WO2012135928A1 - Composição cosmética contendo spirulina, e, método de tratamento cosmético - Google Patents

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Dolivar Coraucci Neto
Flávio BUENO DE CAMARGO JÚNIOR
Patrícia Maria BERARDO GONÇALVES MAIA CAMPOS
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Ouro Fino Participações E Empreendimentos S.A.
Universidade De São Paulo - Usp
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Abstract

A presente invenção trata de composição cosmética para aplicação tópica contendo Spirulina, a qual tem como principal objetivo o combate a ação dos radicais livres que agem no envelhecimento, além de proporcionar hidratação, proteção e melhora das condições gerais da pele. A composição compreende Spirulina na forma de extrato seco em concentrações variando de 0,1 a 5,0% em peso, e veículos cosmeticamente aceitáveis.

Description

Relatório Descritivo de Patente de Invenção
COMPOSIÇÃO COSMÉTICA CONTENDO SPIRULINA, E, MÉTODO DE
TRATAMENTO COSMÉTICO Campo da Invenção
A presente invenção trata de composição cosmética para aplicação tópica contendo Spirulina, a qual tem como principal objetivo o combate a ação dos radicais livres que agem no envelhecimento, além de proporcionar hidratação, proteção e melhora das condições gerais da pele.
Fundamentos da Invenção
A pele é um órgão complexo que se constitui de uma barreira metabolicamente ativa. Tem como função primordial proteger os órgãos internos contra a luz ultravioleta, as agressões mecânicas e químicas, a desidratação excessiva e contra os microorganismos. Por essa razão, a manutenção da integridade estrutural da pele, bem como a restauração das suas propriedades de barreira, torna-se de fundamental importância para se ter uma pele saudável.
Neste contexto, a cosmetologia vem ganhando cada vez mais notoriedade uma vez que a pele reflete o nosso estado de saúde e nossa qualidade de vida. Assim, um estilo de vida saudável aliado a uma dieta equilibrada e ao uso de produtos para proteção da pele contra as agressões do meio ambiente, e que possam promover diferentes benefícios à pele, tem sido amplamente divulgado em nível mundial.
A cada ano surgem novos produtos cosméticos contendo diferentes substâncias ativas, sendo que vitaminas tais como A, B e C, e aquelas do complexo B, desempenham papel de grande importância por apresentarem efeitos umectantes e emolientes, atividade antioxidante e protetora contra os danos causados pelos raios ultravioletas e o controle na queratinização e melanogênese. Porém, além das vitaminas, outras substâncias ativas como os aminoácidos, as proteínas e os extratos vegetais vêm sendo utilizados para a melhoria da aparência geral da pele, uma vez que podem atuar na hidratação e proteção da pele contra as agressões ambientais, mantendo a eudermia.
Além disso, cumpre salientar que extratos ricos em proteínas são considerados potenciais matérias-primas para uso tópico em função dos benefícios que podem proporcionar ao tecido cutâneo, tanto em termos preventivos como para a manutenção e tratamento da pele, mantendo-a saudável e em bom estado.
A tendência atual em termos de formulação é possibilitar que diversas substâncias ativas sejam veiculadas em um mesmo produto, visando o sinergismo para obtenção de um produto com características multifuncionais, tais como, ação hidratante, protetora da função barreira da pele, podendo, ainda, atuar na renovação celular.
Outra forte tendência em formulações cosméticas está relacionada à utilização de substâncias ativas de origem natural, que vêm tendo grande aplicação na indústria e apresentam uma grande aceitação pelo mercado consumidor. Milhares são os exemplos desses ativos para aplicação nos produtos cosméticos. Óleos vegetais altamente resistentes à oxidação, extratos vegetais que mantêm total integridade de seus componentes ativos, várias espécies de algas e também os alfa-hidróxi ácidos, tais como o ácido glicólico e os ácidos de frutas, extraídos da cana-de-açúcar e das frutas, os quais revolucionaram a cosmética pela quantidade de trabalhos científicos comprovando sua eficácia no tratamento da pele e de algumas dermatoses, como, por exemplo, a ictiose.
