PT99233B

PT99233B - Processo de producao de uma cobertura de conves de embarcacao

Info

Publication number: PT99233B
Application number: PT99233A
Authority: PT
Original assignee: Wolter Luitgard
Priority date: 1990-11-30
Filing date: 1991-10-15
Publication date: 1999-02-26
Also published as: NO914634L; JPH04267973A; DK0487877T3; DE59101721D1; ES2056551T3; NO301754B1; EP0487877B1; PT99233A; EP0487877A1; US5207172A; DE4038181C1; ATE106050T1; NO914634D0

Description

MEMÓRIA DESCRITIVA presente invento refere-se a uma cobertura de convés de embarcação e a um processo para o seu fabrico.

A cobertura de convés de embarcação pode também ser utilizada para refazer a superfície ou reparar conveses de embarcações com fugas.

A DE-OS 3201 251 descreve um casco de embarcação feito de plástico reforçado com fibras de vidro, que se destina a receber um tabuado de madeira. 0 tabuado de madeira é fixado a nervuras que são integradas no casco da embarcação de plástico reforçado com fibras de vidro. Deste modo pode ser produzido um casco económico com um tabuado de madeira, tendo as vantagens técnicas de um casco de plástico com a beleza de um casco de madeira.

Apesar das embarcações de plástico terem frequentemente conveses de madeira, um processo similar não foi utilizado para conveses de embarcações.

É já conhecido um processo de utilização de resina de poliuretano e aparas de madeira para reparar partes de madeira danificadas. Estas misturas não têm sido utilizadas até agora para revestimentos em conveses de embarcações. As mesmas são apenas adequadas para a reparação de pequenas áreas.

Em embarcações de aço ou de alumínio não têm sido utilizados conveses de madeira devido às fugas que podem conduzir a problemas de corrosão passados poucos anos. Este problema apenas pode ser controlado através da remoção do convés. Conveses anteriores de tais embarcações eram quer pintados quer tratados com uma mistura adesiva de plástico e cortiça. A pintura deve ser renovada num período relativamente curto e a mistura de plástico e cortiça é sensível a danos nos seus bordos e cantos. Isto resulta numa perda de aparência devida aos trabalhos de reparação no casco ou no convés. As embarcações de plástico raramente têm conveses de madeira. Os mesmos não são necessários e são apenas

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-3decorativos. Α utilização de madeira para conveses é difícil e é, consequentemente, cara.

objectivo deste invento é produzir uma cobertura para um convés de embarcação, que pode também ser simples e pode sem problemas set aplicada numa data posterior. A remoção de acessórios em embarcações à vela tais como grampos, molinetes, mastros, etc., não é necessária. A cobertura não precisa de atenção especial, e deve ser indestrutível. A mesma permite a reparação de conveses de embarcações de madeira com fugas sem a perda da sua aparência.

Este problema será resolvido através da utilização de uma cobertura de convés de embarcação, bem como de um processo de produção da mesma como descrito nas reivindicações.

A cobertura de convés de embarcação consiste em, pelo menos, duas camadas, de preferência, em três camadas, mas também em quatro, ou cinco, ou mais, que são aplicadas uma após a outra. As camadas são feitas de uma resina epoxídica elástica de endurecimento lento, bem como de um endurecedor para a resina epoxídica. Além disso, contém uma mistura de material de enchimento de baixa densidade, sólido, granular ou fino, por exemplo, aparas de madeira, cortiça, serradura, tapajuntas ou similares.

As aparas de madeira são especialmente atractivas como um material de enchimento, uma vez que produzem uma aparência de madeira.

Podem sef utilizadas resinas epoxídicas normalizadas, que apresentam umendurecimento lento, isto é, tempos de endurecimento longos, isto é, três a quarenta e oito horas, de preferência, vinte e quatro horas. Os endurecedores ou interreticuladores são do tipo amina, por exemplo, trietanolamina ou hidretos ácidos, por exemplo, o hidreto de ácido ftálico.

Está disponível uma multiplicidade de literatura que trata de resinas epoxídicas e endurecedores e, portanto, as mesmas não

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-4serão tratadas aqui.

