PT1617075E - Processo e dispositivo para a troca de uma transmissão numa instalação de energia eólica - Google Patents
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Description
1
DESCRIÇÃO "PROCESSO E DISPOSITIVO PARA A TROCA DE UMA TRANSMISSÃO NUMA INSTALAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA" A presente invenção refere-se a um processo para a troca de uma transmissão numa instalação de energia eólica, em que a instalação de energia eólica apresenta um eixo do rotor, o qual une um rotor à transmissão a ser substituída e que se encontra instalado de forma rotativa numa chumaceira do rotor, colocada do lado do rotor num quadro de uma máquina e em que o eixo do rotor, durante a troca da transmissão, fica apoiado, por meio de um apoio situado do lado da transmissão, ao quadro da máquina, de tal modo que se verifica, durante a troca da transmissão, uma permanência do rotor no eixo do rotor. A invenção refere-se ainda a um dispositivo, desenhado como um jugo, para a troca da transmissão de uma instalação de energia eólica ou para a execução de trabalhos de manutenção no trem motor de uma instalação de energia eólica.
Na EP 1 101 936 A2 é descrito um processo para a montagem e a troca de componentes principais na gôndola de uma instalação de energia eólica. A sua execução pressupõe, por um lado, um trem motor modular e por outro lado a execução do quadro da máquina como uma determinada estrutura engradada. Os componentes principais, portanto também a transmissão, são individualmente fixados por baixo de longarinas longitudinais da estrutura engradada. Sobre as travessas superiores do engradado encontra-se colocada uma carreta móvel, por meio da qual os componentes do trem 2 motor podem ser individualmente baixados ou elevados. Vantajosamente, a utilização da carreta móvel, torna desnecessário o aluguer de um guindaste móvel externo, quando a transmissão da instalação de energia eólica descrita na EP 1 101 936 A2 tenha de ser trocada.
Também nessa instalação de energia eólica o rotor se mantém, durante a troca da transmissão, ligado ao eixo do rotor. Este último está nomeadamente apoiado em dois pontos, do lado do rotor numa chumaceira anterior do rotor e do lado da transmissão numa chumaceira posterior do rotor. A chumaceira posterior do rotor recebe o momento, que resulta do peso do rotor e do vão do eixo do rotor. Assim a chumaceira posterior do rotor actua como protecção, devido à qual, durante uma troca de transmissão, o rotor e o eixo do rotor se podem manter, sem que a chumaceira anterior do rotor se parta. Uma tal situação pode ver-se na Figura 4 do referido pedido de patente.
Nos primeiros tempos foram conhecidos com bastante frequência danos nas instalações de energia eólica, que possivelmente são atribuíveis a inseguranças no dimensionamento e na condução do funcionamento. Os danos referem-se, entre outros, à transmissão, que como peça nuclear do trem motor, colocada entre o rotor e o gerador, está sujeita a influências negativas de ambos os lados. A consequência é um desgaste precoce ou mesmo a falência total dos componentes individuais da transmissão, como, particularmente, engrenagens e rolamentos. Em casos de danos particularmente graves toda a transmissão da instalação de energia eólica tem de ser substituída, porque a troca de componentes individuais danificados da transmissão não é económica. 3
Desde que a gôndola da instalação de energia eólica esteja construída conforme o pedido de patente anteriormente referido propõe, com transmissões que se possam trocar é possível sem mais, graças ao quadro da máquina engradado e à construção modular do trem motor, trocar a transmissão danificada. No entanto, a maioria das instalações de energia solar existentes e particularmente em perigo de sofrer avarias, foi construída segundo um outro conceito, nomeadamente de acordo com o assim chamado apoio de três pontos. No apoio de três pontos abdica-se de uma chumaceira do rotor do lado da transmissão e em vez disso o lado terminal do eixo do rotor fica colocado no compartimento da transmissão. 0 compartimento da transmissão está também instalado no quadro da máquina por meio de dois apoios da transmissão, estando os apoios da transmissão colocados de ambos os lados do trem motor. Dado que a extremidade do eixo do rotor termina, do lado do rotor, na chumaceira anterior do rotor e está colocada em ambos os apoios laterais de transmissão, fala-se então de um apoio de três pontos.
