PT83029B - Instalacao para a producao electrolitica de metais reactivos em banhos de sais fundidos - Google Patents
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Description
INSTALAÇÃO PARA A PRODUÇÃO ELECTROLÍTICA DE METAIS REACTIVOS
EM BANHOS DE SAIS FUNDIDOS
A presente invenção refere-se a uma instalação para a produção electrolítica de metais em banhos de sais fundidos particularmente para metais reactivos tais como titânio, zircónio e háfnio.
A produção electrolítica de metais reactivos apresenta dificuldades operacionais sérias.
Uma primeira dificuldade reside na necessidade de realizar a electrólise num recipiente substancialmente vedado para o banho de sais fundidos, quer por causa do desprendimento de gases durante a electró lise, quer para impedir a contaminação do banho pelos gases atmosféricos.
Uma segunda dificuldade surge do facto de os metais reactivos mencionados antes se depositarem no cátodo no estado sólido em consequência da electrólise, sob a forma de cristais que aderem à superfície do eléctrodo, tornando assim necessário retirar o cátodo da célula de electrólise para recolher o metal.
Uma outra dificuldade reside no facto de o metal produzido ter uma reactividade elevada quando em contacto com o ar a temperaturas elevadas, de modo que o metal produzido tem de ser arrefecido numa atmosfera inerte para permitir o seu armazenamento subsequente.
As dificuldades atrás referidas tornam portanto a permuta do mat.e rial e da energia com o ambiente da electrólise extremamente laboriosa e complicada, de modo que os processos actualmente conhecidos para a produção dos metais reactivos são essencialmente descontínuos, tornando necessário interromper o processo electrolítico, particularmente para a recolha do metal produzido.
Tendo em vista estes inconvenientes, o objecto da presente inven ção consiste em proporcionar uma instalação que permita a produção contínua do metal, ultrapassando as dificuldades indicadas anteriormente.
-2-1
Um segundo objecto da presente invenção consiste em proporcionar uma instalação que seja muito versátil em uso e tal que permita a realização dos processos de extração e refinação do metal reactivo na célula electrolítica.
Um outro objecto da presente invenção consiste em proporcionar uma instalação que, devido à sua versatilidade, possa ser usada para fins experimentais, permitindo modificar facilmente a disposição e a configuração dos eléctrodos no interior da célula electrolítica.
Por conseguinte, a presente invenção proporciona uma instalação caracterizada por compreender:
- uma carcaça exterior,
- meios para manter uma atmosfera substancialmente inerte para o metal a produzir na carcaça,
- um recipiente disposto no interior da carcaça e disposto por forma a conter o banho de sais fundidos e que possui uma abertura superior provida de uma tampa móvel,
- um certo número de eléctrodos dispostos de modo a ficarem suspensos no banho de sais fundidos,
- um certo número de meios de ligação eléctrica e de suporte que compreendem, para cada um dos eléctrodos, um par de elementos condutores dispostos voltados um para o outro, em duas paredes opostas do recipiente junto da sua abertura, estando cada um dos eléctrodos suspenso no banho de sais fundidos, assentando no referido par de elementos condutores, e
- meios de manobra associados à carcaça exterior e adaptados para retirar qualquer dos referidos eléctrodos do recipiente*
Em virtude da combinação das características mencionadas antes , a instalação segundo a presente invenção permite a realização da electrólise dos sais fundidos com um procedimento de operação simples, equivalente ao que caracteriza os processos de electrólise em soluções aquosas.
Além disso, compreender-se-á que a instalação segundo a presente invenção difere das instalações da técnica anterior pelo facto de o reci-
3piente desempenhar apenas a função de conter o electrólito e não a de obter a vedação contra os gases para isolar o ambiente da electrólise da atmosfera exterior, sendo esta última função desempenhada pela carcaça exterior* Este facto tem como consequência vantagens operacionais importantes, tais como a possibilidade de manter o banho de sais fundidos a temperaturas mais elevadas ou a possibilidade de manter uma pressão absoluta mais baixa no recipiente do que a conseguida nas instalações convencionais* Em termos de estrutura, a instalação permite que as peças do recipiente em contacto com o electrólito sejam feitas de materiais tais como aço macio com uma resistência estrutural modesta , particularmente aqueles compatíveis com electrólitos tipicamente usados, mesmo em condições de temperatura e de vácuo extremamente elevadas.
