PT1727737E

PT1727737E - ''recipientes para bebidas''

Info

Publication number: PT1727737E
Application number: PT05718038T
Authority: PT
Inventors: Matthew Eric Smith; Karl Mondszein
Original assignee: Carbonite Corp
Priority date: 2004-03-25
Filing date: 2005-03-16
Publication date: 2007-08-20
Also published as: US8317043B2; GB0406762D0; CA2560565A1; ATE368624T1; HK1098442A1; ZA200608233B; JP2007530373A; EP1727737B1; ES2292121T3; CN100569598C; DE602005001856D1; WO2005092732A1; PL1727737T3; EP1727737A1; RU2006137579A; AU2005225591A1; DE602005001856T2; AU2005225591B2; US20080041808A1; BRPI0509149A

Description

ΕΡ 1 727 737 /PT

DESCRIÇÃO "Recipientes para bebidas" A presente invenção diz respeito a recipientes para bebidas, particularmente bebidas carbonatadas, e refere-se em particular a tais recipientes com bocas largas, ou seja, com um diâmetro acima de cerca de 25 mm, preferivelmente cerca de 38 mm, mais particularmente 45 mm.

As garrafas de bebidas têm tipicamente uma boca estreita com um diâmetro na região de apenas 28 mm ou menos. São conhecidas inúmeras maneiras de selar o topo da garrafa no gargalo da garrafa, mas será apreciado que o problema de produzir uma vedação num recipiente para uma bebida carbonatada aumenta exponencialmente à medida que o diâmetro da boca aumenta, devido ao facto de a área debaixo da tampa ou topo aumentar de acordo com o quadrado do raio. Caso a tampa do recipiente ou a sua vedação falhe, a pressão do gás será libertada e a tampa pode ainda ser projectada explosivamente para o ar com a perda resultante da bebida e lesão potencial nas pessoas em volta. Podem surgir problemas de vedação similares também com bebidas não carbonatadas uma vez que, se o recipiente for submetido a uma temperatura elevada, por exemplo, for exposto à luz directa do sol, a pressão do gás no espaço da cabeça do recipiente aumentará e, se o recipiente for selado inadequadamente, isto resultará na fuga de gás para a atmosfera. Isto não é por si inerentemente problemático mas, quando o recipiente arrefece novamente, pode ser produzida uma pressão subatmosférica no espaço da cabeça, o que resulta na indução de oxigénio atmosférico. Isto pode resultar em oxidação dos conteúdos do recipiente impossibilitando que os mesmos possam ser bebidos. A GB-A-1163203 revela um recipiente para bebida que compreende um receptáculo que tem um eixo central e que é selado por uma tampa de material resiliente. 0 receptáculo inclui um gargalo que define uma abertura e a tampa inclui uma placa de fecho, com a qual é parte integrante uma saia pendente que se prolonga em torno da superfície externa do gargalo. A superfície interna da saia suporta uma flange 2

ΕΡ 1 727 737 /PT anular contínua que fica em engate de vedação com o lado de baixo de um ressalto anular contínuo voltado para baixo sobre a superfície externa do gargalo e que impede assim o movimento da tampa na direcção axial para fora do receptáculo. A flange anular é muito curta e é mais da natureza de uma protuberância e o ressalto que engata está inclinado em cerca de 45° com a horizontal. A função de retenção da flange sobre o ressalto não é assim muito segura e a tampa pode facilmente ser desalojada ou a vedação de gás romper-se por um impacto. 0 WO-A-96/19388 revela um recipiente de bebida com uma tampa de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1. É o objecto da invenção proporcionar um tal recipiente, particularmente do tipo de boca larga, com uma tampa selada de modo seguro que pode conter a pressão gerada por uma bebida carbonatada ou gerada sob condições de alta temperatura ambiente no espaço da cabeça de um recipiente que contém uma bebida não carbonatada ou géneros alimentícios, mas que pode no entanto ser removida de forma rápida e simples quando necessário.

