PT1566869E - Componente eléctrico protegido contra arcos voltaicos acidentais - Google Patents
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Description
ΕΡ 1 566 869 /PT
DESCRIÇÃO "Componente eléctrico protegido contra arcos voltaicos acidentais"
DOMÍNIO TÉCNICO
No caso do invento parte-se de um componente eléctrico protegido contra um arco voltaico acidental, de acordo com a noção fundamental comum das reivindicações da patente 1 a 4. 0 invento refere-se, também, a um eléctrodo de arco voltaico determinado para este componente. 0 componente apresenta um isolador preparado em forma de coluna, em cuja cabeça se encontra fixo um primeiro sistema de condutores eléctricos preparado para potencial de alta tensão. No pé do isolador está fixo um segundo sistema de condutores eléctricos preparado para potencial de terra. 0 primeiro e o segundo sistemas de condutores eléctricos apresentam, respectivamente, um eléctrodo de arco voltaico para captação de um arco voltaico acidental ocorrido na descarga entre o primeiro e o segundo sistema de condutores eléctricos. Pelo menos um de ambos os eléctrodos de arco voltaico tem a forma de copo. Na parede de copo estão moldados, pelo menos, dois dedos de arco voltaico dando origem ao bordo de copo. Um arco voltaico acidental inoportuno formado na descarga entre ambos os sistemas de condutores eléctricos é comutado no bordo de copo. Sob o efeito do campo magnético da corrente alimentadora do arco voltaico acidental e conduzido no bordo de copo para o arco voltaico, o arco voltaico acidental, essencialmente conduzido na direcção axial, é colocado em rotação e neutralizado em passagem de corrente zero.
ESTADO DA TÉCNICA 0 invento refere-se na sua noção fundamental a uma situação da técnica de componentes eléctricos protegidos contra arcos voltaicos acidentais, conforme está descrito na ΕΡ 1 283 575 Al. Um componente publicado nesta situação da técnica e formado como descarregador de sobretensão apresenta dois sistemas de condutores eléctricos mantidos isolados 2
ΕΡ 1 566 869 /PT entre si através de um isolador com formato de coluna para uso ao ar livre e preparados para diferentes potenciais eléctricos. Cada um destes sistemas de condutores eléctricos apresenta um eléctrodo de arco voltaico para recepção de um arco voltaico acidental que surgiu na descarga entre ambos os sistemas de condutores eléctricos. Ambos os eléctrodos de arco voltaico foram construídos em forma de copo. Na parede de cada copo estão moldados vários dedos de arco voltaico, os quais formam secções de bordo de copo. A corrente de alimentação do arco voltaico ao passar nestes sectores para a raiz do arco voltaico acidental dá origem a que na raiz do arco voltaico actue um campo magnético com direcção axial. 0 arco voltaico é, por isso, atacado com uma força electrodinâmica em direcção tangencial em rotação ao longo do bordo de copo e em volta do isolador até que o arco voltaico desapareça.
Também num componente eléctrico protegido contra arcos voltaicos acidentais conhecido através da US 5,903,427 A, um isolador para uso ao ar livre em forma de coluna mantém dois sistemas de condutores eléctricos isolados electricamente opostos e preparados para diferentes potenciais eléctricos. Cada um destes sistemas apresenta, respectivamente, uma secção do condutor preparada como um laço aberto em forma de anel e na zona da cabeça ou do pé do isolador é dirigido de modo distanciado em volta do isolador. Se durante o funcionamento do componente numa instalação de alta tensão -possivelmente condicionado pela queda de um raio ou através de um processo de ligação - surgir um arco voltaico acidental no componente, este é conduzido numa linha de corrente contendo as secções do condutor como eléctrodos de arco voltaico. O arco voltaico acidental está agora alinhado, principalmente na axial, e assenta em ambos os eléctrodos de arco voltaico em forma de anel dirigidos no sentido periférico. Devido a forças electromagnéticas, o arco voltaico acidental gira em volta do isolador do componente, apoiando-se nos eléctrodos de arco voltaico, até se ter dissipado na passagem zero da corrente do arco voltaico acidental. O componente fica, assim, protegido dos efeitos de erosão e corrosão do arco voltaico acidental. 3
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Na US 6,018,453 A é indicado outro componente eléctrico protegido contra arcos voltaicos acidentais preparado como descarregador de sobretensão. Também neste componente são comutados arcos voltaicos acidentais e inoportunos em dois eléctrodos de arco voltaico no sentido de um eixo do componente e afastados entre si, obrigados a uma rotação num eixo, sendo, assim, dissipados na passagem de corrente zero. Como diferença em relação à situação da técnica anteriormente referida, neste componente, ambos os eléctrodos de arco voltaico são, no entanto, formados como placa e, nestas placas, molda-se uma quantidade de ranhuras que se dirigem essencialmente na radial.
