BR102013001395A2 - dispositivo de ensaio tendo múltiplas células de reagentes - Google Patents

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Abstract

dispositivo de ensaio tendo múltiplas células de reagentes. a presente invenção refere-se a um dispositivo de ensaio que inclui: um zona de amostra líquida; uma zona de reagente a jusante e em comunicação fluida com a zona de amostra. a zona de reagente inclui pelo menos duas células de reagente contendo um material reagente e dispostas na zona de reagente de modo que cada célula de reagente experimenta, substancialmente, as mesmas condições de fluxo da amostra a partir da zona de amostra. as células de reagente dividem o fluxo de amostra a partir da zona de amostra em múltiplas correntes de fluxo. estão também incluídos: um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a jusante a partir da zona de reagente que combinam as múltiplas correntes de fluxo em um número menor de correntes de fluxo; uma zona de detecção em comunicação fluida com a zona de reagente; e uma zona de absorção por efeito capilar em comunicação fluida com a zona de detecção tendo uma capacidade para receber a amostra líquida que flui a partir da zona de detecção. a zona de adição de amostra, a zona de detecção e a zona de absorção por efeito capilar definem uma trajetória de fluxo de fluido.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "DISPOSITIVO DE ENSAIO QUE TEM MÚLTIPLAS CÉLULAS DE REAGENTES".
Referência Remissiva a Pedidos de Depósito Correlatos [001] O presente pedido de patente reivindica a prioridade sob o pedido provisório US n° 61/588.738, depositado em 2 0 de janeiro de 2012, cuja descrição está aqui incorporada por referência, em sua totalidade.
Campo da Invenção [002] A presente invenção refere-se ao campo de ensaios diagnósticos e, em particular, aos ensaios de fluxo lateral em que um analito a ser detectado está presente em uma amostra biológica. Antecedentes [003] Os ensaios diagnósticos são amplamente distribuídos e importantes para o diagnóstico, tratamento e controle de muitas doenças. Diferentes tipos de ensaios diagnósticos foram desenvolvidos ao longo dos anos de modo a simplificar a detecção de vários analitos em amostras clínicas como sangue, soro, plasma, urina, saliva, biópsias de tecido, fezes, escarro, pele ou esfregaços de garganta e amostras de tecido ou amostras de tecido processadas. Espera-se que estes ensaios forneçam um resultado rápido e confiável, mas é fácil de usar e de fabricação barata. De forma compreensível, é difícil satisfazer todos estes requisitos em apenas um ensaio. Na prática, muitos ensaios são limitados por sua velocidade. Outro parâmetro importante é a sensibilidade. Desenvolvimentos recentes na tecnologia dos ensaios levaram a testes progressivamente mais sensíveis que permitem a detecção de um analito em quantidades traço assim como a detecção de indicadores de doença em uma amostra no menor tempo possível. [004] Um tipo comum de dispositivo de ensaio descartável inclui uma zona ou área para receber a amostra líquida, uma zona conjugada também conhecida como uma zona de reagente, e uma zona de reação também conhecida como uma zona de detecção. Estes dispositivos de ensaio são comumente conhecidos como tiras de teste de fluxo lateral. Elas empregam um material poroso, por exemplo, nitrocelulose, definindo uma trajetória para o fluxo de fluidos capaz de suportar o fluxo capilar. Exemplos incluem aquelas mostradas nas patentes US n% 5.559.041, 5.714.389, 5.120.643, e 6.228.660 que estão aqui incorporadas a título de referência nas suas totalidades. [005] A zona de adição de amostra consiste frequentemente em um material mais poroso, capaz de absorver a amostra, e, quando se deseja separar as células do sangue, também é eficaz para aprisionar os eritrócitos. Exemplos destes materiais são materiais fibrosos, como papel, velocino (fleece), gel ou tecido, que compreende, por exemplo, celulose, lã, fibra de vidro, asbesto, fibras sintéticas, polímeros, ou misturas dos mesmos. [006] O documento WO 2007/012975 apresenta um dispositivo híbrido que inclui um canal capilar que tem bifurcações destinadas a ajudar a apresentar uma frente de fluido mais unida à câmara de ressuspensão, e assim aumentar a velocidade de detecção de uma substância e melhorar a precisão dos resultados detectados. O documento US 2009/0311805 apresenta um dispositivo de ensaio que tem um conjugado depositado em uma zona de conjugado. O documento US 6.271.040 apresenta um dispositivo de ensaio que tem uma câmara de reação 4 que inclui pós secos ou liofilizados. O formato da câmara de reação é apresentado como sendo de modo que o movimento das misturas de reação a partir da câmara de reação não é turbulento e turbilhões não são formados como um resultado do movimento para fora da câmara de reação. [007] Outro tipo de dispositivo de ensaio é um ensaio não poroso que tem projeções para induzir o fluxo capilar. Exemplos destes dispositivos de ensaio incluem o dispositivo de fluxo lateral aberto, como apresentado nos documentos WO 2003/103835, WO 2005/089082, WO 2005/118139, e WO 2006/137785, que estão aqui incorporados a título de referência nas suas totalidades. [008] Outro tipo de dispositivo de ensaio é um ensaio não poroso que tem projeções para induzir o fluxo capilar. Exemplos destes dispositivos de ensaio incluem o dispositivo de fluxo lateral aberto, como apresentado nos documentos WO 2003/103835, WO 2005/089082, WO 2005/118139, e WO 2006/137785, que estão aqui incorporados a título de referência nas suas totalidades. [009] Um dispositivo de ensaio não poroso conhecido é mostrado na figura 1. O dispositivo de ensaio 1, tem pelo menos uma zona de adição de amostra 2, uma zona de reagente 3, pelo menos uma zona de detecção 4, e pelo menos uma zona de absorção por efeito capilar 5. As zonas formam uma trajetória de fluxo pela qual a amostra flui da zona de adição de amostra até a zona de absorção por efeito capilar. Também são incluídos elementos de captura, como anticorpos, na zona de detecção 4, capazes de se ligar ao analito, opcionalmente, depositado sobre o dispositivo (tal como por revestimento); e um material conjugado marcado também capaz de participar nas reações que irão permitir a determinação da concentração do analito, depositado sobre o dispositivo na zona de reagente, sendo que o material conjugado marcado carrega um marcador para detecção na zona de detecção. O material conjugado é dissolvido conforme a amostra flui através da zona de reagente formando uma pluma de conjugado material conjugado marcado dissolvido e amostra que flui à jusante para a zona de detecção. Conforme a pluma de conjugado flui para a zona de detecção, o material conjugado será capturado pelos elementos de captura, tal como através de um complexo de material conjugado e analito (como em um ensaio "sanduíche") ou diretamente (como em um ensaio "competitivo"). O material conjugado dissolvido não ligado será arrastado após a zona de detecção para dentro da pelo menos uma zona de absorção por efeito capilar 5. [0010] Um instrumento como aquele apresentado em US 20060289787A1, US 20070231883A1, US 7.416.700 e US 6.139.800, todos incorporados por referência nas suas totalidades, é capaz de detectar o analito e marcador conjugados ligados na zona de reação. Os marcadores comuns incluem corantes fluorescentes que podem ser detectados por instrumentos que excitam os corantes fluorescentes e incorporam um detector capaz de detectar os corantes fluorescentes. Tais instrumentos têm uma janela de leitura que tem umalargura tipicamente da ordem de 1 mm, que é uma largura geralmente suficiente para ler bastante suficiente, sujeita a uma largura adequada da pluma de conjugado. [0011] Uma desvantagem com tais dispositivos de ensaio conhecidos, como aqueles descritos acima, é que a corrente de conjugado dissolvido na zona de reação é frequentemente mais estreita do que a janela de leitura do instrumento, o que pode ter um impacto negativo sobre a sensibilidade e variabilidade do ensaio. Isto é de preocupação particular para projetos como aqueles descritos acima, onde o material conjugado é depositado no centro da zona de conjugado e é dissolvido a partir dos lados conforme o fluxo de amostra passa. Se o canal for feito mais largo do que a janela de leitura, embora a largura do reagente dissolvido possa ser compatível com o tamanho da janela de leitura, a amostra fluida fora da janela de leitura não contribui com sinal e é desperdiçada. Outra desvantagem é que o reagente dissolvido não é adequadamente misturado com a amostra no momento em que ela atinge a zona de reação, com o resultado sendo um sinal menor no meio da zona de reação porque o reagente dissolvido tem concentração local maior e precisa se difundir para misturar com a amostra mais afastada do reagente e se ligar ao analito e, portanto, menos sinal é lido pela janela de leitura do instrumento. [0012] O tamanho da amostra para tais dispositivos de ensaio típicos, conforme mostrado na figura 1, são geralmente da ordem de 200 pl. Tal tamanho de amostra exige uma coleta de sangue venoso feita por um profissional médico, tal como um flebotomista. Há uma necessidade crescente por dispositivos de fluxo lateral que sejam capazes de funcionar com um tamanho de amostra muito menor para acomodar a quantidade de sangue disponível a partir de uma coleta de sangue da "ponta do dedo", que é da ordem de 25 pl ou menos. Tal pequena quantidade de amostra é a quantidade de sangue em uma gota de sangue após uma picada da ponta do dedo com uma lanceta. Os medidores de glicose sanguínea caseiros usam tipicamente uma gota de sangue obtida de tal forma para fornecer os níveis de glicose no sangue. Este tamanho de amostra menor não exigiría um profissional médico para coletar o sangue e fornecería mais conforto aos pacientes que fornecem a amostra para análise. [0013] Para reduzir o tamanho de amostra necessário, as dimensões dos dispositivos de ensaio de fluxo lateral são reduzidos para acomodar o menor tamanho de amostra. Entretanto, descobriu-se que a redução do tamanho de amostra e das dimensões do dispositivo fornece conjugado inadequado na zona de detecção e, consequentemente, menos sinal pode ser lido pelo instrumento. Acredita-se que o conjugado inadequado na zona de detecção seja devido ao tamanho reduzido da amostra e ao uso ineficiente da amostra no dispositivo, dentre outras condições. Outra desvantagem da redução das dimensões é que a largura da zona de detecção também será reduzida, novamente disponibilizando menos sinal do que pode ser lido pelo instrumento. [0014] Consequentemente, existe uma necessidade por um dispositivo de ensaio que possa fornecer uma pluma de reagente mais larga na zona de detecção, melhor mistura do reagente dissolvido e amostra, e faz um uso mais eficaz da amostra em um dispositivo de ensaio, particularmente, nos dispositivos nos quais o material conjugado é depositado no centro da zona de conjugado e é dissolvido a partir dos lados.
