PT96840A - Processo para a preparacao de lentes oftalmicas a base de fluoropolimeros amorfos e lentes obtidas por este processo - Google Patents

Processo para a preparacao de lentes oftalmicas a base de fluoropolimeros amorfos e lentes obtidas por este processo Download PDF

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Peter Hagmann
Martin Reichner
Peter Herbrechtsmeier
Peter Hofer
Wilhelm Horner
Harro Mueller V D Haegen
Horst Schafer
Bernhard Seiferling
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Ciba Geigy Ag
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Description

1 f
0 presente invento diz respeito a lentes oftálmicas, nomeadamente lentes de contacto e lentes intraoculares, que consistem essencia1mente em fluoropoi£meros amorfos, a processos para a produção dessas lentes, incluindo posteriores tratamentos de superfície, e ao uso dos correspondentes fluoropoiímeros amorfos para a produção de lentes de contacto e lentes intraocu-lares.
Os fluoropoiimeros amorfos representam um desenvolvimento do politetrafluoretano, já conhecido há algumas décadas. Os fluoropoiímeros amorfos são revelados, por exemplo, na EP—A—073 087 ou EP-A-.1.11 343. De acordo com a EP-A-073 087, estes são copolimeros que são obtidos de tetrafluoroetileno e perfluoro--2,2~d i met i1-1,3-dioxo1 e poss i ve1mente de um tercei ro monâmero, por exemplo propileno, isobutileno ou etileno. As composições de politetrafluoroetileno que são preparadas, por exemplo, utilizando-se? determinadas quantidades do já referido dioxol ou seus derivados são reveladas na EP-A-111 343.
Tais fluoropoiímeros amorfos são também comercializados desde 1383. Assim Dupont comercializa as marcas "Teflon AF 1600" e 2400, em que "AF" significa "Fluoropolímero Amorfo". Estes produtos são copolímeros de tetrafluoroetileno e perfluoro-2,2--d ime t i1-1,3-d ioxo1.
De acordo com a EP-A-073 087, os copolimeros amorfos ai revelados são adequados para utilizações como janelas para reacções químicas, especialmente em processos em que se usa ou se forma fluoreto de hidrogénio. Os copolímeros amorfos revelados na EP-A-ili 343 são descritos como sendo úteis para o fabrico de partes moldadas, especificamente em casos em que são importantes
superfícies macias, iais como sedes de válvulas de bolas. Os polímeros "Teflon AF" 1600 e 2400 comercializados por Ouponi são descritos, na descrição do produto que os acompanham, como sendo adequados para revestimentos ou coberturas para dispositivos ópticos, incluindo aqueles que são usados a vastas gamas de temperaturas e num ambiente quimicamente agressivo. No material publicitário é referido que •"Teflon AF·'·' é ideal para dispositivos ópticos para os campos da medicina, militar, espaço aéreo e indústria.
Inesperadamente descobriu-se agora que as lentes oftálmicas tendo propriedades excepcionalmente vantajosas podem ser produzidas de fluoropolímeros amorfos. As lentes de contacto ou lentes intraoculares de acordo com o invento têm assim uma combinação de elevada dureza e permeabilidade ao oxigénio. Têm, para além disso, um tão elevado ponto de transição de vidro que podem ser autoclavadas. A sua cristalinidade e índice de refrac-çSo são ainda incontestavelmente baixos. 0 índice refractivo pode ser, por exemplo, feito próximo do índice refractivo da película lacrimal, para que resulte uma óptima trajectória de raio. 0 índice refractivo pode ser ajustado, por exemplo, alterando-se a natureza e quantidade de comonòmeros utilizados. De acordo com o invento, podem também se produzidas, por exemplo, lentes de contacto târicas de fraco índice refractivo. Se se utilizam lentes intraoculares de acordo com o invento, são de esperar menores compljcaçSes no que respeita a formação secundária de cataratas, face às propriedades do material. entre 1,47 tôrica no ie se utilizam materiais tendo um índice refractivo e 1,52 e uma geometria da lente de contacto que é .interior, surge um astigmatismo residual artificial i f
entre o fluido lacrimal e o material da lente devido ès diferenças do índice refractivo, e isto deve a seguir ser corrigido na curva dianteira da lente com a ajuda de uma superfície tórica. A produção e adaptação de tais lentes é muito dispendiosa. i nvento,
Por outro lado, se um material de tendo um índice refractivo entre 1 lente de acordo com o 31 e 1,33, á utiliza do para cárneas com astigmatismo relativamente elevado, ou não existe qualquer salto, ou existe apenas um salto muito pequeno no índice refractivo. É assim desnecessária a correcção do indesejável astigmatismo residual artificial. Isto torna a lente e a sua adaptação consideravelmente mais económicas.
