PT115563B - Pasta celulósica de eucalyptus globulus crua para produtos de papel tissue - Google Patents

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Abstract

A INVENÇÃO DESCRITA NESTE PEDIDO DE PATENTE DIZ RESPEITO A UMA PASTA CELULÓSICA DE EUCALYPTUS GLOBULUS CRUA (NÃO BRANQUEADA), CUJO USO PARA PRODUÇÃO DE PRODUTOS DE PAPEL TISSUE PERMITE O DESENVOLVIMENTO DE PROPRIEDADES-CHAVE DESTES PRODUTOS, COMO VOLUME ESPECÍFICO, RESISTÊNCIA, ABSORÇÃO, SUAVIDADE E ATÉ A PERCEPÇÃO VISUAL PARA O CONSUMIDOR DE UM PRODUTO SUSTENTÁVEL E AMIGO DO AMBIENTE. ADICIONALMENTE, A INVENÇÃO DESCRITA CONSIDERA TAMBÉM PAPEL TISSUE QUE INCORPORA A PASTA CELULÓSICA DE EUCALYPTUS GLOBULUS CRUA E O SEU USO COMO PRODUTOS DE PAPEL TISSUE COMO, POR EXEMPLO, PAPEL HIGIÉNICO, GUARDANAPO, PAPEL DE COZINHA E LENÇO DE PAPEL.

Description

Descrição
Pasta celulósica de Eucalyptus globulus crua para produtos de papel tissue
Área da Invenção
A presente invenção considera pasta celulósica de Eucalyptus globulus crua e papel tissue produzido incorporando a pasta celulósica de Eucalyptus globulus crua e o seu uso em produtos domésticos e sanitários.
Estado da arte
Denominam-se de papéis tissue os papéis usados quer domesticamente quer em espaços públicos para uso higiénico e sanitário. Um produto de papel tissue é caracterizado por diferentes propriedades-chave, nomeadamente bulk (volume específico), resistência, absorção, suavidade e até aspecto visual. 0 consumidor deste tipo de papéis procura um equilíbrio positivo em termos da globalidade destas diferentes propriedades. Adicionalmente, o consumidor atual pretende também a aquisição de produtos associados a uma consciência ambiental, produzidos através de matériasprimas e processos que acarretam, por exemplo, um menor consumo de químicos e de água.
documento JP2005325493 divulga um papel tissue para aplicação em cozinha produzido com pasta não branqueada de uma madeira conífera, com brancura melhorada. Tal é atingido através do uso de compostos para absorção de luz ultravioleta e de um composto antioxidante.
documento EP0416278B1 apresenta um papel tissue produzido usando pasta não branqueada ao sulfato. Esta solução apenas permite melhorias em termos de suavidade e de resistência à tração, sem qualquer menção a características de bulk (volume específico) e de capacidade de absorção.
documento CN102733225A refere-se a um processo de produção de papel higiénico ecológico e amigo do ambiente, que usa pasta não branqueada e, adicionalmente, inclui processos de fermentação. As características do papel produzido citadas são de suavidade, fineza, durabilidade e uma fragrância a fibra natural.
Existe assim a necessidade de produtos de papel tissue com uma globalidade de propriedades papeleiras acrescidas, e apreciadas pelo consumidor, como bulk (volume específico), capacidade de absorção, capilaridade, resistência, suavidade e aspecto visual identificativo ao consumidor do uso de um produto ecológico e ambientalmente sustentável, produzidos usando os processos existentes nas unidades industriais de produção de pasta e papel, e as matériasprimas comummente neles usadas, com um menor impacte ambiental e custos de produção, no que diz respeito a, por exemplo, consumo de aditivos químicos e de água. Tal problema é resolvido pela invenção aqui descrita.