Dentre os ativos de origem natural, a Spirulina (ou Arthrospira), que pertence ao grupo das Cyanobacterium, também conhecidas como Cyanophyta ou como grupo das algas verde-azuladas, vem sendo muito utilizada como suplemento alimentar humano, principalmente na forma de pílulas ou tabletes de Spirulina prensada, assim como suplemento alimentar de animais.
O uso da Spirulina como suplemento alimentar se deve as suas características nutricionais. A Spirulina contém entre 50 e 70% de seu peso seco em proteínas, quantidade essa que, em geral, é superior a de outras fontes protéicas. Entre os aminoácidos encontrados na Spirulina podemos destacar a metionina, a glicina, a lisina e o ácido gammalinolênico (GLA). Além da grande concentração de proteínas, possui entre 8 e 14% de polissacarídeos, dos quais os monômeros principais são glucose, galactose, manose e ribose e, aproximadamente 6% de lipídeos, mas tanto suas quantidades como suas composições variam em função das condições de cultivo, principalmente luz e nitrogénio. Se a luz é escassa, aumentará o conteúdo de lipídios como reserva de energia. Por tratar-se de organismos fotoautótrofos, a Spirulina tem elevadas concentrações de pigmentos, entre eles β-caroteno, isto é, pró-vitamina A. Além disto, a Spirulina possui em sua composição as vitaminas do complexo B, sendo o organismo não animal com maior conteúdo em vitamina B12 ou cobalamina.
Uma vez que a Spirulina apresenta uma composição rica em pró- vitamina A, vitaminas do complexo B, proteínas e polissacarídeos como a glucose, galactose, manose e ribose, quando utilizada como ativo em formulações cosméticas pode proporcionar a pele efeitos umectantes e emolientes, atividade antioxidante, além de atividade protetora.
Outra característica de destaque em relação ao uso de Spirulina em cosméticos é a possibilidade do desenvolvimento de formulações com características multifuncionais, estáveis, seguras e com menor custo, visto que, a adição de substâncias ativas em formulações cosméticas pode causar instabilidade às mesmas, tal como a diminuição da viscosidade, além de alteração das suas características reológicas em geral. Sendo assim, quanto maior o número de substâncias ativas presentes na formulação, maiores são as chances da formulação apresentar problemas de estabilidade.
No passado, utilizavam-se produtos naturais de forma empírica, porém com a busca do consumidor por produtos naturais de maior pureza, segurança e eficácia, houve a necessidade de se aumentar os esforços tecnológicos e científicos para avaliar e controlar a qualidade dos produtos contendo substâncias naturais. Exemplo dessas utilizações do passado pode ser encontrado nos documentos PI0605365-3 e PI0705238-3 que tratam de método de produção artesanal e da aplicação de Spirulina "in natura" em cremes cosméticos. Nesses documentos pode ser observado que um dos grandes problemas técnicos a ser solucionado está relacionado com a produção de extrato seco de Spirulina sem causar a morte celular e a consequente perda de seus nutrientes, notadamente os polissacarídeos que podem ser degradados. A solução buscada foi, portanto, tentar formular Spirulina na sua forma viva, ou seja, "in natura", em conjunto com outros ativos cosméticos. No entanto, verifica-se que tal solução é artesanal e não tem qualquer condição para ser aplicada para a produção industrial de uma formulação cosmética devido à perda de estabilidade, uma vez que necessita ser armazenada em temperaturas controladas em cerca de 8°C para se conseguir um prazo de validade maior que 30 dias.
A princípio, pode parecer contraditório associar as palavras natural e tecnologia, mas a eficácia dos produtos que contêm ingredientes naturais depende tanto da pureza da matéria prima como do desenvolvimento de uma formulação adequada. Ademais, conforme mencionado, a adição de substâncias ativas em formulações cosméticas geralmente causa instabilidade às mesmas, observando-se que quanto maior o número de substâncias ativas presentes na formulação, maiores são as chances da formulação apresentar problemas de estabilidade.
Por esse motivo, no desenvolvimento de novos produtos cosméticos deve-se levar em consideração, dentre outros, o tipo de formulação, o processo de produção, a finalidade de uso, o tipo de pele e a compatibilidade entre as possíveis substâncias ativas a serem acrescidas nestas, o que leva à necessidade de estudos de estabilidade e avaliação de eficácia.
