PT773717E - Processos e aparelhos para a desnaturacao de alergenos dos acaros no po domestico - Google Patents

Processos e aparelhos para a desnaturacao de alergenos dos acaros no po domestico Download PDF

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Description

1 & ο
Descrição “Processos e aparelhos para a desnaturação de alérgenos dos ácaros no pó doméstico” A presente invenção refere-se à desnaturação dos alérgenos dos ácaros nas poeiras domesticas (HDM), para melhorar as condições de vida para as pessoas que sofrem de asma e doenças similares, atingindo a invenção essa finalidade por várias vias, que envolvem processos, produtos e equipamento. A invenção representa uma ruptura em relação ao problema em que os alérgenos HDM são a causa principal do desconforto das pessoas que sofrem de asma e similares, como é evidenciado por estudos médicos (Ver M. J. Bluff “Use of Liquid Nitrogen in the Control of House Dust Mite Population” Clinicai Allergy, 1986 - Vol. 16, p. 41 a 47). A presente invenção tem aplicação principalmente no tratamento de artigos que contêm têxteis, em particular equipamentos macios volumosos, tais como colchões, bases de leito, travesseiros, sofás, almofadas, brinquedos moles e similares, que constituem terrenos de reprodução dos HDM. O tratamento a que a invenção se refere é um tratamento pelo qual os HDM (Dermatophagoides Patheroyssinus) podem ser mortos e os alérgenos contidos nos seus excrementos podem ser desnaturados.
Os HDM, como esta designação sugere, habitam em ambiente interiores, em particular nos que são habitados por pessoas ou outros animais. As pessoas ou os animais largam continuamente escamas de pele, microscópicas, que caem no chão e no mobiliário da casa e onde haja um artigo revestido de tecido as escamas da pele assenterão gradualmente no interior do artigo. Os HDM alimentam-se destas escamas da pele enquanto elas se decompõem, compreendendo-se que onde haja 2
grandes quantidades de pele acumuladas haverá uma grande concentração de HDM Os têxteis são particularmente susceptíveis à infestação por HDM, visto que as partículas de pele se aglomeram nos espaços entre as fibras do têxtil, podendo os HDM viver e reproduzir-se, geralmente sem grande obstáculo.
Os materiais das camas são particularmente infestados com HDM, visto que nos mesmos são largadas grandes quantidades de pele, nas camas, nas bases das camas e nos edredões, formando-se elevadas concentrações de HDM descontroladas.
Os estudos têm mostrado que os efeitos da estadia em ambientes isentos de HDM, tais como hospitais, onde se encontram poucos sítios para que os HDM vivam e se reproduzam, é muitas vezes benéfico para as pessoas com propensão para desenvolver problemas respiratórios, tais como a asma e outras doenças, tais como rinites e eczemas. Crê-se que, não os próprios HDM, mas sim um alérgeno ou grupo de alérgenos denominado Der.pl (de aqui em diante “alérgenos HDM”), associados com as bobinas fecais dos ácaros, é um factor contribuinte, se não a causa principal, destas doenças. Crê-se que o alérgeno dos HDM provoca uma reacção alérgica que provoca inflamação do tecido na superfície dos brônquios, nos pulmões de uma pessoa asmática, onde o alérgeno vai assentar, causando as inflamações dificuldades respiratórias. Vários processos e meios têm sido propostos para eliminar os HDM dos materiais das camas pertencentes em especial aos que sofrem de asma.
No lar há várias formas de produtos têxteis que constituem terrenos de infestações para os HDM, tratando-se de materiais bidimensionais, tipo folha, tais como cortinados, carpetes, coberturas estofadas e similares, os quais são difíceis de limpar, e produtos têxteis tridimensionais, tais como travesseiros, cadeiras, sofás, 3 brinquedos moles, edredões, etc., tratando a presente invenção do tratamento dos chamados artigos tridimensionais.
Alguns artigos têxteis bidimensionais, tais como roupa e roupas de cama, podem ser lavados para eliminar os HDM e o seu alérgeno, mas alguns dos artigos que contem têxteis que são tratados pela invenção não são evidentemente susccptucis dc um tal tratamento.
Tem havido tentativas para proporcionar o tratamento de artigos têxteis e máquinas para esse efeito, para a eliminação dos HDM e o seu alérgeno. Foram também propostas máquinas para a limpeza dos artigos bidimensionais, tais como carpetes, por um tratamento que pode envolver a morte não intencional dos HDM e a desnaturação dos alérgenos, mas os objectivos prioritários de proporcionar uma solução completamente eficaz do problema por meio de um tratamento rápido e eficiente (que possa ser realizado como um serviço ou pelo dono da casa), que deixe o artigo tratado completa ou substancialmente livre de HDM e desnaturando os alérgenos dos HDM, deixando o artigo na condição de isento de hDM depois do tratamento, não foi atingido.
Assim, são conhecidos aspiradores especialmente adaptados para a remoção dos HDM de artigos de tecido bidimensionais, tendo esses aspiradores dispositivos com uma aspiração, potente e filtração fina. Num aspirador especialmente adaptado, uma vez o pó aspirado e recolhido, aplica-se calor ao receptáculo de recolha a 600°C para matar os HDM contidos no pó. Estes aspiradores não são apropriados para utilizar na limpeza de produtos têxteis tridimensionais; o aspirador não pode aplicar a pressão necessária para remover eficazmente as partículas de alérgenos enterradas, nem os grandes números de ácaros que no seu sítio aderentes ás fibras têxteis. O 4 nosso estudo mostraram além disso que 60°C é uma temperatura insuficiente para desnaturar os alérgenos num tempo razoável.