De acordo com a presente invenção, é proporcionado um recipiente para bebida, particularmente para bebidas carbonatadas, que compreende um receptáculo que tem um eixo central e é selado através de uma tampa de material resiliente, incluindo o receptáculo um gargalo que define uma abertura e incluindo a tampa uma placa de fecho, com a qual é parte integrante uma saia pendente que se prolonga em torno da superfície externa do gargalo, suportando a superfície interna da saia uma flange anular contínua, que fica em engate de vedação com o lado de baixo de um ressalto anular contínuo voltado para baixo sobre a superfície externa do gargalo, e que assim impede o movimento da tampa na direcção axial para fora do receptáculo, caracterizado por a flange anular sobre a tampa estar ligada à mesma por meio de uma ligação de articulação resiliente, por a flange anular ser alongada na vista em secção axial, por a superfície de extremidade da extremidade livre da flange se encontrar em 3

ΕΡ 1 727 737 /PT engate de vedação com o lado de baixo do ressalto, e por a resiliência da ligação de articulação resiliente impelir a superfície lateral da extremidade livre da flange anular para engate de vedação com a superfície externa do gargalo.

Assim, a tampa é retida sobre o receptáculo através de uma flange anular que é parte integrante da superfície interna da saia e que, preferivelmente, se prolonga substancialmente paralela à saia, a extremidade livre da qual engata no lado de baixo de um ressalto sobre o gargalo da garrafa, que de preferência se prolonga substancialmente perpendicular ao eixo do receptáculo. Este engate não impede só o movimento da tampa e do receptáculo para fora um do outro como também constitui uma vedação de gás. A resiliência da ligação entre a flange anular e a saia impele a superfície lateral da extremidade livre da flange para dentro para engate com a superfície externa do gargalo sob uma pressão de contacto. É assim formada uma vedação adicional. A vedação de gás entre a extremidade da flange anular e o lado de baixo do ressalto é mantida na prática como resultado do facto de a saia estar sob tensão, o que arrasta a extremidade livre da flange para contacto com o lado de baixo do ressalto anular. A força reactiva necessária é proporcionada pelo engate do lado de baixo da tampa com a superfície superior do gargalo. Se, conforme for preferido, esta superfície superior for lisa e contínua, então é preferível que a placa de fecho seja ligada à saia anular por uma banda anular, o lado de baixo da qual se prolonga sobre a superfície superior do gargalo e se retém em engate com o mesmo.

De modo a manter a integridade da vedação de gás entre o lado de baixo da banda e a superfície superior da marisa, a saia anular é preferivelmente colocada sob tensão pelo método pelo qual a tampa é aplicada à garrafa, conforme será discutido a seguir. Esta tensão arrasta o lado de baixo da banda para engate selado com a superfície superior do gargalo e também arrasta a extremidade livre da flange anular sobre a tampa para engate de vedação com o ressalto anular voltado para baixo sobre a superfície externa do gargalo. A vedação entre o lado de baixo da banda e a superfície superior do 4

ΕΡ 1 727 737 /PT gargalo é suficiente para reter uma pressão relativamente alta dentro da garrafa mas, se esta pressão subir até um nível invulgarmente alto, ou se a tampa se deformar pela aplicação de uma força externa, o gás pressurizado pode escoar para além desta vedação e para o espaço definido pelo exterior do gargalo da garrafa, da saia pendente e da flange anular ligada à saia. Esta pressão irá actuar sobre a flange e forçará a mesma para dentro, quer dizer, na direcção da superfície externa do gargalo, aumentando assim a pressão de contacto entre a flange e a superfície externa do gargalo e aumentando assim a integridade da vedação de gás adicional entre esses componentes.

De modo a que a tampa possa ser facilmente removida da garrafa, quando desejado, é preferível que a ligação resiliente da flange anular na saia se possa prontamente rasgar. É também preferível que a tampa seja encaixada à pressão sobre o receptáculo. De modo a facilitar a remoção da tampa, é preferível que a mesma inclua uma aba de ruptura ligada à banda anular, a rotação da qual faz com que a vedação do recipiente seja rompida e a ligação de encaixe à pressão se solte. Contudo, também é possível que a aba de ruptura seja omitida e que a tampa seja removida por um abridor de garrafa do tipo convencional utilizado com topos de garrafa coroa.

