PT105382A - Sola de tamanho variável - Google Patents
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Abstract
SOLA DE TAMANHO VARIÁVEL (1) CONSTITUÍDA PELA CONJUGAÇÃO DE DUAS SOLAS COMPONENTES, UMA SOLA INTERIOR (2) QUE ENCAIXA NO INTERIOR DE UMA SOLA EXTERIOR (3), SENDO A SOLA INTERIOR (2) DOTADA DE UM CONJUNTO DE ESPIGÕES ACOPLADOS NO RASTO E, A SOLA EXTERIOR (3) DOTADA DE UM CONJUNTO DE RASGOS FORMANDO UMA ESTRUTURA DE TIRAS COM CARACTERÍSTICAS ELÁSTICAS, PERMITINDO O ENCAIXE DA SOLA INTERIOR (2) NO INTERIOR DA SOLA EXTERIOR (3) E, GARANTINDO A EXPANSIBILIDADE ADEQUADA DA SOLA (1) QUANDO SUJEITA A ESFORÇOS EXERCIDOS PELO PÉ NO INTERIOR DO SAPATO. A SOLA DE TAMANHO VARIÁVEL (1) ASSIM CONSTRUÍDA GARANTE O AJUSTAMENTO NATURAL DO CALÇADO ÀS DIFERENTES MORFOLOGIAS DE PÉ E O AJUSTAMENTO NATURAL E DINÂMICO ÀS VARIAÇÕES DIMENSIONAIS QUE O PÉ DO UTILIZADOR SOFRE AO LONGO DO DIA E, PODE SER APLICÁVEL A DIFERENTES TIPOS DE CALÇADO.
Description
DESCRIÇÃO
SOLA DE TAMANHO VARIÁVEL
ÂMBITO DO INVENTO O presente invento refere-se a uma sola para calçado, sola de tamanho variável, capaz de se ajustar de forma natural e dinâmica às variações dimensionais que o pé do utilizador sofre ao longo do dia e que permite a sua aplicação a diferentes tipos de calçado. Um calçado construído com este tipo de sola de tamanho variável, garantirá ao utilizador um maior nível de conforto, que lhe é transmitido através do ajustamento contínuo do calce do sapato ao volume do pé, em cada momento. 0 presente invento pretende assim dar resposta a um problema correntemente identificado pelas pessoas em geral, designadamente o desconforto do calce que decorre da variabilidade do volume do pé ao longo do dia, resultante da rigidez dimensional dos tamanhos das solas. A solução que se apresenta, sola de tamanho variável, baseia a sua construção a partir da conjugação de dois componentes distintos, uma sola interior e uma sola exterior, que encaixam articuladamente, ajustando-se entre si, e que, com base nas caracterí sticas técnicas da sua 1 estrutura plantar, nos materiais de elevada capacidade elástica que incorporam e, no respectivo processo de ligação à gáspea, parte superior do calçado, garantem o deslizamento e o alargamento natural da sola-calçado que se ajusta naturalmente à variabilidade do volume do pé.
ANTECEDENTES DO INVENTO
Desde os primórdios da História do Homem que este produz indumentária para cobrir o corpo. Dessa indumentária, os pés tiveram sempre a sua importância e especificidade de tal modo que foi criado o conceito "calçado" que não é mais do que "vestir os pés".
Primeiramente o calçado tinha como única função proteger os pés do meio ambiente. Posteriormente passou a ter outra função, a estética. Caminhando através dos séculos até ao século XX, o calçado ainda teve a função de simbologia, que consoante as épocas e culturas podia ser símbolo de estatuto social, político, de beleza, etc. No século XIX nasce o conceito Design, mas este só é realmente desenvolvido e posto em prática no século XX. 0 conceito Design no seu sentido lato significa "a forma segue a função", ou seja, a forma estética está intrinsecamente ligada à função do objecto. 2
No caso do calçado, a função deste está actualmente dependente de uma série de factores tais como as actividades que as pessoas exercem, o meio ambiente, as características físicas das pessoas, entre outros. Assim verifica-se uma diferenciação no calçado a partir do século XX, começando a surgir calçados específicos para determinadas profissões e desportos, cada um deles com características formais e funcionais em conformidade com as especificidades próprias que tais profissões, actividades desportivas, ou o simples uso corrente, exigem.
