PT93965B - Processo para a preparacao de composicoes extintoras de incendios nao toxicas contendo fluoroclorocarbonetos - Google Patents

Processo para a preparacao de composicoes extintoras de incendios nao toxicas contendo fluoroclorocarbonetos Download PDF

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Description

A presente invenção diz respeito a composições extintoras de incêndios não tóxicas. Mais em particular, a invenção refere-se a composições extintoras de incêndios que extinguem os incêndios sem produzir gases ou compostos tóxicos.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
Durante muitos anos, a tecnologia das composições extintoras de incêndios orientou-se para a rápida extinção dos incêndios, sem se entrar em linha de conta se os produtos gerados ao extingir o incêndio eram tóxicos para os seres humanos ou prejudiciais para o meio ambiente.
Durante os últimos vinte e cinco anos não houve melhorias significativas no desenvolvimento de composições extintoras de incêndios. Contudo, neste período, houve uma sistemática e progressiva condenação da utilização contínua de agentes extin-2'/ί tores de incêndio eficazes e largamente utilizados tais como o tetracloreto de carbono e Halon 2402. Provou-se que estas substâncias têm efeitos tóxicos imediatos. Ê de esperar que no futuro sejam implementadas mais medidas destinadas a controlar o impacto negativo sobre o meio ambiente dos poucos agentes extintores de incêndios eficazes que são ainda autorizados. Actualmente não existem ou não são utilizadas composições extintoras de incêndios que sejam eficazes e simultaneamente limpas, não tóxicas, não perigosas, não corrosivas e geralmente seguras sob o ponto de vista ambiental.
Derek A. Thacker orientou a sua pesquisa para o desenvolvi mento de composições extintoras eficazes e de agentes retardadores de incêndios incluindo o desenvolvimento de composições extintoras de incêndios não tóxicas. D.A. Thacker é o inventor idantiScacb no pedido de patente de invenção norte-americana NQ. de Série 003 445, depositado em 15 de Janeiro de 1987, relativo a composições extintoras de incêndios (equivalente ao pedido de patente de invenção canadiana NQ. de Série 527 276, depositado a 13 de Janeiro de 1987) e no pedido de patente de invenção norte-americana NQ. de Série 112 459, também pendente, depositado em 26 de Outubro de 1987, relativamente a composições retardadoras de incêndios (equivalente ao pedido de patente de invenção canadiana NQ. de Série 550 274, depositado em 26 de Outubro de 1987).
SUMÃRIO DA INVENÇÃO
A presente invenção diz respeito a novas composições extintoras de incêndios preparadas a partir de um grupo de compostos que extinguem os incêndios sem gerar gases tóxicos. Utilizam-se aditivos químicos nas composições extintoras de incêndios, para, mediante uma rápida reacção química, tornar não tóxicos os produtos tóxicos da combustão, que são gerados pelos agentes extintores de incêndios incorporados nas composições. Estes agentes extintores de incêndios, quando utilizados sozinhos, foram regeitados pelas autoridades regulamentadoras, porque quando se decompõem quimicamente convertem-se em produtos tóxicos a temperaturas elevadas ou são prejudiciais para o meio ambiente. Os aditivos destoxificantes utilizados nas composições da presente invenção são aditivos aprovados para alimentos de acordo com a United States Food and Drug Administration, Title
XXI.