Informações fundamentais para diferentes conceitos de colocação para os eixos de rotor de instalações de energia eólica encontram-se entre outros em: Hau, Erich. Windkraftanlagen; Grundlagen, Technik, Elnsatz, Wirtschaftlichkeit, Berlim, 3a Edição 2003, Páginas 277 a 283. Um trem motor de uma instalação de energia eólica com um apoio de três pontos está também representado na Figura 1 da EP 1 101 936 A2 como estado da técnica.
Numa instalação de energia eólica com um apoio de três pontos a transmissão não pode ser retirada sem mais: dado 4 que, juntamente com a transmissão, o apoio posterior do eixo do rotor é forçosamente retirado, este fica então apenas apoiado na chumaceira anterior do rotor. A chumaceira anterior do rotor poderá não suportar o momento resultante do elevado peso do rotor, o que terá como consequência a quebra da chumaceira do rotor e no caso mais desfavorável, um arrancamento do rotor para fora do apoio. Devido a isso, nas instalações de energia eólica com apoio em três pontos, é preciso primeiramente retirar o rotor do eixo do rotor e seguidamente ser trocada a transmissão. Também na primeira montagem de uma instalação de energia eólica com apoio em três pontos o rotor é montado depois da transmissão. A retirada do rotor está sempre ligada a particulares dificuldades e elevados custos. Para isso são necessários, nomeadamente, dois guindastes móveis, dos quais um ergue o cubo retirado e o outro faz rodar o rotor para uma posição horizontal, para que ele possa ser colocado no solo. Desde que apenas esteja disponível um guindaste móvel, as pás do rotor terão de ser soltas uma após outra do cubo e baixadas individualmente. Só depois disso o cubo pode ser retirado. Perante o grande número de instalações de energia eólica com apoios de três pontos, nas quais, devido ao desgaste precoce, é necessária uma troca da transmissão, o processo anteriormente descrito para a substituição da transmissão apresenta-se como pouco económico. A presente invenção tem por isso como objecto fundamental o aperfeiçoamento de um processo para a troca da transmissão de uma instalação de energia solar de acordo com a técnica referida, que pode também ser usado nas instalações de 5 energia eólica existentes, com qualquer forma execução do quadro da máquina e qualquer conceito de apoios.
Este objecto é atingido pelo facto de ser utilizado, como apoio, um jugo, o qual é montado imediatamente antes da troca da transmissão entre o eixo do rotor e o quadro da máquina e é de novo retirado, imediatamente depois da troca da transmissão e por o eixo do rotor ser fixado firmemente no jugo.
Na maneira acabada de descrever é possível, em primeiro lugar, trocar a transmissão danificada de uma instalação de energia eólica, cujo eixo do rotor se encontra colocado, pelo menos parcialmente, no compartimento da transmissão, sem que seja precisa a retirada do rotor. Os custos da desmontagem da transmissão avariada e da remontagem da transmissão de substituição podem ser reduzidos em cerca de 40%, por meio do processo proposto. O processo é particularmente adequado para instalações de energia eólica com apoios de três pontos, portanto para o conceito de apoio, no qual o eixo do rotor se encontra exclusivamente apoiado giratoriamente na chumaceira anterior do rotor, do lado do rotor e nos dois apoios laterais da transmissão. A fixação do eixo do rotor no jugo dá-se, de preferência, por meio de uma gola e impede que o rotor execute um movimento brusco para a frente e em consequência disso o eixo do rotor possa escapar para fora do jugo. Além disso pode-se, por meio dessa medida, possibilitar uma segurança suplementar contra a rotação do eixo do rotor. Deve nomeadamente garantir-se que o rotor não rode durante a 6 montagem. Isso é, em regra, conseguido por meio do trancamento do dispositivo de paragem do rotor, com o qual a maioria das instalações de energia eólica está equipada. Não é no entanto de excluir que o dispositivo de paragem do rotor não funcione, podendo nesse caso ser conseguida uma segurança complementar por meio da união, fixa em rotação, entre o eixo do rotor e o jugo.
