BREVE APRESENTAÇÃO
[001] Trata a presente solicitação de Patente de Invenção de um "BIOPROCESSO DE EXTRAÇÃO DE SILÍCIO DO RESÍDUO AGROINDUSTRIAL CASCA DE ARROZ COM O EXTRATOR NATURAL ÁCIDO CÍTRICO, PROVENIENTE DE RESÍDUO DA INDÚSTRIA CITRÍCOLA, PARA O DESENVOLVIMENTO DE FERTILIZANTE ORGÂNICO SILICATADO", particularmente de um bioprocesso que realiza uma inovação tecnológica importante, pois somatiza e coloca em prática conhecimentos sobre bioprocessos, extração de silício e aproveitamento de resíduos agroindustriais, possibilitando novos caminhos no desenvolvimento de produtos através de processos semelhantes.
[002] Com a utilização da tecnologia da presente invenção, ter-se-á o desenvolvimento de um produto em que o produtor finalize sua produção, ou seja, será comercializado na forma de mistura seca, utilizando-se resíduos agroindustriais secos e na forma de Pó.
[003] Como apresentação final do produto, pode ser realizada a transição para polpa cítrica seca e casca de arroz moída, inoculando-se o fungo Aspergillus niger para aumentar a concentração de ácido cítrico (fermentação cítrica sólida), otimizando-se, dessa forma, a extração do silício.
CAMPO DE APLICAÇÃO
[004] O produto resultante da presente invenção apresenta particular aplicação no segmento de agricultura e também doméstico.
ESTADO DA TÉCNICA
[005] Com a consolidação da agricultura orgânica e conscientização da necessidade da preservação ambiental, a população busca por produtos saudáveis, isentos de resíduos químicos e que respeitem o ambiente. Para isso, o produtor orgânico precisa de alternativas que possibilitem o manejo e produção. Já está demonstrada a importância do silício para nutrição da planta, sendo que recentemente foi incluso como micronutriente benéfico. Na agricultura orgânica o silício é importantíssimo para resistência das plantas às doenças fúngicas e ao ataque de insetos-pragas, uma vez que fungicidas e inseticidas químicos não são permitidos.
[006] Existem fertilizantes silicatados incorporados ao solo e pulverizados na planta, dentre eles alguns são permitidos para produção orgânica. Os que necessitam de incorporação no preparo do solo, como as escórias siderúrgicas (silicatos de Ca/Mg) e termofosfato, apesar de serem permitidos na agricultura orgânica, têm a desvantagem de causar baixa sustentabilidade de sistemas agrícolas pela alteração na agregação das argilas que retém os nutrientes, além de causar erosão, devido ao revolvimento do solo. Tais fontes podem ser vantajosas apenas no início do processo de produção que não emprega métodos de plantio direto, revolvendo o solo. Já os silicatos granulados que podem ser aplicados em linha, juntamente com a adubação NPK, podem favorecer o excesso de sais na linha do plantio. Pelo fato de serem empregadas em qualquer fase da cultura, as fontes silicatadas pulverizadas na planta ganham vantagem.
[007] Normalmente, a aplicação foliar é feita com silicato de potássio, porém pela Instrução Normativa 64, esta fonte não pode ser utilizada pelo produtor orgânico. Os pós de rocha e terras diatomáceas são permitidos na agricultura orgânica, porém causam impacto ambiental nas suas extrações.
[008] O produto em desenvolvimento visa aplicação foliar e fertilização líquida para produtos orgânicos, utilizando-se resíduos e diminuindo impacto ambiental. Apesar de existirem diferentes fontes de silício comercializadas, as que são eficientes são aplicadas ao solo, as de uso líquido nem sempre apresentam resultados satisfatórios.
[009] As empresas buscam produtos que apresentem eficiência agronômica, utilização em todos os modelos de cultivos e respeito ambiental.
[010] Foram realizadas pesquisas de anterioridades no banco de dados do INPI, Espacenet Bibliographic Data e United States Patent.A maioria das patentes encontradas relata a queima ou cinza da casca de arroz e, mesmo aquelas em que foi utilizada a casca de arroz crua, todas empregam produtos químicos.