A presente invenção refere-se a composições extintoras de incêndios não tóxicas que contêm uma mistura de :
a) um fluoroclorocarboneto escolhido entre triclorofluorometano, 1,l-dicloro-2,2,2-trifluoroetano, 1,2-dicloro-2,2-difluoroetano;
b) um fluoroclorocarboneto ou um fluorocarboneto escolhido entre diclorodifluorometano, 1,2-diclorotetrafluoroetano, clorodifluorometano, 1-cloro-l,2,2,2-tetrafluoroetano, pentafluoroetano, 1,2,2,2-tetrafluoroetano : e
c) uma substância escolhida entre o grupo dos Terpenos : Citral, Citronelal, Citronelol, Limoneno, Dipenteno, Mentol, Terpineno, Terpinoleno, Silvestreno, Sabineno, Mentadieno, Zingibereno, Ocimeno, Mirceno, -Pineno, -Pineno, Turpentina, Cânfora, Fitol, Vitamina A, Ácido Abiético, Esqualeno, Lanosterol, Saponina, Ácido Oleanólico, Licopeno, p~Caroteno, Lutelna, ^\.-Terpineol e j>-Cimeno; e óleos insaturados : Ácido Oleico, Ácido Linoleico, Ácido Linolénico, Ácido Eleosteárico, Ácido Lincânico, Ácido Ricinoleico, Ácido Palmitoleico, Ácido Petroselénico, Ácido Vaccénico e Ácido Erúcico.
Os critérios de performance estabelecidos para a extinção eficaz de incêndios impõem certas limitações nas composições extintoras :
1) o fluoroclorocarboneto indicado na lista a) deve constituir 50Z a 98Z em peso da composição extintora;
2) os terpenos e óleos insaturados indicados na lista c) devem constituir mais de 2Z mas menos de 10Z em peso do peso total da composição extintora; e
-53) o fluorocarboneto indicado na lista b) deve constituir entre zero e 48% em peso do peso total da composição extintora.
As percentagens específicas definidas por estas limitações, no que se refere a compostos e composições, são reguladas pela técnica de aplicação, pelo custo do material e pelo impacto ambiental.
Uma composição extintora de incêndios não tóxica específica, apropriada para extintores manuais tem a fórmula seguinte :
65% de triclorofluorometano ou 1,l-dicloro-2,2,2-trifluoroetano ou 1,2-dicloro-2,2-difluoroetano;
15% de diclorodifluorometano;
15% de 1,2-diclorotetrafluoroetano;
5% de dipenteno.
Outra composição extintora de incêndios não tóxica específica tem a fórmula :
90% de triclorofluorometano ou 1,l-dicloro-2,2,2-trifluoroetano ou 1,2-dicloro-2,2-difluoroetano;
10% de ácido linoleico.
DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DE FORMAS DE REALIZAÇÃO ESPECÍFICAS
DA INVENÇÃO
Os fluoroclorocarbonetos do tipo utilizado como líquidos de arrefecimento vaporizáveis têm muito pouco impacto ambiental negativo na camada de ozono, em comparação com as composições extintoras halogenadas aprovadas (contendo bromo) tais como Halon 1211 e 1301 (nomes comerciais).
Muitos fluoroclorocarbonetos apresentam uma notável capacidade para extinguir incêndios na madeira, hidrocarbonetos e sistemas eléctricos. Apresentam muito baixa toxicidade, excepto quando sofrem pirólise a temperaturas elevadas. Contudo, provou-se que os fluoroclorocarbonetos se decompõem num incêndio, originando concentrações perigosas de cloreto de hidrogénio, principalmente, e, secundariamente, de fluoreto de hidrogénio, cloro e flúor.
Descobriu-se que o problema dos fluoroclorocarbonetos voláteis que geram compostos perigosos quando se inflamam pode ser solucionado mediante dissolução de uma pequena percentagem de terpenos ou de óleo insaturado na mistura extintora de fluorocarbonetos. Embora não se pretenda ficar desfavoravelmente ligado a quaisquer teorias, admite-se que as ligações duplas quimicamente activas contidas no terpeno ou no óleo insaturado neutralizam rapidamente os gases tóxicos previsíveis, formando uma combinação química inócua.
Realizaram-se ensaios de extinção de incêndios à escala de uma sala (room-scale”) utilizando misturas de fluoroclorocarbonetos destoxifiçadas no British Columbia Research Council, em Vancouver, Canadá, e demonstrou-se que os terpenos e óleos vegetais insaturados, apropriadamente escolhidos, reduzem drasticamente a concentração dos halogenetos de hidrogénio e halogéneos tóxicos previstos, para níveis inferiores a um décimo dos níveis de perigo imediato para a vida e saúde [Immediate Danger to Life and Health (IDLH)] geralmente aceites. Verificou-se que os halogenetos de carbonilo gerados constituem menos de uma parte por milhão, que é o nível esperado na presença do vapor de água produzido por um incêndio típico.