Outras vantagens e características da instalação segundo a presente invenção serão evidenciadas na descrição de pormenor que se segue, dada puramente a título de exemplo não limitativo, com referência aos desenhos anexos, cujas figuras representam:
As fig. 1, 2 e 3, vistas esquemáticas em corte longitudinal que ilustram porções adjacentes respectivas da instalação segundo a presente invenção;
A fig* 4, uma vista esquemática que ilustra o modo como se ligam entre si as porções das fig* 1, 2 e 3;
A fig, 5, uma vista esquemática, com um corte feito pela linha (V-V) da fig. 1;
A fig. 6, uma vista esquemática em corte transversal feito pela linha (VI-Vl) da fig. 3;
A fig. 7, uma vista parcial em perspectiva que ilustra pormenores da instalação;
A fig. 8, uma vista em corte de um pormenor da fig. 5, numa escala ampliada;
A Fig. 9, uma vista parcialmente em corte que ilustra um pormenor da instalação;
A fig. 10, uma vista parcialmente em corte de um pormenor da fig. 9;
4A fig· 11, um eléctrodo que pode ser usado na instalação segundo a presente invenção; e
A fig· 12, uma vista com corte feito pelo plano (XII-XIl) da fig·
11.
Com referência aos desenhos, uma instalação segundo a presente invenção.compreende uma carcaça metálica exterior (2) que define uma câmara principal (4) substancialmente isolada do exterior e em cujo interior há um recipiente (6) para o banho de sais fundidos e para realizar a electrólise, e meios de manobra (8)·
A carcaça (2) inclui uma câmara právia (10) para permitir as trocas de material entre o ambiente exterior e a câmara principal ( 4). Para isso, a câmara právia ou antecâmara (10) possui portas estanques aos gases (12) e (14) que colocam a antecâmara (10) em comunicação com a câmara (4) e com o ambiente exterior, respectivamente.
No exterior da carcaça (2) há bombas de vácuo (16a) e (16b) com os respectivos tubos de aspiração (18a) e (18b) que comunicam respectivamente com a câmara (4) e com a antecâmara (10) para' manter uma atmosfera controlada, em particular uma atmosfera inerte para o metal a produzir, no seu interior. (20a) e (20b) indicam reservatórios de gás inerte sob pressão, tipicamente argon, que fornecem o gás inerte à carcaça (2) através de tubos (22a) e (22b), respectivamente.
recipiente (6) para o banho de sais fundidos tem dé preferência uma forma paralelipipédica e inclui um forro (26) refractário isolante térmico adjacente à carcaça (2) e um forro interior refractário (28). No interior do forro refractário interior há um manto metálico (30), também de forma paralelipipédica, que constitui 0 cadinho para conter 0 banho de sais fundidos. 0 manto metálico (3θ) está oclocado assente na base do forro interior refractário (28). De preferência, há um intervalo (32) entre as paredes laterais do manto (30) e 0 forro interior refractário (28). Um certo número de elementos de aquecimento (34) (fig. 5) está incorporado na parte das paredes laterais do forro interior refractário (28) voltada para as paredes laterais do manto (30), para proporcionar, por radiação, 0 calor necessário para levar 0 banho de
<o sais dentro do cadinho ao ponto de fusão e possivelmente para manter essa temperatura. Um certo número de elementos de aquecimento (34) está também incorporado na base do forro interior refractário (28).
banho de sais fundidob pode ser aquecido por eléctrodos imersos no electrólito e alimentados por um transformador de tensão variável em vez de se usarem os elemectos de aquecimento (34) ou em cooperação com estes elementos de aquecimento.
De preferência, o recipiente (6) está associado com meios de veda ção, globalmente indicados em (36), para evitar que os gases corrosivos provenientes do interior do cadinho penetrem no espaço (32) e evitar a corrosão dos elementos de aquecimento (34) protegidos. Os meios de veda ção compreendem um vaso (?8) encaixado ao longo de todo 0 bordo superior do forro interior refractário (28) e contendo metal fundido, indicado em (40)· Uma alheta (42) é mergulhada verticalmente no metal fundido no recipiente (38) e é soldada a um flange (44) fixado no bordo superior do manto (30). A escolha do metal no vaso depende da temperatura atingida pelo material refractário durante a electrólise, tendo este metal um ponto de fusão inferior à temperatura de funcionamento do material refractário.
Um tubo (24) passa através da parede do recipiente (6) e comunica com o intervalo (32) e com a bomba de vácuo (16a), em paralelo com o tubo (18a), de modo a manter uma pressão no intervalo (32) substancialmente igual à pressão que existe na câmara (4).