Um outro produto comercializado para ser usado conjuntamente com os aspiradores atrás referidos é uma pulverização de pesticidas que matam os HDM. Muitas vezes, no entanto, as pessoas têm dúvidas sobre a utilização de pulverizações de pesticidas, em particular nos lares. Seriam necessárias grandes quantidades de pulverização para tratar, por exemplo, um simples colchão. Além disso, a pulverização pode matar os HDM mas não efectua os alérgenos, que continuam activos.
Um outro processo proposto para impedir a criação de HDM, e que haja alérgenos transportados pelo ar, consiste na cobertura do leito com uma folha de plástico impermeável. Porém, em geral tais coberturas de plástico, como se verificou, reduzem os níveis de conforto sentido na utilização de apenas coberturas de têxtil.
No pedido de patente inglesa N.° 2 280 851, foi proposto utilizar o vapor de água para desnaturar os alérgenos dos HDM, mas esse pedido de patente apenas sugere a utilização de vapor sem fornecer outros pormenores relativos a um tratamento completo e eficaz. Um desenho, nesse pedido de patente, mostra o que parece ser uma máquina gerador de vapor e uma tubeira exterior que fornece um jacto de vapor para a cobertura de um pavimento, mas não se apresenta qualquer descrição relativamente aos mesmos. Este pedido de patente não foi publicado até 15 de Fevereiro de 1995. A patente inglesa N.° 483 710 apresenta o mesmo equipamento básico para a diminuição de parasitas. A patente EP 0 385 781 BI apresenta um processo para combater os HDM por meio de uma tubeira de aspiração de um aspirador, que coopera com uma fonte de ar quente, que compreende um jacto de ar quente a 60°C-70°C, orientado para o matenal têxtil a tratar. Enquanto que este ar quente pode matar os HDM, pelo menos num intervalo de tempo sensível, não desnatura os alérgenos HDM. A patente não reconhece, de modo nenhum, a necessidade de desnaturar os alérgenos dos HDM, não fazendo qualquer referência à mesma. O pedido de patente EP 0 424 070 AI descreve um exemplo da utilização de uma pulverização do meio de tratamento, isto é, azoto líquido, para matar os ácaros no pó; o pedido não revela nada relativamente à desnaturação dos alérgenos dos HDM.
As patentes inglesas N08 1 286 985, 1 448 434 e 1 520 761 e a patente US 3 262 146 apresenta a possibilidade de limpar carpetes e similares, por meio de jactos de vapor sobreaquecido, seguido por aplicação de vácuo. O pedido de patente EP 262 451 A descreve um processo de esterilização que compreende a secagem e o aquecimento de objectos molhados, no qual a temperatura é elevada lentamente até 65°C e, depois, mais rapidamente, a 125°C--130°C. A patente japonesa JP 032113185 A descreve um processo de lavagem e esterilização de colchões, que compreende a aplicação de água que contém um detergente num dos lados, enquanto se aplica vácuo do outro lado do colchão seguido pela esterilização e secagem com vapor a alta temperatura e alta pressão. O pedido de patente japonesa JP 06169882A descreve um processo para matar os ácaros no pó por colocação do produto infectado com os ácaros das poeiras doméstica, num recipiente fechado, a que se segue a injecção de gás quente para o 6
interior do recipiente. Em Allergy 44, 396-400 (1989) ensina-se que a lavagem a 59°C, remove os ácaros das poeiras domésticas e reduz de maneira significativa a quantidade de proteínas alergénicas no material tratado, mas falha na redução significativa da actividade do alérgenos. Em Allergy 49, 131-133 (1994) ensina-se que o alérgeno Der.Pl das poeiras domésticas não é desnaturado quando essas poeiras forem aquecidas a 60°C, durante 24 horas, mas que, por outro lado, é sabido que a desnaturação é importante quando o aquecimento fora 56°C durante 24 horas, em solução, e mesmo mais a 75°C durante 1 hora
Tem portanto sido dada muita atenção à necessidade de matar os HDM, mas menos atenção à necessidade, ou à realização, da desnaturação dos alérgenos dos HDM e, enquanto isso possa ter-se verificado em algum tratamento da técnica anterior, por projecto ou por acidente, essa realização contribui para a presente invenção. A presente invenção reconhece também a necessidade de proporcionar um tratamento prático, rápido e eficiente, que possa ser feito de modo que os produtos tratados fiquem em condições de ser usados ao fim do tempo mais curto possível. O nosso estudo indicou que, em formas de realização preferidas da invenção, em função do tratamento, não só há a necessidade da presença do calor para desnaturar os alérgenos dos HDM, como também tem de estar presente a humidade, se se pretender que as temperaturas e o tempo de tratamento se mantenham em níveis razoáveis e práticos. Admitimos que o produto tem de estar a uma temperatura suficientemente elevada (80°C a 100°C) conforme o tempo para desnaturar os alérgenos e/ou secar o produto. Nas condições atmosféricas normais 7 Ό,---verificámos que, embora o vapor de água seja lançado em jacto a partir de um vaso, no qual está contido a uma pressão superior à pressão atmosférica, quando é libertado, o produto não pode ser aquecido acima de 100°C. Felizmente esta temperatura é suficientemente elevada para desnaturar os alérgenos HDM e, ao mesmo tempo, suficientemente baixa para impedir a danificação do produto.
