PT104563A - Colchão articulado deslizante - Google Patents

Abstract

O PRESENTE INVENTO DIZ RESPEITO A UM COLCHÃO ARTICULADO DESLIZANTE, DE ESTRADO INTERNO, DESTINANDO-SE À COMERCIALIZAÇÃO NO MERCADO. CARACTERIZA-SE COMO UM PRODUTO QUE PROPORCIONA CONFORTO E BEM-ESTAR, PROPORCIONANDO AO UTILIZADOR MAIOR DOMÍNIO DO ESPAÇO ENVOLVENTE, DEVIDO AO FACTO DE DESLIZAR AO LONGO DA SUA PRÓPRIA BASE DE MODO INDEPENDENTE E AJUSTÁVEL, ENCONTRANDO-SE DOTADO DE UM MECANISMO DE DESLIZAMENTO (7, 15, 8, 9) ESPECIFICAMENTE DESTINADO A ACCIONAR ESSE MOVIMENTO. CARACTERIZA-SE AINDA POR SER DOTADO DE UMA ESTRUTURA INTERNA DE SUPORTE (2) DA PLACA E DO COXIM (25), COMPOSTA POR UM ELEMENTO SUPERIOR (4), UM ELEMENTO INFERIOR (5) E UM ELEMENTO CENTRAL (6), TODOS LIGADOS POR ARTICULAÇÕES (10), DISPONDO OS PRIMEIROS DO RESPECTIVO APOIO (13) PARA FIXAÇÃO PIVOTANTE DOS MECANISMOS RESPONSÁVEIS (14) PELA ELEVAÇÃO INDEPENDENTE DE CADA UM DELES. ESSA ESTRUTURA INTERNA (2) ASSENTA NUMA ESTRUTURA EXTERNA DE ESTABILIZAÇÃO (3) DOTADA DE PERFIL EM ''U'', ATRAVÉS DO ENCAIXE (8) DAS RODAS (9) DE QUE O ELEMENTO CENTRAL (6) ESTÁ DOTADO NA PARTE INTERIOR DA ESTRUTURA EXTERNA (3), LIGAÇÃO QUE PERMITE O DESLIZAMENTO DO COLCHÃO, ACCIONADO DE FORMA INDEPENDENTE E AJUSTÁVEL POR UM MECANISMO ESPECÍFICO (7, 15).

Description

DESCRIÇÃO

COLCHÃO ARTICULADO DESLIZANTE I. DOMÍNIO TÉCNICO

Refere-se o invento referenciado em epígrafe a um colchão articulado deslizante. Não necessitando de qualquer estrado específico para o seu funcionamento, este colchão pode estar dotado de dispositivos de massagem e outros (acessórios) e destina-se à comercialização no mercado no seu todo.

Podendo ser caracterizado como um produto que proporciona conforto e bem-estar, também é de grande utilidade na área da saúde e prevenção, sobretudo em face do acréscimo de ergonomia e, mais ainda, de domínio do espaço envolvente que pode conferir a pessoas acamadas ou a doentes em convalescença - quando em comparação com as soluções actualmente existentes no mercado -, proporcionando-lhes um maior domínio do espaço envolvente, devido ao facto de deslizar ao longo da sua própria base de estabilização, através da acção de um braço telescópico independente (um terceiro actuador), especificamente destinado a provocar esse movimento de forma independente e ajustável.

Em face desta circunstância, e não obstante destinar-se - tal como ficou supra referenciado - ao mercado no seu todo (sem restrições), inserindo-se no grupo de produtos que proporcionam conforto e bem-estar (e até um certo luxo) aos consumidores em geral, este produto não deixará de poder aplicar-se, de forma especial, para fins terapêuticos e/ou ortopédicos na área da saúde, podendo equipar hospitais, lares de terceira idade e centros de tratamento, entre outros. 1

II. ESTADO DA TÉCNICA ANTERIOR É do conhecimento geral a existência, desde há longos anos, da mais variada panóplia de dispositivos de camas articuladas - que não colchões articulados strictu sensu, como adiante se verá - cujo accionamento se faz de forma mecânica ou eléctrica sobre o estrado da cama. A utilização das camas articuladas por acção de manivela no respectivo estrado é bastante comum, nomeadamente em hospitais, e encontra-se, desde há longos anos, abrangida pelo estado da arte no que respeita a soluções para a articulação de superfícies de repouso. 0 mesmo se deve apontar quanto a outros dispositivos, que são em tudo semelhantes aos supra mencionados, com a única excepção de que o dispositivo de accionamento do estrado funciona a electricidade.