A carcaça exterior (2) suporta uma estrutura (46) da armação que se sobrepõe ao bordo superior do forro interior refractário (28) e actua como um suporte de vários elementos de cobertura (48) que podem ser el£ vados e que , quando assentam na estrutura da armação (46), cobrem o recipiente (6), impedindo qualquer transbordo substancial de produtos gasosos provenientes da electrólise no recipiente (6) para o interior da câmara (4).
Cada um dos elementos de cobertura (48) possui um actuador (50), actuado por um fluido associado, articulado com a parede da carcaça
6exterior (2) e disposto por forma a permitir que um elemento de cober-j tura respectiva seja levantado para uma posição vertical para permitir o acesso aos meios de manobra (δ) no interior do recipiente (6)«
No interior do recipiente (6) há eléctrodos (52) que assentam em meios (54a) e (54b) para os suportar e ligar electricamente (fig. 9).
Cada um dos meios de suporte e ligação eléctrica (54a) e (54b) compreende um elemento condutor da electricidade (56) constituído por uma barra de aço oca envolvida de maneira estanque por ma manga refractária (58) isolante eléctrica, que é introduzida num elemento metálico ' ' estrutura da tubular (62). Cada elemento tubular (62) estende-se através da/armação (46) preenchida com material refractário numa direcção perpendicular à parede respectiva do recipiente (6). Cada barra (56) tem a sua extremidade (64) fora do recipiente (6) ligada a meios de alimentação eléctrica (66) que fornecem corrente contínua (i) e a sua outra extremidade (68) projectada para dentro do recipiente (6). A extremidade (68) de cada barra tem uma sede em forma de diedro (70)·
Um par de barras (56) voltadas uma para a outra em paredes opostas do recipiente (6) suporta cada um dos eléctrodos (52).
Dentro da cavidade de cada barra (56) há meios de permuta térmica constituídos por dois tubos concêntricos (72) e (74) nos quais se faz circular um fluido de refrigeração, que é fornecido em (76) e sai em (78). A circulação do fluido de refrigeração durante a produção do metal permite que a própria barra seja mantida a um nível de condutividade eléctrica elevado, aumentando 0 rendimento da instalação.
A fig. 10 ilustra em pormenor o dispositivo para montar cada uma das barras (56) na carcaça (2) para impedir que 0 ar entre no recipiente (6) ou que os produtos gasosos deixem 0 mesmo, durante o funcionamento da instalação, e para obter 0 isolamento eléctrico de cada barra.
A cada barra (56) está soldada uma placa anular (82) fixada por parafusos de ligação (84) entre duas placas anulares (86) e (88). A placa anular (88) estã soldada à carcaça exterior (2) e comprime uma anilha anular de vedação entre si e a placa (82). Entre a placa anular o sSS&*aM o (88) e a superfície exterior da barra (56) há uma manga (92) de material isolante da electricidade, por exemplo de asbesto ou Teflon. Uma anilha anular de vedação (94) está interposta entre a placa (82) e a placa (86). A placa (86) envolve uma anilha anular (96) que envolve uma manga metálica (98) soldada na barra (56). Prevêm-se canais (lOO) e (102) , respectivamente na placa (88) e na manga (98), para a circulação do fluido de refrigeração.
A fig. 11 ilustra um eléctrodo (52), em particular um cátodo , apropriado para ser usado na instalação segundo a presente invenção. 0 eléctrodo compreende um corpo (104), que suporta um cilindro metálico oco (106) para actuar como superfície de deposição do metal a produzir. Do corpo ramificam-se dois braços (108) e (110), que possuem cavidades de encosto (112) nas extremidades distantes, com a forma de diedros com plementares das sedes em forma de diedro (70) das extremidades (68) das barras (56).
As faces dos diedros fazem entre si, tipicamente, um ângulo de 110° a 150°, de preferência 120° (fig. 12).
contacto eléctrico entre 0 eléctrodo e a barra de suporte é garantido pelo peso do préprio eléctrodo e a inclinação das faces de apoio das sedes (7θ) para cada barra (56), o que reduz substancialmente a deposição de pé nas zonas de contacto eléctrico entre o eléctrodo e a respectiva barra de suporte.
Compreende-se que a presente invenção não deve ficar limitada ã disposição específica dos eléctrodos (52) dentro do cadinho ou à sua configuração específica, podendo variar largamente, mantendo-se inalterável 0 princípio atrás descrito de formação de um apoio para cada eléctrodo nos meios de suporte e ligação eléctrica (54a) e (54b).