Se se utilizam materiais de índice refractivo relativamente baixo, é usual existir uma distribuição não óptima da espessura global. Em casos extremos, a subida lenticular relativamente abrupta leva a incompatibilidade. No entanto, este efeito pode ser evitado usando-se um desenho corneoescleral. Um desenho corneoesclera3. tendo diâmetros entre 11,5 e 13,5 mm não só conduz a uma melhoria geral em termos de compatibilidade devido ao maior diâmetro, como também permite uma repartição equilibrada da lente entre a superfície opticamente activa e a háptica corneoescleral. A háptica corneoesclerei pode ser aqui perfeitamente desenhada no que concerne a compatibilidade sem levar em consideração os requisitos ôpticos. A distribuição desfavorável de espessura total que acontece no baixo índice refractivo tem um efeito apenas na parte opticamente activa e de nenhum modo afecta a c ompa t. i b i 1 i dade. o que
Uma outra grande vantagem do material de acordo com o invento reside na elevada permeabilidade ao oxigénio, significa que e.le é particularmente adequado ao desenho corneoes— cleral. A incorporação de medidas para adequado enxaguamento por detrás da lente de contacto (efeito turbo, microlacrimação e afins) torna possível o emprego de .material em combinação com o desenho corneoescleral em circunstâncias particularmente adversas e, para além disso, o material é adequado para uso durante vários dias.
portanto uma gama de parâmetros favoráveis que nâo foram até hoje descritos para lentes de contacto e lentes intraoculares. 0 invento diz, por conseguinte respeito a lentes oftálmicas compreendendo essencialmente um copolímero amorfo constituído por unidades da fórmula I! -CF-CF·
0 O
(D
e unidades da fórmula II 7
em -que a e b, independentemente um do outro, são zero, um ou dois, e em que R e R._,, independentemente um do outro, são A jL. alquilo inferior perfluorado. 0 alquilo inferior perfluorado contem até 7 átomos de carbono, em particular até 4 átomos de carbono e é, por exemplo, meti lo perfluorado, ou etilo, propilo, isopropilo, butilo, isobutilo ou terc.-butilo, de preferência trifluorometilo.
As unidades da fórmula I e da fórmula II podem estar presentes como blocos ou podem alternar aleatoriamente. 0 teor de unidades da fórmula I é de preferência pelo menos 10 rool % e, particularmente, é 10 a 80 mol %. A soma dos Índices a e b numa unidade da fórmula I é de preferência não superior a dois. Os índices a e b são muito preferivelmente zero. Numa forma específica de realização, a e b são zero e R„ e FU são, em cada caso, C^-C,alquilo perfluorado, em particular trifluorometilo. De acordo com esta forma de realização do invento, outros comonómeros podem ser distribuídos juntamente e a relação molar de unidades da fórmula I para unidades da fórmula II situa-se na gama de 30;70 a 90:10, de preferência numa gama de 50.*50 a 85; 15. As relaçSes particular-mente preferidas cJe unidades da fórmula I para as da fórmula II são de cerca de 50!50 e cerca de 80!20 ("cerca" neste contexto deve ser entendido como significando um desvio não superior a ±10«). ο ο
Para além das unidades das fórmulas Σ e 11, o copo1 £ mero pode compreender outras unidades em quantidades até 40 mol % do copo1imero. Estas unidades podem também ter a forma de blocos ou podem alternar aleatoriamente umas com as outras ou com unidade das fórmulas I e II. As unidades adequadas neste caso são as da fórmula III -"CF.-.-CF..- J * (III) 0R.., em que R._, .tf que n é 1 da fómula é um radical alquilo perfluorado da fómula C F.,, ,, , em n 2n+l a 4, ou em que R0 é um radical cicloalquilo perfluorado C F._, ,, em que m é 5 a 8, e/ou unidades da fórmula IV m 4m— 1 em que X e X' são, independentemente um do outro, hidrogénio ou fluor e e Rc são, independentemente um do outro, hidrogénio, flúor, alquilo inferior ou alquilo inferior perfluorado, coro exclusão das unidades da fórmula IV em que X, X*, e Rfi são flúor.
