PT857280E - Queimador catalitico - Google Patents

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PT857280E
PT857280E PT96937244T PT96937244T PT857280E PT 857280 E PT857280 E PT 857280E PT 96937244 T PT96937244 T PT 96937244T PT 96937244 T PT96937244 T PT 96937244T PT 857280 E PT857280 E PT 857280E
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PT96937244T
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Georges Lorek
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Shell Int Research
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    • F23COMBUSTION APPARATUS; COMBUSTION PROCESSES
    • F23CMETHODS OR APPARATUS FOR COMBUSTION USING FLUID FUEL OR SOLID FUEL SUSPENDED IN  A CARRIER GAS OR AIR 
    • F23C13/00Apparatus in which combustion takes place in the presence of catalytic material
    • FMECHANICAL ENGINEERING; LIGHTING; HEATING; WEAPONS; BLASTING
    • F23COMBUSTION APPARATUS; COMBUSTION PROCESSES
    • F23DBURNERS
    • F23D14/00Burners for combustion of a gas, e.g. of a gas stored under pressure as a liquid
    • F23D14/12Radiant burners
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    • F24HFLUID HEATERS, e.g. WATER OR AIR HEATERS, HAVING HEAT-GENERATING MEANS, e.g. HEAT PUMPS, IN GENERAL
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Description

-1 -
.DESCRIÇÃO "QUEIMADOR CATALÍTICO" O presente invento diz respeito de uma maneira geral a um dispositivo de aquecimento que utiliza a combustão catalítica de gases, especialmente de gases de petróleo tais como o butano ou o propano, assim como aos utensílios que incorporam tais dispositivos, especialmente os utensílios de aquecimento e os utensílios de cozinha doméstica.
Como utensílios domésticos de aquecimento e para cozinhar podem ser mencionados por exemplo os fomos, sertãs para produtos muito gordurosos, placas ou chapas de ferro para cozinhar.
Os dispositivos para aquecer por combustão catalítica tais como os queimadores catalíticos com superfície radiante, são conhecidos desde algum tempo. São utilizados para fins domésticos, tais como aquecimento auxiliar, ou para fins industriais, tais como a secagem.
Como regra geral eles envolvem uma combustão atmosférica numa superfície de suporte catalítica; o gás de combustão é fornecido à superfície através do suporte, a combustão catalítica tem lugar ao ar livre à medida que o combustível emerge na superfície de suporte. O documento Alemão DE-A-1 401 162 descreve um dispositivo de -2-
aquecimento que utiliza a combustão catalítica atmosférica, que compreende uma matéria fibrosa que é resistente às elevadas temperaturas, formando uma estrutura em camadas coerentes, sendo essa matéria fibrosa impregnada com uma substância que tem uma actividade termocatalítica.
Um tal dispositivo inclui os meios para criar a circulação de uma mistura de gases constituída por gás combustível/gás comburente através da referida estrutura de matéria fibrosa impregnada com uma substância catalítica numa direcção substancialmente perpendicular ao plano da referida estrutura de modo a que a combustão catalítica ocorra através da sua superfície exterior.
Além do mais, também são conhecidos os dispositivos de aquecimento que utilizam a combustão catalítica nos quais a combustão catalítica de uma mistura de gases constituída por gás combustível/gás comburente ocorre num recipiente delimitado fazendo uma circulação de uma extremidade à outra fazendo a passagem num circuito dentro de um corpo de aquecimento dividido interiormente. O documento Alemão acima referido DE-A-1 401 162 também descreve um dispositivo de aquecimento que utiliza a combustão catalítica de um gás deste tipo, que compreende um invólucro plano para a combustão delimitado por duas paredes planas paralelas. Tem um revestimento interior catalítico sob a forma de fibras em camada impregnadas com uma substância catalítica disposto dentro do invólucro para a combustão paralelamente às referidas placas. O revestimento interior delimita de um dos lados a câmara de admissão dos gases e do outro lado a câmara de escape dos gases queimados. O percurso da circulação dos gases está dividido entre a entrada da mistura gasosa do lado da câmara de admissão dos gases, e a saída que se proporciona na câmara de escape. -3- O gás circula assim passando através da estrutura catalítica sob a forma de camadas numa direcção perpendicular à referida estrutura, sendo o calor libertado pela combustão catalítica transmitido por convecção e condução às paredes planas que definem o invólucro para a combustão e que constituem placas de aquecimento.