Assim, o recipiente de acordo com a invenção tem uma primeira vedação de gás entre a extremidade livre da flange anular ligada à saia e a superfície voltada para baixo sobre o ressalto do exterior da marisa, e uma segunda vedação de gás entre a superfície lateral da extremidade livre da flange anular e a superfície externa do gargalo e, preferivelmente, também uma terceira vedação de gás entre o lado de baixo da tampa, quer dizer, o lado de baixo da banda que liga a placa de fecho à saia anular, e a superfície superior do gargalo. Se ainda for considerada necessária ou desejável uma vedação de gás adicional, a placa de fecho pode ser côncava para baixo e assim prolongar-se para dentro do gargalo e incluir uma porção de base, com a qual é parte integrante uma porção de parede que se prolonga para cima que está ligada à banda anular. A garrafa e a tampa podem então ser construídas e dimensionadas de maneira que a superfície interna do gargalo 5

ΕΡ 1 727 737 /PT constitua uma primeira superfície de vedação anular e a superfície externa da porção de parede da placa de fecho constitua uma segunda superfície de vedação que fica oposta e em engate de vedação com a primeira superfície de vedação. É preferível neste caso que a porção de base da placa de fecho seja côncava para baixo. No caso de uma pressão de gás ser gerada no espaço da cabeça do recipiente, a porção côncava da tampa irá deformar-se para cima e isto irá resultar inerentemente numa força que actua sobre aquela porção da tampa que disponibiliza a segunda superfície de vedação, que impele a mesma contra a primeira superfície de vedação correspondente sobre o gargalo do receptáculo. Em conformidade, à medida que a pressão do gás sobe no receptáculo, a integridade ou capacidade de vedação desta vedação de gás adicional também aumenta. A primeira superfície de vedação pode ser inclinada para cima e para fora em relação ao eixo mas, alternativamente ou adicionalmente, uma das primeira e segunda superfícies de vedação pode suportar uma protuberância anular que é acomodada dentro de um recesso anular sobre a outra das primeira e segunda superfícies de vedação. A provisão de uma protuberância e recesso coincidentes desses significa que, se a placa de fecho da tampa se mover para cima em relação ao receptáculo, a pressão de contacto de uma porção da protuberância com uma porção da superfície do recesso aumentará, aumentando assim a sua integridade de vedação.

Outras características e detalhes da invenção tornar-se-ão aparentes a partir da descrição seguinte de duas concretizações específicas que são dadas a título de exemplo apenas com referência aos desenhos diagramáticos anexos, nos quais: a figura 1 é uma vista em secção vertical de uma primeira concretização de uma garrafa de bebida de acordo com a invenção com a tampa numa posição intermédia enquanto está a ser aplicada à garrafa; a figura 2 é uma vista em secção vertical da tampa do recipiente antes da aplicação à garrafa; 6

ΕΡ 1 727 737 /PT a figura 3 é uma vista em secção recortada da porção superior da garrafa mostrando a tampa na posição aplicada e selada; a figura 4 é uma vista lateral da porção superior da garrafa tal como se vê na figura 3; a figura 5 é uma vista recortada por baixo de parte da tampa mostrando a aba de ruptura; e a figura 6 é uma vista recortada da tampa e garrafa de acordo com uma segunda concretização.

Conforme visto na figura 1, a garrafa 2 é de forma geralmente cilíndrica com um eixo 3 e pelo menos uma porção 4 de tamanho aumentado cujo diâmetro é maior do que o da tampa 6, pelas razões que serão explicadas abaixo. A garrafa neste caso é moldada a partir de material plástico e tem uma boca larga com um diâmetro maior do que 28 mm definido pelo gargalo 8 da garrafa. 0 gargalo 8 termina numa porção de marisa que é definida por uma superfície interna 10, a qual está inclinada para cima e para fora em relação ao eixo 3, e uma superfície externa 12, a qual está inclinada para cima e para dentro em relação ao eixo 3. As superfícies 10 e 12 convergem assim e o diâmetro externo da garrafa, especificamente da sua porção de marisa, aumenta assim inicialmente a partir do topo para baixo. Contudo, o mesmo diminui abruptamente num ressalto anular voltado para baixo 14 que se prolonga substancialmente perpendicular ao eixo 3. O diâmetro interno da porção de marisa, contudo, diminui inicialmente do topo para baixo.