APRESENTAÇÃO DO INVENTO O invento, tal como está definido nas reivindicações da patente, soluciona o problema de indicar um componente eléctrico protegido contra arcos voltaicos acidentais do tipo referido anteriormente, no qual, através da formação adequada de um eléctrodo de arco voltaico, é suprimido de forma particularmente eficaz o efeito de arcos voltaicos acidentais.
Numa primeira forma de realização preferida do componente, de acordo com o invento, os dedos de arco voltaico apresentam, respectivamente, duas secções de dedo seguidas no sentido periférico da parede de copo, das quais uma secção afastada do bordo de copo de um primeiro dos dedos e o eixo estão dispostos tortos entre si e uma secção que dá origem ao bordo de copo de um segundo dos dedos é mantida na parede de copo, distanciada na direcção axial em relação à secção afastada do bordo de copo. Devido a esta disposição e formação dos dedos de arco voltaico, forma-se, sobre todo o bordo de copo, na base do arco voltaico acidental, um forte campo magnético, essencialmente na direcção radial. Deste modo, na base do arco voltaico mantida na parede de copo, actua sempre uma grande força electrodinâmica em direcção tangencial, a qual provoca uma rotação da raiz do arco voltaico até à dissipação do arco voltaico na passagem da corrente zero. A continuidade da força é causada pelo facto de, na raiz do arco voltaico, independentemente da sua posição actual no bordo de copo, ser mantido constante um 4
ΕΡ 1 566 869 /PT forte campo magnético. Até mesmo na transição de um dedo para o dedo seguinte no sentido periférico, este campo magnético é mantido porque, pelo menos, uma de ambas as secções localizadas sobrepostas do dedo, recebe, principalmente, corrente de passagem em direcção tangencial com o mesmo sentido de movimento, a qual, continua na raiz do arco voltaico como corrente de arco voltaico conduzida principalmente na direcção axial.
Será necessária uma quantidade comparativamente reduzida de dedos de arco voltaico se a secção dos dedos de arco voltaico que dá origem ao bordo de copo for dirigida, essencialmente, na tangencial. A condução essencialmente na tangencial abrange, também, curvaturas das secções que dão origem ao bordo de copo na direcção axial.
Numa forma de realização particularmente simples em termos técnicos de produção do componente, de acordo com o invento, os dedos de arco voltaico em todo seu comprimento e o eixo estão dispostos tortos entre si.
Numa segunda forma de realização preferida do componente de acordo com o invento, os dedos de arco voltaico apresentam, respectivamente, duas secções que se dirigem de preferência na tangencial, das quais, uma está aplicada na base de copo e a outra forma o bordo de copo, apresentando cada dedo de arco voltaico uma secção central que se dirige, pelo menos, na direcção axial que une a secção da parte da base de copo com a secção que forma o bordo de copo e é a secção que forma o bordo de copo de um dos primeiros dedos distanciados na direcção axial em relação à secção da parte da base de copo e um dos segundos dedos mantida na parede de copo. Devido a esta disposição e formação dos dedos de arco voltaico, forma-se sobre todo o bordo de copo, na raiz do arco voltaico acidental, um campo magnético particularmente forte e direccionado, essencialmente, na radial. Assim, à corrente que alimenta o arco voltaico acidental e se prolonga no arco voltaico acidental, na transição de um dedo para o outro, é aberto à força um circuito com uma formação particularmente boa que dá origem a um forte campo magnético radial e, assim, facilita, particularmente, a comutação de corrente no ponto de transição. 5
ΕΡ 1 566 869 /PT A secção central dirige-se, com vantagem, não apenas na direcção axial mas também simultaneamente na direcção tangencial. A secção central e o eixo estão dispostos tortos entre si. A secção do lado da base de copo e a secção central colocada torta, na transição da secção central para o bordo de copo, dão origem a uma boa formação de um circuito de corrente e, assim, ao desejado e forte campo magnético radial na raiz do arco voltaico.
