PT95786B

PT95786B - Pistola de pulverizacao

Info

Publication number: PT95786B
Application number: PT9578690A
Authority: PT
Original assignee: Haig Frederick David
Priority date: 1989-11-06
Filing date: 1990-11-05
Publication date: 1998-07-31
Also published as: IE903982A1; WO1991006376A1; PT95786A

Description

DESCR I Ç ÃQ

A presente invenção refere-se a pistolas de pulverização para utilização em processos de pulverização electrostática e mais particularmente a pistolas para utilização na pulverização de materiais higroscópicos.

A pulverização electrostática é uma técnica que é habitualmente utilizada na aplicação de pós de revestimento, Basicamente, é feito arrastar um pó numa corrente gasosa que é feita passar através de um campo electrostático antes de ser pulverizado numa superfície alvo (habitualmente um metal ligado á terra). Têm sido utilizados várias disposições de elêctrodos e configurações de pistolas, mas todos eles se baseiam no mesmo principio.

Recentemente tornou-se desejável aplicar materiais por pulverização que não tinham sido até agora aplicados por pulverização electrostática. Um desses materiais

é um material sólida susceptível de libertar ácido acética na presença de humidade. Um exemplo de um material desse tipo é diacetato de sódio, e asua aplicação a carcaças de carne seca para conservar a carne é descrito no documento PCT Pedido Publicado WO 90/03118. Este material é muito diferente dos pós de revestimento; ele é higroscópico e tende a agregar-se. Além disso, memso quando moido e arrastado numa corrente gasosa para descarga através de uma pistola de pulverização electrostática, verificou-se que as pistolas de pulverização correntemente utilizadas não apenas tendem a colmatar-se com o pó mas também têm um fraco rendimento em termos de quantidade de pó aplicado na pulverização por unidade de tempo.

Foi agora verificado que uma pistola de pulverização que tenha sido construída da forma descrita neste documento é susceptivel de dar execelentes resultados com esses tipos de pós. é assim proporcionado, de acordo com a presente invenção, uma pistola de pulverização electrostática que compreende pelo menos um eléctrodo de descarga de coroa posicionado de forma a carregar um fluxo de matéria em partículas arrastada numa corrente gasosa, e pelo qual a matéria em partículas arrastada abandona a pistola, um tubo de metal carregada à mesma tensão da eléctrodo e através de cujo tuba a matéria em partícula arrastada flui antes de passar para o eléctrodo.

Foi verificado que a utilização de uma pistola electrostática deste tipo para a pulverização de materiais como por exemplo o diacetato de sódio dá não apenas uma melhor eficiência de revestimento (isto é, maior peso de pó depositada por unidade de superfície), mas também uma melhor penetração nas arestas e cavidades, é especialmente útil para a aplicação de materiais como por exemplo diacetato de sódio em carne de modo a aumentar a sua vida em armazém, A invenção proporciona assim uia processo de tratamento da carne por

aplicação à sua superfície de um material sólido que liberta ácido acética na presença de humidade, sendo a aplicação efectuada por pulverização electroestática utilizando pelo menos uma pistola de pulverização tal como acima definida. Será facilmente compreendido pelo especialista que não só se pode utilizar mais do que uma pistola de pulverização, mas também que estas podem ser completamente automatizadas. Este facto é especialmente útil na pulverização de galinhas em que não apenas a parte exterior do corpo deve ser pulverizada, mas também a cavidade do corpo. 0 posicionamento cuidadosa de algumas pistolas numa linha automatizada pode facilmente conseguir este objectivo.

arrastamento do pó a descarregar através da pistola de pulverização de acordo com esta invenção pode ser conseguido por qualquer processo convencional, mas as sistemas especialmente preferidas são o dispositivo de aplicação descrita na patente copendente Austaliana PJ7231 e PK181O, ambas em nome da presente invenção requerente. A invenção proporciona assim também um dispositivo de pulverização electrastático de pó compreendendo pelo menos uma pistola de pulverização electrostática do tipo anteriormente descrito, em que a pistola é alimentada com pó de revestimento arrastado numa corrente gasosa a partir de um dispositivo de alimentação de tipo descrito nos dois pedidas de patente copendentes acima mencionados.

Desde que a pistola de pulverização tenha as caractristicas essenciais acima descritas, ela pode ter qualquer configuração adequada. Numa realização tipica, é montada axialmente, em relação á trajectória do pó a ser pulverizado, um deflector cónica com um eléctroda posicionado após este deflector. Ambos os componentes são montados, por exemplo, num veio metálico que se salienta da pistola de pulverização e que é coaxial com o tubo metálico, sendo ligado ao tubo metálica par meio de qualquer elemento condutor adequado tal que a carga do tubo seja transmitida ao eléctrodo.