Um radical alquilo perfluorado da fómula CnF2n+1 P°r exemplo, perfluorometilo, -etilo ou -propilo. Um radical cicloal- quíIo perfluorado da fómula C F._, , é, por exemplo, perfluoroci- M r m 2m-.t clo-hexilo ou -ciclopentilo. 0 alquil inferior perfluorado ou R á como definido anteriormente para R^R^. 0 alquil inferior perfluorado ou Rj_ tem até 7, de preferência até 4, átomos de carbono e é, em particular, metiio, etilo, propilo ou butilo. S '
As unidades da fórmula IV contêm unidades perfluoradas, pareialmente f.lucradas e isentas de flúor. São preferidas as unidades perflucradas e isentas de flúor da fórmula IV. As primeiras são aquelas em que, por exemplo,· X, X1 e são flúor e R„ é alquilo inferior perflucrado. As segundas são, por exemplo, 4 aquelas em que X, X1 e Rg. são hidrogénio e é alquilo inferior. As unidades pareialmente flucradas da fórmula IV são, por exemplo, aquelas em que X, X‘ e 5 são hidrogénio e ^ alquilo inferior perfluorado.
As unidades da. fórmula I e II juntamente com as unidades da fórmula III cu juntamente com unidades da fórmula IV, por exemplo, podem ocorrer no copolímero de que são constituídas as lentes oftálmicas de acordo com o invento. São também possíveis combinações de unidades da fórmula I e II com unidades das fórmulas III e IV. A quantidade total de unidades das fórmulas III e IV, quando presentes, é de preferência até 30 mol % do copolímero, e muito preferivelmente até 20 mol % do copolímero. Uma forma de realização do invento, que é igualmente preferida, compreende, no entanto, lentes oftálmicas de copolímeros que são constituídas por pelo menos 90 mol %, mais preferivelmente pelo menos 95 mol %, e mais preferivelmente ainda exclusivamente de unidades das fórmulas I e II. São muito preferidas lentes oftálmicas, em especial lentes de contacto dos materiais existentes comercialmente "Tefion AF 1600" e "Teflon AF 2400" ou suas misturas. Segundo a experiência dos inventores, estes materiais são copolímeros tais como os usados de acordo com a reivindicação 4, contendo 50 mol % e 80 - 90 mol %, respectivamente, de unidades da fórmula I. 10
Us monómeros que são requeridos para a preparação dos copolímeros são conhecidos ou podem ser preparados numa maneira que é conhecida per se. Por exemplo, os monómeros que fornecem unidades da fórmula I no copolímero são descritos na Patente dos E.U. 3 378 030. Os monómeros que fornecem unidades das fórmulas II ou IV no copolímero encontram-se todos comercialmente disponíveis. Os monómeros que fornecem unidades da fórmula III no copolímero são descritos em trabalhos padrão, cf., por exemplo, Houben-Weyl, suplemento £20. A preparação de copolímeros amorfos que são usados no fabrico de lentes de contacto de acordo com o invento é descrita, por exemplo, na EP-A-G73 087 e na EP-A-ili 343.
Devido ao facto de os copolímeros usados de acordo com o invento poderem ser processados como termoplásticos, há uma abundância de possibilidades para fabricar lentes de contacto a partir deles. Os copolímeros amorfos na forma de, por exemplo, grânulos, pós ou películas, podem em cada caso ser aqui utilizados como materiais iniciais.
As lentes de acordo com o invento podem assim ser produzidas por processos que são conhecidos per se, tais como vazamento em molde estático, vazamento em molde rotativo, prensagem, estampagem profunda, terroo-enformação, corte por torno ou maquinação a laser.