Conforme visto melhor na figura 2, a tampa compreende um componente de peça única, preferivelmente moldado integralmente a partir de material plástico resiliente, tal como polipropileno. A mesma compreende uma placa de fecho conformada, com a qual é parte integrante uma banda 16 que se prolonga, quando a tampa está ligada à garrafa, sobre a marisa da garrafa. Uma saia pendente 18 é parte integrante da banda 16, que se prolonga para baixo em torno do exterior da porção superior da garrafa. Uma flange de retenção anular 20 encontra-se integralmente ligada ao bordo inferior da saia 18 7

ΕΡ 1 727 737 /PT ou à superfície interna da saia numa posição adjacente ao seu bordo inferior. A flange 20 está alongada na vista em secção axial e está ligada à saia 18 por uma banda de ligação resiliente 22 que é de espessura reduzida e assim constitui uma linha anular de enfraquecimento ou ponto de ruptura predeterminado. Encontra-se ligada à tampa numa posição circunferencial uma aba de ruptura 24 que se prolonga para baixo, abaixo do bordo inferior da saia 18. Esta aba está ligada à saia 18 no seu lado por duas linhas de enfraquecimento 26, isto é, regiões de espessura reduzida. A placa de fecho da tampa é côncava e assim prolonga-se para o gargalo da garrafa quando a mesma estiver ligada à garrafa. A placa de fecho compreende uma porção de parede 30 que se prolonga geralmente para baixo e para dentro e funde-se no seu bordo inferior com uma porção de base 32, que é arqueada para baixo, quer dizer, é de forma convexa curvada para baixo. A tampa está mostrada na figura 2 na configuração na qual a mesma é moldada. Nesta configuração, a flange 20 prolonga-se para baixo e para dentro e o diâmetro do seu bordo inferior é menor do que o diâmetro do bordo superior da marisa da garrafa, ao passo que o diâmetro do seu bordo superior é maior do que o diâmetro do bordo superior da marisa da garrafa. A tampa é presa e selada na garrafa por um procedimento de encaixe à pressão simples. Isto é efectuado simplesmente ao baixar a tampa na marisa da garrafa e em seguida aplicando pressão. À medida que a tampa é baixada, o bordo inferior da flange 20 entra em contacto com a marisa. Isto faz com que a flange rode para dentro em torno da banda 22. À medida que o movimento para baixo da tampa continua, a flange 20 move-se para baixo em contacto com a superfície 12, conforme mostrado na figura 1, e o aumento de diâmetro desta superfície na direcção para baixo resulta na continuidade da rotação da flange, movendo assim a mesma ainda mais para perto da superfície interna da saia 18. O lado de baixo da banda 16 faz então contacto com a superfície superior da marisa da garrafa. Contudo, a pressão sobre a tampa é mantida e isto resulta numa ligeira deformação da banda 16. A tampa e a 8

ΕΡ 1 727 737 /PT garrafa estão assim dimensionadas para que o ligeiro movimento adicional para baixo da tampa causado pela deformação da banda 16 seja suficiente para permitir que a extremidade livre da flange 20 se mova para além do ressalto 14. A mesma é então rodada no sentido oposto, isto é, para dentro, pela resiliência da banda 22 e fica assim travada por trás do ressalto, conforme mostrado na figura 3. A tampa fica agora retida na posição sobre a garrafa e não pode ser removida sem danificá-la ou deformá-la. A tensão mantém o lado de baixo da banda 16 em engate com a superfície superior da marisa com uma pressão de contacto suficiente para assegurar que uma primeira vedação de gás seja formada ao longo da linha anular de contacto. A tensão na saia 18 também mantém a extremidade livre da flange 20 em engate com a superfície do ressalto 14 com uma pressão de contacto suficiente para assegurar que uma segunda vedação de gás seja formada ao longo da linha anular de contacto. Além disso, a resiliência da banda de ligação 22 força a superfície lateral da extremidade livre da flange 20 para contacto com a superfície lateral da garrafa e a pressão de contacto é preferivelmente suficiente para formar uma terceira vedação de gás. A integridade da primeira vedação de gás pode ser melhorada ainda mais, se necessário, pela provisão de um rebordo ou flange anular 17, que está mostrado em linhas a tracejado apenas no lado esquerdo da figura 2, e que engatará na superfície lateral da marisa da garrafa e constituirá uma vedação de lábio adicional. Este rebordo 17 está posicionado e dimensionado de maneira que o mesmo seja deformado lateralmente pelo contacto com a marisa da garrafa, e assim impelido pela sua resiliência para contacto com a superfície lateral da marisa e assim forme uma vedação adicional. Se a pressão na garrafa subir até um valor suficientemente alto para deformar a tampa para fora da marisa da garrafa, rompendo desse modo a primeira vedação de gás, escoará gás pressurizado para o espaço definido pela superfície externa da marisa, da saia 18 e da flange 20. Esta pressão irá actuar sobre a flange 20 para pressioná-la ainda mais firmemente contra a superfície lateral da marisa, aumentando desse modo a integridade da terceira vedação de gás.