É conhecido que as resinas epoxídicas, respectivamente, os endurecedores, podem ser misturados com agentes de diluição, solventes etc., para produzirem misturas tendo os tempos de endurecimento requeridos. Tais misturas empregam resina epoxídica e endurecedor com uma razão de 3:1 a 1:3 numa base volumétrica. É utilizada na maioria dos caos uma razão de 1:1.

A proporção de material de enchimento em relação ao total da mistura pode ser de entre 20% e 80%. A composição preferida tem 25% em volume de resina epoxídica, 25% em volume de endurecedor e 50% em volume de material de enchimento. Pode ser adicionado um meio corante ομ pigmento à mistura para se obter a cor requerida. Isto é especialmente interessante quando é requerido um padrão decorativo para o convés, tal como um tabuado em madeira natural. Em tais casos, os intervalos entre as pranchas de madeira podem ser imitados, utilizando cores, respectivamente, pigmentos contendo branco ou preto.

Pode também ser obtido um padrão decorativo utilizando uma técnica de máscara. As partes da cobertura de convés que não são para receber o padrão são ocultadas. Isto é frequentemente utilizado, quando são aplicadas camadas coloridas. A remoção da máscara após a aplicação das camadas tem como resultado o padrão desej ado.

A cobertura de convés de embarcação é aplicada em camadas. A camada mais ihferior é aplicada ao convés da embarcação limpo. Esta camada é deixada endurecer até um ponto em que as camadas aplicadas subsequentemente não a danificam. A aplicação das camadas após o endurecimento das camadas respectivas pode ser repetido tão frequentemente quanto requerido. Em geral, são aplicadas entre duas e cinco camadas para produzirem uma cobertura resistente do convés.

Se é requerido um certo padrão decorativo na cobertura de convés de embarcação utiliza-se uma técnica de máscara.

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-5São especialmente adequadas películas de adesivo como meio de máscara. Estas películas podem ser removidas após a aplicação das camadas superiores e produzirem assim o efeito desejado.

Uma aplicação preferida deste invento é a imitação de tabuados de convés de embarcação feitos de madeira. Esta técnica pode também ser utilizada para reparar uma estrutura de convés de madeira e subsequentemente cobrir a mesma. São aplicadas uma a quatro camadas, como já descrito. Após o endurecimento da camada mais superior, são aplicadas uma ou mais camadas adicionais, contendo um agente corante, para imitar os intervalos entre as pranchas de madeira. Os intervalos são normalmente bastante distinguíveis. Para alcançar isto são adicionadas à mistura pigmentos branóos ou pretos.

Após o endurecimento desta camada, são aplicadas tiras adesivas. São aplicadas tiras largas com a mesma largura das pranchas de madeira e tiras estreitas para os intervalos à camada endurecida. As tiras largas são depois removidas deixando as tiras estreitas no lugar de modo a ocultar as camadas abaixo.

Na camada assim preparada, é aplicada uma camada adicional misturada com aparas de madeira. Podem também ser utilizadas duas camadas. Esta camada proporciona a aparência de um tabuado de madeira. As tiras adesivas estreitas podem então ser removidas para mostrarem os intervalos entre as tábuas.

Após o endurecimento torna-se um convés de embarcação com um desenho de tabuado. Isto pode ser executado tão frequentemente como requerido e é apenas definido pelas tiras de adesivo largas e estreitas.

Este processo pode também ser utilizado para reparar conveses de embarcação sem alterar a estrutura natural do convés.

A vantagem desta cobertura para conveses de embarcações do invento é a possibilidade de aplicação em qualquer data posterior. Os conveses de madeira velhos, gastos e com fugas podem ser

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-6renovados e vedados sem muito trabalho. Podem ser produzidas superfícies despolidas ou anti-derrapantes espalhando areia ou algo similar na superfície antes de estar completo o endurecimento. A forma óptica do convés de madeira original pode ser retida após o trabalho de reparação e, além disso, a cobertura não requer qualquer cuidado especial e é indestrutível.

invento será agora descrito com mais pormenor, utilizando as seguintes figuras:

a fig. 1 é um corte vertical através de uma cobertura convés de embarcação tendo no conjunto quatro camadas;

a fig. 2 é uma vista plana da cobertura de convés de embarcação da fig. 1;

a fig. 3 mostra a cobertura da fig. 1, após a remoção das tiras de adesivo 16;

a fig. 4 mostra a cobertura da fig. 3, após a aplicação da camada superior;

a fig. 5 mostra a camada completa após a remoção das tiras de adesivo 18;

a fig. 6 é uma vista plana da cobertura de um convés de embarcação completo.