Um objecto da presente invenção consiste em proporcionar um processo para o tratamento de produtos que contêm HDM, por meio do qual se elimina uma grande fracção dos HDM, sem os inconvenientes e as ineficiências dos processos conhecidos.
Um outro objecto da invenção consiste em matar os HDM, por meios naturais que não deixam resíduos perigosos.
Um outro objecto ainda da invenção consiste em proporcionar um processo de destruição ou desnaturação “in situ” dos alérgenos HDM que se acumulam nos produtos.
De acordo com a presente invenção, proporcionar-se:
Um processo para a desnaturação dos alérgenos HDM em produtos, tais como travesseiros, almofadas, colchões, divãs, edredões, cadeias, sofás, brinquedos macios e similares, feitos de laterais têxteis permeáveis, que constituem campos de reprodução para os HDM e que têm um núcleo, caracterizado pelo passo de injectar um fluido quente no interior do núcleo do produto de modo a permear o material têxtil, a partir do núcleo, para fora, para desnaturar os alérgenos HDM. O produto deve ser aquecido até uma temperatura suficiente e durante o tempo suficiente para matar na fracção substancial dos HDM. De preferência, o produto ou o material é aquecido até pelo menos 60°C. O tempo necessário 8 c? diminuirá quando aumentar a temperatura atingida.
Muitos produtos de mobiliário macios contêm tecido de materiais sintéticos, tais como “nylon”, sendo muitas vezes necessário que o produto não seja danificado de maneira irreparável durante o tratamento. Admite-se que uma temperatura final “segura” máxima, para o produto que se sujeita ao tratamento, pode ir até 120°C, por vezes mesmo até 150°C, para evitar a danificação dos materiais menos resistentes ao calor.
Uma temperatura óptima pode ser da ordem de 100°C, a qual, se for mantida durante um período, digamos, de 10 minutos garantirá que são mortos a maior parte de HMD e que a maior parte do material alérgeno será desnaturado, evitando-se ao mesmo tempo a danificação de materiais têxteis sensíveis ao calor.
De preferência será usado vapor de água, que fornece ao mesmo tempo humidade e calor ao material fibroso. Aplicando-se vapor de água ao produto ou ao material, para o tomar húmido durante o tratamento, e uma secagem forçada depois do tratamento húmido é um passo importante, pois o tratamento poder ser efectuado de maneira rápida e eficaz. O produto deve também ser aquecido forçadamente, antes da aplicação do vapor de água, por aplicação de ar aquecido.
Nenhum dos processos da técnica anterior sugeriu o aquecimento a partir do núcleo para garantir que se efectua o aquecimento eficaz do produto através de toda a sua espessura e, quando a temperatura do produto na sua superfície atinge a temperatura desejada, completou-se o aquecimento eficaz. O fluido aquecido pode ser injectado no interior do núcleo do produto para aquecer o tecido que cobre o produto, atravessando o mesmo, pela utilização de uma cabeça de aplicação, ligada a um ventilador de gás quente, tendo a cabeça uma lança 9 que se projecta para o interior do produto.
Quando um aparelho de aquecimento utiliza um permutador de calor de vapor, para fornecer ar quente, por permuta térmica entre serpentinas do permutador de calor através das quais passa o vapor, um tal aparelho é particularmente adaptável para a presente invenção, pelo facto de o circuito de vapor poder ser provido de uma válvula para a descarga selectiva de vapor do mesmo, de modo que gás um fornecimento de ar quente, por um lado, e um fornecimento de vapor, por outro lado, que pode ser usado selectivamente para aplicar humidade e calor (alimentação de vapor) e ar quente, por outro lado, para o passo de secagem forçada, como atrás se indicou.
Um tal aparelho pode ser portátil e compreende saídas para o vapor e para o ar quente e, optativamente, para vácuo, ligadas por tubagem apropriada, por exemplo a um veículo gerador, provido de um gerador de vapor, a um ventilador ou um gerador de vácuo.
Quando o produto, como sucede no caso dos colchões de molas convencionais, contém uma cavidade interior de dimensões apreciáveis, envolvida por uma cobertura têxtil, a cavidade pode ser utilizada para distribuir o fluido aquecido através de todo o interior do produto, podendo utilizar-se a conduta do aplicador para transmitir o fluido aquecido directamente, para o interior da cavidade, para permitir uma permeação completa do fluido aquecido através do têxtil. A conduta do aplicador pode ter a forma de uma conduta perfurada, situada de modo a colocar-se ao longo do comprimento do colchão, permitindo os furos a libertação do fluido aquecido a intervalos regulares ao longo do seu comprimento.
Mesmo quando o produto não tiver qualquer cavidade interior de grandes dimensões, por exemplo no caso de um travesseiro, uma cadeia ou uma almofada, a permeação homogéneo do fluido aquecido em todo o produto que utiliza uma única lança pode ser afectada. Se o produto tiver várias cavidades, para aquecer o tecido pode introduzir-se um certo número de condutas ou lanças do aplicador, com saídas distribuídas regularmente, através do produto e/ou do têxtil. Cada uma dessas condutas compreende de preferência um certo número de saídas, ao longo do seu comprimento internamente no produto. O produto pode ser isolado exteriormente durante a permeação do fluido aquecido para reduzir a energia e o tempo necessário para efectuar o tratamento, tomando assim o processo mais eficiente. O produto pode ser apropriadamente embrulhado numa cobertura isolante, de espuma de borracha. A cobertura pode ser especialmente adaptada para receber o produto com um aperto moderado, tendo a cobertura uma abertura que permite a introdução da ou das lanças do aplicador.