[011] Não foi encontrada, nestas pesquisas, patente de extração de silício da casca de arroz crua com resíduo agroindustrial extrator, comprovando-se, desta forma, a não antecipação pelo estado da técnica conhecido.
DA INVENÇÃO
[012] O aumento na geração de resíduos agroindustriais, como consequência do crescimento econômico moderno, impulsiona o desenvolvimento de tecnologias viáveis de reaproveitamento e que não causem impactos ambientais. Com a crescente demanda mundial por alimentos mais saudáveis, o mercado de produtos ecológicos pode se beneficiar da utilização destes resíduos, através de processos e produtos que utilizem tecnologias limpas. O micronutriente benéfico silício tem despertado grande interesse pelo meio acadêmico sendo que, diversas pesquisas têm demonstrado cientificamente seus benefícios. Já existe reconhecimento de sua importância na resistência ao estresse hídrico e à proteção das plantas ao ataque das pragas e doenças, resultando em aumento e qualidade na produção, principalmente em sistema orgânico de produção, que contradiz o uso de produtos químicos. A utilização de resíduos gerados em grande quantidade pelos setores da produção agroindustrial aliada à produção de alimentos saudáveis e às vantagens do silício no metabolismo das plantas beneficiam o produtor rural, as agroindústrias e o meio ambiente.
[013] A produção de produtos mais saudáveis recorre à necessidade de não utilizar produtos químicos, sendo a elaboração de uma fonte natural de silício vantajosa nesse sentido, uma vez que possibilita às plantas diversas vantagens em seu metabolismo e componentes estruturais.
OBJETIVOS DA INVENÇÃO
[014] O objetivo da presente invenção, através da pesquisa científica, é o desenvolvimento tecnológico de uma fonte orgânica de silício, pelo aproveitamento de diferentes resíduos agroindustriais, através de sua extração pelos processos de fermentação e decocção. E elaboração do fertilizante foliar orgânico de silício foi feita pela definição da melhor proporção dos resíduos agroindustriais, tipo de extração, teor de silício e composição química. Foram conduzidos dois experimentos paralelos, um para cada tipo de extração, com esquema fatorial de 2 x 2 x 2, com quatro repetições.
[015] Os tratamentos foram duas doses de resíduo contendo silício, dois resíduos contendo meio extrator natural e duas quantidades destes resíduos extratores. Foram realizadas análises químicas que definiram a composição de cada tratamento principalmente quanto ao teor de silício. Definiu-se, nesta primeira etapa, o processo ideal de extração do silício, tanto para o teor de silício no momento da elaboração do adubo como após três meses de repouso, além de proporcionar menor valor de pH e maiores concentrações de macro e micronutrientes. Evidenciou-se o uso em potencial destes resíduos, uma vez que as quantidades geradas nas agroindústrias são grandes.
[016] Na segunda etapa da invenção, foi otimizado o processo de elaboração do fertilizante, assim como alteração na forma dos resíduos.
[017] De maneira mais resumida, no bioprocesso de extração do silício do resíduo industrial casca de arroz com o extrator natural ácido cítrico, proveniente da indústria citrícola, o ácido cítrico natural existente no resíduo da indústria de suco de laranja (bagaço) é utilizado para extrair o silício do resíduo da casca de arroz.
[018] Em ambos os processos já citados, ou seja, fermentativo e de decocção (através da elaboração de chás), conseguiu-se liberar o silício da casca de arroz, porém, em termos de eficiência, o processo fermentativo se mostrou com maior incidência técnica positiva.
[019] Os valores de silício adquiridos nesta etapa foram em tomo de 400 mg/L, sendo utilizada metodologia que determina o teor de silício solúvel no fertilizante, ou seja, o teor de silício disponível no fertilizante.
