PT919050E - Elemento de seguranca para a proteccao electronica de artigos - Google Patents
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Description
V 2>L3-osd
DESCRIÇÃO «ELEMENTO DE SEGURANÇA PARA A PROTECÇÃO ELECTRÓNICA DE ARTIGOS" A invenção refere-se a um elemento de segurança para a pro-tecção electrónica de artigos, constituído por pelo menos uma pista condutora em forma de espiral e por um condensador, com uma camada dieléctrica intercalada, ou então constituído por duas pistas condutoras em forma de espiral que se sobrepõem, pelo menos parcialmente, e que se encontram dispostas de ambos os lados de uma camada dieléctrica (-> circuito de ressonância) .
Circuitos de ressonância, que a uma frequência de ressonância predefinida, vulgarmente situada nos 8.2 MHz, são excitados de modo a produzir oscilações de ressonância, encontram-se amplamente divulgados no domínio da protecção contra furto de mercadorias nos grandes armazéns. Frequentemente constituem parte integrante de etiquetas adesivas ou de etiquetas de cartão presas por um atilho ou fixadas no artigo a proteger. Normalmente o estabelecimento comercial está equipado de um sistema de vigilância electrónico na zona da saída, que reconhece os circuitos de ressonância e que desencadeia um alarme quando um artigo protegido passa de maneira ilícita uma zona de vigilância e de segurança. Logo após o cliente ter pago a mercadoria, o circuito de ressonância é desactivado. Esta medida impede o desencadeamento de um alarme, sempre que o artigo tenha sido adquirido de forma legal e passe a seguir pela zona de vigilância.
Os sistemas de desactivação, que frequentemente se encontram localizados na área das caixas, geram um sinal de ressonância com uma amplitude maior do que a gerada pelos sistemas de vigilância. Uma etiqueta de ressonância é normalmente desactivada com uma intensidade de campo superior a 1,5 A/m. Ficaram a ser conhecidos diferentes mecanismos de desactivação para circuitos 1 L-Cj r de ressonância. Ou se destrói o isolamento entre as pistas condutoras situados frente a frente, o que provoca um curto-circuito, ou então submete-se um troço de um pista condutora a uma sobrecarga, ao que o mesmo funde, provocando uma interrupção da condução eléctrica. Em consequência da desactivação as propriedades de ressonância do circuito de ressonância, isto é, a frequência de ressonância e/ou o factor "Q" são modificados tão fortemente que a etiqueta de ressonância já não é detectada pelo sistema de vigilância. 0 circuito de ressonância desactivado pode voltar a ser re-activado de maneira involuntária por manipulação mecânica, por exemplo ao dobrar, embalar ou transportar a mercadoria ou ao dobrar a etiqueta e consequentemente também o circuito de ressonância. Uma reactivação involuntária de um circuito de ressonância fixado num artigo adquirido legalmente pode então provocar o desencadeamento de um alarme, o que representa um sério aborrecimento tanto para o comprador como também para a entidade vendedora .
Até à data não é conhecida nenhuma tecnologia que se tenha debruçado sobre o problema da redução do risco de uma reactivação involuntária de etiquetas de ressonância já desactivadas. No que se refere à desactivação de etiquetas de ressonância já se descreveram no passado diferentes processos.
Na patente US-PS 4,876,555 ou na correspondente patente EP 0 285 559 BI propôs-se a abertura, por meio de uma agulha, de um furo na camada isolante intercalada entre duas superfícies de condensador dispostas frente a frente. Consegue-se deste modo criar um mecanismo de desactivação que trabalha sem erros e que é duradouro.
Também a patente US-PS 5,187,466 descreve um processo para desactivar um circuito de ressonância por meio de um curto- 2
V
U circuito, desactivação essa que em condições normais já não pode ser anulada.
