PT106651A - Quinolil hidrazonas para o tratamento de tuberculose e doenças relacionadas - Google Patents
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Abstract
A INVENÇÃO PROPORCIONA NOVOS COMPOSTOS FARMACÊUTICOS E COMPOSIÇÕES QUE CONTÊM ESTES COMPOSTOS QUE SÃO DEFINIDOS PELA FÓRMULA I, E SEUS SAIS, ÉSTERES, SOLVATOS, ISÓMEROS E PRÓ-FÁRMACOS FARMACEUTICAMENTE ACEITÁVEIS PARA UTILIZAÇÃO NO TRATAMENTO PROFILÁTICO E/OU TERAPÊUTICO DE TUBERCULOSE E DOENÇAS RELACIONADAS, TAIS COMO, DOENÇAS CAUSADAS POR MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSAS E/OU CAUSADAS POR MICOBACTERIUM LEPRAE.
Description
DESCRIÇÃO
QUINOLIL HIDRAZONAS PARA O TRATAMENTO DE TUBERCULOSE E
DOENÇAS RELACIONADAS
CAMPO DA INVENÇÃO A invenção refere-se a compostos e composições farmacêuticas que são úteis como agentes farmacêuticos para o tratamento de tuberculose e doenças relacionadas.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO Há mais de 120 membros do género Mycobacterium, que são diferentes em patogenicidade, adaptação in vivo, virulência, resposta a fármacos e caracteristicas de desenvolvimento. As doenças micobacterianas são causadas por organismos do Complexo Mycobacterium tuberculosis (MtbC) como Mycobacterium tuberculosis (Mtb), Mycobacterium bovis, Mycobacterium africanum, Mycobacterium canetii e Mycobacterium microti. As micobactérias excepto MtbC e Mycobacterium leprae são conhecidas como micobactérias não tuberculosas (NTM) e também podem causar doenças em seres humanos e em animais como é o caso do Complexo Mycobacterium avium (MaC), Mycobacterium smegmatis,
Mycobacterium gordonae, Mycobacterium kansasii, Mycobacterium terrae, Mycobacterium scrofulaceum, Mycobacterium vaccae, Mycobacterium marinum, Mycobacterium lentiflavum, Mycobacterium fortuitum, Mycobacterium chelonae e Mycobacterium abscessus. A maior parte da tuberculose (TB) humana é causada por Mtb mas alguns casos são devidos a Mycobacterium bovis, que é a causa principal de tuberculose em gado e muitos outros mamíferos, ou Mycobacterium africanum. 1
As consequências da tuberculose em todas as sociedades humanas são dramáticas: no mundo inteiro, uma pessoa em três está afectada com Mtb. 0 pulmão é a principal porta de entrada da Mtb no corpo e, consequentemente, a TB é principalmente uma doença dos pulmões. 0 Mycobacterium tuberculosis provoca uma infecção focal no local onde é depositada após inalação. Se a infecção não pode ser contida ao nível local, a disseminação dos bacilos é produzida inicialmente por via hematoqénica, provavelmente no interior de células fagocíticas, em direcção a diferentes órqãos e, eventualmente, à pleura contígua. Alcança os nódulos linfáticos hilares por meio da via linfática, e a partir daí, uma sequnda disseminação sistémica pode ocorrer, através do dueto torácico e veia cava superior, como desenvolvimento de focos locais nos pulmões. Focos extrapulmonares também podem ser produzidos por disseminação hematogénica e linfática. A tuberculose pode passar a uma infecção generalizada ("tuberculose miliar").
As manifestações clínicas de TB dependem das defesas orgânicas locais nos locais de multiplicação dos bacilos. A infecção primária de TB ocorre geralmente durante a infância e a maioria das vezes, não provoca sintomas evidentes e permanece latente por toda vida ou até reactivação. Ocasionalmente causa mal-estar, febre baixa, eritema nodoso e conjuntivite flictenular. Em doentes gravemente imunodeprimidos pode desenvolver numa forma disseminada, que é algumas vezes fatal. A tuberculose miliar resulta de disseminação hematogénica maciça de Mtb durante a infecção primária. 0 desenvolvimento de TB clínica ocorrerá em 5% a 10% das pessoas infectadas em algum momento de suas vidas. A existência de TB pós-primária, também conhecida como TB secundária, significa que a infecção pode progredir depois do desenvolvimento de uma resposta imunitária específica adequada. 2
Este episódio pode desenvolver de duas maneiras: por inalação de novos bacilos ou pela reactivação do foco primário. Há factores envolvidos no risco aumentado de desenvolver TB, dos quais os mais importantes são aqueles que interferem directamente com a imunidade do hospedeiro. Doenças e patologias que enfraquecem a imunidade, tais como subnutrição, alcoolismo, abuso de drogas ilícitas, idade avançada, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), diabetes mellitus, gastrectromia, insuficiência renal crónica, doença hepática crónica, silicose, paracoccidioidomicose, leucemias, tumores sólidos, tratamento prolongado com corticosteróides, tratamentos com fármacos imunossupressores, transplante de órgão, lúpus eritematoso sistémico, tratamento com anticorpos do factor de necrose tumoral (TNF) e elementos hereditários, são factores que facilitam o desenvolvimento da doença TB. Nos países industrializados as taxas aumentadas de sobrevivência resultaram em populações maiores de idosos com um risco aumentado de reactivação da infecção. A tuberculose no idoso pode ser devida também a uma infecção recém-adquirida. A TB congénita é considerada um evento raro em todo o espectro de apresentações de TB. Esta infecção é causada por disseminação linfo-hematogénica durante a gravidez de uma placenta infectada ou aspiração de fluido amniótico contaminado.
Factores adicionais incluem a carga bacteriana infecciosa, virulência da Mtb e a susceptibilidade genética do hospedeiro. A TB pulmonar é a forma mais comum da doença pós-primária. A evolução natural das lesões pós-primárias em pessoas imunocompetentes pode levar à disseminação e morte em cerca de 50% dos casos, e à cronicidade em cerca de 25% a 30%. 3
Depois de penetração no organismo através da via respiratória, a Mtb pode multiplicar-se em qualquer órgão durante a infecção primária, antes do desenvolvimento da resposta imune especifica. Depois disso, os bacilos da tuberculose podem multiplicar-se a qualquer momento quando houver uma diminuição na capacidade imunológica do hospedeiro de conter os bacilos nos seus locais de implantação. A tuberculose extrapulmonar pode afectar qualquer outro órgão do corpo, incluindo os nódulos linfáticos, a pleura, o sistema génito-urinário, o sistema nervoso central, o sistema osteoarticular, o sistema gastrointestinal, a pele e os tecidos moles e o olho. A tuberculose é responsável por 2,5% da carga global de doença e mantém o sétimo lugar na classificação global de causas de morte. Em 2010, havia 8,8 milhões de casos incidentes de TB, 1,1 milhão de mortes causadas por TB entre pessoas HIV positivas e mais 0,35 milhões de mortes causadas por TB associada ao HIV. Sem tratamento, uma pessoa com TB activa irá infectar uma média de 10 a 15 outras pessoas por ano. O período mínimo de tratamento para TB activa, sensível a fármaco é de 6 meses, e normalmente utilizará um regime inicial de quatro fármacos denominados fármacos de primeira linha: isoniazida (INH), rifampicina (RMP), pirazidamina (PZA) e etambutol (EMB). No entanto, quando administrado em contextos reais, as falhas do regime tornam-se evidentes. O tratamento de TB resistente a fármacos é ainda mais prolongado, levando de 18 a 24 meses ou mais. A selecção do regime de fármaco deve ser feita tendo em consideração pelo menos os seguintes factores: localização e gravidade da doença, resultado da baciloscopia, co-infecção por HIV, prevalência de resistência a fármaco no contexto, disponibilidade de fármacos, custo do tratamento e supervisão médica, se o doente recebeu algum fármaco antibacilar 4 anteriormente, o orçamento do país, a cobertura de saúde pelos serviços de saúde pública e as qualificações dos deus profissionais de saúde. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana teve, claramente, um profundo efeito sobre a epidemiologia da TB. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana é um potente factor de risco para TB e juntos formam uma combinação letal, cada um aumentando a progressão do outro. 0 HIV não só aumenta o risco de reactivação de Mtb latente como o risco de progressão rápida da TB logo após infecção ou reinfecção por Mtb. Aqueles que têm tuberculose latente têm um risco de 10% durante a vida de progredir para infecção activa, com metade (5%) a ocorrer dentro de 1 a 2 anos após a infecção inicial. Em pessoas co-infectadas com Mtb e HIV, no entanto, o risco anual pode ser superior a 10%.