Quando feito este isolamento e fornecido um fluido de aquecimento sob pressão para o produto, para o aquecer, o fluido pode ser recirculado para poupar energia e prover a permeação do fluido aquecido através do tecido do produto. A invenção proporciona também um produto tal como um travesseiro, uma almofada, um colchão, um divã, um edredão, um brinquedo macio e similares, de material têxtil permeável, que constitui um terreno para a reprodução do HDM, e que tem um núcleo, caracterizado por o produto estar adaptado para ser tratado por aquecimento, pela injecção de um meio fluido quente, de modo que ele permeie o material têxtil a partir do núcleo, para fora, para a desnaturação, com uma certa frequência, dos alérgenos HDM, sendo a referida adaptação caracterizada por o artigo ser provido de um dispositivo de acoplamento, integral, para o acoplamento a 11
um dispositivo portátil de injecção de fluido quente, por meio do qual o fluido que efectua a desnaturação pode ser injectado para o interior do núcleo do produto, de modo a permear através do produto, a partir do núcleo para o seu exterior.
Também de acordo com a invenção, proporciona-se um produto, tal como um travesseiro, uma almofada, um colchão, um divã, um edredão, uma cadeira, um sofá e similares de material têxtil permeável, que constitui um terreno de reprodução para os HDM e tendo o produto um núcleo, caracterizado por o produto estar adaptado para ser tratado sendo aquecido, fazendo com que um meio fluido quente se escoe do núcleo, de modo que será permeado a partir do núcleo, para fora, para a superfície do produto, para a desnaturação, com uma determinada frequência, dos alérgenos HDM no material têxtil, compreendendo a referida adaptação a provisão do produto com um ventilador de ar quente integrado, que pode ser ligado e desligado. A invenção proporciona também um aparelho para a desnaturação de alérgenos HDM em produtos tridimensionais, tais como travesseiros, cortinados, colchões, divãs, edredões, sofás e similares, feitos de materiais têxteis permeáveis, que constituem terreno propício para a reprodução de HDM, para produzir um fluxo de fluido aquecido e caracterizado por uma lança adaptada para ser introduzida no núcleo do produto para a libertação de fluido aquecido no núcleo do produto, de modo que ele pode aquecer o produto por permeação a partir do núcleo para o exterior do produto e caracterizado por a lança ser concebida para ter um primeiro tubo de lança por meio do qual pode injectar-se vapor de água para o interior do núcleo e um segundo tubo de lança, por meio do qual pode injectar-se ar quente para o interior do núcleo do produto e no qual o primeiro tubo de lança está situado no 12 interior do segundo tubo de lança.
Descrevem-se agora formas de realização da invenção, a título de exemplo, com referência aos desenhos esquemáticos anexos cujas figuras representam: A fig. 1, uma vista ampliada que representa um processo de tratamento de acordo com a invenção, sendo o produto tratado um colchão; A fig. 2, uma vista semelhante à fig. 1, mas que representa o tratamento aplicado a um travesseiro; A fig. 3, uma vista em perspectiva de um travesseiro, que mostra um produto de acordo com a invenção; A fig. 4, uma outra vista ampliada de uma lança de injecção apropriada para ser utilizada nos processos da invenção representado nas fig. 1 e 2; e A fig. 5, uma vista em planta de um equipamento que pode ser usado nos processos representados nas fig. 1 e 2. A presente invenção diz respeito ao tratamento de artigos que são campos férteis para o HDM. A invenção enfrenta a necessidade de, por um lado, eliminar o HDM e, por outro lado, desnaturar os alérgenos HDM. A invenção presta especial atenção a este último aspecto e o processo mais recomendado envolve a utilização de humidade preferencialmente água quente ou vapor, já que os trabalhos de investigação por nós realizados apontam para a necessidade de a humidade estar presente, pelo menos com as temperaturas dos testes, para a efectiva desnaturação destes alérgenos. Resumidamente, a invenção recorre à aplicação de uma fonte de calor e às temperaturas que conseguimos atingir na prática para aquecer os artigos com vapor; a humidade é necessária para desnaturar os alérgenos. Os testes práticos realizados mostraram que era difícil aquecer qualquer artigo acima dos 100°C usando vapor. 13 /y
Na invenção, o calor é utilizado para potenciar um efeito positivo. É claro que teria sido preferível usar água para a desnaturação efectiva dos alérgenos, mas a invenção não fica limitada por esse facto. A invenção também diz respeito a artigos que estão especificamente adaptados para permitir que o tratamento seja neles aplicado. A ideia é que estes artigos sejam utilizados em vez dos artigos convencionais tais como almofadas e colchões e estão concebidos de tal forma que seja possível tratá-los facilmente ligando-os ao equipamento de tratamento por intermédio dos dispositivos específicos. Por exemplo, um asmático pode ter, no seu quarto de dormir, um colchão e uma almofada especialmente adaptados que possam ser aquecidos a partir do centro uma vez ligados ao equipamento de injecção do fluido de aquecimento. Se tal for feito regularmente, far-se-á a remoção efectiva de HDM e a desnaturação dos alérgenos.
Além disto, a invenção dispõe ainda de um aparelho especialmente adaptado para aplicações particularmente difíceis.
