, com um curso ascen- 30 dente e descendente durante piscamento. A pálpebra superior se move de modo substancialmente vertical, com um pequeno componente nasal duran- te o piscamento, e a pálpebra inferior se move de modo substancialmente horizontal, com movimento de desvio nasal durante o piscamento com ape- nas um leve ou pequeno movimento vertical. Adicionalmente, as pálpebras superior e inferior não são simétricas em relação a um plano de corte atra- vés do meridiano vertical. Em outras palavras, os indivíduos não piscam si- 5 metricamente em relação a um eixo horizontal desenhado entre as pálpe- bras superior e inferior abertas. Além disso, sabe-se que os olhos conver- gem quando o observador olha para baixo.
A Figura 5 ilustra uma modalidade exemplificadora de uma lente de contato 500 que compreende duas zonas de estabilização dinâmicas 502 10 e 504. Nessa modalidade exemplificadora, as cavidades carregadas com fluido ou gel que formam as zonas de estabilização dinâmica 502 e 504 são posicionadas simetricamente ao redor do eixo horizontal da lente de contato 500 e cerca de cento e oitenta graus separadas uma da outra. A Figura 6 ilustra outra modalidade exemplificadora de uma lente de contato 600 que 15 também compreende duas zonas de estabilização dinâmicas 602 e 604. Nessa modalidade exemplificadora, as cavidades carregadas com fluido ou gel que formam as zonas de estabilização dinâmicas 602 e 604 são deslo- cadas para baixo fora do eixo horizontal da lente de contato 600 e menos de cento e oitenta graus separadas uma da outra conforme medido abaixo do 20 eixo horizontal. Essa configuração utiliza gravidade em combinação com pressão da pálpebra a fim de orientar e manter a orientação da lente de con- tato 600 no olho. A Figura 7 ilustra ainda outra modalidade exemplificadora de uma lente de contato 700 que compreende uma única zona de estabili- zação dinâmica 702. Nessa modalidade exemplificadora, a cavidade carre- 25 gada com fluido ou gel que forma a única zona de estabilização dinâmica 702 é formada na região inferior da lente de contato 700 de modo que a gravidade bem como a pressão da pálpebra e/ou o movimento da pálpebra operem na lente de contato 700 de modo similar a uma lente de contato de lastro de prisma.
Embora cada uma dessas modalidades exemplificadoras possa
ser utilizada de acordo com a presente invenção, é importante observar que qualquer número de configurações de zona de estabilização dinâmica pode ser utilizado desde que as zonas de estabilização dinâmicas contenham ou sejam fabricadas de um material móvel ou fluidizável que mude o formato quando a pálpebra passa sobre a zona de estabilização dinâmica, e seu formato e colocação sejam determinados considerando-se o movimento da pálpebra conforme descrito acima em suma. Modelos não simétricos, mode- los diferentes para os olhos esquerdo e direito, ou modelos de estabilização personalizados para um determinado olho são possíveis com as zonas dè estabilização dinâmicas da presente invenção. Além disso, a lente de conta- to personalizada, por exemplo, lente de contato fabricada diretamente a par- tir de medições do olho, pode incorporar zonas de estabilização dinâmicas de acordo com a presente invenção. Independente da configuração, formato e colocação das zonas de estabilização dinâmicas na lente de contato en- contra-se a capacidade de o material que forma estas ou nestas zonas de estabilização dinâmicas para redistribuir a si próprio sob a pressão do mo- vimento da pálpebra que faz a presente invenção funcionar.
O material ou materiais utilizados para formar uma zona de es- tabilização dinâmica podem compreender qualquer material ou materiais biocompatíveis que ofereçam as propriedades mecânicas desejadas. O ma- terial ou materiais deveriam ser, de preferência, prontamente deformáveis 20 sob a pressão do movimento da pálpebra bem como permeável a oxigênio de modo que a uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas em uma len- te de contato não interfira substancialmente no olho que recebe oxigênio necessário. A uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas de acordo com a presente invenção podem ser incorporadas em qualquer número de lente 25 de contato, inclusive aquelas formadas de hidrogeis de silicone, desde que o material ou materiais que formam a uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas seja química e fisicamente compatível com o material ou materi- ais que formam a lente de contato. Em relação à compatibilidade física, o material ou materiais que formam a lente de contato não permitem, de prefe- 30 rência, que o material ou materiais que formam a zona de estabilização di- nâmica, por exemplo, um fluido ou gel, permeiem e/ou, de outro modo, di- fundam ou vazem da cavidade formada na lente de contato para prender a zona de estabilização dinâmica. Em relação à compatibilidade química, o material ou materiais que formam a zona de estabilização dinâmica não rea- gem, de preferência, de nenhuma maneira ao material ou materiais que for- mam a lente de contato e/ou o olho. O material ou materiais que formam a 5 zona de estabilização dinâmica podem ser posicionados ou presos em uma cavidade e/ou espaço formado na região correta da lente de contato de qualquer maneira adequada conforme discutido subsequentemente em mai- ores-detalhes.
O material ou materiais que formam a zona de estabilização di- nâmica podem compreender qualquer material biocompatível e deformável adequado que tem uma temperatura de transição vítrea menor que cerca de trinta e quatro graus 0C.
Os materiais à base de silicone para formar a uma ou mais zo- nas de estabilização dinâmicas podem ser preferenciais já que materiais à 15 base de silicone, incluindo óleos de silicone, têm as propriedades mecânicas desejadas ou podem ser facilmente personalizados para terem as proprie- dades mecânicas desejadas a fim de capacitarem a invenção. Materiais à base de silicone, incluindo óleos de silicone, também são altamente perme- áveis a oxigênio. Além disso, muitas lentes de contato suaves são formadas 20 de materiais à base de silicone e, como tal, seriam compatíveis. Materiais à base de fluorossilicone também podem ser utilizados.
Em modalidades exemplificadoras alternativas, o material ou materiais para formar a uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas po- dem compreender o mesmo material ou materiais que formam a lente de 25 contato. Em outra modalidade exemplificadora alternativa, o material ou ma- teriais para formar a uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas podem estar em um estado sólido, líquido ou gasoso. Em ainda outra modalidade exemplificadora alternativa, o material ou materiais para formar a uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas pode estar sob uma forma ou estado 30 durante o processo de fabricação e sob outra forma ou estado quando colo- cado no olho. Por exemplo, o material ou materiais para formar a uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas podem ser sólidos ou congelados durante o processo de fabricação e sob a forma líquida depois disso. Em ainda outra modalidade exemplificadora alternativa, o material ou materiais que formam a uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas podem ser um material independente ou combinação de materiais que pode ser incorpora- 5 da diretamente em uma cavidade da lente de contato ou pode ser um mate- rial ou combinação de materiais que deve ser, de preferência, encapsulada ou, de outro modo, protegida antes de ser incorporada em uma cavidade dã lente de contato.