No que se refere às patentes US-PS 4,876,555 ou EP 0 285 559 BI referidas em primeiro lugar, deverá chamar-se a atenção para o facto de o circuito de ressonância nelas revelado comportar placas de condensador dispostas de ambos os lados do dieléc-trico. A camada dieléctrica que se encontra entre as duas placas de condensador apresenta um furo de lado a lado.
Na já referida patente US-PS 5,187,466 descreve-se um processo que se aplica a um circuito de ressonância comportando placas de condensador dispostas de ambos os lados do dieléctrico, sendo as placas de condensador primeiro curto-circuitadas e o curto-circuito seguidamente fundido por acção da energia eléctri-ca.
Tornaram-se ainda conhecidas outras técnicas importantes no domínio da desactivação de etiquetas de ressonância, que, no entanto, também não se debruçam sobre o problema da redução do risco de uma reactivação involuntária. Uma família de patentes que vai nesse sentido abrange entre outras as patentes EP 0 181 327 Bl, US-PS 4,567,473 e US-PS 4,498,076. A etiqueta descrita nestas patentes, que constitui o objectivo da invenção, tem a seguinte composição: um substrato que serve de dieléctrico, placas de condensador de ambos os lados do substrato dieléctrico, que é plano, uma zona de desactivação e um circuito oscilante disposto sobre a superfície do dieléctrico. O estado actual da técnica não refere até à data quaisquer medidas que impeçam uma reactivação involuntária do elemento de segurança depois de a desactivação ter sido realizada com êxito. A invenção tem o objectivo de propor um circuito de ressonância em que a probabilidade de uma reactivação seja mais reduzida . 3 L-ò ^
V Γ
Este objectivo atinge-se fazendo com que na camada dieléc-trica se encontre prevista uma zona seleccionada (um ponto de perfuração programada) , na qual se cria por intermédio de um afluxo de energia suficientemente elevado um campo magnético alternado que provoca um curto-circuito entre as placas de condensador que ficam frente a frente ou das pistas condutoras em forma de espiral e em que a zona seleccionada é localmente reforçada de tal maneira que fica impedida a anulação do curto-circuito (= pista condutora) em consequência de uma solicitação mecânica e deste modo também a reactivação do elemento de segurança.
De acordo com um aperfeiçoamento vantajoso do elemento de segurança de acordo com a invenção prevê-se que a camada dieléc-trica tenha no essencial uma espessura uniforme e não apresente defeitos de fabrico suplementares (por exemplo bolhas de ar).
Além disso propõe-se que, no caso de serem utilizadas duas pistas condutoras que se sobrepõem pelo menos parcialmente, estas se encontrem enroladas em sentidos contrários, encontrando-se a zona seleccionada situada nas extremidades do lado de fora das pistas condutoras, e isto porque nestes locais se verifica a tensão de indução mais alta.
De acordo com uma forma de configuração vantajosa do elemento de segurança de acordo com a invenção propõe-se que a camada dieléctrica seja mais fina na zona seleccionada do que no resto do circuito.
De acordo com uma alternativa à invenção a zona seleccionada distingue-se pelo facto de a camada dieléctrica ter aqui uma natureza química e física diferente do resto do circuito.
De acordo com um aperfeiçoamento vantajoso do elemento de segurança, que constitui o objecto da invenção, a camada dieléctrica é formada por pelo menos dois componentes. Neste contexto 4
V
L-Zi t será especialmente vantajoso que o ponto de fusão de um dos componentes da camada dieléctrica se situe acima da temperatura de processamento do elemento de segurança. Além disso prevê-se, de acordo com mais outra forma de configuração, que os componentes da camada dieléctrica tenham uma constituição tal que possam ser produzidos sob a forma de um revestimento ou então por laminação.
De acordo com outra forma de configuração vantajosa do elemento de segurança, que constitui o objecto da invenção, a zona seleccionada, na qual se realiza a desactivação, é reforçada submetendo-a a uma pressão suplementar. A compressão melhora a aderência entre as placas de condensador ou as pistas condutoras que se sobrepõem pelo menos parcialmente. Verificou-se ser vantajoso efectuar o reforço por intermédio de uma moldagem sob pressão das placas de condensador ou das pistas condutoras que se sobrepõem pelo menos parcialmente. Isto efectua-se com o auxilio de um molde tridimensional. Neste contexto será especialmente vantajoso que seja possível conseguir a aderência melhorada e a moldagem das placas de condensador ou das pistas condutoras numa única operação.