Com a evolução do conceito Design surge uma nova e cada vez maior preocupação, o conforto do calçado, característica esta que anteriormente era quase totalmente relegada para último plano, de modo a obedecer a padrões estéticos e de simbologia que variavam consoante as épocas e culturas.
Apesar de tal situação ainda se verificar actualmente em algumas vertentes do calçado, sobretudo no calçado Moda, o conceito de calçado confortável tem contudo vindo a ganhar terreno e pertinência e surgem hoje cada vez mais, no mercado, produtos calçantes com características de conforto relevantes. 3 0 que se pretende com a sola de tamanho variável, ou "sola ajustável" é criar um calçado confortável ao andar casual em geral, e adequado ao maior número de indivíduos, que se adeqúe aos diferentes tipos de pés e à sua variabilidade dimensional que se verifica ao longo do dia. E sabido que a morfologia dos pés é variável consoante a idade, raça, género, estados físicos específicos como a gravidez ou a diabetes, as condições climatéricas a que os indivíduos são sujeitos. 0 mesmo pé exposto ao frio ou ao calor tem características físicas diferentes no decorrer do dia, de manhã os pés têm um volume diferente do que têm à noite. 0 mesmo indivíduo tem pés diferentes, sejam essas diferenças mínimas ou significativas. Por outro lado, o próprio exercício de caminhar provoca alterações na forma do pé que resultam das forças que lhe são aplicadas quando as diferentes partes do pé interagem com o solo, e ainda quando se está na posição de pé, este expande-se e quando se passa à posição sentado, relaxamento, o pé contrai-se. A universalização dos tamanhos no calçado, aos quais correspondem medidas uniformizadas das formas que servem de molde ao volume interior do sapato é demasiado restritiva, na medida em que parte do principio que a cada comprimento de pé corresponde uma determinada largura e volume. Mesmo hoje já havendo alguns standards cujos tamanhos já relacionam o comprimento com algumas larguras pré- 4 estabelecidas, tal está ainda longe de servir adequadamente as medidas correctas de cada utilizador.
Foi com base nestes factos e com o objectivo de responder à necessidade de criar um sapato que pudesse ser flexível nas suas dimensões que surge o conceito da "sola de tamanho variável" que se propõe, a qual, com base na sua estrutura técnica inovadora e os materiais polímeros elastómeros utilizados, apresenta a capacidade de se alargar naturalmente ajustando-se à variabilidade dimensional do pé. 0 calçado a ser produzido com este tipo de sola ajustável, terá assim características que lhe permitem adaptar-se à morfologia de cada pé e às respectivas alterações físicas ocorridas, acima descritas, conferindo-lhe um conforto constante. A problemática relacionada com o conforto do calçado é pois cada vez mais uma preocupação que tem merecido particular interesse por parte do mercado consumidor quer por via do aumento progressivo do envelhecimento da população, quer mesmo por via da maior consciencialização que hoje cada um de nós tem, independentemente da idade, e da cada vez maior importância que o factor conforto do pé nos confere do ponto de vista da qualidade de vida e das nossas performances globais.
Por seu turno, também o mercado fornecedor apresenta hoje soluções relacionadas com a funcionalidade conforto, 5 contudo, e em conformidade com os estudos de mercado desenvolvidos, bem como com as pesquisas prévias realizadas, não foi encontrada no estado da técnica qualquer solução orientada para o conceito de conforto orientado para "sola ajustável" ou que possa constituir qualquer grau de similaridade relativamente ao invento que se apresenta. As soluções encontradas no estado da técnica, evidenciam sempre actuações técnicas ao nivel da gáspea, parte superior do calçado, através da incorporação de materiais e/ou processos que lhe conferem maior elasticidade, devendo em rigor ser entendida não como elasticidade, mas sim "deformação" e/ou actuações em que o sapato é tratado como um todo, envolvendo, neste caso, actuações conjugadas entre a parte superior do calçado, a palmilha, a sola, o que implica processos de construção complexos e onerosos .