Sumário da Invenção [0015] A presente invenção se refere a um dispositivo de ensaio que alivia um ou mais dos problemas anteriormente mencionados descritos acima. [0016] Um aspecto da invenção se refere a um dispositivo de ensaio que inclui: uma zona de amostra líquida; uma zona de reagente a jusante e em comunicação fluida com a zona de amostra que compreende pelo menos duas células de reagente contendo um material reagente e dispostas na zona de reagente de modo que cada célula de reagente experimenta substancialmente condições de fluxo iguais às da amostra da zona de amostra, sendo que as células de reagente dividem o fluxo de amostra da zona de amostra em múltiplas correntes de fluxo; um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a jusante a partir da zona de reagente que combina as múltiplas correntes de fluxo em um número menor de correntes de fluxo; uma zona de detecção em comunicação fluida com a zona de reagente; e uma zona de absorção por efeito capilar em comunicação fluida com a zona de detecção tendo uma capacidade para receber a amostra líquida que flui a partir da zona de detecção, sendo que a zona de adição de amostra, a zona de detecção e a zona de absorção por efeito capilar definem uma trajetória de fluxo de fluido. [0017] Outro aspecto da invenção se refere a um dispositivo de ensaio que inclui: uma zona de adição de amostra líquida; uma zona de reagente a jusante e em comunicação fluida com a zona de adição de amostra que compreende células de reagente 2n, em que n é um número inteiro não negativo, diferente de zero, dispostas na zona de reagente de modo que cada célula de reagente experimenta substancialmente condições de fluxo iguais às da amostra da zona de adição de amostra, sendo que as células de reagente dividem o fluxo de amostra a partir da zona de amostra em múltiplas correntes de fluxo; elementos de controle de fluxo que separam as células de reagente; um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a jusante a partir da zona de reagente que combina as múltiplas correntes de fluxo em um número menor de correntes de fluxo; uma zona de detecção em comunicação fluida com a zona de reagente capaz de produzir um sinal detectável; e uma zona de absorção por efeito capilar em comunicação fluida com a zona de detecção tendo uma capacidade para receber a amostra líquida fluindo a partir da zona de detecção, em que a zona de adição de amostra, a zona de detecção e a zona de absorção por efeito capilar definem uma trajetória de fluxo de fluido. [0018] De acordo com um outro aspecto da invenção, foi fornecido um método para fazer um ensaio em uma amostra líquida para a presença ou concentração de um ou mais analito(s) ou controle(s), no dispositivo de ensaio descrito acima. O método inclui: depositar uma amostra líquida contendo os analitos de interesse em uma zona de adição de amostra do dispositivo de ensaio; mover a amostra por ação capilar através de uma trajetória de fluxo de fluido para uma zona de reagente onde ela dissolve um ou mais reagentes; descarregar a amostra da zona de reagente tendo uma pluma de reagente contendo um ou mais reagentes e para dentro das zonas de detecção por ação capilar através da trajetória de fluxo de fluido, em que sinais representantes da presença ou da concentração de anaiitos ou controles são produzidos; e ler os sinais que são produzidos nas zonas de detecção para determinar a presença ou a concentração do(s) analito(s) ou controle(s). [0019] De acordo com um outro aspecto da invenção, é fornecido um método para controlar o fluxo em torno da zona de reagente em um dispositivo de ensaio. O método inclui: fornecer uma zona de amostra líquida; fornecer uma zona de reagente a jusante e em comunicação fluida com a zona de amostra que compreende pelo menos duas células de reagente dispostas na zona de reagente de modo que cada célula de reagente experimenta substancialmente condições de fluxo iguais às da amostra a partir da zona de amostra, sendo que as células de reagente dividem o fluxo de amostra a partir da zona de amostra em múltiplas correntes de fluxo; fornecer um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a montante a partir da zona de reagente, dispostos para fornecer portas de canal tendo uma largura mais estreita que as células de reagente e que são adaptadas para constringir o fluxo da amostra que sai da zona de amostra; fornecer um ou mais elementos de controle de fluxo a jusante a partir da zona de reagente, que combinam as múltiplas correntes de fluxo em um número menor de correntes de fluxo; fornecer uma zona de detecção em comunicação fluida com a zona de reagente; fornecer uma zona de absorção por efeito capilar em comunicação fluida com a zona de captura tendo uma capacidade para receber a amostra líquida fluindo a partir da zona de captura, sendo que a zona de amostra, a zona de detecção e a zona de absorção por efeito capilar definem uma trajetória de fluxo de fluido; adicionar a amostra à zona de amostra; fazer fluir a amostra a partir da zona de amostra através das portas de canal de fluxo a montante que aumentam a velocidade fluxo; fazer fluir a amostra através da zona de reagente, de modo que o fluxo tenha uma velocidade aumentada próximo da borda do reagente em comparação ao fluxo a uma distância a partir da borda do reagente, resultando em uma dissolução mais completa da zona de reagente; fazer fluir a amostra através das portas de canal de fluxo a jusante, o que aumenta a velocidade do fluxo e resulta um uma pluma de reagente mais larga fluindo através da zona de detecção, em comparação a uma pluma de reagente gerada por uma única célula de reagente. [0020] Outros objetivos, recursos e vantagens da presente invenção ficarão evidentes aos versados na técnica, a partir da consideração detalhada das modalidades preferenciais que são apresentadas a seguir.
Breve Descrição dos Desenhos [0021] A Figura 1 mostra um dispositivo de ensaio conhecido. [0022] A Figura 2 mostra uma vista esquemática de um dispositivo de ensaio que tem quatro células de reagentes de acordo com uma modalidade da invenção. [0023] A Figura 3 mostra uma vista expandida da zona de reagente de acordo com a figura 2. [0024] A Figura 4 mostra uma vista esquemática de uma zona de reagente de um dispositivo de ensaio que tem oito células de reagentes de acordo com uma modalidade preferencial da invenção. [0025] As Figuras 5a e b mostram vistas esquemáticas de um dispositivo de ensaio que tem duas células de reagentes de acordo com uma modalidade preferencial da invenção. [0026] A Figura 6 mostra uma vista esquemática de um dispositivo de ensaio que tem duas células de reagentes de acordo com uma modalidade preferencial da invenção. [0027] A Figura 7 mostra uma vista esquemática de um dispositivo de ensaio que tem duas células de reagentes de acordo com uma modalidade preferencial da invenção. [0028] As Figuras 8A-D são fotos mostrando a largura de uma pluma de reagente a partir de uma zona de múltiplos reagentes de acordo com a presente invenção, em comparação a uma única zona de reagente. [0029] A Figura 9 mostra um gráfico de intensidade de sinal versus o número de células do reagente (isto é, conjugado). [0030] A Figura 10 mostra um gráfico de pico versus volume do ensaio. [0031] As Figuras 11 e 12 mostram a sensibilidade de diferentes dispositivos de ensaio com NTproBNP como o analito. [0032] A Figura 13 é um gráfico da concentração de pró- calcitonina em função da área de pico média usando uma amostra de sangue total e uma lavagem. [0033] A Figura 14 é um gráfico da concentração de pró- calcitonina em função da área de pico média usando uma amostra de sangue total. [0034] A Figura 15 mostra uma vista esquemática de um dispositivo de ensaio que tem duas células de reagentes de acordo com uma modalidade preferencial da invenção.