As Figs. 1 e 2 exemplificam concretizações da invenção. Na Fig. 1 está a ser tratado um colchão, indicado pela ref. 40, enquanto a ref. 42 na Fig. 2 mostra uma almofada a ser tratada. Em ambos os casos, uma lança de injecção (ref. 44) penetra no centro do artigo, injectando fluido quente (seta 46) para aquecimento. O fluido quente injectado na lança (seta 46) sai desta no interior do artigo através das saídas (ref. 48) e difunde-se a partir do centro para a superfície exterior, aquecendo e tratando à medida que se difunde. No caso do colchão da Fig. 1, ele dispõe de uma cavidade interior oca (ref. 50) mas a almofada está cheia (ref. 52).
As Figs. 1 e 2 mostram também uma cobertura isoladora que envolve os artigos durante o tratamento, para retenção do calor. A almofada e o colchão dispõem de uma ligação especial, ref. 58, que permite uma fácil ligação ao tubo da lança, ref. 60, que por sua vez tem uma ligação cooperativa, ref. 62. Assim, para utilizar o dispositivo, basta mergulhar a lança ref. 44 até /? •;r 14
TV ao centro do artigo e fazer a ligação 58/62, que pode ser do tipo abertura rápida. O fluido quente pode então ser injectado no interior do artigo para o tratar. Um método mais recomendado seria começar por injectar ar quente para pré-aquecer o artigo, seguindo-se vapor para aquecimento e humidificação e depois ar quente de novo. A opção pelo aquecimento a partir do centro do artigo não fazia parte da versão anterior, pelo que esta invenção contém diferentes e novas concretizações. Por exemplo, em vez de usar vapor é possível obter resultados satisfatórios usando apenas ar quente. O fornecimento de ar quente pode fazer-se montando no artigo um soprador interno integral de ar quente, que se pode ligar quando necessário. Além disto, é possível montar no interior do artigo um elemento de aquecimento semelhante ao de um cobertor eléctrico. A Fig. 3 mostra a almofada da Fig. 6 em perspectiva, podendo ver-se a ligação ref. 58, que está integrada na almofada. Um produto que disponha desta adaptação é especialmente vantajoso e representa um terceiro aspecto da invenção. Com efeito, o que se pretende ao fornecer um serviço de desnaturação do alérgeno HDM e eliminação de HDM é não só disponibilizar o equipamento para o tratamento mas também os acessórios especialmente adaptados para os pacientes. Assim, um asmático pode colocar na sua cama, travesseiro, assentos e sofás estas adaptações e dispositivos especiais de forma a permitir que uma empresa trate estes artigos da forma desejada e descrita na presente. Na realidade, é possível disponibilizar a cada paciente o seu próprio equipamento de tratamento de forma a que cada um o possa fazer por sua iniciativa. A Fig. 4 mostra que é possível dispor de uma lança especialmente adaptada para fazer a injecção do vapor e do ar quente, em vez de ter duas lanças separadas. No dispositivo da Fig. 4, a lança ref. 70 tem um tubo exterior ref. 72 que dá passagem ao ar quente, e um tubo 15 interior ref. 74 que dá passagem ao vapor. O tubo interior ref. 74 dispõe de pequenas aberturas ref. 76, que permitem a saída do vapor ref. 78 e estas aberturas estão alinhadas com as saídas maiores de ar ref. 80 no tubo ref. 72. A entrada de vapor ref. 82 está ligada ao tubo interior, enquanto a entrada de ar está ligada na zona 84 ao gerador de ar quente, como se verá adiante a propósito da Fig. 5.
Relativamente à Fig. 5, ela mostra um diagrama do equipamento para injecção de ar quente no artigo, tal como se vê nas Figs. 1 ou 2. O equipamento engloba uma armação ref. 90, cujas dimensões deverão ser tais que permitam a um homem transportá-lo. A armação tem uma cavidade ref. 92, na qual está contido um aquecedor ref. 94 para aquecimento do ar que é recebido por intermédio de um soprador ref. 96. Este soprador pode ser desmontado para efeitos de transporte. Por meio do soprador ref. 96, o ar frio, tal como é mostrado pela seta ref. 98, passa através da resistência de aquecimento ref. 97 montada no aquecedor ref. 94, onde é aquecido. Seguidamente, é conduzido à lança ref. 44 e, por fim, distribuído por todo o artigo, tal como se vê nas Fig. 1 ou 2.
A ref. 100 representa a parte da armação que contém os comandos e à qual há uma fonte de corrente ligada, ref. 102, o que é controlada por um interruptor ref. 104. O mostrador 106 é um amperímetro que mostra a passagem de corrente e o mostrador 108 é um indicador de pressão que indica a pressão do ar debitado ao interior do artigo.
Os subpainéis 110 e 112 representam, por um lado, indicadores da temperatura escolhida no visor ref. 114 e a temperatura actual no visor ref. 116 e, por outro lado, o tempo seleccionado no visor 118 e o tempo actual no visor 120. Estas duas unidades dispõem de botões de regulação para cima e para baixo, refs. 122 e 124, por meio dos quais a temperatura e o tempo nos visores 114 e 118 podem ser acertados. 16
Quando o sistema está em funcionamento, a temperatura do ar medida pelo termopar ref. 126 aparece no visor 116, e o tempo decorrido desde o início do tratamento surge no visor 120. O equipamento é controlado como se houvesse uma perda de pressão no aquecedor ref. 94; o elemento de aquecimento ref. 97 é automaticamente desligado de forma a evitar qualquer dano. O tempo previsto para cada tratamento pode variar, mas é normal considerar pelo menos dez minutos para a vaporização do artigo, quando se utiliza o vapor, e mais dez minutos de aquecimento para secar a humidade que ficou do tratamento com o vapor. O aquecedor pode ter uma potência da ordem dos 5 500 watts quando o objectivo é tratar o colchão de uma cama de casal, mas para colchões de camas de solteiro 3 000 watts serão suficientes.