Estes passos processuais sSo conhecidos per se e não requerem mais explicações detalhadas para os peritos. No entanto, são normalmente usados para a produção de lentes de contacto, como materiais iniciais, monómeros ou misturas de monómeros 11 líquidos ou soluções de monômeros sólidos que polimerizam apenas no decorrer da produção da lente ou da peça em esboço. 0 aspecto peculiar dos processos de preparação de acordo com o invento é o facto de os polímeros acabados, que são termoplásticos, serem usados como materiais iniciais. Estes materiais também permitem, portanto, que se sigam vias não usualmente adopt-adas para a produção de lentes de contacto, a par dos processos clássicos Para o fabrico de lentes de contacto, nomeadamente corte por torno de um botão, vazamento rotativo ou vazamento em molde estático em moldes individuais, que, nalguns casos em forma modificada, podem também ser utilizados no presente invento. 0 vazamento em molde estático pode ser executado, por exemplo, por moldagem de injecção. Para isto, o copolímero amorfo é fundido a temperaturas de ISO- 240°C, de preferência 210 ~ 220°C, e é injectado no molde por meio de uma máquina de moldar Por injecção. Se se utilizam moldes com uma base curva e uma curva dianteira, as lentes de contacto podem ser fabricadas directamente. é ainda possível fabricar lentes de contacto por vazamento, introduzindo uma solução do copolímero amorfo num solvente orgânico com uma curva côncava e curva convexa, após o que o solvente é deixado evaporar. Os solventes adequados neste e noutros processos são, por exemplo, éteres perfluorados ou hidrocarbonetos perfluorados. 0 vazamento em molde rotativo também pode ser usado de acordo com o invento, introduzindo-se unia solução do copolímero amorfo num molde para vazamento rotativo, apôs o que se faz rodar o molde. Durante esta operação, o solvente evapora-se. A lente de contacto acabada, cujas dimensões podem ser controladas pelas © a viscosidade da dimensões do molde, a velocidade de rotação solução introduzida, permanece no molde. exemplo, p num molde copolímero A prensagem ê executada de acordo com o invento, pur rocedendo-se à fusão do copolímero amorfo e prensando-o ou por moldagem por compressão de uma pe11 c u 1 a du amorfo. Uma película do copolímero amorfo pode ser produzida numa maneira que ê conhecida per se, por exemplo por extrusSo, por compressão ou vazamento de uma solução do copolime— ro amorfo.
Uma lente de contacto pode ser também produzida numa maneira que é conhecida per se, por estampagem profunda ou termo—enformação de uma película produzida, por exemplo, com*-* antericrmente referido. 0 corte por torno ê também adequado como o último passo processual para a produção de lentes de contacto de acordo com o invento. Isto aplica-se sempre que, por exemplo, uma lente em esboço obtida por um dos processos anteriormente mencionados requer mais alguma operação de trabalho. 0 corte por torno deve ser entendido como significando maquinação convencional de, por exemplo, botões das lentes de contacto. As correspondentes lentes em esboço podem ser produzidas, por exemplo, por moldagem por injecção, extrusão de barras redondas e sua divisão, vazamento de uma solução ou vazamento de uma fusão. 0 termo "lente de contacto em esboço" neste contexto inclui botões ou produtos semi-moldados por exemplo peças em esboço de base curva. As pecas em esboço típicas têm uma espessura de 4 a 6 mm e diâmetros de 10 a 17, por exemplo 12 ou 14 mm. i λ
acordo contacto inicial, A maquinação a laser pode também ser usada de com o invento, sendo usadas peças em esboço ou lentes de produzidas por um dos outros processos como material caso em que requerem um processamento adicional de precisão da sua superfície.
As lentes ivrtraoculares cie acordo com o invento podem também ser produzidas numa maneira que é conhecida per, se, por exemplo, por processos de corte por torno ou por prensagem de pá, grânulos ou película. Podem-se utilizar hâpticas diferentes para lentes intraoculares de acordo com o invento. A háptica pode ser aqui integrada na forma de molde, ou subsequentemente moldada ou cortada a laser. São descritas várias hâpticas, por exemplo, por P.Fechner em Intraokularlinsen. Qrundlagen.. und Opera ti onslehre (Lentes Intraoculares, Princípios e Técnicas de Operação!, Ferdinand Enke Verlag, Stuttgart .1980.
