PT88917B - Processo para a preparacao de derivados de piridoxal-hidrazona e de composicoes farmaceuticas que os contem - Google Patents
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Description
A presente invenção proporciona derivados de piridoxal-hidrazona de fórmula geral
na qual, o símbolo R^ representa um átomo de hidrogénio ou um grupo alquilo, metoxi-carbonilmetilo ou etoxi-carbo nilmetilo;
o símbolo R£ representa um heterociclo tetra-, penta-, hexaou heptagonal com um ou mais átomos de enxofre, azoto ou oxigénio no núcleo, e eventúalmente, substituintes escolhidos entre um ou mais áto mos de halogéneo ou grupos oxo, hidroxi, nitro, amino, ciano, trifluorometilo, alquilo infe2 ι___ rior ou alcoxi; / o símbolo R^ representa um átomo de hidrogénio ou um grupo acetilo, propionilo ou succinilo e o símbolo X representa um átomo de halogéneo ou um grupo hidroxi e de composições farmacêuticas que os contêm.
A presente invenção diz respeito a derivados de piridoxal-hidrazona e a composições farmacêuticas que os contêm.
Mais particularmente, a presente invenção diz respeito á descoberta de uma família de derivados de piridoxal-hidrazona que se podem utilizar em composições farmacêuticas para tratamento de sobrecarga de ferro nos mamíferos por meio de quelação do fer ro i£ vivo θ que, também, são úteis no tratamento terapêutico ou profilático da malária, assim como no tratamento terapêutico do hepatoma, melanoma e carcinoma.
Há três importantes estados patológicos nos quais a sobrecarga de ferro causa deposição maciça do metal no parênquima de um certo número de órgãos, originando danos tecidulares e, por fim, a morte.
São:
(i) hemocromatose idiopática (idiopathio haemochromatosis); (ii) siderose de Bantu (Bantu siderosis); e (iii) siderose transfusio nal (transfusioal siderosis).
Nos dois, primeiros, casos, a sobrecarga é consequência de adsorção excessiva e, por conseguinte, trata-se mais facilmente por meio da remoção do sangue de uma veia (flebotomia). De facto, eliminam-se 250 mg de ferro por cada 500 ml de sangue total. No caso das transfusões de sangue, a flebotomia não é, obviamente,
- 3 uma proposta realista. As transfusões repetidas constituem o úni z co tratamento eficaz nos doentes que sofrem de anemia aplástica crónica, talassémia /3, leucemia, anemia refractária, anemia hemo lítica adquirida, e anemia de células falciformes. Calcula-se que cerca de 2u0 mg de ferro se acumulam como resultado de cada unidade de transfusão de sangue. Uma sobrecarga de ferro grave resultara de uma transfusão de cerca de 200 unidades de sangue.
A maior parte dos doentes morrem, na adolescência, devido a falha cardíaca ou hepática. Como o corpo humano não possui meios de aumentar, significativamente, a excreção de ferro, cerca de 1 a 2 indivíduos em uma população de 10000, necessitam de um trata mento com agentes quelantes para, seguramente, eliminarem quanti dades tóxicas de ferro, no organismo.
for consequência, existe uma séria necessidade de desenvol vimento dos quelantes do ferro que se podem utilizar no combate à sobrecarga de ferro. Infelizmente, o único de uso comum, a des ferrioxamina (Desferal, DF), não é muito satisfatório e a admi nistração oral não é possível, correntemente, devido à sua fraca absorção no tracto gastro-intestinal. Também apresenta duas desvantagens: possui uma semi-vida muito curta in vivo, provavelmen te inferior a 1 hora; também, o seu poder de ligação fenomenal depende da sua capacidade de envolver o ião Fe (III) e, por conseguinte, é incapaz de formar um complexo ternário com a transferrina. Assim, o DF não tem efeito nos ferrocinéticos plasmáticos.
A malária é causada por parasitas protozoários que pertencem ao género Plasmodium de que existem quatro espécies: P. falciparum (muitas vezes, fatal), P. vivax, P. malariae e P. ovale,
- 4?-
que são essencialmente, exclusivas dos seres humanos. Possuem um ciclo de vida complexo, tanto no insecto como no hospedeiro vertebrado.
A malária teve um ressurgimento na década passada e, apesar da sua alta incidência, nenhuns novos medicamentos revolucionários apareceram nas três últimas décadas. Este vasto aparecimento de estirpes de P. falciparum, resistentes â cloroquina, provo cou o desenvolvimento de novos medicamentos anti-maláricos, actu ando mais desejavelmente por meio de mecanismos inteiramente novos, para substituir aqueles aos quais o P. falciparum se tornou resistente.
ferro é necessário em um grande número de moléculas com importância biológica e participa em muitas reacções vitais. Sabe-se que os parasitas e os seus hospedeiros rivalizam na utilização do ferro disponível. Ambos os grupos desenvolvem mecanismos específicos para obterem este elemento a partir do meio circundante, em quantidade suficiente e para o transportar para o sítio apropriado.
parasita da malária, tal oomo alguns outros microrganismos, compete para o ferro mesmo se, ironicamente, vive em eritro eitos cheios de ferro. Tem-se verificado que um suplemento de ferro, em doentes que sofrem de malária, agrava a doença, associando assim essa doença â disponibilidade do ferro livre. Tem-se estudado um grupo de agentes quelantes do ferro relacionados com a inibição do desenvolvimento do P. falciparum, in vitro.
desenvolvimento do P. falciparum, em cultura, mostrou ser inibido pela exposição âs cinco maiores anormalidades da hemoglobina: HbS (anemia de células falciformes), Hbfí (talassémia
I!|S
ρ), HbF (<ν2 ϊρ), HbE (talassémia) e deficiência da glucose-6-fos fato desidrogenase (favismo), que conferem resistêneia ao P. falciparum. Os indivíduos normais não possuem mecanismos de defesa, evidentes, contra a invasão pelos parasitas da malária. 0 modo de evolução, a alteração genética da hemoglobina normal, parece ser o único meio de sobrevivência do corpo humano no combate aos parasitas da malária.
Presentemente, pensa-se que a imunidade à malária possa efectuar-se, também, por meio da indução de um estado de deficiência de ferro. 0 caso em questão é a resistência á malária adquirida por mulheres anémicas, durante a gravidez, que desaparece com a administração de ferro. De acordo com esta ordem de ideias a atitude mais lógica será a de utilizar o metabolismo do parasita como alvo da acção do medicamento em um sítio vulnerável do organismo. Com respeito a esta finalidade, adoptam-se duas atitudes diferentes.
Uma, fazendo uso da susceptibilidade do parasita da malária a um stress oxidativo, nomeadamente, a um stress oxidati vo induzido por radical oxigénio livre.
A segunda, lesando o conteúdo de ferro do parasita, contro lando a biosíntese, não sé das oxidases metalo-proteícas, como também da difosfato-redutase de ribonucleotido dependente do fer ro por meio da aplicação de agentes quelantes, inibidores desses enzimas.