Em vez de ter uma lança com uma ligação especial e adaptar o produto para receber a lança, esta pode ser simplesmente utilizada para perfurar um artigo convencional a tratar, sendo o furo devidamente reparado após o tratamento.
Nos casos em que o produto esteja envolvido por um isolamento, este pode abranger todo o produto, excepto na zona onde a lança vai ser aplicada, e a cobertura pode dispor de um elemento de aquecimento para aquecer a superfície exterior do produto. O aquecimento do produto deve ser feito de modo a que a sua temperatura suba o suficiente para tomar o tratamento eficaz. É possível usar ar quente para aquecer o produto até que a superfície exterior atinja os 120°C. Esta temperatura deve ser mantida 5 a 10 minutos. 17 / - 0 dispositivo de isolamento pode ser permeável ao ar e ter aberturas para passagem do ar aquecido que se difunde a partir do artigo em tratamento. Mas o isolamento pode, por outro lado, ser impermeável ao ar e dispor apenas de uma saída para que o ar se escape atravcs dela, c onde poderá também haver uma ligação ao soprador, para que o ar aquecido possa recircular. O aquecimento pode ser controlado por termostato, de acordo com soluções conhecidas, cm complemento ou em substituição da definição prévia da temperatura, tal como se viu relativamcntc ao aparelho da Fig. 5. O envolvimento do artigo a aquecer pode variar de forma a conseguir o melhor fluxo do fluido de aquecimento que o vai percorrer. Assim, todo o colchão pode ser selado por meio de fita isoladora.
Em vez de utilizar uma só lança no tratamento de um artigo, se tal for recomendado, poderá haver várias lanças ligadas a um único dispositivo de produção de fluido quente. A principal aplicação prática é no tratamento de colchões, já que nenhum outro
método anterior resolveu eficientemente o problema da eliminação dos alérgenos HDM neste tipo de artigo. Todos os outros métodos anteriores não passaram de sugestões para o tratamento da superfície, incapazes de conseguirem uma penetração suficiente para garantirem o tratamento das camadas mais profundas.
Um colchão pode ser constituído por uma estrutura em aço, molas em aço resiliente, acolchoamentos têxteis que envolvem as regiões superior e inferior da estrutura mas sem chegarem à zona intermédia à volta da periferia do colchão, e um tecido exterior ou cobertura têxtil. No interior da estrutura das molas pode haver uma cavidade cheia de ar. Os 18 acolchoamentos têxteis de um colchão consistem normalmente em várias camadas para aumentar o conforto dos colchões, e incluem muitas vezes camadas de esteiras em crina e camadas de materiais sintéticos como o nylon. Com o tempo, todas estas camadas de produtos têxteis são susceptíveis de serem infestadas com HDM, especialmente as do acolchoamento superior, onde se depositam as maiores quantidades de resíduos de pele, já que é na parte de cima que as pessoas dormem, e esses resíduos vão penetrando cada vez mais fundo no acolchoamento superior até chegarem ao acolchoamento inferior e eventualmente à base da cama. Desta forma, tanto os colchões como as bases das camas são focos potenciais de alérgenos HDM.
Deve dizer-se que o recurso a uma camada de isolamento ref. 22 pode não ser necessário, se a temperatura atingida for suficientemente elevada. Também pode ser possível obter as temperaturas desejadas utilizando, por exemplo, um isolamento relativamente impermeável ao ar para aplicação nas partes laterais do colchão, por onde grande parte do ar quente se escapa em vez de se difundir através do artigo. O material de isolamento deve permitir uma abertura semelhante à abertura 24 na bainha 22 para permitir o acesso da cabeça do soprador de ar ref. 20 à parte lateral da cobertura do colchão 14. Seja qual for o meio de isolamento utilizado, se algum for utilizado, é recomendável que todo o tecido do colchão incluindo os acolchoamentos 6 e 10 e a cobertura 14, sejam efectivamente aquecidos para uma erradicação substancial do HDM e seus alérgenos num só tratamento do colchão. Para desnaturar os alérgenos HDM, é recomendável recorrer à humidade sob a forma de vapor, só ou em conjunto com ar aquecido, de forma a atravessar todo o colchão.
Ao adoptar uma disposição em que os gases quentes são efectivamente distribuídos a partir do centro por todas as zonas do artigo com tecido, é possível atingir nestas zonas os valores de temperatura necessários. À medida que o gás ou gases aquecidos se 19 /Vy.'· difundem por toda a cavidade do colchão, a humidade e a temperatura vão aumentando o suficiente para eliminar o HDM e desnaturar os alérgenos HDM, como se pretende.
Para que o HDM seja eliminado, a temperatura do tecido e do gás que se difunde pelo tecido têm de ser suficientemente elevadas durante um período de tempo suficiente. Para além disso, no sentido de desnaturar os alérgenos HDM, tem de haver humidade em quantidade suficiente aliada ao calor e para que o serviço seja bem feito o artigo tem de ser submetido a uma secagem forçada no caso de se utilizar vapor. Se a temperatura for relativamente baixa, o seu
valor tem de ser mantido durante mais tempo do que com temperaturas mais altas.