Descrição Detalhada das Modalidades Preferenciais [0035] Conforme usado neste relatório descritivo e nas reivindicações em anexo, as formas no singular "o," "a", "um", "uma" incluem referências no plural a menos que o contexto claramente determinar de outro modo. [0036] O termo "cerca de" para uso com relação a um valor numérico ao longo da descrição e das reivindicações denota um intervalo de precisão, familiar e aceitável para um versado na técnica. O intervalo é, de preferência, ± 10 %. [0037] O termo "amostra" na presente invenção significa um volume de um líquido, solução ou suspensão, destinado a ser submetido à determinação qualitativa ou quantitativa de qualquer uma de suas propriedades, tal como a presença ou ausência de um componente, a concentração de um componente, etc. As amostras típicas no contexto da presente invenção são fluidos corporais humanos ou animais, como sangue, plasma, soro, linfa, urina, saliva, sêmen, fluido amniótico, fluido gástrico, flegma, escarro, muco, lágrimas, fezes, etc. Outros tipos de amostras são derivadas de amostras de tecido humano ou animal onde a amostra de tecido foi processada em um líquido, solução, ou suspensão para revelar componentes particulares do tecido para exame. As modalidades da presente invenção são aplicáveis a todas as amostras corporais, mas de preferência a amostras de sangue total, urina ou escarro. [0038] Em outros casos, a amostra pode ser relacionada a testes de alimentos, testes ambientais, testes de ameaças biológicas ou risco biológico, etc. Este é apenas um pequeno exemplo de amostras que podem ser usadas na presente invenção. [0039] Na presente invenção, a determinação com base no fluxo lateral de uma amostra e a interação dos componentes presentes na amostra com reagentes presentes no dispositivo ou adicionados ao dispositivo durante o procedimento e a detecção de tal interação, qualitativamente ou quantitativamente, podem ser para qualquer propósito, como fins de diagnóstico. Tais testes são frequentemente chamados de ensaios de fluxo lateral. [0040] Exemplos de determinações diagnosticas incluem, mas não se limitam à determinação de analitos, também chamados de marcadores, específicos para diferentes distúrbios, por exemplo, transtornos metabólicos crônicos, como glicose sanguínea, cetonas no sangue, glicose na urina (diabetes), colesterol sanguíneo (ateroesclerose, obesidade, etc); marcadores de outras doenças específicas, por exemplo, doenças agudas, como marcadores de infarto coronariano (por exemplo, troponina-T, NT-ProBNP), marcadores da função da tireoide (por exemplo, determinação do hormônio estimulante da tireoide (TSH)), marcadores de infecções virais (o uso de imunoensaios de fluxo lateral para a detecção de anticorpos virais específicos); etc. [0041] Ainda outro campo importante é o campo de diagnósticos de acompanhamento onde um agente terapêutico, tal como um fármaco, é administrado a um indivíduo precisando de tal fármaco. Um ensaio adequado é então conduzido para determinar o nível de um marcador adequado para determinar se o fármaco está tendo seu efeito desejado. Alternatívamente, o dispositivo de ensaio da presente invenção pode ser usado antes da administração de um agente terapêutico para determinar se o agente irá ajudar o indivíduo em necessidade. [0042] Ainda outro campo importante é o de testes de drogas, para a detecção fácil e rápida de drogas e metabólitos de drogas que indicam abuso de drogas; como a determinação de drogas e metabólitos de drogas (por exemplo, THC) em amostras de urina etc. [0043] O termo "analito" é usado como um sinônimo do termo "marcador" e se destina a abranger qualquer substância química ou biológica que é medida quantitativamente ou qualitativamente e pode incluir pequenas moléculas, proteínas, anticorpos, DNA, RNA, ácidos nucleicos, componentes virais ou vírus intactos, componentes de bactérias ou bactérias intactas, componentes celulares ou células intactas e complexos e derivados dessas substâncias. [0044] Os termos "zona", "área" e "sítio" são usados no contexto de desta descrição, exemplos e reivindicações para definir partes da trajetória do fluxo de fluidos em um substrato, em dispositivos da técnica anterior ou em um dispositivo de acordo com uma modalidade da invenção. [0045] O termo "reação" é usado para definir qualquer reação que ocorre entre os componentes de uma amostra e pelo menos um reagente ou reagentes sobre ou no substrato, ou entre dois ou mais componentes presentes na amostra. O termo "reação" é usado, em particular, para definir a reação que ocorre entre um analito e um reagente como parte da determinação qualitativa ou quantitativa do analito. [0046] O termo "substrato" significa o veículo ou matriz à qual uma amostra é adicionada, e sobre ou na qual a determinação é feita, ou onde a reação entre o analito e o reagente ocorre. [0047] A presente invenção se refere a um dispositivo de ensaio de fluxo lateral para determinar a presença ou a quantidade de ao menos um analito que soluciona, pelo menos em parte, o problema de redução no sinal devido a uma pluma de reagente estreita ou redução no tamanho da amostra. A figura 2 mostra uma vista esquemática de uma modalidade preferencial de tal dispositivo de acordo com a invenção. O dispositivo de ensaio 10 tem pelo menos uma zona de amostra (também chamada de zona de adição de amostra) 20, pelo menos uma zona de reagente 30, pelo menos uma zona de detecção 40, e pelo menos uma zona de absorção por efeito capilar 50. As zonas formam uma trajetória de fluxo pela qual a amostra flui da zona de adição de amostra até a zona de absorção por efeito capilar. [0048] Os componentes do dispositivo de ensaio (isto é, uma estrutura física do dispositivo, seja ela uma peça separada de outras partes do dispositivo ou não) podem ser preparados a partir de copolímeros, blendas, laminado, folhas metalizadas, filmes metalizados ou metais. Alternativamente, os componentes do dispositivo podem ser preparados a partir de copolímeros, blendas, laminados, folhas metalizadas, filmes metalizados ou metais depositados sobre um dos seguintes materiais: poliolefinas, poliésteres, polímeros contendo estireno, policarbonato, polímeros acrílicos, polímeros contendo cloro, homopolímeros e copolímeros de acetal, celulósicos e seus ésteres, nitrato de celulose, polímeros contendo flúor, poliamidas, poli-imidas, polimetilmetacrilatos, polímeros contendo enxofre, poliuretanos, polímeros contendo silício, vidro, e materiais cerâmicos. Alternativamente, os componentes do dispositivo são produzidos com um plástico, elastômero, látex, pastilha de silício, ou metal; o elastômero pode compreender polietileno, polipropileno, poliestireno, poliacrilatos, elastômeros de silício, ou látex. Alternativamente, os componentes do dispositivo podem ser preparados a partir de látex, poliestireno látex ou polímeros hidrofóbicos; o polímero hidrofóbico pode compreender polipropileno, polietileno, ou poliéster. Alternativamente, os componentes do dispositivo podem compreender TEFLON®, poliestireno, poliacrilato, ou policarbonato. Alternativamente, os componentes do dispositivo são produzidos a partir de plásticos que são capazes de serem gofrados, triturados ou moldados por injeção ou a partir de superfícies de filmes de cobre, prata e ouro sobre os quais vários alcanotiois de cadeia longa podem ser adsorvidos. As estruturas de plástico que são capazes de serem trituradas ou moldadas por injeção podem compreender um poliestireno, um policarbonato, ou um poliacrilato. Em uma modalidade particularmente preferencial, o dispositivo de ensaio é moldado por injeção a partir de um polímero de ciclo olefina, como os vendidos sob o nome Zeonor®. As técnicas de modelagem por injeção preferenciais são descritas nas patentes US n° 6.372.542, 6.733.682, 6.811.736, 6.884.370, e 6.733.682, todos as quais estão aqui incorporadas a título de referência nas suas totalidades. [0049] A trajetória de fluxo pode incluir trajetórias abertas ou fechadas, sulcos, e capilares. De preferência, a trajetória de fluxo compreende uma trajetória de fluxo lateral de projeções adjacentes, que têm um tamanho, formato e espaçamento mútuo para que o fluxo capilar seja suportado através da trajetória de fluxo. Em uma modalidade, a trajetória de fluxo é em um canal dentro do substrato que tem uma superfície de fundo e paredes laterais. Nesta modalidade, as projeções se projetam da superfície de fundo do canal. As paredes laterais podem contribuir ou não para a ação capilar do líquido. Se as paredes laterais não contribuírem para a ação capilar do líquido, então, uma lacuna pode ser fornecida entre as projeções mais externas e as paredes laterais para manter o líquido contido na trajetória de fluxo definida pelas projeções. A figura 1 mostra as projeções 7. [0050] Em uma modalidade, a trajetória de fluxo é ao menos parcialmente aberta. Em outra modalidade, a trajetória de fluxo é completamente aberta. Aberto significa que não há tampa ou cobertura em uma distância capilar. Desta forma, a tampa, se estiver presente como uma proteção física da trajetória de fluxo, não contribui para o fluxo capilar na trajetória de fluxo. Uma trajetória de fluxo lateral aberto é descrita, por exemplo, nos seguintes pedidos publicados: WO 2003/103835, WO 2005/089082; WO 2005/118139; WO 2006/137785; e WO 2007/149042, todos os quais estão aqui incorporados a título de referência nas suas totalidades. As projeções têm uma altura (H), um diâmetro (D) e uma distância ou distâncias entre as projeções (t1, t2) para que o fluxo capilar lateral do fluido, como plasma, de preferência, plasma humano, na zona seja obtido. Estas dimensões são mostradas no documento US 2006/0285996, que está incorporado a título de referência em sua totalidade. Além de otimizar a altura acima mencionada, o diâmetro e uma distância ou distâncias entre as projeções, as projeções podem ter uma funcionalidade química, biológica ou física desejada, por exemplo, pela modificação da superfície das projeções. Em uma modalidade, as projeções têm uma altura no intervalo de cerca de 15 a cerca de 150 pm, de preferência, cerca de 30 a cerca de 100 pm, um diâmetro de cerca de 10 a cerca de 160 pm, de preferência, 40 a cerca de 100 pm, e uma lacuna ou lacunas entre as projeções de cerca de 3 a cerca de 200 pm, de preferência, 5 a cerca de 50 pm ou 10 a 50 pm umas das outras. O canal de fluxo pode ter um comprimento de cerca de 5 a cerca de 500 mm, de preferência, cerca de 10 a cerca de 100 mm, e uma largura de cerca de 0,3 a cerca de 10 mm, de preferência, cerca de 0,3 a cerca de 3 mm, de preferência, cerca de 0,5 a 1,5, e de preferência, cerca de 0,5 a 1,2 mm. [0051] Embora a maior parte da detecção ocorra na porção da zona de detecção da trajetória do fluxo de fluidos, também é possível que a detecção possa ocorrer em outras partes do dispositivo. Por exemplo, medições de integridade da amostra não invasivas e não reativas podem ocorrer entre a zona de amostra e a zona de reagente ou a zona de adição de reagente, de preferência, após um elemento de filtro, se estiver presente. Outras medições podem incluir leituras em branco, uma sequência de reação de uma parte ou de duas partes para medir hemoglobina e hemoglobina glicada para a determinação de HbA1c, etc. [0052] A zona de amostra líquida 20, também chamada de zona de adição de amostra líquida, recebe uma amostra a partir de um dispensador de amostras, como uma pipeta. A amostra é tipicamente depositada sobre o topo da zona. A zona de adição de amostras é capaz de transportar a amostra líquida do ponto onde a amostra é depositada até a zona de reagente, através de um filtro opcional e da zona de adição de reagente, de preferência, através de fluxo capilar. A estrutura que induz o fluxo capilar pode incluir materiais porosos, como nitrocelulose, ou de preferência, através de projeções, como micro-pilares, conforme mostrado na figura 1. Nestes dispositivos que podem usar volumes de sangue obtidos a partir de picadas no dedo, a amostra pode ser tocada diretamente a partir do dedo, ou por uma pipeta capilar conforme descrito no pedido copendente. [0053] Um material filtrante (não mostrado) pode ser colocado na zona de adição de amostras para filtrar particulados da amostra ou para filtrar células do sangue para que o plasma possa se deslocar mais através do dispositivo. [0054] Localizada entre a zona de adição de amostras e a zona de detecção está uma zona de reagente 30. A zona de reagente pode incluir reagente(s) integrado(s) no elemento analítico e são geralmente reagentes úteis na reação—parceiros de ligação como anticorpos ou antígenos para imunoensaios, substratos para ensaios enzimáticos, sondas para ensaios diagnósticos moleculares, ou são materiais auxiliares como materiais que estabilizam os reagentes integrados, materiais que suprimem reações de interferência, etc. Geralmente um dos reagentes úteis na reação carrega um sinal detectável, conforme discutido abaixo. Em alguns casos, os reagentes podem reagir com o analito diretamente ou através de uma