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[020] A seguir, explica-se a invenção com referência aos desenhos anexos, nos quais estão representados de forma ilustrativa e não limitativa: J Figura 1: Fluxograma da fase I do bioprocesso de extração de silício do resíduo agroindustrial casca arroz com o extrator natural ácido cítrico, proveniente de resíduo da indústria citrícola, para o desenvolvimento de fertilizante orgânico silicatado; J Figura 2: Fluxograma da fase II do bioprocesso de extração de silício do resíduo agroindustrial casca arroz com o extrator natural ácido cítrico, proveniente de resíduo da indústria citrícola, para o desenvolvimento de fertilizante orgânico silicatado.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[021] O "BIOPROCESSO DE EXTRAÇÃO DE SILÍCIO DO RESÍDUO AGROINDUSTRIAL CASCA ARROZ COM O EXTRATOR NATURAL ÁCIDO CÍTRICO, PROVENIENTE DE RESÍDUO DA INDÚSTRIA CITRÍCOLA, PARA O DESENVOLVIMENTO DE FERTILIZANTE ORGÂNICO SILICATADO", objeto desta solicitação de Patente de Invenção, realiza uma importante inovação tecnológica, haja vista somatizar e colocar em prática conhecimentos sobre bioprocessos, extração de silício e aproveitamento de resíduos agroindustriais, possibilitando novos caminhos no desenvolvimento de produtos. Em suma, a invenção possibilita o desenvolvimento tecnológico de uma fonte orgânica de silício, pelo aproveitamento de diferentes resíduos agroindustriais, através de sua extração pelos processos de fermentação e decocção. A elaboração do fertilizante foliar orgânico de silício feita pela definição da melhor proporção dos resíduos agroindustriais, tipo de extração, teor de silício e composição química, é também um objetivo da invenção.
[022] A fase I da invenção consiste em aumentar o teor de ácido cítrico no resíduo da laranja através da fermentação cítrica em estado sólido com o uso do micro-organismo Aspergillus niger.
[023] A fase II é a obtenção do fertilizante orgânico silicatado, através da extração do silício da casca de arroz com uso de ácido cítrico natural existente em resíduo agroindustrial de laranja, por processos de fermentação e decocção. Na prática, extraiu-se na primeira etapa cerca de 400 mg/L de silício. Definiu-se como método ideal de extração processos fermentativos, tanto no momento da elaboração do adubo como após três meses de repouso.
[024] Um dos objetivos da tecnologia desenvolvida é a obtenção de um produto a ser comercializado na forma de mistura seca, utilizando-se resíduos agroindustriais secos e na forma de pó.
[025] Na fase I do processo, ocorre a fermentação cítrica cuja finalidade é potencializar a concentração de ácido cítrico com início na separação de resíduo (1) da indústria citrícola que pode ser tanto o bagaço úmido quanto a polpa cítrica, quanto também a casca da laranja in natura, sempre na proporção de 0,5 a 5,0 kg (2,5 a 25%) desse resíduo adicionado de 5 a 15% de inóculo (3) (Aspergillus niger), para um volume de 20 litros na fase II do processo.
[026] Para iniciar-se o processo de fermentação cítrica, antes da inoculação (3) o resíduo é umedecido com 80 a 160% de umidade em solução aquosa (2) com variação de pH entre 3,0 a 8,0; e feito isso, permanece em repouso para o tempo de fermentação (4) de 48 a 192 horas numa temperatura ideal de 30°, podendo variar de 26 a 32°C, tendo como resultado após a fermentação o resíduo (6) cítrico fermentado.
[027] Opcionalmente, pode ser umedecido o resíduo utilizando-se da solução tampão (5) fosfato-salino e uso do metanol (1 a 7%).
[028] A invenção contempla ainda a possibilidade de transição para polpa cítrica seca e casca de arroz moída, inoculando-se o fungo Aspergillus niger para aumentar a concentração de ácido cítrico (fermentação cítrica sólida), otimizando-se assim a extração do silício. Em termos numéricos representativos e não limitativos como exemplo: o produtor adquire em tomo de 5 kg do produto (já fermentado ou não citricamente) e elabora o biofertilfizante para 1 ha adicionando 300 litros de água e fermentando por biofertilização por um período em torno de 15 dias.
[029] Tecnicamente a extração do silício é feita a partir de ácidos naturais e provenientes de resíduos agroindustriais, sendo que, segundo a literatura, o ácido cítrico um dos extratores em análises laboratoriais para fósforo (competição entre fosfato e silicato pelos sítios de adsorção aos colóides) e para o próprio silício. Similarmente à extração de silício em fertilizantes (Pereira et al., 2003) e solos (Acquaye &Tinsley, 1964 citados por Pereira et.al, 2010a).
[030] Na presente invenção, o produto preparado na fase I adquire as condições ideais para a extração do silício da casca de arroz de forma otimizada, gerando um diferencial expressivo em relação ao estado da técnica.