Por outro lado, e já mais recentemente (mas, seguramente, há bem mais de uma década), o mercado dos colchões ditos "ortopédicos" - quer nacional, quer internacionalmente - tem vindo a oferecer inúmeros exemplares de produtos que podem ser denominados como verdadeiros "colchões articulados" (com diferenças relativamente diminutas entre si), ou seja, colchões dotados de estruturas internas de suporte que são, elas próprias, articuladas (como se se tratasse, no fundo, de "estrados internos" que são parte integrante do próprio colchão) ligando-se estas estruturas a um estrado (elemento de estabilização do colchão que, consoante os casos pode ou não estar integrado numa cama), sendo que o accionamento (mecânico ou eléctrico) da referidas estruturas internas produz o movimento articulado característico deste tipo de produtos no interior do próprio colchão. 2

Existe ainda noticia de alguns exemplares, que no entanto não são comercializados no mercado europeu, que associam a este movimento um outro, de cariz basculante ou deslizante, mas, em todo o caso, sempre limitado e dependente do funcionamento mecânico que possibilita a articulação.

Ora, as limitações de mobilidade das estruturas que estão compreendidas no domínio da técnica são evidentes e traduzem-se, desde logo, no seguinte: os sistemas de cama articulada ou colchão articulado disponíveis actualmente no mercado e compreendidos no domínio da técnica têm o seu movimento limitado ao levantamento e reclinação dos respectivos elementos superior e inferior (com ou sem outros movimentos dependentes que lhe estão associados), de um modo que torna impossível o ajuste longitudinal independente do colchão.

Tal limitação coloca problemas de mobilidade, em especial quando estes colchões - qualquer um deles - se encontram com o seu elemento superior na posição mais vertical. A título de exemplo, refira-se a situação da pessoa que, encontrando-se deitada num colchão articulado na sua posição mais vertical, lê um livro: imagine-se que a pessoa pretende pousar o livro na mesa-de-cabeceira, ou aceder ao comando da televisão que lá está pousado, ou desviar-se de uma fonte de luz, ou, ainda beber um copo de água (tendo água disponível em qualquer móvel junto à cabeceira da cama). Essa pessoa terá que fazer um movimento considerável, ou, em alternativa, fazer voltar o colchão à sua posição horizontal.

Ora, a resolução deste problema de mobilidade, se permite um incremento de conforto a um utilizador comum, permitirá também, por maioria de razão, um acréscimo significativo de domínio sobre o espaço envolvente, o qual pode revelar-se determinante para um utilizador com mobilidade reduzida. 3

Em virtude das suas características inovadoras - nomeada e especificamente, por ser dotado de rodas associadas a um terceiro mecanismo actuador, especificamente destinado a proporcionar o movimento deslizante e independente dos demais - o presente invento proporciona bem-estar físico a pessoas acamadas por doença ou que, por qualquer motivo, se encontrem limitadas na sua mobilidade, actuando nos sistemas de circulação sanguínea e linfática do doente, devido à sua articulação e atenuando a desagradável sensação de prisão dentro do próprio corpo.

Mas também proporciona, por outro lado, um acréscimo significativo de conforto e bem-estar psicológico - na medida em proporciona ao utilizador um acréscimo de mobilidade considerável, quando em comparação com os colchões articulados tradicionais, em virtude das suas características de ergonomia e mobilidade únicas, as quais favorecem e facilitam a interacção do utilizador com o meio envolvente, como se referiu supra.