Conforme apresentado acima, a lente de contato que compre- ende uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas da presente invenção pode ser fabricada utilizando-se qualquer número de processos. Em uma modalidade exemplificadora, a uma ou mais zonas de estabilização dinâmi- cas podem ser formadas em cápsulas com um material externo flexível e pré-carregadas com o fluido ou gel antes de serem posicionadas na lente de contato. Alguns métodos possíveis de fabricação das cápsulas incluem sol- dagem, por exemplo, por calor ou ultrassonicamente, duas porções de filme para formar o topo e o fundo e da injeção do fluido ou gel antes do término da vedação ao redor da borda. O filme pode compreender qualquer material adequado, inclusive aqueles descritos acima. A Figura 8 ilustra uma modali- dade exemplificadora de uma cápsula 800 com o fluido ou gel 802 ali conti- do. O formato da cápsula exemplificadora 800 é arbitrário e apenas repre- senta um modelo possível. Um processo similar, conforme apresentado a- cima, é usar um material para a uma ou mais zonas de estabilização que podem ser posicionadas na lente de contato enquanto congeladas, mas é líquido em temperaturas do olho. Estas regiões de fluido pré-fabricado seri- am, de preferência, colocadas nos moldes de lente de contato com a maté- ria prima de lente de contato e ligadas ou encapsuladas na lente de contato conforme a lente de contato é curada.
Na modalidade exemplificadora na qual um espaço e/ou cavida- de é criada na lente de contato para a formação de uma zona de estabiliza- ção dinâmica, o espaço e/ou cavidade pode ser criada de uma maneira simi- lar àquela da fabricação de uma lente de contato híbrida. Por exemplo, nes- se processo exemplificador, uma pré-dose de mistura de monômero reativo líquido é aplicada a uma curva frontal e, então, o material deformável sob a forma desejada é aplicado a isso. Uma vez que o material deformável é pre- cisamente posicionado no local desejado, o monômero é pré-curado em 5 uma quantidade específica para facilitar a liberação do dispositivo de fixação mecânica enquanto mantém exatidão posicionai. Finalmente, o restante do monômero é adicionado, a curva posterior posicionada e toda a montagem é curada.
De acordo com outra modalidade exemplificadora, a lente de contato pode ser fabricada utilizando-se processos conhecidos, então, inje- tada diretamente com o fluido ou gel utilizando uma agulha ou dispositivo similar. Essencialmente, a uma ou mais cavidades de zona de estabilização dinâmica seriam formadas injetando-se o material diretamente na lente de contato no(s) local(s) desejado(s). A Figura 9 ilustra uma agulha 950 inseri- da na lente de contato 920 para criar uma zona de estabilização dinâmica 922 com um fluido ou gel 924 injetado através da agulha 950. Uma vez que o material é injetado e a agulha removida, o orifício no sítio de inserção pode ser vedado. Em uma modalidade exemplificadora, o orifício de injeção pode ser vedado como parte do processo de cura. Por exemplo, a injeção do ma- terial pode ser feita antes de a lente de contato ser totalmente curada e a cura final ocorreria após remoção da agulha, permitindo que o material não curado feche o orifício e, então, cure isto fechado.
De acordo com ainda outra modalidade exemplificadora, um processo no qual o material de lente de contato pode ser curado do lado de 25 fora, e através da cura controlada em ambos os lados, pode ser utilizado para criar uma região espessa de material não curado ou subcurado, isto é, diferente densidade de reticulação, pode ser, dessa forma, confinada, for- mando assim a uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas.
De acordo com ainda outra modalidade exemplificadora, uma lente de contato pode ser fabricada utilizando-se moldes de lente de contato rotacionalmente simétricos, como para um produto esférico, enquanto utiliza múltiplas formulações curáveis que, quando curadas, diferem sem suas ca-
I pacidades de absorver água, em seu módulo elástico, e em sua composição de monômero. Por exemplo, é bem conhecido pelo versado na técnica que formulações de lente de contato curáveis podem ser feitas mais hidrofílicas por meio da incorporação de concentrações superiores de monômeros com 5 maior afinidade por água, por exemplo, ácido metacrílico. Ademais, formula- ções de lente de contato curáveis podem ser ajustadas para alcançar um módulo hidratado desejado mediante a variação das proporções e/ou tipos . de agentes de reticulação, por exemplo, dimetacrilato de etileno glicol.
Ainda de acordo com outra modalidade exemplificadora, uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas podem ser realizadas através de im- pressão de bloco de certos padrões sobre uma curva frontal durante o pro- cesso de fabricação de lente de contato. Em uma modalidade exemplifica- dora, uma composição de zona de estabilização dinâmica passível de im- pressão pode ser formulada para alcançar teor de água com equilíbrio relati- vãmente alto, por exemplo, maior que sessenta e cinco (65) por cento e/ou um módulo relativamente baixo, por exemplo, menor que 482,6 kPa (setenta (70) psi). Também é conhecido pelo versado na técnica que o fator de ex- pansão (aqui definido como volume de lente assim processada dividido por volume de lente assim curada) de uma mistura de monômero curável líquida pode ser ajustado pela adição ou subtração de diluentes não reativos. Es- pecificamente, através da redução o nível de diluente, o fator de expansão é aumentado. Mediante o aumento de nível de diluente, o fator de expansão é reduzido. As composições curáveis úteis para imprimir zonas de estabiliza- ção dinâmicas poderiam utilizar misturas de monômero curáveis que têm um nível de diluente relativamente baixo, resultando assim em zonas localiza- das que irão absorver mais água e se projetar da superfície frontal da lente de contato. Com formulação adequada de uma mistura de monômero curá- vel líquida de teor baixo de diluente para alcançar teor de água de equilíbrio relativamente alto, um módulo elástico relativamente baixo, e uma viscosi- dade e volatilidade de impressão de bloco adequadas, um padrão de zona de estabilização dinâmica pode ser impresso sobre um molde de lente de contato de superfície frontal que tem utilidade de acordo com a presente invenção. Quando completamente processada, uma lente de contato que tem tal recurso estaria composta de pelo menos duas formulações de mo- nômero curáveis distintas. Ademais, a lente de contato resultante teria zonas de estabilização dinâmicas presumidas que compreendem material de hi- 5 drogel que difere em composição, por exemplo, teor de água, teor de mo- nômero e/ou densidade de reticulação, do volume da lente de contato. Con- sequentemente, em tal modalidade exemplificadora, a uma ou mais zonas de estabilização dinâmicas são sacos não carregados com fluido, de prefe- rência, são zonas viscoelásticas distintas que têm propriedades químicas e 10 físicas personalizadas.
No caso que as zonas de estabilização são impressas em bloco sobre uma curva frontal com misturas de monômero líquido curáveis perso- nalizadas, a composição da mistura deveria ser de modo que irá copolimeri- zar com o material que é usado no volume da lente de contato. Dessa ma- 15 neira, a zona de estabilização dinâmica impressa é quimicamente ligada ao volume da lente de contato, e tais zonas são processáveis de maneira simi- lar ao material a granel da lente de contato.