Descrição da invenção
Sumário da Invenção
A pasta celulósica de fibras de madeira de Eucalyptus globulus crua, ou seja, pasta não sujeita a processos de branqueamento após o cozimento da madeira, divulgada neste documento inesperadamente permite a produção de produtos de papel tissue com uma globalidade de propriedades papeleiras acrescidas, e apreciadas pelo consumidor, como bulk (volume específico), capacidade de absorção, capilaridade, resistência, suavidade e aspecto visual identificativo ao consumidor do uso de um produto ecológico e ambientalmente sustentável. Adicionalmente é vantajosamente produzida usando processos já existentes nas unidades industriais de produção de pasta e papel, e as matérias-primas comummente neles usadas, com um menor impacte ambiental e custos de produção, no que diz respeito a, por exemplo, consumo de aditivos químicos e de água.
Um exemplo dos processos industriais mais comummente usado para a produção de pasta celulósica é o processo Kraft, ou processo ao sulfato, em que aparas de madeira são tratadas a uma temperatura que ronda os 145-155 °C, com uma lixívia de cozimento (lixívia branca), sendo esta constituída essencialmente por hidróxido de sódio (NaOH) e sulfureto de sódio (Na2S) . Valores normais para a Carga Alcalina, a quantidade de Álcali Activo, em kg de Na2O, necessária para garantir um correto grau de deslenhificação, oscilam entre os 2300 e 2500 kg de Na2O por cozedura.
Numa forma de realização da invenção descrita neste documento, a pasta celulósica de fibras cruas (não branqueadas) de madeira de Eucalyptus globulus apresenta uma viscosidade de pelo menos 1300 mL/g e um teor de carboxilos de pelo menos 10 mmol/lOOg, sendo constituída por fibras cruas (não branqueadas) de Eucalyptus globulus que apresentam um comprimento de pelo menos 0,8 mm, uma largura de pelo menos 19 μm e um valor de coarseness de pelo menos 6 mg/lOOm.
A presente divulgação inclui papel tissue que incorpora um mínimo de 35 % m/m da pasta celulósica de fibras de madeira de Eucalyptus globulus crua (não branqueada).
O papel apresenta propriedades papeleiras globalmente acrescidas em comparação com papel tissue que incorpora na sua composição apenas pasta branqueada. O papel apresenta valores de bulk (volume específico) superiores a 1 cm3/g, um índice de tração superior a 4 kN.m/kg, uma capacidade de absorção superior a 7 gH2O/gpapel, uma permeabilidade ao ar superior a 450 L/m2/s, e uma suavidade superior a 50 HF.
Numa forma preferencial da invenção descrita neste documento o papel tissue apresenta um bulk (volume específico) entre 2 e 7 cm3/g, um índice de tração entre 6 e 60 kN.m/kg, uma capacidade de absorção entre 7 e 10 gH2O/gpapel, uma permeabilidade ao ar entre 500 e 1090 L/m2/s, e uma suavidade de 55 a 80 HF.
Numa forma de realização da invenção o papel tissue apresenta um índice de rasgamento superior a 6 mN.m2/g, um índice de rebentamento superior a 1 kPa.m2/g, uma capilaridade de pelo menos 60 mm/lOmin, e uma opacidade superior a 70 %.
Numa forma de realização da invenção o papel tissue apresenta um índice de rasgamento entre 6 e 10 mN.m2/g, um índice de rebentamento entre 1 e 4 kPa.m2/g, e uma opacidade superior a 90 %.
A invenção divulgada neste documento engloba assim o uso da pasta celulósica de fibras de madeira de Eucalyptus globulus crua (não branqueada) na produção de produtos de papel tissue e o uso de papel tissue, que incorpora a pasta celulósica de fibras de madeira de Eucalyptus globulus crua (não branqueada), em produtos como, por exemplo, e não limitado a, papel higiénico, guardanapo, papel de cozinha e lenço de papel.
Descrição detalhada da Invenção
Descrição das Figuras
Figura 1 - Curva de calibração utilizada nos ensaios das pentosanas: Abs=0,0057xxilana(mg)+0,0189, R2=0,9999.
mxiiana (mg) = θ/88 x mxilose (mg)
Teor de pentosanas (%) = —----------, em que w e a massa da toma em base seca (g) .
Figura 2 - Formulações utilizadas na preparação de folhas.
Figura 3 - Propriedades papeleiras analisadas em folhas de 20 g/m2 e respetivas normas.
Figura 4 - Propriedades papeleiras analisadas em folhas de 60 g/m2 e respetivas normas.