Também, há muitos exemplos na literatura que indicam que os agentes quelantes do ferro podem induzir, notavelmente, a regressão do desenvolvimento das células cancerosas nos ratinhos.
exemplo evidente é o da 6-formil-purina-tiosemicarbazona (FPTS) iiu / -6que mostra uma forte actividade anti-leucémia associada a um forte efeito inibidor no enzima dependente do ferro: a difosfato-re dutase de ribonucleótido (RdR) que desempenha um papel principal na síntese do ADN. 0 FPTS é altamente tóxico e todos os esforços dirigidos no sentido de baixar a sua toxicidade se tornaram infrutíferos.
A presente invenção baseou-se, assim, na busca de agentes quelantes do ferro que manifestem alta afinidade para o ferro, tanto in vitro como in vivo,com segurança, e uma elevada eficiência quando administrados por via oral.
Num artigo publicado em Lab. Clin. Med. 98, 99-108 (1981), os inventores descreveram experiências e descobertas em t relação ao mecanismo da quelação do ferro in vivo por meio da piridoxal-isonicotinoí1-hidrazona (PIH) e outros imino - derivados do piridoxal.
A nossa análise de raios X de cristal único, do complexo de ferro com PIH, na proporção de lFe: 2PIH, mostrou que PIH actua como um ligando tridentado com átomos doadores de C^N (dois átomos de oxigénio e um átomo de azoto). Assim, o PIH reage com o ferro na sua forma tautomérica (A), sob a forma de um ião zwitter de estrutura (a), como se descreve a seguir:
(3)
II'1 .....
Assim, o átomo de oxigénio fenélico, o átomo de oxigénio do grupo carbonilo e o átomo de azoto azometínico são os sítios de coordenação com os átomos (estrutura B), conforme se verificou por meio de cristalografia de raios X.
Os estudos da relação estrutura-actividade (SAR) indicaram que a eliminação do grupo carbonilo e a ligação directa do grupo imino a um núcleo heterocíclico originaram, até agora, compostos desconhecidos que mostram superioridade, notavelmente, significa tiva em relação ao PIH e seus derivados no que respeita à segurança, especificidade e afinidade para o ferro, quando administrados por via oral.
Assim, a presente invenção proporciona um derivado de piri doxal-hidrazona de fórmula geral:
na qual, o símbolo R-l representa um átomo de hidrogénio ou um grupo alquilo, metoxi-carbonilmetilo ou etoxi-carbo nilmetilo;
o símbolo X representa um átomo de halogéneo ou um grupo hidroxilo;
o símbolo R2 representa um heterociolo tetra-, penta-, hexaou heptagonal com um ou mais átomo(s) de azo8 to, enxofre ou oxigénio no núcleo, sendo o citado núcleo, eventualmente, substituído por um ou mais átomo(s) de halogéneo ou grupo(s) oxo, hidroxi, nitro, amino, ciano, trifluorometilo, alquilo inferior ou alcoxi e o símbolo R^ representa um átomo de hidrogénio ou um grupo acetilo, propionilo ou succinilo.
Compostos preferidos da presente invenção são aqueles da fórmula geral citada antes, na qual, o símbolo R2 representa um heterociclo pentagonal ou hexagonal com um ou mais átomos de azoto, enxofre ou oxigénio no núcleo, sendo o citado núcleo eventualmente substituído por um ou mais átomo(s) de halogéneo ou grupo(s) alquilo inferior ou alcoxi.
Compostos especialmente preferidos são aqueles em que o símbolo R^ representa um átomo de hidrogénio ou um grupo etoxi-carbonilmetilo ou metilo, o símbolo R2 representa um grupo escolhido entre piridilo, pirimidilo, pirazilo e N-metilpiridilo, o símbolo X representa um átomo de iodo ou bromo e o símbolo R^ representa um átomo de hidrogénio ou um grupo acetilo; de preferência, o símbolo R^ representa um átomo de hidrogénio.
Os compostos da presente invenção podem classificar-se em dois tipos em relação ao seu método de preparação. 0 tipo A consiste em derivados piridoxílidénicos de hidrazinas arílicas (hidrazonas arílicas de piridoxal) resultantes da reacção do piridoxal com uma hidrazina apropriadamente substituída. 0 tipo B consiste em sais de piridoxilidénio resultantes de uma exposição de compostos do tipo A à acçâo de halogenetos de alquilo inferior, tal como halogenetos de metilo ou de etilo, ou à acção de bromoacetatos de alquilo inferior, tal como bromoaeetato de metilo ou de etilo. Os compostos iniciais compreendem dois componentes, um dos quais é sempre o cloridrato de piridoxal e o outro e um hete rociclo hidrazínico apropriado. 0 último pode ser preparado por meio de métodos descritos na literatura. Essencialmente, envolvem uma substituição nucleofila em um halogeneto heterocíelieo por meio de um hidrato hidrazínico. Os resultados são, altamente, sa tisfatérios. Esquema para formação de compostos do tipo A:
Compostos do tipo B:
Λ
N
Br=
Os agentes quelantes do tipo B podem preparar-se de um modo alternativo, embora com rendimentos inferiores, por meio da formação, em primeiro lugar, do sal de piridoxalínio, mediante da reacção do piridoxal com um bromoaeetato de alquilo ou com um halogeneto de alquilo, seguido da sua condensação com um derivado hidrazínico apropriado, conforme se mostra a seguir:
Piridoxal BrCH COOSt
A presente invenção proporciona, também, uma composição farmacêutica para o· tratamento terapêutico e/ou profilático da sobrecarga de ferro, da malária, do hepatoma, do melanoma e do carcinoma nos mamíferos, por meio da quelação do ferro in vivo, que contém como ingrediente activo, um derivado de piridoxal-hi drazona de fórmula geral
na qual, o símbolo R^ representa um átomo de hidrogénio ou um grupo alquilo, metoxi-carbonilmetilo ou etoxi-carbo nilmetilo;
o símbolo X representa um átomo de halogeneo ou um grupo hidroxilo;
o símbolo R2 representa um heterociclo tetra-, penta-, hexaou heptagonal com um ou mais átomo(s) de azo- 11
í to, enxofre ou oxigénio no núcleo, estando o citado núcleo, eventualmente, substituído por um ou mais átomo(s) de halogéneo ou grupo(s) oxo, hidroxi, nitro, amino, ciano, trifluorometilo, alquilo inferior ou alcoxi e o símbolo R^ representa um átomo de hidrogénio ou um grupo acetilo, propionilo ou succinilo, em associação com um veículo aceitável sob o ponto de vista farma cológico.
Em composições preferidas da presente invenção, o citado heterociclo tetra-, penta-, hexa- ou heptagonal, é escolhido en£ tre os grupos piridilo, furanilo, pirrolilo, tienilo, 1, 2, 3-triazolilo, 1, 2, 4-triazolilo, imidazolilo, tiazolilo, tiadiazolilo, piridazinilo, pirazilo, pirimidilo, oxazolilo, triazinilo, tetrazolilo, azetinilo, oxetanilo, tietanilo, piperidinilo, piperazinilo, imidazolidinilo, oxazolidinilo, pirrolidinilo, tetrahidropirimidinilo, dihidrotiazolilo, hexahidroazepinilo, puri nilo e pteridinilo ou um dos grupos referidos antes substituído por um ou mais átomo(s) de halogéneo ou grupo(s) oxo, hidroxi, nitro, amino, ciano, trifluorometilo, alquilo ou alcoxi.