Um campo magnético suficientemente forte no ponto de transição de um dedo para o outro pode, também, ser conseguido se a secção central for dirigida principalmente na axial e, se necessário, na radial. Certamente a secção do lado da base de copo só deverá ser separada da secção que dá origem ao bordo de copo, através de um entreferro particularmente estreito em comparação com o diâmetro da secção, porque caso contrário, o componente radial do campo magnético pode ser demasiado reduzido no local da raiz do arco voltaico.
No caso de uma forma de realização particularmente vantajosa em termos económicos do componente, de acordo com o invento, o eléctrodo de arco voltaico previsto na cabeça do isolador é formado por uma conexão de corrente condutora do primeiro potencial eléctrico. Esta forma de realização apresenta, simultaneamente, a vantagem de um emigrante do arco voltaico acidental do eléctrodo, ao contrário, previsto na cabeça do isolador e indicador do sentido de rotação, ser evitado na ligação de corrente devido ao efeito térmico do arco voltaico acidental.
Serão conseguidas rotações contrárias das raízes do arco voltaico se o eléctrodo de arco voltaico disposto na cabeça do isolador apresentar um sentido de rotação diferente do eléctrodo de arco voltaico disposto na base do isolador. Estes movimentos contrários dão origem a uma carga magnética particularmente eficaz do arco voltaico acidental.
Em geral, no caso do componente, de acordo com o invento, o isolador tem uma formação oca e está previsto um elemento activo conduzido através do isolador. Por isso, os componentes especialmente preferidos são passagens ao ar 6
ΕΡ 1 566 869 /PT livre, descarregadores de sobretensão, principalmente com um elemento activo com base em óxido metálico, transformadores de corrente, transformadores de tensão ou interruptores. Se o componente, ao contrário, só tiver a função de protecção, o isolador pode ser construído de forma maciça.
Seguidamente são descritos outros aperfeiçoamentos vantajosos do componente de acordo com o invento.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS 0 invento será seguidamente descrito com o auxílio de exemplos de realização. Assim mostra: na Fig. 1 uma vista lateral de um componente construído como descarregador de sobretensão, de acordo com o invento, com dois eléctrodos de arco voltaico 4, 7, os quais apresentam, respectivamente, seis dedos de arco voltaico; na fig. 2 uma vista lateral do eléctrodo de arco voltaico 4, do descarregador de sobretensão, de acordo com a fig. 1; e na fig. 3 uma vista de topo sobre o eléctrodo de arco voltaico 4; na fig. 4 uma vista lateral de uma forma de realização do eléctrodo de arco voltaico 4, o qual, em vez de seis, apenas apresenta dois dedos de arco voltaico; na fig. 5 em vista em perspectiva, outra forma de realização do eléctrodo de arco voltaico 4, com seis dedos de arco voltaico, embora sejam dedos de arco voltaico alterados em comparação com a forma de realização, de acordo com as figuras 2 e 3; e as figs. 6 a 9 outras formas de realização do eléctrodo de arco voltaico 4.
MÉTODOS PARA REALIZAÇÃO DO INVENTO
Nas figuras os componentes iguais são assinalados com os mesmos símbolos de referência. 0 descarregador de sobretensão representado na fig. 1 apresenta um isolador de ar livre 1 realizado como um tipo de coluna, por exemplo, de um polímero com base em resina epóxida ou silicone, ou de uma cerâmica, talvez uma porcelana. 0 isolador é formado oco e apresenta um 7 ΕΡ 1 566 869 /PT elemento activo ao longo de um eixo 2 (eixo da coluna) e não visível na figura como um elemento de resistência não linear, de preferência, com base num óxido metálico, em particular óxido de zinco.