Se o circuito de ressonância for deformado ou dobrado na área da zona reforçada, na qual se efectua também a desactivação, continua a subsistir o perigo da deformação, da laminação, do deslocamento ou da separação do circuito de ressonância junto do ponto de desactivação. A consequência seria uma reactivação inde-sejada do circuito de ressonância. Para prevenir este perigo prevê-se, de acordo com um aperfeiçoamento da invenção, a configuração de zonas enfraquecidas de ambos os lados da zona reforçada. Sob a acção de um binário de flexão exercido a partir do exterior, a probabilidade de o circuito de ressonância se dobrar ou mesmo se partir na área das zonas enfraquecidas é muito maior do que uma dobragem ou mesmo uma rotura dentro da zona reforçada. A zona enfraquecida pode portanto ser também designada por zona de quinagem ou de rotura preferencial. 5 t Γ A configuração das zonas enfraquecidas pode realizar-se fazendo por um lado com que a largura do pista condutora seja estreitada. Uma outra possibilidade consiste em tratar a camada de substância adesiva nestas zonas enfraquecidas de tal maneira que a ligação por aderência entre as pistas condutoras em forma de espiral seja significativamente reduzida. Além disso é possível perfurar as pistas condutoras nas zonas enfraquecidas.
De acordo com um aperfeiçoamento vantajoso da invenção o circuito de ressonância tem uma configuração tal que a capacidade eléctrica entre a pista condutora superior e a inferior é concentrada nas extremidades do lado de dentro das bobinas. Prevê-se nomeadamente que nas extremidades do lado de dentro das bobinas exista uma grande área de sobreposição das pistas condutoras, daí resultando uma capacidade correspondentemente elevada, enquanto que a sobreposição junto das extremidades do lado de fora da bobina é muito reduzida.
Um aperfeiçoamento vantajoso do dispositivo de acordo com a invenção propõe que as zonas de sobreposição entre as duas pistas condutoras e deste modo a capacidade entre estas pistas condutoras se concentre junto das extremidades do lado de dentro dessas pistas condutoras. Prevê-se nomeadamente que as extremidades do lado de fora de ambas as pistas condutoras se sobreponham numa área de dimensões reduzidas e que às extremidades do lado de fora das pistas condutoras se siga uma área relativamente longa, na qual não há sobreposição. Uma vantagem desta topologia reside no facto de a desactivação se efectuar na zona de sobreposição entre as extremidades do lado de fora das pistas condutoras superior e inferior, uma vez que é este o ponto em que o potencial de tensão entre as pistas condutoras atinge um valor máximo. 0 ponto de desactivação encontra-se por isso situado com elevada segurança na zona seleccionada. 6 V Γ u
A invenção será explanada mais em pormenor mediante as figuras que se seguem. Estas mostram:
Fig. 1 uma vista de topo de uma das formas de realização do circuito de ressonância de acordo com a invenção,
Fig. 2 um corte transversal ao longo da linha II-II da fig. 1,
Fig. 3 um esquema equivalente das tensões em jogo entre duas pistas condutoras em forma de espiral e parcialmente sobrepostas,
Fig. 4 uma vista de topo sobre a zona terminal do lado de fora das pistas condutoras em forma de espiral,