De preferência, nas composições da presente invenção, na -./ fórmula geral referida antes, o símbolo R£ representa um heteroçiclo de penta- ou hexagonal com um ou mais átomo(s) de azoto, enxofre ou oxigénio no núcleo, estando o citado núcleo, eventual mente, substituído por um ou mais átomo(s) de halogéneo ou grupo (s), alquilo inferior ou alcoxi.
Especialmente preferidas são as composições nas quais o ci tado núcleo heterocíclico possui um ou mais átomo(s) de azoto,
- 52 IP tal como:
1—/. piridoxilideno J7-2-Z* 2'-piridil_7~hidrazina
Brometo de 1-Z*N-etoxicarbonilmetilpiridoxilidénio J7-2-L 2'-piridil_7-hidrazina
1-Z* piridoxilideno J7-2-Z 2 '-pirimidil J7-hidrazina
Brometo de 1 -/ N-etoxicarbonilmetilpiridoxilidénio J-2-C 2 '-pirimidil _7-hidrazina
Iodeto de 1 N-metilpiridoxilidénio _7-2-Z* 2 '-piridil ,7-hidrazina e
1-Z* piridoxilideno J7-2-Z 2'-pirazil J^-hidrazina ·
Assim, a presente invenção proporciona uma composição para o tratamento terapêutico ou profilático da malária, que contém como ingrediente activo, um derivado de piridoxal-hidrazona de fórmula geral (I), conforme se definiu antes.
A presente invenção proporciona uma composição farmacêutica para tratamento da sobrecarga de ferro nos mamíferos por meio da quelação do ferro in vivo, que contém como ingrediente activo um derivado de piridoxal-hidrazona de fórmula geral (I), definida antes.
A presente invenção proporciona, também, uma composição farmacêutica para o tratamento terapêutico do hepatoma, do melanoma e do carcinoma nos mamíferos, que compreende como ingrediente activo um derivado de piridoxal-hidrazona de fórmula geral (I), definida antes.
A via e a quantidade do composto activo a administrar e o tempo de tratamento dependem do desenvolvimento da doença, da idade, do peso e do estado geral do doente a ser tratado e têm da ajustar-se de acordo com a opinião do médico.
Em geral, administram-se quantidades compreendidas entre cerca de 5 mg/kg e 500 mg/kg, de preferência entre cerca de 10 mg/kg e cerca de 50 mg/kg, quer por via parentêrica quer por via oral, de preferência, em uma composição farmacêutica convencional, apropriada.
Os compostos de fórmula geral (I) são de particular importância no tratamento da malária causada por plasmódios resistentes â cloroquina, em particular o plasmódio falciparum.
Embora a presente invenção seja descrita, agora, em relação a certos aspectos preferidos, nos exemplos seguintes, compre ender-se-ão e apreciar-se-ao mais completamente, esses aspectos, sem, no entanto, limitar a presente invenção a esses aspectos particulares. Pelo contrário, pretende-se abranger todas as alternativas, modificações e equivalências que possam incluir-se no âmbito da presente invenção, como se define por meio das reivindicações anexas. Assim, os exemplos seguintes que incluem aspectos preferidos servirão para ilustrar a prática da presente invenção, sendo de compreender que os pormenores apresentados servem apenas de exemplo e para efeitos de discussão ilustrativa de aspectos preferidos da presente invenção, e são apresentados com o intuito de fornecer o que se pensa ser a descrição mais útil e de mais fácil compreensão dos processos de formulação, as sim como dos princípios e aspectos conceptuais da presente inven ção.
EXEMPLO 1: l-[ piridoxilideno 2 ’-piridil /'-hidrazina (a) Cloridrato. A uma porção de 2g (0,01 mole) de cloridra to de piridoxal comercial em 5 ml de água adiciona-se, gota a go ta, uma solução de l,lg (0,01 mole) de 2-hidrazino-piridina em ί
ml de MeOH-^Q (1:1) a uma temperatura compreendida entre 30° e 35°C. Agita-se a mistura resultante durante mais 2 a 3 horas e depois arrefece-se e filtra-se. Recristaliza-se o composto ama relo (2,5g; 95%) em etanol e obtêm-se cristais amarelos que fundem à temperatura de 298°C.
Na região U.V. do espectro (MeOH) verificam-se faixas de absorção em (mg) 376,9 (log £ 4,307), 239,8 (4,187), 212,9 (4,207) para a concentração de 1,23*1O~^M. Para uma concentração de 2,46*10”^M dá absorção em um comprimento de onda maior: 398 (4,146) e 370,6 (4,272), 239,1 (4,176) e 215,2 (4,141).
seu espectro 1H-RMN 300 Mc mostra ressonâncias (DMSO) em á 8,522 (s,lH), 8,351 (d,lH), 8,035 (s,lH), 7,731 (dd,lH), 6,922 (q,2H), 4,700 (2H), 2,500 (s,3H).
Análise calculada para Cl^^OgCl: C-52,95; H-5,09; N-19,00; Cl-12,03
Encontrada: C-53,12; H-4,95; N-18,96; 01-12,43.
(b) Base livre. A base livre apareceu quando 0,01 mole de
2-hidrazino-piridina em MeQH-HgO reagiram, semelhantemente, com a base livre piridoxálica (por meio da adição de cloridrato de piridoxal sólido a 5 ml de solução aquosa de NaOH 0,2M); p. f.: 288°C.
Análise calculada para C-^^H^N^Op: C-60,42; H-5,42; N-21,69 Encontrada: C-60,15; H-5,33; N-21,79.
Mostra faixas U.V. para a conc. l,25*10“^M em MeOH em (mg):
352,7 (4,393), 331,3 (4,332), 236,3 (4,239), 211 (4,320).
Em 300Mc espectro ^H-RMN (DMSO) tem ressonâncias em: S 8,854 (s,lH), 8,235 (t, 1H, J-2,4 Hz), 7,934 (s,lH), 7,720 (d,lH J-0,75 Hz), 6,831 (t,2H, J-4,2Hz), 5,314 (s,lH), 4,603 (d,2H, J-2,7Hz),
2,413 (s,3H).
EXEMPLO 2: Iodeto de 1 N-metilpiridoxilidénio J-7.-C 2 '-piridil _ -hidrazina
Dissolvem-se 0,93g (3,5 mmoles) do composto do Exemplo 1 em 15 ml de etanol anidro e depois adiciona-se 1,2g de iodeto de metilo. Aquece-se a mistura resultante a temperatura de refluxo, com agitação, durante 24 horas. 0 sal de di-piridínio di-quaternário correspondente (1 ,1g; 85%) precipita sob a forma de um produto sólido vermelho. Recristaliza-se duas vezes em álcool q-amílico para se obterem cristais que fundem à temperatura de 241°C. Na região U.U. do espectro (MeOH) aparecem faixas de absorção (ryc) a: 466,2 (5760), 399,6 (25960), 299,6 (4770) e 219,3 (29360) 0 seu espectro de massa mostra picos para m/e 272 (M-CHjI-H20), 259 (M-CHg I-CH^OH) , 151 (259-0^^), 121 e m/e 108 (C6HgN2, pico da base).