cascata de reações para formar um sinal detectável como por exemplo, mas sem restrição, uma molécula detectável que usa espectroscopia, como uma molécula colorida ou fluorescente. A quantidade de reagente na zona de reagente pode ser ajustada pelo comprimento do reagente depositado no dispositivo, mas mantendo a mesma largura do reagente. A quantidade de reagente também pode ser ajustada por mudar a largura, porém mantendo o comprimento. A quantidade de reagente pode ser adicionalmente ajustada pela alteração da largura e do comprimento simultaneamente. Em uma modalidade preferencial, a zona de reagente inclui material conjugado. O termo conjugado significa qualquer porção que carrega um elemento de detecção e um parceiro de ligação. [0055] O elemento de detecção é um agente que é detectável com relação a sua distribuição física ou/e a intensidade do sinal que ele libera, por exemplo, mas não se limitando a moléculas luminescentes (por exemplo, agentes fluorescentes, agentes fosforescentes, agentes quimioluminescentes, agentes bioluminescentes e similares), moléculas coloridas, moléculas que produzem cores mediante reação, enzimas, radioisótopos, ligantes que exibem ligação específica e similares. O elemento de detecção também chamado de marcador é escolhido, de preferência, a partir de cromóforos, fluoróforos, marcações radioativas, e enzimas. Os marcadores adequados estão disponíveis junto a fornecedores comerciais, fornecendo uma ampla gama de corantes para a marcação de anticorpos, proteínas, e ácidos nucleicos. Há, por exemplo, fluoróforos ocupando praticamente todo o espectro visível e infravermelho. Os marcadores fluorescentes ou fosforescentes adequados incluem, por exemplo, mas não se limitam a, fluoresceínas, Cy3, Cy5 e similares. Os marcadores quimioluminescentes adequados são, por exemplo, mas não se limitam a, luminol, cialume e similares. [0056] De maneira similar, marcações radioativas estão disponíveis para comercialização, ou elementos de detecção podem ser sintetizados de modo a incorporar um marcador radioativo. As marcações radioativas adequadas são, por exemplo, mas não se limitam a iodo radioativo e fósforo; por exemplo, 125l e 32P. [0057] Os marcadores enzimáticos adequados são, por exemplo, mas não se limitam a peroxidase de raiz-forte, beta-galactosidase, luciferase, fosfatase alcalina e similares. Dois marcadores são "distinguíveis" quando eles podem ser detectados individualmente e quantificados, de preferência, simultaneamente, sem perturbar, interferir ou arrefecer significativamente um ao outro. Dois ou mais marcadores podem ser usados, por exemplo, quando múltiplos analitos ou marcadores estão sendo detectados. [0058] O parceiro de ligação é um material que pode formar um complexo que pode ser usado para determinar a presença ou a quantidade de um analito. Por exemplo, em um ensaio "sanduíche", o parceiro de ligação no conjugado pode formar um complexo que inclui o analito e o conjugado e este complexo pode se ligar adicionalmente a outro parceiro de ligação, também chamado de um elemento de captura, integrado na zona de detecção. Em um imunoensaio competitivo, o analito irá interferir com a ligação do parceiro de ligação no conjugado a outro parceiro de ligação, também chamado de elemento de captura, integrado na zona de detecção. Exemplos de parceiros de ligação incluídos nos conjugados incluem anticorpos, antígenos, analitos ou miméticos de analito, proteína, etc. [0059] Opcionalmente localizada na trajetória de fluxo de fluidos, antes ou após a zona de reagente e antes da zona de detecção está uma zona de adição de reagentes. A zona de adição de reagentes é mostrada como 60 na figura 6. A zona de adição de reagentes pode permitir a adição de um reagente externamente ao dispositivo. Por exemplo, a zona de adição de reagentes pode ser usada para adicionar um reagente de interrupção que pode ser usado para lavar a amostra e outros componentes não ligados presentes na trajetória de fluxo de fluidos dentro da zona de absorção por efeito capilar. Em uma modalidade preferencial, a zona de adição de reagentes 60 está situada após a zona de reagente 30. [0060] A jusante da zona de amostra líquida e da zona de reagente está a zona de detecção 40 que está em comunicação fluida com a zona de adição de amostras. A zona de detecção 40 pode incluir projeções como aquelas descritas acima. Conforme também observado acima, estas projeções são, de preferência, moldadas integralmente no substrato a partir de um material plástico óptico como Zeonor, tal como modelagem por injeção ou gofragem. A largura do canal de fluxo na zona de detecção é tipicamente da ordem de 2 mm para dispositivos de tamanho convencional, entretanto, alguns dispositivos de volume menor, como aqueles descritos acima e no pedido copendente intitulado "Low Volume Assay Device Having Increased Sensitivity" (pedido n° 61/588788, n° da súmula do procurador CDS 5111USPSP) depositado em 20 de janeiro de 2012 e aqui incorporado na íntegra, a título de referência, são significativamente mais estreitos, por exemplo, 1,5 mm ou menos. [0061] A zona de detecção é onde qualquer sinal detectável é lido. Em uma modalidade preferencial, elementos de captura estão fixados às projeções na zona de detecção. Os elementos de captura podem incluir parceiros de ligação para o conjugado ou complexos contendo o conjugado, conforme descrito acima. Por exemplo, se o analito for uma proteína específica, o conjugado pode ser um anticorpo que irá se ligar especificamente àquela proteína acoplada a um elemento de detecção como uma sonda de fluorescência. O elemento de captura poderia ser então outro anticorpo que também se liga especificamente àquela proteína. Em outro exemplo, se o marcador ou analito for DNA, a molécula de captura pode ser, mas não se limita a oligonucleotídeos sintéticos, análogos dos mesmos, ou anticorpos específicos. Outros elementos de captura adequados incluem anticorpos, fragmentos de anticorpo, aptâmeros, e sequências de ácidos nucleicos, específicas para o analito a ser detectado. Um exemplo não limitador de um elemento de captura adequado é uma molécula que carrega funcionalidade por avidina que se ligaria a um conjugado contendo uma funcionalidade de biotina. A zona de detecção pode incluir múltiplas zonas de detecção. As múltiplas zonas de detecção podem ser usadas para ensaios que incluem um ou mais marcadores. No caso de múltiplas zonas de detecção, os elementos de captura podem incluir múltiplos elementos de captura, tal como o primeiro e o segundo elementos de captura. O conjugado pode ser pré-depositado sobre o dispositivo de ensaio, tal como por revestimento na zona de reagente. De maneira similar, os elementos de captura podem ser pré-depositados no dispositivo de ensaio sobre a zona de detecção. De preferência, tanto os elementos de detecção quanto os de captura são pré-depositados no dispositivo de ensaio, na zona de detecção e na zona de detecção, respectivamente. [0062] Após a amostra ter sido aplicada à zona de amostra, ela encontrará a zona de reagente. Após a amostra ter fluido através de e interagido com a zona de reagente e, opcionalmente, a zona de adição de reagentes, a amostra e uma pluma de reagente estará contida no fluxo de fluidos. A pluma de reagente pode conter qualquer um dos materiais reagentes que foram dissolvidos na zona de detecção ou os adicionados através da zona de adição de reagentes. A pluma de reagente pode incluir o conjugado que tem o elemento de detecção e o parceiro de ligação, e neste caso ela é frequentemente chamada de pluma de conjugado. Conforme observado ao longo do documento, um desafio enfrentado pelos inventores foi manter a pluma de reagente o mais ampla possível enquanto ela entra na zona de detecção. [0063] A presente invenção se baseia, em parte, na descoberta surpreendente de que um dispositivo de ensaio como aqueles descritos aqui, que emprega múltiplas áreas que têm material reagente (mais adiante neste documento chamadas de "células de reagentes") em uma zona de reagente junto com elementos para recombinar múltiplas correntes de fluxo que são causadas pelas múltiplas células de reagentes dentro de uma corrente de fluxo, resultará em uma pluma de reagente mais desejavelmente misturada e mais larga quando ela sai da zona de reagente e entra na zona de detecção. [0064] Em uma modalidade preferencial mostrada na figura 2 e em mais detalhes na figura 3, múltiplas células de reagentes e, de preferência, idênticas, isto é, mais que duas células (4 células no caso das figuras 2 e 3) são dispostas em uma forma que de modo que cada célula de reagente sofre as mesmas condições de fluxo devido à simetria da geometria das células na zona de reagente. Os reagentes dissolvidos a partir de cada célula de reagente fluem através de portas de canal formadas por elementos de controle de fluxo, e se integram para formar uma única corrente quando ela flui para a zona de detecção. [0065] Mais especificamente, as figuras 2 e 3 mostram uma modalidade que contém quatro células de reagentes 31a-d. A figura 4 mostra uma modalidade que contém oito células de reagentes 31a-h. As células de reagentes são dispostas simetricamente na zona de reagente, de modo que cada uma irá sofrer condições de fluxo de amostra idênticas quando a corrente de amostra passa da zona de adição de amostras para a zona de reagente. Embora qualquer quantidade de células de conjugado, duas ou mais (por exemplo, 3, 4, 5, 6, 7, etc.) estejam dentro do escopo da presente invenção, é preferencial ter uma progressão geométrica de células representada pela fórmula, células de reagentes 2n, onde n é um número inteiro diferente de zero e não negativo. Desta forma, o número de células nesta modalidade preferencial seria 2, 4, 8, 16, etc. células de reagentes. Por exemplo, para 8 células, n seria 3 e para 16 células, n seria 4, etc. [0066] Localizados a jusante da zona de reagente, estão os elementos de controle de fluxo a jusante 34 e as portas de canal de fluxo 35 (isto é, aberturas), que são dispostas para combinar as múltiplas correntes que saem das células de reagentes de volta para uma única corrente para transporte até a zona de detecção. Os elementos de controle de fluxo a jusante combinam as múltiplas correntes em um número menor de correntes até uma única corrente de fluxo ser obtida. [0067] Em uma modalidade preferencial, os elementos de controle de fluxo 34 terão uma porção 36 que se estende entre cada uma das células de reagentes na direção do fluxo de fluidos, conforme mostrado na figura 3. Nesta modalidade, células de reagentes 2n resultarão em (2n) x 2 correntes de fluxo. Um conjunto de primeiro estágio de elementos de controle de fluxo definirá primeiros estágios 2n das portas de controle de fluxo 35 imediatamente a jusante da célula de reagente e centralizados ao longo do eixo de simetria da célula de reagente na direção do fluxo. Correntes de fluxo 2n estarão saindo do primeiro estágio de portas de controle de fluxo. Um segundo estágio de elementos de controle de fluxo definirá 2(l>1) portas de controle de fluxo, o que resulta em 2(n'1) correntes de fluxo, e assim por diante, até resultar em uma única corrente de fluxo. A única corrente de fluxo resultante terá uma pluma de reagente mais larga do que seria possível com os dispositivos de fluxo lateral conhecidos, resultando em mais sinal. [0068] Os elementos de controle de fluxo podem ser qualquer estrutura que redirecione o fluxo antes ou após as células de reagentes. Eles podem ser estruturas que se projetam a partir do substrato do dispositivo de ensaio e são formados da mesma forma que as micro colunas descritas acima. Algumas das estruturas podem ser paredes laterais dos canais de fluxo onde os canais de fluxo se estreitam, conforme mostrado pelo numeral de referência 37 nas figuras 3, 6, 7 e 15. [0069] Em uma modalidade preferencial, são fornecidas estruturas antes das células de reagentes para fornecer fluxo uniforme através de toda a largura da trajetória de fluxo para obter fluxo uniforme a cada uma das células de reagentes. Por exemplo, espaçamentos maiores entre os pilares em uma direção perpendicular para fluir na área a montante das células de reagentes fornece um fluxo mais uniforme através da largura da trajetória de fluxo. [0070] Em uma modalidade particularmente preferencial, cada célula de reagente inclui elementos de controle de fluxo a montante 32 que são colocados entre a zona de adição de amostras e a zona de reagente para definir portas de canal de fluxo 33. Os locais de entrada e saída de fluidos fornecidos pelas portas de canal a montante e a jusante, respectivamente, são selecionados, de preferência, para assegurar o curso do fluido, isto é, a trajetória que o fluido flui, da entrada até a saída para ser a mais curta na interface entre o reagente não dissolvido e o fluido de amostra. Isto irá assegurar uma dissolução mais completa do reagente. Algumas das estruturas podem ser paredes laterais dos canais de fluxo onde os canais de fluxo se estreitam, conforme mostrado pelo