Assim sendo, um grande desafio para os pesquisadores da área cosmética é o desenvolvimento de formulações que ofereçam vários benefícios para a pele utilizando um menor número de substâncias ativas em sua composição e, nesse contexto, a Spirulina, por ser uma substância de origem natural que possui em sua composição várias substâncias que podem trazer benefícios para pele, aparece como um composto de grande potencial para o desenvolvimento de tais formulações.
Sumário da Invenção
Considerando as informações acima reveladas, tornou-se agora realidade, por meio de estudos pré-clínicos de atividade antioxidante e clínicos de eficácia, a obtenção de formulações cosméticas industriais à base de Spirulina apresentando estabilidade e eficácia na hidratação, proteção, melhora do microrelevo e condições gerais da pele. Essas novas formulações tópicas estáveis contendo Spirulina são inovadoras e de grande importância, uma vez que foram obtidos produtos eficazes com características multifuncionais.
Assim, foi agora desenvolvida uma composição cosmética compreendendo extrato seco de Spirulina, a qual mantém uma boa concentração de nutrientes que realmente podem trazer benefícios para pele quando veiculados em formulações cosméticas, não precisando manter a alga viva e elevando o prazo de validade da formulação, sem ter que armazená-las sob refrigeração.
A composição cosmética objeto da presente invenção comprovadamente mostrou, por meio de estudos de avaliação de eficácia que serão aqui descritos, que mantém os nutrientes em concentrações adequadas para serem utilizados em produtos cosméticos.
A presente invenção também contempla um método de tratamento cosmético compreendendo a aplicação da composição segundo a presente invenção.
Descrição Detalhada da Invenção
De acordo com os objetivos acima, a composição cosmética segundo a presente invenção compreende Spirulina, na forma de extrato seco, em uma concentração variando de 0,1 a 5,0% em peso e veículos cosmeticamente aceitáveis com sensorial adequado às suas finalidades de uso. Os demais componentes usados na formulação da presente invenção incluem Paramul (cera autoemulsionante não iônica), Aristoflex (polímero de acrilato), Propilenoglicol, Glicerina, Fenoxietanol e Parabenos, Net FS (microemulsão de silicone), DC 9040 (silicone), DC 245 (silicone volátil), DC 9011 (silicone), DC 200/50 (silicone), Dragoxat (octanoato de octila) e Emulgin 40OE (óleo de rícino hidrogenado e etoxilado).
De acordo com a presente invenção, os produtos abaixo têm os seguintes significados segundo a INCI - International Nomenclature of Cosmetic Ingredient:
DC 9040 - Cyclopentasiloxane
DC 901 - Cyclopentasiloxane (and) PEG-12 Dimethicone Crosspolymer DC 245- Cyclomethicone
DC 200/50 - Dimethicone
Aristoflex - Ammonium Acryloyldimethyltaurate/VP Copolymer
Paramul - Cetearyl Alcohol (and) Ceteareth-20
Preferencialmente, referidos componentes estarão presentes na composição cosmética da presente invenção nas seguintes proporções em peso: Paramul (0-12,0%), Aristoflex (0-2,0%), Propilenoglicol (4,0-6,0%), Glicerina (6,0%), Fenoxietanol e Parabenos (0,8%), Net FS (4,0-5,0%), DC 9040 (10,0-21 ,0%), DC 245 (5,0-7,0%), DC 9011 (0-5,0%), DC 200/50 (0- 3,0%), Dragoxat (3,0%) e Emulgin 40OE (0-3,0%).
De forma preferida, a composição cosmética segundo a presente invenção é formulada como uma emulsão compreendendo, em porcentagem peso, de 0,1 a 5,0% de Spirulina na forma de extrato seco, 12% de Paramul, 4,0% de Propilenoglicol, 6,0% de Glicerina, 0,8% de Fenoxietanol e Parabenos, 5,0% de Net FS, 10,0% de DC 9040, 5,0% de DC 245, 5,0% de DC 9011 , 3,0% de DC 200/50, 3,0% de Dragoxat e água destilada e deionizada (qs 100).
