PT767862E - Valvula de lubrificacao de acabamento de pocos - Google Patents

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PT767862E
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Jeffrey Charles Edwards
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Expro North Sea Ltd
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Description

DESCRIÇÃO "VÁLVULA DE LUBRIFICAÇÃO DE ACABAMENTO DE POÇOS" O presente invento diz respeito a uma válvula de segurança de fundo de furos própria para ser utilizada em furos de poços e especialmente, mas não exclusivamente, para ser utilizada em acabamentos de poços horizontais com trabalhos de intervenção realizados através das colunas de produção. A utilização de técnicas de perfuração horizontal experimentou um aumento considerável com a utilização de cabos rígidos para efectuar registos e intervenções em poços horizontais. Um dos principais inconvenientes dessas técnicas de perfuração horizontal é o grande comprimento do equipamento de intervenção que é necessário utilizar no poço. É vulgar existirem colunas de produção de comprimento superior a 30,48 metros (100 pés) e, por conseguinte, a montagem de equipamento de retenção de pressão na superfície é simultaneamente arriscada e demorada.
Uma válvula de segurança convencional utilizada em poços é uma válvula de lubrificação de fundo de furos, e essas válvulas são vulgarmente utilizadas em operações com navios flutuantes. Essas válvulas de segurança convencionais são válvulas de "fecho à prova de falhas" que se falharem fecham a válvula para isolar o poço.
Na U.S. 4.368.871 é descria uma válvula de lubrificação que utiliza um elemento de válvula de esfera para abrir e fechar a válvula. -2-
As válvulas de lubrificação convencionais não podem ser utilizadas em ligação com técnicas de perfuração horizontal porque devido aos grandes comprimentos das colunas de produção isso iria implicar a construção de uma estrutura de substanciais dimensões em cima da cabeça de ensaio situada à superfície e isso é, conforme anteriormente referido, arriscado e demorado. Um outro problema com os existentes acabamentos de poços horizontais é o que consiste no facto dos trabalhos de intervenção totalmente feitos através da coluna de produção ter que ser realizado por colunas helicoidais e das montagens feitas à superfície para este tipo de operação também serem arriscadas e demoradas. Além disso, a válvula de segurança de fundo de furos deve permitir que a cabeça de ensaio situada à superfície possa ser regularmente submetida a ensaios de estanqueidade e permitir que as válvulas SSTT (de cabeça de coluna para ensaio de poços submarinos) possam ser submetidas a ensaios de estanqueidade antes de serem abertas e depois de serem novamente fechadas. Isto não é possível ser feito com as válvulas actualmente existentes.
Um dos objectivos do presente invento consiste em proporcionar um aparelho e um método aperfeiçoados de isolar o poço, a fim de permitir que um equipamento de intervenção possa ser instalado na parte superior da coluna de produção e que o equipamento de superfície possa ser ensaiado antes de ser introduzido dentro do poço, o que evita ou reduz pelo menos um dos anteriormente referidos inconvenientes dos sistemas da técnica anterior.
Isto é alcançado através da instalação de uma válvula que se mantém aberta em caso de falha acima de uma válvula de segurança de fundo de furos convencional, podendo a válvula que se mantém aberta em caso de falha ser fechada através da aplicação de uma pressão hidráulica de encerramento, a fim de permitir que um diferencial de pressão possa ser suportado pelo lado de cima. Isto permite que o equipamento de intervenção possa ser instalado na parte superior da coluna de produção e que o equipamento de superfície possa ser ensaiado antes de ser introduzido no poço, e permite que a cabeça de injecção possa ser instalada imediatamente sobre a cabeça da coluna de produção.
Num modo de realização preferido, a válvula de lubrificação de acabamento é proporcionada por duas válvulas de charneira; a válvula de charneira superior, conhecida pela designação de "válvula de ensaio que se mantém aberta em caso de falha" (FOTV), é normalmente solicitada de maneira a que tenha tendência a manter-se fechada, e se falhar irá assumir a posição aberta. A válvula inferior é uma válvula de segurança submarina (SSSV) normalizada que é uma válvula de fecho à prova de falhas e que, em caso de falha da válvula, se fecha para isolar o poço. A válvula de lubrificação de acabamento é a combinação da válvula FOTV e da válvula SSSV.