Como já referido, as lentes oftálmicas de acordo com o invento têm excelentes parâmetros físicos, nomeadamente elevada dureza e permeabi1 idade ao oxigénio. Por exemplo, foram medidas durezas de 60-70 N/mm^ e valores Dk de 280-350 unidades. Durezas correspondentemente elevadas são de outro modo obtidas apenas à custa dos valores Dk, e vice versa. Assim, por exemplo, materiais convencionais tendo uma dureza de 60-70 N/mm*" têm valores Dk inferi ores a 100, e materiais tendo valores Dk de 1-50 têm um dureza de 40 ou menos. A combinação atrás referida de uma tal dureza elevada com uma tal elevada permeabilidade ao oxigénio é portanto uma extraordinária propriedade das lentes de contacto e lentes intraoculares de acordo com o invento, que as distingue considerável e inesperadamente das da anterior técnica da especialidade. Por outro lado, o ângulo de humedecimento é 14
comparaiivamente elevado, de modo que ê desejável que a superfi— cie das lentes de contacto de acordo coro o invento seja feita rnais humectável, especialmente no caso das lentes de contacto.
Este invento diz ainda respeito a um processo para a hidrofilização das lentes oftálmicas obtidas pelos processos anteriormente mencionados e a lentes tratadas desta maneira. A hidrofi 1 ização pode; ser executada numa maneira que é conhecida per se. Os processos adequados são, por exemplo, tratamento em plasma com gases, polimerização implantada com monómeros hidrofi— licos, introdução de grupos hidroxílicos por modificação das unidades da fórmula I ou oxidação de constituintes copoliméricos. 0 tratamento de, por exemplo, lentes de contacto com gases em plasma já é conhecido per se. São exemplos de gases que podem ser utilizados 0..,, O..,, N.n, He, Ar, ,NH,..t ou a 2 canos inferi o- 4. res tendo, por exemplo, até 7 átomos de carbono, nomeadamente CH^, por si sós, na forma de uma mistura ou na forma de uma mistura com vapor de água. No entanto, o tratamento em plasma com gases no âmbito deste invento não está limitado ao uso de substâncias que são gases, em condiçfies normais (temperatura e pressão). Pelo contrário, o termo "gases" neste contexto também inclui, de acordo com o invento, compostos que têm uma pressão de vapor tão elevada que podem produzir um plasma de baixa pressão. São exemplos desses compostos a1 canos de baixo peso molecular, bem como alquenos, alcoôis, aminas, aldeídos, ácidos carboxílicos, derivados de ácidos carboxí1icos, nomeadamente ésteres hidrofilicos ou arnidas, e éteres, cada um dos quais pode ser utilizado por si próprio, como uma mistura uns com os outros ou, por exemplo, como uma mistura com oxigénio, ar e/ou vapor de água. 0 baixo peso molecular significa, e em nes te c ontexto, J.5 particular, compostos tendo um peso molecular até 200, de preferência até 140, muito preferivelmente até 88. hidrofílicos é 818. Ela pode hidrofí1icos usados para A polimerização implantada com monómeros também conhecida, por exemplo segundo a EP—A—220 ser executada em plasma ou em solução. Os monómeros adequados são os monómeros vinilicos hidrofílicos lentes de contacto, por exemplo ácido metacrílico, hidroxiet-i 1 — -metacr.ilato, viniIpirrolidona, N-vini 1-meti 1-acetamida, dimeti1--acril—amida ou seus homólogos. Esta medida de hidrofiiização é de preferência executada em solventes adequados, nomeadamente hidrocarhonetos, por exemplo hidrocarbonetos aromáticos, tais como tolueno ou dimeti1-benzeno, ou hidrocarbonetos alifáticos, por exemplo hexano, e na presença de agentes que formam radicais livres, por exemplo percompostos, por exemplo perôxido de hidrogénio ou perácidos.