Os mecanismos de resistência podem ser divididos em naturais e adquiridos. A resistência natural da Mtb a fármaco é um obstáculo importante para o tratamento e controlo da TB. Tradicionalmente, esta resistência foi atribuída ao invulgar envelope celular de múltiplas camadas e/ou às bombas de efluxo activas contra múltiplos fármacos. A resistência a fármacos adquirida é mediada por mutações nos genes cromossómicos. Até ao presente, nenhuma única mutação pleiotrópica foi encontrada em Mtb para causar um fenótipo resistente a múltiplos fármacos (MDR). O fenótipo MDR é causado pela acumulação sequencial de mutações em genes diferentes envolvidos na resistência a fármacos individuais, devido a tratamento inapropriado ou baixa adesão ao tratamento. No entanto, é importante observar que algumas estirpes resistentes não apresentam estas mutações clássicas, sugerindo a possibilidade da existência de outros mecanismos, tais como 5 bombas de efluxo e alterações na permeabilidade da parede celular. A TB resistente a múltiplos fármacos (MDR-TB) é definida pela resistência aos dois fármacos mais frequentemente utilizados no actual esquema de tratamento de quatro fármacos (ou primeira linha), INH e RMP. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (WHO, da sigla em inglês, World Health Organization) as taxas de MDR-TB no Leste da Europa são as mais elevadas, em que a MDR-TB perfaz 20 por cento de todos os novos casos de TB. Durante os últimos anos da década de 1980 e inicio da década de 1990, os surtos de MDR-TB na América do Norte e na Europa mataram mais de 80% daqueles que contraíram a doença. Hoje, a MDR-TB é também bastante comum na índia e na China, uma vez que os dois países combinados são responsáveis por mais da metade da carga global de MDR-TB. A TB resistente a fármacos é um resultado provocado pelo Homem, na sequência da interrupção dos tratamentos, de tratamentos erráticas ou inadequadas, e a sua disseminação está a debilitar os esforços para controlar a epidemia global de TB. A tuberculose resistente a fármacos e a tuberculose extensivamente resistente a fármacos (XDR-TB) desenvolvem-se quando o regime de fármacos para TB, prolongado, complexo e antigo é administrado de forma inapropriada, ou quando pessoas com TB param de tomar os seus medicamentos antes dos microrganismos estarem totalmente erradicados. Uma vez desenvolvida uma estirpe resistente a fármacos, esta pode ser transmitida directamente a outros do mesmo modo que a TB susceptível a fármacos. O tratamento para MDR-TB consiste no que é chamado de fármacos de segunda linha. Estes fármacos são administrados quando os fármacos de primeira linha falham. O tratamento para MDR-TB é geralmente administrado por 2 anos ou mais e envolve 6 injecções diárias. Muitos fármacos de segunda linha são tóxicos e têm graves efeitos secundários. Além disso, o custo de curar a MDR-TB pode ser chocante - literalmente milhares de vezes mais caro do que o tratamento regular em algumas regiões - causando um desafio significativo para governos, sistemas de saúde e outros pagadores.
Mais recentemente emergiram estirpes de Mtb extensivamente resistentes a fármaco que são os agentes da tuberculose extensivamente resistente a fármacos (XDR-TB). Esta forma da doença é definida como TB que desenvolveu resistência a pelo menos RMP e INH, bem como qualquer membro da família das quinolonas e pelo menos um dos seguintes fármacos injectáveis antibacilar de segunda linha: canamicina (KAN), capreomicina (CAP) ou amicacina (AMIC).
Em décadas recentes o desenvolvimento de MDR-TB e XDR-TB, e a presença de HIV contribuíram em conjunto para aumentar a ameaça global à saúde pública causada pela TB. Para além de aumentar a susceptibilidade individual à TB dos infectados por Mtb, uma alta carga de casos de TB associados ao HIV também expandiu as taxas de transmissão de Mtb ao nível da comunidade, ameaçando também a saúde e a sobrevivência de indivíduos HIV negativos. Em vários países, o HIV tem sido associado a surtos epidémicos de TB. Muitos dos surtos relatados envolviam estirpes MDR, que respondem fracamente à terapêutica padrão. 0 regime prolongado e complexo é um fardo para os doentes, mesmo quando tomado sob observação directa de um profissional de saúde ou membro da comunidade, como recomendado pela WHO. Como consequência, muitos doentes não completam ou não conseguem completar o seu tratamento, o que leva ao desenvolvimento de estirpes resistentes a fármacos. Embora a MDR-TB seja uma questão provocada pelo homem, a investigação demonstrou que estas estirpes estão agora a ser transmitidas de doente para 7 doente. Os fármacos de segunda linha são também muito mais tóxicos e consideravelmente mais caros do que o esquema de tratamento antibacilar de primeira linha padrão.
Além disso, os esquemas de tratamento de primeira linha actuais não são compatíveis com alguns tratamentos anti-retrovirais (ARV) comuns utilizadas para tratar HIV/SIDA. A fim de evitar interacções fármaco-fármaco em doentes co-infectados, o regime de tratamento para uma das doenças tem de ser modificado perdendo eficácia. Deste modo, são necessários novos fármacos que sejam eficazes no tratamento de crianças, infecções latentes de TB (infecções assintomáticas) e que sejam compatíveis com as terapias anti-retrovirais. Além disso, os novos esquemas necessitam de ser económicos e facilmente geridos no campo.
Espera-se que a introdução de novos fármacos, preferencialmente com novos mecanismos de acção, que serão activos contra as actuais estirpes resistentes a fármacos e extensivamente resistentes a fármacos, e com menos efeitos secundários, irão permitir um esquema de tratamento de TB mais curto tanto para doenças sensíveis a fármacos como para doenças resistentes a fármacos (MDR-TB e XDR-TB). Reduzir o tratamento para quatro ou dois meses ou até menos deve aumentar as taxas de cura, melhorar a adesão do doente e diminuir a possibilidade de desenvolver resistência a fármacos. Isto representa um enorme desafio para controlar esta dupla epidemia, dado que uma estimativa de um terço dos 40 milhões de pessoa que vivem com HIV/SIDA em todo o mundo estão infectadas com TB. A sinergia mortal destas duas doenças exige tratamentos de primeira linha que possam ser totalmente harmonizados. A TB resistente a fármacos é difícil, complicada e dispendiosa de tratar. O tratamento depende de fármacos de segunda linha, e é geralmente administrado por 2 anos ou mais. 8
Inclui injecções diárias, e muitas vezes causa graves efeitos secundários. Daqueles que recebem o tratamento, quase metade morre. 0 que é pior, algumas estirpes resistentes são virtualmente intratáveis com quaisquer antibióticos existentes. A complexidade e custo proibitivo do tratamento de MDR-TB significa que a nivel mundial menos de 3% dos doentes com MDR-TB recebem tratamento adequado. Sem um tratamento oral significativamente mais simples, mais rápido, mais económico para MDR-TB, os países não podem aumentar a escala de tratamento para servir as suas populações. Sem tratamentos novos, simples, e económicos para MDR-TB, isto não é realisticamente possível. A TB extensivamente resistente a fármacos (XDR-TB) está a emergir como uma ameaça ainda mais preocupante. Isto torna o tratamento de XDR-TB extremamente complicado, senão impossível, em contextos com recursos limitados. Estima-se que 70% dos doentes com XDR-TB morrem no mês posterior ao diagnóstico. Os dados mais recentes de monitorização de resistência a fármacos emitidos pela WHO estimam que aproximadamente 5 por cento dos casos de MDR-TB são XDR-TB.
Quando a resistência a fármacos se desenvolve, os doentes devem ser tratados com uma nova combinação que contém pelo menos três fármacos com os quais ainda não receberam tratamento (ou que não apresentam resistência cruzada com aqueles cuja resistência é suspeita). Nessas condições, o tratamento é mais prolongado, mais tóxico, mais caro e menos eficaz do que os esquemas de tratamento que contêm fármacos de primeira linha, e deve ser acompanhado directamente.
Uma vez que os doentes com HIV/SIDA têm uma probabilidade mais elevada de contrair TB (seja pulmonar ou extrapulmonar) ou outras infecções micobacterianas oportunistas, foram concebidos regimes de fármacos específicos para tratar a TB activa nestes doentes. 9
Além disso, a gravidade dos efeitos adversos de fármacos anti-micobacterianos (devido a interacções com fármacos anti-retrovirais) e a mortalidade são mais elevadas entre doentes com HIV/SIDA. Embora, de um modo geral, os doentes HIV positivos respondam bem ao tratamento padrão de curta duração para TB, foram relatados casos de tratamentos mal sucedidos devido à má absorção de fármacos antibacilares. Por exemplo, as rifamicinas (rifampicina, rifabutina, etc.) têm interacções clinicamente relevantes com alguns fármacos utilizados na terapêutica anti-retrovial, uma vez que estas induzem a metabolização de agentes anti-retrovirais tais como zidovudina, inibidores não-nucleosídicos da transcriptase reversa, e inibidores da protease do HIV, cujas concentrações podem cair para níveis sub-terapêuticos. Como consequência, foram sugeridos esquemas terapêuticos livres de rifamicina. Estes consistem em INH, EMB, PZA, e estreptomicina (SM), diariamente durante dois meses, seguido por INH, PZA, e SM duas ou três vezes por semana durante sete meses. No entanto, foi também descrito que a utilização de RIF ao longo de todo o tratamento antibacilar melhora o resultado em doentes com HIV. A quimioprofilaxia da TB é indicada para doentes assintomáticos que têm um teste cutâneo de tuberculina (TST, da sigla em inglês, Tuberculin Skin Test) positivo mas não apresentam doença activa (infecção de TB latente), especialmente quando estão em risco de desenvolver a doença (por exemplo, doentes HIV positivos). A profilaxia é mais frequentemente conseguida pela administração só de INH, em doses de 300 mg diárias por seis a nove meses (embora haja um risco de desenvolver resistência a INH). Quando se suspeita de resistência a INH, outros esquemas terapêuticos que incluem RIF, PZA ou EMB podem ser administrados, embora haja uma maior possibilidade da ocorrência de efeitos adversos. Na profilaxia 10 da TB, RIF pode ser administrado simultaneamente com INH, reduzindo o tratamento de profilaxia para três meses. A maior parte dos fármacos utilizados no tratamento antibacilar (isoniazida, rifampicina, rifapentina, rifabutina, pirazinamida, etambutol e etionamida) estão comercialmente disponíveis na forma de comprimidos ou cápsulas e podem, portanto, ser tomados por via oral. A isoniazida está também disponível como um elixir, em grânulos para uso pediátrico e numa solução aquosa para injecção intravenosa ou intramuscular. A rifampicina está disponível em pó para a preparação de suspensões para administração oral, e também em solução aquosa para injecção intravenosa ou intramuscular. As excepções são os aminoglicosídeos (estreptomicina, canamicina e amicacina) e capreomicina, que estão apenas disponíveis como soluções aquosas para injecção intravenosa ou intramuscular. 0 ácido paraminossalicílico (PAS) está em geral disponível como grânulos para misturar com os alimentos; podendo também ser encontrados sob a forma de comprimidos e soluções para administração intravenosa. As fluoroquinolonas estão disponíveis como comprimidos ou como soluções aquosas para injecções intravenosas.