As válvulas FOTV e a SSSV têm umas condutas de controlo hidráulicas próprias para actuar as válvulas e também umas molas próprias para solicitar as válvulas de maneira a que estas tenham tendência a deslocar-se para uma posição aberta ou para uma posição fechada.
De acordo com um primeiro aspecto do presente invento, é proporcionada uma válvula de lubrificação de acabamento própria para utilizar com acabamentos de poços horizontais, compreendendo: uma válvula de charneira superior de ensaio concebida para se manter aberta em caso de falha da válvula, possuindo a referida válvula de charneira superior de ensaio uns primeiros meios próprios para deslocar a referida válvula entre uma posição aberta e uma posição fechada, sendo a referida válvula de charneira superior de ensaio solicitada por uma mola que faz com que a referida válvula tenha tendência a deslocar-se para uma posição aberta em caso de ausência de uma força externa aplicada na referida válvula de charneira -4- superior de ensaio; uma válvula de charneira inferior de ensaio que se acha afastada da referida válvula de charneira superior de ensaio e que é concebida para fechar o furo da válvula de lubrificação de acabamento em caso de falha da referida válvula de charneira inferior de ensaio, possuindo a referida válvula de charneira inferior de ensaio uns segundos meios próprios para deslocar a referida válvula entre uma posição aberta e uma posição fechada, sendo a referida válvula de charneira inferior de ensaio solicitada por uma mola que faz com que a referida válvula tenha tendência a deslocar-se para uma posição fechada em caso de ausência de uma força externa aplicada na referida válvula de charneira inferior de ensaio, sendo a concepção tal que quando na referida válvula de charneira superior de ensaio for aplicada uma força externa a referida válvula de charneira superior de ensaio vai deslocar-se para uma posição fechada e um ensaio de pressão pode ser realizado pelo lado de cima contra a referida válvula fechada, e em caso de ausência de uma força externa aplicada na referida válvula de charneira inferior de ensaio a válvula é fechada e um ensaio de estanqueidade pode ser realizado pelo lado de baixo contra a referida válvula de charneira inferior de ensaio.
De preferência, a referida válvula superior e a referida válvula inferior são válvulas de charneira.
Também de preferência, os referidos primeiro e segundo meios próprios para deslocar respectivamente a referida válvula superior e a referida válvula inferior compreendem um mandril que se pode deslocar no interior do furo de um invólucro e uma mola helicoidal disposta entre a parede do referido mandril e do referido invólucro, podendo o referido mandril deslocar-se entre uma primeira e uma segunda posições em resposta à aplicação de uma força externa, a fim de permitir que a referida válvula se possa deslocar entre as posições de aberta e fechada.
Convenientemente, a força externa a aplicar na referida válvula superior e na referida válvula inferior é uma força hidráulica aplicada por intermédio de umas condutas que se desenvolvem entre a superfície do poço e o interior dos referidos invólucros das válvulas superior e inferior, respectivamente.
Convenientemente, as válvulas de charneira são solicitadas por molas, sendo a referida válvula de charneira superior solicitada de maneira a ter tendência a deslocar-se para a posição aberta em caso de ausência de aplicação de uma força hidráulica, e sendo a referida válvula de charneira inferior solicitada de maneira a ter tendência a deslocar-se para a referida posição fechada em caso de ausência de aplicação da referida força hidráulica.