Fig. 5 um corte transversal ampliado da bobina superior e da componente superior da camada dieléctrica,
Fig. 6 um corte transversal detalhado do circuito de ressonância de acordo com a invenção,
Fig. 7 Fig. 8a Fig. 8b Fig. 9 Fig. 10 uma vista de topo de uma zona reforçada, } um corte transversal de uma ferramenta apropriada, uma vista de topo da ferramenta representada na fig. 8a, uma vista de topo de uma pista condutora com uma zona enfraquecida, uma vista de topo de um outro tipo de pista condutora com zona enfraquecida,
Fig. 11a uma vista de topo de uma forma de configuração da bobina inferior, 7
Fig. 11b uma vista de topo de uma forma de configuração da bobina superior,
Fig. 11c o circuito de ressonância composto pelas bobinas que as fig. 11a e 11b mostram e
Fig. 12 um esquema equivalente, que mostra a distribuição de tensões na forma de realização do circuito de ressonância de acordo com a invenção, que a fig. 11c mostra. A fig. 1 mostra numa vista pelo lado de cima uma forma de realização de um circuito de ressonância 6 de acordo com a invenção. Na fig. 2 é visível, num corte transversal, o circuito de ressonância 6 representado na fig. 1. A desactivação do circuito de ressonância 6 dá-se ao provocar um curto-circuito entre as duas pistas condutoras 2, 3 em forma de espiral, que de preferência são feitas de alumínio, curto-circuito esse que atravessa a camada dieléctrica 4. Ao aplicar um campo magnético alternado, do tipo por exemplo emitido por um sistema de vigilância, induzem-se tensões alternadas em ambas as pistas condutoras 2, 3 em forma de espiral do circuito de ressonância 6. As pistas condutoras 2, 3 em forma de espiral sobrepõem-se pelo menos parcialmente e encontram-se enroladas em sentidos contrários. Por esse motivo a extremidade do lado de fora da bobina inferior 2 apresenta um potencial positivo em relação à extremidade do lado de dentro da bobina inferior 2, quando a extremidade do lado de dentro da bobina superior 3 tem um potencial positivo em relação à extremidade do lado de fora da bobina superior 3. Deverá portanto precisar-se que os pontos ou as zonas nos quais as tensões alternadas induzidas entre ambas as bobinas 2, 3 atingem valores máximos se encontram nos troços terminais das bobinas 2, 3.
Uma vez que no exemplo de realização que a fig. 1 mostra a bobina superior 3 tem menos espiras do que a bobina inferior 2, as tensões máximas são criadas entre as extremidades da bobina 8 \ ' superior 3 e as partes da bobina inferior 2 que se encontram di-rectamente abaixo daquelas outras extremidades. A fig. 3 dá ideia das tensões que existem nas diferentes áreas das duas bobinas 2, 3, pelo menos parcialmente sobrepostas, de um circuito de ressonância 6, que de acordo com um aperfeiçoamento vantajoso do circuito de ressonância 6 é utilizado na prática .
No circuito de ressonância 6 anteriormente descrito, que tem uma camada dieléctrica 4 de espessura uniforme compreendida entre as bobinas 2, 3, a desactivação efectua-se nas zonas terminais da bobina superior 3 e da bobina inferior 2, uma vez que nestes pontos o potencial induzido atinge um valor máximo. Dado que a intensidade do campo eléctrico se faz sentir de maneira concentrada numa superfície com um raio reduzido, a desactivação ocorre exactamente nas extremidades das pistas condutoras 2, 3, tal como se indica na fig. 4.