Um jugo, que serve principalmente para a execução do processo de acordo com a invenção, mas que também pode ser usado no quadro de outros trabalhos de manutenção no trem motor de uma instalação de energia eólica, compreende uma gola, que favoravelmente se pode ligar por meio de tirantes roscados à braçadeira, de modo que o eixo do rotor fique colocado entre a caixa e a braçadeira e possa ser apertado entre essas duas peças de construção por meio do aperto dos tirantes roscados.
Para a formação do jugo é proposto9, deixar caixas e golas correr pelo menos parcialmente ao longo da periferia de um circulo virtual. 0 circulo virtual corresponde para isso ao corte perpendicular do eixo do rotor, que em geral é redondo. É ainda sugerido preverem-se dois tirantes roscados, que se estendem cada um deles tangencialmente à periferia do circulo e que ligam entre si, a gola e a braçadeira. A disposição tangencial dos tirantes roscados leva a uma divisão de forças uniforme na periferia do eixo do rotor. A união entre os tirantes roscados e a braçadeira ou a gola dá-se no caso mais simples por meio de roscas de porca, em que os tirantes roscados são enroscados. As roscas de porca podem, cada uma delas, ser recortadas no jugo ou na gola como furos roscados ou, de modo mais simples, ser previstas como porcas simples. Em lugar de 7 tirantes roscados podem eventualmente ser também utilizados grandes parafusos. As suas cabeças projectam-se então de um dos lados das roscas de porca.
Para se ter a certeza de que o eixo do rotor não é danificado pelo aperto, a caixa e a gola deverão estar revestidas, no seu lado interno, com uma camada almofadada. Danos da superfície externa, surgem principalmente em eixos com uma acentuada acção circular, que, como os eixos dos rotores, são submetidos a cargas de torção variáveis.
Como camada almofadada utiliza-se favoravelmente uma camada de plástico, de preferência de poliamida. Este plástico é muito económico e pode ser facilmente trabalhado. Além disso é altamente deformável em comparação com o aço, de maneira que pode compensar diferenças de medidas e erros de orientação.
Para simplificar e acelerar a montagem do jugo é proposto munir-se a braçadeira com uma sapata em cada uma das extremidades laterais, cada uma das quais apresenta uma base virada para baixo. Em cada uma dessas bases está fixamente enroscada uma sapata de aperto, que por seu lado é fixado ao quadro da máquina. Para a montagem do jugo são primeiramente fixadas ao quadro da máquina, de ambos os lados do eixo do rotor, as duas sapatas de aperto e seguidamente é baixada a braçadeira, por cima do eixo, sobre as sapatas de aperto. Depois do enroscamento das sapatas com as sapatas de aperto, a braçadeira assenta fixamente, de maneira que só então deve ser montada a gola. A sapata de aperto desempenha de facto uma "função de adaptação", a fim de que o jugo se possa adaptar a diferentes quadros de máquina. 0 formato da sapata de aperto é por isso determinado pela geometria do quadro da máquina. Muitos quadros de máquina são montados a partir de placas de aço soldadas entre si, que se sobrepõem nos seus pontos de contacto. Também quadros de máquina fundidos apresentam tais sobreposições. Para a ligação do jugo em quadros de máquina com sobreposições recomenda-se a construção da sapata de aperto em forma de U, de maneira que apresente dois membros, entre os quais uma parte integrante de um quadro de máquina, como por exemplo uma chapa de aço saliente, possa ser firmemente apertada.
Em alternativa ao formato em U das sapatas de aperto, podem também ser usadas sapatas de aperto em forma de T. Principalmente em quadros de máquina fundidos com precinta superior ou precinta inferior podem-se aplicar sapatas de aperto em forma de T, principalmente entre as precintas. A vantagem essencial da utilização das sapatas de aperto reside em que o quadro da máquina não tem de sofrer qualquer acabamento mecânico suplementar para se poder fixar o jugo. Disso resulta, nomeadamente, que tais trabalhos de acabamento especiais não são em regra aplicados ao quadro da máquina. 0 aperto firme das sapatas de aperto ao quadro da máquina dá-se de modo mais fácil por meio de um parafuso de aperto.
Vantajosamente o jugo está munido de uma posição elevada. Uma posição elevada é necessária nalgumas instalações, a fim de, por um lado, compensar as possíveis diferenças do quadro da máquina e por outro, também poder elevar o trem 9 motor, para atingir uma necessária condição de liberdade de montagem inferior.