numeral de referência 38 nas figuras 3, 6, 7 e 15. [0071] De preferência, cada célula de reagente é separada da outra célula de reagente por um separador de células de reagente 36 que se estende entre a célula de reagente, de preferência, a partir do elemento de controle de fluxo a jusante até o elemento de controle de fluxo a montante conforme mostrado nas figuras 2 a 7. A largura para a entrada ou saída é menor do que a largura da célula em si. Este elemento permite que o fluido flua muito mais rápido próximo do limite do reagente, e flua de forma mais lenta longe do reagente depositado. Este efeito contribui para a dissolução completa do reagente. Isto também torna a pluma de reagente dissolvida mais larga. Em uma modalidade preferencial, a largura da célula de reagente é cerca de 3 a 6 mm, e a largura da entrada e da saída é menor que ou igual a 0,5 mm. Uma entrada e saída mais largas irão gerar uma pluma mais estreita, o que não é desejável pelas razões descritas acima. [0072] Para esta modalidade, é importante manter a simetria esquerda e direita, conforme mostrado nas figuras 5A e B para cada célula d reagente individual no design da bifurcação. A entrada e a saída das portas de canal de fluxo estão localizadas ao longo da linha de simetria 39, conforme mostrado nas figuras 5A e B para assegurar simetria de fluxo dentro da célula do reagente e em volta do reagente depositado. Também é importante que a célula de reagente se situe na linha de simetria 39, conforme mostrado nas figuras 5A e B. [0073] material reagente depositado dentro da célula de reagente simétrica em linha também dever ter simetria esquerda-direita com a mesma linha de simetria da célula de reagente. Isto irá contribuir para dissolver confiavelmente e completamente o material reagente depositado. [0074] Em uma modalidade múltiplas subcélulas de reagente separadas estão localizadas dentro de cada célula de reagente (não mostradas). Cada uma das subcélulas de reagente deve ser simétrica com a mesma linha de simetria que a célula de reagente em si. [0075] As figuras 6, 7 e 15 mostram um dispositivo de ensaio de acordo com uma outra modalidade da invenção que tem duas células de reagentes na zona de reagente. Nas modalidades das figuras 6, 7 e 15, uma estrutura em formato de ampulheta 101 forma elementos de controle de fluxo a montante 32 e a jusante 34 e portas a montante 33 e a jusante 35 e o separador da célula de reagente 36. [0076] Pelo uso de múltiplas células de reagentes na zona de reagente, a largura da pluma de reagente dissolvida que entra na zona de detecção pode ser bem definida e controlada pelo número de células de reagentes e pelos canais de fluxo. O número aumentado de células aumenta a largura da corrente de reagente. A razão muito maior entre e o volume e a superfície tornada possível pelas múltiplas células de reagente permite menor dissolução do reagente devido a uma área de umedecimento maior por volume de unidade, dada a mesma taxa de fluxo. Além disso, a taxa de fluxo em cada célula pode ser menor, porém mantendo a taxa de fluxo total no nível desejado. Por exemplo, para um design de quatro células de reagente, a taxa de fluxo após cada uma das células de reagente será 1Λ da taxa de fluxo original que entra na célula de reagente. Isto fornece mais tempo para a amostra interagir com o material reagente na célula de reagente, aumentando a dissolução do material reagente dentro do fluxo da amostra. [0077] Uma outra vantagem do design de múltiplas células de reagente é que a trajetória de fluxo mais longa e mais estreita com dobras fornecida pelos elementos de controle de fluxo fornece melhor mistura por difusão e convecção. [0078] Embora a presente invenção, em particular, as múltiplas células de reação tenham sido descritas com referência a projeções não porosas, está dentro do escopo da invenção que múltiplas células de reação podem ser usadas em um formato de tira de nitrocelulose ou outro material poroso. Em uma modalidade, os elementos de fluxo adequados são formados através de meios térmicos (isto é, fusão da nitrocelulose com um conjunto de matrizes aquecidas que forma os elementos de controle de fluxo) ou com uma técnica de impressão na qual uma barreira insolúvel é disposta para formar as trajetórias de fluxo e os elementos de controle de fluxo. [0079] A jusante da zona de detecção está uma zona de absorção por efeito capilar em comunicação fluida com a zona de detecção. A zona de absorção por efeito capilar é uma área do dispositivo de ensaio com a capacidade de receber amostra líquida e qualquer outro material na trajetória de fluxo, por exemplo, reagentes não ligados, fluidos de lavagem, etc. A zona de absorção por efeito capilar fornece uma força capilar para continuar a mover a amostra líquida através e para fora da zona de detecção. A zona de absorção por efeito capilar pode incluir um material poroso como nitrocelulose ou pode ser uma estrutura não porosa como as projeções aqui descritas. A zona de absorção por efeito capilar também pode incluir instrumentos de direcionamento de fluido não capilares, como aqueles que usam aquecimento de evaporação ou uma bomba. Detalhes adicionais sobre zonas de absorção por efeito capilar, para uso nos dispositivos de ensaio, de acordo com a presente invenção, podem ser encontrados nas publicações de patente US 2005/0042766 e US 2006/0239859, as quais estão aqui incorporadas a título de referência nas suas totalidades. As zonas de absorção por efeito capilar também são descritas no pedido de patente copendente intitulado "Controlling Fluid Flow Through An Assay Device" (pedido n° 61/588772, n° da Súmula do Procurador CDS 5112USPSP), depositado em 20 de janeiro de 2012 e aqui incorporado na íntegra, a título de referência. [0080] De preferência, a totalidade da trajetória de fluxo, inclusive a zona de adição de amostras, a zona de detecção e a zona de absorção por efeito capilar, inclui projeções substancialmente verticais em relação ao substrato, e que possuem uma altura, diâmetro e espaçamento recíproco capaz de criar fluxo lateral da amostra na trajetória de fluxo. [0081] Em qualquer uma das modalidades acima, o dispositivo é, de preferência, um dispositivo de ensaio descartável. O dispositivo de ensaio pode estar contido em um compartimento para facilidade de manuseio e proteção. Se o dispositivo de ensaio estiver contido em tal compartimento, o compartimento incluirá, de preferência, uma porta para adicionar amostra ao dispositivo de ensaio. [0082] O dispositivo de ensaio da presente invenção pode ser usado com um dispositivo para leitura (um leitor) o resultado de um dispositivo de ensaio feito no ensaio da presente invenção. O leitor inclui meios para leitura do sinal emitido ou refletido a partir do elemento de detecção, tal como um fotodetector, e meios para calcular o sinal e apresentar um resultado, tal como um microprocessador que pode estar incluído dentro de um leitor integrado ou em um computador separado. Os leitores adequados são descritos, por exemplo, no documento US 2007/0231883 e na patente US n° 7.416.700, ambos estão aqui incorporadas a título de referência nas suas totalidades. [0083] Outra modalidade é um dispositivo para ler o resultado de um ensaio feito em um dispositivo de ensaio, sendo que o dispositivo compreende um detector capaz de ler um sinal emitido ou refletido a partir de pelo menos um elemento de detecção presente em um local definido do dispositivo de ensaio. Em qualquer uma das modalidades acima, a leitura é escolhida, de preferência, a partir da detecção e/ou quantificação de cor, fluorescência, radioatividade ou atividade enzimática. [0084] Um outro aspecto da invenção é direcionado a um método para fazer um ensaio em uma amostra líquida para a detecção de um ou mais analitos de interesse. Uma amostra líquida contendo o(s) analito(s) de interesse é depositada sobre a zona de amostra do dispositivo de ensaio, tal como através de uma porta no compartimento do dispositivo, ou por encostar o dedo direta mente sobre a zona de amostra no caso de uma coleta de sangue por picada do dedo. A amostra se move por ação capilar através de um filtro opcional, através de elementos a montante, conforme descrito acima, que aumentam a velocidade do fluxo, e para dentro da zona de reagente onde ela dissolve o material reagente e pode ser conjugada com um elemento de detecção, diretamente ou indiretamente, tal como através de um anticorpo. A zona de reagente inclui pelo menos duas células de reagente contendo o material reagente disposto na zona de reagente de modo que cada célula de reagente sofra condições de fluxo da amostra substancialmente iguais a partir da zona de adição de amostras, de preferência, devido à simetria da célula de reagente e à influência dos elementos a montante. A amostra flui através da zona de reagente, com velocidade mais alta próxima do limite do reagente não dissolvido em comparação ao fluxo a uma distância do limite do reagente seco, resultando em uma dissolução mais completa da zona de reagente. Conforme observado acima, o aumento da velocidade próximo do reagente seco é possível por causa dos elementos, como entrada e saída menores na zona de reagente. A amostra flui para longe da zona de reagente através das portas de canal à jusante onde ela é recombinada em um único fluxo que tem uma pluma de reagente dissolvida mais larga quando flui para a zona de detecção. Em uma modalidade preferencial, a pluma de reagente se estenderá através de toda a largura da zona de detecção. [0085] A seguir, a amostra e a pluma de reagente se movem por ação capilar para dentro da zona de detecção. Há um sinal representativo da presença ou da concentração do(s) analito(s) ou um controle é produzido. Em uma modalidade preferencial, a amostra ou o um ou mais reagentes que têm um elemento de detecção é capturada na zona de detecção, tal como por anticorpos sobre a superfície da zona de detecção, e um sinal representativo da presença ou da concentração do(s) analito(s) ou controle(s) é produzido. [0086] O leitor, conforme descrito acima, é então usado para ler o sinal que é produzido pelo elemento de detecção para determinar a presença ou a concentração do(s) analito(s). A amostra se move da zona de detecção para dentro da zona de absorção por efeito capilar. O leitor pode ler o sinal imediatamente ou em um curto período de tempo após a amostra ter se movido pela zona de detecção. Além disso, uma ou mais lavagens podem seguir a amostra através do dispositivo para remover qualquer elemento de detecção não ligado da zona de detecção. [0087] O método, o dispositivo de ensaio, e o leitor de acordo com uma modalidade da invenção possuem muitas vantagens, relacionadas principalmente com a cinética de detecção aprimorada das reações imunoquímicas e a sensibilidade aumentada do ensaio. [0088] Deve ser compreendido que esta invenção não é limitada pelas modalidades específicas mostradas aqui. Os exemplos a seguir são fornecidos para fins ilustrativos e não se destinam a limitar o escopo da invenção uma vez que o escopo da presente invenção se limita apenas pelas reivindicação em anexo e seus equivalentes. Exemplos Exemplo 1 [0089] Dispositivos de ensaio produzidos pela Zeonor (Zeon, Japão) que têm dextrano oxidado sobre a superfície para imobilização covalente de proteínas através de acoplamento de base de Schiff foram usados. O anticorpo monoclonal anti-NT-proBNP marcado fluorescentemente foi depositado e seco para criar uma zona de reagente. O anticorpo monoclonal anti-NT-proBNP foi depositado e seco para criar uma zona de detecção. Uma pequena quantidade de Triton X-45 foi depositada sobre o dispositivo para aumentar a molhabiiidade da amostra para melhor fluxo capilar. A amostra foi adicionada à zona de amostra do dispositivo e a ação capilar do arranjo micropilar distribuiu a amostra através do canal de fluxo e dentro da zona de absorção por efeito capilar. Um tempo de ensaio típico foi de cerca de 10 minutos. As intensidades do sinal dos complexos marcados fluorescentemente na zona de detecção foram registradas em um digitalizador de fluorescência de iluminação em linha protótipo. A figura 8A mostra a largura da pluma de reagente usando uma célula de reagente. A figura 8B mostra a largura do sinal gerado na zona de detecção. A figura 8C mostra a largura da pluma de reagente usando duas células de reagente de acordo com a presente invenção. As figuras 8A e 8C mostram claramente que as múltiplas células de reagente fornecem uma pluma significativamente mais larga do que uma única célula de reagente. As figuras 8B e 8D mostram que a pluma de reagente múltipla fornece um sinal mais amplo gerado na zona de detecção, o que se traduz em mais sinal sendo lido pelo instrumento. [0090] A figura 9 mostra um gráfico de intensidade de sinal versus o número de células de reagente (isto é, conjugadas). A figura 10 mostra um gráfico de pico versus volume de ensaio. As figura 9 e 10 demonstram claramente a superioridade das células de reagente múltiplas em relação às células de reação únicas.