Se a camada dieléctrica 4 não tiver no entanto uma espessura uniforme ou contiver bolhas de ar 7, o que é bem possível acontecer em virtude de defeitos de fabrico, a desactivação pode ocorrer em outras zonas das bobinas 2, 3. Os defeitos de fabrico referidos podem provocar localmente pontos fracos ou mesmo perfurações devido às inclusões de ar 7 na camada dieléctrica. Isto faz com que a camada dieléctrica 4 seja interrompida nestes pontos fracos localizados, se bem que o potencial de tensão seja nesses pontos mais baixo do que nas extremidades da bobina superior 3 e da bobina inferior 2. Uma vez que o potencial de tensão nos pontos fracos localizados é menor do que nas extremidades das pistas condutoras 2, 3, a energia eléctrica disponível para a criação do curto-circuito de desactivação é menor do que a energia eléctrica que seria necessária para criar um curto-circuito de desactivação nas extremidades da bobina superior 3. 9 p Lc, ^^ A fig. 5 mostra num corte transversal uma camada dieléctri-ca com defeitos de fabrico, que aqui se apresentam sob a forma de bolhas de ar 7 e de irregularidades à superfície do elemento. Para evitar defeitos de fabrico deste tipo a configuração da camada dieléctrica 4 tem de acordo com um aperfeiçoamento vantajoso da invenção uma configuração tal que apresenta no essencial uma espessura uniforme e é em grande parte isenta de pontos fracos 7 localizados. Uma camada dieléctrica 4 com a uniformidade referida assegura uma desactivação nas zonas terminais das pistas condutoras 2, 3 em forma de espiral, uma vez que nestes locais a tensão induzida e a energia atingem valores máximos. Um curto-circuito produzido por uma desactivação deste tipo é muito robusto e pouco predisposto a uma reactivação involuntária.
De acordo com um aperfeiçoamento vantajoso do circuito de ressonância 6, que constitui o objecto da invenção, a camada dieléctrica 4 é composta por pelo menos dois componentes 4a, 4b, que são o componente superior 4a e o componente inferior 4b. 0 componente inferior 4b é aplicado na bobina inferior 3 antes da operação de estampar e da gravação a quente. A componente superior 4a é aplicada sobre a bobina superior 2. A componente superior 4a tem um ponto de fusão relativamente baixo, que lhe permite servir de cola termofusível para colar as duas bobinas 2, 3 durante a gravação a quente, ficando a bobina superior 2 a aderir à bobina inferior 3. A componente superior 4a da camada dieléctrica 4 funde durante a gravação a quente da bobina superior 2. A componente inferior 4b da camada dieléctrica 4 tem um ponto de fusão mais elevado e não funde sobre a bobina 2 durante a gravação a quente. A uniformidade da componente inferior 4b da camada dieléctrica 4, que não funde, melhora a uniformidade da espessura da camada dieléctrica 4 no seu todo. A fig. 6 mostra um corte transversal de um circuito de ressonância 6 com uma camada dieléctrica 4 constituída por dois componentes 4a, 4b. A componente inferior 4b tanto pode ser obtida 10 p U, ^^ por revestimento da bobina inferior 3 como também por laminação da componente inferior 4b da camada dieléctrica 4 sobre a bobina 3. Habitualmente o material (Al) de que as bobinas são feitas apresenta-se sob a forma de rolos de material de grande largura, de modo a poder manter-se de pé a uniformidade da superfície da camada dieléctrica 4 e a conseguirem-se minimizar outros pontos defeituosos, por exemplo provocados por inclusões de ar 7.
Pode acontecer que o curto-circuito seja anulado ao dobrar o elemento ou ao efectuar quaisquer outras manipulações mecânicas, mesmo quando a camada dieléctrica 4 é tão uniforme que os defeitos 7 se encontram reduzidos ao mínimo e o curto-circuito de desactivação ocorre exclusivamente na extremidade da pista condutora superior, onde a energia induzida atinge valores máximos. (Naturalmente este só será o caso quando não estiverem previstos quaisquer outros pontos de curto-circuitagem previamente preparados.) Movimentos de cisalhamento ou de deslizamento de uma camada metálica em relação à outra ou a deterioração da laminação de ambas as camadas podem conduzir a uma reactivação indesejada.
De acordo com a invenção o circuito de ressonância 6 é reforçado localmente na zona das extremidades da bobina superior 2 ou na área da zona preparada. A zona reforçada 10 é menos sensível a movimentos de cisalhamento e de deslizamento ou à deterioração da laminação. Através de um reforço local é possível reduzir qualquer solicitação do circuito de ressonância 6 à quinagem e à dobragem, uma vez que as duas pistas condutoras 2, 3 em forma de espiral só podem sofrer movimentos de cisalhamento, de deslizamento, de quinagem ou de deterioração da laminação nas proximidades da zona 10, mas não dentro dessa mesma zona reforçada.