Para a posição elevada é preferencialmente adequado um dispositivo de cunha. Um tal dispositivo compreende uma superfície oblíqua, que é praticada no membro lateral da sapata de aperto, uma cunha que, por um lado, encosta na base da braçadeira e por outro lado na superfície oblíqua e uma cavilha, por meio da qual a cunha pode ser accionada, no espaço limitado entre a base e a superfície oblíqua. 0 accionamento da cunha é realizado da melhor forma por meio de uma cavilha (roscada) , que por meio de aperto impele a cunha ao longo da superfície oblíqua contra a base. A posição elevada dá-se simetricamente com a ajuda de duas cunhas, que são accionadas ascendentemente sobre duas superfícies oblíquas opostas uma à outra. Da posição elevada por meio de cunhas resulta uma fenda entre a base e a sapata de aperto; o peso da braçadeira assenta apenas sobre as cunhas. Como a pressão admissível da cunha e da base sobre a superfície não deve ser ultrapassada ao enroscar-se firmemente a sapata de aperto, a fenda deverá ser preenchida com juntas de montagem. 0 processo de acordo com a invenção, bem como um exemplo de forma de realização preferida do jugo a utilizar, serão agora descritos e ilustrados com os desenhos das figuras. Estes mostram:
Fig.l: Trem motor de uma instalação de energia eólica com um apoio de três pontos, numa vista em perspectiva (estado da técnica); 10 F±g.2a a e: Troca de transmissão, representada simbolicamente;
Fig.3: Jugo;
Fig.4: Trem motor da Figura 1 com o jugo. A Figura 1 mostra a secção "lenta" do trem motor de uma instalação tipica de energia eólica, da classe dos 1,5 MW com apoio de três pontos. O trem motor 1 está instalado rotativamente num quadro de máquina 2 e alonga-se desde um cubo de rotor 3a até um gerador, não representado aqui. O rotor não se encontra completamente representado na Figura 1, compreendendo, além do cubo do rotor 3a, três pás do rotor, as quais são fixadas ao cubo do rotor 3a e se projectam radialmente dele.
Peça nuclear do trem motor 1 é uma transmissão 4, a qual está ligada, por meio de um eixo do rotor 5, ao cubo do rotor 3a. O eixo do rotor 5 está, do lado do rotor, colocado numa chumaceira do rotor 6. Do lado da transmissão o eixo do rotor 5 está colocado, de forma rotativa, no compartimento da transmissão 4, a qual está também instalada no quadro da máquina 2 por meio de dois apoios da transmissão 7a, 7b. A chumaceira do rotor 6 e os dois apoios da transmissão 7a, 7b constituem, em conjunto, o apoio de três pontos. Um eixo de gerador 8 sai da transmissão 4 do lado mais afastado e está marcado o inicio da secção "rápida" do trem motor 1, que se alonga entre a transmissão 4 e o gerador.
Na Figura 2a está representado simbolicamente o mesmo trem motor 1. Para isso renunciou-se à representação simbólica 11 do cubo do rotor, sendo em seu lugar indicadas as pás de rotor, do rotor 3, directamente fixadas no eixo do rotor 5. Os apoios da transmissão 7a, 7b estão representados simplificadamente como um único apoio 7. 0 recorte na transmissão 4 deixa ver que o eixo do rotor 5 desemboca num apoio planetário 9 da transmissão. 0 apoio planetário 9 é o membro de accionamento da transmissão 4 e por seu lado está colocado numa chumaceira de apoio do planetário 10 no interior do compartimento da transmissão 4. A colocação do eixo do motor 5 do lado da transmissão é sequencialmente efectuada no apoio planetário 9, na chumaceira de apoio do planetário 10, no compartimento da transmissão e no apoio da transmissão 7. Em instalações concretas de energia eólica, o eixo do rotor 5 e o apoio planetário 9 estão unidos de forma amovível, por meio de um disco de aperto, também denominado disco retráctil, não representado simbolicamente.