Análise calculada para: -,N^02I.CH^0H: C, 41,66; H, 4,84; N,
12,96; I, 29,40
Encontrado: C, 41,94; H, 4,33; N, 12,95; I, 30,36,
P.M. 432
EXEMPLO 3: Brometo de 1N -etoxicarbonilmetil-piridoxilidénio_7-2-Z 2'-piridil J7-hidrazina
Uma solução agitada do composto do Exemplo 1 (0,93g; 3,5 mmoles) em 15 ml de etanol anidro reage com 1,2g (7mmoles) de bromoaeetato de etilo, à temperatura de refluxo, durante 24 horas Concentra-se a mistura reaccional resultante por meio da eliminação do dissolvente e obtém-se o sal bromidrato de piridínio quaternário correspondente, de cor amarela, que cristaliza. Dilui-se a fracção sobrenadante com éter para se obter uma porção
IIF- 16 -
adicional do composto desejado. Reunem-se as fraeções (81$) e re cristalizam-se mais do que duas vezes em MeOH ou EtOH para se obterem cristais que fundem à temperatura de 204°C.
Na região U.V. do espectro (MeOH) apresenta uma faixa muito fraca em (mu): 651 (36) e faixas intensas em 407,7 (25810), 242,5 (13480) e 205,4 (15820).
pico do ião molecular em m/e 440 não póde ser detectado no espectro de massa, nem um pico em m/e 285 correspondente ao ião [M-EtOCOCH2Br J, Porém, observam-se picos em m/e 258, 165, 151 e um pico-base em m/e 108 (06ΗθΝ2).
Análise calculada para ci8H24lí4°4Br: C, 49,09; H, 5,45; N, 12,7δ;
Br, 18,18
Encontrado: C, 48,89; H, 5,34; N, 12,16; Br, 18,16; P.M. 440.
EXEMPLO 4: 1-/*2’-pirimidil_/-2-/~piridoxilideno _/-hidrazina (PPH) Preparou-se o composto em título fazendo reagir l,32g (0,012 mole) de 2-hidrazino-pirimidina, dissolvidos em 15 ml de etanol, com 2g (0,01 mole) de cloridrato de piridoxal sólido que se adicionou, gota a gota, com agitação e depois, com 5 ml de solução aquosa de NaOH 0,2M. Após 5 a 6 horas de agitaçao em r.t., recolheram-se 2,29g (88$) de um precipitado amarelo que se cristalizou em etanol; p.f.: 298°C. A base livre apresentou faixas de absorção U.V. (MeOH) para (A°): 3425, 3398, 3074, 2322 e 2055 e o seu espectro ^H-RMN 300 Mc (DMSO-dg) mostrou ressonâncias (ó) em 12,557 (lH), 12,020 (lH), 8,782 (1H), 8,665 (2H), 8,01 (1H), 7,736 (1H), 5,441 (lH), 4,68 (2H), 2,50 (3H). Apresentou o pico do ião molecular em m/e 259.
Análise calculada para θχ2Η13^5θ2: C, 55,59; H, 5,02; N, 27,02
Encontrado: C, 55,56-H, 5,03; N, 26,76.
EXEMPLO 5: Brometo de 1-£ N-etoxicarbonilmetilpiridoxilidénio J7-2-/7 2'-pirimidil _7-hidrazina
Misturou-se o composto do Exemplo 1 (10,4g; 40 mmoles) com
20g (0,12 mole) de bromoacetato de etilo e 700 ml de etanol anidro e aqueceu-se à temperatura de refluxo, com agitação, durante 48 horas. 16,2g (95%) do composto desejado cristalizaram, perto do final da reacção. A recristalização com etanol anidro originou cristais amarelos; p.f.: 188°C.
No espectro de massa, observa-se o pico do ião molecular origem de 1-27 N-piridoxilideno 27-2-/^'2 '-piridil _7-hidrazina em m/e 259 (M-CI^COOEt) e picos em m/e 165, 150, 123 que surgem a partir de perdas subsequentes de grupos CH^ e (CH^+OH), respectivamente. Os picos-base em m/e 110 e 108 são atribuídos a iões rc4 H6N47+ e Γε4Η4Ν47+ que se admite corresponderem à porção pirimidil-hidrazina da molécula.
Na região U.V. do espectro (MeOH) aparecem absorções em (m^): 383,1 (17660), 379,6 (17490), 239,4 (13200), 214,6 (11280) '4^7 e 206,1 (1 1680). Na região infra-vermelha do espectro (KBr) obser vam-se faixas (cm ^) em: 3280, 3150, 1740 (éster), 1638 (amidal), 1565 e 1530 (amida II).
Análise calculada para: Ο^Η,βΝ^Ο^Ι. H^O: C, 43,24; H, 4,95; N, 15,76; Br, 18,02
Encontrado : C, 43,49; H, 4,68; N, 15,83; Br, 17,80;
P.M. 444.
EXEMPLO 6: Cloridrato de 1 -£* 2 '-pirazil .7-2-/7 piridoxilideno _7-hidrazina
Preparou-se o cloridrato de 1-/7 2 '-pirazil J-2-Ã piridoxilideno_7-hidrazina por uma maneira análoga à descrita para pre18
paração do cloridrato de 1 -ff 2 '-pirimidil J-7.-C piridoxilideno J-hidrazina (Ex. 4), fazendo reagir 6,6g (0,06 mole) de 2-hidrazinopirazina em 250 ml de metanol com 12,36g (0,06 mole) de cloridrato de piridoxal no seio de 100 ml de uma solução de metanol-H^O a 2:1 para se obter a respectiva hidrazona (rendimento de 80?ó) com P.F. superior a 3 0 0 ° C .
Análise calculada para C^2^3N5O2·HEI: C, 48,71; H, 4,74; N, 23,6 01,11.99
Encontrado:C, 49,25; H, 4,82; N, 23,21; EM (mz) 259, 165, 150, 136, 121, 110, 95, 69.
EXEMPLO 7: Quelato de cobre (II) do sulfato de 1-C piridoxilide-; no _7-2-/ 2'-piridil /-hidrazina
Quando se mistura uma solução aquosa de cloridrato de 1 -L piridoxilideno /-2-/ 2 1 -piridil /-hidrazina (2g; 6,78 mmoles) em 5 ml de I^O com 0,85g (3,39 mmoles) de Cu(II)S0^.5H2O em 5 ml de água, forma-se um precipitado castanho escuro que, após lavagens com água e etanol, se verificou mediante análise ser um composto de coordenação: C2gH2gNg0gSCu.
seu espectro U.V. apresenta faixas de absorção em (nyv): 466,7 (10gS), 409,6 (4,16), 338,4 (4,23), 238,2 (4,49).