De acordo com um aperfeiçoamento vantajoso do circuito de ressonância 6, que constitui o objecto da invenção, as áreas situadas em torno das extremidades das duas pistas condutoras 2, 3, neste caso a da pista condutora superior 2, são reforçadas fazen- 11 p LZj ^^ do com que uma zona localizada 10 seja submetida a uma pressão suplementar, ao que o metal, de preferência o alumínio, é moldado de tal maneira que assume uma forma que não é plana. Ao exercer localmente uma determinada pressão, consegue-se uma melhor aderência entre as duas pistas condutoras 2, 3 e entre a pista condutora inferior 3 e a camada dieléctrica 4. Se esta pressão for exercida por meio de uma ferramenta de moldagem 11 com um relevo provido de um padrão predefinido (cunho 12), as pistas condutoras 2, 3 podem ser moldadas de tal maneira que a resistência do circuito de ressonância 6 à reactivação resulta substancialmente melhorada. A ferramenta 11 pode de resto ter também uma configuração plana e apresentar determinadas dimensões predefinidas.
No que se refere às propriedades estruturais dos metais é bem conhecido que uma chapa metálica com sulcos, abaulamentos ou outras estruturas incorporadas não se deixa dobrar com a mesma facilidade que uma chapa plana. 0 mesmo princípio aplica-se no presente caso para criar uma zona 10 localmente reforçada. Qualquer dobragem ou quinagem em larga superfície do circuito de ressonância 6 faz com que esse circuito de ressonância 6 seja dobrado, quinado, cisalhado ou deslaminado nas proximidades da zona reforçada 10, mas não dentro da mesma. Consegue-se deste modo reduzir o risco de uma reactivação indesejada. Não é decisiva a forma efectiva da zona reforçada 10, nem é crítico o perfil efec-tivo das pistas condutoras 2, 3 na área da zona reforçada 10. A fig. 7 mostra uma vista de topo de uma forma de realização da zona reforçada 10, configurada na extremidade da pista condutora superior 2. A fig. 8a mostra um corte transversal e a fig. 8b uma vista de topo de uma ferramenta 11 que pode ser utilizada para produzir a zona reforçada 10. 12 Γ u,
Sempre que ocorra uma dobragem ou uma quinagem do circuito de ressonância 8 na área da zona reforçada 10, isto é, na zona em que, como é conhecido, tem lugar a desactivação, zona essa que foi propositadamente reforçada, continua a existir neste local o perigo de um empeno, um cisalhamento, um deslocamento ou de uma deterioração da laminação do circuito de ressonância 6. Tal iria conduzir a uma reactivação indesejada do circuito de ressonância 6. Para prevenir este perigo prevê-se, de acordo com um aperfeiçoamento suplementar da invenção, a configuração de zonas enfraquecidas 13 de ambos os lados da zona reforçada 10. Sempre que um determinado binário de quinagem, exercido a partir do exterior, actua sobre esta zona, há grande probabilidade de o circuito de ressonância 6 dobrar ou mesmo partir na área das zonas enfraquecidas 13. A zona enfraquecida 13 pode portanto ser designada por zona de dobragem ou de rotura preferencial. A configuração da zona enfraquecida 13 tanto se pode concretizar tornando mais estreita a largura da pista condutora 2, 3, tal como representado nas fig. 9 e 10, como também por um tratamento adequado da camada de substância adesiva nesta zona enfraquecida 13, e isto de maneira a que a ligação entre as pistas condutoras 2, 3 seja bastante mais fraca nessa zona. Uma outra possibilidade de obter zonas 13 enfraquecidas consiste em perfurar as pistas condutoras 2, 3.