[031] Portanto, na fase II, é um objetivo da invenção a extração do silício da casca do arroz através dos ácidos existentes em resíduos de laranja, principalmente o ácido cítrico, uma vez que o teor de silício disponível na água utilizada se situa em 1,73 mg/L.
[032] Na extração do silício pelo tratamento biofertilizante, observa-se que a maior relação (Si:AC) alcançada proporcionou maior extração, no entanto esta relação pode ser melhorada em condições de laboratório e produtos químicos. A fermentação cítrica do resíduo cítrico ideal é de extrema necessidade para o aumento da concentração do agente extrator, para que desta forma a extração do silício possa acontecer em níveis mais elevados e todo o processo de desenvolvimento do adubo seja mais eficiente.
[033] A segunda fase do processo consiste na extração do silício da casca de arroz para a elaboração do biofertilizante que inicia-se na separação de 0,5 a 5,0 kg (2,5 a 25%) do resíduo (6) cítrico fermentado (fase I), adicionar 0,5 a 5,0 kg (2,5 a 25%) de casca de arroz inteira ou moída e 20 litros de água (7), (observada a proporção) e manter em repouso de 1 a 10 dias para a fermentação aeróbica (9).
[034] Opcionalmente, essa segunda fase pode ser incluída um ativador (8) do processo fermentativo, neste caso utiliza-se o melaço de cana de 5 a 15m1/L mais o farelo de arroz de 15 a 35g/L.
[035] Também nesta segunda fase pode ser utilizada como opção, a fermentação anaeróbica (10) que neste caso deve ser mantido a mistura em repouso por até 60 dias em temperatura ideal de 30°C podendo variar de 26 a 32°C.
[036] Decorrido o tempo de fermentação tem-se como resultado o fertilizante orgânico silicatado (11) com baixo pH.
[037] O produto obtido apresenta características de fertilizante, além de seu uso como adubo silicatado, uma vez que seus teores de macro e micronutrientes são elevados, dentre eles fósforo, potássio, manganês e zinco.
[038] Durante o desenvolvimento e teste alguns aspectos importantes foram observados, levando à clara aplicação em escala industrial do processo e produção.
[039] Uma etapa importante do processo se constatou que se o biofertilizante extrairia o silício assim como o chá, pois com este tinha sido feitos testes preliminares, e o resultado foi muito superior, tanto para silício como para outros nutrientes.
[040] Outra etapa concluída com êxito foi a transição da casca de laranja para bagaço industrial, pois apesar de obter valores menores o processo foi satisfatório, ainda mais após período de três meses de repouso. A utilização de um resíduo que é produzido em grande escala se torna mais apropriado do que a utilização de cascas de laranjas, apesar também de existir esta possibilidade (restaurantes, lanchonetes...), porém mais onerosa em termos de logística e preparo (trituração).
[041] Outra transição perceptivamente viabilizada pelo processo acima descrito consiste no uso de farelo cítrico (seco) ao invés de bagaço industrial (úmido).
[042] Para tanto, foi feita a otimização do bioprocesso da fermentação cítrica neste desenvolvimento tecnológico, através do estudo de algumas variáveis em condições de laboratório, particularmente de fermentação cítrica no estado sólido (FES), entre elas: linhagem específica do fungo Aspergillus niger, casca de arroz moída (maior superfície específica) e farelo cítrico (maior disponibilidade mercado).
[043] Nesta segunda etapa, de alteração da forma dos resíduos para polpa cítrica e/ou casca de arroz moída, e de otimização do bioprocesso da fermentação cítrica, a extração do silício variou entre 3.000 — 7.000 mg/L, podendo ainda chegar à valores superiores, com o uso adicional de solução fosfato-salino e metanol, tecnologia está desenvolvida no laboratório e em fase de implantação no campo.
[044] Uma característica favorável do produto final obtido, seja pela forma de chá ou biofertilizante, foi a não polimerização do adubo em concentrações superiores a 50 mg/L e o pH baixo também o mantém na forma líquida (Pereira et.al., 2010a).
[045] Provavelmente um dos fatores que favorece esta não polimerização é a presença dos ácidos, principalmente o cítrico por ser estabilizante e conservante.