Figura 5 - Propriedades biométricas das pastas não refinadas e refinadas.
Figura 6 - Propriedades químicas das pastas de FC (pasta de fibras curtas branqueada), FL (pasta branqueada contendo fibra longa) e PNB (pasta de Eucalyptus globulus crua (não branqueada)).
Figura 7 - Resultados obtidos das propriedades das folhas de 20 g/m2 com pasta celulósica de Eucalyptus globulus não branqueada, não refinadas (formulação= %FC:%FL:%PNB).
Figura 8 - Resultados obtidos das propriedades das folhas de 60 g/m2 com pasta celulósica de Eucalyptus globulus não branqueada, não refinadas (formulação= %FC:%FL:%PNB).
Figura 9 - Resultados obtidos das propriedades das folhas de 20 g/m2 com pasta celulósica de Eucalyptus globulus não branqueada, refinadas para °SR de 25 (formulação= %FC:%FL: %PNB).
Figura 10 - Resultados obtidos das propriedades das folhas de 60 g/m2 com pasta celulósica de Eucalyptus globulus não branqueada, refinadas para °SR de 25 (formulação= %FC:%FL: %PNB).
1. Caracterização biométrica
A análise biométrica das fibras foi realizada num equipamento para análise avançada de fibras, neste caso o Fiber Tester da Lorentzen & Wettre. O equipamento mede, por análise de imagem 2D, uma grande variedade de propriedades das fibras, como o comprimento, a largura, o teor de finos, e o coarseness, entre outros. O coarseness, ou massa linear, é uma propriedade morfológica das fibras celulósicas definido como o peso por unidade de comprimento de fibra expresso em mg por 100 metros. Na área da pasta e do papel a designação adoptada e comummente usada para esta propriedade é a sua denominação em língua inglesa, de coarseness, adoptada assim também para a descrição desta invenção. Para a sua medição, 1 g em base seca (b.s.) de pasta foi disperso em 1 L de água destilada. Após a dispersão, todas as suspensões foram posicionadas para serem analisadas pelo equipamento. Para cada pasta foram feitas três medições, sendo o valor final de cada parâmetro a média aritmética dos valores obtidos nas três medições.
2. Caracterização química
a.Teor de extratáveis etanol/tolueno
A determinação do teor de extratáveis foi efetuada com etanol/tolueno, em quantidade suficiente para a preparação das amostras para as análises que exigem a pré-extração da pasta. A extração foi realizada durante aproximadamente 4 horas (cerca de 24 ciclos de extração) , de cerca de 2 g b.s. de pasta num extractor Soxhlet de capacidade de 100 mL, utilizando 250 mL de solução etanol/tolueno na razão 1:2 (v/v). O resíduo insolúvel foi filtrado e lavado com etanol absoluto quente, para remoção do tolueno restante e seco à temperatura ambiente, contrariamente ao indicado na Norma T 204 om-88, uma vez que a lavagem com água poderia conduzir à perda de pentosanas e outros polissacarídeos de baixo peso molecular. O extrato obtido foi seco no evaporador rotativo e o teor de extratáveis foi determinado gravimetricamente.
b. Teor de pentosanas
O teor de pentosanas foi determinado de acordo com a Norma Tappi 223 cm. Este método baseia-se na ação do ácido clorídrico sobre as hemiceluloses da pasta, hidrolisando-as e, desta forma, a xilose e outras pentoses são convertidas em furfural, o qual é recolhido com o destilado e, reagindo com orcinol, forma um complexo corado e torna possível a sua quantificação por espectrofotometria. Pesou-se cerca de 0,5-1,0 g b.s. de pasta crua pré-extraída em etanol/tolueno (1:2), juntamente com 20 g de cloreto de sódio, NaCl, e 100 mL de 3,85 N para um balão de destilação. Num funil de carga, adicionou-se cerca de 250 mL de ácido clorídrico, HC1, 3,85 N e iniciou-se a destilação do ácido para um balão volumétrico em banho de gelo.