Refira-se ainda que, se as vantagens do presente invento são óbvias para pessoas com limitações de mobilidade graves, também não deixa de ser um facto que para o utilizador em geral o presente invento é capaz de proporcionar um grau de conforto inigualável por qualquer das soluções hoje compreendidas no estado da arte, sendo correcto afirmar-se que, em face da inovação presente neste invento, o deslizamento horizontal independente e ajustável dos colchões passou a poder acompanhar o já tradicional movimento de articulação - o que até agora não sucedia.

De notar ainda, e por fim, que a estrutura do presente invento, quer pela configuração da sua componente interna, quer pela configuração da sua componente externa, não limita a forma nem o tamanho do mesmo, nem acarreta a necessidade de qualquer alteração ao espaço envolvente (este colchão pode 4 funcionar, em princípio, com qualquer espécie de cama ou sormier) .

III. DESCRIÇÃO DO INVENTO 0 presente invento consiste num colchão articulado deslizante (1) . Como supra ficou referido, o carácter inovador deste invento reside no modo como a estrutura interna (2) - através do seu elemento central (6) - se liga (8) à estrutura externa (3), permitindo ao colchão deslizar sob a sua própria base de modo independente, através de um terceiro mecanismo actuador (7) .

Ora, antes de mais, refira-se que a estrutura do colchão se subdivide em duas: uma estrutura interna articulada (2) que permite o suporte do coxim e da placa; e uma estrutura externa de estabilização (3) . 1. A estrutura interna do colchão em pormenor A estrutura interna articulada (2) do colchão é composta por um elemento central (6), sendo que este, por sua vez, se liga por meio de articulações (10) com o elemento superior (cabeça) (4) e com o elemento inferior (pés) (5).

Assim sendo, o elemento central (6) é uma estrutura tubular com um formato rectangular, dispondo de pelo menos quatro articulações (10) que o ligam ao elemento superior (cabeça) (4) e de outras quatro que o ligam ao elemento inferior (pernas) (5) .

Para além destas articulações, deve ainda dispor o elemento central de, no mínimo, uma barra interna de reforço (longitudinal) (11). A ligação do elemento central (6) ao elemento superior (4) faz-se por intermédio das referidas articulações (10). 5

No que concerne ao elemento superior (4), este é compreendido por um troço periférico (16) - em principio tubular - o qual pode ser devidamente reforçado por uma ou mais travessas internas, sendo que deverá ter, em todo o caso, pelo menos uma travessa longitudinal.

Está dotado ainda, na extremidade mais próxima do elemento central, das necessárias articulações (10) , que encaixam nas do elemento central (6).

Por outro lado, o elemento inferior (5) da estrutura interna pode ser igualmente tubular, constituído por um troço periférico (18, 19) , interrompido por articulações, sendo assim constituído por dois (18) segmentos (19) (tramos).

Tal como supra se mencionou acerca do elemento superior, também no caso do elemento inferior (5) se faz a ligação com o elemento central por intermédio das referidas articulações (10) .

Quanto à subdivisão em dois segmentos (18, 19) deste elemento inferior, ela processa-se também por meio de articulações (10), as quais ligam o segmento interior (adjacente ao elemento central) (18) ao segmento extremo (19) ·

Ambos os segmentos (18, 19) do elemento inferior (5) poderão possuir travessas de reforço, situadas próximo das respectivas articulações e travadas longitudinalmente.

Quer o elemento superior (4), quer ainda o primeiro segmento (interior) do elemento inferior (18) dispõem de uma alavanca longitudinal inclinada (13), solidária com o respectivo troço periférico e dotada, na extremidade mais próxima do elemento central, de uma ligação pivotante (13) ao braço telescópico do respectivo mecanismo de elevação (actuador). A peça de ligação que serve de alavanca (quer para a articulação do elemento inferior, quer para a do elemento superior) (13) consiste em uma única chapa de aço ou ferro ou outro material resistente, com o formato de trapézio isósceles, dobrada de modo a formar dois triângulos rectângulos paralelos (doravante simplesmente designada por "peça triangular") de modo a servir de alavanca e a ocupar o mínimo de espaço possível na estrutura, sendo que na extremidade adjacente ao elemento central existe a mencionada ligação pivotante (13) ao braço do respectivo actuador.