EXEMPLO COMPARATIVO A: Iodeto de 1-/piridoxilideno/-2-/N-metUisonicotinoílio_7-hidrazina
Adicionaram-se 2g (0,01 mole) de cloridrato de piridoxal sólido a 5 ml de NaOH 0,2M aquoso e depois adicionaram-se 15 ml de uma solução aquosa contendo 2,8g (0,012 mole) de meta-iodeto de isoniazida. Agitou-se a mistura resultante, durante 5 a 6 horas, à temperatura ambiente, e recolher am-se 3,3g (80°ó) de um precipitado cor de laranja. Recristalizou-se duas vezes, a hidrazona correspondente, assim formada, em etanol para se obterem agulhas amarelo-alaranjadas que fundiram a temperatura de 256°C.
Na região U.V. do espectro: (MeOH) apareceram faixas (iyt) : 342,2 (16400), 302,9 (23580), 218,4 (38800); I.V. (KBr):3520, 3380,
1670 (amida I), 1530, 1472 cm (amida II). No espectro da massa (EI), apareceu um pico em m/e 285 (M-CH^I) e picos em m/e 164 (08ΗθΝ202) e 106 (C^H^NO, pico-base).
Análise calculada para yN^O^.I: C, 42,06; H, 3,97; N, 13,08;
I, 29,67
Encontrado: C, 42,05; H, 4,05; N, 13,03; I, 29,43;
'&
P.M. 428
Quadro 1 descreve o destino dos traços de Fe reincubados in vivo com 10 mg de algum dos quelantes de ferro, referidos antes, e depois, injectados por via subcutânea em grupos de 4 ratos normais. Os números representam a média de excreção do ferro radioactivo cumulativo, durante 4 dias após a injecção. Para comparação, fornecem-se também, a excreção espontânea do ferro radioactivo e a excreção do ferro radioactivo ligado à desferrioxamina (DF). Comparam-se, também, os quelantes da presente invenção com PIH e com o composto referido no Exemplo comparativo A.
Como se mostra no Quadro 1, os compostos da presente invenção podem aumentar a excreção do ferro radioactivo em relação aos controlos não tratados e alguns mostraram actividade de excreção de ferro radioactivo, considerável, comparável e mesmo excedendo, a do DF e apresentaram uma eficácia mais do que tripla do que a do PIH e a do composto do Exemplo comparativo A.
Distribuição de ferro radioactivo em %
QUADRO 1
Numero de código | Sangue | FÍgado | Baço | Urina | Fezes | Excreção total |
Controlo | 27,4*1,6 | 12,1*0,6 | 0,47*0,03 | 0,1*0 | 3,1*0 | 3,2*0 |
Ex. 2 | 13,3*2,3 | 6,8*0,4 | 0,51*0,02 | 39,0*3,1 | 27,0*2,2 | 66,0*5,3 |
Ex, 3 | 6,4*0,4 | 3,3*0,4 | 0,16*0,04 | 29,5*0,6 | 57,2*1,1 | 86,7*1,7 |
Ex. 5 | 4,2±0,2 | 2,9*0,2 | 0,06*0,03 | 28,9*1,0 | 67,3*2,4 | 96,2*3,4 |
Desferrai | 8,7*1,6 | 2,7*0,3 | 0,14*0,03 | 71,9*3,6 | 13,5*0,7 | 85,4*4,3 |
Ex. A | 33,3*2,1 | 12,8*0,2 | 0,56*0,02 | 3,7*0,2 | 22,7*1,1 | 26,4*1,3 |
* | 25,1*2,2 | 8,2*0,8 | 0,36*0,03 | 30,6*1,12 | 8,6*0,3 | 39,2*1,6 |
*Composto comparativo B: Dimeta-iodeto de l-Z^K-metil-piridoxili dénio _7-2-/T N'-isonicotinoílio_7-hidrazina
Assim, considera-se que ao contrário dos PIH nos quais, os átomos de azoto do núcleo não estão ligados ao metal, nos, por exemplo: l-/*2'-piridil 7- e l-/’2’-pirimidil _7-2-/”piridoxilide no_7-hídrazinas, ambos os átomos de azoto dos núcleos piridílico e pirimidílico se ligam ao ferro e são, por conseguinte, os sítios de coordenação ao metal, conforme se mostra na estrutura seguinte:
/
Por conseguinte, considera-se que o heteroátomo do núcleo dos novos compostos da presente invenção, actua, quer cômo uma função ligando, de ligaçao, quer como intensificador, no que respeita tanto a especificidade como â afinidade para o ferro, conferindo-lhes as excelentes propriedades exibidas.
No Quadro 2 apresenta-se a capacidade dos compostos preferidos dos Exemplos 2 e 3 para mobilizar o ferro dos depósitos no parênquima hepático em ratos com hipertransfusões, marcados por ~ 59 meio de injecçao intravenosa de ferritina - Fe. Em animais de controlo não tratados, 91$ da radioactividade injectada e retida no parênquima hepático e apenas 3$ ó reutilizada na produção de eritroeitos formados recentemente. Dois a três $ da radioactividade encontra-se em outros órgãos (residual) ou é excretada, espontaneamente, com as fezes. Em contraste, nos animais tratados há uma redução significativa da radioactividade e um aumento recíproco na excreção fecal de ferro radioactivo. Em cada caso, administraram-se 40 mg de cada composto, por animal, em uma única injecçao subcutânea.
QUADRO 2
Distribuição de Ferritina- ^Fe em ratos com hipertransfusões (%)
Composto | (n) | Sangue | Fígado | Baço | Residual | Urina | Fezes |
Controlo | (4) | 3,0*0,1 | 90,6*12,3 | 0,5*0,1 | 2,3*0,1 | o,3*o | 3,3*0,1 |
Desferrai | (4) | 4,5-0.4 | 70,4-6,0 | 0,6*0,1 | 0 | 1,2*0 | 23,3*0,1 |
Ex. 2 | (4) | 3,0±0,i | 35,5*1,7 | 0,4*0,1 | 0 | 2,2*0,1 | 58,9*3,0 |
±2 | (4) | 3,8*0,2 | 36,5*1,2 | 0,4*0,1 | 0 | 1,7*0,1 | 57,6*2,9 |
ESTUDOS BIOLÓGICOS
Os estudos in vivo da eficiência de quelação efectuaram-se em dois tipos: (a) ratos normais injectados i.p. com 10 mg de desferrioxamina B (DF), ou de PIH da técnica anterior, de PPH do Exemplo 4 ou de PPHE do Exemplo 5, marcados ÍS vitro com JFe; e (b) ratos com hipertransfusões recebendo, duas vezes, 4 ml/100 gm de RBC empacotado, por via intravenosa, 5 e 3 dias antes do estu do (hematócrito 68%) e marcados com ferritina- ^Fe, injectada i. v., 24 horas antes da terapia de quelação do ferro, como se descreveu antes. Os medicamentos a serem testados, no tipo ferriti59 ~ na- Fe, foram administrados quer por injecção i.p., quer por intubação gástrica, em uma dose de 40 mg por animal. A excreção do ferro radioactivo e a distribuição orgânica foram determinadas, 4 dias depois.