Neste contexto, não foi encontrada nenhuma solução que, no todo ou nas partes, se assemelhe ao invento que aqui se propõe, orientada para a sola, sola de tamanho variável, a qual constituirá um produto acabado autónomo, aplicável a diferentes tipos de calçado.
Do estado da técnica mencionam-se a titulo exemplificativo as seguintes invenções anteriores, que mais se aproximam: 6 US 2007/0039208 Al, "sapato adaptável com sola expansível": Este documento reflecte um sistema de calçado adaptável actuando ao nível do sapato como um todo. Ou seja, a solução apontada evidencia uma actuação técnica na parte superior do sapato, combinada com um sistema de montagem que associa um conjunto de peças que constituem a sola, em que esta é formada por um primeiro segmento, um segundo segmento posicionado em posição adjacente e coplanar ao primeiro e um componente deformável que liga o primeiro ao segundo segmento.
Esta solução em nada se assemelha, tecnicamente, no seu todo, ou nas partes, com a invenção "sola de tamanho variável" que se propõe, mesmo se comparada exclusivamente a solução relacionada com a sola. US 2005/0210710 Al, "sistema de calçado com sola adaptável a diferentes dimensões de sapatos": Este documento reflecte um sistema de calçado que compreende pelo menos duas gáspeas superiores de diferentes tamanhos, cada uma tendo a respectiva primeira sola constituída por diversos componentes conjugados e uma segunda sola que faz a ligação entre as diferentes partes. O sistema assim constituído tem como objectivo que sapatos de diferentes tamanhos possam ser construídos com uma sola comum, usando um molde comum. 7
Esta solução em nada se assemelha, nos objectivos e na técnica, ao invento "sola de tamanho variável" que se propõe. EP 1586248 Bl,"Sola para calçado": Este documento reflecte uma sola constituída por uma peça base provida de um rasgo para encaixe de uma segunda peça a qual por sua vez conjuga encaixes de material tipo borracha e de injecção. 0 objectivo desta sola é melhorar o conforto ao andar tornando-a mais flexível e elástica e á prova de água. Esta solução em nada se assemelha, nos objectivos e na técnica, quer no todo, ou nas partes que a constituem, relativamente ao invento "sola de tamanho variável" que se propõe.
Estão ainda disponíveis bastantes outros documentos que referem solas apresentando diversas características. Porém, tal como já referido, nenhum apresenta uma sola de tamanho variável composta por uma sola interior e uma sola exterior que, quer pela sua estrutura, quer pela sua disposição de espigões, consiga atingir os objectivos e o conforto da sola de tamanho variável da presente invenção. 8
SUMÁRIO DO INVENTO O presente invento, sola de tamanho variável (1) refere-se a um tipo de sola constituída a partir da conjugação de dois componentes, uma sola interior (2) e uma sola exterior (3) que encaixam uma na outra, articuladamente entre si. A sola de tamanho variável (1) assim constituída pode ser ligada à gáspea, parte superior do calçado, através de costura simples ou outro processo de união, dando origem ao calçado completo (4).