Por fim, pipetou-se 5 mL de destilado, adicionou-se 25 mL de reagente orcinol cloreto férrico e manteve-se a mistura num banho termostático durante 1 hora. Adicionou-se etanol absoluto até à marca do balão e repôs-se no banho termostático por outra hora. De seguida, leu-se a absorvância da solução a 630 nm, a qual deve ser compreendida entre 0,1 e 0,8. A comparação foi feita com um branco de 5 mL de HC1 3,85 N em vez do destilado, sujeito a tratamento semelhante.
teor de pentosanas foi obtido com o auxílio da curva de calibração e das equações apresentadas na Figura 1.
c. Teor de carboxilos teor de grupos carboxilos foi determinado segundo a norma TAPPI T 237 om-93. Começou-se por pesar cerca de 2,5 ± 0,1 g de pasta desintegrada e adicionou-se 250 mL de uma solução de ácido clorídrico diluído (com aproximadamente 0,1 M) durante cerca de 12 horas, de maneira a garantir que todos os grupos carboxílicos presentes se encontram na forma protonada. De seguida, a pasta foi filtrada e lavada com água destilada até que o pH do filtrado igualasse o pH da água destilada.
Adicionou-se à pasta 50 mL de uma solução aquosa de bicarbonato de sódio-cloreto de sódio e deixou-se agitar durante cerca de 5 horas, sendo de seguida filtrada e o filtrado duas vezes titulado (25 mL em cada titulação) com uma solução padronizada de ácido clorídrico (0,01 M) utilizando vermelho de metilo como indicador. À primeira mudança de cor a solução foi fervida durante 1 minuto para libertar o dióxido de carbono, ΟΟ2. A titulação é retomada terminando apenas quando a solução se altera para cor-derosa. O branco foi feito pela titulação de 25 mL de solução de bicarbonato de sódio-cloreto de sódio para titular com o
HC1 0,01 Μ. O teor de grupos carboxilos foi calculado através da equação:
Teor COOH mmol\ .100 g)
Cwx a\ /50 50 / X \25 x w onde a é o volume, em mL, de ácido clorídrico (0,01 M) gasto na titulação, b é o volume, em mL, de ácido clorídrico (0,01 M) consumido na titulação do branco, Cw é a massa, em g, da água que estava na pasta depois da filtração e w é o peso, em g, da pasta seca.
d. Viscosidade
A viscosidade foi determinada de acordo com a norma SCAN-CM 15:88, que consiste na determinação da viscosidade de pastas celulósicas por solubilização numa solução diluída de cobre-etilenodiamina (CED).
A amostra de pasta foi reduzida a pequenos fragmentos na quantidade indicada na tabela fornecida pela norma (Tabela 7, Anexo C.l.) - foram pesados 150 mg de pasta. Cada amostra foi colocada num frasco de vidro juntamente com 25 mL de água destilada e alguns fios de cobre. Os frascos foram de seguida colocados num agitador de braços durante o tempo necessário para garantir que a pasta se encontrasse totalmente desintegrada. De seguida, adicionou-se 25 mL de solução CED de concentração 1 M, expulsou-se todo o ar existente e voltou-se a agitar até a amostra se encontrar completamente dissolvida. Por fim, ajustou-se a temperatura do banho do viscosímetro e da amostra a 25,0 ± 0,1 °C e, com a ajuda de uma seringa, aspirou-se uma porção da solução em questão, deixando-a escoar sem obstruções e mediu-se o tempo que esta demorava a percorrer a distância entre as duas marcas do viscosimetro, com uma precisão de ± 0,2 s. Foram feitas, no mínimo, 5 leituras para cada amostra.
Com o tempo de escoamento de cada amostra, tn, é possível calcular a sua viscosidade relativa, η rei' através da relação demostrada na equação:
Vrel h X onde h representa a constante do viscosimetro, obtida a partir da calibração do equipamento. A partir da tabela fornecida pela norma, referida anteriormente, é possível ler-se o valor do produto da viscosidade pela concentração da pasta, [/}]£.
As medições e comparações biométricas e químicas foram efetuadas para a pasta de Eucalyptus gobulus crua (não branqueada) (PNB), para uma pasta de fibras curtas branqueada (FC), e para uma pasta branqueada contendo fibra longa (FL).