Com ênfase à preferência já citada, a composição cosmética segundo a presente invenção é formulada como um gel-creme compreendendo, em porcentagem peso, de 0,1 a 5,0% de Spirulina na forma de extrato seco, 2,0% de Aristoflex, 6,0% de Propilenoglicol, 6,0% de Glicerina, 0,8% de Fenoxietanol e Parabenos, 4,0% de Net FS, 21 ,0% de DC 9040, 7,0% de DC 245, 3,0% de Dragoxat, 3,0% de Emulgin 40OE e água destilada e deionizada (qs 100).
A composição cosmética contendo Spirulina segundo a presente invenção possui características multifuncionais, é bastante estável, segura e pode ser produzida a baixos custos. Além disso, por ser um produto de origem natural, o processo para a produção da Spirulina e seu extrato seco não causarão impactos negativos na natureza, o que é uma preocupação de ecologistas e protetores do meio ambiente quando questionam os impactos do extrativismo comercial das indústrias sobre os rios e as florestas.
Portanto, com o objetivo de se comprovar a estabilidade, o potencial antioxidante, a compatibilidade cutânea e a eficácia a curto e longo prazo, conforme os propósitos da presente invenção, vários estudos e testes foram desenvolvidos com diversas composições cosméticas contendo Spirulina, na forma de extrato seco, para se chegar àquelas que revelassem uma maior expressão dessas qualidades.
Os estudos e testes com esses propósitos serão ilustrados a seguir como exemplos não limitativos do alcance da proteção conferida pelas reivindicações anexas, mas demonstrando os resultados e a eficácia da composição cosmética segundo a presente invenção. Todas as porcentagens são em peso.
Exemplo 1: Avaliação da estabilidade da Spirulina em formulações cosméticas
Foram preparadas as seguintes formulações (%p/p) conforme a tabela abaixo na Tabela 1 :
TABELA 1
Formulação F1 F2 F3
Spirulina
— 0, 1 0, 1
solubilizada em água, 1 :10
qsp
DC 9040 65 25
100
DC 245 15 — 37,1 DC 9011 , 10% 10 — —
Glicerina 2,5 2,5 2,5
Propilenoglicol 2,5 2,5 2,5
Phenova
0,8 0,8 0,8
(fenoxietanol e parabenos)
Uniox A
(cera auto emulsionante — — 12 não iônica)
Água — — 20
Comentários:
Na formulação F1 , não foi possível incorporar a Spirulina. A formulação F2, após 3 dias de armazenamento à temperatura ambiente e a 45°C, não apresentou alteração de cor, mas apresentou separação de fases, o que é indesejável. A formulação F3, após 5 dias de armazenamento à temperatura ambiente e a 45°C, não apresentou alteração de cor, mas apresentou separação de fases, o que é indesejável.
Posteriormente, foram preparadas mais 4 formulações (%p/p), as quais estão descritas a seguir na Tabela 2:
TABELA 2
Formulação F4 F5 F6 F7
Spirulina 0,1 0,1 0,1 0,1
Paramul 12 12 10 ~
(Cera autoemulsionante)
Aristoflex - 2,0
(polímero de acrilato)
Propilenoglicol 3,0 4,0 4,0 6,0
Glicerina 3,0 6,0 6,0 6,0 Fenoxietanol e Parabenos 0,8 0,8 0,8 0,8
Net FS 5,0 5,0 5,0 ~
(microemulsão de silicone)
DC 9040 10 10 15 21
DC 245 10 5 5 7
DC 9011 5 5 5 -
DC 200/50 - 3 3 -
Dragoxat 3 3 3,0 ou
lanol
(octanoato de octila)
Emulgin 40OE 3,0
(óleo de rícino hidrogenado e
etoxilado)
Água destilada e deionizada qs 100 qs 100 qs 100 qs 100
A formulação F4 não foi estável no teste de centrifugação, uma vez que apresentou separação de fases e as formulações F5, F6 e F7 foram estáveis, não apresentando separação de fases. Assim, as formulações F5, F6 e F7 foram submetidas aos testes de estabilidade por avaliação visual, sendo as amostras armazenadas à temperatura ambiente e em estufas a 37°C e a 45°C.