Exemplo 2 [0091] Dispositivos de ensaio produzidos pela Zeonor (Zeon, Japão) que têm dextrano oxidado sobre a superfície para imobilização covalente de proteínas através de acoplamento de base de Schiff foram usados. O anticorpo monoclonal anti-NT-proBNP marcado fluorescentemente foi depositado e seco para criar uma zona de reagente. O anticorpo monoclonal anti-NT-proBNP foi depositado e seco para criar uma zona de detecção. Uma pequena quantidade de Triton X-45 foi depositada sobre o dispositivo para aumentar a molhabilidade da amostra para melhor fluxo capilar. Soro com NT-proBNP foi adicionado à zona de amostra do dispositivo e a ação capilar do arranjo micropilar distribuiu a amostra através do canal de fluxo e dentro da zona de absorção por efeito capilar. Volumes de amostra de 15 microlitros foram empregados nos designs de dispositivo de baixo volume R2.02, R2.04, R2.09 e R3.16. O design de dispositivo R1.02 era um dispositivo de controle, destinado ao uso com 200 microlitros de sangue total, tal como mostrado na figura 1, Os dispositivos R1.02 foram testados neste exemplo com 45 microlitros de soro. Um tempo de ensaio típico foi de cerca de 10 minutos. As intensidades do sinal dos complexos marcados fluorescentemente na zona de detecção foram registradas em um digitalizador de fluorescência de iluminação em linha de protótipo. [0092] Conforme mostrado nas figuras 11 e 12, a barra e curva A (R2.02) é um dispositivo em miniatura que tem uma única célula de reagente e uma zona de detecção reduzida direta mente que tem uma largura de zona de detecção de 0,5 mm, enquanto a barra e a curva B (R2.09) é um dispositivo em miniatura que tem célula de reagente dupla e uma zona de detecção maior que 1 mm. Os dados para dois designs de dispositivo adicionais também são incluídos para comparação. A curva e barra C (R1.02) é um dispositivo de ensaio convencionalmente dimensionado que tem um volume de amostra de sangue total de 200 uL, e a curva e barra D (R2.04) é um dispositivo de célula de reagente única que tem uma largura da zona de detecção de 1 mm. A curva E (R3.16) inclui células de reagente duplas e uma zona de detecção de 1 mm de largura. Conforme o resultados mostram, o dispositivo de ensaio representado por B, que tem múltiplas células de reagente de acordo com a presente invenção tem sensibilidade significativamente aprimorada em comparação a outros designs em miniatura. Ainda mais significativo é o dispositivo de ensaio representado por E (também com múltiplas células de reagente) que tem uma sensibilidade equivalente a um dispositivo dimensionado convencionalmente, o que foi inesperadamente surpreendente devido à quantidade aproximadamente 10x maior de amostra que está disponível para gerar sinal em um dispositivo convencional.
Exemplo 3 [0093] Dispositivos de ensaio em miniatura que têm células de reagente duplas produzidas pela Zeonor (Zeon, Japão) que têm dextrano oxidado sobre a superfície para imobilização covalente de proteínas através de acoplamento de base de Schiff foram usados. O anticorpo monoclonal anti-pró-calcitonina marcado fluorescentemente foi depositado e seco para criar uma zona de reagente. O anticorpo monoclonal anti-pró-calcitonina foi depositado e seco para criar uma zona de detecção. Uma pequena quantidade de Triton X-45 foi depositada sobre o dispositivo para aumentar a molhabilidade da amostra para melhor fluxo capilar. Neste exemplo, 25 microlitros de sangue total contendo pró-calcitonina foram aplicados a um filtro em contato com a zona de adição de amostras do dispositivo de ensaio. O plasma é transferido do filtro para a zona de adição de amostras e, então, se move por força capilar através da trajetória de fluxo até a zona de absorção por efeito capilar. O fluxo de fluidos foi monitorado por inspeção visual e 10 microlitros de um fluido de lavagem contendo 0,01 M de tampão fosfato, 0,0027 M de cloreto de potássio, 0,137 M de cloreto de sódio, 1% de albumina sérica bovina e 0,1% de triton X-100 foi adicionado à zona de adição de reagentes quando a frente do fluxo de fluidos preencheu 20% da zona de absorção por efeito capilar. O dispositivo de ensaio foi inserido em um leitor fluorescente imediatamente após ter sido determinado que a zona de absorção por efeito capilar estava completamente cheia. O sinal fluorescente dentro da zona de detecção foi medido e a área de pico sob a curva de resposta foi determinada para cada amostra. Amostras de sangue total foram recém coletadas de doadores normais em tubos com heparina lítio. Uma amostra de soro concentrada contendo 10 ug/mL de pró-calcitonina foi adicionada a alíquotas de sangue total para criar amostras contendo 0, 0,4, 5, 20 e 35 ng/mL de pró-calcitonina. A figura 13 plota a área de pico média de cinco resultados em replicata para cada amostra em relação à concentração de pró-calcitonina. Conforme a figura 13 demonstra, o uso de um pequeno tamanho de amostra (isto é, 25 μΙ_ de sangue total/10 pL de lavagem) fornece resultados satisfatórios em uma ampla gama de concentrações de analito. Exemplo 4 [0094] Dispositivos de ensaio em miniatura que têm células de reagente duplas produzidas pela Zeonor (Zeon, Japão) que têm d extra no oxidado sobre a superfície para imobilização covalente de proteínas através de acoplamento de base de Schiff foram usados. O anticorpo monoclonal anti-pró-calcitonina marcado fluorescentemente foi depositado e seco para criar uma zona de reagente. O anticorpo monoclonal anti-pró-calcitonina foi depositado e seco para criar uma zona de detecção. Uma pequena quantidade de Triton X-45 foi depositada sobre o dispositivo para aumentar a molhabilidade da amostra para melhor fluxo capilar. Neste exemplo, trinta e cinco microlitros de sangue total contendo pró-calcitonina foram aplicados a um filtro em contato com a zona de adição de amostras do dispositivo de ensaio. O plasma é transferido do filtro para a zona de adição de amostras e, então, se move por força capilar através da trajetória de fluxo até a zona de absorção por efeito capilar. O fluxo de fluidos foi monitorado por inspeção visual e inserido no leitor fluorescente imediatamente após ter sido determinado que a zona de absorção por efeito capilar estava completamente cheia. O sinal fluorescente dentro da zona de detecção foi medido e a área de pico sob a curva de resposta foi determinada para cada amostra. Amostras de sangue total foram recém coletadas de doadores normais em tubos com EDTA. Uma amostra de soro concentrada de 10 ug/mL de pró-calcitonina foi adicionada a alíquotas de sangue total para criar amostras contendo 0, 0,4, 5 e 20 ng/mL de pró-calcitonina. A figura 14 plota a área de pico média de três resultados em replicata para cada amostra em relação à concentração de pró-calcitonina. Conforme a figura 14 demonstra, o uso de um pequeno tamanho de amostra (isto é, 35 pL de sangue total) fornece resultados satisfatórios em uma ampla gama de concentrações de analito.