Foram identificados três fluoroclorocarbonetos que se podem obter normalmente no comércio e são utilizáveis para a extinção de incêndios. Um deles é o triclorofluorometano cujo ponto de ebulição normal é de 24°C. Este composto apresenta um efeito de extinção de incêndios lento comparativamente a alguns outros fluoroclorocarbonetos, mas tem uma maior distância de projecção (throw). A distância de projecção é a distância a que a composição extintora pode ser projectada num incêndio sem perda da eficácia de extinção. Um outro composto, o 1,2-diclorotetrafluoroetano, cujo ponto de ebulição normal é de 4°C, tem uma boa acção de extinção mas uma distância de projecção menor do que a
do triclorofluorometano. 0 terceiro é o diclorodifluorometano, cujo ponto de ebulição normal é de -30°C, que tem boas propriedades de extinção e apresenta também um efeito dispersante na configuração (pattern) da composição extintora efluente.
Inesperadamente, descobriu-se que a configuração da composição extintora efluente pode produzir uma variação de cinco vezes na eficiência de extinção. Desenvolveram-se composições extintoras constituídas por misturas de fluoroclorocarbonetos que têm um efeito óptimo sobre uma larga gama de incêndios típicos. As composições são ricas em triclorofluorometano para evitar que os incêndios extintos voltem a atear-se.
Descobriu-se que os dois agentes destoxificantes específicos, o dipenteno e o ácido linoleico, são especialmente eficazes em misturas extintoras de incêndios. 0 dipenteno, que é um produto natural que se encontra na casca dos citrinos, não é tóxico, ê altamente volátil, ê solúvel nas misturas de fluoroclorocarbonetos e demonstrou ser um agente eficaz para combinar e destoxificar os produtos da combustão tóxicos indesejáveis.0 ácido linoleico, que é o componente principal dos óleos de girassol e de açafroa, utilizados em culinária, não é tóxico e é solúvel nas misturas de fluoroclorocarbonetos que apresentam interesse para a presente invenção como extintoras de incêndios, e mostrou, nos ensaios, ser um agente eficaz para se combinar e neutralizar os produtos da combustão tóxicos indesejáveis. No entanto, ao
-9contrário do dipenteno, o ácido linoleico não é muito volátil e verificou-se que deixa um pequeno resíduo depois de a composição extintora se evaporar. Contudo, embora seja menos volátil do que o dipenteno, o ácido linoleico tem a vantagem de aumentar a distância de projecção da composição extintora para valores da distância de cerca de 100 metros. Parece poder-se concluir daqui que o ácido linoleico é mais apropriado para utilização em composições extintoras concebidas para extinguir incêndios ao ar livre, enquanto o dipenteno, com a sua maior volatilidade e ausência de resíduo é mais apropriado para composições extintoras destinadas a extinguir incêndios em espaços interiores.
EXEMPLO 1
COMPOSIÇÕES EXTINTORAS DE INCÊNDIOS INEFICAZES
Os Underwriters' Laboratories do Canadá e dos Estados Unidos da América especificaram critérios de performance para composições extintoras satisfatórias. Um dos critérios mais simples é o Ensaio 1B, em que se colocam 12,5 litros de n-heptano num recipiente (pan) com a area de 0,232 m (2,5 sq ft) e se deixa atingir o máximo de intensidade de queima. Uma composição extintora que suprima este incêndio 1B será classificada como 1B, enquanto uma composição que elimine um incêndio de n-heptano duas vezes maior será classificado como 2B, e assim por diante.
-10- f
Como termo de comparação do Exemplo 1 anterior utilizou-se uma composição extintora existente no mercado, que continha Halon 1211 e tinha uma classificação dos ULC de 2B, num incêndio IB total num local ao ar livre. Utilizou-se uma técnica stand-back passiva. Verificou-se que esta unidade 2B não conseguiu extinguir o incêndio IB, principalmente devido à técnica de stand-back passiva usada pelo operador e secundariamente devido ã presença de um vento, suave de 5 a 7 mph.