3. Preparação de folhas
Foram preparadas folhas de papel tissue, com uma gramagem de 20 g/m2, sem prensagem, seguindo uma adaptação da norma ISO 5269-1. Adicionalmente foram ainda preparadas folhas de 60 g/m2, de acordo com a mesma ISO.
Foram usadas as pastas descritas acima, FC, FL e PNB. As formulações preparadas foram as descritas na Figura 2. As formulações referência (REF 1 e REF 2) consistem em formulações utilizadas na produção de papéis tissue. As restantes tiveram como base a substituição de fibra curta por pasta crua (não branqueada) (PNB 1 a PNB 4).
Testou-se ainda as mesmas formulações com pastas refinadas para um °SR de 25/26 (medido através do método de SchopperRiegler, que determina o grau de refinação de uma pasta suspensa em água, correspondendo 1 °SR a uma drenagem de cada 10 ml de água corresponde) . Para tal, desintegrou-se cada pasta seca, individualmente, acertou-se o pH para 77,5, e refinou-se cada pasta num refinador PFI, segundo a norma ISO 5264-2. 0 °SR foi novamente confirmado após preparação das formações indicadas na Figura 2, (ISO 52671) ·
As folhas preparadas foram acondicionadas segundo a norma ISO 187 para posterior análise.
4. Propriedades papeleiras das folhas de 20 g/m2
As folhas de 20 g/m2 foram analisadas de acordo com o indicado na Figura 3.
A suavidade foi analisada num aparelho TSA - Tissue Softness Analyzer (Analisador de Suavidade de Papéis Tissue) - da Emtec. Este aparelho junta os dados de três parâmetros que têm uma maior influência sobre a sensação humana ao tato: a suavidade das fibras (softness), a textura (smoothness) e a rigidez da folha (stiffness). O método de cálculo utilizado pelo aparelho é um algoritmo que calcula a sensação de mão (na área técnica em causa comummente designada por handfeel e expressa em unidades HF) .
A determinação da absorção de água do papel tissue realizou-se segundo uma adaptação da norma ISO 126258:2010, pelo método da absorção por imersão. Colocou-se num cesto com determinadas dimensões, aproximadamente 2 g de papel, contrariamente ao mencionado na norma, que indica a utilização de 5 g de papel.
5. Propriedades papeleiras das folhas de 60 g/m2
Da mesma forma, as folhas de 60 g/m2 preparadas foram analisadas de acordo com o listado na Figura 4.
As propriedades de resistência mecânica da massa de pasta (usualmente designada na área técnica em causa como furnish) estão associadas a fenómenos de natureza física e são fundamentais para a resistência do material, sendo de extrema importância dado que o papel é submetido a tensões consideráveis durante a sua transformação e utilização. O teste Scott está relacionado com a resistência das ligações internas das fibras em papéis quando sujeitas à delaminação. Permite determinar a energia (ou força) requerida para delaminar uma folha de papel na direção z (medida da resistência da ligação entre várias camadas). Neste método (norma Tappi T569) a folha é delaminada sob ação de um pêndulo de massa e velocidade controlada. A resistência interna das fibras é afetada pela formação (ligação entre camadas) da folha e ainda pelo processo de refinação das pastas.
A resistência ao ar de Gurley é uma propriedade estrutural que quantifica o tempo necessário para um certo volume de ar (100 mL) atravessar, sob pressão constante, uma determinada área de papel, ou seja, quantifica a capacidade que o papel tem de se deixar atravessar pelo ar (norma ISO 5636-5) . A resistência ao ar de Gurley é assim também uma medida indireta da porosidade de uma matriz fibrosa.
Os dois testes foram realizados nas mesmas condições atmosféricas utilizadas no condicionamento da amostra e na preparação dos provetes (T=23 °C ± 1°C e HR= 50 % ± 2%), de acordo com a norma ISO 187.
Relativamente à opacidade, esta é avaliada segundo a ISO 2471. Consiste na razão, expressa como percentagem, da reflectância difusa de uma única folha de papel sobre um fundo preto e a reflectância difusa da mesma folha de papel medida sobre um suporte branco ou sobre diversas folhas brancas do mesmo papel.