Se ainda for necessária integridade de vedação adicional, pode ainda ser proporcionada uma vedação de gás 9

ΕΡ 1 727 737 /PT adicional, tal como na concretização ilustrada, entre a superfície 10 da marisa e a superfície externa 34 da porção de parede 30. Assim, nesta concretização, estas duas superfícies são formadas como superfícies de vedação complementares em engate de vedação uma com a outra. Se a pressão na garrafa chegar à sobreatmosférica, tanto como resultado da libertação de dióxido de carbono de uma bebida carbonatada como em resultado da expansão do gás no espaço da cabeça da garrafa por causa de um aumento na temperatura, o centro da porção de base côncava 32 será deformado para cima e isto inerentemente resultará no facto de o bordo externo da porção de base 32 e assim o bordo inferior da porção de parede 30 se mover ligeiramente para fora. Isto resultará num aumento na pressão de contacto entre as superfícies de vedação 12 e 34 e assim numa melhoria da integridade desta vedação de gás adicional. O recipiente para bebida de acordo com a invenção, por conseguinte, não só tem tantas vedações de gás primária e secundária como também tem uma vedação de gás adicional. A integridade ou capacidade de vedação desta vedação adicional aumenta à medida que a pressão do gás dentro do recipiente aumenta.

Quando se desejar abrir a garrafa, o utilizador agarra meramente o bordo inferior da aba de ruptura 24 e puxa-a para fora. As linhas de enfraquecimento 26 rompem-se ou esticam imediatamente e o bordo superior da aba 24, que está ligada à banda 16, roda, rompendo desse modo a segunda e terceira vedações de gás. Esta rotação é transmitida à banda 16 que assim se move para fora da marisa da garrafa, rompendo assim a primeira vedação de gás. Este movimento da banda 16 também faz com que as superfícies de vedação 12 e 34 se separem localmente, rompendo desse modo também a vedação de gás adicional. O recipiente é assim despressurizado. O movimento para fora da aba 24 inicia o rasgar da banda de ligação fina 22 e, uma vez que o rasgar tenha iniciado, é uma situação simples continuar a exercer pressão para cima e para fora sobre a aba 24 até que a tampa seja completamente desligada da flange 20, que permanece na posição em tomo do gargalo da garrafa. A tampa pode agora ser descartada e os conteúdos da garrafa distribuídos ou bebidos.

Conforme mencionado acima, o corpo da garrafa tem uma 10

ΕΡ 1 727 737 /PT ou mais protuberâncias 4 cujos contornos se prolongam além dos contornos da tampa, quando vistos na direcção axial. Isto significa que, quando um número de garrafas dessas for empacotado conjuntamente lado a lado, as mesmas irão contactar uma com a outra apenas nas protuberâncias, e as tampas das garrafas adjacentes não entrarão em contacto umas com as outras, eliminando-se assim o risco de as tampas poderem inadvertidamente ser desalojadas, ventilando assim o interior dos recipientes associados. A base da garrafa também tem uma forma que é complementar à forma da superfície superior da tampa, de maneira tal que as garrafas possam ser empilhadas de forma simples e segura uma por cima da outra.

Na concretização modificada ilustrada na figura 6, a superfície externa da porção de parede 30 suporta uma protuberância anular 40, que engata na superfície de um recesso na superfície interna da marisa. Se a pressão do gás dentro da garrafa aumentar até um nível suficiente para deformar a tampa para cima até um ponto suficiente para romper a primeira vedação de gás, conforme ilustrado, a pressão de contacto da porção superior da protuberância com a superfície do recesso será aumentada, aumentando desse modo a integridade da vedação de gás adicional, e compensará a perda da primeira vedação de gás. A protuberância também poderia ser suportada pela superfície interna da marisa, caso em que o recesso será formado na porção de parede 30. Se a pressão do gás no recipiente aumentar substancialmente, será a pressão de contacto da porção inferior da protuberância que aumentará.