A radioactividade do baço, porções pesadas do fígado e amostras de 1 ml de sangue foram determinadas em uma bomba automática, tipo contador de cintilações (Espectrómetro de cintilações Packard Autogamma Modelo 5360). 0 baço e os rins foram contados como órgãos completos.
..........
Executaram-se as contagens de todo o corpo em um pequeno contador animal (Packard Modelo 446 Armac), detector de cintilações. A excreção do ferro radioactivo, após a marcação com ^Pe, foi medida em animais fechados em gaiolas metabólicas, individuais, com bases de grelha de aço inoxidável, e as fezes e a urina foram recolhidas, separadamente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No Quadro 3, θ evidente que tanto o PPH como o PPHE, actuam como ligandos tridentados, manifestando uma maior afinidade (cer ca de 30 vezes) para os iões ferrosos do que para os iões férricos. Aparentemente, a presença de um grupo etoxicarbonilmetilo ligado ao átomo de azoto do núcleo piridínico (PPH>PPHE) infui muito, na afinidade do ligando para os iões cúpricos. Esta afini dade diminui de K= 9x10^ (em PPH) para 2x10^ (em PPHE), enquanto z 9 para o ferro, pelo contrario, aumenta, respectivamente, de 3x10 para lxlO10. Mais significativamente, influi na relação (= 4x10^), tornando (PPHE) mais altamente específico para o ferro. Este efeito de N-substituição a longa distância sugere inter acção electrónica através de ligações ττ entre o metal e a parte piridoxálica no quelato, pois que o átomo de azoto do núcleo piridoxálico não está envolvido na quelação do metal. Apenas o gru po hidroxil-fenólico (Hc), o azoto átomo de hidrazínico sp^ e o átomo de azoto do núcleo pirimidínico participam na ligação como metal. Será de notar que, neste teste, PPHE da presente invenção se mostrou cerca de sessenta vezes mais eficaz do que PIH da técnica anterior.
Significativamente, o espectro de massa (EI) de PPHE mostra um pico em m/z 259, que corresponde a uma perda de BrCH^COOEt
(EBA) do ião molecular [ PPHE>PPHJt concordando com a estrutura do sal de piridínio atribuída.
QUADRO 3
Quelação de (i) e (li) com iões ferrosos e cúpricos em água â concentração de 104M e pH 6,50 £ 0,15
QUELAÇÃO DE COBRE L | QUELAÇÃO DE FERRO | |||||||
LIGANDO | RELAÇÃO Cu:L | ffi/A | e x 105 | K aparente | RELAÇÃO Fe:L | mp | £ K 105 | K aparente |
)ESrERRIOXAMINA | - | - | - | - | 1:1 | 402 | 18 | 4,5xl03 |
PIH | 1:1 | 4u5 | 14 | 2,3xl04 | 1:2 | 453 | 16 | 3,8xl08 |
Ex. 4 | 1:2 | 443 | 12,8 | 9xl010 | 1:2 | 420 | 2,15 | 3xlO9 |
Ex. 4* | - | - | - | - | 1:2 | lxlO8 | ||
Ex. 5 | 1:1 | 460 | 70 | 2xl04 | 1:2 | 439 | 42 | lxlO10 |
*Com ioes férricos em condições comparáveis
Utilizaram-se ratos com hipertransfusões, nos quais os de pósitos hepatocelulares de ferro foram marcados, selectivamente, por meio de injecçâo intravenosa de ferritina- íe (Quadro 4). Como se mostra no Quadro 4, 40 mg de desferrai resultaram na excreção com as fezes de 23% da radioactividade injectada, representando a excreção biliar. A excreção urinária foi insignifican te. Os compostos preferidos da presente invenção resultaram na excreção de aproximadamente 3 vezes mais ferro radioacfivo do
.....er- 25 que com uma dose idêntica de desferrai.
Finalmente, comparou-se a eficácia do tratamento oral com estes compostos com o efeito do desferrai oral. Depois da administração de 40 mg do medicamento/animal por meio de intubação gástrica em ratos com hipertransfusões, marcados com ferritina59
Fe, a excreção total do ferro radioactivo nos animais de controlo não tratados foi de 4,6%, em animais tratados com DF foi de 6,u% e com estes compostos foi de 9,4% e 17,6%, respectivamente. Isto representa, no caso do composto do Exemplo 3, 31% de eficácia em comparação com a administração parentêrica do mesmo medicamento.
Estes resultados representam um progresso muito significa tivo na obtenção de novos compostos com utilidade clínica poten ciai no tratamento de doentes com sobrecarga de ferro de transfusões. 0 composto do Exemplo 3 é 3 vezes mais eficaz do que DF em uma base de peso por peso, possui uma interacção selectiva com as células parenquimatosas e uma eficácia oral satisfatória.
Em animais de controlo não tratados, 91% da radioactivida de injectada ficou retida no fígado e a excreção espontânea do ferro radioactivo, em 4 dias, foi de 3,6%. A injecção de 40 mg de DF i.p. originou uma redução de 20% na radioactividade hepatocelular e um aumento quase idêntico na excreção fecal do ferro radioactivo. Em comparação, 40 mg de PPHE i.p. originaram uma redução de 69^> na radioactividade hepática e a excreção com as fezes de 72/o do ferro radioactivo. Finalmente, a administração oral de 40 mg de PPHE originou uma redução de 27% no 99Fe hepático e a excreção de 28%, isto é, uma eficácia de quelação oral, grosseiramente, 20% maior do que com uma dose idêntica de DF ff
- 26 parentórico. Em contrapartida, sabe-se que o Desferrai não possui eficácia oral.
QUADRO 4
DISTRIBUIÇÃO ORGÂNICA E EXCREÇÃO DE FERRITINA- 59íe EM RATOS COM HIPERTRARSFUSÕES (0)
CONDIÇÃO | (n) | SANGUE | FÍGADO | URINA | FEZES | EXCREÇÃO TOTAL |
CONTROLO | v4) | 3,0*0,1* | 90,6*12,3 | 0,3*0 | 3,3*0,1 | 3,6*0,1 |
DESFERRAL i.p. | (4) | 4,5*0,4 | 70,4*6,0 | 1,2*0 | 23,3*0,1 | 24, 5±o, 1 |
Ex. 4 | (4) | 4,5*1,0 | 21,6*6,5 | 0,5*0,1 | 71,5*2,5 | 72,0*2,6 |
Ex. 5 | (4) | 3,1*0,6 | 63,8*8,7 | 0,5*0 | 27,6*1,3 | 28,1*1,3 |
*módia * ISD
Estudos preliminares de toxicidade, efectuados no nosso laboratório, em ratos, mostraram que, em doses terapêuticas eficazes de 100 mg/kg/dia, por meio de administração oral ou parentóri ca, PPHE ó bem tolerado. Testes bioquímicos detalhados da função hepática e da função renal e contagens sanguíneas completas, assim como a histologia hepática e renal nao revelaram indicações de to xicidade, apos 3 meses de tratamento continuo.