De forma semelhante, o documento EP-0 308 705 descreve um dispositivo de aquecimento que utiliza a combustão catalítica confinada que compreende, dentro de um corpo de aquecimento, um sistema para acender uma mistura de gases constituída por gás combustível/gás comburente, que permite a injecção dos referidos gases para combustão através de uma superfície de permuta catalítica. A superfície de permuta catalítica está disposta paralelamente às paredes exteriores do corpo de aquecimento a uma certa distância delas. Sendo o aquecimento efectuado por meio da transmissão do calor da combustão libertado para uma das referidas paredes que constituem a placa de aquecimento. O documento US-4 927 353 descreve um dispositivo de aquecimento que utiliza a combustão catalítica de grande complexidade, o qual inclui além do mais, um recipiente para a combustão catalítica alimentado por uma mistura de gás para combustão. Este recipiente para a combustão catalítica tem a forma de um tubo oco no interior do qual está disposto um revestimento catalítico que define de cada lado duas câmaras de combustão, produzindo o gás que passa através deste revestimento a combustão catalítica que é transmitida por meio de uma saída dos gases para as placas de aquecimento. O documento US —4 836 117 descreve um sistema de aquecimento que utiliza a combustão catalítica sob a forma de cilindros concêntricos dentro dos quais se divide a circulação de um gás que passa através de um revestimento catalítico disposto no interior de uma ampola, a combustão catalítica permitindo o -4-aquecimento das paredes exteriores do referido sistema. Em particular, este documento concentra-se na definição do material do revestimento catalítico que está disposto dentro do sistema de aquecimento.
Todos estes dispositivos de aquecimento anteriormente descritos envolvem a combustão catalítica de uma mistura de gases constituída por gás combustível/gás comburente num suporte catalítico do tipo poroso ou fibroso, sendo o catalizador normalmente metálico.
Além disso, todos eles exibem uma característica comum que consiste em o suporte catalítico estar situado a alguma distância das paredes ou placas exteriores de aquecimento, pelo que há necessariamente uma perda na eficiência da transmissão do calor consequente da combustão catalítica se situar a alguma distância das referidas placas de aquecimento.
Além do mais, todos apresentam uma disposição complexa, têm dimensões relativamente grandes em comparação com o calor libertado pela combustão catalítica.
Finalmente, os dispositivos acima referidos não podem ser alterados ou justapostos a fim de se adaptarem aos utensílios de aquecimento pertinentes.
Nestas condições, o presente invento propõe um novo dispositivo de aquecimento catalítico que mostra uma nova disposição do suporte catalítico no que respeita ao percurso da mistura de gases constituída por gás combustível/gás comburente e da placa de aquecimento exterior, o que toma possível a optimização da saída do calor do dispositivo tendo em conta a sua dimensão, através de uma transmissão óptima do calor para a placa de -5- l/U^ <~2aÀ/-^z- aquecimento que constitui o elemento de aquecimento por transmissão ou por radiação. 0 princípio de acordo com o invento consiste em projectar o dispositivo de tal forma que a frente de combustão esteja localizada tão próximo quanto possível da superfície a ser aquecida.
Mais em particular, o dispositivo de aquecimento que utiliza a combustão de gases especialmente de gases de petróleo de acordo com o invento, compreende: - uma caixa plana para a combustão delimitada por duas grandes paredes planas paralelas, sendo pelo menos uma delas uma placa de aquecimento feita a partir de um material metálico, sendo a referida caixa para a combustão provida com pelo menos uma entrada e uma saída para os gases, - um circuito para circulação dos gases, que divide interiormente a referida caixa para a combustão entre cada entrada e cada saída dos gases, fazendo com que o percurso para a circulação dos gases se efectue através de pelo menos uma superfície de contacto catalítica. É caracterizado por o percurso da circulação dos gases ser definido por pelo menos uma divisória de suporte catalítico, constituindo uma das suas faces longitudinais a superfície de contacto catalítico, desenvolvendo-se a referida divisória perpendicularmente à placa de aquecimento, piaticamentc ao longo de toda a altura da referida caixa para a combustão de modo a que a frente de combustão situada na referida divisória de suporte catalítico esteja nivelada com a placa de aquecimento, de forma semelhante à que estão os elementos que têm a resistência eléctrica num dispositivo de aquecimento eléctrico com placas de aquecimento. -6-
Ι/ίΛη C
De acordo com uma caracleiística do dispositivo dc aquecimento de acordo com um modelo de realização preferencial do presente invento, cada divisória de suporte catalítico é perfurada com uma multiplicidade de furos que a atravessam, tendo o seu eixo perpendicular à superfície de contacto catalítica, de modo a permitir que o gás de combustão passe através de cada divisória.