De acordo com um aperfeiçoamento suplementar da invenção as pistas condutoras 2, 3 e o circuito de ressonância 6 têm uma configuração tal que a capacidade eléctrica entre a pista condutora superior 2 e a inferior 3 é concentrada junto das extremidades do lado de dentro das pistas condutoras 2, 3 em forma de espiral. As fig. 11a, 11b e 11c mostram um circuito de ressonância 6 com esta configuração. Das figuras depreende-se que nas extremidades do lado de dentro das bobinas 2, 3 existe uma grande área de sobreposição das pistas condutoras 2, 3, dai resultando uma capacidade proporcionalmente elevada, enquanto que a sobreposição nas extremidades do lado de fora das bobinas 2, 3 é muito reduzida. 13 \
Ο esquema equivalente deste arranjo encontra-se representado na fig. 12. A diferença de tensão gerada entre as duas bobinas 2, 3 é bastante maior nas extremidades do lado de fora das bobinas do que em qualquer outro ponto situado entre as bobinas 2, 3. Numa observação conjunta das fig. 11c e 12 constata-se também que a espira do lado de fora da pista condutora inferior 3 em grande parte não é sequer coberta pela pista condutora superior 2. Deste modo não é possivel ocorrer uma desactivação ao longo deste troço 9 isento de sobreposição. Seguindo a espira do lado de fora da pista condutora inferior 3 a partir do seu extremo no sentido do seu inicio, onde existe uma pequena área de sobreposição com a pista condutora superior 2, verifica-se que o ponto mais próximo em que existe uma sobreposição das pistas condutoras 2, 3 e deste modo a possibilidade de uma desactivação, se encontra um pouco recuado sobre a espira do lado de fora da pista condutora inferior 3. Este ponto tem um potencial de tensão substancialmente menor entre a pista condutora superior 2 e a inferior 3.
Mesmo que a camada dieléctrica 4 entre as duas pistas condutoras não tenha uma espessura absolutamente uniforme ou não esteja absolutamente isenta de outros pontos fracos 7, a desactivação acontece neste ponto de sobreposição do lado. de fora, uma vez que é ai que existe uma diferença de potencial substancialmente maior entre as pistas condutoras 2 e 3.
Uma outra vantagem da invenção reside no facto de a distribuição não uniforme da diferença de potencial ao longo das pistas condutoras 2, 3 fazer com que se torne necessário que a energia disponível para um curto-circuito de desactivação entre as pistas condutoras 2 e 3 tenha de ser maior do que no caso de uma distribuição uniforme da tensão e da capacidade eléctrica. Uma maior energia significa no entanto mais uma vez um curto-circuito -fiável e deste modo também automaticamente um menor risco de reacti-vação indesejada. 14
Lista de índices de referência: 1 Substrato 2 Bobina superior 3 Bobina inferior 4 Camada dieléctrica 4a Componente superior 4b Componente inferior 5 Camada de substância adesiva 6 Circuito de ressonância ou elemento de segurança 7 Inclusão de ar 8 Zona seleccionada (preparada) 9 Zona sem sobreposição 10 Zona reforçada 11 Ferramenta 12 Cunho 13 Zona enfraquecida
Lisboa, 30 de Maio de 2000
O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
15
Claims (17)
- ΓREIVINDICAÇÕES 1. Elemento de segurança para a protecção electrónica de arti gos, constituído por pelo menos uma pista condutora em forma de espiral e por um condensador, com uma camada dieléc-trica intercalada, ou então constituído por duas pistas condutoras em forma de espiral que se sobrepõem, pelo menos parcialmente, e que se encontram dispostas de ambos os lados de uma camada dieléctrica, em que a camada dieléctrica (4) se encontra prevista numa zona seleccionada (8), na qual se cria por intermédio de um afluxo de energia suficientemente elevado um campo magnético alternado que provoca um curto-circuito entre as placas de condensador que ficam frente a frente ou entre as pistas condutoras (2, 3) em forma de espiral e em que a zona seleccionada (8) é localmente reforçada de tal maneira que fica impedida a anulação do curto-circuito em consequência de uma solicitação mecânica e deste modo impedida também a reactivação do elemento de segurança (6).