Os dois componentes, sola interior (2) e sola exterior (3) são construídas em materiais polímeros elastómeros e o encaixe entre elas é efectuado, de tal maneira que, a sola (1) expande as suas dimensões ajustando-se á forma do pé em cada momento, por acção do deslizamento entre os dois componentes, sola interior (2) e sola exterior (3) . Este fenómeno é possível a partir da compatibilização dimensional e técnica da estrutura de cada uma das solas componentes sola interior (2) e sola exterior (3) que constituem a sola de tamanho variável (1), conjugadamente com os materiais em que são produzidas e conjugadamente com o processo de montagem do sapato, união sola-gáspea, que é utilizado. O calçado (4) assim constituído quando calçado pelo seu utilizador, pode alargar a cavidade calçante da gáspea por acção das forças que são exercidas pelo seu pé no 9 interior do calçado, provocando o alargamento da sola de tamanho variável (1) por deslizamento entre a sola interior (2) e a sola exterior (3) , o que significa que todo o sapato alarga na zona dos metatarsos, ajustando-se naturalmente à dimensão e variação do volume do pé em cada momento e, retomando o estado original quando o sapato é removido, por acção das características de memória que os materiais elastómeros envolvidos possuem.
Breve descrição dos desenhos A descrição detalhada que se apresenta no ponto seguinte é feita com referência aos desenhos que são apresentados em anexo, apenas a titulo de referência sem qualquer carácter limitativo, sendo:
Figura 1 - representação esquemática da sola de tamanho variável (1), constituída pela sola interior (2) e pela sola exterior (3);
Figura 2 - representação esquemática da estrutura plantar da sola interior (2) pelas respectivas vistas: lateral (2. 1), rasto (2.2), e secção AA; Figura 3 - representação esquemática da estrutura plantar da sola exterior (3) pelas respectivas vistas: interior e lateral (3.1), rasto (3.2) e, secção AA; 10
Figura 4 - representação esquemática da estrutura plantar da sola de tamanho variável (1) pelas respectivas vistas: lateral (1.1), rasto (1.2), secção AA e secção BB;
Figura 5 - representação esquemática do calçado completo (4);
Figura 6 - representação esquemática da vista do rasto do calçado completo em posição natural (4) (a) e em posição de alargamento (4)(b);
Figura 7 - representação esquemática da sola (1) e calçado (4) em posição natural (a) e de alargamento (b).
DESCRIÇÃO DETALHADA DO INVENTO
Por referência aos desenhos anexos a sola de tamanho variável (1) que se apresenta no presente invento caracteriza-se pela seguinte estrutura e funcionamento:
Por referência à figura 1, a sola de tamanho variável (1) é constituída pela conjugação de dois componentes, uma sola interior (2) que encaixa no interior de uma sola exterior (3). Ambas as solas, interior (2) e exterior (3) são construídas em materiais polímeros elastómeros com densidades e espessuras tais que garantem a elasticidade necessária e suficiente para o efeito. 11
Por referência à figura 2, a sola interior (2) é constituída por uma estrutura plantar com um bordo de contorno lateral (2.1) e um rasto (2.2) que integra um conjunto de elementos volumétricos sob a forma de espigões (201), (202), (203) acoplados na base, os quais de acordo com a vista lateral (2.1) e secção (2.3) são construídos com secção em T invertido, em que a geometria de menor dimensão é acoplada á base do rasto e a geometria mais larga corresponde á zona de contacto com o solo. O rasto (2.2) assim constituído caracteriza-se por uma estrutura base sobre a qual estão acoplados os espigões (201), (202), (203) conferindo-lhe aspecto de elementos em alto-relevo e conferindo á base uma conjugação de espaçamentos entre eles.
Ainda por referência à figura 2, o rasto (2.2) caracteriza-se pelas seguintes características: integra na zona dianteira dois agrupamentos de espigões (201) de geometria de topo rectangular-trapezoidal de vértices arredondados, um espigão (202) de geometria circular na zona do enfranque e dois grupos de espigões (203) de geometria quadrangular e semicircular na zona do salto. Os dois agrupamentos de espigões (201) estão separados longitudinalmente entre si por um espaçamento em linha curvilínea correspondente á curvatura do arco plantar dianteiro do pé. Em cada agrupamento os espigões (201) estão orientados segundo o seu maior comprimento no sentido da largura da sola e, dispõem-se paralela e sequencialmente 12 entre si em pequenos espaçamentos uniformes ao longo do comprimento da sola. Os espigões (201) apresentam dimensões mais alongadas no agrupamento correspondente ao lado interior da sola e mais curtas no agrupamento correspondente ao lado do contorno mais exterior. Similarmente, os dois grupos de espigões (203), estão separados longitudinalmente entre si por um espaçamento em linha curvilinea correspondente á curvatura do apoio plantar do pé.