Numa realização adicional da invenção, o veio metálico é tubular e o eléctrodo é posicionado na extremidade deste meio tubular, ou o próprio veio é adequadamente conformado de forma a que ele possa actuar como eléctrodo. Esta realização particular permite que o material passe através do veio e verificou-se que era particularmente útil no revestimento de cavidades e fendas.

Embora estas realizações funcionam bem para muitos objectivos, eles podem por vezes dar origem a dificuldades quando são pulverizados pós muito higroscópicos. A intrusão de um veio na trajectória do pó pode conduzir a uma acumulação indesejável de pó e mesmo a um bloqueamento da pistola.

Este facto pode ser resolvido utilizando uma realização particular adicional da invenção. Nesta realização o deflector cónico e todos os acessórios de supoi— te são eliminados, deixando o tubo através do qual o pó sai completamente livre e desimpedido. Montado extrenamente na pistola existe um deflector cujo objectivo é fazer rodar a trajectória do pó de 902. 0 deflector pode ser feito de qualquer configuração ou material adequado. Numa realização muito simples, ele pode ser uma placa plana que intersecta o eixo do tubo a 452. Pode ser montado pelo menos um eléctrodo em qualquer localização adequada. No caso da placa acima mencionada, ele pode ser montado no bordo da placa, ou numa realização preferida a própria placa pode ser adequadamente conformada de modo a constituir o eléctrodo,

A invenção será agora descrita com referência aos desenhos.

A Figura 1 é uma secção longitudinal

da extremidade de um corpo de uma pistola de pulverização de acordo com uma das realizações da invenção.

A Figura 2 é uma secção longitudinal da extremidade de um corpo de uma pistola de pulverização de acordo com outra realização da invenção,

A Figura 3 é uma secção transversal da realização da Figura 2 ao longo da linha AA*.

A Figura 4 é uma secção longitudinal da extremidade de um corpo de uma pistola de pulverização que ê uma modificação da pistola da Figura 1,

Na realização da Figura 1, α corpo de pistola de pulverização consiste basicamente de dois tubos de plástica coaxiais 1 e 2, sendo o espaço anelar entre eles completamente cheio com espuma de plástico 3. Este espaço anular é fechada completamente por uma parede anelar perpendicular ao eixo dos tubos. Um tubo metálico 4, que é uma continuação coaxial do tubo 1 e que tem um diâmetro interno igual, estende-se para além desta extremidade fechada. Este tubo metálico é externamente roscado e está ligado pelo fio 5 a uma fonte de alta tensão electrostática.

A este tubo 4 está ligada uma cabeça de pistola, geralmente designada por 6. A cabeça da pistola compreende um tubo metálico 7 que está roscado internamente e exteriormente, sendo o diâmetro interno e a roscagem de forma a que o tubo 7 possa ser roscada na rosca externa do tubo 4. Aparafusado na rosca do parafuso externo do tubo 7 existe uma protecção de plástico 8. Esta protecção fecha o tubo completamente e define na extremidade do tubo 7 afastada do tubo 4 um bico de pulverização expansivo frusto-cónico.

Uma placa metálica plana © está rigidamente fixada electricamente ao tubo 7 de forma a que a coi— rente elõectrica possa ser conduzida entre eles <aeste caso,

fendas diametralmente opostas no tubo permitiram o posicionamento da placa a que se seguiu a soldadura em posição). A placa suporta um conjunto de eléctrodos de forma a que o conjunto seja coaxial com o tubo 7, consistindo o conjunto de um varão metálico cilíndrico 10 que se prolonga do bica de pulverização frusto-cónico. Este varão é internamente roscado na extremidade afastada da placa de suporte e nesta rosca é roscado um eléctrodo 11. Um deflector plástico essencialmente cónico desliza no varão IO.

Ha prática, o eléctrodo 11 é carregado através do fio 5, tubos 4 e 7, placa 9 e varão 10 até atingir uma alta tensão. Todos os componentes têm assim a mesma carga. O objecto a ser pulverizado é ligado á terra e é aplicado num campo eléctrico entre o eléctrodo 11 e o objecto. As partículas do material de revestimento arrastadas num fluxo gasosa são transportadas ao longo do tubo 1, através dos tubos 4 e 7 e para fora do bico de pulverização da protecção de plástico 8, ajudando o deflector 10 a dispersar as partículas. Uma caracteristica que pode ser utilmente incorporado quando se pretende pulverizar uma substância como por exemplo o diacetato de sódio é um deflector cónico 13 que está situado na extremidade do varão 10 afastada do eléctrodo 11. Esta peça pode ser proporcionada conformando simplesmente a extremidade do varão 10 de forma a que ela seja cónica. Este deflector provoca a deflecção do material na direcção da superfície interior do tubo 7 e ajuda a mantê-la isenta do material aderente.