De acordo com um outro aspecto do presente invento é proporcionado um método para introduzir um equipamento de intervenção no interior do furo de um poço de maneira a maximizar a segurança, compreendendo as seguintes etapas: proporcionar uma válvula de charneira inferior de ensaio e solicitar a referida válvula de charneira inferior de ensaio por meio de uma mola que faz com que a referida válvula tenha tendência a deslocar-se para uma posição fechada em caso de ausência de uma força externa aplicada na referida válvula de charneira inferior de ensaio; fazer descer uma ferramenta de intervenção através de uma cabeça de ensaio situada à superfície; proporcionar uma válvula de charneira superior de ensaio e solicitar a referida válvula de charneira superior de ensaio por meio de uma mola que faz com que a referida válvula tenha tendência a deslocar-se para uma posição aberta em caso de ausência de uma força externa aplicada na referida válvula de -6- chameira superior de ensaio; fechar a referida válvula de charneira superior de ensaio através da aplicação de uma força externa na referida válvula de charneira superior de ensaio, encontrando-se a referida válvula de charneira superior de ensaio disposta acima da referida válvula de charneira inferior de ensaio; submeter a referida válvula de charneira superior de ensaio a um ensaio de pressão pelo lado de cima quando esta se encontra numa posição fechada e fazer a monitorização do efeito do ensaio de pressão em manómetros; abrir a referida válvula de charneira superior de ensaio após o referido ensaio de pressão; submeter a referida válvula de charneira inferior de ensaio a um ensaio de pressão pelo lado de baixo quando esta se encontra numa posição fechada e fazer a monitorização do ensaio de pressão em manómetros; abrir a referida válvula de charneira inferior de ensaio após o referido ensaio de pressão; fazer descer uma ferramenta de intervenção através da referida válvula de charneira superior de ensaio e da referida válvula de charneira inferior de ensaio; depois da referida ferramenta ter efectuado o seu trabalho, retirar a referida ferramenta para uma posição situada acima da referida válvula de charneira inferior de ensaio e da referida válvula de charneira superior de ensaio; actuar a referida válvula de charneira inferior de ensaio de maneira a que esta vá fechar, a fim de isolar a referida válvula de charneira superior de ensaio e a referida válvula de charneira inferior de ensaio em relação ao poço e, com a referida válvula de charneira inferior de ensaio na posição de fechada, puxar a ferramenta de intervenção para fora do referido furo do poço através da referida cabeça situada à superfície.
De preferência, a referida válvula superior é actuada entre uma -7- posição aberta e uma posição fechada utilizando pressão hidráulica fornecida a partir da referida superfície. Também de preferência, a referida válvula inferior é actuada entre uma posição aberta e uma posição fechada utilizando pressão hidráulica fornecida a partir da referida superfície.
Estes e outros aspectos do invento tomar-se-ão evidentes através da descrição que irá ser apresentada a seguir quando observada em combinação com os desenhos anexos nos quais: a Fig. 1 é uma vista esquemática e em corte da parte superior do furo de um poço e de uma coluna de assentamento de uma válvula de lubrificação de acabamento de acordo com um modo de realização do presente invento, com ambas as válvulas representadas na posição de aberta, a fim de permitir uma operação normal através do poço; a Fig. 2 é uma vista semelhante à da Fig. 1, mas com a válvula SSSV inferior fechada, de maneira a que possa ser realizado um ensaio de estanqueidade sobre a válvula SSSV inferior; e a Fig. 3 é uma vista semelhante às das Figs. 1 e 2, mas que mostra uma BOP situada à superfície que se acha ligada à cabeça de ensaio situada à superfície e que é própria para a instalação da fiada de ferramentas, e que também mostra as válvulas FOTV e SSSV na posição de fechadas.
Em primeiro lugar é feita referência à Fig. 1 dos desenhos, na qual se acha representada uma coluna de assentamento, indicada genericamente pelo número de referência 10, disposta no furo 12 de um poço, encontrando-se a coluna de assentamento ligada por intermédio de uma união articulada 16 a uma cabeça de ensaio 14 situada à superfície. -8- A válvula de lubrificação de acabamento é constituída por uma válvula superior de ensaio que se mantém aberta em caso de falha (FOTV), indicada genericamente pelo número de referência 18, e por uma válvula inferior de segurança submarina (SSSV), indicada genericamente pelo número de referência 20. As válvulas são ligadas por intermédio de uma parte da coluna de assentamento, parte essa indicada genericamente pelo número de referência 22.