As unidades da fórmula 1 sempre presentes nas lentes de contacto ou lentes intraocuiares que não foram sujeitas a tratamento de superfície especifico podem ser convertidas, por um
exemplo por hidrólise ácida ou num meio básico na presença de agente de transferência de hidrogénio, em grupos da fórmula V -CF-CF- <v>
Ah Ah cuja presença aumenta de igual modo a hidrofilicidade da superfície. São exemplos de reagentes adequados para este fim os metais alcalinos, nomeadamente sódio ou potássio, de preferência em solventes que podem transferir hidrogénio, nomeadamente éteres, em particxular éteres cíclicos, por exemplo tetra-hidrofurano, ou em amónia, por exemplo acético. As também ser oxidantes, ou ácidos, tais como ácidos inorgânicos ou orgânicos, ácido clorídrico, ácido sulfúrico ou ácido trifluorelentes oftálmicas de acordo com o invento podem tratadas oxidativamente em solução por meio de agentes por exemplo peróxido de hidrogénio ou ácido nítrico. 0 invento é ilustrado a seguir por meio de exemplos, embora se não pretenda que eles limitem de qualquer modo o .invento. As temperaturas são referidas em graus Celsius. A; Produção de lentes de esboço, lentes semi-acabadas, lentes de contacto e lentes intraoculares 17
Exemplo 1: Grânulos de "Teflon AF" 1600 ou 2400 são fundidos numa máquina de moldagem por injecção a 210-220°C de uma maneira adequada, e injectado® no molde. 0 molde de injecção é concebido como um molde de uma única cavidade ou de cavidades múltiplas. A pressão correspondente na composição de moldagem e o arrefecimento da moldagem de injecção no molde são ajustados para se obter uma lente de esboço substancialmente isenta de tensões, tendo um diâmetro de cerca de 14 mm e uma espessura de 6 mm. As tensões residuais podem ser eliminadas por subsequente recozimento das lentes de esboço sob atmosfera normal ou N._, ou in vacuo a 110°C -140°C.
Em alternativa, o polímero fundido numa extrusora é processado para barras redondas tendo um diâmetro de 14 mm. As barras são recozidas como um todo ou cortadas em botões de 6 mm de espessura e recozidas.
Exemplo 2a!
Os grânulos são injectado® num molde de injecção como descrito no Exemplo 1. 0 molde está equipado com embutidos que têm uma forma convexa. As áreas dos embutidos correspondem ás bases curvas das lentes de contacto desejadas (designadas por lentes de esboço de base curva). As áreas são esféricas. No entanto, as lentes de esboço de base curva podem também ter forma asférica, em particular elíptica. Em alternativa, os embutido® são fornecidos com um diâmetro de lente incorporado e bordo da lente. A lente de contacto final ê obtida destas peças de esboço, por corte por torno da curva dianteira. £b D© acordo com esta forma de realização, os embutidos têm a forma côncava, para ^us, depois de s© ter maquinado a base curva correspondente por meio de corte por torno, se obtenha uma lente plana colectora ou distribuidora. Neste caso, também, estão alternativamente incorporados o diâmetro final da lente e o bordo da lente.
Exemplo 3.‘
Como no Exemplo 1, os grânulos são plastificados numa maneira adequada e injectados num molde de uma lente de contacto, O molde é moldado para que reproduza a desejada base curva, dioptria, diâmetro, chanfro e borda da lente. A base curva é esférica, asférica ou, numa forma especifica de realização, elíptica, se requerido.
Exemplo 4! ou uma 200o-feita
Os grânulos ou pô de "Teflon AF" 1600 ou 2400 sua mistura, numa quantidade equilibrada são aquecidos a —2200C num molde de prensagem adequado, sendo a compressão sob pressão- 0 material ou a lente de contacto ê deixada cer no molde, enquanto se mantém a pressão. 0 molde usado é modelado num molde de botão, semi-molde (Exemplo 2) ou molde de; lente (Exemplo 3). A quantidade de grânulos ou pô pesados depende do molde utilizado, a saber: 0,5 - 1,5 g 0,1 “ 0,9 g 15 - 100 mg - para um botão! - para um semi-molde! - para lentes!
Exemplo 5!