Nestes testes, referidas formulações apresentaram alteração de cor no tempo 4 dias, as formulações F5 e F7 apresentando um tom mais claro. Essa coloração mais clara continuou até o tempo 15 dias em todas as temperaturas. Após 21 dias de armazenamento as formulações que foram mantidas a 45°C apresentaram um clareamento muito pequeno em relação àquelas mantidas a 37°C. Após 41 dias as formulações não apresentaram alterações de cor. A formulação F6 quando armazenada a 45°C apresentou um leve ressecamento na superfície e pequena alteração na consistência. Assim sendo, as formulações F5 e F7 foram consideradas mais estáveis. Essas formulações foram preparadas novamente e submetidas aos testes de estabilidade sem a adição de Spirulina, para servir de controle. Após 10 dias de armazenamento, as formulações não apresentaram alterações de cor. Após 91 dias de armazenamento, as formulações não apresentaram alterações de cor, somente a formulação F5 armazenada a 45°C apresentou um leve ressecamento na superfície.
As formulações F5 (pH 6,4) e F7 (pH 6,0) foram então selecionadas para os testes de segurança por determinação da compatibilidade dérmica.
Exemplo 2: Avaliação do Potencial Antioxidante in vitro das amostras de Spirulina
O teste foi realizado com o equipamento Luminômetro Autolumat LB953 EG&G Berthold. Os radicais livres foram produzidos com a água oxigenada e a enzima peroxidase. O luminol foi utilizado como uma sonda que reagiu com o radical livre que produz um fóton que é captado pelo equipamento. Se a substância testada tiver ação antioxidante, reage com o radical livre e consequentemente menos radicais livres vão reagir com o luminol, diminuindo o número de fótons emitidos. Todos os testes foram realizados em triplicata.
2.1. Resultados da avaliação do potencial antioxidante in vitro da primeira amostra de Spirulina recebida (AGA):
O gráfico da Figura 1 mostra as diferentes porcentagens de Spirulina utilizadas no experimento, conforme a Tabela 3.
TABELA 3
Concentração Concentração real depois da % de inibição dos
(Spirulina) diluição (Spirulina) radicais livres
2,5 0,025 93,2
2,0 0,020 49,7
1,5 0,015 46
1 ,0 0,010 29,2
0,75 0,0075 20,6
0,50 0,0050 17,2
0,25 0,0025 6 Por meio dos valores obtidos, calculou-se a porcentagem de Spirulina necessária para inibir 50% dos radicais livres. O valor obtido foi 1 ,58%, ou seja, nas condições experimentais para inibir 50% dos radicais livres foi necessária uma concentração de 1 ,58% de Spirulina (concentração real após diluição 0,0158%). A curva de valores está ilustrada na Figura 2.
2.2. Resultados da avaliação do potencial antioxidante in vitro da segunda amostra de Spirulina (maior número de lavagens) (AGN);
O gráfico da Figura 3 mostra as diferentes porcentagens de Spirulina utilizadas no experimento, conforme a Tabela 4.
TABELA 4
Figure imgf000012_0001
Por meio dos valores obtidos calculou-se a porcentagem de Spirulina necessária para inibir 50% dos radicais livres. O valor obtido foi 1,40%, ou seja, nas condições experimentais para inibir 50% dos radicais livres foi necessária uma concentração de 1 ,40% de Spirulina (concentração real após diluição 0,0140%). A curva de valores está ilustrada na Figura 4.
Exemplo 3. Avaliação da compatibilidade cutânea de formulações cosméticas acrescidas de 0,1% de Spirulina
TABELA 5
Formulações F5 F7
Spirulina 0,1 0,1
Paramul 12
(Cera autoemulsionante não iônica)
Aristoflex - 2,0 (polímero de acrilato)
Propilenoglicol 4,0 6,0
Glicerina 6,0 6,0
Fenoxietanol e Parabenos 0,8 0,8
Net FS 5,0
(microemulsão de silicone)
DC 9040 10 21
DC 245 5 7
DC 9011 5 -
DC 200/50 3 -
Dragoxat 3 3,0
(octanoato de octila)
Emulgin 40OE 3,0
(óleo de rícino hidrogenado e
etoxilado)
Água destilada e deionizada qs 100 qs 100
Nos testes de avaliação da compatibilidade cutânea, as formulações F5 (emulsão) e F7 (gel-creme) foram consideradas seguras para aplicação na pele humana.