Por motivos de facilidade de descrição irá em primeiro lugar ser descrita a válvula superior de ensaio que se mantém aberta em caso de falha e depois a válvula inferior de segurança submarina. A válvula de ensaio que se mantém aberta em caso de falha é constituída por um invólucro cilíndrico 24 separado em duas câmaras 25, 26 por meio de uma flange anular 27 situada no interior do invólucro 24. No interior do invólucro 24 encontra-se disposto um mandril cilíndrico móvel 28. O mandril 28 é portador de uma flange anular 27. Entre o mandril 28 e o invólucro 24 é definida uma cavidade anular 31 no interior da qual se encontra disposta uma mola helicoidal 32. A parte superior do invólucro 24 define a câmara 26 no interior da qual se encontra disposto o prato 38 da válvula de charneira. O prato 38 da válvula é montado num eixo de articulação 39 e é solicitado por uma mola helicoidal 40 que faz com que o referido prato tenha sempre tendência a deslocar-se para a posição de fechado.
Na posição representada na Fig. 1, o prato 38 está disposto entre o invólucro e o mandril 28. Conforme será descrito mais adiante, o mandril 28 pode, a partir da posição representada, deslocar-se no sentido descendente através do invólucro 24 contra a força da mola helicoidal 32. A partir da superfície desenvolve-se uma conduta 42 de controlo da válvula que se encontra ligada ao -9- invólucro 24, e quando através da conduta de controlo 42 é aplicada pressão no interior do invólucro, essa pressão irá obrigar o mandril 28 a deslocar-se para baixo contra a força da mola, permitindo que a mola helicoidal 40 vá obrigar o prato 38 da válvula FOTV a rodar de maneira a encostar contra a flange 27 e fechar o furo da coluna de produção, conforme irá ser mais adiante descrito de uma maneira mais pormenorizada. Na posição aqui representada não está a ser aplicada pressão por intermédio da conduta de controlo, de maneira que a força da mola helicoidal 32 vai empurrar o mandril para cima no interior do invólucro 24, a fim de fazer com que a válvula de charneira 38 se vá manter aberta, como na posição representada na Fig. 1. A válvula de segurança submarina 20 também possui um invólucro 44 que define uma cavidade interna semelhante que se encontra dividida em duas partes 46 e 48 por meio de uma flange anular 50 que se projecta para o lado de dentro do furo da coluna de assentamento. No interior do invólucro 44 encontra-se disposto um mandril móvel 52 e a superfície cilíndrica do mandril forma uma continuação do furo da coluna de assentamento. O mandril é substancialmente idêntico ao que se encontra no interior da válvula FOTV 18 e possui uma flange anular 54. A parede do mandril 52 e a parede do invólucro 44 também definem uma cavidade anular 56 no interior da qual se acha disposta uma mola helicoidal 58. A cavidade 48 contém um prato 60 da válvula de charneira montada num eixo de articulação. Na posição representada na Fig. 1, o prato 60 da válvula de charneira está localizado num espaço existente entre a parede do invólucro e a parede 53 do mandril 52. O prato da válvula é solicitado por uma mola helicoidal 62 de maneira a que se o mandril se deslocar para cima, a mola vai fazer com que o prato da válvula se vá deslocar para uma posição fechada, conforme se acha representado nas Figs. 2 e 3. A partir da superfície desenvolve-se uma conduta 66 de controlo da válvula submarina que se encontra ligada à válvula e na condição representada na Fig. 1, que é a de funcionamento normal, isto é, na condição em que não há intervenção, a válvula SSSV encontra-se aberta. Isto é devido ao facto de estar a ser aplicada pressão sobre a válvula por intermédio da conduta de controlo, o que vai fazer com que a flange 54 do mandril vá ser empurrada para baixo contra a força da mola helicoidal 58, o que por sua vez irá vai fazer com que o prato 60 da válvula de charneira se vá manter na posição que se acha representada na Fig. 1.
Portanto, em condições normais, isto é, quando não é necessário haver trabalho de intervenção, ambas as válvulas 18 e 20 se encontram abertas.