Cada divisória de suporte catalítico poderá com vantagem ser feita de cerâmica.
Assim, quando comparado com o revestimento catalítico que se proporciona nos dispositivos de aquecimento da técnica anterior, que são normalmente feitos sob a forma da compactação de fibras, o dispositivo de acordo com o invento exibe um suporte catalítico sob a forma de divisórias do tipo celular, tendo as células uma geometria controlada e específica, permitindo assim um melhor resultado e um controlo muito maior do avanço da frente da chama.
Assim, nos dispositivos da técnica anterior com revestimentos catalíticos sob a forma de camadas fibrosas, é impossível controlar o avanço da frente de combustão uma vez que o revestimento é instável devido à distribuição aleatória das fibras na camada que constitui o revestimento e à sua impregnação com o catalizador.
Observam-se em tais dispositivos problemas com a transferência da matéria devido à falta de homogeneidade das camadas de fibras e em alguns casos há um descontrolo do sistema.
De acordo com um modelo de realização particularmente vantajoso do dispositivo de aquecimento de acordo com o presente invento, a caixa plana -7-
para a combusLão tern uma forma paralelepipédica com ângulos rcctos. Ele compreende pelo menos um par de divisórias de suporte catalítico, uma câmara de escape dos gases que é definida entre as duas divisórias do suporte catalítico em cada par, e uma câmara de admissão dos gases que é definida num dos lados de cada par.
Neste caso, proporciona-se uma entrada para os gases que emergem em cada câmara de admissão e uma saída dos gases em cada câmara de escape, as entradas dos gases comunicam umas com as outras por meio de uma conduta de admissão comum que se proporciona numa primeira parede lateral vertical que delimita a caixa para a combustão. As saídas dos gases tanto poderão ser quer orifícios que se formam numa placa de aquecimento quer saídas que emergem numa conduta de saída comum que se proporciona numa segunda parede lateral vertical que delimita a caixa para a combustão, paralela à primeira parede lateral vertical.
De uma forma particularmente vantajosa, um tal dispositivo de aquecimento pode constituir um módulo elementar capaz de se combinar em paralelo com vários módulos elementares ligando entre si as respectivas entradas e saídas. A descrição que se segue, em conjunto com os desenhos anexos, dados a título de exemplo não limitativo, elucidarão sob a forma dc executar o invento e sobre a maneira como pode tomar a forma de um modelo de realização.
Nos desenhos anexos: A Figura 1 representa uma vista em perspectiva esquemática de um primeiro modelo de realização do dispositivo de aquecimento de acordo com o
-8- (yC presente invento, com um arrancamenlo parcial na placa de aquecimento, A Figura 2 representa uma vista em planta de um segundo modelo de realização do dispositivo de aquecimento de acordo com o presente invento sem a sua placa de aquecimento, A Figura 3 é uma vista em planta representando esquematicamente vários módulos elementares combinados em paralelo de acordo com o presente invento.
Nas Figuras 1 e 2 está representado um dispositivo de aquecimento 100 que utiliza a combustão catalítica dos gases, especialmente de gases de petróleo, tais como o propano ou o butano. Este dispositivo de aquecimento 100 inclui uma caixa para a combustão 110 delimitada entre duas grandes paredes planas paralelas 111,112 e quatro paredes laterais verticais 113, 114,115 e 116. A caixa para a combustão catalítica 110 tem, neste exemplo, uma forma paralelepipédica com os cantos em ângulo recto.