Exemplo 5 [0095] Dispositivos de ensaio produzidos pela Zeonor (Zeon, Japão) que têm dextrano oxidado sobre a superfície para imobilização covalente de proteínas através de acoplamento de base de Schiff foram usados. O anticorpo policlonal anti-iPTH marcado fluorescentemente foi depositado e seco para criar uma zona de reagente. O anticorpo policlonal anti-iPTH foi depositado e seco para criar uma zona de detecção. Uma pequena quantidade de Triton X-45 foi depositada sobre o dispositivo para aumentar a molhabilidade da amostra para melhor fluxo capilar. Uma alíquota de 15 microlitros de amostra do paciente com iPTH foi adicionada à zona de amostra do dispositivo e a ação capilar do arranjo micropilar distribuiu a amostra através do canal de fluxo e dentro da zona de absorção por efeito capilar. Um tempo de ensaio típico foi de cerca de 10 minutos. As intensidades do sinal dos complexos marcados fluorescentemente na zona de detecção foram registradas em um digitalizador de fluorescência de iluminação em linha protótipo. A tabela X compara a área de pico gerada para iPTH com células conjugadas únicas e duplas. Os resultados demonstram claramente a superioridade de múltiplas células de reagente em relação a células de reação únicas.
Resposta da amostra do paciente (RFU) Resoosta da amostra do oaciente ÍRFU) Modalidades adicionais [0096] Dispositivo de ensaio que compreende: uma zona de amostra líquida; uma zona de reagente a jusante e em comunicação fluida com a zona de amostra que compreende pelo menos duas células de reagente contendo um material reagente e dispostas na zona de reagente de modo que cada célula de reagente experimenta substancialmente condições de fluxo iguais às da amostra da zona de amostra, sendo que as células de reagente dividem o fluxo de amostra da zona de amostra em múltiplas correntes de fluxo; um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a jusante a partir da zona de reagente que combina as múltiplas correntes de fluxo em um número menor de correntes de fluxo; uma zona de detecção em comunicação fluida com a zona de reagente; e uma zona de absorção por efeito capilar em comunicação fluida com a zona de detecção tendo uma capacidade para receber a amostra líquida que flui a partir da zona de detecção, sendo que a zona de adição de amostra, a zona de detecção e a zona de absorção por efeito capilar definem uma trajetória de fluxo de fluido. [0097] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 1, em que as pelo menos duas células de reagentes são dispostas simetricamente na zona de reagente. [0098] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 1, em que os elementos são dispostos de modo que cada corrente de fluxo é sujeita a uma mesma resistência de fluxo. [0099] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 1, em que a zona de captura tem um substrato e projeções que se estendem substancialmente verticalmente a partir do substrato, sendo que as projeções têm uma altura, seção transversal e uma distância entre uma e outra que define um espaço capilar entre as projeções capaz de gerar um fluxo capilar paralelo à superfície de substrato. [00100] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 1, em que o material reagente compreende um material reagente marcado, e a zona de detecção tem elementos de captura ligados à mesma. [00101] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 1, em que as pelo menos duas zonas de reagente compreendem três ou mais zonas de reagente. [00102] Dispositivo de ensaio que compreende: uma zona de adição de amostra líquida; uma zona de reagente a jusante e em comunicação fluida com a zona de adição de amostra que compreende células de reagente 2n, em que n é um número inteiro não negativo, diferente de zero, dispostas na zona de reagente de modo que cada célula de reagente experimenta substancialmente condições de fluxo iguais às da amostra da zona de adição de amostra, sendo que as células de reagente dividem o fluxo de amostra a partir da zona de amostra em múltiplas correntes de fluxo; elementos de controle de fluxo que separam as células de reagente; um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a jusante a partir da zona de reagente que combina as múltiplas correntes de fluxo em um número menor de correntes de fluxo; uma zona de detecção em comunicação fluida com a zona de reagente capaz de produzir um sinal detectável; e uma zona de absorção por efeito capilar em comunicação fluida com a zona de detecção tendo uma capacidade para receber a amostra líquida fluindo a partir da zona de detecção, em que a zona de adição de amostra, a zona de detecção e a zona de absorção por efeito capilar definem uma trajetória de fluxo de fluido. [00103] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 7, em que os elementos são dispostos de modo que cada corrente de fluxo é sujeita a uma mesma resistência de fluxo. [00104] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 7, em que a zona de captura tem um substrato e projeções que se estendem substancialmente vertical mente a partir do substrato, sendo que as projeções têm uma altura, seção transversal e uma distância entre uma e outra que define um espaço capilar entre as projeções capaz de gerar um fluxo capilar paralelo à superfície de substrato. [00105] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 7, em que a zona de detecção compreende elementos de captura ligados à mesma. [00106] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 7, em que as múltiplas correntes de fluxo são correntes de fluxo (2n) x 2. [00107] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 7, em que as múltiplas correntes de fluxo são combinadas em uma única corrente de fluxo. [00108] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 7, em que os elementos de bifurcação em reverso compreendem um primeiro estágio que combina as múltiplas correntes de fluxo em 2n correntes de fluxo. [00109] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 11, que compreende ainda um segundo estágio que recebe as correntes de fluxo 2n e combina as mesmas em correntes de fluxo 2n'1. [00110] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 1, em que a largura da trajetória de fluxo através das zonas de detecção está na faixa de cerca de 0,5 a 1,2 mm. [00111] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 1, em que a área total do dispositivo de ensaio é < 900 mm2. [00112] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 16, em que a área total do dispositivo de ensaio é < 700 mm2. [00113] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 1, em que o dispositivo de ensaio é retangular e as dimensões de cada lado são < 30 mm. [00114] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 18, em que o dispositivo de ensaio é retangular e as dimensões são de aproximadamente < 24 x 28 mm. [00115] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 1, em que o dispositivo de ensaio é capaz de usar um tamanho de amostra de < 50 μΐ. [00116] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 20, em que o dispositivo de ensaio é capaz de usar um tamanho de amostra de < 40 μΙ. [00117] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 21, em que o dispositivo de ensaio é capaz de usar um tamanho de amostra de < 35 μΙ. [00118] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 22, em que o dispositivo de ensaio é capaz de usar um tamanho de amostra de < 25 μΙ. [00119] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 15, em que os um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a jusante são dispostos para fornecer portas de canal para cada uma das múltiplas correntes de fluxo, que constringem o fluxo de cada uma das múltiplas correntes de fluxo. [00120] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 24, em que as células de reagente antes do contato com uma corrente de fluxo, têm uma largura que é pelo menos 2 vezes, pelo menos 5 vezes, ou ao menos 10 vezes a largura das portas de canal. [00121] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 24, em que os elementos de controle de fluxo são dispostos de modo que o centro das portas de canal forme uma linha de simetria na direção do fluxo com o centro de sua célula de reagente associada. [00122] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 26, em que os elementos de controle de fluxo compreendem estruturas que se estendem a partir da base de um substrato a partir do dispositivo e bloqueiam o fluxo da amostra, e as portas de canal são formadas de descontinuidades dos elementos. [00123] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 27, em que o dispositivo de ensaio compreende um substrato que inclui um canal para contenção da zona de reagente e da zona de detecção, e em que as estruturas de controle de fluxo mais externas em uma direção perpendicular ao fluxo são porções de parede do canal que se estendem para dentro do canal. [00124] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 27, em que as laterais do canal são substancialmente retas na direção do fluxo e as estruturas de controle de fluxo mais externas se estendem a partir das paredes laterais do canal e se estendem para dentro do canal em uma direção substancialmente perpendicular ao canal. [00125] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 7, que compreende, ainda, elementos dispostos a montante a partir das células de reagentes que contribuem para que cada célula de reagente experimente substancialmente as mesmas condições de fluxo da amostra a partir da zona de adição de amostra. [00126] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 30, em que o um ou mais elementos dispostos a montante compreendem um ou mais elementos de controle de fluxo. [00127] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 30, em que o um ou mais elementos dispostos a montante compreendem micropilares que têm uma dimensão que é diferente dos outros micropilares circundantes. [00128] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 31, em que o um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a jusante são dispostos para fornecer portas de canal que são adaptadas para constringir o fluxo de cada uma das múltiplas correntes de fluxo. [00129] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 33, em que os elementos de controle de fluxo são dispostos de modo que o centro das portas de canal forme uma linha de simetria com o centro das células de reagente. [00130] Dispositivo de ensaio, conforme apresentado na modalidade 34, em que os elementos compreendem estruturas que se estendem a partir da base de um substrato a partir do dispositivo e bloqueiam o fluxo da amostra, e as portas de canal são formadas de descontinuidades dos elementos. [00131] Método para controlar o fluxo ao redor da zona de reagente em um dispositivo de ensaio, que compreende: fornecer uma zona de amostra líquida; fornecer uma zona de reagente a jusante e em comunicação fluida com a zona de amostra que compreende pelo menos duas células de reagente dispostas na zona de reagente de modo que cada célula de reagente experimenta substancialmente condições de fluxo iguais às da amostra a partir da zona de amostra, sendo que as células de reagente dividem o fluxo de amostra a partir da zona de amostra em múltiplas correntes de fluxo; fornecer um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a montante a partir da zona de reagente, dispostos para fornecer portas de canal tendo uma largura mais estreita que as células de reagente e que são adaptadas para constringir o fluxo da amostra que sai da zona de amostra; fornecer um ou mais elementos de controle de fluxo a jusante a partir da zona de reagente, que combinam as múltiplas correntes de fluxo em um número menor de correntes de fluxo; fornecer uma zona de detecção em comunicação fluida com a zona de reagente; fornecer uma zona de absorção por efeito capilar em comunicação fluida com a zona de captura tendo uma capacidade para receber a amostra líquida fluindo a partir da zona de captura, em que a zona de amostra, a zona de detecção e a zona de absorção por efeito capilar definem uma trajetória de fluxo de fluido; adicionar a amostra à zona de amostra; fazer fluir a amostra a partir da zona de amostra através das portas de canal de fluxo a montante que aumentam a velocidade fluxo; fazer fluir a amostra através da zona de reagente, de modo que o fluxo tenha uma taxa de fluxo aumentada próximo da borda do reagente em comparação ao fluxo a uma distância a partir da borda do reagente, resultando em uma dissolução mais completa da zona de reagente; fazer fluir a amostra através das portas de canal de fluxo a jusante, o que aumenta a velocidade do fluxo e resulta um uma pluma de reagente mais larga fluindo através da zona de detecção, em comparação a uma pluma de reagente gerada por uma única célula de reagente. [00132] Método, conforme apresentado na modalidade 36, em que os elementos são dispostos de modo que cada corrente de fluxo é sujeita a uma mesma resistência de fluxo. [00133] Método, conforme apresentado na modalidade 36, em que a zona de detecção tem um substrato e projeções que se estendem substancialmente verticalmente a partir do substrato, sendo que as projeções têm uma altura, seção transversal e uma distância entre uma e outra que define um espaço capilar entre as projeções capaz de gerar um fluxo capilar paralelo à superfície de substrato. [00134] Método, conforme apresentado na modalidade 36, em que a pluma de reagente mais larga se estende através da largura inteira da zona de detecção. [00135] Método para executar um ensaio em uma amostra líquida para determinar a presença ou a concentração de um ou mais analitos ou controles no dispositivo de ensaio como definido na modalidade 1, que compreende: depositar uma amostra líquida contendo os analitos de interesse em uma zona de adição de amostra do dispositivo de ensaio; mover a amostra por ação capilar através de uma trajetória de fluxo de fluido para uma zona de reagente onde ela dissolve um ou mais reagentes; descarregar a amostra da zona de reagente tendo uma pluma de reagente contendo um ou mais reagentes e para dentro das zonas de detecção por ação capilar através da trajetória de fluxo de fluido, em que sinais representantes da presença ou da concentração de analitos ou controles são produzidos; e ler os sinais que são produzidos nas zonas de detecção para determinar a presença ou a concentração dos analitos ou controles. [00136] Os versados na técnica apreciarão que a invenção e suas modalidades aqui descritas são suscetíveis a variações e modificações além daquelas especificamente descritas. Deve ser compreendido que a invenção inclui todas estas variações e modificações. A invenção também inclui todas as etapas e características referidas neste relatório descritivo, individualmente ou coletivamente, e toda e quaisquer combinações de quaisquer duas ou mais das etapas ou características. [00137] Os pedidos copendentes intitulados "Low Volume Assay Device Having Increased Sensitivity" (pedido n° 61/588758, n° da súmula do procurador CDS 5111USPSP, primeiro inventor mencionado: Phil Hosimer), "Assay Device Having Multiplexing" (pedido n°61/588779, n°da súmula do procurador CD S 5113USPSP, primeiro inventor mencionado: Sue Danielson), "Assay Device Having Uniform Fiow Around Corners" (pedido n°61/588745, n°da súmula do procurador CDS5110USPSP, primeiro inventor mencionado James Kanaley), "Controlling Fluid Flow Through An Assay Device" (pedido n° 61/588772, n° da súmula do procurador CDS5112USPSP, primeiro inventor mencionado James Kanaley), e "Assay Device Having Controllable Sample Size" (pedido n° 61/588899, n° da súmula do procurador CDS5114USPSP, primeiro inventor mencionado, Ed Scalice), todos depositados em 20 de janeiro de 2012, estão incorporados por referência nas suas totalidades.