[046] Outro fator otimizado no processo, consiste no desenvolvimento do biofertilizante em si, com estudos sobre a forma de fermentação (aeróbica e anaeróbica) e o tempo de fermentação. Com o período de repouso, em temperatura ambiente, houve aumento na concentração de silício e os frascos plásticos tampados ficaram "estufados" indicando fermentação anaeróbica com produção de gás, posteriormente à fermentação aeróbica na elaboração do biofertilizante. Atualmente em laboratório existem dois métodos de determinação de silício em fertilizantes, um através de repouso e agitação por 5 dias em condições aeróbicas e outro através de autoclave a 120°C em condições anaeróbicas (Pereira et.al., 2010b), em termos práticos o biofertilizante extraiu o silício similarmente ao processo de repouso, porém adicionando-se o fator biológico, e o chá (97°C) extraiu similarmente ao processo por autoclave.
[047] Em uma abrangência mais técnica, a invenção estudou e determinou, dentro de valores necessários e prováveis, os eventos críticos que devem ser cumpridos para que as oportunidades de mercado se concretizem para esta tecnologia, produzindo uma otimização do processo de extração de silício e elaboração do adubo, através da fase II.
[048] Ou seja, a invenção é realizada em fases, sendo o objetivo da primeira etapa do projeto estabelecer as melhores formas dos resíduos agroindustriais, condições ideais e tempo ótimo de fermentação cítrica sólida, com uso de Aspergillus niger. Na segunda fase o objetivo realiza-se a produção do biofertilizante, através da forma e tempo ideal de fermentação, seja ela aeróbica, anaeróbica ou ambas.
[049] Em uma fase mais avançada da invenção, contempla-se a produção do fertilizante em escala industrial, com estudos sobre forma de comercialização e validade.
[050] Na última fase o objetivo é a tecnologia de aplicação do produto, realizando testes agronômicos em diferentes culturas, respaldados nos estudos até aqui realizados.
[051] A título de esclarecimento de valores práticos, a Tabela 01 mostra a extração de silício no biofertilizante.
Tabela 1: Extração de silício no biofertilizante. Significativo a 1% probabilidade.
[052] Análises do silício solúvel.
[053] A título comparativo, e para melhor elucidar as potencialidades da presente invenção, na Tabela 02 estão sendo apresentados os teores de silício solúvel (disponível) para ambos métodos de desenvolvimento do adubo líquido no término de sua elaboração.
[054] Para o método de biofertilizante o teor de silício solúvel no momento da elaboração do adubo foi maior, independentemente da quantidade de casca de arroz utilizada, quando utilizou-se o resíduo cítrico casca de laranja na dose de 400 (em tomo de 370 mg/L), seguido depois pela dose 200 do mesmo resíduo (em torno de 250 mg/L). Já para o método por chá quanto maior a quantidade de casca de arroz, maior o teor de silício extraído (210 mg/L), sendo que o resíduo casca de laranja proporcionou maior extração, principalmente na maior dose de 400. Em termos de eficiência de extração o método de biofertilizante foi melhor.
Tabela 2: Teor de silício solúvel em adubos líquidos a partir de diferentes métodos de elaboração. n.s. - não significativo; **- significativo a 1% probabilidade. Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna diferem entre si.
[055] Já na Tabela 03 os valores de silício solúvel (disponível) apresentados foram analisados após um período de 3 meses em repouso e nota-se que para o método biofertilizante houve um aumento de 70% em média, sendo que os tratamentos que mais aumentaram o teor de silício foram os que continham o bagaço industrial. Em termos de média geral, o teor de silício no momento da elaboração do biofertilizante foi de 243,49 mg/L e com os 3 meses de repouso passou a 412,42 mg/L. Porém pelo método de extração por chá, a concentração tendeu a diminuir, em média passou de 183,60 mg/L para 176,53 mg/L, algo em tomo de 5%.
Tabela 3: Teor de silício solúvel em adubos líquidos a partir de diferentes métodos de elaboração, após 3 meses de repouso.
[056] n.s. - não significativo; **- significativo a 1% probabilidade; *- significativo a 5% probabilidade. Médias seguidas de letras maiúsculas diferem entre si na coluna.
[057] Médias seguidas de letras minúsculas diferem entre si na linha.