Na cabeça do isolador é previsto um primeiro sistema de condutor de corrente que conduz um primeiro potencial eléctrico, por exemplo, um potencial de alta tensão. 0 primeiro sistema de condutor de corrente é ligado como condutor eléctrico com o terminal da cabeça do elemento activo e apresenta uma ligação de corrente 3 que se pode ligar com uma linha de alta tensão 3 e um eléctrodo de arco voltaico 4 formado como um tipo de copo, o qual está alinhado para baixo para o pé do isolador aberto e concêntrico em relação ao eixo 2. Este eléctrodo pode, por exemplo, ser produzido através de fundição ou desbaste de material, através talvez de torneamento e fresagem. 0 eléctrodo de arco voltaico 4 é concêntrico e circundado por uma cobertura de protecção 5 fechada para cima. Na base do isolador está previsto um segundo sistema condutor de corrente conduzido num segundo potencial eléctrico, por exemplo, potencial de terra. 0 segundo sistema condutor de corrente é condutor eléctrico e está ligado com o terminal da base do elemento activo e apresenta uma ligação de corrente 6 que pode ser ligada com uma linha de terra e um eléctrodo de arco voltaico 7 moldado com a forma de copo, o qual está alinhado para cima para a cabeça do isolador aberto concêntrico para o eixo 2. 0 eléctrodo de arco voltaico 7 é concêntrico e circundado por uma cobertura de protecção 8 fechada para baixo. Ambos os eléctrodos de arco voltaico 4, 7 são formados por material de boa condutividade eléctrica, principalmente cobre ou uma liga de cobre, por exemplo, latão. De uma forma particularmente vantajosa, este material pode incluir grafite ou outro material particularmente resistente à combustão. Pelo menos o bordo 9 apontando para baixo do eléctrodo de arco voltaico 4 ou o bordo 10 apontando para cima do eléctrodo de arco voltaico 7 são produzidos a partir de material resistente à combustão, por exemplo, um latão com elevado ponto de fusão, uma liga de cobre-volfrâmio ou uma liga de cobre-crómio. Ambos os eléctrodos de arco voltaico 4 e 7 estão dispostos simétricos entre si. 8
ΕΡ 1 566 869 /PT A construção do eléctrodo de arco voltaico 4 é visível a partir das figuras 2 e 3. Destas figuras pode depreender-se que o eléctrodo de arco voltaico 7 apresenta uma base de copo 11, bem como uma parede de copo 12 que se liga à base de copo e que se prolonga na direcção do eixo 2 da coluna, na qual são moldados seis dedos de arco voltaico construídos iguais que dão origem ao bordo de copo 9 e separados entre si através de entreferros 13. A partir da fig. 2 são visíveis apenas os quatro dedos 21, 22, 23 e 24. Estes dedos prolongam-se, principalmente, no sentido periférico e apresentam, respectivamente, três secções afastadas entre si na direcção axial e seguidas no sentido periférico. As três secções são visíveis, apenas, para ambos os dedos 22 e 23 da fig. 2 e são assinalados por ordem com os símbolos de referência a, b, c ou a', b', c'. Uma secção assinalada com o símbolo de referência a ou a' assinala a secção dos dedos 22, 23 que assenta na base 11 e é, igualmente, dirigida na tangencial como uma secção que forma o bordo de copo c ou c'. Ambas as secções a e c ou a' e c' estão ligadas entre si, através de uma secção b ou b' afastada do bordo de copo que se dirige, de preferência, na tangencial, embora torta em relação ao eixo 2. As secções b ou b' e o eixo 2 estão dispostos tortos entre si. A secção b' do dedo 23 afastada do bordo de copo e a secção c do dedo 22 que dá origem ao bordo de copo, bem como a secção b do dedo 22 afastada do bordo de copo e uma secção c'' do dedo 21 que dá origem ao bordo de copo ou como uma secção b'' do dedo 24 afastada do bordo de copo e a secção c' do dedo 23 que dá origem ao bordo de copo são igualmente suportadas de modo sobreposto com distância axial na parede de copo 12. É prevista na base de copo 11, centrada em relação ao eixo 2, uma abertura 14 através da qual é dirigida apenas uma secção da ligação de corrente 6 apresentada na fig. 1 0 modo de funcionamento deste descarregador de sobretensão é o seguinte.