As lentes de contato, lentes intraoculares bem como qualquer número de dispositivos médicos podem ser utilizadas para a aplicação local de agente terapêutico/combinações de agente terapêutico para tratar uma ampla variedade de afecções ou para melhorar a função e/ou vida do pró- prio dispositivo médico. Outros dispositivos médicos que falham muitas ve- zes devido ao crescimento interno de tecido ou acúmulo de material protei- náceo no interior, sobre ou em torno do dispositivo, como desvios para o hidrocéfalo, enxerto para diálise, dispositivos de ligação de bolsa para colos- tomia, tubos para drenagem de ouvido, filetes para marca passos e desfibri- Iadores que podem ser implantados podem também ser beneficiados da abordagem de combinação dispositivo-agente terapêutico. Dispositivos que servem para melhorar a estrutura e função do tecido ou órgão podem, tam- bém, mostrar benefícios quando combinados com o agente ou agentes te- rapêuticos adequado(s). Por exemplo, a osteointegração aprimorada de dis- positivos ortopédicos para melhorar a estabilização do dispositivo implanta- do poderia ser alcançada potencialmente através da combinação da mesma com os agentes, como proteína morgogênica óssea. Similarmente, outros dispositivos cirúrgicos, suturas, grampos, dispositivo de anastomose, discos vertebrais, pinos ósseos, âncoras de sutura, barreiras hemostáticas, pinças, 5 parafusos, placas, clipes, implantes vasculares, adesivos e selantes de teci- do, armações de tecido, diversos tipos de bandagens, substitutos de osso, dispositivos intraluminais e suporte vascular poderiam, também, o agente terapêutico pode fornecer benefício melhorado para o paciente com o uso dessa abordagem de combinação de agente terapêutico-dispositivo. Essen- 10 cialmente, qualquer tipo de dispositivo médico pode ser revestido de alguma forma com ou conter nisso um agente terapêutico ou combinação de agente terapêutico que melhora o tratamento ao longo do uso do dispositivo médico ou agente farmacêutico.
Os vários dispositivos médicos apresentados acima ou qualquer dispositivo médico, em geral, podem ser revestidos com ou conter um ou mais agentes terapêuticos para aplicação local e personalizados para um propósito específico, por exemplo, prevenção de uma afecção, tratamento de um problema de saúde, mitigação de uma afecção e/ou a melhora da função do dispositivo médico. Estes agentes terapêuticos incluem agentes antiproliferativos/antimitóticos incluindo produtos naturais como alcalóides de vinca (isto é vinblastina, vincristina e vinorelbina), paclitaxel, epipodofillo- toxinas (isto é, etoposida, teniposida), antibióticos (dactinomicina (actinomi- cina D) daunorubicina, doxorubicina e idarubicina), antraciclinas, mitoxantro- na, bleomicinas, plicamicina (mitramicina) e mitomicina, enzimas (L- asparaginase que metaboliza sistemicamente L-asparagina e priva células que não têm a capacidade de sintetizar sua própria asparagina); agentes antiplaquetas como inibidores de G(GP) Mlla e antagonistas de receptor de vitronectina; agentes de alquilação antiproliferativos/antimitótica como mos- tardas de nitrogênio (mecloretamina, ciclofosfamida e análogos, melfalana, clorambucil), etileniminas e metilmelaminas (hexametilmelamina e tiotepa), sulfonatos-busulfan de alquila, nitrosoureias (carmustina (BCNU) e análo- gos, estreptozotocina), dacarbazina (DTIC); antimetabólitos antiproliferati- vos/antimitóticos como análogos de ácido fólico (metotrexato), análogos de pirimidina (fluorouracil, floxuridina e citarabina), análogos de purina e inibido- res relacionados (mercaptopurina, tioguanina, pentostatina e 2- clorodeoxiadenosina {cladribina}); complexos de coordenação de platina 5 (cisplatina, carboplatina), procarbazina, hidroxiureia, mitotana, aminogluteti- mida; hormônios (isto é, estrogênio); anticoagulantes (heparina, sais de he- parina sintéticos e outros inibidores de trombina); agentes fibrinolíticos (co- mo ^tivador de plasminogênio de tecido, estreptoquinase e uroquinase), as- pirina, dipiridamol, ticlopidina, clopidogrel, abciximab; agentes antimigrató- 10 rios; agentes antissecreção; agentes anti-inflamatórios, como esteroides a- drenocorticais (cortisol, cortisona, fludrocortisona, prednisona, prednisolona, 6a-metilprednisolona, triancilonola, beta-metasona e dexametasona), agen- tes não esteroidal (derivados de ácido salicílico, isto é, aspirina; derivados de para-aminofenol, isto é, acetaminofeno; ácidos acéticos de indol e indeno 15 (indometacina, sulindac e etodalac), ácidos acéticos de heteroarila (tolmeti- na, diclofenac e cetorolaco), ácidos arilpropiônicos (ibuprofeno e derivados), ácidos antranílicos (ácido mefenâmico e ácido meclofenâmico), ácidos enó- Iicos (piroxicam, tenoxicam, e fenil butazona), nabumetona, compostos de ouro (auranofina, aurotioglicose, tiomalato de sódio de ouro); imunossupres- 20 sores, ciclosporina, tacrolimus (FK-506), sirolimus (rapamicina), azatioprina, micofenolato mofetil; agentes angiogênicos: fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), fator de crescimento de fibroblasto (FGF); bloqueadores de receptor de angiotensina; doadores de óxido nítrico; oligonucleotídeos antissenso e combinações dos mesmos; inibidores de ciclo celular, inibido- 25 res de mTOR, e inibidores da quinase de transdução de sinal de receptor de fator de crescimento; retenoides; inibidores de ciclina/CDK; inibidores de redutase de coenzima de HMG (estatinas); e inibidores de protease.
A presente invenção utiliza zonas de fluido ou gel dinâmicas in- corporada a dispositivos oculares como lente de contato, lentes intraocula- res (inlays e/ou onlays). Mediante interação com as pálpebras superiores e inferiores, essas zonas de fluido podem ser deformadas de modo que a de- formação resultante possa ser alavancada ou para agitar fluido/materiais
I contidos em um reservatório, ou transportar/bombear fluidos formulados de um reservatório para ou sobre o olho.
De acordo com outra modalidade exemplificadora, as zonas de estabilização descritas no presente documento podem ser reconfiguradas 5 como zonas de fluido dinâmicas. Em outras palavras, ao invés de, ou em adição a zonas de fluido dinâmicas podem ser utilizadas como zonas de es- tabilização para lentes de contato que exigem estabilidade rotacional, con- forme-descrito acima, bem como para aplicar agentes terapêuticos no olho e/ou para criar um efeito cosmético através de melhora dinâmica do olho. 10 Cada uso pode ser combinado ou utilizado individualmente como é explica- do acima.