Quando é necessário haver trabalho de intervenção, a primeira acção necessária consiste em ensaiar a integridade das válvulas. Isso é conseguido através da utilização da disposição representada na Fig. 2. Neste caso, a conduta aberta 66 da válvula SSSV é sangrada para remover a pressão que reina no interior do invólucro da válvula e neste caso a força da mola helicoidal 58 vai empurrar o mandril 52 para cima permitindo que a válvula de charneira 60 se vá fechar por meio da mola helicoidal 62. Com a válvula SSSV fechada, esta mesma válvula SSSV pode ser submetida a um ensaio de pressão no sentido de baixo para cima através de um processo que consiste em sangrar o interior do furo 68 da coluna de assentamento. O ensaio de pressão é monitorizado por meio das válvulas 69 situadas na cabeça de ensaio 14 situada à superfície. Isso irá determinar se a válvula de charneira 60 está ou não a aguentar a pressão do poço, e os manómetros existentes na cabeça de ensaio 14 situada à superfície irão indicar se a válvula está ou não a aguentar a pressão, indo então os operadores passar para a etapa seguinte que consiste em assegurar se é ou não seguro entrar no interior do poço.
Agora irá ser feita referência à Fig. 3 dos desenhos, na qual se acha - 11 - representado o processo próprio para a instalação de ferramentas no interior da coluna de assentamento. Antes de se proceder à instalação da ferramenta no interior da coluna de assentamento, o equipamento que trabalha à superfície, por exemplo uma chaminé BOP 70, é acoplado à parte de cima da cabeça de ensaio 14 situada à superfície. A válvula FOTV 18 é então pressurizada através da aplicação de pressão na conduta aberta 42, o que vai fazer com que o mandril 28 vá ser obrigado a descer contra a força da mola helicoidal 32, permitindo que a mola 40 vá fechar a válvula de charneira 38, conforme melhor se pode ver na Fig. 3. Isto permite que a válvula FOTV 18 possa ser submetida a um ensaio de pressão pelo lado de cima, a fim de se descobrir se a válvula FOTV 18 irá ou não aguentar a pressão aplicada pelo lado de cima e, também neste caso, o ensaio de pressão é monitorizado através da utilização de manómetros situados na cabeça de ensaio 14 situada à superfície. A etapa seguinte do processo consiste em fazer com que a ferramenta de intervenção 74 que se acha aplicada na extremidade de um cabo vá passar através da cabeça de ensaio 14 situada à superfície e vá ficar situada acima da válvula FOTV 18. Depois da válvula FOTV ter sido submetida ao ensaio de pressão, os resultados irão indicar se é ou não seguro voltar a abrir a válvula. Se os resultados forem positivos, então a válvula será novamente aberta, a fim de permitir que a ferramenta possa ser introduzida no interior do poço. Isto é conseguido através de um processo que consiste em sangrar a pressão de ensaio que reina no interior da válvula FOTV, o que irá permitir que a mola helicoidal 32 vá obrigar o mandril 28 a subir contra o prato 38 da válvula de charneira 18, passando a ocupar a posição que se acha representada na Fig. 1. Então a conduta 66 de controlo da válvula SSSV é pressurizada, a fim de obrigar o mandril 52 a descer contra a força da mola helicoidal 58 de modo a abrir a válvula de charneira. Nesta condição, que é semelhante à que se acha representada Fig. 1, ambas as válvulas FOTV e SSSV estão abertas e, por conseguinte, o equipamento - 12- de intervenção pode ser introduzido no poço passando através destas válvulas. A fim de se recuperar o equipamento, o equipamento 74 é em primeiro lugar puxado para uma posição situada acima do prato 60 da válvula de charneira 20 e depois a válvula SSSV, que se acha na posição aberta, é sangrada, a fim de permitir que a válvula se feche, conforme se acha representado nas Figs. 2 e 3. Em seguida o equipamento é puxado para cima para uma posição situada acima da válvula FOTV 18 e depois é aplicada pressão na válvula FOTV 18 por intermédio da conduta 42, a fim de fechar o prato 38 da válvula de charneira 18.