Isoniazida, rifampicina e pirazinamida também podem ser encontradas em preparações de combinação de dose fixa. Quando disponível, é recomendada a utilização de preparações de combinação. Na realidade, ao reduzir o número de comprimidos a serem tomados, estas preparações de combinação facilitam a adesão do doente ao tratamento e a supervisão da terapia. Acima de tudo, esta forma de preparação minimiza a possibilidade de monoterapia e, desse modo, reduz o risco de desenvolvimento de resistência a fármaco. A batalha global contra infecções e doenças micobacterianas requer a busca sistemática por novos fármacos 11 antibacilares. Quase nenhuma nova classe de fármacos antibacilares foi desenvolvida nos últimos 40 anos. Na realidade, assim que os países industrializados se sentiram confiantes que iriam controlar a TB, as indústrias farmacêuticas líderes perderam o interesse no desenvolvimento de fármacos antibacilares. A emergência da pandemia do HIV logo seguida pelo aumento da taxa de incidência de MDR-TB e XDR-TB, a prevalência de doenças crónicas, o aumento do transplante de órgãos e o aumento geral da prevalência de formas graves e moderadamente graves de estados de imunodeficiência na população requer um investimento urgente em investigação e desenvolvimento para descobrir novos compostos candidatos para tratar a TB resistente a fármacos, superar as complexas interacções fármaco-fármaco entre fármacos antibacilares e fármacos anti-retrovirais ou citotóxicos.
Além disso, estes esforços devem estar concentrados no desenvolvimento de um esquema terapêutic para a TB mais curto e mais simples que possa melhorar a adesão ao tratamento, parar a disseminação da TB e permitir que o tratamento de MDR-TB e XDR-TB cresça até ao nível global. Um tratamento mais curto e mais simples ajudará não apenas a curar os doentes actualmente sob tratamento, mas também permitirá que os profissionais de saúde alcancem mais pessoas pela redução da carga nos programas nacionais de TB. A investigação e desenvolvimento de novos medicamentos é uma parte integrante de um plano abrangente de controlo de TB. Sem novos e melhores esquemas de tratamento antibacilar, incluindo o tratamento daqueles que sofrem de MDR-TB e os co-infectados com HIV/SIDA, a redução e a eventual erradicação da doença não pode ser alcançada. 12
As micobactérias não tuberculosas (NTM) são, na maior parte, organismos ambientais encontrados no solo e na água que só raramente causam doenças em seres humanos. Há numerosas espécies de NTM. Embora tenha sido demonstrada variação regional no isolamento de espécies, as NTM mais frequentemente isoladas são aquelas do Complexo Mycobacterium avium (MaC) Mycobacterium intracellulare e Mycobacterium avium
Mycobacterium smegmatis, Mycobacterium kansasíí, Mycobacterium fortuítum, Mycobacterium abscessus e Mycobacterium chelonae.
Estes organismos têm similaridades estruturais e bioquímicas significativas com o Mtb. Pelo facto de serem de patogenicidade significativamente menor do que o Mtb, os mesmos são considerados microrganismos patogénicos oportunistas. Os NTM são uma causa importante de morbilidade e mortalidade, muitas vezes na forma de doenças pulmonares progressivas. Várias espécies são associadas com doenças de outros órgãos ou sistemas (exemplo: pele e tecidos moles, sistemas linfático e gastrointestinal) . A doença disseminada devido a NTM está principalmente associada com a SIDA e outras formas de imunossupressão grave. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana aumenta também o risco de doença mediada por NTM. Doentes com SIDA necessitam de novas modalidades de tratamento e prevenção de doenças causadas por organismos do MaC, tais como terapêuticas de combinação com inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa e inibidores da protease do HIV, bem como esquemas de profilaxia anti-micobacteriana. A maioria das NTM excepto a Mycobacterium kansasii são inerentemente resistentes ou parcialmente susceptíveis aos fármacos anti-tuberculose padrão.
Os esquemas de tratamento para doenças MaC envolvem múltiplos fármacos; desse modo, o risco de reacções adversas e/ou toxicidades desencadeadas pelos fármacos é relativamente 13 elevado. Além disso, o esquema de tratamento ideal ainda está por ser estabelecido. 0 esquema de tratamento inicial recomendado para a maioria dos doentes com doenças pulmonares causadas pelo MaC, fibrocavitárias ou broncoquiectásicas nodulares, é um esquema de tratamento que inclui a toma de claritromicina ou azitromicina, etambutol e rifampina administradas três vezes por semana. Os doentes respondem melhor a esquemas de tratamento para MaC na primeira vez que lhes são administrados; desse modo, é muito importante que os doentes recebam o tratamento recomendado com fármacos múltiplos na primeira vez que são tratados. A abordagem de MaC resistente a macrólidos envolve uma decisão clinica complexa, selecção de fármacos, e duração prologada da terapêutica, sendo análoga à abordagem de terapêutica em casos de MDR-TB. Múltiplos factores podem interferir com o sucesso do tratamento de doenças pulmonares MaC, incluindo a não adesão à medicação, eventos adversos, terapia anterior de doença pulmonar MaC, falta de resposta a um regime de medicação, ou o surgimento de estirpes MaC resistentes a macrólidos. A Mycobacterium leprae (Mlp) é o agente etiológico da lepra, uma doença micobacteriana crónica caracterizada pelo envolvimento principalmente da pele bem como dos nervos periféricos e da mucosa das vias aéreas superiores. 0 mirorganismo nunca foi cultivado em meios bacteriológicos ou cultura de células, mas foi desenvolvido nas almofadas plantares de murganho. Os grupos de risco são os contactos próximos com doentes com doença não tratada, activa, predominantemente multibacilar e pessoas que vivem em países onde a doença é altamente endémica. 14
Em 2002, o Brasil, Madagáscar, Moçambique, Tanzânia, e Nepal representaram 90% dos novos casos de lepra diagnosticados. No mundo inteiro, 1 a 2 milhões de pessoas ficam permanentemente incapacitadas como resultado da lepra. No entanto, as pessoas que recebem tratamento antibiótico ou que completaram o tratamento são consideradas livres da infecção activa.
Os esquemas terapêuticos com múltiplos fármacos não foram implementados em muitas áreas endémicas. Com esquemas terapêuticos com múltiplos fármacos, de curta duração, a taxa de recidiva pode aumentar. A lepra paucibacilar deve ser tratada durante 6 a 12 meses com dapsona e rifampicina. Este esquema terapêutico deve ser seguido por tratamento com dapsona em monoterapia durante 3 anos em doentes com lepra tuberculóide ou 5 anos em doentes com lepra lepromatosa limite (borderline) . A lepra multibacilar deve ser tratada por 24 meses com 100 mg/dia de dapsona, 50 mg/dia de clofazimina e 600 mg de rifampina mais 300 mg de clofazimina por mês. A resistência crescente em doentes tratados contra lepra foi relatada no Sudeste da Ásia. Constatou-se que o fármaco relativamente ao qual mais usualmente se detecta resistência é a dapsona, muitas vezes no contexto de exposições anteriores ou em tentativas de tratamento como monoterapia.
Compostos mais eficazes e mais seguros podem permitir esquemas terapêuticos com múltiplos fármacos mais simples e mais curtos, com um risco reduzido de interacções com fármacos para o tratamento do HIV/SIDA ou com fármacos imunossupressores e citotóxicos. 0 desenvolvimento de estirpes resistentes a fármaco é um processo biológico continuo, acelerado pelo não cumprimento dos esquemas terapêuticos disponíveis e pelo aumento de formas moderadamente graves e formas graves de imunodepressão em países desenvolvidos e em desenvolvimento. O tratamento e a prevenção de doenças causadas por microrganismos do género Mycobacterium 15 (e.g., Mycobacterium tuberculosis micobactérias não tuberculosas e Mycobacterium leprae) requerem, urgentemente, um investimento na investigação e desenvolvimento de novos compostos.
Desse modo, o problema técnico resolvido na presente invenção é proporcionar compostos farmacêuticos activos adicionais para a prevenção e o tratamento da tuberculose, por exemplo, doenças causadas por micobactérias não tuberculosas ou causadas por Mycobacterium leprae.
Surpreendentemente, os inventores constataram que os compostos de fórmula I são eficazes na prevenção e no tratamento de tuberculose, doenças causadas por micobactérias não tuberculosas e/ou causadas por Mycobacterium leprae.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO A invenção proporciona novos compostos farmacêuticos e composições que contêm estes compostos que são definidos pela Fórmula I, e seus sais, ésteres, solvatos, isómeros e pró-fármacos farmaceuticamente aceitáveis para utilização no tratamento profilático e/ou terapêutico de tuberculose e doenças relacionadas, tais como, doenças causadas por micobactérias não tuberculosas e/ou causadas por Micobacterium leprae.