6. Exemplos
a. Propriedades biométricas e químicas
As propriedades biométricas das pastas, FC, FL e PNB, foram analisadas, com e sem refinação, e os resultados encontramse na Figura 5.
Analisando os resultados obtidos, as fibras PNB apresentam valores de largura superiores às restantes fibras curtas. As fibras PNB apresentam também valores superiores aos das restantes fibras curtas no que diz respeito ao coarseness. Comparando pastas não refinadas e após refinação, verificase que as propriedades biométricas das fibras não sofreram variações de forma significativa.
Os resultados da caracterização química das pastas em estudo encontram-se na Figura 6.
Um bom grau de polimerização da celulose é mantido nas fibras da pasta PNB, como deduzido pelo seu valor de viscosidade superior ao da FC. A pasta PNB apresenta também um teor de carboxilos em maior percentagem do que nas restantes pastas. O teor de pentosanas (medida de teor de xilanas, hemiceluloses maioritárias em pastas de fibra curta) está dentro dos valores considerados como favoráveis para este tipo de pastas de fibras curtas de Eucalyptus gl obulus.
b. Sem refinação
i. Propriedades papeleiras - folhas de 20 g/m2
Os papéis produzidos para as formulações referência REF 1 e REF 2 e com fibras de pasta Kraft crua (não branqueada) de Eucalyptus globulus PNB 1, PNB 2, PNB 3 e PNB 4 foram analisados e os principais resultados encontram-se na Figura 7.
Os resultados da tabela revelaram que com a incorporação de pasta crua (não branqueada) (PNB) obtém-se um aumento de bulk (volume específico), comparativamente a REF 1 e REF 2. Adicionalmente, o incremento de PNB originou ainda um aumento significativo no índice de tração, tendo-se verificado nos casos de PNB 3 e PNB 4 um aumento até 115%, relativamente a REF 1.
No que diz respeito à permeabilidade ao ar, o incremento de PNB originou uma maior permeabilidade, em comparação com as referências, o que sugere uma estrutura mais porosa.
Em termos de capilaridade, há uma pequena diminuição, não significativa, da ascensão capilar com a incorporação de fibras de PNB.
No caso da capacidade de absorção uma maior incorporação de PNB originou uma melhoria na capacidade de absorção de água.
Os resultados de suavidade apresentados, com a incorporação da pasta Kraft crua (não branqueada) de Eucalyptus globulus, revelaram uma variação pouco significativa (dentro do erro) da suavidade relativamente às referências.
ii. Propriedades papeleiras das folhas de 60 g/m2
As folhas de 60 g/m2 produzidas através das formulações com incorporação de PNB não refinada foram analisadas e os resultados encontram-se apresentados na Figura 8.
Os resultados obtidos estão de acordo com os estudos com as folhas de 20g/m2.
A substituição de fibra curta por PNB permitiu ainda obter valores de índices de tração, rasgamento e de rebentamento superiores em relação às referências (REF 1 e REF 2).
Quanto aos resultados do teste Scott, estes revelaram um aumento relativamente a REF 2 (100:0:0) com a incorporação de PNB.
c. Com refinação
i. Propriedades papeleiras - folhas de 20 g/m2
Foram produzidos papéis com pastas refinadas para °SR de 25, considerando as formulações referência REF 1 e REF 2 e com fibras de pasta Kraft crua (não branqueada) PNB 1, PNB 2, PNB 3 e PNB 4. Os principais resultados da análise às suas propriedades papeleiras encontram-se na Figura 9.
Analisando as propriedades papeleiras das folhas produzidas com pastas refinadas, verificou-se que, mesmo com refinação, o bulk (volume específico) aumenta, com a incorporação de PNB refinada. Adicionalmente, e tal como observado anteriormente, também a capacidade de absorção aumentou com a incorporação de PNB refinada.
No que diz respeito ao índice de tração verificou-se também aumento em PNB 1 e PNB 3, comparativamente a REF 1.
Quanto à suavidade, verifica-se um aumento da suavidade com incorporação de PNB refinada, relativamente às amostras referência, especialmente REF 1 (até 9,6 pontos de HF).
ii. Propriedades papeleiras das folhas de 60 g/m2
Foram produzidas folhas de 60 g/m2 com pastas refinadas para °SR de 25 e os principais resultados da análise das suas propriedades papeleiras encontram-se na Figura 10.