EXEMPLO 2
Verificou-se que a composição extintora de incêndios indicada a seguir apresenta boas propriedades de extinção de incêndios sem gerar sub-produtos da combustão tóxicos. Para fácil identificação, a composição foi identificada como a mistura NAF INDOOR (marca comercial NAF). A mistura NAF INDOOR tem a seguinte composição em peso :
65% de fluorotriclorometano;
15% de difluorodiclorometano;
15% de 1,2-diclorotetrafluoroetano;
5% de dipenteno.
Esta mistura NAF INDOOR extintora de incêndios em interiores mostrou ser eficaz quando se utilizam extintores portáteis manuais em incêndios alimentados com madeira e hidro-11-
carbonetos incluindo o n-heptano. Revelou-se também aficaz para extinguir incêndios em sistemas eléctricos. Descobriu-se também que a mistura NAF INDOOR é eficaz em sistemas de rega automáticos e em sistemas de inundação automáticos. Às temperaturas normais, os quatro ingredientes são miscíveis e quimicamente inertes uns em relação aos outros. Também não corroem os contentores metálicos típicos.
Num ensaio de performance típico efectuado por técnicos dos Underwriteers1 Laboratories do Canadá [ensaio UCL 1B -0,232 m^ (2,5 sq ft)] verificou-se que 367 ml de mistura (532g) extinguem a combustão de 12,5 litros de n-heptano em 1,9 segundos. Este resultado foi obtido mediante uma técnica de stand-back passiva, normalmente utilizada por um bombeiro sem experiência. Não foi necessária a técnica agressiva permitida pelo método de ensaio dos Underwriters' Laboratories. Verificou-se que a formação de fumos era mínima e não impedia que se visse o incêndio, a corrente do extintor nem a saída de emergência.
Obtiveram-se resultados semelhantes (vide o Exemplo 3 a seguir) para incêndios em madeira convencionais (ensaio ULC IA) e incêndios extintos por unidades de inundação/rega automáticas.
Verificou-se que esta mistura é um não condutor da corrente eléctrica seguro a 150 000 volts em ensaios efectuados no Imperial College.
-12PROPRIEDADES FÍSICAS DA MISTURA NAF INTERIOR
Toxicidade a 350 000 ppm, 50X letal após 30 minutos; ponto de ebulição observado 10°C (50°F); densidade (10C) 1,44 g/cm^.
Velocidade de evaporaçao 3,4 mg/cm /s.
TEMPERATURA TENSÃO DE VAPOR
-40°C -40°F 0,16 ATM
-20°C - 4°F 0,40 ATM
0°C 32°F 0,89 ATM
20°C 68°F 1,75 ATM
40°C 104°F 3,16 ATM
EXEMPLO 3
De acordo com as especificações dos Underwriters' Laboratories dos Estados Unidos da América, preparou-se uma fogueira em madeira com madeira disposta em 10 camadas de pedaços de madeira seca medindo 5 x 5 x 51 cm (2 x 2 x 20 polegadas), com 5 pedaços em cada camada. Incendiou-se esta estrutura utilizando n-heptano e deixou-se arder durante 8 minutos para garantir que o fogo estava bem ateado e profundamente (deep seated). A uma composição extintora que extinguisse este fogo atribuir-se-ia a classificação IA e às composições extintoras que apagassem maiores fogos em madeira com estrutura semelhante dever-se-iam dar classificações de A mais elevadas.
Quando se aplicou 0,5 kg da mistura NAF interior a três lados e ã superfície do topo de um fogo em madeira IA, o fogo extinguiu-se em menos de 5 segundos.
EXEMPLO 4
Verificou-se que a composição extintora descrita a seguir apresenta boas propriedades de extinção de incêndios, sem gerar sub-produtos da combustão tóxicos. Para facilidade de identificação, identificou-se a mistura como mistura NAF EXTERIOR.