Os compostos da presente invenção são representados pela seguinte Fórmula I: onde Q é
H
16 (I) e A é um anel arilo ou heteroarilo substituído ou não substituído de 5 a 6 membros seleccionado de:
ou em que R1, R2 e R3 são cada independentemente um do outro, hidrogénio, (C1-C4)alquilo, hidroxilo, halogéneo, metoxi ou ácido me toxiacético ; e R4, R5, R6 e R7 são cada independentemente um do outro, hidrogénio ou (C1-C4) alquilo.
Os compostos preferidos que se enquadram na definição da Fórmula I geral são representados pela seguinte Fórmula Ia:
Os compostos de Fórmula (Ia) são representados por:
em que R1, R2 e R3 são cada independentemente um do outro, hidrogénio, (C1-C4)alquilo, hidroxilo, halogéneo, metoxi ou ácido metoxiacético; e R4 e R5 são cada independentemente um do outro, hidrogénio, (C1-C4) alquilo. 17
Os compostos mais preferidos da presente invenção são seleccionados do grupo que consiste em: 4-bromo-2-{ (E)-[2-(quinolin-2-il)hidrazinildieno]metil}fenol, e 2-hidroxibenzaldeído-(4-metil-2-quinolinil)hidrazona.
Outras formas de realização da presente invenção contemplam sais farmaceuticamente aceitáveis de compostos de Fórmula I e composições farmacêuticas que compreendem um composto de Fórmula I, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, em combinação com um diluente ou veículo farmaceuticamente aceitável para utilização no tratamento e/ou prevenção de tuberculose e doenças relacionadas, tais como doenças causadas por micobactérias não tuberculosas e/ou causadas por Micobacterium leprae.
DESCRIÇÃO DAS FIGURAS A Figura 1 ilustra os resultados da inibição do crescimento de Mycobacterium Smegmatis para os compostos testados. A Figura 2 ilustra os resultados da inibição do crescimento de Mycobacterium Smegmatis para os compostos preferidos da invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
Num aspecto da presente invenção, é proporcionado um composto representado pela seguinte Fórmula I: 18 (I) onde Q é (I)
e A é um anel arilo ou heteroarilo substituído ou não substituído de 5 a 6 membros seleccionado de:
ou em que R1, R2 e R3 são cada independentemente um do outro, hidrogénio, (C1-C4)alquilo, hidroxilo, halogéneo, metoxi ou ácido metoxiacético; e R4, R5, R6 e R7 são cada independentemente um do outro, hidrogénio, ou (C1-C4) alquilo.
No contexto da presente invenção o termo " (C1-C4)alquilo" significa metilo, etilo, n-propilo, iso-propilo, n-butilo, sec-butilo ou terc-butilo, e o termo "halogéneo" significa flúor, cloro, bromo ou iodo.
Num outro aspecto da presente invenção, são proporcionados compostos que se enquadram na definição da Fórmula I geral e são representados pela seguinte Fórmula Ia: 19
Os compostos de Fórmula (Ia) são representados por:
r em que R1, R2, R3, R4 e R5 têm o mesmo significado conforme definido acima.
Em ainda outro aspecto da presente invenção, são proporcionados compostos sob a Fórmula I seleccionados do grupo que consiste em 4-bromo-2-{(E)-[2-(quinolin-2-il)hidrazinildieno]metil}fenol e 2-hidroxibenzaldeído-(4-metil-2-quinolinil)hidrazona.
Num outro aspecto da presente invenção, é proporcionado um composto de Fórmula I e/ou Ia útil para o tratamento de uma doença num mamífero, tal como um ser humano.
Em ainda outro aspecto da presente invenção é proporcionada uma composição farmacêutica que compreende: (a) uma quantidade terapeuticamente eficaz de um composto de Fórmula I e/ou Ia; e (b) pelo menos um excipiente farmaceuticamente aceitável útil para o tratamento de uma doença num mamífero, tal como um ser humano.
Num outro aspecto da presente invenção, é proporcionado um composto de Fórmula I e/ou Ia ou composição farmacêutica que compreende o referido composto para inibir a actividade da enzima pantotenato sintetase.
Em ainda outro aspecto da presente invenção, é proporcionado um composto de Fórmula I e/ou Ia ou composição farmacêutica que compreende o referido composto para prevenir 20 e/ou tratar tuberculose e doenças relacionadas, tais como doenças causadas por micobactérias não tuberculosas e/ou causadas por Micobacterium leprae. A presente invenção destina-se a abranger todas as formas ionizadas farmaceuticamente aceitáveis (por exemplo, sais) e solvatos (por exemplo, hidratos) dos compostos sob a Fórmula I e/ou Ia independentemente se tais formas e solvatos estão especificadas, tal como é bem conhecido na técnica que agentes farmacêuticos numa forma ionizada ou solvatada podem ser utilizados.
Os compostos de Fórmula I e/ou Ia podem conter um ou mais centros quirais e existem em forma opticamente activas. Quando um composto de Fórmula I e/ou Ia ou um seu sal contém um único centro quiral, o mesmo pode existir em duas forma enantioméricas. A presente invenção inclui enantiómeros individuais e misturas desses enantiómeros, que podem ser obtidos por meio de métodos conhecidos dos especialistas na técnica.
Quando um composto de Fórmula I e/ou Ia ou um seu sal contém mais de um centro quiral o mesmo pode existir em formas diastereoméricas. A presente invenção inclui cada diastereómero e misturas desses diastereómeros, que podem ser obtidos por meio de métodos conhecidos dos especialistas na técnica.
Os compostos sob a Fórmula I e/ou Ia podem formar sais orgânicos e inorgânicos, por exemplo, com ácidos inorgânicos ou orgânicos, por exemplo ácido clorídrico, ácido bromídrico, ácido fumárico, ácido tartárico, ácido cítrico, ácido sulfúrico, ácido maleico, ácido acético, ácido succínico, ácido benzóico, ácido palmítico, ácido dodecanóico e aminoácidos ácidos, tais como ácido glutámico, hidróxidos de metal alcalino, por exemplo, hidróxido de sódio, com aminoácidos, por exemplo, lisina ou 21 arginina. Os sais formados com os compostos sob a Fórmula I e Ia, desde que sejam farmaceuticamente aceitáveis, podem ser utilizados na presente invenção. Tais sais e solvatos correspondentes também se enquadram no âmbito da presente invenção.
Pró-fármacos dos compostos sob a Fórmula I e/ou Ia são também o tema da presente invenção. Como é conhecido na técnica, os pró-fármacos são alterados in vivo e tornam-se um composto da presente invenção. Todos os métodos padrão de utilização dos compostos da presente invenção destinam-se, se a administração de pró-fármaco for especificada, a abranger a administração de um pró-fármaco que é convertido in vivo num composto de acordo com a presente invenção. É possível uma variedade de vias de administração dos compostos e composições da presente invenção, incluindo, mas não limitado a administração parentérica (por exemplo, injecção intravenosa, intra-arterial, intramuscular, subcutânea), oral (por exemplo, dietética ou por inalação), tópica, nasal, rectal, ou por meio de micro-veiculos de libertação lenta, dependendo da doença ou do estado a ser tratado. As vias de administração oral, parentérica e intravenosa são os modos preferidos de administração. A formulação dos compostos da presente invenção a ser administrada irá variar de acordo com a via de administração seleccionada (por exemplo, solução, emulsão, gel, aerossol, cápsula). Outras formas de dosagem de acordo com a presente invenção são, por exemplo, soluções, suspensões, pomadas, cremes, pastas, géis, tinturas, barras, gotas, xaropes, aerossóis e sprays.
Uma composição apropriada da presente invenção que compreende o composto ou compostos de Fórmula I e/ou Ia pode ser preparada num veículo ou transportador fisiologicamente aceitável contendo opcionalmente adjuvantes e conservantes. Para 22 soluções ou emulsões, os transportadores adequados incluem, por exemplo, soluções aquosas ou alcoólicas/aquosas, emulsões ou suspensões, incluindo meios salino e tamponado, áqua esterilizada, cremes, pomadas, loções, óleos, pastas e transportadores sólidos. Os veículos parentéricos podem incluir solução de cloreto de sódio, dextrose de Ringer, dextrose e cloreto de sódio, lactato de Ringer ou óleos fixos. Os veículos intravenosos podem incluir vários aditivos, conservantes, ou reabastecedores fluidos, nutrientes ou electrólitos. (Ver Remington's Pharmaceutical Science, 16th Edition, Mack, Ed. (1980)).
As composições preferidas para administração parentérica são na forma de soluções, suspensões, emulsões, dispersões e composições liofilizadas dos compostos da invenção, preferencialmente na forma de soluções, dispersões, emulsões ou suspensões aquosas isotónicas. Estas composições são de preferência estéreis, quer sejam processadas num ambiente estéril durante todo o seu processo de preparação, quer sejam esterilizadas no final do referido processo. Além disso, a sua preparação é geralmente realizada sob condições estéreis, tal como o enchimento, por exemplo, em ampolas ou frascos, e a vedação dos recipientes. Estas composições podem estar prontas a aplicar ou podem ser apresentadas sob forma sólida (por exemplo, como um liofilizado) que requer reconstituição antes da aplicação.