Se, durante o funcionamento do descarregador de sobretensão numa instalação de alta tensão, entre as ligações de corrente 3 e 6, no elemento activo e/ou no isolador 1, surgir um arco voltaico acidental, as suas bases sob o efeito do seu próprio campo magnético são dirigidas respectivamente 9 ΕΡ 1 566 869 /PT para os bordos de copo 9, 10. A corrente de arco voltaico passa, então, da ligação de corrente 3 da base de copo 11, dos dedos de arco voltaico, por exemplo 21, 22, 23 ou 24, do bordo de copo 9, do arco voltaico, do bordo de copo 10 e do eléctrodo de arco voltaico 7 para a ligação de corrente 6. Uma vez que os bordos de copo 9, 10 em relação à base de copo 11 apresentam entre si uma distância relativamente pequena, é determinada através dos bordos de copo uma reduzida distância de descarga e é, assim, garantida uma base segura do arco voltaico e, desta forma, uma boa protecção térmica. Além disso, na raiz 15 do arco voltaico (fig. 2) mantida no bordo de copo 9, actua sempre uma grande força electrodinâmica de direcção tangencial, a qual provoca uma rotação do arco voltaico até à sua extinção na passagem de corrente zero. A continuidade da força é provocada pelo facto de, na base do arco voltaico 15, independentemente do seu posicionamento no bordo de copo 9 constante, ser conseguido um forte campo magnético direccionado na radial para o interior. Esta continuidade resulta da formação e disposição dos dedos de arco voltaico antes referida. Se o arco voltaico se apoiar na secção c do dedo 22, então passa na secção c uma corrente 1 assinalada através de uma seta na fig. 2, a qual se prolonga no arco voltaico com direcção axial (representado na fig. 2 como uma seta serrilhada) . A corrente forma, por isso, na raiz do arco voltaico 15 um laço de corrente com uma boa formação e produz no local da raiz do arco voltaico 15 um forte campo magnético afastado do observador, ou seja, direccionado na radial para o interior. No arco voltaico actua em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio uma força dirigida na tangencial, a qual conduz a base 15 para o entreferro 13 separador de ambos os dedos 22 e 23. Independentemente da base 15 ainda não ter, já ter parcialmente ou já ter dominado completamente o entreferro, mantém-se o campo magnético dirigido na radial para o interior porque, pelo menos, uma das secções b' e c recebe a corrente I. No terminal da secção c' próximo da secção c, depois da comutação da corrente I, muito embora não se forme um laço de corrente tão expressivo como no terminal da secção c próximo da secção c', a corrente I na secção b' será conduzida obliqua para o eixo 2. Este laço de corrente é, no entanto, suficiente para produzir um campo magnético radial 10
ΕΡ 1 566 869 /PT suficientemente grande causador do prosseguimento da raiz do arco voltaico 15.
Como diferença em relação à forma de realização dos eléctrodos de arco voltaico, de acordo com as figs. 2 e 3, o eléctrodo de arco voltaico 4 realizado de acordo com a fig. 4 apresenta apenas dois dedos de arco voltaico 22 e 23. Neste eléctrodo as secções b, c' e b', c de ambos os dedos 22 e 23, bem como, na forma de realização antes descrita, estão dispostas de modo distanciado axialmente entre si, pelo que esta forma de realização apresenta os mesmos efeitos vantajosos. Em termos técnicos de produção, este eléctrodo -embora com custos para a estabilidade mecânica dos dedos de arco voltaico - pode ser facilmente construído.
Através da secção a' que se dirige tangencialmente e assentando no bordo de copo 11 nas formas de realização de acordo com as figs. 2 a 4, é melhorada a formação de laços e, com ela, é aumentado o campo magnético radial. Caso o entreferro 13 entre dois dedos de arco voltaico, por exemplo 22, 23, apresente uma largura relativamente reduzida, o próprio campo magnético radial continuará a ser suficiente no caso da secção b' afastada do bordo de copo e o eixo 2 já não estarem dispostos tortos entre si, sendo em vez disso a secção b' dirigida sem componente tangencial essencialmente na radial (de acordo com a inclinação da parede também com componente radial). Uma forma de realização deste tipo do eléctrodo 4 é visível na fig. 5. O laço de corrente condicionado através da transição da secção a' para a secção b' vertical a juntar ali produz um campo magnético cuja componente na direcção radial é suficiente para conduzir a raiz do arco voltaico para o bordo de copo 9 na transição de um dedo de arco voltaico 23 para o próximo 22.
Os dedos de arco voltaico, por exemplo, 22 a 23, não têm obrigatoriamente que apresentar uma secção de dedo c ou c' dando origem ao bordo de copo que se dirige exclusivamente na tangencial. A formação de laços e um campo radial suficientemente elevado são também conseguidos se o dedo de arco voltaico e o eixo 2 estiverem dispostos tortos entre si (forma de realização do eléctrodo 4 de acordo com a fig. 6), ou se apenas a secção b, b' afastada do bordo de copo e o eixo 2 estiverem dispostos tortos entre si, a secção c, c' 11
ΕΡ 1 566 869 /PT formadora do bordo de copo for dirigida na tangencial (forma de realização do eléctrodo 4 de acordo com a fig. 7) ou então curvada (forma de realização do eléctrodo 4 de acordo com a fig. 7 com a secção c' do dedo de arco voltaico 23', formadora do bordo de copo e desenhada a tracejado). É no entanto importante que a secção b' formadora do bordo de copo e a secção c afastada do bordo de copo b' de dedos de arco voltaico 22, 23 seguidos sejam mantidas sobrepostas e distanciadas axialmente na parede de copo 12.