No convés de embarcação 10, que está, por exemplo, danificado ou com fugas, é aplicada regularmente uma camada inferior

12. Esta camada consiste numa mistura de 25 partes em volume de resina epoxídica, 20 partes em volume de endurecedor e 25 partes em volume de serradura. Após o endurecimento desta camada, é aplicada uma segunda camada 14, contendo também um agente corante. Esta segunda camada corante imitará os intervalos entre as pranchas. Após o endurecimento da camada 14, são aplicadas tiras de adesivo 16 largas e tiras de adesivo estreitas 18, paralelas entre si, à càmada endurecida. Os intervalos entre as tiras de

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-7adesivo devem ser tão pequenos quanto possível.

As tiras de adesivo largas são então removidas. 0 seu único propósito é assegurar que as tiras de adesivo estreitas fiquem dispostas paralelamente no convés de embarcação.

Acamada superior 20 é então aplicada à camada 14 ou às tiras de adesivo 18. Quando a camada superior 20 tiver endurecido até a um certo ponto, mas ainda suficientemente elástica, são removidas as tiras de adesivo estreitas 18. Os locais de onde foram removidas as tiras de adesivo estreitas 18, revelam agora a camada inferior 14 que imita a coloração dos intervalos entre as pranchas.

Obtém-se deste modo uma cobertura de convés de embarcação que imita um tabuado de madeira natural, como se pode ver na fig.

3. Na fig. 6, a camada superior larga 20 pode ser claramente reconhecida. Esta é encerrada pela segunda camada 14 de cor diferente que imita os intervalos entres as pranchas. No meio da embarcação estão as cabinas 22.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1 - Processo de produção de uma cobertura de convés de embarcação, caracterizado por compreender a aplicação sequencial de pelo menos duas camadas que consistem, cada uma, numa mistura de uma resina epoxídica elástica de endurecimento lento, de um endurecedor para a resina epoxídica e de um meio de enchimento granulado sólido, respect. fino de baixa densidade, sendo a primeira camada aplicada sobre o convés e deixada endurecer e sendo em seguida aplicadas uma ou mais camadas após o endurecimento da camada aplicada anteriormente.
2 - Processo de acordo com a reivindicação l, caracterizado por a proporção de resina epoxídica para endurecedor ser de 3:1 a 1:3 partes em volume.
3 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a proporção de meio de enchimento ser de 20 a 80% em volume, em relação à quantidade total de resina epoxídica, de endurecedor e de meio de enchimento.
4 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a proporção entre a resina epoxídica, o endurecedor e o meio de enchimento ser de, aproximadamente, 25:25:50 partes em volume.
5 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o tempo dé endurecimento da mistura ser de três a quarenta e oito horas.
6 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o tempo de endurecimento ser de 24 horas.
7 - Processo de acordo com a reivindicação 1, por a cobertura consistir em duas a cinco camadas, camadas ou duas a três camadas.

caracteri zado duas a quatro
8 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser adicionado à mistura um agente corante ou um pigmento.

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-99 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o meio de enchimento consistir em aparas de serra.
10 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a camada inferior, antes da aplicação da camada seguinte, ser coberta com uma camada de separação.
11 - Processo de acordo com as reivindicações 1 e 10, caracterizado por a camada de separação ser uma película adesiva removível.
12 - Proóesso de acordo com as reivindicações 1, 10 e 11, caracterizado por se adicionar à mistura da segunda camada superior, eventualmente também à da terceira camada superior, um certo agente corante ou pigmento necessário para produzir um padrão de prancha de madeira, por após o endurecimento desta camada serem aplicadas, adjacentes entre si, tiras adesivas largas e estreitas, as tiras adesivas largas serem removidas, sendo aplicada a camada superior, eventualmente a segunda camada, e por, finalmente, as tiras adesivas estreitas serem removidas.
13 - Processo de acordo com as reivindicações 1 e 10 a 12, caracterizado por se aplicarem aparas de serra, como meio de enchimento, pelo menos à camada superior.
14 - Processo de acordo com as reivindicações 1 e 10 a 13, caracterizado por ser distribuída areia, como um material anti-derrapante, antes do endurecimento final da camada superior.