Exemplo 4. Avaliação sensorial de formulações cosméticas acrescidas ou não de 0,1% de Spirulina
Para a avaliação sensorial foram preparadas mais 2 formulações F5B e F7B. Com isso, foram avaliadas as características sensoriais das emulsões F5 e F5B e dos géis-creme F7 e F7B.
TABELA 7
Formulações F5 F5B F7 F7B
Spirulina 0,1 0,1 0,1 0,1
Paramul 12 12
(Cera autoemulsionante)
Aristoflex 2,0 2,0
(polímero)
Propilenoglicol 4,0 6,0 6,0 6,0
Glicerina 6,0 6,0 6,0 6,0
Fenoxietanol e Parabenos 0,8 0,8 0,8 0,8 Net FS (microemulsão de 5,0 7,0 4,0 silicone)
DC 9040 10 10 21 21
DC 245 5 7 7 7
DC 9011 5 5 - -
DC 200/50 3 3 - -
Dragoxat (octanoato de octila) 3 6 3,0 3,0
Emulgin 40OE (óleo de rícino 3,0 3,0 hidrogenado e etoxilado)
Agua destilada e deionizada qs 100 qs 100 qs 100 qs 100
Neste estudo, as voluntárias aplicaram uma quantidade padronizada (200 mg) das formulações acima descritas, em regiões distintas na porção inferior média dos antebraços e, em seguida, receberam uma Ficha de Avaliação Sensorial conforme modelo abaixo, onde responderam as questões atribuindo notas.
TABELA 8
Figure imgf000014_0001
1 - péssimo; 2 - ruim; 3 - regular; 4 - bom; 5 - excelente.
Intenção de compra: ( ) Sim ( ) Não
Nome:
Os resultados obtidos na avaliação sensorial mostraram que entre as duas emulsões objeto de estudo, a formulação F5 obteve as maiores notas nos parâmetros: Sensação ao toque; Espalhabilidade e Aparência da pele; Sensação da pele imediatamente após a aplicação; Sensação da pele após 5 minutos e Melhora nos aspectos gerais da pele, quando comparada com a formulação F5B. E relação aos géis-creme, a formulação F7B foi a que obteve as maiores notas em todos os parâmetros avaliados quando comparada com a formulação F7.
4.1. Intenção de Compra:
Em relação à intenção de compra das formulações objeto de estudo pelas voluntárias, foi possível observar que a formulação F7B foi a que obteve maior aceitação pelas voluntárias, com 100% das intenções de compra, seguida pela formulação F5 com 90% das intenções de compra. Já a formulação F5B foi a que obteve menor aceitação pelas voluntárias com 30% das intenções de compra. Sendo assim, as formulações F5 (emulsão) e F7B (gel-creme) foram as formulações escolhidas para os testes de avaliação de eficácia.
Exemplo 5. Avaliação da eficácia a curto prazo (efeitos imediatos) das formulações desenvolvidas, acrescidas ou não de Spirulina
A avaliação da eficácia das formulações foi realizada com as formulações F5 e F7B acrescidas ou não de Spirulina. Foram selecionadas 14 voluntárias do sexo feminino. Para a seleção das voluntárias foram considerados os seguintes critérios de exclusão: gravidez ou aleitamento; indivíduos com história anterior de reações adversas com o uso de cosméticos; indivíduos em uso de medicamentos passíveis de produzir resposta cutânea anormal; doenças dermatológicas localizadas ou generalizadas e excesso de pêlos nas regiões de estudo. A região escolhida para a realização dos estudos dos efeitos imediatos das formulações objetos de estudo foi a região anterior média dos antebraços. As voluntárias foram submetidas aos testes de eficácia, os quais foram iniciados a partir de 20 minutos de aclimatação em ambiente com temperatura e umidade relativa do ar controlado, 20-22°C e 45-55%, respectivamente. O antebraço direito das voluntárias foi subdividido em duas regiões de aproximadamente 36 cm2, onde foram aplicadas as formulações F5 (emulsão) e F5A (emulsão acrescida do ativo Spirulina). O antebraço esquerdo também foi subdividido em duas regiões de aproximadamente 36 cm2, onde foram aplicadas as formulações F7B (gel-creme) e F7B + A (gel-creme acrescido do ativo Spirulina). Essas regiões e formulações aplicadas foram randomizadas entre as voluntárias a fim de minimizar as diferenças entre as análises.