As composições parentéricas de acordo com a presente invenção podem compreender excipientes, por exemplo, veículos, estabilizadores (agentes de redução, antioxidantes e/ou agentes de sequestro), agentes tamponizantes, conservantes, agente isotonizantes, emulsificantes, solubilizantes, agentes intensificadores de viscosidade, e/ou agentes de volume e são preparadas por processos convencionais bem conhecidos dos especialistas na técnica. 23
Exemplos não limitativos de veículos, no contexto da presente invenção, incluem água para injecção, veiculos oleosos, polietileno glicol, álcool benzilico, etanol e glicerol.
Exemplos não limitativos de veículo oleosos no contexto da presente invenção incluem ésteres de ácido gordo e misturas de ésteres de ácido gordo, óleos vegetais, óleos sintéticos e óleos semi-sintéticos, óleo de amêndoa, óleo de rícino, óleo de semente de algodão, óleo de amendoim, azeite, óleo de sésamo e óleo de soja.
Exemplos não limitativos de agentes redutores no contexto da presente invenção incluem sulfito de sódio, bissulfito de sódio e metabissulfito de sódio.
Exemplos não limitativos de antioxidantes no contexto da presente invenção incluem hidroxianisole butilado, ésteres de ácido gálico e tocoferóis.
Exemplos não limitativos de agentes sequestrantes no contexto da presente invenção incluem ácido etilenodiaminatetracético na forma de sal de sódio (EDTA), ácido tartárico, tioureia e monotioglicerol.
Exemplos não limitativos de agentes de tamponamento no contexto da presente invenção incluem a combinação de fosfato de monossódio com o próprio dissódio, fosfato de trissódio, ureia, borato de sódio e citrato de sódio.
Exemplos não limitativos de conservantes no contexto da presente invenção incluem metilparabeno, os cresóis, álcool benzilico e álcool fenilico.
Exemplos não limitativos de agentes isotonizantes no contexto da presente invenção incluem ácido bórico, gluconato de 24 cálcio, clorobutanol, cloreto de potássio, citrato de sódio, borato de sódio, fosfato de sódio, cloreto de sódio e lactato de sódio.
Exemplos não limitativos de emulsificantes no contexto da presente invenção incluem lecitinas, monoglicéridos, polímeros de polietileno e polímeros de polipropileno.
Exemplos não limitativos de solubilizantes no contexto da presente invenção incluem etanol, polipropileno glicol, N,N-dimetilacetamida ou ésteres de polioxietileno sorbitano.
Exemplos não limitativos de agentes intensificadores de viscosidade no contexto da presente invenção incluem carboximetilcelulose sódica, carboximetilcelulose, dextrano, polivinilpirrolidona ou gelatinas.
Exemplos não limitativos de agentes de volume no contexto da presente invenção incluem manitol, lactose, sacarose, trealose, sorbitol, glucose, rafinose, arginina, glicina, histidina, dextrano ou polietileno glicol.
As composições farmacêuticas na forma oral sólida (comprimidos, cápsulas moles, cápsulas duras ou qualquer outra) de acordo com a presente invenção compreendem excipientes, desde que os mesmos sejam compatíveis com o ingrediente activo da composição, incluindo, mas não limitado a diluentes, aglutinantes, desintegrantes, tensioactivos, deslizantes, lubrificantes, antioxidantes ou sequestrantes de radicais livres, componentes de revestimento, opacificantes ou plastificantes. Cápsulas moles no contexto da presente invenção consistem em gelatina ou qualquer outra substância adequada que contém os compostos da invenção dissolvidos, emulsifiçados ou suspensos 25 num veículo de cápsula mole adequado e opcionalmente excipientes tais como estabilizantes (agentes redutores, antioxidantes e/ou agentes sequestrantes, como definido acima), solubilizantes (como definido acima), plastificantes ou outros. As cápsulas duras, no contexto da presente invenção podem, para além dos compostos da presente invenção, também opcionalmente conter excipientes tais como enchimentos, deslizantes e outros.
Exemplos não limitativos de diluentes no contexto da presente invenção incluem preparações de celulose, fosfatos de cálcio, lactose anidra, lactose mono-hidratada, lactose di-hidratada, sorbitol, amido, amido pré-gelatinizado, sacarose e manitol.
Exemplos não limitativos de aglutinantes no contexto da presente invenção incluem carboximetil celulose sódica, celulose microcristalina, hidroxipropilmetilcelulose, metilcelulose, hidroxipropilcelulose, povidona, uma pasta de amido, amido pré-gelatinizado e sacarose.
Exemplos não limitativos de desintegrantes no contexto da presente invenção incluem carboximetil celulose sódica, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, crospovidona, hidroxipropilcelulose, povidona, poloxámero, lauril sulfato de sódio, amido, amido pré-gelatinizado, glicolato de sódio, ácido algínico ou um seu sal, tal como alginato de sódio.
Exemplos não limitativos de tensioactivos no contexto da presente invenção incluem poloxámero e lauril sulfato de sódio.
Exemplos não limitativos de deslizantes no contexto da presente invenção incluem silicato de cálcio, amido, talco, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio e silicato de alumínio sódico. 26
Exemplos não limitativos de lubrificantes no contexto da presente invenção incluem fumarato de estearilo, lauril sulfato de sódio, talco, ácido silicico, ácido esteárico ou seus sais, tais como estearato de magnésio ou de cálcio, e/ou polietileno glicol, ou derivados do mesmo.
Exemplos não limitativos de antioxidantes e sequestrantes de radical livre no contexto da presente invenção incluem butil-hidroxiltolueno, butil-hidroxilanisol, ácido cítrico e sais de citrato, sais de ascorbato e ascorbato, alfa-tocoferol, acetato de sódio, sulfito de sódio e composto com função tiol orgânica.
Exemplos não limitativos de componentes de revestimento no contexto da presente invenção incluem soluções concentradas de açúcar, goma-arábica, talco, polivinilpirrolidona, polietileno glicol, dióxido de titânio, soluções de revestimento em solventes orgânicos ou mistos adequados, ftalatos de celulose (ftalato de acetilcelulose ou ftalato de hidroxipropil-metilcelulose).
Exemplos não limitativos de plastificantes no contexto da presente invenção incluem glicerol e sorbitol.
Exemplos não limitativos de veículos de cápsula mole no contexto da presente invenção incluem óleos gordos, óleo de parafina, polietileno glicóis líquidos ou ésteres de ácido gordo de etileno/propileno glicol.
Os supositórios de acordo com a presente invenção compreendem um composto da presente invenção misturado com uma base de supositório e opcionalmente outros excipientes.
Exemplos não limitativos de bases de supositórios no contexto da presente invenção incluem triglicéridos naturais ou sintéticos, hidrocarbonetos de parafina, polietileno glicóis ou 27 alcanóis superiores (alcanóis com pelo menos oito átomos de carbono) . 0 termo "veiculo farmaceuticamente aceitável" como utilizado na presente invenção inclui qualquer solvente, meios de dispersão, revestimentos, agentes antibacterianos e antifúngicos, agentes isotónicos e de absorção retardada, e outros que sejam compatíveis com a actividade dos compostos e que sejam fisiologicamente aceitáveis ao indivíduo. "Quantidade eficaz" como utilizado na presente invenção inclui a quantidade do composto ou um seus sais farmaceuticamente aceitável, um seu éster, isómero, solvato ou pró-fármaco que permita que o mesmo desempenhe a sua função pretendida, isto é, a prevenção do aparecimento ou o tratamento de tuberculose ou doenças relacionadas.
Uma quantidade terapeuticamente eficaz da substância activa da presente invenção pode ser administrada por uma via apropriada numa única dose ou doses múltiplas. A quantidade terapeuticamente eficaz dependerá de vários factores, incluindo a actividade biológica, modo de administração, frequência do tratamento, tipo de tratamento concomitante, se houver, idade, peso corporal, sexo, saúde geral, gravidade do estado a ser tratado, bem como as propriedades farmacocinéticas apropriadas. Um especialista na técnica pode determinar a dosagem apropriada com base nos factores acima mencionados. ser administrados pode ser ajustada clínica. De um modo obtidos quando os um ser humano numa (medido como forma
Os compostos da invenção podem inicialmente numa dosagem adequada que conforme necessário, dependendo da resposta geral, resultados satisfatórios podem ser compostos da invenção são administrados a dosagem diária entre 0,01 mg e 5000 mg 28 sólida). Uma dose preferida varia entre 0,01 - 750 mg/kg, mais preferencialmente entre 0,05 - 150 mg/kg. 0 composto pode ser administrado na forma de composições farmacêuticas que compreendem o composto, uma vez ao dia ou em momentos diferentes do dia, profilaticamente ou terapeuticamente, de preferência numa quantidade eficaz contra tuberculose ou a doença relacionada, a um mamífero, por exemplo, um ser humano, que necessita de tal tratamento. No caso de um indivíduo que tem um peso corporal de cerca de 7 0 kg, a dose diária da mistura administrada é de aproximadamente 0,01 g a aproximadamente 50 g, de preferência de aproximadamente 0,05 g a aproximadamente 10 g, de um composto de Fórmula I e/ou Ia.
As composições farmacêuticas da presente invenção compreendem de aproximadamente 5% a aproximadamente 95% de uma mistura de um composto de fórmula I.
As composições farmacêuticas da presente invenção podem, se desejado, ser formuladas de modo a proporcionar uma libertação imediata ou modificada do ingrediente activo depois da administração ao doente.