Analisando os resultados da Figura 10 verifica-se que a incorporação de PNB refinada originou um aumento no índice de tração, rasgamento, opacidade, no teste Scott (ligações internas) e um aumento do bulk (volume específico).
A incorporação de pasta crua (não branqueada) , com e sem refinação, permite um aumento de bulk (volume específico), um aumento das propriedades físico-mecânicas e um aumento da capacidade de absorção. Em termos de suavidade, verifica-se um aumento da suavidade até 9,6 pontos de HF com refinação.
Com base nos resultados obtidos, conclui-se que a substituição de pasta branqueada por pasta de Eucalyptus globulus crua (não branqueada) apresenta diversas vantagens.
Em termos de propriedades-chave para tissue, a sua utilização permite o desenvolvimento de propriedades apreciadas pelo consumidor, como é o caso do bulk (volume específico), da resistência, absorção, suavidade e até aspecto visual associável às ideias de sustentabilidade e preocupação ambiental.
Adicionalmente, por tratar-se de pasta crua (não branqueada) são utilizados para a sua produção menos produtos químicos (agentes de branqueamento deixam de ser necessários) e menos água (o processo de branqueamento é uma etapa onde se registam consumos de água significativos). Com base nisto, a redução do consumo de químicos e de água, não só torna o processo de produção de pasta mais favorável ambientalmente, como também permite poupanças nos custos de produção da matéria-prima (menores consumos de água e de reagentes).
Aveiro, 24 de Novembro de 2021

Claims (9)

  1. Reivindicações
    1. Pasta celulósica para produtos de papel tissue caracterizada por compreender fibras cruas de madeira de Eucalyptus globulus, por apresentar uma viscosidade de pelo menos 1300 mL/g e um teor de carboxilos de pelo menos 10 mmol/lOOg, e em que as fibras cruas de madeira de Eucalyptus globulus apresentam um comprimento de pelo menos 0,8 mm, uma largura de pelo menos 19 μm e um valor de coarseness de pelo menos 6 mg/lOOm.
  2. 2. Uso da pasta celulósica descrita na reivindicação 1, caracterizado por ser utilizada na produção de papel tissue.
  3. 3. Papel tissue caracterizado por compreender a pasta celulósica descrita na reivindicação 1.
  4. 4. Papel tissue de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado por compreender um mínimo de 35 % m/m da referida pasta celulósica.
  5. 5. Papel tissue de acordo com as reivindicações 3 e 4, caracterizado por um volume específico superior a 1 cm3/g, um índice de tração superior a 4 kN.m/kg, uma capacidade de absorção superior a 7 gH2O/gpapel, uma permeabilidade ao ar superior a 450 L/m2/s e uma suavidade superior a 50 HF.
  6. 6. Papel tissue de acordo com as reivindicações 3 a 5, caracterizado por um volume específico entre 2 e 7 cm3/g, um índice de tração entre 6 e 60 kN.m/kg, uma capacidade de absorção entre 7 e 10 gH2O/gpapel, uma permeabilidade ao ar entre 500 e 1090 L/m2/s, e uma suavidade de 55 a 80 HF.
  7. 7. Papel tissue de acordo com as reivindicações 3 a 6, caracterizado por um índice de rasgamento superior a 6 mN.m2/g, um índice de rebentamento superior a 1 kPa.m2/g, uma capilaridade de pelo menos 60 mm/lOmin e uma opacidade superior a 70 %.
  8. 8. Papel tissue de acordo com as reivindicações 3 a 7, caracterizado por um índice de rasgamento entre 6 e 10 mN.m2/g, um índice de rebentamento entre 1 e 4 kPa.m2/g e uma opacidade superior a 90 %.
  9. 9. Uso do papel tissue descrito nas reivindicações 3 a 8, caracterizado por ser utilizado como, e não limitado a, papel higiénico, guardanapo, papel de cozinha e lenço de papel.
    Aveiro, 24 de Novembro de 2021
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