No exemplo representado, uma das grandes paredes planas 112 define o fundo da caixa para a combustão e tem os bordos laterais dobradas na perpendicular formando as duas das paredes laterais verticais 113, 114 das quatro que delimitam a referida caixa. A outra grande parede plana paralela 111 está montada de forma a poder ser removida de modo a fechar a caixa para a combustão 111 acima referida (ver mais em particular a Figura 1). Esta grande parede plana 111 que está montada de modo a poder ser removida é feita a partir de um material metálico, tal como por exemplo o aço, inoxidável ou não, e constitui a placa de aquecimento do dispositivo de aquecimento. Sem dúvida, de acordo com uma variante do modelo de realização deste dispositivo, é possível -9-
considerar a parede plana, que constitui o fundo da caixa para a combustão, como sendo também a placa de aquecimento do referido dispositivo, sendo então feita de metal. Pode também ser feita a partir de um material resistente ao calor e termicamente isolante de modo a que não funcione como placa de aquecimento. É interessante fazer notar que a vedação térmica do lado da placa de aquecimento 111 do dispositivo de aquecimento 100 é feita ao nível do fecho da referida placa de aquecimento 111. A grande parede plana 112 que constitui o fundo da caixa para a combustão 110, assim como as outras duas paredes verticais laterais paralelas 115, 116, são firmemente mantidas juntas por meio de dois tirantes roscados 140 paralelos introduzidos através das paredes laterais verticais 115, 116 em cada uma das suas extremidades e enroscando-se nelas pelo exterior as porcas 141 a fim de segurar as referidas paredes laterais verticais paralelas 115, 116 contra os bordos da grande parede plana 112 que tem os bordos dobrados na perpendicular a fim de a prender entre as referidas paredes laterais verticais 115, 116. Sem dúvida, que pode ser utilizado qualquer outro sistema mecânico de ligação (grampos, soldadura, ligação adesiva etc.).
Naturalmente que se poderão considerar disposições, de acordo com uma variante não representada, para a grande parede plana 112 que constitui o fundo da caixa para a combustão para que as paredes laterais dobradas na perpendicular sejam montadas de forma a poderem ser removidas.
Além do mais, o dispositivo de aquecimento 100 que utiliza a combustão catalítica dos gases inclui, dentro da referida caixa para a combustão 110, um percurso para a circulação dos gases no qual se proporciona na caixa para a combustão pelo menos uma divisão entre a entrada e a saída dos gases. Este percurso para a circulação dos gases é definido por meio das divisórias do -10- ΙγίΛη suporte catalítico 121, 122, 123, 124, lendo cada divisória do suporte catalítico uma face longitudinal que constitui a superfície para o contacto catalítico através da qual o referido percurso para a circulação dos gases se verifica.
Mais em particular, no exemplo representado nas Figuras 1 e 2 proporcionam-se dois pares paralelos de divisórias do suportes catalítico 121, 122 e 123, 124, uma câmara de admissão dos gases 130,132, 134 que é dividida de ambos os lados de cada par de divisórias catalíticas 121, 122, 123, 124, e uma câmara de escape 131, 133 que é definida entre as duas divisórias do suporte catalítico 121, 122 e 123, 124 de cada par.
Cada divisória do suporte catalítico desenvolve-se perpendicularmente às duas grandes paredes planas 111, 112 praticamente ao longo da totalidade da altura da caixa para a combustão catalítica 110 e, longitudinalmente, ao longo da totalidade do comprimento da caixa para a combustão catalítica. A face longitudinal exterior de cada divisória do suporte catalítico 121, 122, 123, 124 que abrange as câmaras de admissão dos gases 130, 132, 134 é revestida com um depósito catalítico à base de platina ou de platina-paládio ou qualquer outra mistura de compostos que tenha propriedades catalíticas de modo a constituir a superfície de contacto catalítico através da qual passa a mistura dos gases para combustão.
Assim, a face longitudinal exterior de cada divisória do suporte catalítico define uma superfície de contacto catalítica 121a, 122a, 123a, 124a. A disposição das divisórias do suporte catalítico 121, 122, 123, 124 perpendicular às grandes paredes planas e em particular à placa de aquecimento -11 - (/14η 111 por quanto se desenvolve praticamente ao longo da totalidade da altura da referida caixa para a combustão, significa que as frentes de combustão 121b, 122b, 123b, 124b que estão situadas nas referidas divisórias do suporte catalítico 121, 122, 123, 124, do lado da face longitudinal exterior constituem a superfície de contacto catalítica 121a, 122a, 123a, 124a, estando niveladas com a placa de aquecimento 111, da mesma forma que um elemento com resistência eléctrica nos dispositivos de aquecimento com placas de aquecimento.