Os grânulos ou pó de "Teflon AF" 1600 ou 2400 são plastificados numa unidade de plastificação adequada e o material é comprimido através de um orifício de fenda. A película resultante tem 0,2 - 0,5 mm de espessura e é formada ou comprimida di rect-amente ou pósteriormente por um processo de enformação, termo-enformação, estampagem profunda ou moldagem por compressão num molde de lente de contacto para que resulte uma lente de contacto ou uma lente intraocular. Em alternativa, as películas correspondentes são produzidas pelo processo de compressão de tipo insuflação.
Exemplo 6!
AF" 1600 ou 2400 são dissolvidos num solvente perfluorado, por
rio enquanto se procede ao aquecimento. Uma película é produzida da solução, extraindo-se o solvente por aquecimento, ventoinha ou vácuo. Esta película ê moldada numa lente de contacto de acordo com um dos processos de enformação C ver Exemplo 5)·
Exemplo 7;
Uma solução, obtida de acordo com o Exemplo 6, do copolímero, é introduzida num molde prefabricado. 0 solvente é removido por evaporação através de aquecimento ou in vácuo. 0 molde é construído de modo a reproduzir a face dianteira da lente com a sua configuração de bordo, diâmetro e dioptria. A base curva é subsequentemente moldada por meio de um correspondente punção com o raio incorporado.
Exemplo 8:
Uma solução, obtida de acordo com o Exemplo 6, é introduzida num molde prefabricado que roda á volta do seu próprio eixo. 0 molde é construído para que reproduza a curva dianteira da lente de contacto com a sua dioptria, diâmetro e bordo. 0 solvente é evaporado por aquecimento, durante o qual o molde é simultaneamente rodado. Obtêm-se vários raios da base curva ajustando-se a velocidade de rotação (designado por processo de vazamento em molde rotativo). B. Exemplos para hidrofilização de lentes de contacto ou lentes intraoculares
Exemplo 3!
As lentes de contacto acabadas de acordo com um dos anteriores exemplos estão expostas a uma descarga de coroa sob atmosfera normal para melhorar a capacidade de humedecimento. As lentes de contacto são a seguir equilibradas com solução fisiológica salina. A seguir a superfície pode ser humedecida homogeneamente.
Exemplo 10;
As lentes de contacto de acordo com o invento, com uma. superfície não tratada, são expostas a uma descarga de plasma. Isto é gerado numa atmosfera de Q._, ou 0o. Vapor de água pode também ser misturado com estes gases. Após um período de tratamento de .10 segundos a IS minutos, as lentes têm um ângulo de humedecimento de <40°C (sem tratamento >100°C>. Alcançam-se os mesmos resultados começando com N._,, He, Ar, NH._, ou CH,, por si só j£ O 4 ou na forma de misturas.
Exemplo 1I:
As lentes de contacto de acordo com o invento, com uma superfície não tratada, são activadas por meio de plasma de Ar.
Uma superfície hidrofílica é produzida por polímeros implantados, utilizando-se monômeros hidrofílieos tais como ácido metacrílico, HEMA, metacrilamida, viniIpirrolidona ou N-vini1-meti1-acetamida.
Obtêm-se os mesmos resultados começando com um plasma de N_, ou <£. CU . Λ.
Exemplo 12;
As superfícies das lentes de contacto ou lentes intraoculares de acordo com o invento, tendo uma superfície não tratada, são activadas com um agente potente que forma X.. radicais livres, numa solução de hexano e sujeitas a polimeriza- ção implantada por adição de monómer os hidrofílieos, c orno no » r» t
Exemplo li. Apôs egui1íbração com solução fisiológica salina, o humedecimento da superfície melhorou significativamente.
Exemplo 13!