Formas de administração de dose unitária de acordo com a presente invenção compreendem de aproximadamente 20% a aproximadamente 90% do composto de fórmula I, e formas que não são do tipo de dose unitária de aproximadamente 5% a aproximadamente 20% do composto mencionado.
As formas de dose unitárias de acordo com a presente invenção referem-se, por exemplo, a comprimidos revestidos e não revestidos, micro-cápsulas, cápsulas moles e duras, grânulos, doses em pó, ampolas, frascos e supositórios. 29 A presente invenção refere-se, especialmente, à utilização de um composto de fórmula I e/ou Ia ou um seu sal, éster, isómero, solvato e/ou pró-fármaco farmaceuticamente aceitável, como tal ou na forma de uma formulação farmacêutica com pelo menos um veiculo farmaceuticamente aceitável para o tratamento terapêutico e também profilático de tuberculose.
As composições farmacêuticas da invenção não são apenas úteis para a prevenção e tratamento da tuberculose, isto é, uma doença causada pelo Complexo Mycobacterium tuberculosis (MTbC), mas também para o tratamento de doenças causadas por outras micobactérias, em particular Mycobacterium leprae, e causadas por micobactérias não tuberculosas (NTM).
As doenças micobacterianas são causadas por organismos do Complexo Mycobacterium tuberculosis (MtbC) como Mycobacterium tuberculosis (Mtb), Mycobacterium bovis, Mycobacterium africanum, Mycobacterium canetii e Mycobacterium microti. As micobactérias que não são MtbC e Mycobacterium leprae são conhecidas como micobactérias não tuberculosas (NTM) e também podem causar doenças em seres humanos e animais como é o caso do Complexo Mycobacterium avium (MaC), Mycobacterium smegmatis, Mycobacterium gordonae, Mycobacterium kansasii, Mycobacterium terrae, Mycobacterium scrofulaceum, Mycobacterium vaccae, Mycobacterium marinum, Mycobacterium lentiflavum, Mycobacterium fortuitum, Mycobacterium chelonae, Mycobacterium abscessus, Mycobacterium intracellulare e Mycobacterium avium.
Tal como mencionado acima, a TB resistente a múltiplos fármacos (MDR-TB) é definida pela resistência aos dois fármacos mais habitualmente utilizados no esquema terapêutico actual de quatro fármacos (ou de primeira linha), INH e RMP. A TB resistente a fármacos é o resultado provocado pelo Homem, quando interrompe os esquemas de terapêutica, ou quando a sua administração é errática ou inadequada, e a sua disseminação 30 está a debilitar os esforços para controlar a epidemia global de TB. A tuberculose resistente a fármacos múltiplos (MDR-TB) e a tuberculose extensivamente resistente a fármacos (XDR-TB) desenvolvem-se quando o esquema terapêutico a para TB, prolongado, complexo e antigo é administrado de forma inapropriada, ou quando pessoas com TB param de tomar os seus medicamentos antes dos microrganismos estarem completamente erradicados. A XDR-TB é definida como a TB que é resistente a qualquer fluoroquinolona, e pelo menos um de três fármacos injectáveis de segunda linha (capreomicina, canamicina, e amicacina), para além de isoniazida e rifampina.
As composições farmacêuticas da invenção são eficazes no tratamento e na prevenção de todas as formas de tuberculose tais como a doença tuberculose primária, a tuberculose pleuro-pulmonar pós-primária, a tuberculose extra-pulmonar pós-primária envolvendo pelo menos um órgão ou sistema, tal como, mas não restrito a gânglios linfáticos, rins, sistema nervoso central, sistema osteoarticular, sistema do tracto gastrointestinal, olho, pele e tecidos moles ou sistema urogenital, tuberculose disseminada e tuberculose reactivada.
As composições farmacêuticas da invenção são eficazes no tratamento e na prevenção de todas as formas de tuberculose em adultos, crianças e doentes idosos, com ou sem condições de imunodepressão tais como, mas não restritas à diabetes mellitus, insuficiência renal crónica, subnutrição, alcoolismo, infecção pelo virus da imunodeficiência humana (HIV)/síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), silicose, paracoccidioidomicose, leucemias, tumores sólidos, tratamentos com fármacos imunodepressores e doenças ou sindromes hereditárias. 31
As composições farmacêuticas da invenção são eficazes no tratamento e na prevenção de doenças causadas por micobactérias não tuberculosas que incluíam pelo menos um órgão ou sistema tal como, mas não restrito ao pulmão e árvore endobrônquica, gânglios linfáticos, rim, sistema nervoso central, sistema osteoarticular, sistema gastrointestinal, olho, pele e tecidos moles, sistema urogenital, formas disseminadas e reactivadas da doença.
As composições farmacêuticas da invenção são eficazes no tratamento e na prevenção de doenças causadas por micobactérias não tuberculosas em adultos, crianças e doentes idosos, com ou sem condições de imunodepressão tais como, mas não restritas a diabetes mellitus, insuficiência renal crónica, subnutrição, alcoolismo, infecção pelo virus da imunodeficiência humana (HIV)/sindrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), leucemias, tumores sólidos, tratamentos com fármacos imunodepressores e doenças ou sindromes hereditárias.
As composições farmacêuticas da invenção são eficazes no tratamento e na prevenção de doenças causadas por Mycobacterium leprae que incluíam pelo menos um órgão ou sistema tal como, mas não restrito à pele e tecidos moles, sistema urogenital e sistema nervoso central, formas disseminadas e reactivadas da doença.
As composições farmacêuticas são eficazes no tratamento e na prevenção de doenças causadas por Mycobacterium leprae em adultos, crianças e doentes idosos, com ou sem condições de imunodepressão tais como, mas não restritas à diabetes mellitus, insuficiência renal crónica, subnutrição, alcoolismo, infecção pelo virus da imunodeficiência humana (HIV)/sindrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), leucemias, tumores sólidos, tratamentos com fármacos imunodepressores e doenças ou sindromes hereditárias. 32
Obtenção dos compostos da presente invenção
Todos os compostos estão disponíveis em Chembridge Corporation (www.chembridge.com), no entanto o especialista na técnica pode facilmente obter os mesmos pela aplicação de vários métodos sintéticos descritos na literatura:
Método para obtenção dos compostos de Fórmula I, em particular, os compostos de Fórmula (Ia)
Reacção de 2-cloroguinolina com hidrato de hidrazina a uma temperatura de refluxo resulta na formação de 2- hidrazinoquinolina. Condensação adicional com aldeídos diferentes (por exemplo, em etanol a uma temperatura de refluxo) dá a hidrazona correspondente.
Marckwald; Meyer; Chemische Berichte; vol.33; (1900); p. 1885
Obtenção das composições farmacêuticas da presente invenção
As composições farmacêuticas da presente invenção são preparadas de uma maneira conhecida per se, por exemplo por meio de processos convencionais de mistura, granulação, revestimento, dissolução, emulsificação ou liofilização. Opcionalmente, o preparo das composições de acordo com a presente invenção inclui mais etapas tais como encapsulação lipossómica. 33
Em particular, um comprimido pode ser feito por compressão e moldagem, opcionalmente com um ou mais ingredientes acessórios. Os comprimidos prensados podem ser preparados pela compressão do composto activo da presente invenção numa máquina adequada numa forma de fluxo livre, por exemplo, um pó, pellets ou grânulos, opcionalmente misturados com ingredientes tais como aglutinantes, lubrificantes, diluentes inertes, agentes activos de superfície ou de dispersão. Os comprimidos moldados podem ser feitos por moldagem de uma mistura do composto activo em pó com qualquer veículo adequado numa máquina adequada.
Em particular, um xarope ou suspensão podem ser feitos pela adição do composto activo da presente invenção a uma solução aquosa, concentrada, de um açúcar, por exemplo sacarose, à qual qualquer ingrediente acessório também pode ser adicionado. Tais ingredientes acessórios podem incluir um aromatizante, um agente para retardar a cristalização do açúcar ou um agente para aumentar a solubilidade de qualquer outro ingrediente, por exemplo, como um álcool poli-hídrico, por exemplo, glicerol ou sorbitol.
As formulações para administração rectal podem ser com um veículo convencional, por exemplo, manteiga de cacau ou Witepsol S55 (marca comercial registada). Detalhes específicos relacionados a aspectos particulares dos processos convencionais de desenvolvimento galénico podem ser encontrados na "Encyclopedia of pharmaceutical technology" de Swarbrick e Boilan (1988-2001 NY, Editado por M. Dekker).
Alternativamente, os compostos da presente invenção podem ser formulados em lipossomas ou microesferas (ou micropartícuias), tais métodos essencialmente compreendendo dissolver os compostos da presente invenção numa solução aquosa, adicionar os fosfolípidos e lípidos apropriados, juntamente com tensioactivos, se necessário, e o material dialisado ou 34 sonicado, conforme necessário. Técnicas de encapsulação estão detalhadas no livro de Cláudio Nastruzzi "Lipospheres in drug targets e delivery: approaches, methods, e applications" (Boca
Raton 2005, editado por CRC Press) e em "Lipospheres in drug targets e delivery: approaches, methods, and applications" de
Lasic e Papahadjopoulos (1998 Amsterdão, NY, Editado por Elsevier).