Por conseguinte é fácil constatar que a anteriormente referida concepção oferece significativas vantagens sobre as concepções da técnica anterior na medida em que é evitada a existência de uma substancial quantidade de equipamento de intervenção acima da cabeça de ensaio situada à superfície.
Chama-se a atenção para o facto de que no aparelho aqui anteriormente descrito podem ser feitas várias modificações sem se sair do âmbito do invento tal como definido pelas reivindicações anexas. Também se chama-se a atenção para o facto de que, apesar de terem sido descritas como sendo actuadas hidraulicamente, essas válvulas podem ser actuadas através de meios eléctricos ou pneumáticos.
Além dos importantes benefícios respeitantes a custos e a segurança obtidos durante a fase de montagem, a válvula permite que possam ser utilizadas fiadas de ferramentas mais longas, indo desse modo reduzir o número de passagens necessárias para se realizar um programa de intervenção e proporcionar mais reduções de custos. - 13-
Uma outra aplicação do sistema é a que é feita durante os ensaios de produção a longo prazo, ou EPFs, conduzidos a partir de um navio flutuante. Devido à localização de uma cabeça de ensaio submarina no interior da chaminé BOP não é possível realizar um ensaio de pressão na chaminé. Por conseguinte, a fim de se cumprir com as "Regulatory Authority Guidelines" é necessário ensaiar o dispositivo de segurança principal, isto é, a cabeça de ensaio submarina. Convencionalmente isso é feito através da instalação de um bujão aplicado por meio de cabo por debaixo da cabeça e da realização de um ensaio de estanqueidade. Além do tempo não produtivo que se gasta, a utilização de bujões pode ser problemática nesta aplicação. A instalação da válvula FOTV por debaixo da cabeça permite que esta operação seja conduzida dentro de um período mínimo de paragem ou de interferência com os reservatórios. Uma outra vantagem é a que consiste no facto de também proporcionar a capacidade necessária para se submeter a coluna de assentamento a um ensaio de pressão depois de se voltar a fechar a cabeça antes de se proceder à abertura das válvulas da cabeça e de se expor a coluna de assentamento à acção da pressão do reservatório.
Lisboa, 25 de Julho de 2000
r
JORGE CRUZ
Agente Oficial da Propriedade Industrie RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA

Claims (7)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Válvula de lubrificação de acabamento para utilizar com acabamentos de poços horizontais, compreendendo: uma válvula de charneira superior de ensaio (18) concebida para se manter aberta em caso de falha da válvula, possuindo a referida válvula de charneira superior de ensaio (18) uns primeiros meios próprios para deslocar a referida válvula entre uma posição aberta e uma posição fechada, sendo a referida válvula de charneira superior de ensaio (18) solicitada por uma mola que faz com que a referida válvula tenha tendência a deslocar-se para uma posição aberta em caso de ausência de uma força externa aplicada na referida válvula de charneira superior de ensaio (18); uma válvula de charneira inferior de ensaio (20) que se acha afastada da referida válvula de charneira superior de ensaio (18) e que é concebida para fechar o furo da válvula de lubrificação de acabamento em caso de falha da referida válvula de charneira inferior de ensaio (20), possuindo a referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) uns segundos meios próprios para deslocar a referida válvula entre uma posição aberta e uma posição fechada, sendo a referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) solicitada por uma mola que faz com que a referida válvula tenha tendência a deslocar-se para uma posição fechada em caso de ausência de uma força externa aplicada na referida válvula de charneira inferior de ensaio (20), sendo a concepção tal que quando na referida válvula de charneira superior de ensaio (18) for aplicada uma força externa, a referida válvula de charneira superior de ensaio vai deslocar-se para uma posição fechada e um ensaio de pressão pode ser realizado pelo lado de cima contra a referida válvula fechada, e em caso de ausência de uma força externa aplicada na referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) a válvula é fechada e um ensaio de -2- estanqueidade pode ser realizado pelo lado de baixo contra a referida válvula de charneira inferior de ensaio (20).