Nos testes de avaliação de eficácia (curto prazo), foram avaliados o conteúdo aquoso do estrato córneo, a perda de água trans-epidérmica, as propriedades viscoelásticas da pele e o microrelevo cutâneo utilizando os equipamentos Corneometer® CM 825, Tewameter® TM, Cutometer® SEM 575 e Visioscan® VC 98, respectivamente. Os resultados encontram-se catalogados na Figura 5.
Todas as formulações objeto de estudo aumentaram significativamente o conteúdo aquoso do estrato córneo, o que indica um aumento da umectação cutânea nas regiões dos antebraços. Em relação à perda de água trans- epidérmica, as formulações estudadas mostraram efeitos de redução quando comparado com os valores basais, sugerindo que as formulações objeto de estudo apresentaram efeito na melhora da função barreira de pele. Porém, essa diminuição não foi estatisticamente significativa devido à variação interindividual do grupo. A formulação F7B + A (gel-creme acrescido do ativo Spirulina) foi a que apresentou efeito mais pronunciado na redução de água trans-epidérmica. A Figura 6 ilustra a avaliação dessa característica.
Na avaliação das propriedades viscoelásticas da pele, as formulações F7B (gel-creme) e F7B + A (gel-creme acrescido do ativo Spirulina) provocaram um aumento nos valores do parâmetro Uv/Eu, que está relacionado com a viscoelasticidade da pele, após 2 horas da aplicação das formulações em relação aos valores basais. Porém esse aumento, não apresentou diferença estatisticamente significativa devido à variabilidade entre as voluntárias do grupo de estudo. Em relação ao microrelevo cutâneo, as formulações provocaram melhora na textura da pele, com pequena redução no número de rugas e na rugosidade da pele após 2 horas da aplicação em relação aos valores basais. Essa redução não apresentou diferença estatística devido à variabilidade entre as voluntárias ou devido ao tempo de uso das formulações.
Exemplo 6. Avaliação da eficácia a longo prazo das formulações acrescidas de Spirulina
A avaliação da eficácia das formulações foi realizada com as formulações F5 e F7B acrescidas de Spirulina, F5+A e F7B+A, respectivamente. Foram selecionadas 14 voluntárias do sexo feminino com idade entre 30 e 50 anos. Para a seleção destas voluntárias foram considerados os mesmos critérios de exclusão que os estudos a curto prazo. A região escolhida para a realização dos estudos dos efeitos a longo prazo das formulações objeto de estudo, foi a mesma região anterior média dos antebraços. As voluntárias foram submetidas aos testes de eficácia (realização das medidas basais - TO), os quais foram iniciados a partir de 20 minutos de aclimatação em ambiente com temperatura e umidade relativa do ar controlado, 20-22°C e 45-55%, respectivamente. Após a realização dos testes as voluntárias foram orientadas sobre a forma correta e a região de aplicação das formulações. Cada voluntária recebeu 2 formulações F5+A e F7B+A para aplicação duas vezes ao dia nas regiões especificadas, sendo uma região do antebraço reservada para a realização das medidas controle, ou seja, sem aplicação de formulação. As regiões e formulações aplicadas foram randomizadas entre as voluntárias a fim de minimizar as diferenças entre as análises. Após 14 e 28 dias do início da aplicação das formulações, as voluntárias retornaram ao laboratório de estudos clínicos para realizarem as medidas com a finalidade de avaliar os efeitos das formulações na pele (T14 e T28).