Num conjunto de experiências que levamos a cabo, medimos a diminuição dos níveis de alérgenos HDM (Der p.) implantados num colchão após vários tratamentos com vapor e ar quente. Estes dois fluidos foram injectados directamente no corpo do colchão por meio, respectivamente, de um vaporizador doméstico de 3 kW e de um aquecedor de 3,5 kW.
Na primeira experiência, injectámos apenas vapor durante um período de 20 minutos. Na segunda, injectámos uma combinação de ar quente e vapor e depois só ar quente durante 10 minutos. Na terceira, injectámos vapor e ar quente consecutivamente durante 15 minutos. A quarta experiência envolveu só ar quente, seguido só de vapor, e seguido só de ar quente, por períodos de 5 minutos cada. Na quinta experiência, fornecemos ar quente e vapor combinados durante 15 minutos. Finalmente, o alérgeno HDM foi incubado no estado seco numa estufa de ar quente a 120°C durante 15 minutos.
Descobrimos que foi possível obter diminuições da ordem dos 90%, num caso atingiu mesmo os 99,9%, nos níveis de alérgeno nos pontos de ensaio do colchão e relativamente aos cinco primeiros métodos experimentais, todos envolvendo vapor. Em contraste, o tratamento 20
a seco na estufa de ar quente não apresentou qualquer diminuição mensurável nos níveis de alérgeno HDM em comparação com a amostra de controlo não aquecida. O tratamento de um colchão ou de qualquer outro artigo que contenha tecido pode necessitar de mais tempo do que os intervalos indicados, porque é necessário prever o tempo adicional para elevar a temperatura em todos os materiais do artigo até aos valores desejados. O recurso à difusão de gás quente garante que este intervalo de tempo adicional pode ser minimizado e a eficiência do processo maximizada de forma a destruir o HDM e o seu alérgeno em todos os materiais.
Quando o produto for grande e estiver bem isolado, pode iniciar-se a injecção do gás, inicialmente com um débito calorífico suficiente para aquecer o artigo até à temperatura desejada, após o que é possível diminuir a taxa calorífica do gás injectado no sentido de manter a temperatura pretendida. Este procedimento garante que o tratamento seja efectuado no mínimo tempo possível e poupando energia. A invenção propõe um método eficaz e meios para desnaturar os alérgenos HDM, e as diversas fases utilizadas orientam-se também para a exterminação do próprio HDM apesar de, tal como se aponta no presente, ser o alérgeno HDM a principal causa de desconforto de pessoas com problemas respiratórios.
Deve ser atribuído um significado particular à utilização do calor em conjunto com a humidade, tanto na forma de água como na de vapor, na desnaturação dos alérgenos, na medida em que se concluiu ser necessário utilizar humidade para tomar a desnaturação eficaz, tal como mostraram os testes referidos.
Na prática, e porque o vapor é aplicado principalmente a artigos, quando ele é aplicado à pressão atmosférica, o que quer dizer que não será possível aquecer o artigo acima dos 21
100°C, apesar de, felizmente, a esta temperatura, ser possível desnaturar o alérgeno e eliminar o HDM. Na invenção defende-se que o artigo seja aquecido a uma temperatura da ordem dos 100°C a partir do centro, o que poderá exigir a utilização de uma cobertura de isolamento para evitar perdas de calor. Mas a desnaturação dos alérgenos será completa e eficaz, bem assim como a eliminação dos ácaros do pó doméstico. A invenção propõe meios através dos quais, por exemplo, uma empresa de serviços pode visitar uma habitação doméstica e outras instalações para proceder à desnaturação
e eliminação dos alérgenos e do HDM. Tal serviço pode ser efectuado periodicamente, permitindo que os asmáticos possam usufruir de um ambiente livre de HDM e alérgenos do HDM, o que será extremamente importante para o seu conforto. A eficiência do processo poderá melhorar bastante se os artigos a tratar forem concebidos à medida do cliente, dispondo de ligações integradas e de condutas que levam ao centro do artigo. Tal ligação é pensada para efectuar a junção com a saída de um equipamento portátil que o técnico da empresa que presta o serviço traz consigo quando vai efectuar o tratamento a casa do cliente.
A invenção disponibiliza igualmente um conjunto de equipamentos e artigos de uso doméstico a tratar, como por exemplo travesseiros e colchões, que ficam na posse do cliente, enquanto a empresa fica com a unidade, portátil, que se vai ligar a esses artigos. Desta forma, é possível criar uma rede de equipamentos à escala de todo o país para a prestação de um serviço de desnaturação em habitações familiares. Na realidade, em alguns casos, pode ser conveniente conceber e produzir um conjunto de equipamentos destinados a serem colocados em casa dos pacientes de forma que a desnaturação e eliminação do HDM possa ser feita por eles próprios. 22
Cria-se deste modo um novo e vantajoso serviço que proporcionará amplos benefícios a todos aqueles que apresentam problemas respiratórios. O nosso trabalho mostrou que, quando a humidade é utilizada nos processos de desnaturação e eliminação do HDM, a secagem da humidade residual melhora o processo, e é particularmente recomendada para acelerar a conclusão do mesmo. É desejável por isso que após o tratamento com a humidade, o artigo ou material seja seco usando para o efeito um gás aquecido, especialmente ar quente. E preferível que este seja injectado no centro do artigo (apesar de serem possíveis outros processos, como se descreve no presente) e o ar, tal como o vapor, antes de aquecer o artigo a partir do centro irá secar qualquer humidade residual. O ar, tal como o vapor, desloca-se para o exterior através do artigo até à sua superfície. A invenção disponibiliza uma solução para um problema endémico no Reino Unido e que está em crescimento. O problema, de resto, manifesta-se também noutros países do mundo.