A mistura NAF EXTERIOR (marca comercial BLITZ) tem a seguinte composição, em percentagens em peso :
90% de fluorotriclorometano;
10% de ácido linoleico.
Esta mistura mostrou-se eficaz para utilização em grandes incêndios ao ar livre em que se não pode utilizar água e as dimensões do incêndio requerem uma distância de projecção compreendida entre cerca de 10 e cerca de 100 metros. Para estas maiores distâncias de projecção, o difluorodiclorometano não é apropriado porque provoca uma maior dispersão da corrente efluente, reduzindo assim a capacidade de extinção do incêndio.
Neste caso, é desejável uma quantidade adicional de ácido linoleico para evitar uma dispersão excessiva da configuração (pattern) da corrente.
Realizou-se um ensaio com esta mistura na Transport Canadá Training Facility do Aeroporto de Abbotsford, na Colúmbia Britânica, sob a supervisão de um grande número de funcionários governamentais e de empresas. Derramaram-se cerca de 2 000 litros de combustível para aviação (get fuel) numa cavidade de queima pouco profunda de 15 x 30 m (50 x 100 ft) parcialmente cheia de ãgua da chuva. Deitou-se fogo ao combustível para aviação e deixou-se atingir a intensidade máxima de queima. Um helicóptero pairando a cerca de 50 metros de altura, a favor do vento (upwind) sobre o incêndio largou 400 litros de mistura NAF OUTDOOR, que se dispersou ã medida que caiu, de modo a cobrir praticamente todo o contorno do incêndio da cavidade, a favor do vento (upwind). Verificou-se que a nuvem escura de vapor extinguia o incêndio localmente, ã medida que se deslocava através do incêndio da cavidade. Ao fim de dez segundos, as chamas residuais dispersas ao longo do contorno contra o vento (downwind) do incêndio na cavidade foram extintas com o auxílio de um só extintor manual que continha 2 kg da mistura NAF OUTDOOR. A velocidade do vento estava compreendida entre 5 e 10 nós. As tentativas para deliberadamente reacender o combustível não queimado que restava na cavidade falharam durante vários minutos.
As experiências ã escala de modelo efectuadas antes do ensaio ao ar livre anteriormente descrito demonstraram que uma mistura de 5 partes de gasolina e 1 parte da mistura NAF OUTDOOR não podia ser inflamada com fósforos.
PROPRIEDADES FÍSICAS DA MISTURA NAF EXTERIOR
Toxicidade a 330 000 ppm, 50Z letal ao fim de 30 minutos;
ponto de ebulição determinado 27°C (81°F); densidade 1,46 g/cm3; 2 velocidade de evaporaçao 1,5 mg/cm /s.
TEMPERATURA TENSÃO DE VAPOR
-40°C -40°F 0,05 ATM
-20°C - 4°F 0,14 ATM
0°C 32°F 0,36 ATM
20°C 68°F 0,78 ATM
40°C 104°F 1,54 ATM
COMPOSIÇÕES ALTERNATIVAS
As duas misturas NAF aqui descritas têm um impacto na camada de ozono inferior ao das composições extintoras Halon, vulgares. Isto ê demonstrado pelos dados comparativos do Quadro seguinte.
-16COMPOSIÇÃO EXTINTORA
IMPACTO NA CAMADA DE OZONO
NAF 0,9 BLITZ 0,9 Halon 1211 3,0 Halon 1301 10,0
Não obstante, as composições NAF podem ser formuladas para reduzir os níveis de impacto na camada de ozono para valores inferiores a 0,05, substituindo os fluoroclorocarbonetos referidos nos Exemplos 2, 3 e 4 anteriores pelos indicados no Quadro a seguir.