As lentes de contacto de acordo com o invento, com uma superfície nSo tratada, sSo expostas a uma solução de Na/MH._, ou Na/tetra-hidrofurano (Tetra Etch^, Qore> num processo de mergulho. Apôs tratamento com acetona e depois com égua, o reagente em excesso é removido por enxaguamento e as lentes são equilibradas com solução fisiológica salina. 0 tratamento é executado durante 1-60 segundos à temperatura ambiente ou a temperaturas até 1000C. i

Claims (1)

  1. 23
    REIVINDICAÇÕES: Ia. - Processo para a preparação de uma lente oftálmica caracterizado por se incorporar na referida lente copolímero amorfo constituído por unidades da fórmula I: -CF- I -CF— I 1 0 | 1 0 (c,r 2)3 \ c | (Cf2)b (I) / R1 '2 e unidades da fórmula II -cf2-cf2- (II) em que a e b, independentemente um do outro, são zero, um ou dois, e em que R1 e R2, independentemente um do outro, são alquilo inferior perfluorado. 2a. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a e b serem zero. 3a. - processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a e b serem zero e ^ e R2 serem C^-C^alquilo perfluorado. 4â. - Processo de acordo com a reivindicação 3, caracte-rizado por e R2 serem trifluorometilo. 5a. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracte-rizado por a relação molar de unidades da fórmula I para unidades da fórmula II se situar na gama de 30:70 a 90:10. 6a. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracte-rizado por compreender unidades da fórmula III: -ÇF2-CF2 (III) OR 3 era que R3 é um radical alquilo perfluorado da fómula cnF2n+i' em que n é 1 a 4, ou em que R3 é um radical cicloalquilo perfluorado da fómula C , , em que m é 5 a 8, e/ou unidades da fórmula IV m 2m-l -CX-CX'- (IV) I I R4 R5 em que X e X' são, independentemente um do outro, hidrogénio ou fluor e R4 e R5 são, independentemente um do outro, hidrogénio, flúor, alquilo inferior ou alquilo inferior perfluorado, com exclusão das unidades da fórmula IV em que X, X', R^ e R^ são flúor, em quantidades até 40 mol % do copolímero. 7a. - Processo de acordo com a reivindicação 6, caracte-rizado por o copolímero ser constituído por pelo menos 90 mol % de unidades das fórmulas I e II.
    8a. - Processo de acordo com a reivindicação 6, caracte-rizado por o copolímero ser constituído por unidades da fórmula III para além de unidades das fórmulas I e II. 9a. - Processo de acordo com a reivindicação 6, caracte-rizado por o copolímero ser constituído por unidades das fórmulas III e IV para além de unidades das fórmulas I e II. 10a. - Processo de acordo com a reivindicação 8, caracte-rizado por a e b serem zero. 11a. - Processo de acordo com a reivindicação 9, caracte-rizado por a e b serem zero. 12a. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracte-rizado por se obter uma lente oftálmica constituída por Teflon AP 1600. 13a. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracte-rizado por se obter uma lente oftálmica constituída por Teflon AF 2400. 14a. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracte-rizado por se obter uma lente oftálmica constituída por uma mistura de Teflon AF 1600 e Teflon AF 2400. 15a. - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado por se obter uma lente de contacto. 16a. - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado por se obter uma lente intraocular. 26
    17a. - Processo para a produção de uma lente oftálmica de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender a produção da lente, partindo de um copolímero amorfo como definido na reivindicação 1, seguindo-se vazamento em molde estático, vazamento em molde rotativo, prensagem, estampagem profunda, termo-enformação, corte por torno ou maquinação a laser. 18a. - Processo para hidrofilizar a superfície de uma lente oftálmica de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender a hidrofilização da superfície numa maneira que é conhecida per se, através de tratamento em plasma com gases, polimerização de enxerto com monómeros hidrofílicos, introdução de grupos hidroxilo por modificação das unidades da fórmula X ou oxidação dos constituintes do copolímero. 19 a. ->· processo de acordo com a reivindicação 18, caracterizado por a superfície ser hidrofilizada por tratamento de plasma com gases. 20a. - Processo de acordo com a reivindicação 18, caracterizado por a superfície ser hidrofilizada por introdução de grupos hidroxilo com um metal alcalino num solvente que transfere hidrogénio. 21a. - Processo de acordo com a reivindicação 18, caracterizado por a superfície ser hidrofilizada por introdução de grupos hidroxilo por meio de hidrólise ácida. 27
    22a. - Lente de contacto, caracterizada por ser obtida de acordo com qualquer um dos processos das reivindicações 18 - 21. Lisboa, 21 de Fevereiro de 1991
    Agente Oficial da Propriedade industrial RUA VICTOR COROON, 10-A 3.» 1200 LISBOA
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