Em uma modalidade exemplificadora, as zonas de fluido dinâmi- cas podem ser utilizadas para aplicar um agente terapêutico, nutricional ou farmacológico. Dependendo da aplicação, as zonas de fluido dinâmicas po- 15 dem compreender um único ingrediente farmacêutico ativo ou múltiplos in- gredientes farmacêuticos ativos. Exemplos de terapias que podem ser reali- zadas utilizando-se lentes de contato para aplicar agentes incluem fornecer nutrição ocular, tratar glaucoma, tratar alergias, mitigar progressão da mio- pia, tratar olho seco, e aplicar antibióticos, analgésicos, antifúngicos, antivi- 20 rais, anti-infectivos, agentes midriáticos e cicloplégicos, e anti-inflamatórios. Em relação à nutrição ocular, as zonas de fluido dinâmicas da lente de con- tato podem ser utilizada para aplicar vitaminas, antioxidantes e produtos nu- tricêuticos incluindo vitaminas A, D e E, luteína, taurina, glutationa, zeaxanti- na, ácidos graxos e outros agentes similares. Em relação ao tratamento de 25 glaucoma, as zonas de fluido dinâmicas da lente de contato podem ser utili- zadas para aplicar agentes para um ou mais de tratamento, inibição e pre- venção de glaucoma, incluindo epinefrinas como dipivefrina, receptores a- drenérgicos alfa-2 como aproclonidina e brimonidina, betabloqueadores co- mo betaxolol, carteolol, levobunolol, metipranolol e timolol, mióticos diretos 30 como carbacol e pilocarpina, inibidores de colinesterase como fisostigmina e ecotiofato, inibidores de anidrase carbônica como acetazolamida, brinzola- mida, dorzolamida e metazolamida, prostoglandinas e prostamidas como
■ latanoprost, bimatoprost, uravoprost, travoprost, e unoprostona cidofovir. Em relação ao tratamento de alergias, as zonas de fluido dinâmicas da lente de contato podem ser utilizadas para aplicar vários agentes incluindo HCI de azelastina, difumarato de emedastina, HCI de epinastina, fumarato de cetoti- 5 feno, HCI de levocabastina, HCI de olopatadina, maleato de feniramina e fosfato de antazolina para um ou mais do tratamento, inibição e prevenção de alergias. Em relação à aplicação de antibióticos e anti-infectivos, as zo- nas de fluido dinâmicas da lente de contato podem ser utilizadas para apli- car agentes incluindo tobramicina, moxifloxacina, ofloxacina, gatifloxacina, 10 ciprofloxacina, gentamicina, sulfisoxazol diolamina, sulfacetamida de sódio, vancomicina, polimixina B, amicacina, norfloxacina, levofloxacina, diolamina de sulfisoxazol, tetraciclina de sulfacetamida de sódio, doxiciclina, dicloxaci- lina, cefalexina, amoxicilina/clavulante, ceftriaxona, cefixima, eritromicina, ofloxacina, azitromicina, gentamicina, sulfadiazina e pirimetamina. Em rela- 15 ção à aplicação de antivirais, as zonas de fluido dinâmicas da lente de con- tato podem ser utilizadas para aplicar agentes incluindo fomivirsen sódico, foscarnet sódico, ganciclovir sódico HCI de valganciclovir, trifluridina, aciclo- vir e famciclovir. Em relação à aplicação de antifúngicos, as zonas de fluido dinâmicas da lente de contato podem ser utilizadas para aplicação de agen- 20 tes incluindo fluconazol, flucitosina, anfotericina B, itraconazol e cetoconazol. Em relação à aplicação de analgésicos, as zonas de fluido dinâmicas da lente de contato podem ser utilizadas para aplicar agentes incluindo aceta- minofeno e codeína, acetaminofeno e hidrocodona, acetaminofeno, cetoro- laco, ibuprofeno e tramadol. Em relação à aplicação de midriáticos e ciclo- 25 plégicos, as zonas de fluido dinâmicas da lente de contato podem ser utili- zadas para aplicar agentes incluindo sulfato de atropina, homatropina, HBr de escopolamina, HCI de ciclopentolato, tropicamida e HCI de fenilefrina. Em relação à aplicação de anti-inflamatórios, as zonas de fluido dinâmicas da lente de contato podem ser utilizadas para aplicar corticosteriodes, inclu- 30 indo fosfato de dexametasona sódio, dexametasona, fluorometalona, nitrato de fluorometalona, etabonato de loteprednol, acetato de prednisolona, fosfa- to de sódio de prednisolona, medrisona, rimexolona e acetonido de fluocino- lona bem como agentes anti-inflamatórios não esteroidais, incluindo flurbi- profeno sódico, suprofen, diclofenac sódico, cetorolaco, trometamina, ci- closporina, metotrexato de rapamicina, azatioprina e bromocriptina. Em rela- ção à mitigação da progressão de miopia, as zonas de fluido dinâmicas da 5 lente de contato podem ser utilizadas para aplicar doses medidas de piren- zepeno ou atropina. Isso pode ser utilizado por si só como um meio para tratamento de progressão de miopia ou pode ser utilizado em combinação com um modelo de zona óptica da lente de contato especificamente para mitigação de miopia.
Os agentes ativos aplicados pela lente de contato podem ser
formulados para compreender portadores ou excipientes. Qualquer número de excipientes pode ser utilizado, incluindo polímeros sintéticos e naturais, por exemplo, álcool polivinílico, polietilenoglicol, ácido poliacrílico, hidroxime- til celulose, glicerina, hipromelose, polivinilpirrolidona, carbopol, propilenogli- 15 col, hidroxipropil guar, glucam-20, hidroxipropil celulose, sorbitol, dextrose, polissorbato, manitol, dextrano, polissacarídeos e gomas modificadas, fosfo- lipídeos e sulfobetaínas.
O um ou mais agentes terapêuticos podem ser aplicados a partir da lente de contato de várias formas. Nas modalidades exemplificadoras descritas acima, a zona ou zonas de estabilização dinâmicas podem ser car- regadas com uma substância que redistribui quando a pressão é aplicada pelas pálpebras. Essas zonas de estabilização dinâmicas são incorporadas à lente de contato fora da zona óptica. De acordo com a presente invenção, as zonas de fluido dinâmicas são incorporadas à lente de contato fora da zona óptica e podem executar várias funções não exclusivas, incluindo es- tabilização dinâmica, aplicação de medicamentos e/ou melhora cosmética dinâmica pra os olhos. Em uma modalidade exemplificadora, uma primeira zona de fluido pode circundar uma segunda zona de fluido de modo que a deformação da primeira zona de fluido ocasione pressão sobre a segunda zona que, por sua vez, faz com que os conteúdos, isto é, um ou mais agen- tes terapêuticos, sejam expelidos da mesma. O um ou mais agentes tera- pêuticos podem ser expelidos através de poros no material que forma a se-
I gunda zona de fluido, por exemplo, um modelo gotejante, ou através de um mecanismo de válvula. Em uma modalidade exemplificadora alternativa, po- dem haver múltiplas segundas zonas de fluido que se comunicam entre si, bem como múltiplas primeiras zonas de fluido. A colocação de cada uma 5 dessas zonas pode corresponder a qualquer local adequado conforme des- crito acima. Além disso, as primeiras zonas de fluido podem compreender estrutura igual ou similar àquela das zonas de estabilização dinâmicas des- critas acima e aqui ilustradas.
Em uma modalidade exemplificadora preferencial, um reservató- 10 rio central que compreende um ou mais agentes terapêuticos, nutricionais ou farmacológicos, doravante no presente documento chamados de um a- gente ou agentes pode ser posicionado em um local adequado na zona peri- férica ou zona de estabilização de uma lente de contato. Mediante o pisca- mento, o agente contido dentro desse reservatório central poderia, de prefe- 15 rência, ser bombeado em pequenos incrementos através de uma cadeia de sacos e/ou reservatórios preenchidos com fluido, assim, medindo o fluxo do um ou mais agentes sobre o olho. Dependendo da quantidade e tipo de re- servatórios e mecanismos de válvula utilizados, um indivíduo pode adaptar o fluxo/liberação do um ou mais agentes para alcançar o efeito terapêutico 20 derivado, isto é, aplicação brusca do um ou mais agentes, aplicação prolon- gada do um ou mais agentes e/ou algo entre aplicação brusca e prolongada. Essa disposição da cadeia ou sacos e/ou reservatórios de fluido fornece um fluxo regular do agente que leva em consideração a taxa de piscamento humana normal de cerca de quatro (4) a oito (8) piscamentos por minuto.