Antes da transmissão 4 poder ser trocada, um jugo 11 é instalado entre o eixo do rotor 5 e o quadro da máquina 2, conforme Figura 2b. 0 jugo 11 compreende, entre outras coisas, uma braçadeira 12, uma gola 13 e uma sapata de aperto 14, que se encontra fixada numa sapata 15 do jugo 11. O eixo do rotor 5 é fixado entre a braçadeira 12 e a gola 13, a sapata de aperto 14 é fixada no quadro da máquina 2. O jugo 11 é montado na seguinte sequência: sapatas de aperto 14 no quadro da máquina 2, braçadeira 12 nas sapatas de aperto 14, gola 13 na braçadeira 12.
Depois da montagem do jugo 11 (Figura 2b) a secção "rápida", não representada, do trem motor é por sua vez desligada do eixo do gerador 8. Então o disco de aperto, não desenhado simbolicamente, instalado entre o veio do 12 rotor 5 e o apoio planetário 9 bem como o apoio da transmissão 7 entre o compartimento da transmissão 4 e o quadro da máquina 2 são soltos. A sequir a transmissão 4 é retirada por meio de um guindaste para fora da instalação de energia eólica, ver quanto a isto a Figura 2c. 0 momento M, que o rotor 3, devido à força da gravidade g, exerce sobre o eixo do rotor 5, é suportado pelo quadro da máquina 2 por intermédio do jugo 11. Com isso evita-se que o eixo do rotor 5 seja arrancado da chumaceira do rotor 6. Dado que braçadeira 12 e gola 13 envolvem totalmente o eixo do rotor 5, os momentos N exercidos sobre o jugo 11, que são resultantes de um movimento de inclinação para a frente do rotor 3, são também transmitidos para o quadro da máquina 2. Além disso o jugo 11 suporta, por meio da braçadeira 12 e da gola 13, um dispositivo de travagem da rotação, não representado, de modo que o rotor 3 não possa girar involuntariamente.
Na Figura 2d foi colocada uma transmissão de substituição 16 no trem motor 1. Esta é de novo unida, por meio do disco de aperto ao eixo do rotor 5 e por meio dos apoios da transmissão 7 ao quadro da máquina 2. Depois de efectuada a montagem da transmissão de substituição 16 o jugo 11 pode -conforme se vê na Figura 2e - ser retirado. 0 eixo do gerador 8 é de novo ligado à secção "rápida" do trem motor 1. A Figura 3 mostra uma forma de realização preferida do jugo 11. Peça principal do jugo 11 é a sua braçadeira 12. A braçadeira 12 é executada, numa construção soldada, em placas de aço com nervuras. Ao meio apresenta uma caixa 17 de formato semicircular, cujo lado interno é constituído por secções tubulares semicilíndricas. Concentricamente ao 13 lado interno da caixa 17 corre o lado interno da gola 13, a qual está ligada por meio dos tirantes roscados 18 à braçadeira 12. 0 lado interno da caixa 17 e a gola 13 correm por isso sectorialmente ao longo da periferia de um circulo virtual 19, o qual traça o corte perpendicular do eixo do rotor 5. Os tirantes roscados 18 alongam-se tangencialmente a esse círculo 19. Eles são inseridos, de ambos os lados, através de furos trespassantes na gola 13 e na braçadeira 12 e enroscados numa rosca de porca 20. Evidentemente é também possível, em lugar de um tirante roscado, utilizar-se um parafuso comprido, que correspondentemente se insere apenas de um dos lados numa rosca de porca e no outro lado encosta, pela sua cabeça, na peça de construção que aí se encontra. Por meio do aperto da rosca de porca 20 pode ser firmemente apertado um eixo de rotor colocado entre a caixa 17 e a gola 13, no qual é fixado o jugo 11. Desde que os tirantes roscados 18, como no exemplo de forma de realização apresentado, não estejam colocados flexivelmente de um só lado, deformam-se respect ivamente ao serem apertados. Para que o eixo do rotor, ao ser fixado, não seja danificado na sua superfície exterior devido ao contacto metálico com a braçadeira 13 ou a gola 17, os lados internos destas são revestidos de uma camada almofadada 21 de poliamida ou de outro plástico adequado. A poliamida compensa também possíveis deformações da gola 13 devidas às cargas.