Claims (23)

1. Dispositivo de ensaio que compreende: uma zona de amostra líquida; uma zona de reagente a jusante e em comunicação fluida com a zona de amostra que compreende pelo menos duas células de reagente contendo um material reagente e dispostas na zona de reagente de modo que cada célula de reagente experimenta, substancialmente, condições de fluxo iguais às da amostra da zona de amostra, sendo que as células de reagente dividem o fluxo de amostra da zona de amostra em múltiplas correntes de fluxo; um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a jusante a partir da zona de reagente que combina as múltiplas correntes de fluxo em um número menor de correntes de fluxo; uma zona de detecção em comunicação fluida com a zona de reagente; e uma zona de absorção por efeito capilar em comunicação fluida com a zona de detecção tendo uma capacidade para receber a amostra líquida que flui a partir da zona de detecção, sendo que a zona de adição de amostra, a zona de detecção e a zona de absorção por efeito capilar definem uma trajetória de fluxo de fluido.
2. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 1, em que as pelo menos duas células de reagentes são dispostas simetricamente na zona de reagente.
3. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 1, em que os elementos são dispostos de modo que cada corrente de fluxo é sujeita a uma mesma resistência de fluxo.
4. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 1, em que a zona de captura tem um substrato e projeções que se estendem, substancialmente, verticalmente a partir do substrato, sendo que as projeções têm uma altura, seção transversal e uma distância entre uma e outra que define um espaço capilar entre as projeções capaz de gerar um fluxo capilar paralelo à superfície de substrato.
5. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 1, em que o material reagente compreende um material reagente marcado, e a zona de detecção tem elementos de captura ligados à mesma.
6. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 1, em que as pelo menos duas zonas de reagente compreendem três ou mais zonas de reagente.
7. Dispositivo de ensaio que compreende: uma zona de adição de amostra líquida; uma zona de reagente a jusante e em comunicação fluida com a zona de adição de amostra que compreende células de reagente 2", em que n é um número inteiro não negativo, diferente de zero, dispostas na zona de reagente de modo que cada célula de reagente experimenta, substancialmente, condições de fluxo iguais às da amostra da zona de adição de amostra, sendo que as células de reagente dividem o fluxo de amostra a partir da zona de amostra em múltiplas correntes de fluxo; elementos de controle de fluxo que separam as células de reagente; um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a jusante a partir da zona de reagente que combina as múltiplas correntes de fluxo em um número menor de correntes de fluxo; uma zona de detecção em comunicação fluida com a zona de reagente capaz de produzir um sinal detectável; e uma zona de absorção por efeito capilar em comunicação fluida com a zona de detecção tendo uma capacidade para receber a amostra líquida fluindo a partir da zona de detecção, em que a zona de adição de amostra, a zona de detecção e a zona de absorção por efeito capilar definem uma trajetória de fluxo de fluido.
8. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 7, em que os elementos são dispostos de modo que cada corrente de fluxo é sujeita a uma mesma resistência de fluxo.
9. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 7, em que as múltiplas correntes de fluxo são correntes de fluxo (2") x 2.
10. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 7, em que as múltiplas correntes de fluxo são combinadas em uma única corrente de fluxo.
11. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 7, em que os elementos de bifurcação em reverso compreendem um primeiro estágio que combina as múltiplas correntes de fluxo em correntes de fluxo 2n.
12. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 9, que compreende, ainda, um segundo estágio que recebe as correntes de fluxo 2ne combina as mesmas em correntes de fluxo 2n‘1.
13. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 7, em que os um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a jusante são dispostos para fornecer portas de canal para cada uma das múltiplas correntes de fluxo, que constringem o fluxo de cada uma das múltiplas correntes de fluxo.
14. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 13, em que os elementos de controle de fluxo compreendem estruturas que se estendem a partir da base de um substrato a partir do dispositivo e bloqueiam o fluxo da amostra, e as portas de canal são formadas de descontinuidades dos elementos.
15. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 14, em que o dispositivo de ensaio compreende um substrato que inclui um canal para contenção da zona de reagente e da zona de detecção, e em que as estruturas de controle de fluxo mais externas são porções de parede do canal que se estendem em e estreitam o canal.
16. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 15, em que as laterais do canal são substancialmente retas na direção do fluxo e as estruturas de controle de fluxo mais externas se estendem a partir das paredes laterais do canal e se estendem em e estreitam o canal.
17. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 16, que compreende, ainda, elementos dispostos a montante partir das células de reagentes que contribuem para que cada célula de reagente experimente substancialmente as mesmas condições de fluxo da amostra a partir da zona de adição de amostra.
18. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 17, em que os elementos de controle de fluxo que separam as células de reagente e os elementos de controle de fluxo dispostos a montante e a jusante a partir das células de reagente têm o formato de uma estrutura de ampulheta.
19. Dispositivo de ensaio, de acordo com a reivindicação 7, que compreende ainda elementos dispostos a jusante a partir das células de reagente que contribuem para que cada célula de reagente experimente substancialmente as mesmas condições de fluxo da amostra a partir da zona de adição de amostra.
20. Método para controlar o fluxo ao redor da zona de reagente em um dispositivo de ensaio, que compreende: fornecer uma zona de amostra líquida; fornecer uma zona de reagente a jusante e em comunicação fluida com a zona de amostra que compreende pelo menos duas células de reagente dispostas na zona de reagente de modo que cada célula de reagente experimenta substancialmente condições de fluxo iguais às da amostra a partir da zona de amostra, sendo que as células de reagente dividem o fluxo de amostra a partir da zona de amostra em múltiplas correntes de fluxo; fornecer um ou mais elementos de controle de fluxo dispostos a montante a partir da zona de reagente, dispostos para fornecer portas de canal tendo uma largura mais estreita que as células de reagente e que são adaptadas para constringir o fluxo da amostra que sai da zona de amostra; fornecer um ou mais elementos de controle de fluxo a jusante a partir da zona de reagente, que combinam as múltiplas correntes de fluxo em um número menor de correntes de fluxo; fornecer uma zona de detecção em comunicação fluida com a zona de reagente; fornecer uma zona de absorção por efeito capilar em comunicação fluida com a zona de captura tendo uma capacidade para receber a amostra líquida fluindo a partir da zona de captura, em que a zona de amostra, a zona de detecção e a zona de absorção por efeito capilar definem uma trajetória de fluxo de fluido; adicionar a amostra à zona de amostra; fazer fluir a amostra a partir da zona de amostra através das portas de canal de fluxo a montante que aumentam a velocidade fluxo; fazer fluir a amostra através da zona de reagente, de modo que o fluxo tem uma razão de fluxo maior próxima da borda de reagente em comparação ao fluxo a uma distância a partir da borda de reagente, que resulta em uma dissolução mais completa da zona de reagente; fazer fluir a amostra através das portas de canal de fluxo a jusante, o que resulta em uma pluma de reagente mais larga fluindo através da zona de detecção, em comparação a uma pluma de reagente gerada por uma única célula de reagente.
21. Método, de acordo com a reivindicação 20, em que os elementos são dispostos de modo que cada corrente é sujeita à mesma resistência de fluxo.
22. Método, de acordo com a reivindicação 20, em que a pluma de reagente mais larga se estende através da largura inteira da zona de detecção.
23. Método para executar um ensaio em uma amostra líquida para determinar a presença ou a concentração de um ou mais analitos ou controles no dispositivo de ensaio como definido na reivindicação 1, que compreende: depositar uma amostra líquida contendo os analitos de interesse em uma zona de adição de amostra do dispositivo de ensaio; mover a amostra por ação capilar através de uma trajetória de fluxo de fluido para uma zona de reagente onde ela dissolve um ou mais reagentes; descarregar a amostra da zona de reagente tendo uma pluma de reagente contendo um ou mais reagentes e para dentro das zonas de detecção por ação capilar através da trajetória de fluxo de fluido, em que sinais representantes da presença ou da concentração de analitos ou controles são produzidos; e ler os sinais que são produzidos nas zonas de detecção para determinar a presença ou a concentração dos analitos ou controles.
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