Essa peça rígida e inteiriça (13) foi propositadamente concebida e desenvolvida com três finalidades essenciais: desde logo, para servir de batente quando o colchão se encontra na sua posição horizontal, reforçando a estabilidade da estrutura; por outro lado, para precaver o extremo desgaste a que são sujeitos os colchões articulados naquele específico ponto; por fim, e não menos importante, o design específico dessa peça - mais comprida e mais baixa - bem como o incremento de resistência que lhe está associado, permitem que esta suporte uma carga mais elevada.

De realçar que só a resistência adicional que esta peça confere à estrutura permite suportar - no específico ponto de união da referida peça à estrutura interna - o acréscimo de carga provocado pela colocação (12) dos mecanismos actuadores (14) ao nível da estrutura do elemento central - e não por debaixo deste (12) .

Com efeito, a referida colocação dos actuadores (14) alocados à estrutura articulada (6) , ao implicar uma redução do ângulo em que se efectuava a referida alavancagem, colocava um problema técnico na medida em que tendia a exercer uma pressão insustentável sobre a referida peça (13). A resolução deste problema técnico (13, 14) , conseguida graças às características inovadoras da peça que serve de alavanca (13), permite reduzir a altura da estrutura interna 7 do colchão (25) em cerca de 7 (sete) centímetros sem prejudicar a estabilidade da estrutura nem a sua resistência, com todas as consequências benéficas associadas, desde a redução dos custos de produção à componente estética do colchão e, bem assim, proporcionando conforto adicional para o utilizador. 2. Ligação à estrutura externa A supra referida estrutura interna (2) assenta, por sua vez, no suporte exterior de estabilização (3) , o qual é de perfil côncavo em "U", através do encaixe das rodas (9) de que o elemento central (6) está dotado na parte interior desse mesmo suporte externo (3).

Ao fazer-se a ligação (8) entre a estrutura interna (2) do colchão e a sua base de estabilização externa (3) desta forma inovadora, possibilita-se o recuo do colchão quando este se encontra com o elemento superior da sua estrutura interna na posição mais vertical, movimento esse que é accionado por um mecanismo de deslizamento - um terceiro actuador (7, 15)) (figuras 1, 2, 8 e 9) .

Este terceiro actuador (15), especificamente alocado ao funcionamento do mecanismo de deslizamento, permite accionar de modo independente e ajustável esse mesmo mecanismo.

Por outro lado, por possuir o perfil côncavo (em U) introvertido (3), a base externa de estabilização do colchão permite que este, ao ter as suas rodas (9) soldadas à base do elemento central (6) , deslize sobre a sua própria base, funcionando como carril (8).

Assim, ao invés de a ligação (8) da estrutura interna (2) do colchão à sua estrutura externa (3) se fazer através de pés adstritos ao elemento central da estrutura interna, neste invento a solução encontrada é radicalmente diferente: o elemento central (6) dispõe, na parte de baixo, de dois pés 8 (um de cada lado), constituídos por dois monoblocos perfilados e alinhados com a estrutura externa, dotados de rodas (9).

Cada uma dessas peças está dotada de pelo menos quatro rodas (9), dispostas em paralelo e viradas para a concavidade de que dispõe a estrutura externa (3) do colchão. Deste modo, são efectivamente essas rodas (9) que fazem a ligação (8) entre as duas estruturas, encaixando na estrutura externa de estabilização (3) como se de um carril se tratasse.