Observar-se-á mais em particular na Figura 1 que cada divisória do suporte catalítico 121, 122, 123, 124 é perfurada com uma multiplicidade de furos de atravessamento, cujo eixo é perpendicular à superfície de contacto catalítica 121a, 122a, 123a, 124a, de modo a permitir que os gases de combustão passem através de cada divisória 121, 122, 123, 124. Os furos de atravessamento constituem células regularmente distribuídas e calibradas. Cada divisória do suporte catalítico 121, 122, 123, 124 é feita de cerâmica, por exemplo com base na cordierite. Pode-se dispor no sentido das divisórias do suporte catalítico serem produzidas a partir de qualquer outro material tal como uma fibra metálica ceramizada sob a forma de feltro ou de tecido.
No modelo de realização representado nas Figuras 1 e 2, proporcionam-se entradas para os gases 130a, 132a, 132b, 134a que emergem dentro das câmaras de admissão 130, 132, 134 e as saídas dos gases 111a, 111b, 118a, 118c, em cada câmara de escape 131, 133. As entradas dos gases comunicam entre si por meio da conduta de entrada comum 117 que se proporciona numa primeira parede lateral vertical 116 que delimita a caixa para a combustão 110.
Poder-se-á proporcionar com vantagem pelo menos um colector de admissão (que aqui não se representa) que injecta a mistura de gases constituída -12- Ι/Αη por gás combustível/gás comburenle na cundula de admissão 117 atravcs das entradas exteriores 117a, 117b. É vantajoso que este colector de admissão apresente um excesso de pressão entre 0 e umas poucas dezenas de milibares em relação à pressão atmosférica, de modo a que a circulação da mistura para a combustão catalítica tenha lugar dentro da caixa para a combustão desde uma extremidade à outra do circuito, assegurando aí a sua completa combustão. A mistura de gases constituída por gás combustível/gás comburente nas entradas 117a, 117b do circuito do dispositivo de aquecimento 100 é substancialmente estequiométrica, enquanto que a mistura na saída do circuito contém resíduos não queimados, mas essencialmente CO2.
No modelo de realização representado na Figura 1, as saídas dos gases são os orifícios 111a, 111b, que se formam na grande parede plana que constitui a placa de aquecimento 111 e que também constitui a tampa da caixa para a combustão.
Numa variante do modelo de realização representado na Figura 2, as saídas dos gases 118a, 118c formam-se numa segunda parede lateral vertical 115 paralela à primeira parede lateral vertical 116 e emergem para dentro da conduta de saída comum 118 que se proporciona na referida parede lateral vertical 115. Esta conduta de saída comum 118 inclui uma saída central 118b situada no meio da parede vertical.
Além do mais, tal como pode ser observado, as saídas 118a e 118c que se formam na parede lateral vertical 115 emergem directamente da caixa para a combustão 110 para o exterior. O modelo de realização da Figura 1 é particularmente adaptado -13 - ΐΛ*η " para constituir um dispositivo de aquecimento por combustão catalítica de um utensílio de aquecimento do tipo de um forno, uma vez que os fumos da combustão catalítica se escapam através dos orifícios 111a, 111b que se formam na placa de aquecimento 111, directamente para dentro do forno de modo a melhorar a cozedura dos alimentos no fomo.
Em contraste, o modelo de realização representado na Figura 2 está mais particularmente adaptado para os utensílios para fritar alimentos com muita gordura, ou do tipo de aquecimento numa chapa de ferro ou para qualquer outro tipo de utensílio de aquecimento.
No modelo de realização representado na Figura 2, pode-se proporcionar um colector de saída (que não é aqui representado) localizado nas saídas dos gases 118a, 118b, 118c, sendo este colector de saída capaz de recolher os fumos da combustão que se saem da referida caixa para a combustão. O dispositivo de aquecimento por combustão catalítica representado nas Figuras 1 e 2 pode constituir um módulo elementar capaz de ser combinado em paralelo com vários módulos elementares do mesmo tipo de acordo com os padrões geométricos e as potências e que estejam adaptados à geometria dos utensílios considerados, ligando entre si as condutas de admissão, tal como se mostra esquematicamente na Figura 3.