Referindo-se agora às Figuras 10A e 10B, é ilustrada uma vista
em seção transversal da modalidade exemplificadora em que uma primeiro zona de fluido circunda uma segundo zona de fluido. A Figura 10A ilustra uma lente de contato 1000 que tem pelo menos um conjunto de zonas de fluido 1002, 1004 posicionado na córnea 1006 e que repousa parcialmente 30 sob as pálpebras 1008 e 1010, e a Figura 10B ilustra a mesma lente de con- tato 1000 com as pálpebras 1008 e 1010 fechadas sobre a lente de contato 1010 em piscamento completo. Conforme ilustrado, um saco preenchido com fluido 1002 incorporado na lente de contato 1000 circunda substancial- mente um saco ou reservatório 1004 que compreende o um ou mais agen- tes. O saco preenchido com fluido 1002 pode compreender qualquer fluido adequado e pode ser formado conforme descrito aqui com relação às zonas 5 de estabilização dinâmicas. Além de exercer pressão sobre o reservatório do agente 1004, esse pode atuar como uma zona de estabilização. O reser- vatório do agente 1004 pode ser formado em um modo similar ao do saco preench[do com fluido 1002, mas compreende pelo menos um agente a ser liberado em ou sobre os olhos. O pelo menos um agente pode compreender 10 qualquer material adequado conforme descrito acima e qualquer outro mate- rial para o tratamento de uma condição conforme descrito em detalhes aci- ma. Visto que o reservatório de agente 1004 é projetado para liberar um ou mais agentes, o mesmo compreende, de preferência, um mecanismo de liberação 1012. O mecanismo de liberação 1012 pode compreender qual- 15 quer meio adequado para permitir que o um ou mais agentes passem do reservatório 1004 quando as pálpebras 1008 e 1010 exercem pressão no saco preenchido com fluido 1002 que, por sua vez, causa pressão no reser- vatório de agente 1004 conforme mostrado pelas setas 1014. Em uma mo- dalidade exemplificadora, o mecanismo de liberação 1012 pode compreen- 20 der uma única válvula de verificação de sentido único formada do mesmo material que os sacos 1002 e 1004; entretanto, qualquer material adequado pode ser usado. Em uma modalidade exemplificadora alternativa, o meca- nismo de liberação 1012 pode compreender, simplesmente, poros no reser- vatório 1004 que permitem que o um ou mais agentes passem quando o 25 saco preenchido com fluido 1002 é deformado pelas pálpebras 1008 e 1010, mas evitam que o fluido do olho entre no reservatório 1004.
Em uma modalidade exemplificadora alternativa, a presente in- venção pode ser realizada com apenas um reservatório. A Figura 10C ilustra uma lente de contato 1000 que compreende um agente contendo reservató- 30 rio 1004 e um mecanismo de liberação 1012. Como na modalidade exempli- ficadora descrita acima, o piscamento força o agente contra os olhos; entre- tanto, isso acontece diretamente e não através do saco preenchido com flui- do 1002 ilustrado nas Figuras 10A e 10B. Cada vez que o usuário pisca, o agente é liberado em ou sobre os olhos. Ao contrário da modalidade exem- plificadora anterior, quando o reservatório 1004 está vazio, a lente de conta- to 1000 não mais compreende qualquer saco preenchido com fluido.
5 A Figura 11 ilustra uma vista em seção transversal da modalida-
de exemplificadora em que um reservatório central inclui múltiplos reservató- rios menores ligados. Conforme ilustrado, uma lente de contato 1100 que assenta sobre o olho 1102 e, parcialmente, sob as pálpebras 1104 e 1106 compreende uma série de reservatórios preenchidos com agente 1108 co- 10 nectados de maneira fluida através de mecanismos de válvula 1110. Quan- do uma pessoa pisca, as pálpebras 1104 e 1106 se unem e forçam o pelo menos um agente nos reservatórios 1108 em direção a um reservatório cen- tral 1112 que compreende um mecanismo de liberação 1114. Cada pisca- mento sucessivo faz com que o pelo menos um agente contido nos reserva- 15 tórios 1108 se mova na direção do reservatório central 1112 através das válvulas 1110 até que um determinado ponto seja atingido, de modo que o próximo piscamento faça com que o pelo menos um agente seja liberado através do mecanismo de liberação 1114. Visto que um indivíduo pisca em uma taxa de cerca de quatro (4) a oito (8) piscamentos por minuto, a taxa de 20 dose do pelo menos um aspecto pode ser controlada por meio de inúmeros fatores incluindo tamanho do reservatório 1108/1112 e viscosidade do agen- te.
As válvulas 1110 e mecanismo de liberação 1114 podem com- preender qualquer meio adequado para permitir o fluxo de fluidos, incluindo válvulas de verificação conforme descrito acima. Entretanto, qualquer meio adequado pode ser usado.
De acordo com outra modalidade exemplificadora, uma ou mais zonas de fluido dinâmicas podem ser incorporadas em uma lente de conta- to, de modo que a pressão exercida pelas pálpebras nessas uma ou mais 30 zonas de fluido dinâmicas cause uma resposta dinâmica com o fluido e/ou partículas ali contidas. Em outras palavras, a geometria da uma ou mais zo- nas de fluido e dos materiais ali contidos pode alcançar, mediante pisca-
I mento, uma resposta dinâmica da uma ou mais zonas de fluido, resultando na agitação do fluido/partículas ali contidas e, dessa forma, causando o mo- vimento, isto é, cintilação. Pequenas partículas reflexivas ou brilhantes, por exemplo, helicones, que podem ser suspensas dentro do fluido de um sis- 5 tema fechado ou reservatório, por exemplo, uma zona de fluido dinâmica, poderiam ser agitadas pela ação das pálpebras que passam sobre elas. Isso poderia fazer com que o fluido e as partículas se movessem sobre ou ao redor, criando uma aparência luminosa, cintilante ou brilhante no olho. Isso poderia ser permitido colocando-se fragmentos de um material reflexivo den- 10 tro da zona de fluido e através do ajuste da viscosidade do fluido para adap- tar a extensão/duração do efeito. Os materiais adequados para as partículas podem compreender quaisquer materiais adequados, incluindo fragmentos de chip de mica, pedaços de cristais líquidos de helicone e similares. O flui- do pode compreender qualquer material adequado, incluindo óleos contendo 15 siloxano, como óleo de silicone ou fluidos similares. O óleo de silicone é qualquer dentre grupos funcionais orgânicos que portam siloxanos polimeri- zados ou oligomerizados e ciclizados. Nessa modalidade exemplificadora, é preferencial que se múltiplas zonas de fluido dinâmicas forem utilizadas em uma única lente, que essas sejam, cada uma, um sistema fechado e não se 20 comuniquem entre si. Essas zonas de fluido dinâmicas podem ser, de prefe- rência, localizadas dependendo dos efeitos desejados. Por exemplo, a zona de fluido dinâmica pode ser posicionada para corresponder com o anel Iim- bico. Estudos recentes sugerem que aneis límbicos têm um efeito sobre in- divíduos quando um indivíduo é julgado em atratividade. Consequentemen- 25 te, a zona de fluido dinâmica pode ser usada para melhorar um anel límbico. Alternadamente, um efeito cosmético interessante pode ser alcançado atra- vés da mistura de objetos ou materiais no fluido nos reservatórios que exi- bem efeitos muItiespectrais ou tipo arco-íris. Isso pode resultar em um efeito similar aos efeitos de interferência vistos em filmes finos como bolhas de 30 sabão ou manchas de óleo. Consequentemente, as misturas de tensoativos, óleos ou inclusões de filme fino podem ser adicionadas ou incorporadas no fluido no reservatório e o efeito poderia ser similar ao de um arco-íris em movimento ou cintilante. Por exemplo, o reservatório pode ser preenchido com um líquido que tem pelo menos uma camada de filme fino no mesmo.