Notar-se-á que a disposição da instalação, e particularmente a montagem dos eléctrodos segundo a presente invenção, permitem que todos os eléctrodos fiquem sob comando eléctrico independente e também torna a substituição dos eléctrodos simples e sem a necessidade de interromper a produção para desmontar a célula. Isto é particularmente vantajoso em relação aos ânodos de grafite que podem ser submetidos a acidentes por rotura.
8No caso de uma interrupção do fornecimento de energia, é possível intervir rapidamente para retirar os eléctrodos do banho electrólítico, evitando assim a rotura dos eléctrodos, que podia ser provocada por arrefecimento do banho, com a consequente redução de volume.
A instalação prevê a possibilidade de fornecer o composto que contém o metal a produzir quer sob a forma gasosa ou sólida. E também possível fazer funcionar a instalação puramente para fins de refinação de metal em bruto.
No caso de uma alimentação gasosa, as condutas de alimentação (não representadas) podem passar através das paredes do recipiente (6). No caso de uma alimentação sólida, o composto do metal sólido ou o metal em bruto podem ser fornecidos por intermédio dos meios de manobra (8).Para isso, os ânodos podem ser corpos em forma de T do tipo representado na fig. 11, com cestos fixados nas extremidades inferiores para conter o composto sólido do metal a produzir ou o metal em bruto.
recipiente (6) tem de preferência também pares termoeléctricos para regular a sua temperatura, e sondas e sensores para permitir que as variações de cada variável no processo sejam seguidas. Além disso, o recipiente (6) tem de preferência uma bomba de aspiração associada , alimentada por uma conduta que comunica com o interior do cadinho para retirar os gases produzidos durante a electrólise* Os gases retirados podem ser enviados para uma instalação exterior para depuração ou recuperação.
Os meios dé manobra (8) compreendem uma calha de guia (114) situada no interior da carcaça (2) e disposta paralelamente ao lado maior do recipiente (6). Um dispositivo de manobra (116) está montado de maneira deslizante na guia (114), sendo proporcionados meios de accionamento para o deslocar. 0 dispositivo de manobra (116) inclui um braço articulado (118) com uma ferramenta (120) na extremidade para ser aplicada aos braços (108) e (110) de cada eléctrodo. De preferência, o dispositivo*de manobra (116) tem dispositivos de accionamento oleodinâmicos que podem ser operados do exterior da carcaça, passando os tubos de alimentação do fluido de operação através de juntas vedantes nas paredes da carcaça exterior.
Para permitir a remoção de um eléctrodo, ou pelo menos para permitir mover os eléctrodos, basta levantar um ou mais dos elementos em forma de cúpula (48), por meio de actuadores (50), para permitir o acesso do dispositivo de manobra (116) para o interior do recipiente (6) e a remoção do eléctrodo desejado. Compreende-se que esta operação nao requer a interrupção da produção electrolítica. Depois de abrir a porta vedada (12), o eléctrodo retirado do recipiente (6) pode ser colocado , por meio do dispositivo de manobra (116), na câmara (10) para arrefecer e depois para a recolha do produto metálico. Naturalmente, um novo eléctrodo, por exemplo um eléctrodo (52m) armazenado na câmara (M numa armação (124), pode ser apanhado imediatamente por meio do dispositivo de manobra e posicionado no banho electrolítico, sem afectar a produção da instalação.
dispositivo de manobra pode ser controlado automaticamente ou por meio de um operador que observa o interior da carcaça directamente através de um certo número de portinholas (122) providas de escovas de limpeza montadas nas paredes da carcaça exterior (2).
Outros acessórios da instalação segundo a presente invenção incluem um forno (126) e um dispositivo raspador (128) colocado na antecâmara (10). 0 forno tem uma cúpula móvel (130 ) e meios de suporte (132) para suspender um cátodo (52c) no forno depois da sua retirada do banho de sais fundidos.
raspador (128) para a recuperação do produto metálico compreende uma carcaça (134) com um fundo (136) que pode ser aberto e meios raspadores (136) para retirar o metal depositado da superfície do cátodo.