Em cada um dos lados terminais a braçadeira 12 apresenta uma zona designada como sapata 15, em cujo lado inferior se alonga uma base 22. Por meio de parafusos 23, uma sapata de aperto 14, neste exemplo de forma de realização com o formato de um U, é fixada à base 22. A sapata de aperto 14 apresenta, devido ao seu formato em U, dois membros 24a, 14 24b, que se destinam a envolver uma parte integrante 25, tipo saliência, do quadro da máquina 2 e a apertá-la por meio de parafusos de fixação 26.
Para a posição elevada da braçadeira 12 são executadas no membro do lado da base 2 4a da sapata de aperto 14 duas superfícies oblíquas 27a, 27b, que sobem em direcção uma à outra. Em cooperação com as superfícies internas do membro 24a do lado da base e da base 22, as superfícies oblíquas 27a, 27b limitam um espaço 28. Nesse espaço 28 podem, por meio do aperto de uma cavilha 30 ser introduzidas cunhas 29a, 29b. Para que ambas as cunhas 29a, 29b possam ser movimentadas em direcção uma da outra ao longo das superfícies oblíquas 27 a, 27b, a cunha interna 29b está munida de uma rosca, na qual uma rosca da cavilha 30 é enroscada. A cunha exterior 29a, em contrapartida, disponibiliza um furo trespassante sem rosca, através do qual a haste da cavilha 30 se introduz.
Ao apertar-se a cavilha 30 movimentam-se as cunhas 29a e 29b uma em direcção à outra e elevam, por intermédio da braçadeira 12 e da gola 13 o eixo do rotor 5. A posição elevada é limitada por uma saliência 31, na qual as cunhas 29a e 29b acabam por encostar. Depois de atingida a posição elevada são inseridas juntas de montagem 32 entre a base 22 e o lado superior das sapatas de aperto 14. Por meio do aperto firme dos parafusos 23 a braçadeira 12 é unida fixamente à sapata de aperto 14. É também possível renunciar-se à cunha interna 29b e em vez disso enroscar a cavilha 30 numa rosca, a qual deveria prolongar-se através da saliência 31. A cunha activa simples 29a iria necessitar de um momento de aperto 15 correspondentemente mais elevado para a cavilha 30. Do mesmo modo, pode considerar-se, em vez de uma sapata 14 em forma de U, uma outra forma de realização, como por exemplo uma em forma de T, que se adapte à geometria do quadro da máquina 2. A Figura 4 mostra a secção do trem motor 1, conhecida da Figura 1, de uma instalação de energia eólica com o jugo 11 montado na forma de realização acabada de apresentar. Até aqui mantém-se sem referência o disco de aperto 33 aqui desenhado, o qual une de forma amovível o eixo do rotor 5 ao apoio planetário 9. 0 jugo 11 é montado como segue: primeiramente as sapatas de aperto 14 são inseridas nas respectivas partes integrantes do quadro da máquina e por meio do aperto dos parafusos de fixação 26 são fixadas ao quadro da máquina. Seguidamente a braçadeira 12 é descida sobre o eixo do rotor 5, de maneira que vem assentar com as suas bases 22 sobre as sapatas de aperto 14. A evolução da braçadeira 12 é auxiliada por ganchos de olhai 34. A seguir a gola 13 é colocada por debaixo do eixo do rotor 5 e por meio dos tirantes roscados 18 é unida à braçadeira 12. Seguidamente é tomada a posição elevada por meio do aperto da cavilha 30 e a fenda disso resultante, entre a base 22 e a sapata de aperto 14 é preenchida com juntas de montagem 32. Depois da colocação das juntas de montagem 32, a braçadeira 12 é firmemente fixada nas suas sapatas 15, com as sapatas de aperto 14, por meio do aperto dos parafusos 23. O jugo 11 está agora completamente montado e pode sustentar o momento de carga do rotor, até aqui transmitido por meio dos apoios da transmissão 7a, 7b ao quadro da máquina 2. O jugo 11 torna possível retirar a transmissão 4 completa, sem que antes o 16 cubo do rotor 3a tenha de ser retirado. Depois da montagem da transmissão de substituição 16 o jugo 11 é de novo retirado.