Desenvolvimento e validação de uma Plataforma de Rastreio de Alto Débito (HTS da sigla em inglês, High-Throughput Screeninq)
Com relação à fase experimental, utilizou-se uma plataforma de rastreio de alto débito (HTS, do inglês high-throughput screening), desenvolvida e validada para expressar a enzima pantotenato sintetase, uma enzima essencial as vias metabólicas do Mycobacterium tuberculosis. Nesta plataforma, foram avaliados pequenas moléculas como potenciais inibidores desta enzima. A plataforma HTS foi desenvolvida, validada e utilizada para rastrear 50.000 compostos que foram obtidos de uma vasta biblioteca química proporcionada por um fornecedor chamado Chembridge. A plataforma HTS consiste numa estirpe de levedura geneticamente modificada para expressar o gene pantotenato sintetase (PanC) da Mycobacterium tuberculosis em lugar do Pan6 regular da levedura tipo selvagem. Além disso, esta estirpe de levedura PanC é totalmente dependente da actividade da pantotenato sintetase que expressa para sobreviver. A validação da plataforma demonstrou que (em condições normais) : 35 - A levedura do tipo selvagem (controlo) apresenta crescimento normal; - A levedura sem Pan6 apresenta crescimento reduzido; - A levedura sem Pan6 e complementada com PanC apresenta crescimento normal (similar ao controlo); - A levedura sem Pan6 e complementada com Pan6 apresenta crescimento normal (similar ao controlo, o que prova que a intervenção genética não compromete os processos metabólicos da levedura).
Desse modo, um inibidor potencial da enzima pantotenato sintetase resultaria num crescimento reduzido da estirpe PanC de levedura.
No final desta fase os resultados obtidos permitiram a classificação de uma escala de compostos que incluia o mais potente na inibição do crescimento da levedura que portava o alvo, a pantotenato sintetase de Mycobacterium tuberculosis.
Com base nos dados obtidos no ensaio de rastreio de alto débito, uma escala de compostos foi estabelecida e os melhores compostos foram seleccionados com base numa abordagem de ajuste de curva que permitiu a determinação das concentrações inibidoras de 50% e de 90% do crescimento da estirpe (IC5o e IC90) para cada composto rastreado.
Para cada composto uma curva de concentração-resposta foi criada utilizando um modelo logístico de quatro parâmetros (disponível no software de ajuste de curva IBDS XLfit™) que permitiu o cálculo dos valores IC50 e IC90 para cada composto.
Além disso, um ensaio in vitro utilizando Mycobacterium smegmatis (como substituto para a actividade anti-Mycobacterium tuberculosis) foi desenvolvido, implementado e utilizado para rastrear os compostos de interesse num ensaio experimental. É 36 importante mencionar que a Mycobacterium smegmatis é considerada como sendo um instrumento valioso para o rastreio de compostos potencialmente activos contra Mycobacterium tuberculosas, não só devido ao seu perfil não patogénico, mas também por causa da homologia génica entre as duas micobactérias (Andries K et al., A diarilquinoline drug active on the ATP synthase of Mycobacterium tuberculosis. Science. 2005;307:223-227; Chatuverdi V et al., Evaluatíon of Mycobacterium Smegmatis as a possible surrogate screen for selecting molecules active against multi-drug resistant Mycobacterium tuberculosis. J Gen Appl Microbiol. 2007;53:333-337; Cho Y, Ioerger TR e Sacchettini. Discovery of Novel Nitrobenzothiazole Inhibitors for Mycobacterium tuberculosis ATP phosphoribosil Transferase (HisG) through virtual screening. J Med Chem. 2008; 51:5984-5992). 0 ensaio experimental com M. smegmatis envolve a incubação dos compostos de teste e dos compostos de controlo em M. smegmatis em 5 concentrações (1,24, 3,7, 11, 33 e 100 μΜ) durante 96 horas. No que respeita aos itens de controlo, foram utilizados um controlo branco ou negativo que resultou no crescimento máximo do microrganismo e um controlo positivo que reduz o crescimento do microrganismo. O crescimento do microrganismo é avaliado pela medição da turbidez da suspensão: a comparação entre a turbidez do controlo negativo e o composto de teste permitiu a avaliação da inibição de crescimento devido à presença desse composto.
Neste ensaio o composto de controlo positivo utilizado foi a rifampicina que foi identificada como sendo a mais eficaz contra esta estirpe de Mycobacterium smegmatis. Além disso, é importante observar que a rifampicina é um fármaco de tratamento de primeira linha utilizado contra Mycobacterium tuberculosis no ambiente clinico. 37
Depois da obtenção dos dados de concentração-resposta para cada um dos compostos testados neste teste de rastreio de M. smegmatis, aplicou-se uma abordagem de ajuste de curva, com base num modelo de quatro parâmetros, que permitiu a determinação dos valores de concentrações inibidoras tais como o IC5o que representa a concentração necessária para inibir 50% do crescimento do Mycobacterium smegmatis. Este ensaio permitiu a confirmação de que a actividade inibidora dos compostos da presente invenção é superior em relação àqueles conhecidos no estado da técnica, tais como a rifampicina.
Os resultados destes ensaios demonstram que o seguinte composto: 3,5-dibromo-2hidroxibenaldeído (2-piridinil)hidrazina, (composto 42) apresenta uma actividade inibidora contra Mycobacterium superior à do composto da técnica anterior, a rifampicina.
Além disso, e a fim de definir análogos destes composto n° 42, 3,5-dibromo-2-hidroxibenzaldeido (2-piridinil)hidrazina com a actividade farmacológica desejada, foram realizados métodos de pesquisa de impressão digitalfingerprinting e farmacóforo utilizando motores de busca específicos. No caso do método de busca por fingerprinting, fragmentos subestruturais 2D do composto n° 42 foram utilizados para busca de bases de dados que contêm outras moléculas que compartilham as mesmas estruturas 2D e, portanto, para calcular a semelhança de ambas as moléculas como função do número de fragmentos que as mesmas têm em comum. Para a busca de farmacóforo, foi utilizado o composto n° 42 como modelo farmacóforo, incluindo o padrão farmacofórico correspondente que envolve o seu conjunto de características estéricas e electrostáticas, e bases de dados com conformações pré-computadas foram investigadas quanto a análogos. Para ambas as metodologias, apenas os análogos com uma similaridade superior a 90% foram escolhidas e testadas no mesmo ensaio de Mycobacterium smegmatis descrito acima. 38
Os resultados obtidos deste ensaio localizam compostos adicionais que se enquadram sob a fórmula I e Ia que têm a actividade farmacológica desejada. Estes compostos são, em particular: 4-bromo-2-{ (E)-[2-(quinolin-2-il)hidrazinildieno]metiljfenol, e 2-hidroxibenzaldeído-(4-metil-2-quinolinil)hidrazona.
EXEMPLOS A invenção será também agora descrita por meio dos seguintes exemplos de trabalho, que são formas de realização preferidas da invenção. Estes exemplos, são ilustrativos e não limitativos e deve ser entendido que pode haver outras formas de realização que se enquadram no espírito e âmbito da invenção tal como definida pelas reivindicações aqui apensas.
Exemplo 1: Identificação dos compostos com actividade inibidora de pantotenato sintetase A etapa de rastreio na Plataforma HTS consistiu na incubação dos compostos da biblioteca (50.000 entidades químicas diversas e publicamente disponíveis) com a levedura complementada com PanC e a comparação do seu desenvolvimento no final de 72 horas com o crescimento observado na levedura de controlo. Isto foi realizado através de um rastreio de alto débito utilizando procedimentos robotizados e placas de 96 poços para a incubação do composto e da levedura. A etapa de rastreio envolveu a utilização de 5 concentrações de cada composto (0,5, 1, 5, 10 e 20 μΜ) . A comparação do crescimento observado para a levedura de controlo com o crescimento observado para cada composto rastreado permitiu a determinação da percentagem de inibição de crescimento para cada concentração testada. 39
No final desta fase, os resultados obtidos permitiram a classificação dos compostos numa escala que incluía o mais potente na inibição do crescimento da levedura que transportava o alvo, a pantotenato sintetase de Mycobacterium tuberculosis. A partir desta escala de compostos, foram seleccionados os melhores compostos com base numa abordagem de ajuste de curva que permitiu a determinação de concentrações inibidoras (IC50 e IC90) para cada composto rastreado.
Para cada composto foi calculada uma curva de concentração-resposta utilizando um modelo logístico de quatro parâmetros (disponível no software de ajuste de curva IBDS XLfit™) que permitiu o cálculo dos valores IC50 e IC90 para cada composto. A qualidade de ajuste de cada curva foi determinada pelo cálculo dos valores de qualidade de ajuste de curva (r2) .
Exemplo 2; Ensaio in vitro com Mycobacterium smeqmatis para rastrear compostos com actividade anti-Mycobacterium tuberculosis
Cada um dos compostos testados e o controlo positivo foram incubados com M. smegmatis em 5 concentrações (100, 33, 11, 3,7 e 1,24 μΜ) por 96 horas. A incubação de Mycobacterium smegmatis foi realizada em modo de suspensão, sem agitação, em meios Middlebrook 7H9 suplementado com ADC, a 37 °C. 0 crescimento do microrganismo foi avaliado pela medição da turbidez da suspensão: a comparação entre a turbidez do controlo negativo e o composto ou o controlo positivo permitiu a avaliação da inibição de crescimento devido à presença do composto. O composto de controlo positivo utilizado foi a rifampicina que foi determinada como sendo a mais eficaz contra esta estirpe de Mycobacterium smegmatis. Além disso, é importante observar que a rifampicina é um fármaco de tratamento de primeira linha utilizado contra Mycobacterium tuberculosis no ambiente clínico. 40
Com base nos resultados, que estão apresentados nas Figuras 1 e 2, pode-se observar que houve um composto, o n° 42, ou seja, 3,5-dibromo-2-hidroxibenzaldeído (2- piridinil)hidrazina, que exibiu um perfil inibidor de crescimento de Mycobacterium smegmatis similar ao apresentado pelo controlo positivo, a rifampicina.