Embora o recipiente da presente invenção se destine principalmente a bebidas, isto é, para líquidos que se destinam a ser bebidos, será apreciado que será igualmente aplicável a outros produtos alimentícios escoáveis, tais como iogurte, e o termo "bebida" deve ser interpretado em conformidade.

Lisboa,

Claims

ΕΡ 1 727 737 /PT 1/2 REIVINDICAÇÕES 1 - Recipiente para bebida que compreende um receptáculo (2) que tem um eixo central (3) e é selado por uma tampa (6) de material resiliente, incluindo o receptáculo (2) um gargalo (8) que define uma abertura e incluindo a tampa (6) uma placa de fecho, com a qual é parte integrante uma saia pendente (18) que se prolonga em torno da superfície externa do gargalo (8), suportando a superfície interna da saia uma flange anular contínua (20), que se encontra em engate de vedação com o lado de baixo de um ressalto anular continuo (14) voltado para baixo sobre a superfície externa do gargalo (8), e que assim impede o movimento da tampa (6) na direcção axial para fora do receptáculo (2), estando a flange anular (20) sobre a tampa (6) ligada à mesma por uma ligação de articulação resiliente (22), sendo a flange anular alongada na vista em secção axial, caracterizado por a superfície de extremidade da extremidade livre da flange (20) se encontrar em engate de vedação com o lado de baixo do ressalto (14), e por a resiliência da ligação de articulação resiliente (22) impelir a superfície lateral da extremidade livre da flange anular (20) para engate de vedação com a superfície externa do gargalo (8).
2 - Recipiente tal como reivindicado na reivindicação 1, no qual a placa de fecho está ligada à saia anular (18) por uma banda anular (16), o lado de baixo da qual se prolonga sobre a superfície superior do gargalo (8) e se retém em engate de vedação com o mesmo.
3 - Recipiente tal como reivindicado na reivindicação 1, no qual a ligação resiliente (22) se pode prontamente rasgar.
4 - Recipiente tal como reivindicado em qualquer uma das reivindicações anteriores, no qual a tampa (6) é encaixada à pressão sobre o receptáculo (2).
5 - Recipiente tal como reivindicado na reivindicação 4, que inclui uma aba de ruptura (24) ligada à banda anular (16), a rotação da qual faz com que a vedação do recipiente seja rompida e a ligação de encaixe de pressão seja libertada. ΕΡ 1 727 737 /PT 2/2
6 - Recipiente tal como reivindicado na reivindicação 2, no qual a placa de fecho é côncava para baixo e assim prolonga-se para dentro do gargalo e inclui uma porção de base (32), com a qual é parte integrante uma porção de parede (30) que se prolonga para cima, que está ligada à banda anular (16).
7 - Recipiente tal como reivindicado na reivindicação 6, no qual a superfície interna do gargalo (8) disponibiliza uma primeira superfície de vedação anular e a superfície externa (34) da porção de parede (30) da placa de fecho disponibiliza uma segunda superfície de vedação que fica oposta e em engate de vedação com a primeira superfície de vedação.
8 - Recipiente tal como reivindicado na reivindicação 6 ou 7, no qual a porção de base (32) da placa de fecho é côncava para baixo.
9 - Recipiente tal como reivindicado na reivindicação 7 ou 8, no qual a primeira superfície de vedação está inclinada para cima e para fora em relação ao eixo.
10 - Recipiente tal como reivindicado na reivindicação 7 ou 8, no qual uma das primeira e segunda superfícies de vedação suporta uma protuberância anular (40) que é acomodada dentro de um recesso anular na outra das primeira e segunda superfícies de vedação.
11 - Recipiente tal como reivindicado na reivindicação 2, no qual uma flange anular (17) é parte integrante do lado de baixo da banda anular (16) e é deflectida lateralmente pelo contacto com a superfície lateral do gargalo (8) da garrafa (2), com o qual forma uma vedação adicional. Lisboa