- 2. Elemento de segurança de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado por a camada dieléctrica (4) apresentar no essencial uma espessura uniforme e estar isenta de defeitos de fabrico suplementares.
- 3. Elemento de segurança de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por, no caso de existirem duas pistas condutoras (2, 3) que se sobrepõem pelo menos parcialmente, estas se encontrarem enroladas em sentidos contrários, encontrando-se a zona seleccionada (8) localizada numa área junto das extremidades do lado de fora das pistas condutoras (2, 3) , uma vez que aqui é criada a tensão de indução mais elevada. 1 V Vt
- 4. Elemento de segurança de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado por a zona seleccionada (8) se distinguir pelo facto de nela a camada dieléctrica (4) ser mais fina do que nas restantes áreas ou de a mesma ter um orifício.
- 5. Elemento de segurança de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado por a zona seleccionada (8) se distinguir pelo facto de nela a camada dieléctrica (4) ter uma natureza química ou física diferente da das restantes áreas.
- 6. Elemento de segurança de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a camada dieléctrica (4) ser constituída por pelo menos dois componentes (4a, 4b).
- 7. Elemento de segurança de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o ponto de fusão de um dos componentes (4a, 4b) da camada dieléctrica (4) se situar acima da temperatura de processamento do elemento de segurança (6).
- 8. Elemento de segurança de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por os componentes da camada dieléctrica (4) terem uma natureza tal que podem ser produzidos por reco-brimento com uma camada ou por laminagem.
- 9. Elemento de segurança de acordo com as reivindicações 1, 3, 4 ou 5, caracterizado por o reforço na zona reforçada (10) ser obtido por acção de uma pressão suplementar, para melhorar a aderência entre as placas de condensador ou entre as pistas condutoras (2, 3) que se sobrepõem pelo menos parcialmente.
- 10. Elemento de segurança de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por a zona reforçada (10) ser obtida por moldagem à pressão das placas de condensador ou das pistas con- 2 V L-Cj dutoras (2, 3) que se sobrepõem pelo menos parcialmente, resultando numa forma tridimensional.
- 11. Elemento de segurança de acordo com as reivindicações 9 ou 10, caracterizado por a aderência melhorada e a moldagem das placas de condensador ou das pistas condutoras (2, 3) serem obtidas numa única operação.
- 12. Elemento de segurança de acordo com as reivindicações 1, 3, 4 ou 5, caracterizado por se preverem de ambos os lados ou no verso da zona seleccionada (8) outras zonas (13) de configuração enfraquecida.
- 13. Elemento de segurança de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por as zonas de configuração enfraquecida (13) serem formadas por um estreitamento da largura da pista condutora (2, 3).
- 14. Elemento de segurança de acordo com as reivindicações 12 ou 13, caracterizado por a camada dieléctrica (4) ter nas zonas de configuração enfraquecida (13) uma ligação menos aderente com as placas de condensador ou com as pistas condutoras (2, 3) do que nas restantes áreas.
- 15. Elemento de segurança de acordo com as reivindicações 12 ou 13, caracterizado por as zonas de configuração enfraquecida (13) se distinguirem pelo facto de nelas as placas de condensador ou as pistas condutoras (2, 3) estarem perfuradas.
- 16. Elemento de segurança de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por as zonas de sobreposição entre as duas pistas condutoras (2, 3) e deste modo também a capacidade entre as pistas condutoras (2, 3) se concentrar junto das extremidades do lado de dentro das pistas condutoras (2, 3). 3
- 17. Elemento de segurança de acordo com a reivindicação 16, ca-racterizado por as extremidades do lado de fora de ambas as pistas condutoras (2, 3) se sobreporem numa zona de pequenas dimensões e por às extremidades do lado de fora das pistas condutoras (2, 3) se seguir uma zona (9) relativamente longa em que não há sobreposição. Lisboa, 30 de Maio de 2000 0 AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDIISTRIAL4
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