Em modalidades exemplificadoras alternativas, vários outros materiais podem ser utilizados para alcançar efeitos diferentes. Por exem- pio, materiais luminescentes, fosforescentes e/ou fluorescentes podem ser adicionados para fornecer um efeito desejado. Pigmentos de interferência podem, também, ser utilizados. Os pigmentos de interferência podem com- preender vários substratos revestidos com filmes finos de uma substância com índice de refração elevado, por exemplo, mica revestida com dióxido de titânio. Os pigmentos de interferência são utilizados em uma ampla gama de aplicações, incluindo aplicações cosméticas. Qualquer um desses materiais pode ser utilizado sozinho ou em combinação com qualquer um dos materi- ais aqui descritos. Independentemente dos materiais utilizados, efeitos adi- cionais podem ser alcançados mediante a variação das propriedades flui- das, por exemplo, viscosidade.
Referindo-se agora às Figuras 12A e B, é ilustrada uma vista plana e vista em seção transversal de uma lente de contato 1200 que com- preende uma única zona de fluido dinâmica 1202 configurada como um anel fora da zona óptica da lente de contato 1200. A zona de fluido dinâmica 20 1202 compreende um reservatório carregado de fluido contendo partículas 1204 conforme descrito acima. À medida que as pálpebras passam sobre a zona de fluido dinâmica 1202, as partículas 1204 são distorcidas e se mo- vem. Esse movimento pode melhorar cosmeticamente a aparência dos o- Ihos conforme apresentado em detalhes acima. É importante observar que 25 embora um único anel contínuo seja ilustrado, a zona de fluido dinâmica da presente invenção pode ser implantada com o uso de qualquer quantidade de segmentos descontínuos. Além disso, a zona de fluido dinâmica pode compreender qualquer design e configuração adequados.
A Figura 13 ilustra uma vista em planta de uma lente de contato 1300 que compreende duas zonas de fluido dinâmicas 1302, cada uma ten- do um formato substancialmente crescente. Nessa modalidade exemplifica- dora, as zonas de fluido dinâmicas 1302 compreendem um recurso de de- sign 1304 como as margens superiores das zonas de fluido 1302 que inte- ragem com a pálpebra superior 1306 durante um piscamento. Essa intera- ção de resultados em uma frente de onda em cada zona de fluido 1302, fa- zendo com que as partículas incorporadas ou suspensas 1308 se tornem 5 agitadas e, assim, reflitam Iuz em um modo dinâmico. Essa modalidade e- xemplificadora pode compreender qualquer número de zonas de fluido di- nâmicas. É importante observar que uma frente de onda pode ser iniciada com ou sem recursos de design incorporados, através, simplesmente, de piscamento e da seleção dos fluidos apropriados.
Em cada uma das modalidades exemplificadoras descritas aci-
ma, as zonas de fluido dinâmicas são superfícies elevadas nas lentes de contato a fim de interagir com as pálpebras. No caso de aprimoramento dos olhos, o fluido e partículas ou materiais ali contidos podem ser incorporados em regiões da lente de contato sem superfícies elevadas, de modo que exis- 15 ta pouca ou nenhuma interação com as pálpebras. Nessa configuração, a dinâmica ou movimento do material ou partículas não seria causado pela interação com as pálpebras, mas através de outros fatores, incluindo movi- mento dos olhos, movimento da cabeça, calor do corpo e qualquer outra função que possa causar movimento. Em outras palavras, o material de me- 20 Ihoramento cosmético para os olhos reflete Iuz com base em estímulo gera- do internamente ou estímulo gerado pelo usuário.
Conforme apresentado acima, as inúmeras modalidades exem- plificadoras podem ser combinadas em qualquer número de permutações. Por exemplo, uma ou mais zonas de fluido podem ser usadas apenas para a 25 aplicação de agente ou para o aprimoramento dos olhos. Em outras modali- dades exemplificadoras, a uma ou mais zonas de fluido podem ser utilizadas para fornecer estabilidade rotacional e aplicação de fármacos, para fornecer estabilidade rotacional e aprimoramento dos olhos e para fornecer estabili- dade rotacional, aplicação de fármacos e aprimoramento dos olhos. Em adi- 30 ção às permutações aqui apresentadas, uma combinação adicional pode ser possível. Designs de aneis límbicos atuais são, em geral, simétricos de for- ma giratória e, dessa forma, o posicionamento rotacional não é um proble- ma. Entretanto, visto que um indivíduo considera o potencial de designs as- simétricos de forma giratória, por exemplo, formatos ovais ou elípticos, ou colocação de vários efeitos em posições alinhadas de modo não giratório e fixas, o alinhamento rotacional das lentes de contato nos olhos se torna um 5 fator. Como um fator, isso é, de preferência, controlado, de outro modo, o padrão ou efeito pretendido disso pode não ser alcançado.
Apesar de acreditar-se que o que foi mostrado e descrito são ás modalidades mais práticas e preferenciais, é óbvio que divergências de de- signs e métodos específicos descritos e mostrados serão sugeridas por a- 10 queles versados na técnica e podem ser usadas sem que se desvie do cará- ter e âmbito da invenção. A presente invenção não é restrita a construções particulares descritas e ilustradas, mas deve ser construída de modo coeso com todas as modificações que possam estar no escopo das reivindicações.

Claims (74)

1. Dispositivo oftálmico compreendendo: uma lente corretiva tendo uma região óptica, uma região perifé- rica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior; e pelo menos uma zona de fluido dinâmica incorporada à lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica é formada de um material de- formável e compreende pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutri- cional e farmacológico para aplicar em um olho de um paciente através de uma ou mais aberturas, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica estando configurada para interagir com as pálpebras de modo que o piscamento o- casione um movimento de pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico.
2. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 1, em que a lente corretiva é uma lente de contato.
3. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 2, em que a lente de contato compreende uma lente de contato suave.
4. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 2, em que a lente de contato compreende uma lente de contato tórica.
5. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 1, que compreende adicionalmente pelo menos uma segunda zona de fluido dinâ- mica incorporada à lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, em que a pelo menos uma segunda zona di- nâmica de fluido circunda substancialmente a pelo menos uma zona de flui- do dinâmica e compreende um material deformável.
6. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 5, em que a pelo menos uma segunda zona de fluido dinâmica está configurada para comprimir a pelo menos uma zona de fluido dinâmica sob pressão da pálpebra durante piscamento, dessa forma, forçando a pelo menos um den- tre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico da pelo menos uma zona de fluido dinâmica sobre o olho.
7. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 6, em que a uma ou mais aberturas compreendem uma válvula configurada para permitir fluxo de fluido unidirecional.
8. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 1, em que a pelo menos uma zona de fluido dinâmica compreende um ou mais reservatórios periféricos e um reservatório central, em que o um ou mais reservatórios periféricos e o reservatório central estão conectados a e em comunicação fluida entre si através de válvulas unidirecionais.
9. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 1, em que o um ou mais reservatórios periféricos estão configurados para compri- mir sob pressão da pálpebra durante piscamento, dessa forma, forçando o pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico de um reservatório periférico para outro reservatório periférico para o reservató- rio central.
10. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 9, em que o reservatório central está configurado para comprimir sob pressão da pálpebra durante piscamento, dessa forma, forçando o pelo menos um den- tre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico abastecido a partir de um ou mais reservatórios periféricos para o olho.
11. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 10, em que a uma ou mais aberturas são posicionadas no reservatório central e compreendem uma válvula configurada para permitir fluxo de fluido unidire- cional.
12. Dispositivo oftálmico compreendendo: uma lente corretiva tendo uma região óptica, uma região perifé- rica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior; e pelo menos uma zona de fluido dinâmica incorporada à lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica é formada de um material de- formável e compreende um material de melhoramento cosmético para os olhos, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica estando configurada para interagir com pálpebras de modo que o piscamento faça com que o material de melhoramento cosmético para os olhos se mova refletindo, dessa forma, Iuz de uma maneira dinâmica.
13. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 12, em que a lente corretiva é uma lente de contato.
14. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 13, em que a lente de contato compreende uma lente de contato suave.
15. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 13, em que a lente de contato compreende uma lente de contato tórica.
16. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 12, em que a pelo menos uma zona de fluido dinâmica compreende um reservatório para o material de melhoramento cosmético para os olhos.
17. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 16, em que o material de melhoramento cosmético para os olhos compreende um fluido e partículas.
18. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 17, em que o fluido compreende óleos de silicone.
19. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 17, em que as partículas compreendem fragmentos de lasca de mica.
20. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 17, em que as partículas compreendem cristais líquidos de helicone.
21. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 17, em que o fluido compreende adicionalmente tensoativos.
22. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 17, em que o fluido compreende adicionalmente óleos.
23. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 17, em que o fluido compreende adicionalmente um líquido tendo pelo menos uma camada de filme fino sobre o mesmo.
24. Dispositivo oftálmico compreendendo: uma lente de contato tendo uma região óptica, uma região peri- férica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior e que exige estabilidade rotacional no olho; pelo menos uma zona de estabilização dinâmica incorporada à lente de contato, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica estando configurada para facilitar alinhamento, através da rotação, da lente de conta- to no olho em um ângulo rotacional para acuidade visual ideal e compreen- de um material deformável à temperatura do olho, e em que as pálpebras fazem um ângulo de contato com a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica que muda quando as pálpebras se movem ao longo de pelo me- nos uma zona de estabilização dinâmica; e pelo menos uma zona de fluido dinâmica incorporada à lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica é formada de um material de- formável e compreende pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutri- cional e farmacológico para aplicar em um olho de um paciente através de uma ou mais aberturas, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica estando configurada para interagir com as pálpebras de modo que o piscamento o- casione um movimento do pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico.
25. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 24, em que a lente corretiva é uma lente de contato.
26. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 25, em que a lente de contato compreende uma lente de contato suave.
27. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 25, em que a lente de contato compreende uma lente de contato tórica.
28. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 24, em que o ângulo de contato entre as pálpebras e a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica aumenta durante piscamento aumentando, dessa forma, a força rotacional que atua sobre a lente de contato até que as pál- pebras estejam substancialmente em contato uma com a outra aplainando, dessa forma, o material deformável na pelo menos uma zona de estabiliza- ção dinâmica.
29. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 24, em que o material deformável compreende um líquido biocompatível à tempera- tura do olho.
30. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 24, em que o material deformável compreende um gel biocompatível à temperatura do olho.
31. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 24, em que o material deformável compreende um gás biocompatível à temperatura do olho.
32. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 24, que compreende adicionalmente pelo menos uma segunda zona de fluido dinâ- mica incorporada à lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, em que a pelo menos uma segunda zona di- nâmica de fluido circunda substancialmente a pelo menos uma zona de flui- do dinâmica e compreende um material deformável.
33. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 32, em que a pelo menos uma segunda zona de fluido dinâmica está configurada para comprimir a pelo menos uma zona de fluido dinâmica sob pressão da pálpebra durante piscamento, dessa forma, forçando o pelo menos um den- tre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico de pelo menos uma zona de fluido dinâmica sobre o olho.
34. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 33, em que a uma ou mais aberturas compreendem uma válvula configurada para permitir fluxo de fluido unidirecional.
35. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 24, em que a pelo menos uma zona de fluido dinâmica compreende um ou mais reservatórios periféricos e um reservatório central, o um ou mais reservató- rios periféricos e o reservatório central sendo conectados à e em comunica- ção fluida entre si através de válvulas unidirecionais.
36. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 24, em que o um ou mais reservatórios periféricos estão configurados para compri- mir sob pressão da pálpebra durante piscamento, dessa forma, forçando o pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico de um reservatório periférico para outro reservatório periférico ao reservatório central.
37. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 36, em que o reservatório central está configurado para comprimir sob pressão da pálpebra durante piscamento, dessa forma, forçando o pelo menos um den- tre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico abastecido do um ou mais reservatórios periféricos para o olho.
38. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 37, em que a uma ou mais aberturas são posicionadas no reservatório central e compreendem uma válvula configurada para permitir fluxo de fluido unidire- cional.
39. Dispositivo oftálmico compreendendo: uma lente de contato tendo uma região óptica, uma região peri- férica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior e que exige estabilidade rotacional no olho; e pelo menos uma zona de estabilização dinâmica incorporada à lente de contato, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica estando configurada para facilitar alinhamento, através da rotação, da lente de conta- to no olho a um ângulo rotacional para acuidade visual ideal e compreen- dendo um material deformável, e em que as pálpebras fazem um ângulo de contato com a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica que muda quando as pálpebras se movem ao longo da pelo menos uma zona de esta- bilização dinâmica, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica tam- bém compreende um material de melhoramento cosmético para os olhos, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica sendo configurada para interagir com as pálpebras de modo que o piscamento faça com que o mate- rial de melhoramento cosmético para os olhos se mova, refletindo, dessa forma, Iuz de uma maneira dinâmica.
40. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 39, em que a lente corretiva é uma lente de contato.
41. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 40, em que a lente de contato compreende uma lente de contato suave.
42. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 40, em que a lente de contato compreende uma lente de contato tórica.
43. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 39, em que o ângulo de contato entre as pálpebras e a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica aumenta durante piscamento aumentando, dessa forma, a força rotacional que atua sobre a lente de contato até que as pál- pebras estejam substancialmente em contato uma com a outra aplainando, dessa forma, o material deformável na pelo menos uma zona de estabiliza- ção dinâmica.
44. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 39, em que o material deformável compreende um líquido biocompatível à tempera- tura do olho.
45. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 39, em que o material deformável compreende um gel biocompatível à temperatura do olho.
46. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 39, em que o material deformável compreende um gás biocompatível à temperatura do olho.
47. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 39, em que o material de melhoramento cosmético para os olhos compreende um fluido e partículas.
48. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 47, em que o fluido compreende óleos de silicone.
49. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 47, em que as partículas compreendem fragmentos de lasca de mica.
50. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 47, em que as partículas compreendem cristais líquidos de helicone.
51. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 47, em que o fluido compreende adicionalmente tensoativos.
52. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 47, em que o fluido compreende adicionalmente óleos.
53. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 47, em que o fluido compreende adicionalmente um líquido tendo pelo menos uma camada de filme fino sobre o mesmo.
54. Dispositivo oftálmico compreendendo: uma lente de contato tendo uma região óptica, uma região peri- férica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior e que exige estabilidade rotacional no olho; pelo menos uma zona de estabilização dinâmica incorporada à lente de contato, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica estando configurada-para-facilitar-alinhamento, ,através da rotação, da lente de conta- to no olho em um ângulo rotacional para acuidade visual ideal e compreen- de um material deformável á temperatura do olho, e em que as pálpebras fazem um ângulo de contato com a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica que muda quando as pálpebras se movem ao longo da pelo me- nos uma zona de estabilização dinâmica; e pelo menos uma zona de fluido dinâmica incorporada à lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica é formada de um material de- formável e compreende um material de melhoramento cosmético para os olhos, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica estando configurada para interagir com pálpebras de modo que o piscamento faça com que o material de melhoramento cosmético para os olhos se mova refletindo, dessa forma, Iuz de uma maneira dinâmica.
55. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 54, em que a lente corretiva é uma lente de contato.
56. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 55, em que a lente de contato compreende uma lente de contato suave.
57. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 55, em que a lente de contato compreende uma lente de contato tórica.
58. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 54, em que o ângulo de contato entre as pálpebras e a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica aumenta durante piscamento aumentando, dessa forma, a força rotacional atuando sobre a lente de contato até que as pálpe- bras estejam substancialmente em contato uma com a outra aplainando, dessa forma, o material deformável na pelo menos uma zona de estabiliza- ção dinâmica.
59. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 54, em que o material deformável compreende um líquido biocompatível à tempera- tura do olho.
60. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 54, em que o material deformável compreende um gel biocompatível à temperatura do olho.
61. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 54, em que o material deformável compreende um gás biocompatível à temperatura do olho.
62. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 54, em que a pelo menos uma zona de fluido dinâmica compreende um reservatório para o material de melhoramento cosmético para os olhos.
63. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 62, em que o material de melhoramento cosmético para os olhos compreende um fluido e partículas.
64. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 63, em que o fluido compreende óleos de silicone.
65. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 63, em que as partículas compreendem fragmentos de lasca de mica.
66. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 63, em que as partículas compreendem cristais líquidos de helicone.
67. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 63, em que o fluido compreende adicionalmente tensoativos.
68. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 63, em que o fluido compreende adicionalmente óleos.
69. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 63, em que o fluido compreende adicionalmente um líquido tendo pelo menos uma camada de filme fino sobre o mesmo.
70. Dispositivo oftálmico compreendendo: uma lente de contato tendo uma região óptica, uma região peri- férica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior e que exige estabilidade rotacional no olho; pelo menos uma zona de fluido dinâmica incorporada à lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica sendo formada de um material deformável e compreende pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico para aplicar em um olho de um paciente através de uma ou mais aberturas, em que a pelo menos uma zona de fluido dinâ- mica estando configurada para interagir com as pálpebras de modo que o piscamento ocasione um movimento de pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico; e pelo menos uma zona de estabilização dinâmica incorporada à lente de contato, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica estando configurada para facilitar alinhamento, através da rotação, da lente de conta-5 to no olho a um ângulo rotacional para acuidade visual ideal e compreende um material deformável, e em que as pálpebras fazem um ângulo de contato com a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica que muda quando as pálpebras se movem ao longo da pelo menos uma zona de estabilização dinâmica, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica também com- preende um material de melhoramento cosmético para os olhos, a pelo me- nos uma zona de estabilização dinâmica estando configurada para interagir com as pálpebras de modo que o piscamento faça com que o material de melhoramento cosmético para os olhos se mova, refletindo, dessa forma, Iuz de uma maneira dinâmica.
71. Dispositivo oftálmico compreendendo: uma lente de contato tendo uma região óptica, uma região peri- férica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior e que exige estabilidade rotacional no olho; pelo menos uma primeira zona de fluido dinâmica incorporada à lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma primeira zona de fluido dinâmica sendo forma- da de um material deformável e compreende pelo menos um dentre um a- gente terapêutico, nutricional e farmacológico para aplicar em um olho de um paciente através de uma ou mais aberturas, a pelo menos uma primeira zona de fluido dinâmica estando configurada para interagir com as pálpe- bras de modo que o piscamento ocasione movimento de pelo menos um dentre um agente terapêutico, nutricional e farmacológico; pelo menos uma segunda zona de fluido dinâmica incorporada à lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma segunda zona de fluido dinâmica sendo for- mada de um material deformável e compreende um material de melhora- mento cosmético para os olhos, a pelo menos uma segunda zona de fluido dinâmica estando configurada para interagir com pálpebras de modo que o piscamento faça com que o material de melhoramento cosmético para os olhos se mova refletindo, dessa forma, Iuz de uma maneira dinâmica; e pelo menos uma zona de estabilização dinâmica incorporada à lente de contato, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica estando configurada para facilitar alinhamento, através da rotação, da lente de conta- to no olho a um ângulo rotacional para acuidade visual ideal e compreende um material deformável à temperatura do olho, e em que as pálpebras fa- zem um ângulo de contato com a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica que muda quando as pálpebras se movem ao longo da pelo me- nos uma zona de estabilização dinâmica.
72. Dispositivo oftálmico compreendendo: uma lente corretiva tendo uma região óptica, uma região perifé- rica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior; e pelo menos uma zona de fluido dinâmica incorporada à lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica é formada de um material de- formável e compreendendo um material de melhoramento cosmético para os olhos, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica inclui um recurso de modelo estando configurada para interagir com a pálpebra superior de modo que o piscamento faça com que o material de melhoramento cosmético para os olhos se mova de maneira similar à onda através de pelo menos uma zona de fluido dinâmica.
73. Dispositivo oftálmico compreendendo: uma lente corretiva tendo uma região óptica, uma região perifé- rica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior; e pelo menos uma zona de fluido dinâmica incorporada à lente de contato entre a superfície frontal e a superfície posterior na região periférica, a pelo menos uma zona de fluido dinâmica compreendendo um material de melhoramento cosmético para os olhos que reflete Iuz com base em estímu- los internamente gerados.
74. Dispositivo oftálmico compreendendo: uma lente de contato tendo uma região óptica, uma região peri- férica que circunda a região óptica, uma superfície frontal e uma superfície posterior e que exige estabilidade rotacional no olho; e pelo menos uma zona de estabilização dinâmica incorporada à lente de contato, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica estando configurada para facilitar alinhamento, através da rotação, da lente de conta- to no olho a um ângulo rotacional para colocação ideal de padrões de anel límbico rotacionalmente assimétricos e compreendendo um material defor- mável, e em que as pálpebras fazem um ângulo de contato com a pelo me- nos uma zona de estabilização dinâmica que muda quando as pálpebras se movem ao longo da pelo menos uma zona de estabilização dinâmica, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica também compreende um mate- rial de melhoramento cosmético para os olhos, a pelo menos uma zona de estabilização dinâmica estando configurada para interagir com as pálpebras de modo que o piscamento faça com que o material de melhoramento cos- mético para os olhos se mova refletindo, dessa forma, Iuz de uma maneira dinâmica.
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