NOME clorodifluorometano
1.1- dicloro-2,2,2-trifluoroetano 1-cloro-l,2,2,2-tetrafluoroetano pentafluoroetano
1.2- dicloro-2,2-difluoroetano
1.2.2.2- tetrafluoroetano
PONTO DE IMPACTO NA CAMADA
EBULIÇÃO (°C) DE OZONO
-40,8°C 0,05
28,7°C 0,05
-12°C 0,05
-48,5°C 0,00
46,8°C 0,05
-26,5°C 0,00
Com a unica excepção do clorodifluorometano, nenhum destes fluoroclorocarbonetos era fabricado em 1988 ã escala comercial. Portanto, as duas composições referidas antes são preferidas unicamente por razões de disponibilidade e de ordem económica. Também se dá preferência ao dipenteno e ao ácido linoleico como
agentes destoxificantes. Contudo, apresenta-se a seguir uma lista de substitutos aceitáveis para estes dois agentes. Incluem-se virtualmente todos os terpenos normalmente isolados de substâncias vegetais mediante destilação com vapor.
Imclui-se também a maioria das gorduras insaturadas e dos óleos insaturados usualmente isolados a partir de fontes naturais.
TERPENOS ÕLEOS INSATURADOS
Citral Ácido oleico
Citronelal Ácido linoleico
Citronelol Ácido linolénico
Limoneno Ácido eleosteárico
Dipenteno Ácido lincânico
Mentol Ácido ricinoleico
Terpineno Ácido palmitoleico
Terpinoleno Ácido petroselénico
Silvestreno Ácido vaccénico
Sabineno Ácido erúcico
Mentadieno
Zingibereno
Ocimeno
Mirceno
-Pineno
-Pineno
Terpentina
Cânfora
Fitol
Vitamina A
Ácido abiético Esqualeno Lanosterol Sapanina
Ácido oleanólico Licopeno
-Caroteno
Luteína Ot-Terp ineol p-Cimeno
Como é evidente, são possíveis numerosas variações de composição na formulação de base das composições extintoras NAF. No entanto, todas as variações eficazes devem satisfazer, em geral, aos princípios básicos indicados para a presente invenção. Para obter uma extinção eficaz do incêndio, as composições formuladas deverão satisfazer aos seguintes critérios :
1) 0 aditivo destoxificante, o dipenteno ou o ácido linoleico, deverá estar presente numa concentração de, pelo menos, cerca de 2Z em peso da composição total, para se conseguir a destoxificação química do fluoroclorocarboneto. Por outro lado,
-19estes aditivos não podem exceder cerca de 10% em peso da composição total sem degradar a capacidade de extinção de incêndios da mistura resultante.
2) A utilização na composição de fluoroclorocarbonetos de pontos de ebulição mais elevados tais como o triclorofluorometano, o 1,2-dicloro-2,2-difluoroetano e/ou o 1,l-dicloro-2,2,2-trifluoroetano, isoladamente ou em associação, deverá exceder cerca de 50% em peso da mistura resultante. A utilização de componentes de pontos de ebulição mais elevados, a estes níveis, impedem o retorno da chama (flash back).
3) A utilização de fluoroclorocarbonetos ou fluorocarbonetos de pontos de ebulição mais baixos tais como o diclorodifluorometano, o 1,2-diclorotetrafluoroetano, o 1-cloro-l,2,2,2-tetrafluoroetano, o 1,2,2,2-tetrafluoroetano, o clorodifluorometano e/ou o pentafluoroetano, isoladamente ou em associação, não deverá exceder cerca de 48% em peso da mistura resultante.
Os componentes de ponto de ebulição mais baixo proporcionam uma maior dispersão e uma acção mais rápida da composição extintora, a curta distância (short range) para extintores manuais, mas tem a desvantagem de uma reduzida distância de projecção.
Como será evidente para os especialistas na matéria, são possíveis muitas alterações e modificações na realização prática da presente invenção, sem afastamento do espírito e do âmbito da
mesma. Nestas condições, o âmbito da presente invenção está definido nas reivindicações que se seguem.