  2. 2. Válvula de acordo com a reivindicação 1, em que os referidos primeiro e segundo meios próprios para deslocar respectivamente a referida válvula de charneira superior de ensaio (18) e a referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) compreenderem um mandril (28, 52) que se pode deslocar no interior do furo de um invólucro (24, 44) e uma mola helicoidal (32, 58) disposta entre a parede do referido mandril (28, 52) e do referido invólucro (24, 44), podendo o referido mandril (28, 52) deslocar-se entre uma primeira e uma segunda posições em resposta à aplicação de uma força externa, a fim de permitir que a referida válvula se possa deslocar entre as posições de aberta e fechada.
  3. 3. Válvula de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a força externa a aplicar na referida válvula de charneira superior de ensaio (18) e na referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) é uma força hidráulica aplicada por intermédio de umas condutas (42, 66) que se desenvolvem entre a superfície do poço e o interior dos referidos invólucros (24, 44) das válvulas superior e inferior, respectivamente.
  4. 4. Válvula de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a referida válvula de charneira superior de ensaio (18) é solicitada de maneira a ter tendência a deslocar-se para a posição aberta em caso de ausência de aplicação de uma força hidráulica, e a referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) é solicitada de maneira a ter tendência a deslocar-se para a referida posição fechada em caso de ausência de aplicação da referida força hidráulica. -3-
  5. 5. Método para introduzir um equipamento de intervenção no interior do furo (12) de um poço de maneira a maximizar a segurança, compreendendo as seguintes etapas: proporcionar uma válvula de charneira inferior de ensaio (20) e solicitar a referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) por meio de uma mola que faz com que a referida válvula tenha tendência a deslocar-se para uma posição fechada em caso de ausência de uma força externa aplicada na referida válvula de charneira inferior de ensaio (20); fazer descer uma ferramenta de intervenção através de uma cabeça de ensaio (14) situada à superfície; proporcionar uma válvula de charneira superior de ensaio (18) e solicitar a referida válvula de charneira superior de ensaio (18) por meio de uma mola que faz com que a referida válvula tenha tendência a deslocar-se para uma posição aberta em caso de ausência de uma força externa aplicada na referida válvula de charneira superior de ensaio (18); fechar a referida válvula de charneira superior de ensaio (18) através da aplicação de uma força externa na referida válvula de charneira superior de ensaio (18), encontrando-se a referida válvula de charneira superior de ensaio (18) disposta acima da referida válvula de charneira inferior de ensaio (20); submeter a referida válvula de charneira superior de ensaio (18) a um ensaio de pressão pelo lado de cima quando esta se encontra numa posição fechada e fazer a monitorização do efeito do ensaio de pressão em manómetros; abrir a referida válvula de charneira superior de ensaio (18) após o referido ensaio de pressão; submeter a referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) a um ensaio de pressão pelo lado de baixo quando esta se encontra numa posição fechada e fazer a monitorização do ensaio de pressão em manómetros; abrir a referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) após o -4- referido ensaio de pressão; fazer descer uma ferramenta de intervenção através da referida válvula de charneira superior de ensaio (18) e da referida válvula de charneira inferior de ensaio (20); depois da referida ferramenta ter efectuado o seu trabalho, retirar a referida ferramenta para uma posição situada acima da referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) e da referida válvula de charneira superior de ensaio (18); actuar a referida válvula de charneira inferior de ensaio (18) de maneira a que esta vá fechar, a fim de isolar a referida válvula de charneira superior de ensaio (18) e a referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) em relação ao poço e, com a referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) na posição de fechada, puxar a ferramenta de intervenção para fora do referido furo (12) do poço através da referida cabeça (14) situada à superfície.
  6. 6. Método de acordo com a reivindicação 5, em que a referida válvula de charneira superior de ensaio (18) é actuada entre uma posição aberta e uma posição fechada utilizando pressão hidráulica fornecida a partir da referida superfície.
  7. 7. Método de acordo com a reivindicação 5 ou 6, em que a referida válvula de charneira inferior de ensaio (20) é actuada entre uma posição aberta e uma posição fechada utilizando pressão hidráulica fornecida a partir da referida superfície. Lisboa, 25 de Julho de 2000
    JORGE CRUZ Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA
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