PT891205E - Processo para ligar um tubo a um conector perfilado com conector perfilado com recortes para dispositivos medicos - Google Patents

Description

V Γ L-Cj ^ DESCRIÇÃO "PROCESSO PARA LIGAR DM TUBO A UM CONECTOR PERFILADO COM RECORTES, PARA DISPOSITIVOS MÉDICOS" A presente invenção refere-se a ligações que fixam tubos flexíveis a dispositivos tal como dispositivos médicos, e. mais particularmente a processos de ligação fortes, estanques aos fluidos, utilizando materiais retrácteis a quente.

Muitos dispositivos descartáveis, tais como oxigenadores, bombas de sangue e outros dispositivos utilizados normalmente em procedimentos médicos, possuem conectores rígidos de policarbonatos perfilados com recortes nos quais mangueiras ou tubos de cloreto de polivinilo (PVC) flexível são ligados, quando em utilização. Convencionalmente, o utilizador desliza o tubo por cima do perfil recortado do conector, segurando-o no lugar apertando uma braçadeira de plástico para cabos em redor do tubo no conector.

Embora este processo convencional de fixação seja satisfatório na maioria dos casos, a sua segurança depende, pelo menos até certo ponto, da habilidade do técnico clínico na montagem do equipamento. Consequentemente, ainda existe algum risco de erro humano ou fraqueza de material que conduza a falhas, derrames ou perda de esterilidade na ligação, particularmente se a ligação for, talvez inadvertidamente, empurrada ou sujeita a tensão na direcção de desengrenagem. A US-A-4,664,659 descreve um processo de proporcionar uma ligação forte, estanque aos líquidos, durável, esterilizando a quente o dispositivo médico. 1

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A DE-A-4,446,061 descreve um processo de frisar um tubo num entrançado metálico. A presente invenção resolve os problemas da técnica anterior e permite que sejam utilizados processos de ligação novos para proporcionar uma ligação mecanicamente segura, estanque aos fluidos e estéril entre o tubo e o conector perfilado com recortes.

De acordo com a mesma, a invenção proporciona um. processo de assegurar uma ligação firme e estéril entre um conector perfilado com recortes, rígido, em equipamento médico e tubos esterilizáveis, compreendendo os passos de: a) montar o referido tubo no referido conector antes da esterilização; b) comprimir o referido tubo no referido conector pela aplicação de calor para produzir uma ligação apertada, não desligável (que não. se solta) ; e c) esterilizar a referida ligação. 0 processo contemplado por esta invenção (o qual não se restringe à utilização durante o fabrico mas pode, sob circunstancias' apropriadas, ser utilizado também no campo) proporciona uma fixação simples e segura do tubo de PVC, a policarbonato recortado, pela utilização de materiais retrácteis a quente. Alguns destes materiais, geralmente vários, tipos de PVC, podem ser convencionalmente formulados para retrair a temperaturas mais elevadas do que a temperatura de esterilização típica de cerca de 55°C, ou para retrair a temperaturas mais baixas do que às temperaturas de esterilização. O tipo anterior exibe algumas características de fluência viscosa às temperaturas de esterilização.

Dependente do tipo do material retráctil a quente utilizado, a invenção soluciona o problema da técnica anterior de uma de duas maneiras: utilizando tubos de PVC que retraem a elevada 2 temperatura ou utilizando tubos de PVC não retráctil dentro de uma manga retráctil, pelo processo de esterilização. No último caso, o tubo de PVC pode vantajosamente ser fixado à manga retráctil a quente pela interposição de um elemento de fixação que prende em ambos, no tubo e manga.

As realizações preferidas serão agora descritas somente a titulo de exemplo, tomando como referência os desenhos anexos. As figuras representam:

Figuras la e lb cortes transversais longitudinais de um conector antes e depois de utilizar uma forma de. realização da invenção; e

Figuras 2a e 2b cortes transversais longitudinais, respectivamente de um conector antes e depois de utilizar uma outra forma de realização da invenção. A figura 1 apresenta uma. ligação 1.0 na qual. um conector 12. convencional é ligado a uma peça de tubo 14 de PVC retráctil a elevada temperatura de acordo com uma realização da invenção. 0 tubo 14 é. inicialmente ligado ao conector 12, deslizando-o por cima do perfil recortado 16 do conector 12 do modo convencional (figura la) . Neste momento, o tubo 14 tem um diâmetro uniforme e desliza facilmente por cima do perfil recortado 16. De modo a fixar o tubo 14 ao conector 12, o extremo do tubo que foi deslizado por cima do conector 12 é aquecido a cerca de 80°C'. A esta temperatura, o material retráctil a quente, do qual o tubo 14 é feito, contrai e retrai efectuando um contacto firme com o perfil recortado 16 (figura lb) . Uma vez assim retraído, o tubo 14 não pode mais ser retirado do conector 12. Se este processo for utilizado, 3