Tal solução inovadora permite, através da ligação de um terceiro actuador (7, 15) ao topo da estrutura exterior (3) , e por via da contracção do respectivo braço telescópico (15), o recuo do colchão, que assim se move, utilizando a sua própria base como carril e deslizando para trás, provocando o movimento inovador, de forma independente e ajustável em função das necessidades do utilizador. 3. Acessórios A esmagadora maioria dos colchões articulados que actualmente existem no mercado revelam alguns problemas, sobretudo ao nivel da resistência de algumas peças sujeitas a maior desgaste (o que já foi referido a propósito das peças que servem de ponto de alavancagem (13, 14) para os elementos superior (4) e inferior (5) da estrutura interna (2) do colchão, mas também em matéria de estabilidade da estrutura.

Ora, pelas suas características inovadoras, e nomeadamente pelo facto de as duas estruturas (2, 3) que compõem este colchão articulado deslizante não se encontrarem unidas entre si de um modo fixo (8, 9) , os problemas de estabilização da estrutura ganham maior acuidade.

Assim sendo, foi necessário conceber e desenhar algumas peças de suporte, as quais permitem reforçar a estabilidade da estrutura global de suporte ao colchão. 9 A estrutura interna do colchão está dotada de várias peças de suporte e estabilização, a saber: dois suportes centrais (20) , um de cada lado; dois suportes do elemento superior (21) , de configuração idêntica aos do elemento central, embora de dimensões ajustadas ao respectivo elemento (também uma de cada lado); um suporte de pés (22), alinhado com a extremidade inferior da estrutura; dois suportes laterais adicionais, especificamente desenhados para o primeiro segmento do elemento inferior (23), de modo a funcionarem como batente da estrutura quer em relação à sua base (quando em posição horizontal) quer como batente quanto à interacção entre os dois tramos (18, 19) constitutivos do elemento inferior, quando em posição de levantado, permitindo assim poupar as articulações (10) que unem os dois segmentos do elemento inferior (18, 19) ao desgaste excessivo.

Por outro lado, por razões decorrentes dos estudos de ergonomia efectuados no desenvolvimento deste colchão, mas também em face da necessidade de garantir maior estabilidade à estrutura global do mesmo (atentas as suas características especiais) o comprimento do elemento central foi incrementado e ajustado às necessidades de conforto do utilizador e de funcionamento estável do mecanismo deslizante.

Em virtude de tal circunstância, o elemento central (6) é coberto, na sua parte superior, por uma rede metálica (24) que permite, por um lado, incrementar o conforto, mas que permite também reforçar e proteger a estrutura que constitui o elemento central, a qual é mais sobrecarregada do que as outras com o peso do corpo.

Em suma, e em face da descrição aqui efectuada, pode concluir-se que além do carácter inovador que apresente e das vantagens já referidas, o colchão deslizante inventado é também robusto, resistente e de fácil manutenção. 10

IV. DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

As figuras que se juntam em anexo, apresentadas a título exemplificativo e não limitativo, representam a estrutura deste colchão articulado deslizante e procuram ilustrar o seu funcionamento: Nelas pode, nomeadamente, observar-se o seguinte:

Figura 1 - Representação em perspectiva, incidindo sobre o lado direito da estrutura do colchão articulado deslizante (1) inventado, estando em posição levantada quer o elemento superior (4), quer o elemento inferior (5) e encontrando-se o colchão na sua posição normal (avançada) , estando o braço telescópico do terceiro actuador estendido (15);

Figura 2 - Representação bidimensional, incidindo sobre o lado de baixo da estrutura do colchão articulado deslizante, estando este na sua posição horizontal, na qual é possível observar-se os três mecanismos independentes (14, 15) que accionam a sua movimentação;

Figura 3 - Representação em perspectiva, incidindo sobre o lado de baixo da estrutura do colchão articulado deslizante, estando ambos os elementos (4, 5) em posição levantda e encontrando-se a estrutura (1) na sua posição mais recuada em relação ao elemento externo (3).