Por referência à figura 3 a sola exterior (3) é constituída por uma estrutura plantar de bordo de contorno lateral elevado (3.1) que confere á sola uma caixa interior elevada (3.1'). Este bordo de contorno (3.1) é caracterizado por duas espessuras distintas, sendo o bordo de contorno do topo (300) de menor espessura. De acordo com a vista rasto (3.2) e secção (AA), a base da sola exterior (3) é constituída por uma composição de rasgos (301), (302), (303) com geometrias compatíveis com os espigões (201), (202), (203) da sola interior (2) e, a partir dos quais se processará o encaixe entre as duas solas, interior (2) e exterior (3) dando origem à sola de tamanho variável (D -
Ainda, por referência à vista rasto (3.2) salienta-se que na zona mais larga da estrutura plantar, a zona dos metatarsos, evidenciam-se dois agrupamentos de rasgos do tipo (301) dispostos transversalmente ao comprimento da 13 sola, sendo mais alongados na zona interior da sola e mais curtos na zona exterior da sola e estão dispostos segundo uma linha de aspecto levemente curva, em conformidade com as características do plano plantar do pé humano. Os rasgos assim concebidos conferem á base plantar uma estrutura sob a forma de tiras com a particularidade de lhes conferir o efeito de elástico. Esta elasticidade é assim conseguida através das tiras de características elásticas (304) que resultam dos intervalos dos rasgos (301), (302), (303) da sola exterior (3) .
Por referência à figura 4 evidencia-se a sola de tamanho variável (1) que resulta da conjugação e encaixe totalmente articulado entre a sola interior (2) e a sola exterior (3) , em que, os elementos (201) , (202), (203) da sola interior (2) encaixam articuladamente nos rasgos (301), (302), (303) da sola exterior (3) podendo deslizar entre si como elásticos, quando sujeitos a tensões externas, ou seja, ajustando-se naturalmente á estrutura dimensional do pé.
Por referência à figura 5, o calçado final (4) é obtido a partir da ligação da sola de tamanho variável (1) à gáspea (4.1) através da costura lateral (4.2) entre as duas partes, ou outro sistema de união.
Por referência à figura 6, exemplifica-se o calçado (4) na sua forma natural ou estado inicial (4) (a) e no seu 14 estado de alargamento (4) (b) quando submetido à variação dos esforços produzidos pela variação do volume do pé.
Por referência à figura 7, exemplifica-se o modo como o sistema de alargamento do calçado (4) funciona: quando o calçado (4) é submetido aos esforços produzidos pela variação do volume do pé, as tiras elásticas (304) da sola exterior (3) alongam-se provocando o alongamento (305) que desliza sobre a sola interior (2) produzindo o efeito de alargamento (306) do conjunto da sola de tamanho variável (1) e do calçado (4) no seu todo, garantindo o total ajustamento do calçado à variação do tamanho do pé.
Ainda, por referência á figura 7, está representado em corte, o calçado (4) (a) na sua posição inicial evidenciando a gáspea (4.1), a sola interior (2), a sola exterior (3), e uma palmilha (6). A mesma figura 7 representa ainda o calçado (4) em estado de alargamento (4) (b) , evidenciando o sistema de alargamento em acção, ou seja, a sola exterior (3) alarga e desliza sobre a sola interior (2) dando origem ao alargamento (305); desta forma, o conjunto sola ajustável (1) arrasta consigo o corte (4.1) uma vez que este está cosido somente a ela e a mais nenhum componente interno do calçado, produzindo assim o alargamento (306) do sapato na zona lateral. A sola interior (2) e a palmilha (6) como são flexíveis e dada a força exercida pelo pé no interior do calçado, tem a capacidade de acompanhar a forma que a sola de tamanho 15 variável (1) vai adquirindo, criando-se assim o ajustamento dinâmico ao pé em função da sua variabilidade de volume.