Apesar do crescente volume de dados que evidenciam a eficácia clínica da desferrioxamina (DF), a única medicação quelante
........
111'
-27é do ferro actualmente disponível para uso clínico, subsiste um nume ro de graves limitações, sublinhando a necessidade de desenvolvimento de outras medicações de quelantes do ferro aperfeiçoados. Estas limitações incluem a necessidaue de administração parentérica causada pela deficiente absorção intestinal de DF; o seu preço quase proibitivo limitando a sua utilização às populações ricas e a sua curta duração de acção causada por uma combinação de absorção rápida e colapso enzimático. Novos quelantes de ferro baratos e eficazes, por via oral, não só tornariam a terapia de quelação a longo prazo mais aceitável, como também aumentariam a sua eficá cia terapêutica em virtude de uma administração ininterrupta do medicamento à circulação, absorvido a partir de preparações orais de libertação retardada. A experiência ganha no tratamento de doentes talassémicos e em modelos experimentais de imunidade à vasculite complexa, ilhéus celulares de alotransplantação e toxicida de paraquat” mostra que não é, apenas, o poder de quelação mas também a administração ininterrupta de um medicamento quelante e a sua capacidade de penetrar nos compartimentos de ferro intra-ce lulares e extra-celulares, críticos, que determinam a sua capacidade de modificar a doença. 0 desenvolvimento de PPHE e dos compostos relativos, descritos e reivindicados aqui, e especialmente a sua identificação como medicamentos quelantes do ferro, eficazes por via oral, representam um passo significativo no que respeita à realização destes objectivos.
Suspenderam-se culturas de uma estirpe resistente à cloroquina de P. falciparum (FCR-3), cultivadas em eritrocitos humanos (uma técnica largamente utilizada no Kuvin Centre, Hebrew University Hadassah Medicai School) em soluções contendo quelantes e
depois cultivaram-se durante 3 dias. Determinou-se o crescimento dos parasitas, quer por contagens de planos, quer por incorporação de 3H-hipoxantina B. 0 crescimento dos parasitas foi monitorado por meio de contagens microscópicas dos planos. Os efeitos dos compostos de acordo com a presente invenção, no crescimento de estirpes cloroquino-resistentes de P. falciparum, estão demons trados no Quadro 5 que resume os dados sobre os efeitos inibitórios de alguns quelantes (exs. 1, 3 e 5) nos parasitas da malária
- 29 QUADRO 5 /
EFEITOS INIBITÓRIOS DE ALGUNS QUELANTES
NO CRESCIMENTO DO P. falciparum
NÚMERO | EXCREÇÃO TOTAL | INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO DA | |
DE | DE FERRO RADIO- | ESTIRPE DE | P.falciparum |
CÚDIGO | ACTIVO EM RATOS | RESISTENTE | AO MEDICAMENTO |
0/ /0 | % INIBIÇÃO | CONCENTRAÇÃO MOLAR | |
Controlo | 3,2 | 0 | -- |
Desferrioxamina | 85,4-4,3 | completa | 1,5 χ 10-5 |
d e p o i s 96 | |||
(*) Hrs . | |||
Ex. 1 | 34,2 | 93,4 | 2 x 10~6 |
Ex. 3 | 86,7-1,7 | 90,9 | 2 χ 10-6 |
Ex. 5 | 96,2Í3,4 | 90,3 | 2 χ 10-5 |
Ex. A | 26,4^1,3 | 16,6 | 2 x 10~5 |
(*) Com estirpe não-resistente do P.falciparum de acordo com
Raventos-Suarez. (**) (**) Após 2 horas de exposição.
No Quadro 5 pode ver-se que o parasita da malária humana, o Plasmódio falciparum é sensível aos quelantes lipofílicos baseados no piridoxal. A inibição do crescimento do parasita não parece correlacionar-se, directamente, com a capacidade do composto para mobilizar o ferro do organismo (comparar Ex. 1 com o Ex. 3), ou com as suas constantes de ligação metálica. Por outro lado, os efeitos anti-maláricos são potenciados pelo ferro e, mais significativamente, antagonizados pelos anti-oxidantes e pela desferrioxamina. Isto sugere que os quelantes derivados de piridoxal.
actuam mais facilmente como oxidantes de transferência electrónica, promovendo a reacção do tipo Fenton, catalisada pelo ferro, que conduz ao aumento do stress oxidativo.
Testes adicionais dos compostos da presente invenção mostran que estes podem inibir o crescimento dos hepatomas nos ratos, dos melanomas nos seres humanos, dos carcinomas da bexiga e das linhas de células dos carcinomas epiteliais dos pulmões, em concentrações inferiores a 1 mg de quelante por ml do meio de crescimento (4.10 ).
Em conformidade com estes resultados, é natural estarmos interessados na contribuição da capacidade dos novos quelantes da presente invenção para inibir o crescimento das células P 388 (leucémia nos ratinhos) juntamente com a sua capacidade para inibir a actividade enzimática de RdR (inibição da síntese de ADN).
Torna-se também possível, ter em atenção a capacidade de um dos
........
ίcompostos (Ex. 1) para inibir o crescimento do carcinoma pulmonar de Lewis. Com vista a possíveis mecanismos, utilizámos antibióticos anti-cancerosos, bem confirmados: (a) bleomicina e (b) daunorubicina, como compostos de referência. Os resultados obtidos estão resumidos nos Quadros 6 e 7.
No Quadro 6, pode verificar-se que os compostos dos Exs. 1, 4 e 6 inibem a actividade da difosfato redutase de ribonucleótido (RdR) na ordem de 6>1>4. Mais notável e o efeito de alquilação no átomo de azoto do núcleo do grupo piridoxilideno pelo grupo bromo acetato de etilo (Ex. 3) que assegura a obliteração da actividade anti-RdR, apresentada pelo composto do Ex. 1. Isto tem relação di recta com a superioridade dos compostos, tal como nos Exs. 3 θ 5, como medicamentos seguros na eliminação da acumulação tóxica do ferro.
ι,
QUADRO 6
DOSE | Inibição da difosfato redutase de | Inibição do carcinoma de Lewi8(*) | ||||
lumor | ||||||
ribonucleótido (RdR) (*) | Principal | Metastases | ||||
MIO-5 | g/ml | mg/kg | % | % | % | |
Bleomicina | - | - | 1,25 | - | 24 | 48 |
100 | 76 | * | 73 | KW | ||
Hidroxiureia | 10 | 7,6 | 37 | - | - | |
1 | 0,8 | w | 15 | - | - | |
Ex. 1 | 6,7 | 20 | 72 | KW | •w | |
5,0 | — | 25 | - | 0 | 41 | |
nx. 3 | 10 | 40 | - | nenhuma | - | - |
100 | 260 | 78 | ||||
Ex. 4 | 10 | 26 | - | 40 | - | - |
1 | 2,6 | - | 30 | |||
100 | 260 | w | 83 | |||
Ex. 6 | 10 | 26 | — | 81 | — | - |
1 | 2,6 | - | 64 |
QUADRO 7
Tumor: Leucemia P 388
Enxerto: i.p., 1Qé células Via de Administração: i.p.