Lisboa, 10 de Março de 2009
Claims (14)
1 REIVINDICAÇÕES 1. Processo para a troca de uma transmissão (4) de uma instalação de energia eólica, em que a instalação de energia eólica compreende um eixo do rotor (5), o qual liga um rotor (3) à transmissão (4) a ser trocada e que por meio de uma chumaceira (6) do lado do rotor está colocado de forma giratória num quadro de máquina (2) e em que o eixo do rotor (5), durante a troca da transmissão é apoiado, por meio de um apoio situado do lado da transmissão, sobre o quadro da máquina (2), de maneira que durante a troca da transmissão, se verifica a manutenção do rotor (3) no eixo do rotor (5), caracterizado por como apoio, se tratar de um jugo (11), o qual é montado imediatamente antes da troca da transmissão entre o eixo do rotor (5) e o quadro da máquina (2) e é de novo retirado imediatamente depois da troca da transmissão e por o eixo do rotor (5) ser fixado firmemente no jugo (11).
2. Dispositivo para a troca da transmissão de uma instalação de energia eólica ou para a execução de trabalhos de manutenção no trem motor de uma instalação de energia eólica, que apresenta o referido jugo (11), com uma braçadeira (12), que apresenta no meio uma caixa (17) e com uma gola (13), que pode ser ligada à braçadeira (12) por meio de tirantes roscados (18), de tal maneira que um eixo de rotor (5) que se encontre entre a caixa (17) e a gola (13) pode ser firmemente apertado, por meio do aperto dos tirantes roscados (18), entre a caixa (17) e a gola (13). 2
3. Jugo (11) de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o jugo (11) compreender pelo menos dois tirantes roscados (18), em que cada um dos tirantes roscados (18) pode ser enroscado, por um lado numa rosca de porca (20) instalada na braçadeira (12) e por outro lado numa rosca de porca (20) instalada na gola (13) e em que cada um dos tirantes roscados (18) se prolonga tangencialmente a um circulo (19), cuja periferia corre, pelo menos parcialmente, ao longo da caixa (17) e ao longo da gola (13).
4. Jugo (11) de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizado por a caixa (17) e a gola (13) estarem revestidas, no seu lado interno, com um revestimento almofadado (21).
5. Jugo (11) de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por quanto ao revestimento almofadado (21) se tratar de uma camada de material plástico, particularmente de poliamida.
6. Jugo (11) de acordo com uma das reivindicações 2 a 5, caracterizado por a braçadeira (12) apresentar em cada uma das suas extremidades laterais uma sapata (15) com uma base (22) virada para baixo, na qual pode ser fixada com parafusos, uma sapata de aperto (14).
7. Jugo (11) de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por a sapata de aperto (14) ser construída em forma de U e com isso apresentar dois membros (24a, 24b), entre os quais uma parte integrante (25) de um quadro de máquina (2) pode ser firmemente apertada. 3
8. Jugo (11) de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por a sapata de aperto (14) ser construída em forma de T.
9. Jugo (11) de acordo com uma das reivindicações 6 a 8, caracterizado por a sapata de aperto (14) apresentar um parafuso de fixação (26), por meio do qual a sapata de aperto (14) pode ser fixamente apertada no quadro da máquina (2).
10. Jugo (11) de acordo com uma das reivindicações 2 a 9, caracterizado por uma posição elevada.
11. Jugo (11) de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por como posição elevada ser executada num membro (34a) do lado da base da sapata de aperto (14) pelo menos uma superfície oblíqua (27a), por a sapata de aperto (14) compreender uma cunha (29a) que, por um lado encosta à base (22) e por outro lado à superfície oblíqua (27a) e por a cunha (29a) poder ser introduzida, por meio de uma cavilha (30), num espaço (28) limitado pela base (22) e pela superfície oblíqua (27a).
12. Jugo (11) de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por a sapata de aperto (14) compreender duas superfícies oblíquas (27a, 27b) e duas cunhas (29a, 29), em que as cunhas (29a, 29b) podem ser impelidas uma para a outra por meio do aperto da cavilha (30).
13. Jugo (11) de acordo com a reivindicação 11 ou 12, caracterizado por pelo menos uma junta de montagem 4 (32), a qual pode ser introduzida numa fenda entre a base (22) e a sapata de aperto (14), que se cria na posição elevada do jugo (11).
14. Utilização de um jugo (11) de acordo com uma das reivindicações 2 a 13 num processo de acordo com a reivindicação 1. Lisboa, 10 de Março de 2009
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