Nas formas de realização do eléctrodo 4 apresentadas nas figuras 6 e 7 assentam na base de copo 11 os dedos de arco voltaico com a secção b, b' que se dirige torta em relação ao eixo 2. A secção a, a' que se dirige na tangencial e disponível nas formas de realização de acordo com as figuras 2 a 5 pode, por isso, ser basicamente suprimida porque as secções b, c e b', c' dos dedos de arco voltaico 22, 23 seguidos, com a condução de corrente, podem disponibilizar um campo magnético radial suficientemente alto.
Através de ambos os materiais de enchimento vantajosamente a partir de um material isolador, como de preferência um polímero à base de silicone, resina epoxi, policarbonato ou poliamida, assim como principalmente materiais pobres ignífugos que são adicionados, os eléctrodos de arco voltaico 4, 7 ficam protegidos do contacto, por exemplo, com animais ou da queda de produtos. Simultaneamente, também a periferia fica protegida do efeito de material aquecido, o qual, sob o efeito do arco voltaico acidental, pode eventualmente ser projectado do componente e representar um risco de incêndio que não deve ser menosprezado. Os componentes protegidos desta forma podem, por isso, ser aplicados sem problemas em locais secos com vegetação que pode facilmente entrar em combustão tal como a relva ou mato secos.
Nas formas de realização do eléctrodo 4 de acordo com as figuras 8 e 9 estão moldadas na base de copo 11 seis reentrâncias 16 as quais desembocam, respectivamente, num dos entreferros 13. Estas formas de realização dos eléctrodos podem, de um modo simples, ser formadas através de estampagem e moldagem a frio de uma chapa, por exemplo, através da estampagem de um corpo plano e avançado 25 dos eléctrodos a partir da chapa que contém já as reentrâncias no material e, seguidamente, dobrando uma aleta de chapa localizada entre, respectivamente, duas reentrâncias de material 16 e dando 12
ΕΡ 1 566 869 /PT origem a seis dedos de contacto e do entreferro 13 disposto entre eles (por razões de clareza, estão assinalados nas figuras 8 e 9 apenas quatro dedos 21 a 24). Neste caso, pode em termos técnicos de produção e numa forma de realização particularmente simples ser conseguida uma base de copo 11 realizada em forma de polígono, em cujos cantos está disposta, respectivamente, uma das reentrâncias do material 16 (a forma de realização de acordo com a fig. 8 com um bordo de copo formado segundo um polígono). Pode, também, ser conseguida uma forma de realização dos eléctrodos 4 com uma forma orbicular do bordo de copo 9 correspondente às figuras 2 a 5. A parede de copo 12 aparece inclinada em todos os exemplos de realização apresentados, especialmente num ângulo de 90° em relação à base de copo 11, embora possa, sem perder os efeitos vantajosos antes referidos, incluir um ângulo divergente daquele de, no máximo 150° e no mínimo 30°
LISTA DE SÍMBOLOS DE REFERÊNCIA 1 2 3, 6 4, 7 5, 8 9,10 11 12 13 14 15 16 21,22,23,24 25 a, a', a'', b, b', c, c', c''
Isolador
Eixo
Ligações de corrente
Eléctrodos de arco voltaico
Coberturas de protecção
Bordos de copo
Base de copo
Parede de copo
Entreferro
Abertura
Raiz do arco voltaico Reentrâncias no material Dedos de arco voltaico Corpo avançado
Secções dos dedos de arco voltaico Corrente de alimentação do arco voltaico
Lisboa,
Claims (12)
- ΕΡ 1 566 869 /PT 1/3 REIVINDICAÇÕES 1 - Componente eléctrico protegido contra arco voltaico acidental com: - um isolador (1) construído com a forma de coluna; - um primeiro sistema condutor de corrente previsto na cabeça do isolador e conduzido num primeiro potencial eléctrico; e com - um segundo sistema condutor de corrente previsto no pé do isolador e conduzido num segundo potencial eléctrico; em que o primeiro e o segundo sistema condutor de corrente, apresentam, respectivamente, um eléctrodo de arco voltaico (4, 7) para recepção de um arco voltaico acidental ocorrido numa descarga entre o primeiro e o segundo sistema condutor de corrente e no qual, pelo menos, um de ambos os eléctrodos de arco voltaico (4, 7) é formado como um tipo de copo e apresenta, pelo menos, dois dedos de arco voltaico (21, 22, 23, 24) moldados na parede de copo (12) e formadores do bordo de copo (9); caracterizado por os dedos de arco voltaico (21, 22, 23, 24) apresentarem, respectivamente, duas secções sucessivas de dedo (b, c; b', c'; b", c") no sentido periférico da parede de copo (12), das quais uma secção (b') afastada do bordo de copo de um dos primeiros dedos (23) e o eixo (2) estão dispostos tortos entre si e uma secção (c) que dá origem ao bordo de copo de um dos segundos dedos (22) é mantida na parede de copo (12) afastada na direcção axial em relação à secção (b') afastada do bordo de copo.