Lisboa, 16 de Dezembro de 2011 16
Claims (7)
- REIVINDICAÇÕES 1. Sola de tamanho variável (1) caracterizada p0r uma sola interior (2) que encaixa no interior de uma sola exterior (3), sendo a sola interior (2) em material polímero elastómero, constituída por uma estrutura plantar com bordo de contorno lateral (2.1) e rasto plantar (2.2) com espigões (201) posicionados com a dimensão mais alongada no sentido da largura da sola, dispostos sequencial e paralelamente entre si segundo pequenos espaçamentos uniformes no sentido do comprimento da sola e com dimensões mais alongadas no agrupamento do lado interno da sola e dimensões mais curtas no agrupamento do lado externo; espigões (202) na região do enfranque e dois grupos de espigões (203) na região do salto (203), estando todos os referidos espigões acoplados na base e, a sola exterior (3) também ela em material polímero elastómero, constituída por uma estrutura plantar com bordo de contorno lateral em caixa (3.1), bordo de topo (300) e base plantar (3.2) com rasgos (301), (302) (303) e tiras (304) , em que, a conjugação entre os referidos espigões e os referidos rasgos, permite a inserção e o encaixe da sola interior (2) no interior da sola exterior (3) , dando origem à sola de tamanho variável (1) com características de expansibilidade quando sujeita às acções do pé no interior do calçado. 1
- 2. Sola de tamanho variável (1) de acordo com a reivindicação anterior caracterizada por os espigões (201), (202), (203) serem construídos com geometria de secção em T invertido, onde a geometria mais estreita é acoplada à estrutura plantar e a geometria mais larga faz o contacto com o solo.
- 3. Sola de tamanho variável (1), de acordo com a primeira reivindicação, caracterizada por o bordo de contorno lateral em caixa elevada (3.1) ser construído com material de duas espessuras distintas, sendo o bordo de contorno topo (300) de espessura fina.
- 4. Sola de tamanho variável (1), de acordo com a primeira reivindicação, caracterizada por a base plantar (3.2) ser constituída na zona dianteira por um conjunto de rasgos (301) de geometrias rectangular-trapezoidal dispostos paralelamente e sequencialmente entre si ao longo do comprimento da sola e separados em dois agrupamentos segundo uma linha curvilínea longitudinal, sendo os rasgos posicionados no lado interior da sola mais alongados e mais curtos os posicionados no lado exterior, por um rasgo (302) de geometria circular disposto na zona do enfranque e por rasgos (303) de geometria quadrangular e semicircular dispostos na zona do salto, cujo conjunto forma uma estrutura em tiras (304). 2
- 5. Sola de tamanho variável (1) de acordo com a reivindicação 4 caracterizada por os rasgos (301) terem posicionamento, direcção e espaçamentos equivalente aos espigões (201), (202), (203) e, dimensões correspondentes à menor dimensão da secção T dos espigões, dando origem a uma estrutura em tiras (304), com caracteristicas elásticas, conferindo capacidade de expansibilidade da sola exterior (3) por acção de forças externas.
- 6. Sola de tamanho variável (1) de acordo com a reivindicação 5 caracterizada por as tiras (304) se alongarem longitudinalmente e transversalmente provocando expansibilidade da largura da sola.
- 7. Sola de tamanho variável (1) de acordo com a reivindicação 1 caracterizada por a sua ligação á gáspea ser efectuada através de costura com o bordo de topo (300), ou outro tipo de união. Lisboa, 16 de Dezembro de 2011 3
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