As realizações apresentadas nas Figuras 2 e 3 mostram basicamente o mesmo corpo de pulverização da pistola já representado na Figura 1 com a excepção de os elementos montados coaxialmente em relação ao tubo 7 terem sido removidos e α tubo apresentar um furo interna contínuo desde a sua função com o tubo 4 até á extremidade afastada dela. Ligada extrenamente a este tubo por dois varões metálicos 14 e 15

está uma placa^deflectora 16. Nos pontos em que ela liga aos varões 14 e 15, esta placa é paralela ao eixo do tubo 7, mas num lugar afastada do tubo 7, ela é dobrada de forma a que intersecte o eixo a um ângulo de 452. Esta parte da placa que intersecta o eixo é colocada em relação á extremidade do tubo 7 e é dimensionada tal que todo o pó que abandona o tubo 7 a atinja. A extremidade da placa afastada do tubo 7 converge para um ponto 17, que actua como eléctrodo.

Em. serviço, esta realização é apontada a ângulo recto á direcçao em que deve ser apontada uma pistola de pulverização convencional. A placa faz a deflecção do pó pulverizado, dispersa-o muito eficazmente e carrega-o. Além disso, a pistola não se colmata e a placa deflectora permanece notavelmente limpa,

A realização da Figura 4 é praticamente idêntica á da figura 1 e é como acima descrita, com a excepção de o conjunto consistir no varão 10, eléctrodo 11, deflector 12 e o deflector cónico 13 é substituído por um conjunta que consiste num tubo alongado 13, deflector 19 e eléctrodo 20. 0 tubo 18 é posicionado no local onde o varão 10 estava posicionado na Figura 1. Ba extremidade, deste tubo afastada da placa 9 existe um deflector 19 que tem a forma de um cone oco. Ba boca do tubo é fixado um eléctrodo de ponta plana 20.

fluxo do material nesta realização, quando em serviço, é semelhante ao da Figura 1, com a excepção de uma parte do material que flui no tubo 18 passar no eléctrodo 20 em ambos os seus lados e sair da pistola. Verificou— -se que esta realização é especialmente útil para pulverizar cavidades e fendas.

Claims

REIVIBDICAÇoSS

Pistola electrostática de pulverização caracterizada par compreender pela menos um eléctrodo externo de descarga de coroa, posicionado de forma a carregar um fluxo de partículas materiais arrastadas por um gás e, quando as partículas materiais abandonam a pistola, um tubo metálico carregado á mesma tensão que o eléctrodo através de cujo tubo as partículas materiais passam arrastadas, antes de passar pelo tubo.

- 2ã Pistola de acorda com a reivindicação 1, caracterizado por o eléctrodo ser montado, num veio metálico que se estende acoaxialmente a partir do tubo metálico a que está ligado por uma ligação que é electricamente condutora.

- 3â Pistola de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por o veio metálico ser tubular.

- 4â Pistola de acordo com a reivindicação 1, carcetrizado por o tubo estar isento de intrusões e ser montada na pistola um deflector externo que suporta pelo menos um eléctrodo e que está adaptado para deflectir a traje— ctória do pó de cerca de 902.

- 5ã Pistola de acordo com as reivindicações 1 ou 4, caracterizado por o deflector extreno ser uma placa plana.

- ©a Pistola de acordo com as reivindicações 1, 4 ou 5, caracterizada por o deflector externo formar ele próprio o eléctrada.

- 7§ Processo para o tratamento de carne, caracterizado por se aplicar á sua superfície um material sólido que liberta ácido acético na presença de humidade, sendo a aplicação efectuada por pulverização electrostática utilizando pelo menos uma pistola de pulverização de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6,

- Sã Processa de acorda com a reivindicação 7, caracterizado por o material sólido ser o diacetato de sódio,

- 9ã Dispositivo electrosiático para a pulverização de um pó, caracterizado por compreender uma pistola electrostática de pulverização de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 9 em combinação com um dispositivo de medida de acorda com o pedido de patente Australiana PIC 1810.

- 10ã Dispositivo electrostática para a pulverização de um pó, caracterizado por compreender uma pistola electrostática de pulverização de acordo com a reivindicação 2 em combinação com um dispositivo de medida de acordo com o pedida de patente Australiana PJ 7231.

0 requerente reivindica as prioridades dos pedidos australianos apresentados em Q de líovembro de 1989 e em 19 de Setembro de 1990, sob os a2s. PJ.7231 e PK.2380, respectivamente.