- 2 - Componente de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a secção (c, c', c'') dos dedos de arco voltaico (21, 22, 23, 24), formadora do bordo de copo, se dirigir essencialmente na tangencial.
- 3 - Componente de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os dedos de arco voltaico (22, 23) e o eixo (2) estarem dispostos tortos entre si. ΕΡ 1 566 869 /PT 2/3
- 4 - Componente eléctrico protegido contra arco voltaico acidental com: - um isolador (1) construído com a forma de coluna; - um primeiro sistema condutor de corrente previsto na cabeça do isolador e conduzido num primeiro potencial eléctrico; e com - um segundo sistema condutor de corrente previsto no pé do isolador e conduzido num segundo potencial eléctrico; em que o primeiro e o segundo sistema condutor de corrente apresentam, respectivamente, um eléctrodo de arco voltaico (4,7) para recepção de um arco voltaico acidental ocorrido numa descarga entre o primeiro e o segundo sistema condutor de corrente e no qual, pelo menos, um de ambos os eléctrodos de arco voltaico (4,7) é formado como um tipo de copo e apresenta, pelo menos, dois dedos de arco voltaico (21, 22, 23, 24) moldados na parede de copo (12) e formadores do bordo de copo (9); caracterizado por os dedos de arco voltaico (21, 22, 23, 24) apresentarem duas secções (a, c; a', c'; a'', c'') que se dirigem principalmente na tangencial, das quais, uma (a, a', a'') assenta na base de copo (11) e a outra (c, c', c'') forma o bordo de copo (9); cada dedo de arco voltaico (21, 22, 23, 24) apresentar uma secção central (b, b', b'') que se dirige, pelo menos, na direcção axial, que une a secção (a, a', a'') do lado da base de copo com a secção (c, c', c'') formadora do bordo de copo; e por a secção (c), formadora do bordo de copo, de um dos primeiros dedos (22), ser mantida na parede de copo (12) distanciada na direcção axial em relação à secção (a'), do lado da base de copo, de um segundo dos dedos (23).
- 5 - Componente de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por a secção central (b, b', b'') se dirigir, adicionalmente, também na tangencial.
- 6 - Componente de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por a secção central (b, b', b'') se dirigir principalmente na axial e, eventualmente, na radial. ΕΡ 1 566 869 /PT 3/3
- 7 - Componente de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por estarem moldadas na base de copo (11), pelo menos, duas reentrâncias (16) no material, as quais desembocam, respectivamente, num entreferro (13) previsto entre o primeiro (23) e o segundo (22) ou o terceiro dedo de contacto (24).
- 8 - Componente de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o bordo de copo (11) apresentar a forma circular ou poligonal.
- 9 - Componente de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por a base de copo (11) ser formada com a forma de um polígono, em cujos cantos está disposta, respectivamente, uma das reentrâncias (16) de material.
- 10 - Componente de acordo com uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por a parede de copo (12) estar disposta inclinada num ângulo entre 30° e 150° em relação à base de copo (11) .
- 11 - Componente de acordo com uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado por o eléctrodo de arco voltaico (4), previsto na cabeça do isolador, ser formado por uma ligação de corrente (3) de alimentação do primeiro potencial eléctrico.
- 12 - Componente de acordo com uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado por o eléctrodo de arco voltaico (4), disposto na cabeça do isolador, apresentar um sentido de rotação diferente do eléctrodo de arco voltaico (7) disposto no pé do isolador. Lisboa,
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