Lisboa, 7 de Junho de 2001
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JOSÉ DE SAMPAIO A.O.P.I.
Rua do Salitre, ÍVs, i'. 1265-363 LkSEOA

Claims (17)

1
Reivindicações 1. Processo para a desnaturação de alérgenos HDM em produtos, tais como travesseiros, almofadas, colchões, divãs, edredões, cadeiras, sofás, brinquedos macios e similares feitos de materiais têxteis permeáveis, que constituem terrenos de reprodução para os HDM e que têm um núcleo, caracterizado pelo passo de injectar um fluido quente no interior do núcleo do produto de modo permear o material têxtil, a partir do núcleo para fora, para desnaturar o alérgeno HDM.
2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o fluido quente incluir vapor de água.
3. Processo de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por o fluido quente incluir ar quente.
4. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1, 2 ou 3, caracterizado por o fluido quente incluir ar quente fornecido por meio de um ventilador de ar quente, incorporado no núcleo do produto.
5. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo passo de cobertura do produto com meios isolantes térmicos, durante a permeação do fluido quente.
6. Processo de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o fluido quente que passa para a superfície do produto ser recirculado, mediante o seu retomo ao núcleo, e se adicionar calor ao mesmo enquanto é recirculado.
7. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por o núcleo do produto ter uma ou mais cavidades em cujo interior se injecta o fluido quente. 2
8. Processo de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por se injectar inicialmente vapor para o interior do núcleo e depois se injectar ar para o interior do núcleo, para remover qualquer humidade residual deixada pela injecção do vapor.
9. Processo de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, no qual o fluido quente compreende ar quente, que é injectado para o interior do núcleo, para pré-aquecer o mesmo, e se injecta vapor depois do ar quente.
10 Produto tal como um travesseiro, uma almofada, um cobertor, um divã, um edredão, uma cadeira, um sofá, um brinquedo macio e similares de um material têxtil permeável, que é um terreno para a reprodução dos HDM e que tem um núcleo, caracterizado por o produto estar adaptado para ser tratado por aquecimento, por injecção de um meio fluido quente, de modo que permeia o material têxtil, a partir do núcleo, para fora, para a desnaturação, com uma frequência determinada, dos alérgenos HDM, sendo a referida adaptação caracterizada por o produto estar provido de um meio de acoplamento, integrado, para o acoplamento de um dispositivo portátil para injecção de fluido quente, por meio do qual o fluido que efectua a desnaturação pode ser injectado para o interior do produto, de modo a passar através do produto, a partir do núcleo, para o exterior do mesmo.
11. Produto de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por o produto ter um interior oco.
12. Produto de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por o produto oco compreender uma única cavidade ou uma pluralidade de cavidades.
13. Produto tal como um travesseiro, uma almofada, um colchão, um divã, um edredão, uma cadeira, um sofá e similares, de material têxtil permeável, que constitui um terreno para a reprodução dos HDM, tendo o referido produto um núcleo, caracterizado por o produto estar adaptado para ser tratado, por aquecimento por passagem de um meio fluido quente a partir do núcleo, de modo que passa do núcleo para fora, para a superfície do produto, para a desnaturação, com uma certa frequência, dos alérgenos do HDM no material têxtil, compreendendo a referida adaptação prover o produto de um ventilador de ar quente interior, integrado, o qual pode ser ligado e desligado.
14. Aparelho para a desnaturação dos alérgenos do HDM em produtos tridimensionais, tais como travesseiros, cortinas, colchões, divãs, edredões e similares de materiais têxteis permeáveis que constituem um terreno para a reprodução dos HDM, caracterizado por uma lança adaptada para penetrar no interior do núcleo do produto para a libertação de fluido aquecido no núcleo do produto de modo que pode aquecer o produto pela permeação a partir do núcleo para o exterior do produto, caracterizado por a lança ser desenhada para ter um primeiro tubo da lança, por meio do qual pode injectar-se vapor de água para o interior do núcleo do produto, e um segundo tubo da lança pelo qual pode injectar-se ar quente para o interior do núcleo do produto, e no qual o primeiro tubo da lança está situado no interior do segundo tubo da lança.
15. Aparelho de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por os referidos meios para proporcionar um fluxo aquecido compreender um elemento aquecedor do processo e uma disposição para fazer com que o fluido passe, sob pressão, pelo elemento aquecedor no seu trajecto para a lança.
16. Aparelho de acordo com a reivindicação 15, que inclui um interruptor 4 sensível à pressão, que funciona para desligar o elemento aquecedor, na eventualidade de haver uma queda da pressão do fluido que passa através do elemento aquecedor.
17. Aparelho para utilização na realização do processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por possuir um permutador de calor accionado pelo vapor de água, meios para fazer passar ar através do permutador de calor para ser por ele aquecido e desse modo proporcionar os meios para secar, de maneira forçada, o material ou o produto e meios de drenagem controlada que permitem a extracção do referido vapor para proporcionar os meios para tomar o material ou o produto húmidos. Lisboa, 7 de Junho de 2001
JOSÉ GE SAMPAEO Λ.Ο.Ρ.Ϊ. Rua d:; r/c-Grí. í V. ·'
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