Figura 4 - Representação em perspectiva, incidindo sobre o lado de baixo da estrutura do colchão articulado deslizante, mostrando em pormenor a ligação (8) do elemento central da estrutura interna (2) à estrutura externa de estabilização (3), por meio de rodas (9) que assentam no perfil côncavo da estrutura externa (3) como se de um carril se tratasse; 11

Figura 5 - Representação bidimensional da estrutura do colchão articulado deslizante, incidindo sobre o lado esquerdo da estrutura do mesmo, estando este na posição horizontal, na qual se encontra representado o colchão, e não apenas a estrutura deste;

Figuras 6 e 7 - Representação bidimensional da estrutura do colchão articulado deslizante, incidindo sobre o lado esquerdo da estrutura do mesmo, estando este, respectivamente, apenas com o elemento inferior (5) levantado e com ambos os elementos (4, 5) levantados, mas sempre na posição mais avançada (3, 9);

Figuras 8 e 9 - Representação bidimensional da estrutura do colchão articulado deslizante, incidindo sobre o lado esquerdo da estrutura do mesmo, estando este com o elemento superior (4) levantado e, respectivamente, na sua posição mais recuada (Fig. 8) e na sua posição mais avançada (Fig. 9), mostrando em particular o funcionamento do terceiro actuador (7, 15) , incidindo nomeadamente sobre a retracção e extensão do braço telescópico (15);

Figura 10 - Representação em perspectiva da estrutura, incidindo em pormenor sobre o desenho da peça única que serve de alavanca (13) para os mecanismos de elevação do colchão, na qual são também visiveis a rede (24) , parte da ligação entre os elementos interno e externo (7) e os apoios dos actuadores (12).

Em particular as referidas figuras mostram 1. Estrutura articulada deslizante 2. Estrutura interna de suporte 3. Estrutura externa com perfil côncavo em "U" 4. Elemento superior 5. Elemento inferior 6. Elemento Central 12 7. Mecanismo de deslizamento 8. Ligação do elemento central a estrutura externa 9. Rodas 10. Articulações 11. Travessas de reforço 12. Apoios dos mecanismos de elevação (no elemento central) 13. Peças de alavancagem dos mecanismos de elevação 14. Mecanismos actuadores de elevação 15. Braço telescópico deslizante 16. Troço periférico do elemento superior 17. Alavanca solidária com o elemento superior 18. Troço periférico do elemento inferior (primeiro segmento) 19. Troço periférico do elemento inferior (segundo segmento) 20. Reforços laterais (elemento central) 21. Reforços laterais (elemento superior) 22. Reforço pés 23. Reforço lateral do primeiro segmento do elemento inferior 24. Rede de reforço do elemento central 25. Coxim 26. Placa A MATERIALIZAÇÃO DO INVENTO (MODO PARTICULAR)

Atentas as suas características inovadoras e o segmento de mercado a que se destina este invento, o colchão articulado deslizante (1) inventado incorporará vários dispositivos destinados a maximizar o conforto e os benefícios para a saúde.

Assim sendo, este incorporará, nomeadamente, um dispositivo de massagem electrónico e vibratório, com ou sem comando à distância, bem como contará um coxim (25) perfilado 13 - dotado de uma superfície ondulada - que proporciona um massagem digital e alberga imanes, criando assim um campo magnético. A placa (26) deverá será produzida em látex e/ou espuma.

Por sua vez, as estruturas de suporte e estabilização (2, 3, 20 a 24) do colchão deverão ser feitas de material resistente, como o aço galvanizado, o alumínio, ou a denominada "coquilha", sendo que a estrutura externa (3) deverá ser descontínua na zona da cabeceira e/ou pés, devendo, em todo o caso, ser dotada do perfil côncavo em "U" (3) que permitirá o encaixe (8) das rodas (9) , podendo ser menos larga do que a projecção vertical do colchão.

Por outro lado, a ligação (8) do elemento central (6) à estrutura externa de estabilização (3) é feita por meio de encaixe rápido das rodas assentes no respectivo apoio, na referida estrutura externa, atento o seu perfil em "U" já mencionado. A placa (26) e o coxim (25) , bem como a sua estrutura interna de suporte (2), os dois mecanismos de elevação (14) e o mecanismo de deslizamento (7, 15) independente ficam envoltos por uma forra amovível.