Claims (11)

  1. REIVINDICAÇÕES )
    1,- Processo para a preparação de composições extintoras de incêndios não tóxicas, caracterizdo pelo facto de se misturar:
    a) um fluoroclorocarboneto escolhido entre triclorofluorometano, 1,l-dicloro-2,2,2-trifluoroetano e 1,2-dicloro-2,2-difluoroetano ;
    b) um fluoroclorocarboneto ou um fluorocarboneto escolhido entre diclorodifluorometano, 1,2-diclorotetrafluoroetano, clorodifluorometano, 1-cloro-1,2,2,2-tetrafluoroetano, pentafluoroetano e 1,2,2,2-tetrafluoroetano: e
    c) uma substância escolhida no grupo dos Terpenos; Citral, Citronelal, Citronelol, Limoneno, Dipenteno, Mentol, Terpineno,
    Terpinoleno, Silvestreno, Sabineno, Mentadieno, Zingibereno, Ocimeno, Mirceno, -Pineno, p-Pineno,Terpentina, Cânfora, z
    Fitol, Vitamina A, Acido Abiético, Esqualeno, Lanosterol, Saponi-22na, Ácido Oleanólico, Licopeno, ^-Caroteno, Luteína, 'X -Ter· pineol e £-Cimeno; e óleos insaturados: Ácido Oleico, Ácido Linoleico, Ácido Linolénico, Ácido Eleostárico, Ácido Lincânico, Ácido Ricinoleico, Ácido Palmitoleico, Ácido Petroselénico, Ácido
    Vaccénico e Ácido Erúcico, utilizando-se:
    a) uma quantidade do fluoroclorocarboneto indicado em a) superior a 50% do peso total da composição;
    b) uma quantidade do fluoroclorocarboneto ou fluorocarboneto indicado em b) inferior a 48% do peso total da composição; e
    c) uma quantidade do terpeno e/ou óleo insaturado indicado em c) superior a 2% mas inferior a 10% em peso do peso total da composição.
  2. 2,- Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se utilizar 65% de triclorofluorometano, 15% de diclorodifluorometano, 15% de 1,2-diclorotetrafluoroetano e 5% de dipenteno, em relação ao peso total da composição.
  3. 3. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se utilizar 90% de triclorofluorometano e 10% de ácido linoleico, em relação ao peso total da composição.
  4. 4. - Processo de acordo com a reivindciação 1, caracterizado pelo facto de se utilizar:
    /
    -23a) um fluoroclorocarboneto escolhido entre triclorofluorometano, diclorodifluorometano e 1,2-diclorotetrafluoroetano; e
    b) uma substância escolhida entre dipenteno e ácido linoleico.
  5. 5.- Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se utilizar uma quantidade do fluoroclorocarboneto indicado em a) igual a pelo menos 50% em peso do peso total da composição.
  6. 6. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se utilizar uma quantidade da substância indicada em b) igual a pelo menos 2% em peso e inferior a 10% em peso do peso total da composição.
  7. 7. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se utilizar o fluoroclorocarboneto indicado em c) isolado ou em associação, em uma quantidade, pelo menos, de 40% em peso do peso total da composição.
  8. 8. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se utilizar 65% de 1,l-dicloro-2,2,2-trifluoroetano, 15% de difluorodiclorometano, 15% de 1,2-diclorotetrafluoroetano e 5% de dipenteno, em relação ao peso total da composição.
  9. 9.-.
    9.- Processo de acordo com a reivincicação 1, caracterizado pelo facto de se utilizar 65Z de 1,2-dicloro-2,2-difluoroetano,
    15Z de difluorodiclorometano, 15Z de 1,2-diclorotetrafluoroetano e 5Z dipenteno, em relação ao peso total da composição.
  10. 10.- Processo de acordo com a reivindicação 1,caracterizado pelo facto de se utilizar 90Z de 1,l-dicloro-2,2,2-trifluoroetano e 10Z de ácido linoleico, em relação ao peso total da composição.
  11. 11.- Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se utilizar 90Z de 1,2-dicloro-2,2-difluoroetano e 10Z de ácido linoleico, em relação ao peso total da composição,
PT9396590A 1990-05-04 1990-05-04 Processo para a preparacao de composicoes extintoras de incendios nao toxicas contendo fluoroclorocarbonetos PT93965B (pt)

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