Mais em particular, observar-se-á nas Figuras 1 e 2 que as condutas de admissão 117 incluem as aberturas laterais que se proporcionam com uma rosca interior (ver Figura 1) que permitem que sejam fechadas por meio de parafusos quando o dispositivo de aquecimento é utilizado quer sozinho quer ligado a outras condutas de admissão de dispositivos de aquecimento do mesmo tipo montados em paralelo tal como se mostra esquematicamente na Figura 3. - 14-
Assim, a Figura 3 mostra uma combinação de quatro módulos elementares do mesmo tipo do dispositivo de aquecimento 100 representado na Figura 2. Poder-se-á ver aqui que as condutas de admissão comuns estão interligadas e que o colector que se indica esquematicamente por Ai fornece uma mistura gasosa para dentro da referida conduta. As condutas de saída comuns estão interligadas da mesma forma que as condutas de admissão e emergem para dentro de um colector comum tal como se indica esquematicamente por A superfície de aquecimento do dispositivo de aquecimento pode ser facilmente adaptada em função do utensílio de aquecimento que se considerar.
Tem interesse salientar que um dispositivo de aquecimento do tipo representado nas Figuras 1 ou 2 tem uma dimensão mínima, por exemplo a caixa para a combustão tem as dimensões de 15 cm por 15 cm ao longo dos seus lados, no exemplo dado para fornecer uma potência máxima que é da ordem de 1 kWatt.
Além do mais, pode ser particularmente vantajoso que o módulo de aquecimento para combustão catalítica, ou seja o dispositivo representado nas Figuras 1 a 3, tenha incluído os meios para a ignição da combustão (não representados) na vizinhança da entrada dos gases na caixa para a combustão.
Os meios de ignição (não representados) podem ser constituídos por qualquer tipo de dispositivo que gere calor suficiente, tal como um dispositivo piezoeléctrico que gera electricamente uma faísca, uma descarga eléctrica, uma resistência eléctrica capaz de produzir um aquecimento localizado.
Finalmente, um dispositivo do tipo 100 pode incluir na saída do circuito dos gases um dispositivo de aspiração (não representado) capaz de aspirar os fumos gerados pela combustão catalítica, a fim de assegurar desde - 15- montante a circulação da mistura que sofre a combustão catalítica desde uma extremidade até à outra do circuito.
Lisboa, 8 de Março de 2001
LUÍS SILVA CARVALHO
RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA

Claims (21)

  1. -1 - REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo de aquecimento (100) que utiliza a combustão catalítica dos gases, especialmente dos gases de petróleo, que compreende: - uma caixa plana para a combustão (110) delimitada por duas grandes paredes planas paralelas (111, 112), em que pelo menos uma delas é uma placa de aquecimento feita a partir de um material metálico, sendo a referida caixa para a combustão (110) provida com pelo menos uma entrada (130a, 132a, 132b, 134a) c uma saída (111a, 11 lb) para os gases, - um percurso para a circulação dos gases, dividido dentro da referida caixa para a combustão (110) ou entre cada entrada dos gases (130a, 132a, 132b, 134a) e cada saída, sendo o percurso de passagem dos gases feito através de pelo menos uma superfície de contacto catalítica (121a, 122a, 123a, 124a) caracterízado por o percurso de circulação dos gases ser definido por pelo menos uma divisória do suporte catalítico (121, 122, 123, 124), uma face longitudinal da qual constitui a superfície de contacto catalítica (121a, 122a, 123 a, 124a), desenvolvendo-se a referida divisória perpendicularmente à placa de aquecimento (111), praticamente ao longo de toda a altura da referida caixa para a combustão (110) de modo a que a frente de combustão (121b, 122b, 123b, 124b) situada na referida divisória de suporte catalítica (121, 122, 123, 124) esteja ao no mesmo plano que a placa de aquecimento (111), tal como um elemento com a resistência num dispositivo de aquecimento eléctrico com placas de aquecimento.
  2. 2. Dispositivo de aquecimento de acordo com a reivindicação 1, caracterízado por cada divisória de suporte catalítico (121, 122, 123, 124) ser perfurada com uma multiplicidade de furos de atravessamento, cujos eixos são perpendiculares à superfície de contacto catalítica (121a, 122a, 123 a, 124a), de modo a permitir que o gás de combustão passe através de cada divisória. -2- [/&*!