V é imperativo que somente o troço do tubo 14 que se sobrepõem ao conector 12, seja exposto a temperaturas de retracção, dado que qualquer retracção do tubo 14 para lá do conector 12 iria resultar numa compressão inaceitável do espaço entre as paredes do tubo. 0 grau de retracção do tubo 14 pode ser controlado variando o tempo e temperatura do processo de retracção a quente. De acordo com a invenção, é necessário supercomprimir a ligação, isto é, fazer com que o tubo 14 retraia mais no conector 12 do que necessário. A razão para isso é que quando o equipamento é esterilizado após ter sido efectuada a ligação, o tubo 14 é aquecido a cerca de 55°C. A esta temperatura, o tubo de PVC retráctil a alta temperatura não retrai adicionalmente, mas sim pelo contrário flui em frio para relaxar a união de compressão com o conector 12. Ao supercomprimir a ligação durante o processo de aquecimento a quente, a ligação 10 irá ter somente a quantidade certa de compressão após a. esterilização.

As figuras 2a e 2b apresentam outra forma de realização da invenção. Nesta realização, uma manga 18 de- material retráctil a quente é primeiro deslizada por cima do conector 12 (fig. 2a). O tubo 14 é agora deslizado por cima do perfil recortado 16, sendo a manga 18 deslizada por cima do conector 12 e tubo 1.4., tendo que se ter cuidado para que o extremo esquerdo da manga 18 nas figuras 2a e 2b se mantenha para a esquerda do perfil recortado 16 mais à esquerda. Se for agora aplicado calor à manga 18, esta irá retrair para a posição apresentada na fig. 2b. O extremo esquerdo da manga 18 retrai para cima do conector 12 e perfil recortado 16 mais à esquerda, de modo que a manga 18 se torne incapaz de se movimentar para a direita. Simultaneamente, a retracção do lado direito da manga 18 comprime o tubo 14 contra o perfil recortado 16 e fixa-o ao conector 12. 4 A manga 18 e o tubo 14 podem vantajosamente ser fixados um ao outro, expandindo uma mola 20, de preferência de corte transversal quadrado, com um diâmetro interno relaxado de algum modo menor do que o diâmetro externo do tubo 14, e deslizando-a por cima do extremo do tubo 14. A manga 18 é deslizada por cima do tubo 14 e mola 20, sendo retraída a quente tal como descrito acima. A retracção a quente da manga 18 e a aplicação de calor ao tubo 14 faz com que a mola 20 fique pressionada para dentro do tubo 14 e manga 18, fixando deste modo o tubo 14 na manga 18 e apertando-o em redor do conector 12. A vantagem desta ultima realização, é que o material convencional não retráctil, pode ser utilizado no tubo 14 sem comprometer a integridade da ligação, podendo os passos da retracção a quentè e esterilização ser combinados num simples aquecimento. O tubo 14 necessita somente de ser compressível para o contacto firme com o perfil recortado 16, de modo que a ligação não tenha fugas. A fixação mecânica para evitar a separação do conector 12 e tubo 14 é proporcionado, .quando necessário, pela manga 18 e mola 20.

Lisboa, 27 de Junho de 2000 O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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Claims (5)

1. V

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   t REIVINDICAÇÕES 1. Processo para assegurar uma ligação segura e estéril entre um conector rígido (12) perfilado com recortes, em equipamento medico e tubo (14) esterilizáveis, compreendendo os passos de: a) montar o referido conector (12) e referido tubo (14) antes da esterilização; b) comprimir o referido tubo (14) no referido conector (12) pela aplicação de calor para produzir uma ligação apertada, não desligável (que não se solta); e c.) esterilizar a referida ligação (10) .
2. 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, no qual o referido tubo (14) é composto por um material retráctil a quente a elevada temperatura, sendo o referido tubo comprimido no referido conector (12.) por aquecimento do tubo a uma temperatura suficiente para retrair a quente o referido material.
3. 3. Processo de acordo com a reivindicação 2.., no qual o referido material do tubo retrai a quente, a uma temperatura mais elevada do que a temperatura à qual a referida esterilização é executada por calor, fluindo por viscosidade à referida temperatura de. esterilização; compreendendo adicionalmente o referido processo os passos de: d) retrair, a quente o referido tubo (14), suficientemente. para comprimir o referido tubo no referido conector (12) com uma pressão em excesso daquela necessária para utilização; e e.) relaxar a referida compressão suf.icientemente durante a esterilização para reduzir a referida compressão ao nível necessário para utilização. 1
4. 4. Processo de acordo com as reivindicações anteriores, no qual o referido conector (12) e tubo (14) são premontados com uma manga (18) de material retráctil a quente posicionada substancialmente concêntrica em redor do referido conector (12) e tubo (14) montados; e no qual a referida manga é exposta a calor suficiente para retrai-la firmemente, contra o referido conector e tubo-
5. 5. Processo de acordo com a reivindicação 4, compreendendo adicionalmente o passo de interpor uma mola (2.0) entre a referida manga (18) e o referido tubo (14) configurada para prender a referida manga e tubo durante a retracção a quente da referida manga, impedindo o movimento longitudinal do referido tubo em relação à referida manga. Lisboa, 27 de Junho de 2000 O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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