Exemplo 3: Obtenção de análogos dos compostos mais eficazes
Uma série de análogos deste composto n° 42, 3,5-dibromo-2-hidroxibenzaldeído (2-piridinil)hidrazina foi obtida através de métodos de busca de fingerprinting e farmacóforo e apenas os análogos com uma similaridade superior a 90% foram escolhidos e testados no mesmo ensaio de Mycobacterium smegmatis acima descrito. A tabela a seguir compreende alguns exemplos de compostos representativos de toda a série:
Tabela 1 - Exemplo de Compostos de Formula Ia
f*4 r-r2 H (la) Composto n° R1 R* RJ R4 R5 76 - (2)-OH H -(5)- Br H H 77 - (2)-OH H H -(4)-CH3 H
Os compsotos que pertencem a esta Fórmula Ia apresentaram actividade contra Mycobacterium smegmatis. 41 A Tabela 2 e a Figura 2 apresentam os resultados de inibição de crescimento para alguns compostos específicos representativos da Fórmula Ia.
Tabela 2 - Resultados da inibição do crescimento de Mycobacterium Sm.egma.tis
Concentração (uM) % de Crescimento Celular em 96 horas Rifampicina Composto 42 Composto 77 Composto 76 100,00 22,26% 31,91% 34,09% 51,50% 33,33 58,04% 41,52% 22,41% 43,92% 11,11 90,62% 98,17% 29,14% 121,72% 3,70 81,40% 104,48% 57,42% 113,44% 1,23 82,55% 110,06% 77,17% 118,35%
Exemplo 4: Medição do valor IC50 0 efeito inibidor de um composto pode ser descrito por um valor IC5o, que é a concentração do do composto em que ocorre a metade (50%) de inibição da inibição total (100%) . Os valores IC50 foram determinados por meio da medição da extensão da inibição por uma variedade de concentrações dos compostos de interesse, de preferência uma gama em que o grau de inibição variou desde nenhuma inibição (0%) até à completa inibição (100%). O valor IC50 pode ser estimado a partir de um gráfico de % da inibição em relação à concentração do inibidor, ou pode ser calculado utilizando programas de ajuste de dados, tal como IDBS XLfit™.
Com base nos dados obtidos no ensaio de rastreio de Mycobacterium smegmatis, uma abordagem de ajuste de curva permitiu a determinação dos valores de concentrações inibidoras, tal como o IC50 que representa a concentração necessária para inibir 50% do crescimento de Mycobacterium smegmatis. Quanto 42 mais baixo o IC50 maior a potência dos compostos para inibir o Mycobacterium smegmatis. Os valores IC50 obtidos para compostos específicos de acordo com a Fórmula Ia foram:
Tabela 3 - Valores IC50
Composto IC50 (μΜ) Rifampicina 24,82 Composto 42 15, 18 Composto 77 6,59 Composto 76 16, 18
Estes resultados demonstraram que os compostos representativos da presente invenção, ou seja, os compostos n° 77 e 76 exibem melhores valores IC50 do que a rifampicina, o que traduz maior potência para a inibição de Mycobacterium smegmatis.
Como os resultados demonstram, surpreendentemente, os compostos representativos da presente invenção exibem melhores valores IC50 e maior potência do que o controlo activo, a rifampicina, confirmando, desse modo, a sua superioridade em termos de inibição de Mycobacterium smegmatis.
Lisboa, 20 de Novembro de 2012. 43
Claims (9)
- REIVINDICAÇÕES 1. Composto de Fórmula (I) geralH (I) para uso no tratamento e/ou prevenção de tuberculose e doenças relacionadas, com um medicamento antimicrobiano caracterizado por Q sere A ser um anel arilo ou heteroarilo substituído ou não substituído de 5 a 6 membros seleccionado de:ou em que R1, R2 e R3 são cada independentemente um do outro, hidrogénio, (C1-C4) alquilo, hidroxilo, halogéneo, metoxi ou ácido metoxiacético; e R4, R5, R6 e R7 são cada independentemente um do outro, hidrogénio, ou (C1-C4) alquilo, ou um seu sal, éster, solvato, isómero ou pró-fármaco farmaceuticamente aceitável. 1
- 2. Composto para uso no tratamento e/ou prevenção de turberculose e doenças relacionadas, como um medicamento antimicrobiano de acordo com a reivindicação 1, que é representado pela Fórmula (Ia)(la) caracterizado por R1, R2 e R3 serem cada independentemente um do outro, hidrogénio, (C1-C4) alquilo, hidroxilo, halogéneo, metoxi ou ácido metoxiacético; e R1 e R2, serem cada independentemente um do outro, hidrogénio, ou (Ci-C4) alquilo, ou um seu sal, éster, solvato, isómero ou pró-fármaco farmaceuticamente aceitável.
- 3. Composto para uso no tratamento e/ou prevenção de tuberculose e doenças relacionadas, como um medicamento antimicrobiano de acordo com as reivindicações 1 a 2 seleccionado do grupo caracterizado por consistir em 4-bromo-2-{(E)-[2-(quinolin-2-il)hidrazinildieno]metil}fenol 2-hidroxibenzaldeido-(4-metil-2-quinolinil)hidrazina, ou um seu sal, éster, solvato, isómero ou pró-fármaco farmaceuticamente aceitável. 2 1 Composto para uso no tratamento e/ou prevenção de tuberculose e doenças relacionadas, como um medicamento 2 antimicrobiano de acordo com o definido em qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizado por se apresentar na forma de um sal, éster, solvato, isómero ou pró-fármaco farmaceuticamente aceitável. tratamento e/ou 5. Composição farmacêutica para uso no prevenção de tuberculose e doenças relacionadas, como um medicamento antimicrobiano caracterizada por compreender pelo menos um composto de Fórmula (I) de acordo com o definido em qualquer das reivindicações 1 a 4, ou um seu sal, éster, solvato, isómero ou pró-fármaco farmaceuticamente aceitável e pelo menos um excipiente farmaceuticamente aceitável.
- 6. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 5, para uso no tratamento de tuberculose e doenças relacionadas, como um medicamento antimicrobiano caracterizada por incluir as doenças causadas pelo Complexo Mycobacterium tuberculosis (MTbC), pelo Mycobacterium leprae, e pelas micobactérias não tuberculosas (NTM).
- 7. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 5, para uso no tratamento de tuberculose e doenças relacionadas, como um medicamento antimicrobiano caracterizada por a doença relacionada com a tuberculose ser seleccionada do grupo que consiste em tuberculose primária, tuberculose pleuro-pulmonar pós-primária, tuberculose extra-pulmonar pós-primária envolvendo pelo menos um órgão ou sistema de um mamífero. como um medicamento antimicrobiano por as doenças causadas pelo Complexo tuberculosis (MTbC) incluírem infecção organismos do grupo seleccionado de tuberculosis (Mtb), Mycobacterium bovis, africanum, Mycobacterium canetii e Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 6, para uso no tratamento de tuberculose e doenças relacionadas, caracterizada Mycobacterium causada por Mycobacterium Mycobacterium Mycobacterium microti. 3 9. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 6, para uso no tratamento de tuberculose e doenças relacionadas, como um medicamento antimicrobiano caracterizada por as doenças causadas por micobactérias não tuberculosas microrganismos Mycobacterium Mycobacterium Mycobacterium (NTM) incluírem doenças causadas por do grupo seleccionado de Complexo avium (MaC), Mycobacterium smegmatis, gordonae, Mycobacterium kansasii, terrae, Mycobacterium scrofulaceum, Mycobacterium vaccae, Mycobacterium marinum, Mycobacterium lentiflavum, Mycobacterium fortuitum, Mycobacterium chelonae, Mycobacterium abscessus, Mycobacterium intracellulare e Mycobacterium avium.
- 10. Composição farmacêutica de acordo com qualquer das reivindicações 5 a 9, para uso no tratamento de tuberculose e doenças relacionadas, como um medicamento antimicrobiano caracterizada por os grupos de tratamento serem crianças ou doentes idosos.
- 11. Composição farmacêutica de acordo com qualquer das reivindicações 5 a 9, para uso no tratamento de tuberculose e doenças relacionadas, como um medicamento antimicrobiano caracterizada por os grupos de tratamento serem doentes com qualquer condição imunodepressora.
- 12. Composição farmacêutica de acordo com as reivindicações 5 a 11 para uso no tratamento de tuberculose e doenças relacionadas, como um medicamento antimicrobiano caracterizada por ser na forma de um comprimido, comprimido revestido, microcápsula, cápsula mole, cápsula dura, grânulos, pellets, supositório, pó, solução, suspensão, aerossol, xarope, gotas, creme, pasta, gel, pomada, tintura, barra e/ou spray. 4
- 13. Composição farmacêutica de acordo com qualquer das reivindicações 5 a 11, para uso no tratamento de tuberculose e doenças relacionadas, como um medicamento antimicrobiano caracterizada por compreender administrar a composição farmacêutica a um mamífero a uma dosagem diária compreendida entre 0,01 mg/kg de peso corporal e 5000 mg/kg de peso corporal. Lisboa, 11 de Março de 2013. 5
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