  3. 3. Dispositivo de aquecimento de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por cada divisória de suporte catalítico (121, 122, 123, 124) ser feita de cerâmica.
  4. 4. Dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por cada face longitudinal da divisória de suporte catalítico (121, 122, 123, 124) que define a superfície de contacto catalítica (121a, 122a, 123a, 124a), ser revestida com um depósito catalítico à base de platina ou platina-paládio.
  5. 5. Dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por as duas grandes paredes planas paralelas (111, 112) delimitarem a caixa plana (110) para a combustão, constituindo duas placas de aquecimento feitas a partir de material metálico.
  6. 6. Dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por cada placa de aquecimento (111) ser montada de modo a poder ser removida.
  7. 7. Dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por a caixa plana para a combustão (110) ter a forma de um paralelepípedo com ângulos rectos.
  8. 8. Dispositivo de aquecimento de acordo com as reivindicações 1 a 7, caracterizado por compreender pelo menos um par de divisórias do suporte catalítico paralelas (121, 122, 123, 124), uma câmara de escape dos gases (131, 133) que é definida entre as duas divisórias do suporte catalítico (121, 122, 123, 124) de cada par, e uma câmara de admissão dos gases (130, 132, 134) que é definida de um dos lados de cada par. -3-
  9. 9. Dispositivo de aquecimento de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por se proporcionar pelo menos uma entrada para os gases (130a, 132a, 132b, 134a) que emerge em cada câmara de admissão (130, 132, 134) e pelo menos uma saída para os gases (111a, 111b) em cada câmara de escape (131, 133), as entradas para os gases (130a, 132a, 132b, 134a) comunicam umas com as outras por meio da conduta de admissão comum (117) que se proporciona na primeira parede lateral vertical (116) que delimita a caixa para a combustão (110).
  10. 10. Dispositivo de aquecimento de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por incluir pelo menos um colector de entrada que injecta uma mistura gasosa para dentro da conduta de admissão.
  11. 11. Dispositivo de aquecimento de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por o colector de entrada apresentar um excesso de pressão entre 0 e uma poucas dezenas de milibares em relação à pressão atmosférica, de modo a que a circulação da mistura para a combustão catalítica tenha lugar desde uma extremidade à outra do circuito, assegurando nele uma combustão completa.
  12. 12. Dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 9 a 11, caracterizado por as saídas dos gases (111a, 111b) serem orifícios que se formam na placa de aquecimento (111).
  13. 13. Dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 9 a 11, caracterizado por as saídas dos gases (118a, 118c) emergirem para dentro de uma conduta de saída comum (118) que se proporciona na segunda parede lateral vertical (115) que delimita a caixa para a combustão (110), paralela à primeira parede vertical lateral (116). -4- Usuj
  14. 14. Dispositivo de aquecimento de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por ele incluir um colector de saída que recolhe os fumos da combustão que saem da referida conduta de combustão.
  15. 15. Dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado por constituir um módulo elementar (100) capaz de se combinar em paralelo com vários módulos elementares (100) ligando entre si as entradas e saídas respectivas.
  16. 16. Dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado por incluir meios para a ignição da combustão na vizinhança da entrada dos gases da caixa para a combustão.
  17. 17. Dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado por a mistura de gases constituída por gás combustível/gás comburente ser na entrada do circuito substancialmente estequiométrica, embora a mistura na saída do circuito contenha resíduos não queimados, mas contendo essencialmente C02.
  18. 18. Dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicQções 16 ou 17, caracterizado por os meios de ignição serem constituídos por qualquer dispositivo que gere calor suficiente, tal como um dispositivo piezométrico que gera uma faísca eléctrica, uma descarga eléctrica, uma resistência eléctrica capaz de produzir calor localizado.
  19. 19. Dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 1 a 18, caracterizado por incluir na saída do percurso um dispositivo de aspiração capaz de aspirar os fumos gerados pela combustão catalítica, de modo a assegurar desde montante que a circulação da mistura da -5- combuslão catalítica se faz desde uma até à outra extremidade do circuito.
  20. 20. Utensílio para aquecimento, caracterizado por compreender um dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 1 a 19.
  21. 21. Utensílio para a cozinha doméstica, caracterizado por compreender um dispositivo de aquecimento de acordo com uma das reivindicações 1 a 19. Lisboa, 8 de Março de 2001 LUIS SILVA CARVALHO Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA
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