Os mecanismos de elevação (14) e deslizamento (7, 15) serão, por regra, actuadores de 2,2 mps (podendo, no entanto, ser utilizados actuadores com diferentes velocidades, desde que tal não prejudique a potência do equipamento) e devem ser accionados através de um dispositivo compreendendo um transformador e pilhas ou baterias - no caso de falha de energia eléctrica o colchão articulado regressa à posição horizontal - ser alimentados por corrente eléctrica contínua de 24V e dispor de limitadores de fim de curso e de um fusível de segurança térmico. 14

No entanto, e considerando também a aplicação que este invento terá em matéria de suporte a qualidade de vida -nomeadamente para pessoas acamadas, nada impede que ele não possa materializar-se em versões mais espartanas, destituídas de alguns dos mecanismos eléctricos ou, ainda, com ligeiras alterações em alguns dos seus componentes, podendo assim criar-se versões menos luxuosas, destinadas ao equipamento de hospitais, lares etc.

Braga, 8 de Setembro de 2009 15

Claims (10)

1. Reivindicações 1. Colchão articulado deslizante (1), com ou sem dispositivos de massagem integrados, caracterizado por acumular de forma autónoma e independente os tradicionais movimentos elevatórios de cabeça e pés (4, 5), típicos de um colchão articulado, com um movimento autónomo de ajuste longitudinal (7, 15), movimento esse que se proporciona por intermédio de um mecanismo de rodas (9) que está acoplado no elemento central (6) da estrutura interna do colchão e se liga (8) à estrutura externa (3) por encaixe das rodas (9) no perfil côncavo em "U" (3) de que aquela está dotada, permitindo ao colchão deslizar sob a sua própria base de modo independente e autónomo, accionado por um terceiro mecanismo actuador totalmente independente (15).
2. 2. Colchão articulado deslizante (1), em conformidade com a reivindicação n.° 1, caracterizado por a sua estrutura interna articulada (2) ser composta por um elemento central (6), uma estrutura tubular com um formato rectangular, dispondo de pelo menos quatro articulações (10) que o ligam ao elemento superior (4) (cabeça) e de outras quatro (10) que o ligam ao elemento inferior (5) (pernas), sendo ainda o elemento superior (4) compreendido por um troço periférico - em princípio tubular - o qual pode ser devidamente reforçado por uma ou mais travessas internas (11), estando ainda dotado, na extremidade mais próxima do elemento central (6), das necessárias articulações (10), que encaixam nas do elemento central (6), ao passo que, por outro lado, o elemento inferior (5) da estrutura interna pode ser igualmente tubular, constituído por um troço periférico, interrompido (18, 19) por articulações (10), sendo assim constituído por dois segmentos distintos (18, 19) .
3. 3. Colchão articulado deslizante, de acordo com as reivindicações n.° 1 e 2, caracterizado por, quer o elemento superior (4), quer ainda o primeiro segmento (interior) (18) do elemento inferior (5) disporem, cada um deles, de uma alavanca longitudinal inclinada (13), solidária com o respectivo troço periférico, sendo que cada 1 peça de ligação (13) que serve de alavanca, quer para a articulação do elemento inferior, quer para a do elemento superior, é constituída por uma única chapa de aço ou ferro ou outro material resistente, com o formato de trapézio isósceles, dobrada de modo a formar dois triângulos rectângulos paralelos, com furação para fixação do braço telescópico do respectivo actuador (14) a uma distância mínima de 2,7 cm, dispondo cada uma dessas peças, na extremidade adjacente ao elemento central, de uma ligação pivotante ao braço do respectivo mecanismo elevatório (14).
4. 4. Colchão articulado deslizante, de acordo com a reivindicação n.° 3, caracterizado por os seus mecanismos elevatórios se encontrarem colocados no meio do elemento central (12, 14), encontrando-se os respectivos topos ao mesmo nível da sua estrutura (12), e não por debaixo deste, com os respectivos braços telescópicos chegados à parte central da estrutura (6), paralelamente um ao outro, permitindo, em conjunto com o desenho da peça descrita na reivindicação anterior (13), diminuir ao máximo a área que está compreendida entre os elementos da estrutura interna e a base exterior do colchão.