Nos testes de avaliação de eficácia a longo prazo, foram avaliados o conteúdo aquoso do estrato córneo (Figura 7), a perda de água trans- epidérmica (Figura 8), as propriedades viscoelásticas da pele e o microrelevo cutâneo (parâmetro Sew) utilizando os equipamentos Corneometer® CM 825, Tewameter® TM, Cutometer® SEM 575 e Visioscan® VC 98, respectivamente (Figura 9). As formulações testadas aumentaram significativamente o conteúdo aquoso do estrato córneo, nos tempos de 28 dias, o que indica um aumento da hidratação cutânea nas regiões aplicadas. Apenas a formulação F5+A apresentou um aumento significativo na hidratação cutânea no tempo de 14 dias. As duas formulações apresentaram redução na perda de água trans- epidérmica nos tempos 14 e 28 dias, indicando que estas formulações atuaram melhorando a função barreira da pele. Em relação à avaliação do micro relevo cutâneo, a formulação F5+A (emulsão) acrescida de Spirulina apresentou uma redução significativa no número de rugas após 28 dias de aplicação em relação aos valores basais. Além disso, essa mesma formulação F5+A apresentou uma pequena redução (não significativa) da rugosidade da pele. Estes resultados demonstram que a emulsão acrescida de Spirulina apresentou efeitos benéficos em relação ao micro relevo da pele, com a diminuição do número de rugas e uma tendência na redução da rugosidade da pele.
Os resultados acima apontaram para uma composição cosmética contendo ativo de origem natural, qual seja, extrato seco de Spirulina produzida industrialmente, estável e que oferece diferentes benefícios para a pele, com a devida segurança e eficácia.

Claims

Reivindicações COMPOSIÇÃO COSMÉTICA CONTENDO SPIRULINA, E, MÉTODO DE TRATAMENTO COSMÉTICO
1. Composição cosmética contendo Spirulina, na forma de extrato seco, caracterizada pelo fato da Spirulina estar presente em uma concentração variando de 0,1 a 5,0% em peso, e veículos cosmeticamente aceitáveis.
2. Composição cosmética contendo Spirulina de acordo com a reivindicação
1 , caracterizada pelo fato de que os excipientes cosmeticamente aceitáveis serem escolhidos do grupo formado por ParamuI (cera autoemulsionante), Aristoflex (polímero), Propilenoglicol, Glicerina, Fenoxietanol e Parabenos, Net FS (microemulsão de silicone), DC 9040, DC 245, DC 9011 , DC 200/50, Dragoxat (octanoato de octila) e Emulgin 40OE (óleo de rícino hidrogenado e etoxilado).
3. Composição cosmética contendo Spirulina de acordo com a reivindicação
2, caracterizada pelo fato de compreender ditos excipientes cosmeticamente aceitáveis, nas seguintes proporções em peso: ParamuI (0-12,0%), Aristoflex (0-2,0%), Propilenoglicol (4,0-6,0%), Glicerina (6,0%), Fenoxietanol e Parabenos (0,8%), Net FS (4,0-5,0%), DC 9040 (10,0- 21 ,0%), DC 245 (5,0-7,0%), DC 9011 (0-5,0%), DC 200/50 (0-3,0%), Dragoxat (3,0%) e Emulgin 40OE (0-3,0%).
4. Composição cosmética contendo Spirulina de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada por ser formulada em forma de emulsão.
5. Composição cosmética contendo Spirulina de acordo com a reivindicação 1 ou 4, caracterizada por compreender, em porcentagem peso, de 0,1 a 5,0% de Spirulina na forma de extrato seco, 12% de ParamuI, 4,0% de Propilenoglicol, 6,0% de Glicerina, 0,8% de Fenoxietanol e Parabenos, 5,0% de Net FS, 10,0% de DC 9040, 5,0% de DC 245, 5,0% de DC 9011 , 3,0% de DC 200/50, 3,0% de Dragoxat e água destilada e deionizada (qs 100).
6. Composição cosmética contendo Spirulina de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ser formulada em forma de gel-creme.
7. Composição cosmética contendo Spirulina, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de compreender, em porcentagem peso, de 0,1 a 5,0% de Spirulina na forma de extrato seco, 2,0% de Aristoflex, 6,0% de Propilenoglicol, 6,0% de Glicerina, 0,8% de Fenoxietanol e Parabenos, 4,0% de Net FS, 21 ,0% de DC 9040, 7,0% de DC 245, 3,0% de Dragoxat, 3,0% de Emulgin 40OE e água destilada e deionizada (qs 100).
8. Método de tratamento cosmético, caracterizado por compreender a aplicação sobre a pele de uma composição cosmética conforme definida nas reivindicações 1-7.
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