Durante o processo de produção do metal, um cátodo, em cuja superfície activa se depositou o produto metálico, é retirado do banho de sais fundidos e colocado, por meio do dispositivo de manobra (116), no forno (126) que é mantido à temperatura de fusão dos sais fundidos. 0 cátodo é mantido no forno durante um tempo suficiente para permitir que o electrólito na sua superfície seja completamente drenado; este electrólito é rico no metal a produzir, que está dissolvido no mesmo num estado iónico e, dado que é um material valioso, é portanto recolhido num ca-
dinho (138) dentro do forno. Uma vez recolhido o electrólito, o produto metálico é removido da superfície do cátodo por introdução do próprio cátodo no dispositivo raspador (128) por meio do dispositivo de manobra (116). 0 produto metálico que se junta no fundo (136) que pode ser aberto é retirado da carcaça (2) por meio de um carro (140).
De acordo com uma outra característica , a carcaça define também uma câmara (142) para a recolha do dispositivo de manobra, adjacente à câmara (10) e que comunica com ela através de uma porta de correr (144). Mantém-se uma atmosfera controlada também na câmara (142) por meio de um fornecimento de gás inerte. A câmara (142) tem como função principal a recolha do dispositivo de manobra que é então transferido para manutenção e paxa reduzir o seu tempo na câmara (4) na qual está mais exposto aos gases provenientes da célula. Para isso, prevê-se uma calha (146) na câmara (142), alinhada com a calha de guia (114) e com roletes (148), de modo que pode deslizar ao longo da guia (15θ) na qual os roletes (148) se encaixam de modo a poderem efectuar o movimento de rolamento. Dois actuadores hidráulicos (152), que podem ser operados do exterior da carcaça (2), deslocam a calha (146) ao longo das guias (150) para a levar a uma posição adjacente à calha (114), depois de abrir a porta de correr (144), de modo a constituir um prolongamento da mesma e permitir o movimento do dispositivo de manobra para o interior da câmara de recolha (142).
Junto da câmara (4) há também uma câmara (154) na qual os eléctrodos (52a) são armazenados, assentes nas guias (156) operadas pelos actuadores hidráulicos, para a transferência através de uma porta de comunicação (158) para o interior da câmara (4).
Cada um dos eléctrodos (52a) tem um tubo flexível (166) fixado no corpo do próprio eléctrodo para fornecer ao banho matéria prima sob a forma de partículas de líquido ou sólido numa corrente de gás inerte. Cada tubo flexível é enrolado numa bobina (168) e está ligado na sua extremidade exterior a um reservatório (s) da matéria prima. 0 eléctrodo introduzido na câmara (4) através da porta de comunicação (15θ) pode ser colocado na célula por meio do dispositivo de manobra, levando consigo 0 tubo flexível para fornecer a matéria prima, tipicamente TiCl^ ou TiOg t
no caso da produção de titânio. Sempre que os materiais fornecidos bloqueiam o tubo de alimentação, o que pode verificar-se facilmente com as matérias primas súlidas mencionadas antes, é possível, segundo a presente invenção, retirar o eléctrodo rapidamente do banho e posicionar o mesmo na câmara (154), sendo o tubo flexível ao mesmo tempo enrolado e substituído ou limpo de modo que a produção possa continuar, tendo sido interrompida a alimentação da matéria prima durante um curto intervalo de tempo. Esta possibilidade constitui uma outra vantagem da presente invenção em relação à técnica anterior pelo facto de, nas instalações convencionais,não ser possível substituir o tubo para a matéria prima sem interromper o funcionamento de toda a célula.
Junto da câmara (154) uma outra câmara (16θ), provida de uma cúpula movei (164) e que comunica com o exterior através de uma porta de acesso (162), é usada para o armazenamento de um certo número de tubos de ensaio para colher amostras do electrúlito. A colheita de amostras do electrúlito é feita levantando a cúpula múvel (164), transferindo o tubo de ensaio por meio do dispositivo de manobra para o interior do banho de sais fundidos e depois repondo o tubo de ensaio na câmara (160). A porta de acesso independente (162) permite que as amostras colhidas sejam retiradas da carcaça (2), mas limitando o fluxo de gás inerte proveniente da carcaça (2).
Naturalmente, mantendo o princípio da presente invenção, as formas de realização e os seus pormenores construtivos podem variar largamente em relação ao que se descreveu e ilustrou, apenas a título de exemplo não limitativo, sem que se verifique um afastamento dos objectivo s da presente invenção.