Esquema de tratamento: 12, 2 32, 4 dia
Ratinhos: fêmeas Β6θ2^ΐ Duração da observação: 24 dia:
Ol Ol
Preparação da Suspensão: Tween 80 + água destilada
Composto Testado | Dose (mg/Kg) | Alteração nos pesos corporais Dia 7 (q) | * | |
Actividade T/C x 100 | Sobreviventes no 202. dia | |||
Daunorubicina | 1 | -1,9 | 154 | 0/10 |
/Referência/ | ||||
75 | -0,6 | Tóxico (**) | 0/5 | |
Ex. 1 | 50 | 0,8 | 126 (***) | 0/5 |
37,5 | 0,2 | 110 | 0/5 | |
25 | 2,6 | 105 | 0/5 |
média do tempo de sobrevivência para ratinhos tratados (*) TC/ X 100 = _ média do tempo de sobrevivência para animais de controlo (**) 3d/5 após 2 tratamentos (***) p<0,05 (teste de Mann-Whitney)
Será evidente para os entendidos na matéria que a presente invenção não se limita aos pormenores dos exemplos ilustrativos apresentados antes e que a presente invenção pode ser posta em prática sob outras formas específicas, sem desvios dos seus atributos essenciais, e, por conseguinte, deseja-se que os modos de realização presentes e os exemplos sejam considerados, sob todos os aspectos, como ilustrativos e não restritivos, com referência às reivindicações anexas, mais do que à descrição anterior, e
- 34 i todas ss alterações que surgem dentro do significado e escala de equivalência das reivindicações estão, por conseguinte, aí, incluídas.
Claims (10)
1.drazona de
Processo fórmula para a preparação de derivados de piridoxal-higeral na qual representa um ãtomo de hidrogénio ou um grupo alquilo, metoxi-carbonilmetilo ou etoxi-carbonilmetilo;
r2 representa um heterociclo tetra-, penta-, hexa- ou heptagonal comportando um ou mais ãtomos de enxofre, azoto ou oxigénio no núcleo e, eventualmente, substituintes escolhidos entre um ou mais ãtomos de halogéneo ou grupos oxo, hidroxi, nitro, amino, ciano, trifluorometilo, alquilo inferior ou alcoxi;
representa um ãtomo de hidrogénio ou um grupo acetilo,propionilo ou succinilo e
X representa um ãtomo de halogéneo ou um grupo hidroxi, caracterizado pelo facto (1) para a preparação de piridoxal-aril-hidrazonas, de se fazer reagir cloridrato de piridoxal com uma hidrazina apropriadamente substituída;
ou (2) para a preparação de sais de piridoxilidénio (a) de se submeter os compostos preparados em (1) ã acção de halogenetos de alquilo inferior ou de bromoacetatos de alquilo inferior;
ou (b) de se fazer reagir o cloridrato de piridoxal com bromoace tato de alquilo ou com um halogeneto de alquilo para se obter o sal de piridoxalínio e de se condensar depois este último com um derivado de hidrazina apropriado.
2.- Processo de acordo com a reivindicação 1, para a preparação de compostos de fórmula geral I na qual R^ representa um heterociclo penta- ou hexagonal comportando um ou mais ãtomos de azoto, enxofre ou oxigénio no núcleo heterocíclico e,eventualmente, um ou mais substituintes escolhidos entre átomos de haiogêneo ou grupos aloui lo inferior ou alcoxi, caracterizado pelo facto de se urilizar com postos iniciais correspondentemente substituídos.
3. - Processo de acordo com a reivindicação 1, para a prepaj ração de compostos de fórmula geral I na qual representa um grupo piridilo, pirimidilo, pirazilo ou N-metil-piridilo, caracterizado pelo facto de se utilizar compostos iniciais correspondente mente substituídos.
4. - Processo de acordo com a reivindicação 1, para a preparação de compostos de fórmula geral I na qual X representa um átomo de iodo ou de bromo, caracterizado pelo facto de se utilizar compostos iniciais correspondentemente substituidos.
>
5. - Processo de acordo com a reivindicação 1, para a prepara ção de compostos de fórmula geral I na oual R^ representa um grupo etoxi-carbonilmetilo, caracterizado pelo facto de se utilizar compostos iniciais correspondentemente substituídos.
6. - Processo de acordo com a reivindicação 1, para a prepara ção de compostos de fórmula geral I na qual R1 representa um grupo metilo ou etilo, caracterizado pelo facto de se utilizar compostos iniciais correspondentemente substituídos.
-3É
7.- Processo de acordo con a reivindicação 1, para a preparação de compostos de fórmula geral I na qual R^ representa um átomo de hidrogénio ou um grupo acetilo, caracterizado pelo facto de se utilizar compostos iniciais correspondentemente substituídos.
8.- Processo de acordo com a reivindicação 1, para a preparação de compostos de fórmula geral I na qual R^ representa um heterociclo tetra-, penta-, hexa- ou heptagonal escolhido entre um grupo piridilo, furanilo, pirrolilo, tienilo, 1,2,3-triazolilo,
1,2,4-triazolilo, imidazolilo, tiazolilo, tiadiazolilo, piridazilo, pirazilo, pirimidilo, oxazolilo, triazinilo,tetrazolilo, azetinilo, oxetanilo, tietanilo, piperidilo, piperazilo, imidazolilo, oxazolidilo, pirrolidilo, tetrahidropirimidilo, dihidrotiazolilo, hexahidroazepilo, purilo, pteridilo, comportando qualquer dos grupos citados antes, eventualmente, um ou mais substituintes escolhidos entre átomos de halogéneo ou grupos oxo, hidroxi, nitro, amino, ciano, trifluorometilo, alquilo ou alcoxi, caracterizado pelo facto de se utilizar compostos iniciais correspondentemente substituídos.
9.- Processo de acordo com a reivindicação 1, para a preparação de l-/7piridoxilideno _/-2-/’ 2'-pirid.il ./-hidrazina, brometo de l-/”’N-etoxicarbonilnetil-piridoxilidénio._7-2-/f 2'-piridil _/-hidrazina}
1-/7piridoxilideno__7-2-/~ 2 ’-pirimidil_/“hidrazina, iodeto de 1-/ N-metilpiridoxilidénioJ-2-C 2'-piridil ,7-hidrazina, brometo de 1-^N-etoxicarbonil-metil-piridoxilidénio J7-2-Z* 2 '-pirimidil ,7-hidrazina e 1 -C piridoxilideno_7_2-2f 2 tpirazil _7-hidrazina , nio caracterizado pelo facto de se utilizar compostos iniciais correspondentemente substituídos.
10.- Processo para a preparação de composições farmacêuticas utilizadas no tratamento de excesso de ferro em mamíferos mediante quelação do ferro in vivo, no tratamento profiláctico ou terapêutico da malária ou no tratamento terapêutico do hepatoma, melanoma ou carcinoma, caracterizado pelo facto de se misturar uma quantidade efectiva de um composto de fórmula geral I, preparado pelo processo de acordo com a reivindicação 1 , como ingrediente activo, com um veículo aceitável em farmácia,
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