5. 5. Colchão articulado deslizante, em conformidade com as reivindicações n.° 1 e 2, caracterizado por a sua estrutura interna (2) se ligar à estrutura externa (3) por via de dois pés (um de cada lado) (8), constituídos por dois monoblocos perfilados e alinhados com a estrutura externa, estando cada um deles dotado de pelo menos quatro rodas (9), dispostas em paralelo e viradas para a concavidade de que dispõe a estrutura externa (3) do colchão (25, 26), por forma a que essas rodas (9) façam a ligação entre as duas estruturas (2, 3), encaixando na estrutura externa (3) de estabilização como se de um carril se tratasse.
6. 6. Colchão articulado deslizante, de acordo com as reivindicações n.° 1, 2 e 5, caracterizado por dispor de um suporte exterior de estabilização (3) de dimensões inferiores às do colchão, quer em largura, quer em comprimento, plano, rectangular e de perfil côncavo em "U" (3), perfil esse que permite o encaixe (8) das rodas (9) de 2 que o elemento central (6) está dotado na sua parte interior, possibilitando o recuo do colchão quando este se encontra com o elemento superior (4) da sua estrutura interna (2) na sua posição mais elevada.
7. 7. Colchão articulado deslizante, de acordo com as reivindicações n.° 1, 2, 5 e 6, caracterizado por o movimento de deslizamento ser accionado por um mecanismo independente (7) de braço telescópico (15), especificamente alocado para esta função e ligado ao topo inferior do elemento externo (3), permitindo accionar de modo independente e ajustável o movimento de recuo deslizante do colchão sob a sua própria base, funcionando o perfil em "U" (3) da base externa de estabilização do colchão como carril sobre o qual se movimentam as rodas (9) que se encontram soldadas aos dois pés do elemento central (6).
8. 8. Colchão articulado deslizante, de acordo com a reivindicação n.° 1 e 7, caracterizado por a respectiva estrutura interna (2) estar dotada de várias peças de suporte e estabilização da estrutura, a saber: dois suportes centrais (20), um de cada lado; dois suportes (21) do elemento superior (4), de configuração idêntica aos do elemento central, embora de dimensões ajustadas ao respectivo elemento (também uma de cada lado); um suporte de pés (22), alinhado com a extremidade inferior da estrutura; dois suportes laterais adicionais (23), especificamente desenhados para o primeiro segmento (18) do elemento inferior (5), de modo a funcionarem como batente da estrutura, quer em relação à sua base (3) (quando em posição horizontal) quer como batente quanto à interacção entre os dois segmentos (18, 19) constitutivos do elemento inferior (5), quando em posição de levantado, permitindo assim poupar as articulações (10) que unem os dois segmentos (18, 19) do elemento inferior (5) ao desgaste excessivo.
9. 9. Colchão articulado deslizante, em conformidade com as reivindicações n.° 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8, caracterizado por o comprimento do seu elemento central (6) ter sido ajustado às necessidades ergonómicas e de conforto do 3 utilizador e de funcionamento estável do mecanismo deslizante, devendo este elemento ter um mínimo de 42 centímetros de comprimento, sendo, em virtude de tal circunstância e da colocação dos actuadores elevatórios (14), o elemento central (6) coberto, na sua parte superior, por uma rede metálica de protecção (24).
10. 10. Colchão articulado deslizante, de acordo com a reivindicação n.° 1 e 9, o qual se caracteriza por os respectivos mecanismos de elevação (14), bem como o mecanismo de deslizamento (7, 15), serem todos eles accionados através de um dispositivo que compreende transformador e pilhas ou bateria, alimentados por corrente eléctrica contínua de 24 V, os quais dispõem ainda de um dispositivo de segurança que faz o colchão regressar à sua posição horizontal em caso de falha de energia, bem como de fusíveis de segurança térmicos e limitadores de fim de curso. Braga, 8 de Setembro de 2009 4