Claims (15)
1. Instalação para a produção electrolítica de um metal em um banho de sais fundidos, caracterizada por compreender:
- uma carcaça exterior (2),
- meios (la, 20a) para manter na carcaça uma atmosfera substancialmente inerte para o metal a produzir,
- um recipiente (6) disposto no interior da carcaça e disposto de modo a conter o banho de sais fundidos e com uma abertura superior provida de uma tampa mével (48),
- um certo número de eléctrodos (52) dispostos de modo a ficarem suspensos no banho de sais fundidos,
- um certo número de meios de ligação eléctrica e de suporte (54a, 54b) que compreende, para cada um dos eléctrodos, um par de elementos condutores da electricidade (56) dispostos, um voltado para o outro, em duas paredes opostas 4° recipiente adjacentes à sua abertura, estando cada um dos eléctrodos suspensos no banho de sais fundidos assente no referido par de elementos condutores, e
- meios de manobra (8) associados com a carcaça exterior e adaptados para retirar um qualquer dos referidos eléctrodos do recipiente ♦
2. Instalação de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por cada um dos elementos condutores (56) ser constituído por uma barra oca que se projecta para dentro do recipiente, tendo a extremidade ( 64) fora do recipiente ligada aos meios de alimentação eléctrica (66) e a extremidade (68) no interior do recipiente provida de uma sede (70) para 0 eléctrodo respectivo e por se preverem meios de permuta de calor (72,74), com fluido circulando em tubos concêntricos, no interior de cada barra oca.
Instalação de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por r
cada um dos eléctrodos compreender um corpo de suporte (104) com dois braços (ΐθδ,ΙΙΟ) que se ramificam a partir do corpo e tendo, cada um deles, uma cavidade de encosto (112) na sua extremidade distante com a forma complementar da do assento em cada um dos elementos condutores.
4. Instalação de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por a cavidade (112) em cada braço ter a forma de um diedro.
5. Instalação de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por as faces do diedro formarem entre si um ângulo de 110° a 130°.
6. Instalação de acordo com uma qualquer das reivindicações 3 a 5 > caracterizada por cada um dos eléctrodos ter um corpo em forma de T, cuja parte transversal é constituída pelos dois braços referidos.
7. Instalação de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a tampa móvel do recipiente compreender um certo número de elementos de cobertura que podem ser levantados (48), uns adjacentes aos outros e suportados pelo bordo superior do recipiente, e um certo número de actuadores (5θ), cada um dos quais coopera com um el£ mento de cobertura respectivo para o elevar.
8. Instalação de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores caracterizada por o recipiente incluir um forro refractário (26,28) adjacente a carcaça exterior e um manto metálico interior (J0) adjacente ao forro refractário e disposto de modo a conter o banho de sais fundidos.
9. Instalação de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por incluir meios de aquecimento (34), incorporados na parte do forro refractário voltada para o manto metálico/e meios de vedação hidráulicos (36) para impedir que os gases se infiltrem no intervalo entre o manto metálico interior, e o forro refractário.
10. Instalação de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a carcaça incluir uma câmara principal (4) na qual
-14estão colocados o dispositivo de manobra (8) e o recipiente (6) e uma antecâmara (10) que comunica com a câmara principal e com o ambiente exterior através de portas estanques aos gases (12,14).
11. Instalação de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por incluir ainda um forno (126) situado na antecâmara (lò) para receber pelo menos um eléctrodo para a produção do metal depois da sua remoção do banho de sais fundido e para manter o eléctrodo a uma temperatura superior ao ponto de fusão do banho, para drenar o electrólito da superfície do eléctrodo.
12. Instalação de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por incluir ainda um dispositivo raspador (128) situado na antecâmara (10) para remover o produto metálico da superfície do eléctrodo de produção.
13. Instalação de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a carcaça exterior (2) definir além disso uma câmara (142) para a recolha do dispositivo de manobra (116) que comunica com a câmara principal (4) por meio de uma porta de correr (144).
14. Instalação de acordo com a reivindicação 13, caracterizada por a câmara (142) incluir uma calha móvel (146) e meios de accionamento (152) que podem ser operados do exterior para deslocar a calha para uma posição adjacente à calha (114) da câmara (4) de modo a constituir um prolongamento da mesma.
15· Instalação de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por incluir uma câmara para o armazenamento dos eléctrodos (154) que comunica com a câmara principal (4) através de uma porta de comunicação (158)·
16. Instalação de acordo com a reivindicação 15, caracterizada por cada um dos eléctrodos (52a) armazenados na câmara (154) ter um tubo flexível associado (166) para o fornecimento da matéria prima.
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